SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 28
Projeto Sócio-Educativo
                       do
Centro Social Caldas de Vizela (São Miguel)




              Tema: A Família


     Creche        Lar de Infância e   Serviço de Apoio
                      Juventude          Domiciliário




                  De 2011 a 2014




                                                  1
ÍNDICE



I- Introdução………………………………………………………………………………………………………….3


II- Caracterização do meio envolvente……………………………………………………………………4


III- História da Instituição……………………………………………………………………………………….5


IV- Missão da Instituição………………………………………………………………………………………..9


V- Politica da Qualidade…………………………………………………………………………………………9


VI- Visão da Instituição………………………………………………………………………………….…….10


VII- Estratégias da Instituição………………………………………………………………….……..……10


VIII- Valores da Instituição………………………………………………………………………………..…10


IX – Caracterização da Instituição………………………………………………………………..………11


X- Fundamentação Teórica do Projecto Sócio-Educativo…………………………………..…25

XI- Objectivos do Projecto Sócio-Educativo………………………………………………….…….27


XII – Bibliografia…………………………………………………………………………………………….……28




                                                                         2
I
                                     Introdução




“O projeto não é uma simples representação do futuro, mas um futuro a construir, uma
                                                          ideia a transformar em ato”
                                                                   Jean-Marie Barbier




       Este Projeto Sócio-Educativo estabelece os princípios e as opções que moldam
o Projeto Pedagógico das salas da Creche, o Projeto Educativo do Lar de Infância e
Juventude e o Plano de Atividades e Desenvolvimento Pessoal do Serviço de Apoio
Domiciliário.


       A realização deste Projeto Sócio-Educativo por parte do Centro Social Paroquial
de Caldas de Vizela (São Miguel) assenta na articulação com Regulamento Interno e os
critérios estabelecidos nos Manuais de Qualidade da Segurança Social, promovendo
uma filosofia de desenvolvimento desta Instituição.


       A existência deste projeto demonstra perante a comunidade, uma prática que
corresponde às necessidades e anseios da mesma, enquanto satisfaz a realização
profissional dos que se envolvem na sua execução.


       Neste projeto são pretendidas desenvolver ações que vão ao encontro das
necessidades identificadas, para aumentar a qualidade dos serviços da Instituição, no
sentido de melhorar a participação dos seus elementos de acordo com o espírito deste
Projeto Sócio-Educativo.




                                                                                    3
II
                        Caraterização do Meio Envolvente


       O concelho de Vizela, criado em 1998, pela Lei nº 63/98, localiza-se na região Norte,
na convergência do Minho e do Douro Litoral. Faz fronteira com os concelhos de Guimarães,
Felgueiras, Lousada e Santo Tirso. Administrativamente integra o Distrito de Braga, formado
por 14 municípios, e constitui-se como um dos oito concelhos que compõem a Sub-região do
Ave. Desde Abril de 2008 a Sub-região do Ave apresenta uma nova configuração com a
integração dos concelhos de Santo Tirso e Trofa na Área Metropolitana do Porto. De acordo
com a atual configuração, a NUT III Ave é constituída pelos concelhos de Cabeceiras de
Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de
Famalicão e Vizela.
       O Concelho de Vizela apresenta uma área total de 24,7 km2, dividida
administrativamente em 7 freguesias: Infias, Caldas de Vizela (S. Miguel), Caldas de Vizela (S.
João), Santa Eulália, Vizela (Santo Adrião), Tagilde e Vizela (S. Paio).
       O território apresenta uma elevada densidade demográfica, encontrando-se a
população dispersa pela sua quase totalidade. A densidade populacional registada no
concelho de Vizela, de 991.0 hab/km2, é bastante superior à média da NUT III Ave, que se
situa nos 421.1 hab/km2. Nenhuma freguesia tem densidade inferior a 600 hab/km2. A
distribuição da população pelas sete freguesias que compõem o concelho revela que Caldas
de Vizela (S. Miguel) (27,8%) e Santa Eulália (23%) são as freguesias com maior número de
residentes, totalizando metade da população do concelho.
       Mais recentemente, as estimativas do INE para 2008 apontavam para 24.477
habitantes residentes no concelho: 12.061 (49,7%) homens e 12.416 (51,1%) mulheres.
Constata-se, assim, que desde 2001 o número de residentes no concelho terá aumentado
em cerca de 1.882 efectivos (8.3%).
       A estrutura produtiva do concelho de Vizela é predominada pelos setores: terciário e
secundário. Em 2007, o setor terciário representava 78% das empresas com sede no
concelho predominando, de acordo com a Classificação Portuguesa de Actividades


                                                                                        4
Económicas (CAE), o “comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis
motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico”, com 37.9% (543 empresas).
       O sector secundário é representado por 22.0%, num total de 403 empresas,
dominando a área têxtil e confecção, com 260 empresas (64.5%) no total da indústria
transformadora do concelho (na NUT III Ave esta representa 58.5% e a nível nacional
representa 18.2%). Segue-se a indústria do couro e de produtos do couro, com 47 empresas
classificadas (11,6%). As indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos e a
indústria de pasta, de papel e cartão e seus artigos de edição e impressão assumem também
alguma relevância com 30 e 26 empresas classificadas, respectivamente. Em relação à
dimensão das empresas, predominam as micro-empresas. Em 2007, 92% das empresas com
sede no município tinham ao seu serviço menos de 10 trabalhadores.
       Em 2001 os Censos davam conta que o concelho de Vizela possuía uma
população economicamente ativa de 12 360 indivíduos (6 529 Homens e 5 831
Mulheres), dos quais 11 752 (95.1%) encontravam-se empregados e 608 (4.9%)
desempregados.
       Na atualidade, o concelho de Vizela tem vindo a apresentar níveis de
desemprego preocupantes, acima da média nacional. Para esta situação terão
contribuído sobretudo a fragilidade da estrutura produtiva e as baixas qualificações
escolares e profissionais da população ativa.




                              III - História da Instituição




       A comunidade de São Miguel de Vizela teve desde sempre, presente, o aspeto
sócio-caricativo, merecendo especial atenção o apoio à criança e á terceira idade.

       Neste sentido, a comunidade fez um levantamento da existência da população
idosa e verificou que a solidão deprimia as pessoas, e deste modo adquiriram uma
carrinha, com a ajuda de pessoas generosas, para que os idosos se pudessem deslocar
e conviver mais entre eles e com a própria comunidade.

                                                                                     5
A partir de 1986 desenvolveram-se diferentes actividades de carácter cultural,
recreativo, animação e convívio onde os idosos começaram a participar em passeios de
Verão, eram acompanhados a consultas médicas e tratamentos. Além disso, foi
dedicado um domingo á terceira idade, geralmente no mês de Setembro, agrupando
as pessoas num convívio com participação na Eucaristia e almoço de confraternização.
Nalguns anos dedicou-se mais atenção á época de Natal, com a realização de uma
Ceia. Ainda hoje se celebra, integrado na Festa de S. Miguel, padroeiro da comunidade,
o dia do Idoso.

       No entanto, sem esquecer o sector infantil, a comunidade formou uma equipa
de apoio à criança que tinha, inicialmente, como objetivo realizar várias festas para as
crianças, tais como: o Carnaval, o Natal e o Dia da Criança, sempre com atividades
culturais e recreativas, desde concursos literários, desenho, desporto, etc.

       Através da realização destas ações verificou-se que, para a terceira idade era
necessário um apoio mais direto e que as crianças precisavam de ter os tempos livres
mais ocupados, surgindo o Serviço de Apoio Domiciliário e o C.A.T.L. (Centro
Actividades de Tempos Livres).

       Em declaração no Diário da Republica, Nº 38, III Série a 14 de Fevereiro de
1990, página 2186, declarou-se o registo definitivo dos estatutos desta Instituição
como Instituição Particular de Solidariedade Social, reconhecida como pessoa colectiva
de utilidade pública, em conformidade com o disposto no estatuto aprovado pelo
Decreto-lei nº 119/83 de 25 de Fevereiro. Tendo sido a 7 de Julho de 1989 recebida
pelo Centro Regional de Segurança Social de Braga a participação a que se refere o
artigo 45.º do citado estatuto. O registo foi lavrado pela inscrição nº 70/89, a fl. 49 do
livro nº 4 das Fundações de Solidariedade Social.

       Verificando-se que existiam idosos que necessitavam de um maior
acompanhamento ao longo do dia, criou-se o Centro de Dia e de Convívio, que
funcionava das 9h00 às 17h00. O Centro de Dia proporcionava ao idoso todo o
acompanhamento, desde o transporte (quer de casa para o Centro, como do Centro
para casa), atividades recreativas e ainda o serviço de refeições (pequeno-almoço,
almoço e lanche). O Centro de Dia e de Convívio facultava aos idosos actividades

                                                                                        6
variadas, de forma a ocupar os seus tempos livres de uma maneira divertida e
saudável. Os idosos tinham a oportunidade de darem passeios a locais por eles
escolhidos, tais como: o Santuário do Sameiro e o Bom Jesus em Braga, a Penha em
Guimarães, entre outros. Tinham natação e ginástica uma vez por semana nas Termas
de Vizela, e na segunda quinzena de Julho iam para a praia juntamente com as
crianças, de forma a proporcionar um intercâmbio intergeracional, entre as crianças do
C.A.T.L. e os idosos do Centro de Dia e de Convívio.

