2. Por que entender a realidade?
• ―Não somos uma partícula de pó inútil, perdida em
um espaço e em um tempo sem sentido, mas
formamos parte de um projeto surgido do AMOR DO
PAI‖. (João Paulo II, Audiência Geral 05.05.2004)
• não pode haver vidas paralelas:
espiritual com todos os seus valores e exigências
vida da família
do trabalho
secular das relações
do empenhamento político
da cultura
3. Por que entender a realidade?
• ramo incorporado na Videira frutos em todas as atividades
• vários campos da vida laical entram todos no desígnio de
Deus, que os quer como o « lugar histórico » revela e
realiza a caridade de Jesus Cristo para glória do Pai e ao
serviço dos irmãos.
• toda a atividade, toda a situação, todo o empenho concreto —
a competência e a solidariedade no trabalho, o amor e a
dedicação na família e na educação dos filhos, o serviço social
e político, a proposta da verdade na esfera da cultura — são
ocasiões providenciais de um « contínuo exercício da fé, da
esperança e da caridade».
Christifidelis Laici, 59
4. Secularismo: o que é?
• Saeculum: no latim eclesiástico, adquire o significado de
"o mundo", "a vida do mundo" e "o espírito do mundo‖
• é justamente essa ênfase dada ao mundo, ao temporal,
onde há uma marca fortíssima da separação, da divisão
entre a fé e a vida. O secularismo coloca a fé numa
dimensão privada, individual e interior, isolando-a da
sua ligação com as estruturas temporais.
• há, claramente, uma hostilidade em relação à Igreja
quando essa se coloca com a Verdade e traz a fé à vida
pública.
5. Secularização: fruto de um longo e
complexo processo
• Profundas transformações no campo cultural e social
que levaram à progressiva transformação do mundo
cristão antigo, tradicional, para a sociedade atual,
precisamente pós-moderna e secularizada.
• O homem desertou de sua racionalidade para abraçar a
sua animalidade e isso se deve à ação do que o Papa Pio
XII na sua Alocução à União dos Homens da Ação
Católica Italiana de 12/10/1952 chamou de ―o inimigo da
Igreja‖.
• A respeito desse sutil e misterioso inimigo da Igreja, Pio
XII disse:
6. Secularização: fruto de um longo e
complexo processo
• ―Ele se encontra em todo lugar e no meio de todos: sabe ser
violento e astuto. Nestes últimos séculos tentou realizar a
desagregação intelectual, moral, social, da unidade no
organismo misterioso de Cristo. Ele quis a natureza sem a
graça, a razão sem a fé; a liberdade sem a autoridade; às vezes
a autoridade sem a liberdade. É um ‗inimigo‘ que se tornou
cada vez mais concreto, com uma ausência de escrúpulos que
ainda surpreende: Cristo sim, a Igreja não! Depois: Deus sim,
Cristo não! Finalmente o grito ímpio: Deus está morto; e, até,
Deus jamais existiu. E, eis agora, a tentativa de edificar a
estrutura do mundo sobre bases que não hesitamos em
indicar como principais responsáveis pela ameaça que pesa
sobre a humanidade: uma economia sem Deus, um Direito
sem Deus, uma política sem Deus.‖
7. Secularização: fruto de um longo e
complexo processo
• Cristo sim, a Igreja não! reforma protestante (sec
XVI).
• Não levou à ruptura com a fé mas ao enfrentamento
aberto à Igreja.
• O orgulho e a sensualidade suscitaram o protestantismo.
• Orgulho originou o espírito de dúvida, o livre exame e a
interpretação naturalista da Escritura. Na prática uma
revolta contra a autoridade eclesiástica.
• Sensualidade levou à supressão do celibato eclesiástico e
à introdução do divórcio.
• Natureza sem a graça!
8. Secularização: fruto de um longo e
complexo processo
• Como conhecer o rosto de Cristo sem a Igreja?
• O próximo passo foi a crença em Deus a partir de uma
religião natural, ou seja, aceita-se Deus, mas nega-se a
Revelação: Deus sim, Cristo não!
