2. Primeiros questionamentos:
Quem somos?
De onde viemos?
Pra onde vamos?
Como surgiu tudo: O universo, a vida, o ser humano?
De que se constituem as coisas:
matéria, energia, espírito ou algo mais?
3. Explicações de mundo:
Mitos e sistemas religiosos.
Astrofísica.
Biologia.
Ciências.
Cada uma dessas concepções levantou uma nova
questão, um problema do mundo ou da realidade.
4. Metafísica: a busca da realidade
essencial.
Investigar o mundo em que vivemos é uma experiência
humana básica e necessária para nossa adaptação à
realidade, à vida, à existência.
Ex: um bebê em seu berço.
A filosofia e a ciência tem o papel de manter essa dinâmica
de questionamentos e descobertas, indagando de maneira
metódica e racional o que é esse mundo que nos envolve.
Na filosofia as investigações mais radicais sobre o mundo e
a realidade pertencem a metafísica.
5. O que é metafísica?
Trata-se de uma investigação que tem mais
especificamente o ser por objeto de estudo.
A metafísica é a busca da realidade fundamental das
coisas ou de tudo, ou seja, sua essência. É a tentativa
de saber como as coisas são de verdade, livres das
aparências. É a ciência do ser enquanto ser.
6. O que é o ser:
Ser é um termo genérico usado para se referir a qualquer
coisa que é, qualquer coisa que existe.
Ex: um homem, uma mulher, um pássaro, uma pedra.
Nesse caso o termo mais adequado e específico seria
ente(possuem características próprias e distintas), ou
seja, elas tem algo que é
inerente, intrínseco, essencial, que as constitui e
determina.
O ser pode ser definido como aquilo que uma coisa (um ser
ou ente) é ou tem, que lhe é próprio e que não depende de
outros seres ou de quaisquer circunstâncias para ser. A
coisa em si!
O ser enquanto ser é o estudo daquilo que existe em seus
termos mais essenciais e absolutos.
7. Problemas da realidade:
Distintas intuições do mundo levaram a distintas reflexões
sobre a natureza fundamental da realidade. Os filósofos
procuraram encontrar a essência da realidade (ou do
ser), suas causas e propriedades fundamentais.
Os filósofos gregos antigos foram os primeiros a procurar
descobrir não apenas a origem de cada ser ou de tudo o
que existe, mas também seu propósito, sua finalidade.
Sobre a constituição de cada coisa e se havia uma
relação, uma ordem ou uma hierarquia entre tudo o que
existe. outros observaram os processos na realidade como:
crescimento e envelhecimento, vinculados com o passar do
tempo.
8. Substância:
A palavra substancia vem do latim substantia, que significa o que está
ou percebe sob, por debaixo, isto é, suporte, sustentáculo.
É aquilo que é intrínseco, fundamental, essencial nas coisas, é sua
característica própria.
Não se trata da substância como a entendemos hoje, ou seja, uma
entidade material qualquer. Ex: leite, cal. Que pode ser concebido física
ou quimicamente. Ex: cálcio ou óxido de cálcio.
Na metafísica, especula-se a respeito da substancia de qualquer coisa:
dos corpos, dos pensamentos, das palavras ou mesmo de Deus.
É o substrato ou suporte fundamental de um ser, aquilo sem o qual ele
não é. Nesse sentido, substancia equivale a essência.
A substância de um ser é a realidade necessária e constante desse
ser.
9. Acidente:
O conceito de substancia opõe-se ao de acidente, pois
este se refere àquilo que faz parte de um ser, mas sem o
qual o ser continua sendo, não descaracteriza-se o ser
por sua falta.
Ex: o tamanho grande de um triangulo é um
acidente, pois o triangulo não precisa ser grande para
ser triângulo.
10. Devir ou vir a ser:
Todo ser deve ter uma substância, uma realidade necessária
constante, uma permanência nas coisas, aquilo que não
varia. Ex: os três lados de um triangulo, a brancura do
leite...
Alguns filósofos primeiramente Heráclito, focaram sua
atenção na mudança, nesse caso, em vez de realizar uma
reflexão sobre o ser, desenvolveram uma sobre o vir a ser.
Vir a ser ou devir são termos sinônimos que se referem ao
processo de transformação dos seres e das coisas, ao
conjunto de mudanças que se manifestam a medida que o
tempo evolui. Nesse caso a essência da realidade seria a
impermanência.
11. Causa e causalidade:
Quando olhamos o mundo e seus fenômenos para
procurar entende-los, também tendemos a perguntar o
por quê?, e estamos investigando as causas, ou em
metafísica as causas primeiras, fundamentais.
ARISTÓTELES... “ Não acreditamos conhecer nada
antes de ter apreendido cada vez o seu por quê (isto
é, apreendido a primeira causa)”
12. Aristóteles distinguia quatro tipos de
causa:
A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a
argila, por exemplo);
13. A causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila);
14. A causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo em
que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha a
argila);
15. A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se
portar arranjos para enfeitar um ambiente).
16. Causa e efeito seriam, portanto, fenômenos ou
acontecimentos que estão vinculados por uma relação
de causalidade, isto é de influência da primeira (a causa)
sobre o segundo (o efeito).
O princípio de causalidade sustenta que todo
fenômeno ou acontecimento tem uma causa.
17. O princípio de causalidade acabou tornando-se um dos
princípios fundamentais do pensamento moderno e
contemporâneo, especialmente nas ciências.
18. Fim e finalismo:
Podemos dizer que nos perguntamos o para quê das coisas
quando buscamos o fim das mesmas. Qual o objetivo dos
acontecimentos, das ações de cada um.
O finalismo é uma doutrina filosófica em que se busca o fim
ultimo da existência humana, dos acontecimentos, das
coisas ou do universo, funciona como um princípio
explicativo para a existência, a organização, e as
transformações dos seres.
As concepções finalistas e teleológicas são muito comuns
nas religiões e praticamente ignoradas nas ciências. Já na
filosofia ganha destaque em questões ligadas à ética e ao
ser humano e sua existência.