        Normalmente, quando os idosos começam a frequentar o Centro de Dia têm a
intenção de mais tarde serem integrados num Lar, situação que não se verificava nesta
Instituição. Os idosos eram muito apegados à sua residência e iam para o Centro de
Dia, apenas para não ficarem sozinhos em casa e passarem os seus tempos livres com
atividades lúdicas e recreativas.

       Em Março de 1993, foram detectadas situações de pessoas em completo
isolamento. Então, criou-se um Mini-Lar para albergar permanentemente essas
pessoas idosas. Esta valência funcionou juntamente com o Centro de Dia e de Convívio
até Julho de 1999, mês em que os 15 utentes deste e do Mini-Lar transitaram para o
novo Lar da Santa Casa da Misericórdia de Vizela.

       Relativamente ao C.A.T.L. que iniciou em 1989, com o acordo para 60 crianças,
tendo sido alterado para 120 crianças do 1º ciclo do ensino básico. Durante muitos
anos o C.A.T.L. funcionou em conformidade com a escola, com os horários duplos e
dando resposta das 07h30 até às 19h00 de acordo com as necessidades dos pais e
encarregados de educação. Durante 20 anos, esta resposta social proporcionou
actividades de carácter lúdico-pedagógicas e de animação sócio-cultural, bem como
actividades extra -curriculares como a natação, o karaté, o inglês, jazz infantil e
tecnologias de informação e comunicação. A ocupação dos tempos livres, durante as
férias escolares eram organizadas diversas atividades, como visitas a museus, idas á
piscina, espaços de lazer e recreio, idas á praia durante a segunda quinzena de Julho,
realização de festas de Natal, Carnaval e Final do Ano e exposições.




                                                                                    7
Com reforma legislativa em que alterou os horários do 1º ciclo, com a
concepção de escola a tempo inteiro, afetou automaticamente á diminuição de
crianças no C.A.T.L. e culminou no efetivo encerramento em Agosto de 2009.

       A resposta social de Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) a funcionar desde
Julho de 1989 beneficiou no sentido de melhorar as condições existentes, o SAD em
2003/ 2005 do Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII), com vista a proporcionar
uma resposta social mais eficaz.

       A Instituição contou também com no âmbito do Programa Ser Criança um
 projeto de apoio a crianças em risco de 1995 a 1997, denominado “Amanhecer no
 Vale de Vizela” que tinha como objectivo o acompanhamento de crianças e jovens
 em risco de exclusão social e familiar; a realização de acções preventivas e
 educativas para crianças e famílias como agentes do seu próprio projecto de
 mudança e a execução de atividades promovendo condições para um
 desenvolvimento equilibrado.


       De 1998 a 1999, integrou-se num projeto de prevenção primária no âmbito do
Projecto Vida intitulado de “A minha Vida é a Vida do Outro”, que tinha como
objetivos orientar, acompanhar e sobretudo prevenir situações de toxicodependência,
alcoolismo, prostituição e situações de marginalidade.

       A resposta social de Lar de Infância e Juventude iniciou a sua atividade em
Outubro de 1996, devido à necessidade de albergar 8 irmãos da comunidade por
motivo de abandonado e pobreza. Funcionou com os referidos irmãos até Julho de
1997, sendo nesta data aumentado com mais 3 irmãos de outra família próxima da
comunidade.

       Desde Outubro de 2008 esta resposta social está integrada no Plano DOM –
Desafios, Oportunidades e Mudanças de âmbito nacional tendo como objectivo
principal a implementação de medidas de qualificação da rede de Lares de Infância e
Juventude, incentivadoras para uma melhoria contínua da promoção de direitos das
crianças e jovens acolhidas em Lar, nomeadamente no que se refere à definição e
concretização,   em    tempo       útil,   de   um   projecto   que   promova   a   sua

                                                                                      8
desinstitucionalização, após um acolhimento que ainda prolongado, lhes deverá
garantir a aquisição de uma educação para a cidadania e, o mais possível, um sentido
de identidade, de autonomia e de segurança, promotor do seu desenvolvimento
integral. Neste âmbito de actuação estão aplicadas as seguintes medidas de
qualificação: o reforço das Equipas Pluridisciplinares e a qualificação da intervenção e
dos interventores.

       A Creche é a mais recente resposta social com início em Dezembro de 2006,
através do Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social
(POEFDS) onde dá resposta a 33 crianças das 7h30 às 19h00. É um espaço que surge
como resposta às necessidades da comunidade, onde a criança é acolhida,
proporcionando o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças num clima de
segurança afetiva e física, durante o afastamento parcial do seu meio familiar através
de um atendimento individualizado, promovendo um crescimento e desenvolvimento
harmonioso nos vários domínios psico-motor, afectivo, cognitivo social e lúdico.




                                          IV

                                 Missão da Instituição

       O Centro Social Paroquial de Caldas de Vizela (São Miguel) tem como Missão
dar resposta às necessidades sociais e educativas, do meio em que está inserido,
contribuindo para o bem-estar dos clientes, através da prestação de serviços com
qualidade.




                                            V
                                 Política da Qualidade
       A Instituição define, implementa e controla o seu compromisso de satisfação
das necessidades e expectativas legítimas dos clientes e de outras entidades
interessadas. Para garantir a execução da Politica da Qualidade, a Instituição deve
controlar a conformidade dos processos. Para tal estamos em processo de
implementação da qualidade, cujo objectivo se prende com a optimização de todos os
recursos e consequentemente melhoria na sustentabilidade da Instituiç
                                                                                      9
VI

                            Visão da Instituição

 Assegurar uma prestação de serviços eficiente e eficaz, com profissionais
 qualificados;
 Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, cumprindo os requisitos
 estabelecidos pela Segurança Social;
 Alargamento das respostas sociais mediante as necessidades da comunidade,
 nomeadamente Centro de Alojamento Temporário;

                                    VII

                         Estratégias da Instituição

 Assegurar Formação adequada para todos os colaboradores da Instituição;
 Aplicar os requisitos de qualidade dos Manuais da Segurança Social das
  respostas sociais existentes;
 Estabelecer contactos com empresas de consultadoria e Segurança Social para
  a Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade;
 Possuir uma ligação directa com a Rede Social do concelho;
 Fomentar parcerias para colaboração e obtenção de um conhecimento real
  dos problemas sociais do concelho.

                                    VIII
                           Valores da Instituição
 Solidariedade – Para com os que mais precisam, combater os fenómenos de
 pobreza e todo o tipo de exclusão social.
 Organização e Inovação – De acordo com a legislação em vigor, favorecer o
 desenvolvimento de serviços e respostas de qualidade.
 Trabalho – Para prestar um serviço de qualidade, direccionar os esforços para
 as pessoas e para as suas necessidades.
 Espírito de Equipa – Para se atingir um bem comum, trabalhar com base na
 tolerância, na comunicação, na confiança, na responsabilidade e na
 confidencialidade.
 Respeito – Respeitar a individualidade e as especificidades de cada pessoa
 envolvida.

                                                                            10
IX
                           Caracterização da Instituição




  É composta por uma Direcção e Concelho Fiscal.

  Actualmente detém 25 colaboradores maioritariamente do sexo feminino.

  É constituída pelos serviços da cozinha, lavandaria, limpeza, secretaria
transversais para a funcionalidade das respostas sociais de Creche, Lar de
Infância e Juventude e Serviço de Apoio Domiciliário. Os colaboradores estão
distribuídos da seguinte forma:




                                                                           11
Creche

1 Coordenador/ Educador de Infância
1 Educador de Infância
3 Auxiliares de Educação
2 Ajudantes de Acção Educativa




Lar de Infância e Juventude
1 Coordenador/ Assistente Social
1 Psicólogo
1 Animador Sociocultural
1 Prefeito
1 Ajudante de Acção Educativa




Serviço de Apoio Domiciliário
1 Coordenador/ Assistente Social
3 Ajudantes de Acção Direta
2 Auxiliares de Serviços Gerais




Serviços de Limpeza, Higiene e Lavandaria
2 Auxiliares de Serviços Gerais




Serviço de Cozinha
4 Cozinheiras




Serviço de Secretaria
1 Recepcionista


                                            12
 Habilitações Literárias dos Colaboradores


        Anos de            4º         6ª    9º        12º   Licenciatura   Mestrado
      escolaridade        Ano         Ano   Ano       Ano
         Nº de              5          4     5         6          4               1
     Colaboradores



       As habilitações literárias dos colaboradores acentuam ao nível do 12º ano e 9º
ano de escolaridade.