• a Igreja, o sobrenatural e os valores morais da religião
foram relegados a um segundo plano.
• Com isso a sociedade organizou sua cultura e suas
estruturas em função das paixões humanas
(desordenadas em função da separação da natureza e da
graça) e não da sã razão unida à fé.
9. Secularização: fruto de um longo e
complexo processo
• Essa nova sociedade seria marcada pelos germes daquilo
que viria a ser o homem ganancioso, sensual, laico e
pragmático de nossos dias. As diversões se tornam mais
freqüentes e mais suntuosas. Os homens se preocupam
sempre mais com elas. Nos trajes, nas maneiras, na
linguagem, na literatura e na arte o desejo crescente por
uma vida cheia de prazeres da fantasia e dos sentidos vai
produzindo progressivas manifestações de sensualidade
e moleza. Os corações se desprendem gradualmente do
amor ao sacrifício, da verdadeira devoção à Cruz, e das
aspirações de santidade e vida eterna.
10. Secularização: fruto de um longo e
complexo processo
• Todo esse processo desembocou, especialmente
na França (Revolução Francesa – sec XVIII),
num endeusamento da vida terrena, preparando
o campo para a quase completa vitória da
irreligião.
• Essa negação gradual da fé se desenvolveu a
partir das seguintes etapas: revolta contra a
Igreja, negação da divindade de Cristo e ateísmo.
11. Secularização: fruto de um longo e
complexo processo
• A razão moderna é aquela que se fecha à transcendência,
aquela que ignora a metafísica.
• A razão, por ela mesma, quer dar conta da realidade e
fundar o ato moral.
• a razão sem a fé! Deus está morto!
• Iluminismo (sec XVIII), Liberalismo (sec XIX e XX) e
Marxismo (sec XIX)
12. 1968 e 1989
DOIS ANOS QUE MARCARAM O FINAL DO
MILÊNIO RECÉM-CONCLUÍDO
• A revolução de maio de 1968 – marco histórico
da Revolução Cultural ou Cultural War;
A Sorbonne moderna sintetizou num só
movimento tendências como o hippismo, o
igualitarismo, o pacifismo, o ecologismo, o
feminismo e a ―cultura da droga‖, já muito
desenvolvidas nos EUA.
13. 1968 e 1989
DOIS ANOS QUE MARCARAM O FINAL DO
MILÊNIO RECÉM-CONCLUÍDO
• 1989 – Queda do muro de Berlim.
Esse ano trouxe a derrocada dos regimes socialistas na
Europa que deixaram atrás de si a herança triste de uma
terra arrasada e de almas destruídas , mas a doutrina
marxista da salvação não desapareceu após o choque de
89.
• Marxismo Cultural – Gramsci: para se conseguir
instaurar o socialismo no Ocidente é necessário abalar
sua base: filosofia grega, direito romano e a moral
judaico-cristã.
14. Desafios de ser católico na pós-
modernidade
IGREJA CATÓLICA
Anacronismo da Moral Cristã
• Idéia-chave Opressão Moral e Intelectual
Aliança com o poder
15. Desafios de ser católico na pós-
modernidade
Celibato clerical
Escândalos sexuais
Temas explorados Inflexibilidade doutrinária
(homossexualismo, aborto, controle
natalidade, ind. do matrimônio)
Inquisição
Papel político-histórico
Coutinho, SAS. A Revolução Gramscista no Ocidente
16. Onde esse processo nos leva?
• Ditadura do Relativismo.
• Emotivismo: emoção funda o ato moral.
• Religião até é importante, mas todas tem o
mesmo valor e ela vale mais quanto mais
terapêutica for.
• Cisma branco
17. Manifestação no centro de
Madrid
Março, 2009
37 March for Life
Janeiro, 2010
Washington – DC
18. 3ª Marcha Nacional da Cidadania
pela Vida e pela Paz
Agosto, 2009
Brasília
Folheto distribuído pela ―Frente
Carioca pela Vida‖
2006