           Quadro de Idades dos Colaboradores


         Idades                 20 - 30      31-40          41-50           +50
         Nº de                    7               9           5               4
     Colaboradores



       Quanto às idades assenta maioritariamente em colaboradores jovens, sendo a
faixa etária dos 31 aos 40 anos de idade.

         Serviços de Secretaria




                                                                                      13
 Creche - Capacidade para 33 crianças.




             Proporcionar os melhores cuidados aos bebés e paralelamente responder às
     exigências dos pais ou encarregados de educação é o objectivo principal desta
     resposta social, mantendo sempre os requisitos legais em vigor. Assim assegura a
     prestação dos seguintes serviços:




 Berçário




                                                                                     14
 Promover o acolhimento, guarda, protecção, segurança e todos os cuidados
         básicos necessários a crianças de idades compreendidas entre os 4 e os 36
         meses;


   Sala dos 1 anos




         Proporcionar à criança um clima de segurança afectiva e física, durante o
         afastamento parcial do seu meio familiar, através de um atendimento
         individualizado;
                                                                                15
   Casas de banho e Fraudário




     Prestar os cuidados básicos de: alimentação, higiene, repouso e saúde, tendo em
      conta as necessidades e interesses de cada criança, em articulação com a família;
     Promover o favorecimento da formação e desenvolvimento equilibrado da criança,
      através da promoção de aprendizagens diferenciadas e significativas;


          Sala dos 2 anos




                                                                                          16
 Estimular o desenvolvimento global da criança nas suas componentes emocional,
         cognitiva, comunicacional, social e motora, através da implementação e
         adequabilidade de práticas lúdico-pedagógicas intencionais, estruturadas e
         organizadas;


 Refeitório




        Colaborar de forma eficaz no despiste precoce de qualquer inadaptação ou
         deficiência, assegurando o seu encaminhamento adequado;
        Apoiar a criança em situação de risco social.


        A Creche realiza ainda actividades propostas no Projeto Pedagógico de sala e as
         respetivas planificações semanais.



            Manter a dinâmica com os bebés e pais no espaço na BEBETECA. Este espaço,
   especialmente pensado para esta faixa etária, dispõe de mobiliário colorido e de uma
   colecção de livros apropriada a este público.


            Bebéteca




                                                                                     17
Almofadas, puffs, livros com cores, texturas e sons, permitem estimular, desde
 cedo, o gosto pela leitura e pelo livro transformando-o num objecto do quotidiano dos
 bebés.




 Parque Infantil




                                                                                     18
CASA DE JOVENS
                                                NOVOS HORIZONTES



          Lar de Infância e Juventude - Capacidade para 11 crianças e jovens.
       Presentemente esta resposta social denominada Casa de Jovens Novos
Horizontes, tem capacidade para 11 crianças e jovens em risco, oriundos da zona de
origem geográfica do distrito de Braga.
       Acolhe crianças e jovens com idades compreendidas entre os 6 – 18 anos,
podendo permanecer até aos 21 anos de idade, com medida de promoção e
protecção “Acolhimento institucional”, aplicada pelos Tribunais e Comissões de
Protecção e Crianças e Jovens.




                                                                                 19
Norteia-se pela percussão de objectivos que visam uma educação integral da
criança/jovem que acolhe no seu seio:

      Proporcionar às crianças/jovens a satisfação de todas as suas necessidades em
      condições de vida tão aproximadas quanto possível à da estrutura familiar;
      Garantir e promover o superior interesse da criança/ jovem;
      Assegurar uma intervenção personalizada e conducente no desenvolvimento
      pessoal, físico, intelectual e moral equilibrados que conduzem à inserção das
      crianças/ jovens na comunidade;




      Promover a participação activa das crianças/ jovens no seu projecto de vida
       tendo em vista uma melhor orientação em todos os domínios da sua vida;


                                                                                   20
     Promover sempre que possível a sua integração na família e na comunidade de
           origem, em articulação com as entidades competentes, com vista à sua gradual
           autonomização.




        Serviço de Apoio Domiciliário – Capacidade para 29 utentes




                                                      Atualmente o Serviço de Apoio
                                                      Domiciliário, tem presentemente
                                                      29 utentes e desenvolve serviços
                                                      semanalmente        das   08h00    às
                                                      21h00,      estes     serviços    são
                                                      extensivos aos fins-de-semana e
                                                      feriados.




    Nesta área dispomos presentemente de duas equipas no terreno que, diariamente
    prestam no domicílio serviços de:

                 Alimentação servida a cada cliente de acordo com as suas necessidades;




                 Higiene Pessoal feita de acordo com as necessidades de cada cliente,
                  podendo ser realizada mais do que uma vez ao dia;

                                                                                          21
 Tratamento de roupa de uso pessoal e do lar do cliente;
     




      Limpeza habitacional levada a cabo uma vez por semana, sendo que
         diariamente haverá o cuidado de a arejar e higienizar;




 Apoio na ajuda da ministração de medicação feita de acordo com a prescrição
  médica;
 Acompanhamento e deslocações a consultas e tratamentos que são levadas a
  cabo sempre que for preciso;
 Atividades de animação, podendo participar os clientes sempre que o estado
  de saúde o permita;
 Acompanhamento psicossocial;
 Disponibilização de informação facilitadora do acesso a serviços da comunidade
  e outros apoios sociais.



                                                                             22
Aqui importa destacar o papel que esta resposta social assume enquanto
  serviço de aposta para o futuro, corroborado pelo número crescente de pessoas
  que desejam permanecer no seu domicílio, continuando no seu meio habitual de
  vida.
      Optimizar os recursos, tendo em vista a melhoria dos serviços prestados, com a
  consciência que no momento de optar pelos nossos serviços, os clientes e seus
  familiares procuram a máxima qualidade.


 Serviços de Cozinha




                                                                                 23
 Serviços de Lavandaria




      Veículos




                           24
X

                        Fundamentação Teórica do Projecto Sócio-Educativo

    “ A Família” foi o tema escolhido pelas três respostas sociais Creche, Serviço de Apoio
Domiciliário e Lar de Infância e Juventude, para durante três anos, desenvolver atividades sócio-
educativas com as crianças, jovens e idosos.


                                     Criança - Jovem - Idoso




          Rede de Profissionais                                      Família




           A escolha do tema prende-se fundamentalmente em que a família é considerada o
elemento central no processo de socialização da criança (Maccoby, 1992).
            Viver no seu núcleo familiar há uma aprendizagem de valores essenciais, onde se
forma no seu seio os primeiros hábitos e atitudes de partilha, respeito e convivência. A família é
por excelência, o lugar onde se vão construindo os valores de tudo quanto nos rodeia (Ribeiro,
2005).
           Para o melhor e para o pior, ela ocupa um lugar de destaque nas nossas vidas,
continuando a apresentar-se como a unidade de base da sociedade. É nas famílias que nascemos
e crescemos, e delas esperamos que nos ajudem a crescer de forma saudável, o mais preparados
possível para lidarmos com as dificuldades, obstáculos e mesmo alegrias com que nos vamos
confrontando ao longo do trajecto de vida. Das famílias espera-se que cuidem internamente dos
seus membros, que os protejam para que desenvolvam de forma saudável, e que os preparem
para lidar com o mundo “lá fora” (Relvas, 1996 cit in Melo, 2010).
           As alterações na estrutura familiar devem-se sobretudo às mudanças sociais,
produzidas na sociedade global, marcadas por modificações profundas no tecido social e familiar,
verificam-se sentimentos de incerteza, culpa, angústia e medo, em que a família vivencia
atualmente. Os pais vivem sob pressão de vária ordem: em muitos dos casos, com pouco tempo
disponível para cuidar quer dos seus filhos; os progenitores confrontam-se com problemas

                                                                                         25
crescentes, como a quebra de autoridade e a dificuldade na conciliação entre a vida profissional
e familiar; muitos são também os que não aprenderam com as suas famílias de origem a
capacidade de sentir empatia para com as necessidades das suas crianças (Ribeiro, 2003 cit in
Melo, 2010).
            Em famílias multiproblemáticas ao nível da parentalidade quer a função vinculativa
quer a função socializadora dos pais estão perturbadas, desta forma, a nível interno familiar as
crianças ao nível da segurança básica, inteorizam modelos inseguros de vinculação que lhes
dificultam a verdadeira autonomização e a tranquila exploração do meio. Ao nível externo, as
crianças são deficientemente socializadas o que repercute a dois níveis: falta de protecção da
criança face ao meio de falta de normalização (potenciando uma posição de conflito com o
meio). Muitas vezes, os impulsos libidinais e impulsos agressivos destes pais flúem livremente
em relação aos filhos, sem o controlo das funções protectoras, possibilitando, assim, situações
de maus-tratos físicos que se inscrevem, frequentemente, num contexto de abandono e falta de
cuidados (Alarcão, 2002).
            Paralelamente temos a questão do envelhecimento, com o aumento da população
idosa devido ao aumento da esperança de vida, em que acompanhar o idoso no seio da família, é
cada vez mais difícil pois, o estilo de vida actual contribui para a fragmentação da família nuclear,
isto é, dificulta a convivência entre pais e filhos (Pimentel, 2001).
            A imagem do idoso na sociedade tem também vindo a sofrer profundas alterações.
Se antes o idoso era visto com respeito e o seu papel na sociedade era determinante, no
aconselhamento e decisão sobre matérias importantes, hoje em dia, numa sociedade onde a
produtividade e a atividade profissional são mais valorizadas e o envelhecimento é visto
exclusivamente como um conjunto de perdas de capacidades, o idoso é tido como um fardo
(http://primuscare.com/o-papel-da-familia-no-apoio-ao-idoso).
             Em 1976 começou a elaboração de uma política, que ainda hoje se segue, de
prevenção e de manutenção das pessoas no seu domicílio o maior tempo possível. Esta é uma
resposta que contínua a expandir-se e se apresenta como a solução ideal para muitos problemas
dos idosos. Porque, para além da qualidade do serviço e de permitir ao idoso ficar mais tempo na
sua própria casa. O domicílio é visto como um espaço em que pessoas portadoras de doenças
crónicas e outras patologias, idosas ou não, podem viver com boa qualidade de vida e manter a
doença de forma estável.



                                                                                            26
Neste contexto as funções da família, é hoje partilhada por outras instituições
estatais e privadas, em diversos serviços de apoio.
              Pois, estarão as famílias preparadas para cumprir com o seu papel e lidarem com os
desafios com que se deparam?
              Desta forma, este projecto visa principalmente em colaborar comas famílias e
colmatando as suas dificuldades, preocupações e necessidades mediante as suas crianças, jovens
e idosos, sendo o principal objectivo a promoção de aprendizagens mútuas para melhor
educarmos as nossas crianças, orientar melhor os nossos jovens e cuidar melhor nos nossos
idosos.




                                                  XI
                                Objectivos do Projecto Sócio-Educativo


    O principal objectivo do tema “A Família” deste Projecto Sócio-Educativo prende-se
fundamentalmente em aplicar as seguintes ações de atuação:


             O diálogo entre a família e os profissionais de infância, juventude e terceira
              idade, é o primordial procedimento que permite conhecer e compreender
              melhor a criança, o jovem e o idoso. A troca de informação e o encontro no
              dia-a-dia são indispensáveis para a articulação entre a família e os profissionais
              da Instituição.




             Criar um clima de relação aberta entre a família e os profissionais, construir um
              espaço de confiança, condição essencial para uma ação educativa participada,
              principalmente na construção no plano de intervenção individual de cada
              criança, jovem e idoso.


             Comunicar efetivamente com a família, promovendo reuniões e/ou
              atendimento personalizado, ou no domicilio onde haja uma efetiva troca de
              opiniões que permitam um melhor conhecimento dos contextos socio-

                                                                                             27
familiares das crianças, dos jovens e dos idosos. Pretende-se assim, constituir
    importantes momentos de auto-formação com benefícios para melhorar a
    prestação do serviço.


   Realizar uma intervenção sistémica nos problemas das famílias multiproblemáticas
    pois, não são situações muitas vezes fragmentadas mas, absolutamente interligadas.


   Realização de convívios familiares em comemorações significativas realizadas na
    Instituição.


   Possibilitar momentos de reflexão para os familiares ou pessoas significativas dos
    clientes que a Instituição presta serviços de Creche, Lar de Infância e Juventude e
    Serviço de Apoio Domiciliário.

                                         XII

                                     Bibliografia




   ALARCÃO, Madalena, (2002), (Des) Equilíbrios Familiares, Coimbra, Quarteto Editora.


   RIBEIRO, O. Marisol Freitas Jesus, (2005), Avaliação do Envolvimento Parental no Novo
    Programa de Intervenção, maior participação da família e maior contextualização da
    intervenção dos técnicos, Universidade do Minho (Tese de Mestrado).


   Melo, Ana, (2010), Em Busca do Tesouro das Famílias Intervenção familiar em
    Prevenção, Gabinete de Atendimento à Família, 2ª edição.


   http://primuscare.com/o-papel-da-familia-no-apoio-ao-idoso


   Plano de Desenvolvimento Social de Vizela 2010/2015


   Pimentel, Luísa (2001) O Lugar do idoso na Família – Contexto e trajectória,
    Coimbra, Quarteto.

                                                                                      28

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Jornal opção 171 ed online
Jornal opção 171 ed onlineJornal opção 171 ed online
Jornal opção 171 ed onlineAlair Arruda
 
Edição 156 online
Edição 156 onlineEdição 156 online
Edição 156 onlineAlair Arruda
 
Jornal opção 174 ed online
Jornal opção 174 ed onlineJornal opção 174 ed online
Jornal opção 174 ed onlineAlair Arruda
 
Jornal opção 182 ed oline
Jornal opção 182 ed olineJornal opção 182 ed oline
Jornal opção 182 ed olineAlair Arruda
 
Jornal opção 184 online
Jornal opção 184 onlineJornal opção 184 online
Jornal opção 184 onlineAlair Arruda
 
RELATÓRIO DA SIDESC- MAIO DE 2017
RELATÓRIO DA SIDESC- MAIO DE 2017RELATÓRIO DA SIDESC- MAIO DE 2017
RELATÓRIO DA SIDESC- MAIO DE 2017Geraldina Braga
 
Edição 155 online
Edição 155 onlineEdição 155 online
Edição 155 onlineAlair Arruda
 
Jornal opção 175 ed online
Jornal opção 175 ed onlineJornal opção 175 ed online
Jornal opção 175 ed onlineAlair Arruda
 
Jornal opção 164
Jornal opção 164Jornal opção 164
Jornal opção 164Alair Arruda
 
Jornal opção 180 online
Jornal opção 180 onlineJornal opção 180 online
Jornal opção 180 onlineAlair Arruda
 
Jornal opção 199
Jornal opção 199Jornal opção 199
Jornal opção 199Alair Arruda
 
Jornal opção 187
Jornal opção 187Jornal opção 187
Jornal opção 187Alair Arruda
 
Jornal opção 185 online
Jornal opção 185 onlineJornal opção 185 online
Jornal opção 185 onlineAlair Arruda
 
Jornal opção edição especial
Jornal opção edição especialJornal opção edição especial
Jornal opção edição especialAlair Arruda
 
Jornal opção 189 online
Jornal opção 189 onlineJornal opção 189 online
Jornal opção 189 onlineAlair Arruda
 
Jornal opção 176 online
Jornal opção 176 onlineJornal opção 176 online
Jornal opção 176 onlineAlair Arruda
 
Jornal opção 165 ed online
Jornal opção 165 ed onlineJornal opção 165 ed online
Jornal opção 165 ed onlineAlair Arruda
 
Mensagem Governamental à Assembleia Legislativa 2022
Mensagem Governamental à Assembleia Legislativa 2022Mensagem Governamental à Assembleia Legislativa 2022
Mensagem Governamental à Assembleia Legislativa 2022Governo do Estado do Ceará
 

Was ist angesagt? (20)

Jornal opção 171 ed online
Jornal opção 171 ed onlineJornal opção 171 ed online
Jornal opção 171 ed online
 
Edição 156 online
Edição 156 onlineEdição 156 online
Edição 156 online
 
Jornal opção 174 ed online
Jornal opção 174 ed onlineJornal opção 174 ed online
Jornal opção 174 ed online
 
Jornal opção 182 ed oline
Jornal opção 182 ed olineJornal opção 182 ed oline
Jornal opção 182 ed oline
 
Jornal opção 184 online
Jornal opção 184 onlineJornal opção 184 online
Jornal opção 184 online
 
RELATÓRIO DA SIDESC- MAIO DE 2017
RELATÓRIO DA SIDESC- MAIO DE 2017RELATÓRIO DA SIDESC- MAIO DE 2017
RELATÓRIO DA SIDESC- MAIO DE 2017
 
Edição 155 online
Edição 155 onlineEdição 155 online
Edição 155 online
 
Jornal opção 175 ed online
Jornal opção 175 ed onlineJornal opção 175 ed online
Jornal opção 175 ed online
 
Jornal opção 164
Jornal opção 164Jornal opção 164
Jornal opção 164
 
Jornal opção 180 online
Jornal opção 180 onlineJornal opção 180 online
Jornal opção 180 online
 
Jornal opção 199
Jornal opção 199Jornal opção 199
Jornal opção 199
 
Jornal opção 187
Jornal opção 187Jornal opção 187
Jornal opção 187
 
Carta novembro
Carta novembroCarta novembro
Carta novembro
 
Jornal opção 185 online
Jornal opção 185 onlineJornal opção 185 online
Jornal opção 185 online
 
Jornal opção edição especial
Jornal opção edição especialJornal opção edição especial
Jornal opção edição especial
 
Jornal opção 189 online
Jornal opção 189 onlineJornal opção 189 online
Jornal opção 189 online
 
Jornal opção 176 online
Jornal opção 176 onlineJornal opção 176 online
Jornal opção 176 online
 
Jornal opção 165 ed online
Jornal opção 165 ed onlineJornal opção 165 ed online
Jornal opção 165 ed online
 
Mensagem Governamental à Assembleia Legislativa 2022
Mensagem Governamental à Assembleia Legislativa 2022Mensagem Governamental à Assembleia Legislativa 2022
Mensagem Governamental à Assembleia Legislativa 2022
 
Edição 163.
Edição 163.Edição 163.
Edição 163.
 

Ähnlich wie Projeto sócio educativo

Brochura Fundação Herdade da Comporta
Brochura Fundação Herdade da ComportaBrochura Fundação Herdade da Comporta
Brochura Fundação Herdade da Comportaramosim13
 
Assembléia - Ações Área Social atualizado
Assembléia - Ações Área Social atualizadoAssembléia - Ações Área Social atualizado
Assembléia - Ações Área Social atualizadoInstitutoNordesteINEC
 
Archer 2008 newsletter aprender-naapelação
Archer 2008   newsletter aprender-naapelaçãoArcher 2008   newsletter aprender-naapelação
Archer 2008 newsletter aprender-naapelaçãoNuno Archer de Carvalho
 
Balanço das Ações 2009 2010
Balanço das Ações 2009 2010Balanço das Ações 2009 2010
Balanço das Ações 2009 2010Jamildo Melo
 
Projeto 1º Cliente - Universidade Cruzeiro do Sul: Agência Sakusen
Projeto 1º Cliente - Universidade Cruzeiro do Sul: Agência SakusenProjeto 1º Cliente - Universidade Cruzeiro do Sul: Agência Sakusen
Projeto 1º Cliente - Universidade Cruzeiro do Sul: Agência SakusenAgência Sakusen
 
Memorial de Camila Oliveira Santos
Memorial de Camila Oliveira SantosMemorial de Camila Oliveira Santos
Memorial de Camila Oliveira SantosUNEB
 
Retratos da deficiencia no brasil
Retratos da deficiencia no brasilRetratos da deficiencia no brasil
Retratos da deficiencia no brasilRosane Domingues
 
Anexo iv projeto educativo 13-16 (2)
Anexo iv   projeto educativo 13-16 (2)Anexo iv   projeto educativo 13-16 (2)
Anexo iv projeto educativo 13-16 (2)AMG Sobrenome
 
INFORMATIVO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IRAUÇUBA-JANEIRO DE 2018
INFORMATIVO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IRAUÇUBA-JANEIRO DE 2018INFORMATIVO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IRAUÇUBA-JANEIRO DE 2018
INFORMATIVO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IRAUÇUBA-JANEIRO DE 2018Geraldina Braga
 
Projeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdfProjeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdfBibliotecaLavra
 
Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025BibliotecaLavra
 
Diário nordestino mobilização jovem através da imprensa no território do sisal
Diário nordestino mobilização jovem através da imprensa no território do sisalDiário nordestino mobilização jovem através da imprensa no território do sisal
Diário nordestino mobilização jovem através da imprensa no território do sisalUNEB
 

Ähnlich wie Projeto sócio educativo (20)

Brochura Fundação Herdade da Comporta
Brochura Fundação Herdade da ComportaBrochura Fundação Herdade da Comporta
Brochura Fundação Herdade da Comporta
 
Assembléia - Ações Área Social atualizado
Assembléia - Ações Área Social atualizadoAssembléia - Ações Área Social atualizado
Assembléia - Ações Área Social atualizado
 
Archer 2008 newsletter aprender-naapelação
Archer 2008   newsletter aprender-naapelaçãoArcher 2008   newsletter aprender-naapelação
Archer 2008 newsletter aprender-naapelação
 
Pe 2014 2015 creche
Pe 2014 2015 creche Pe 2014 2015 creche
Pe 2014 2015 creche
 
Balanço das Ações 2009 2010
Balanço das Ações 2009 2010Balanço das Ações 2009 2010
Balanço das Ações 2009 2010
 
Pe 2014 2015 jardim
Pe 2014 2015 jardimPe 2014 2015 jardim
Pe 2014 2015 jardim
 
Catálogo IDE
Catálogo IDECatálogo IDE
Catálogo IDE
 
Velhice 1
Velhice 1Velhice 1
Velhice 1
 
Projeto 1º Cliente - Universidade Cruzeiro do Sul: Agência Sakusen
Projeto 1º Cliente - Universidade Cruzeiro do Sul: Agência SakusenProjeto 1º Cliente - Universidade Cruzeiro do Sul: Agência Sakusen
Projeto 1º Cliente - Universidade Cruzeiro do Sul: Agência Sakusen
 
Memorial de Camila Oliveira Santos
Memorial de Camila Oliveira SantosMemorial de Camila Oliveira Santos
Memorial de Camila Oliveira Santos
 
Retratos da deficiencia no brasil
Retratos da deficiencia no brasilRetratos da deficiencia no brasil
Retratos da deficiencia no brasil
 
Pindoretama2009
Pindoretama2009Pindoretama2009
Pindoretama2009
 
Anexo iv projeto educativo 13-16 (2)
Anexo iv   projeto educativo 13-16 (2)Anexo iv   projeto educativo 13-16 (2)
Anexo iv projeto educativo 13-16 (2)
 
INFORMATIVO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IRAUÇUBA-JANEIRO DE 2018
INFORMATIVO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IRAUÇUBA-JANEIRO DE 2018INFORMATIVO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IRAUÇUBA-JANEIRO DE 2018
INFORMATIVO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IRAUÇUBA-JANEIRO DE 2018
 
Projeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdfProjeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdf
 
Informativo SIDESC
Informativo SIDESCInformativo SIDESC
Informativo SIDESC
 
1º slides
1º slides1º slides
1º slides
 
Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025
 
Cartilha de politicas publicas para idosos
Cartilha de politicas publicas para idososCartilha de politicas publicas para idosos
Cartilha de politicas publicas para idosos
 
Diário nordestino mobilização jovem através da imprensa no território do sisal
Diário nordestino mobilização jovem através da imprensa no território do sisalDiário nordestino mobilização jovem através da imprensa no território do sisal
Diário nordestino mobilização jovem através da imprensa no território do sisal
 

Projeto sócio educativo

  • 1. Projeto Sócio-Educativo do Centro Social Caldas de Vizela (São Miguel) Tema: A Família Creche Lar de Infância e Serviço de Apoio Juventude Domiciliário De 2011 a 2014 1
  • 2. ÍNDICE I- Introdução………………………………………………………………………………………………………….3 II- Caracterização do meio envolvente……………………………………………………………………4 III- História da Instituição……………………………………………………………………………………….5 IV- Missão da Instituição………………………………………………………………………………………..9 V- Politica da Qualidade…………………………………………………………………………………………9 VI- Visão da Instituição………………………………………………………………………………….…….10 VII- Estratégias da Instituição………………………………………………………………….……..……10 VIII- Valores da Instituição………………………………………………………………………………..…10 IX – Caracterização da Instituição………………………………………………………………..………11 X- Fundamentação Teórica do Projecto Sócio-Educativo…………………………………..…25 XI- Objectivos do Projecto Sócio-Educativo………………………………………………….…….27 XII – Bibliografia…………………………………………………………………………………………….……28 2
  • 3. I Introdução “O projeto não é uma simples representação do futuro, mas um futuro a construir, uma ideia a transformar em ato” Jean-Marie Barbier Este Projeto Sócio-Educativo estabelece os princípios e as opções que moldam o Projeto Pedagógico das salas da Creche, o Projeto Educativo do Lar de Infância e Juventude e o Plano de Atividades e Desenvolvimento Pessoal do Serviço de Apoio Domiciliário. A realização deste Projeto Sócio-Educativo por parte do Centro Social Paroquial de Caldas de Vizela (São Miguel) assenta na articulação com Regulamento Interno e os critérios estabelecidos nos Manuais de Qualidade da Segurança Social, promovendo uma filosofia de desenvolvimento desta Instituição. A existência deste projeto demonstra perante a comunidade, uma prática que corresponde às necessidades e anseios da mesma, enquanto satisfaz a realização profissional dos que se envolvem na sua execução. Neste projeto são pretendidas desenvolver ações que vão ao encontro das necessidades identificadas, para aumentar a qualidade dos serviços da Instituição, no sentido de melhorar a participação dos seus elementos de acordo com o espírito deste Projeto Sócio-Educativo. 3
  • 4. II Caraterização do Meio Envolvente O concelho de Vizela, criado em 1998, pela Lei nº 63/98, localiza-se na região Norte, na convergência do Minho e do Douro Litoral. Faz fronteira com os concelhos de Guimarães, Felgueiras, Lousada e Santo Tirso. Administrativamente integra o Distrito de Braga, formado por 14 municípios, e constitui-se como um dos oito concelhos que compõem a Sub-região do Ave. Desde Abril de 2008 a Sub-região do Ave apresenta uma nova configuração com a integração dos concelhos de Santo Tirso e Trofa na Área Metropolitana do Porto. De acordo com a atual configuração, a NUT III Ave é constituída pelos concelhos de Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão e Vizela. O Concelho de Vizela apresenta uma área total de 24,7 km2, dividida administrativamente em 7 freguesias: Infias, Caldas de Vizela (S. Miguel), Caldas de Vizela (S. João), Santa Eulália, Vizela (Santo Adrião), Tagilde e Vizela (S. Paio). O território apresenta uma elevada densidade demográfica, encontrando-se a população dispersa pela sua quase totalidade. A densidade populacional registada no concelho de Vizela, de 991.0 hab/km2, é bastante superior à média da NUT III Ave, que se situa nos 421.1 hab/km2. Nenhuma freguesia tem densidade inferior a 600 hab/km2. A distribuição da população pelas sete freguesias que compõem o concelho revela que Caldas de Vizela (S. Miguel) (27,8%) e Santa Eulália (23%) são as freguesias com maior número de residentes, totalizando metade da população do concelho. Mais recentemente, as estimativas do INE para 2008 apontavam para 24.477 habitantes residentes no concelho: 12.061 (49,7%) homens e 12.416 (51,1%) mulheres. Constata-se, assim, que desde 2001 o número de residentes no concelho terá aumentado em cerca de 1.882 efectivos (8.3%). A estrutura produtiva do concelho de Vizela é predominada pelos setores: terciário e secundário. Em 2007, o setor terciário representava 78% das empresas com sede no concelho predominando, de acordo com a Classificação Portuguesa de Actividades 4
  • 5. Económicas (CAE), o “comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico”, com 37.9% (543 empresas). O sector secundário é representado por 22.0%, num total de 403 empresas, dominando a área têxtil e confecção, com 260 empresas (64.5%) no total da indústria transformadora do concelho (na NUT III Ave esta representa 58.5% e a nível nacional representa 18.2%). Segue-se a indústria do couro e de produtos do couro, com 47 empresas classificadas (11,6%). As indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos e a indústria de pasta, de papel e cartão e seus artigos de edição e impressão assumem também alguma relevância com 30 e 26 empresas classificadas, respectivamente. Em relação à dimensão das empresas, predominam as micro-empresas. Em 2007, 92% das empresas com sede no município tinham ao seu serviço menos de 10 trabalhadores. Em 2001 os Censos davam conta que o concelho de Vizela possuía uma população economicamente ativa de 12 360 indivíduos (6 529 Homens e 5 831 Mulheres), dos quais 11 752 (95.1%) encontravam-se empregados e 608 (4.9%) desempregados. Na atualidade, o concelho de Vizela tem vindo a apresentar níveis de desemprego preocupantes, acima da média nacional. Para esta situação terão contribuído sobretudo a fragilidade da estrutura produtiva e as baixas qualificações escolares e profissionais da população ativa. III - História da Instituição A comunidade de São Miguel de Vizela teve desde sempre, presente, o aspeto sócio-caricativo, merecendo especial atenção o apoio à criança e á terceira idade. Neste sentido, a comunidade fez um levantamento da existência da população idosa e verificou que a solidão deprimia as pessoas, e deste modo adquiriram uma carrinha, com a ajuda de pessoas generosas, para que os idosos se pudessem deslocar e conviver mais entre eles e com a própria comunidade. 5
  • 6. A partir de 1986 desenvolveram-se diferentes actividades de carácter cultural, recreativo, animação e convívio onde os idosos começaram a participar em passeios de Verão, eram acompanhados a consultas médicas e tratamentos. Além disso, foi dedicado um domingo á terceira idade, geralmente no mês de Setembro, agrupando as pessoas num convívio com participação na Eucaristia e almoço de confraternização. Nalguns anos dedicou-se mais atenção á época de Natal, com a realização de uma Ceia. Ainda hoje se celebra, integrado na Festa de S. Miguel, padroeiro da comunidade, o dia do Idoso. No entanto, sem esquecer o sector infantil, a comunidade formou uma equipa de apoio à criança que tinha, inicialmente, como objetivo realizar várias festas para as crianças, tais como: o Carnaval, o Natal e o Dia da Criança, sempre com atividades culturais e recreativas, desde concursos literários, desenho, desporto, etc. Através da realização destas ações verificou-se que, para a terceira idade era necessário um apoio mais direto e que as crianças precisavam de ter os tempos livres mais ocupados, surgindo o Serviço de Apoio Domiciliário e o C.A.T.L. (Centro Actividades de Tempos Livres). Em declaração no Diário da Republica, Nº 38, III Série a 14 de Fevereiro de 1990, página 2186, declarou-se o registo definitivo dos estatutos desta Instituição como Instituição Particular de Solidariedade Social, reconhecida como pessoa colectiva de utilidade pública, em conformidade com o disposto no estatuto aprovado pelo Decreto-lei nº 119/83 de 25 de Fevereiro. Tendo sido a 7 de Julho de 1989 recebida pelo Centro Regional de Segurança Social de Braga a participação a que se refere o artigo 45.º do citado estatuto. O registo foi lavrado pela inscrição nº 70/89, a fl. 49 do livro nº 4 das Fundações de Solidariedade Social. Verificando-se que existiam idosos que necessitavam de um maior acompanhamento ao longo do dia, criou-se o Centro de Dia e de Convívio, que funcionava das 9h00 às 17h00. O Centro de Dia proporcionava ao idoso todo o acompanhamento, desde o transporte (quer de casa para o Centro, como do Centro para casa), atividades recreativas e ainda o serviço de refeições (pequeno-almoço, almoço e lanche). O Centro de Dia e de Convívio facultava aos idosos actividades 6
  • 7. variadas, de forma a ocupar os seus tempos livres de uma maneira divertida e saudável. Os idosos tinham a oportunidade de darem passeios a locais por eles escolhidos, tais como: o Santuário do Sameiro e o Bom Jesus em Braga, a Penha em Guimarães, entre outros. Tinham natação e ginástica uma vez por semana nas Termas de Vizela, e na segunda quinzena de Julho iam para a praia juntamente com as crianças, de forma a proporcionar um intercâmbio intergeracional, entre as crianças do C.A.T.L. e os idosos do Centro de Dia e de Convívio. Normalmente, quando os idosos começam a frequentar o Centro de Dia têm a intenção de mais tarde serem integrados num Lar, situação que não se verificava nesta Instituição. Os idosos eram muito apegados à sua residência e iam para o Centro de Dia, apenas para não ficarem sozinhos em casa e passarem os seus tempos livres com atividades lúdicas e recreativas. Em Março de 1993, foram detectadas situações de pessoas em completo isolamento. Então, criou-se um Mini-Lar para albergar permanentemente essas pessoas idosas. Esta valência funcionou juntamente com o Centro de Dia e de Convívio até Julho de 1999, mês em que os 15 utentes deste e do Mini-Lar transitaram para o novo Lar da Santa Casa da Misericórdia de Vizela. Relativamente ao C.A.T.L. que iniciou em 1989, com o acordo para 60 crianças, tendo sido alterado para 120 crianças do 1º ciclo do ensino básico. Durante muitos anos o C.A.T.L. funcionou em conformidade com a escola, com os horários duplos e dando resposta das 07h30 até às 19h00 de acordo com as necessidades dos pais e encarregados de educação. Durante 20 anos, esta resposta social proporcionou actividades de carácter lúdico-pedagógicas e de animação sócio-cultural, bem como actividades extra -curriculares como a natação, o karaté, o inglês, jazz infantil e tecnologias de informação e comunicação. A ocupação dos tempos livres, durante as férias escolares eram organizadas diversas atividades, como visitas a museus, idas á piscina, espaços de lazer e recreio, idas á praia durante a segunda quinzena de Julho, realização de festas de Natal, Carnaval e Final do Ano e exposições. 7
  • 8. Com reforma legislativa em que alterou os horários do 1º ciclo, com a concepção de escola a tempo inteiro, afetou automaticamente á diminuição de crianças no C.A.T.L. e culminou no efetivo encerramento em Agosto de 2009. A resposta social de Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) a funcionar desde Julho de 1989 beneficiou no sentido de melhorar as condições existentes, o SAD em 2003/ 2005 do Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII), com vista a proporcionar uma resposta social mais eficaz. A Instituição contou também com no âmbito do Programa Ser Criança um projeto de apoio a crianças em risco de 1995 a 1997, denominado “Amanhecer no Vale de Vizela” que tinha como objectivo o acompanhamento de crianças e jovens em risco de exclusão social e familiar; a realização de acções preventivas e educativas para crianças e famílias como agentes do seu próprio projecto de mudança e a execução de atividades promovendo condições para um desenvolvimento equilibrado. De 1998 a 1999, integrou-se num projeto de prevenção primária no âmbito do Projecto Vida intitulado de “A minha Vida é a Vida do Outro”, que tinha como objetivos orientar, acompanhar e sobretudo prevenir situações de toxicodependência, alcoolismo, prostituição e situações de marginalidade. A resposta social de Lar de Infância e Juventude iniciou a sua atividade em Outubro de 1996, devido à necessidade de albergar 8 irmãos da comunidade por motivo de abandonado e pobreza. Funcionou com os referidos irmãos até Julho de 1997, sendo nesta data aumentado com mais 3 irmãos de outra família próxima da comunidade. Desde Outubro de 2008 esta resposta social está integrada no Plano DOM – Desafios, Oportunidades e Mudanças de âmbito nacional tendo como objectivo principal a implementação de medidas de qualificação da rede de Lares de Infância e Juventude, incentivadoras para uma melhoria contínua da promoção de direitos das crianças e jovens acolhidas em Lar, nomeadamente no que se refere à definição e concretização, em tempo útil, de um projecto que promova a sua 8
  • 9. desinstitucionalização, após um acolhimento que ainda prolongado, lhes deverá garantir a aquisição de uma educação para a cidadania e, o mais possível, um sentido de identidade, de autonomia e de segurança, promotor do seu desenvolvimento integral. Neste âmbito de actuação estão aplicadas as seguintes medidas de qualificação: o reforço das Equipas Pluridisciplinares e a qualificação da intervenção e dos interventores. A Creche é a mais recente resposta social com início em Dezembro de 2006, através do Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS) onde dá resposta a 33 crianças das 7h30 às 19h00. É um espaço que surge como resposta às necessidades da comunidade, onde a criança é acolhida, proporcionando o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças num clima de segurança afetiva e física, durante o afastamento parcial do seu meio familiar através de um atendimento individualizado, promovendo um crescimento e desenvolvimento harmonioso nos vários domínios psico-motor, afectivo, cognitivo social e lúdico. IV Missão da Instituição O Centro Social Paroquial de Caldas de Vizela (São Miguel) tem como Missão dar resposta às necessidades sociais e educativas, do meio em que está inserido, contribuindo para o bem-estar dos clientes, através da prestação de serviços com qualidade. V Política da Qualidade A Instituição define, implementa e controla o seu compromisso de satisfação das necessidades e expectativas legítimas dos clientes e de outras entidades interessadas. Para garantir a execução da Politica da Qualidade, a Instituição deve controlar a conformidade dos processos. Para tal estamos em processo de implementação da qualidade, cujo objectivo se prende com a optimização de todos os recursos e consequentemente melhoria na sustentabilidade da Instituiç 9
  • 10. VI Visão da Instituição  Assegurar uma prestação de serviços eficiente e eficaz, com profissionais qualificados;  Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, cumprindo os requisitos estabelecidos pela Segurança Social;  Alargamento das respostas sociais mediante as necessidades da comunidade, nomeadamente Centro de Alojamento Temporário; VII Estratégias da Instituição  Assegurar Formação adequada para todos os colaboradores da Instituição;  Aplicar os requisitos de qualidade dos Manuais da Segurança Social das respostas sociais existentes;  Estabelecer contactos com empresas de consultadoria e Segurança Social para a Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade;  Possuir uma ligação directa com a Rede Social do concelho;  Fomentar parcerias para colaboração e obtenção de um conhecimento real dos problemas sociais do concelho. VIII Valores da Instituição  Solidariedade – Para com os que mais precisam, combater os fenómenos de pobreza e todo o tipo de exclusão social.  Organização e Inovação – De acordo com a legislação em vigor, favorecer o desenvolvimento de serviços e respostas de qualidade.  Trabalho – Para prestar um serviço de qualidade, direccionar os esforços para as pessoas e para as suas necessidades.  Espírito de Equipa – Para se atingir um bem comum, trabalhar com base na tolerância, na comunicação, na confiança, na responsabilidade e na confidencialidade.  Respeito – Respeitar a individualidade e as especificidades de cada pessoa envolvida. 10
  • 11. IX Caracterização da Instituição É composta por uma Direcção e Concelho Fiscal. Actualmente detém 25 colaboradores maioritariamente do sexo feminino. É constituída pelos serviços da cozinha, lavandaria, limpeza, secretaria transversais para a funcionalidade das respostas sociais de Creche, Lar de Infância e Juventude e Serviço de Apoio Domiciliário. Os colaboradores estão distribuídos da seguinte forma: 11
  • 12. Creche 1 Coordenador/ Educador de Infância 1 Educador de Infância 3 Auxiliares de Educação 2 Ajudantes de Acção Educativa Lar de Infância e Juventude 1 Coordenador/ Assistente Social 1 Psicólogo 1 Animador Sociocultural 1 Prefeito 1 Ajudante de Acção Educativa Serviço de Apoio Domiciliário 1 Coordenador/ Assistente Social 3 Ajudantes de Acção Direta 2 Auxiliares de Serviços Gerais Serviços de Limpeza, Higiene e Lavandaria 2 Auxiliares de Serviços Gerais Serviço de Cozinha 4 Cozinheiras Serviço de Secretaria 1 Recepcionista 12
  • 13.  Habilitações Literárias dos Colaboradores Anos de 4º 6ª 9º 12º Licenciatura Mestrado escolaridade Ano Ano Ano Ano Nº de 5 4 5 6 4 1 Colaboradores As habilitações literárias dos colaboradores acentuam ao nível do 12º ano e 9º ano de escolaridade.  Quadro de Idades dos Colaboradores Idades 20 - 30 31-40 41-50 +50 Nº de 7 9 5 4 Colaboradores Quanto às idades assenta maioritariamente em colaboradores jovens, sendo a faixa etária dos 31 aos 40 anos de idade.  Serviços de Secretaria 13
  • 14.  Creche - Capacidade para 33 crianças. Proporcionar os melhores cuidados aos bebés e paralelamente responder às exigências dos pais ou encarregados de educação é o objectivo principal desta resposta social, mantendo sempre os requisitos legais em vigor. Assim assegura a prestação dos seguintes serviços:  Berçário 14
  • 15.  Promover o acolhimento, guarda, protecção, segurança e todos os cuidados básicos necessários a crianças de idades compreendidas entre os 4 e os 36 meses;  Sala dos 1 anos  Proporcionar à criança um clima de segurança afectiva e física, durante o afastamento parcial do seu meio familiar, através de um atendimento individualizado; 15
  • 16. Casas de banho e Fraudário  Prestar os cuidados básicos de: alimentação, higiene, repouso e saúde, tendo em conta as necessidades e interesses de cada criança, em articulação com a família;  Promover o favorecimento da formação e desenvolvimento equilibrado da criança, através da promoção de aprendizagens diferenciadas e significativas;  Sala dos 2 anos 16
  • 17.  Estimular o desenvolvimento global da criança nas suas componentes emocional, cognitiva, comunicacional, social e motora, através da implementação e adequabilidade de práticas lúdico-pedagógicas intencionais, estruturadas e organizadas;  Refeitório  Colaborar de forma eficaz no despiste precoce de qualquer inadaptação ou deficiência, assegurando o seu encaminhamento adequado;  Apoiar a criança em situação de risco social.  A Creche realiza ainda actividades propostas no Projeto Pedagógico de sala e as respetivas planificações semanais. Manter a dinâmica com os bebés e pais no espaço na BEBETECA. Este espaço, especialmente pensado para esta faixa etária, dispõe de mobiliário colorido e de uma colecção de livros apropriada a este público.  Bebéteca 17
  • 18. Almofadas, puffs, livros com cores, texturas e sons, permitem estimular, desde cedo, o gosto pela leitura e pelo livro transformando-o num objecto do quotidiano dos bebés.  Parque Infantil 18
  • 19. CASA DE JOVENS NOVOS HORIZONTES  Lar de Infância e Juventude - Capacidade para 11 crianças e jovens. Presentemente esta resposta social denominada Casa de Jovens Novos Horizontes, tem capacidade para 11 crianças e jovens em risco, oriundos da zona de origem geográfica do distrito de Braga. Acolhe crianças e jovens com idades compreendidas entre os 6 – 18 anos, podendo permanecer até aos 21 anos de idade, com medida de promoção e protecção “Acolhimento institucional”, aplicada pelos Tribunais e Comissões de Protecção e Crianças e Jovens. 19
  • 20. Norteia-se pela percussão de objectivos que visam uma educação integral da criança/jovem que acolhe no seu seio:  Proporcionar às crianças/jovens a satisfação de todas as suas necessidades em condições de vida tão aproximadas quanto possível à da estrutura familiar;  Garantir e promover o superior interesse da criança/ jovem;  Assegurar uma intervenção personalizada e conducente no desenvolvimento pessoal, físico, intelectual e moral equilibrados que conduzem à inserção das crianças/ jovens na comunidade;  Promover a participação activa das crianças/ jovens no seu projecto de vida tendo em vista uma melhor orientação em todos os domínios da sua vida; 20
  • 21. Promover sempre que possível a sua integração na família e na comunidade de origem, em articulação com as entidades competentes, com vista à sua gradual autonomização.  Serviço de Apoio Domiciliário – Capacidade para 29 utentes Atualmente o Serviço de Apoio Domiciliário, tem presentemente 29 utentes e desenvolve serviços semanalmente das 08h00 às 21h00, estes serviços são extensivos aos fins-de-semana e feriados. Nesta área dispomos presentemente de duas equipas no terreno que, diariamente prestam no domicílio serviços de:  Alimentação servida a cada cliente de acordo com as suas necessidades;  Higiene Pessoal feita de acordo com as necessidades de cada cliente, podendo ser realizada mais do que uma vez ao dia; 21
  • 22.  Tratamento de roupa de uso pessoal e do lar do cliente;   Limpeza habitacional levada a cabo uma vez por semana, sendo que diariamente haverá o cuidado de a arejar e higienizar;  Apoio na ajuda da ministração de medicação feita de acordo com a prescrição médica;  Acompanhamento e deslocações a consultas e tratamentos que são levadas a cabo sempre que for preciso;  Atividades de animação, podendo participar os clientes sempre que o estado de saúde o permita;  Acompanhamento psicossocial;  Disponibilização de informação facilitadora do acesso a serviços da comunidade e outros apoios sociais. 22
  • 23. Aqui importa destacar o papel que esta resposta social assume enquanto serviço de aposta para o futuro, corroborado pelo número crescente de pessoas que desejam permanecer no seu domicílio, continuando no seu meio habitual de vida. Optimizar os recursos, tendo em vista a melhoria dos serviços prestados, com a consciência que no momento de optar pelos nossos serviços, os clientes e seus familiares procuram a máxima qualidade.  Serviços de Cozinha 23
  • 24.  Serviços de Lavandaria Veículos 24
  • 25. X Fundamentação Teórica do Projecto Sócio-Educativo “ A Família” foi o tema escolhido pelas três respostas sociais Creche, Serviço de Apoio Domiciliário e Lar de Infância e Juventude, para durante três anos, desenvolver atividades sócio- educativas com as crianças, jovens e idosos. Criança - Jovem - Idoso Rede de Profissionais Família A escolha do tema prende-se fundamentalmente em que a família é considerada o elemento central no processo de socialização da criança (Maccoby, 1992). Viver no seu núcleo familiar há uma aprendizagem de valores essenciais, onde se forma no seu seio os primeiros hábitos e atitudes de partilha, respeito e convivência. A família é por excelência, o lugar onde se vão construindo os valores de tudo quanto nos rodeia (Ribeiro, 2005). Para o melhor e para o pior, ela ocupa um lugar de destaque nas nossas vidas, continuando a apresentar-se como a unidade de base da sociedade. É nas famílias que nascemos e crescemos, e delas esperamos que nos ajudem a crescer de forma saudável, o mais preparados possível para lidarmos com as dificuldades, obstáculos e mesmo alegrias com que nos vamos confrontando ao longo do trajecto de vida. Das famílias espera-se que cuidem internamente dos seus membros, que os protejam para que desenvolvam de forma saudável, e que os preparem para lidar com o mundo “lá fora” (Relvas, 1996 cit in Melo, 2010). As alterações na estrutura familiar devem-se sobretudo às mudanças sociais, produzidas na sociedade global, marcadas por modificações profundas no tecido social e familiar, verificam-se sentimentos de incerteza, culpa, angústia e medo, em que a família vivencia atualmente. Os pais vivem sob pressão de vária ordem: em muitos dos casos, com pouco tempo disponível para cuidar quer dos seus filhos; os progenitores confrontam-se com problemas 25
  • 26. crescentes, como a quebra de autoridade e a dificuldade na conciliação entre a vida profissional e familiar; muitos são também os que não aprenderam com as suas famílias de origem a capacidade de sentir empatia para com as necessidades das suas crianças (Ribeiro, 2003 cit in Melo, 2010). Em famílias multiproblemáticas ao nível da parentalidade quer a função vinculativa quer a função socializadora dos pais estão perturbadas, desta forma, a nível interno familiar as crianças ao nível da segurança básica, inteorizam modelos inseguros de vinculação que lhes dificultam a verdadeira autonomização e a tranquila exploração do meio. Ao nível externo, as crianças são deficientemente socializadas o que repercute a dois níveis: falta de protecção da criança face ao meio de falta de normalização (potenciando uma posição de conflito com o meio). Muitas vezes, os impulsos libidinais e impulsos agressivos destes pais flúem livremente em relação aos filhos, sem o controlo das funções protectoras, possibilitando, assim, situações de maus-tratos físicos que se inscrevem, frequentemente, num contexto de abandono e falta de cuidados (Alarcão, 2002). Paralelamente temos a questão do envelhecimento, com o aumento da população idosa devido ao aumento da esperança de vida, em que acompanhar o idoso no seio da família, é cada vez mais difícil pois, o estilo de vida actual contribui para a fragmentação da família nuclear, isto é, dificulta a convivência entre pais e filhos (Pimentel, 2001). A imagem do idoso na sociedade tem também vindo a sofrer profundas alterações. Se antes o idoso era visto com respeito e o seu papel na sociedade era determinante, no aconselhamento e decisão sobre matérias importantes, hoje em dia, numa sociedade onde a produtividade e a atividade profissional são mais valorizadas e o envelhecimento é visto exclusivamente como um conjunto de perdas de capacidades, o idoso é tido como um fardo (http://primuscare.com/o-papel-da-familia-no-apoio-ao-idoso). Em 1976 começou a elaboração de uma política, que ainda hoje se segue, de prevenção e de manutenção das pessoas no seu domicílio o maior tempo possível. Esta é uma resposta que contínua a expandir-se e se apresenta como a solução ideal para muitos problemas dos idosos. Porque, para além da qualidade do serviço e de permitir ao idoso ficar mais tempo na sua própria casa. O domicílio é visto como um espaço em que pessoas portadoras de doenças crónicas e outras patologias, idosas ou não, podem viver com boa qualidade de vida e manter a doença de forma estável. 26
  • 27. Neste contexto as funções da família, é hoje partilhada por outras instituições estatais e privadas, em diversos serviços de apoio. Pois, estarão as famílias preparadas para cumprir com o seu papel e lidarem com os desafios com que se deparam? Desta forma, este projecto visa principalmente em colaborar comas famílias e colmatando as suas dificuldades, preocupações e necessidades mediante as suas crianças, jovens e idosos, sendo o principal objectivo a promoção de aprendizagens mútuas para melhor educarmos as nossas crianças, orientar melhor os nossos jovens e cuidar melhor nos nossos idosos. XI Objectivos do Projecto Sócio-Educativo O principal objectivo do tema “A Família” deste Projecto Sócio-Educativo prende-se fundamentalmente em aplicar as seguintes ações de atuação:  O diálogo entre a família e os profissionais de infância, juventude e terceira idade, é o primordial procedimento que permite conhecer e compreender melhor a criança, o jovem e o idoso. A troca de informação e o encontro no dia-a-dia são indispensáveis para a articulação entre a família e os profissionais da Instituição.  Criar um clima de relação aberta entre a família e os profissionais, construir um espaço de confiança, condição essencial para uma ação educativa participada, principalmente na construção no plano de intervenção individual de cada criança, jovem e idoso.  Comunicar efetivamente com a família, promovendo reuniões e/ou atendimento personalizado, ou no domicilio onde haja uma efetiva troca de opiniões que permitam um melhor conhecimento dos contextos socio- 27
  • 28. familiares das crianças, dos jovens e dos idosos. Pretende-se assim, constituir importantes momentos de auto-formação com benefícios para melhorar a prestação do serviço.  Realizar uma intervenção sistémica nos problemas das famílias multiproblemáticas pois, não são situações muitas vezes fragmentadas mas, absolutamente interligadas.  Realização de convívios familiares em comemorações significativas realizadas na Instituição.  Possibilitar momentos de reflexão para os familiares ou pessoas significativas dos clientes que a Instituição presta serviços de Creche, Lar de Infância e Juventude e Serviço de Apoio Domiciliário. XII Bibliografia  ALARCÃO, Madalena, (2002), (Des) Equilíbrios Familiares, Coimbra, Quarteto Editora.  RIBEIRO, O. Marisol Freitas Jesus, (2005), Avaliação do Envolvimento Parental no Novo Programa de Intervenção, maior participação da família e maior contextualização da intervenção dos técnicos, Universidade do Minho (Tese de Mestrado).  Melo, Ana, (2010), Em Busca do Tesouro das Famílias Intervenção familiar em Prevenção, Gabinete de Atendimento à Família, 2ª edição.  http://primuscare.com/o-papel-da-familia-no-apoio-ao-idoso  Plano de Desenvolvimento Social de Vizela 2010/2015  Pimentel, Luísa (2001) O Lugar do idoso na Família – Contexto e trajectória, Coimbra, Quarteto. 28