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PROTOZOÁRIOS PARASITOS DO
  TRATO GASTRINTESTINAL:

      Ameba e Giardia


    Parasitologia – Profª Cris
Protozoários do TGI
• No trato intestinal humano podemos encontrar uma
  infinidade de protozoários, entretanto nem todos são
  mal-vindos!
• Uma boa parte deles se comporta como comensal, não
  parasito, e faz parte de nossa microbiota, sem a qual
  nossa saúde não seria a mesma.
• Entretanto, de qualquer forma, todos eles vão parar no
  nosso intestino graças a maus hábitos de higiene.
• Entre os patogênicos podemos encontrar a Entamoeba
  histolytica, a Giardia lamblia e o Balantidium coli.
• Vamos estudar o grupo das amebas e o flagelado.
Amebas

                            Acesse o vídeo em:
               http://www.youtube.com/watch?v=Gg-Cagp1FLM




 Parasitologia – Profª        Cris
AMEBAS intestinais
• Sarcodinos
  – Gymnamoebidae (Subclasse)
  – Amoebidae (Ordem)
  – Endamoebida (Família)
  – Gêneros
     • Entamoeba
        – Et. histolytica; Et. coli; Et. hartimanni...
     • Endolimax
        – Ed. nana
     • Iodamoeba
        – I. butschlii
Entamoeba histolytica/dispar
                (Shaudinn, 1903)
• Morfologia
  – Trofozoíta: forma irregular, 20-40µm, núcleo com
    cromatina organizada lembrando “roda de
    carroça”, ectoplasma hialino e endoplasma rico
    em inclusões.

  – Cisto: contorno definido (membrana cística), 8-
    20µm, 1 a 4 núcleos, corpos cromatóides em
    formato de charuto (extremidades arredondadas)
Trofozoítos




Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm
Hematofagia em cultura
a.                                                 b.




                                a. Microscopia com contraste de fase
     (Fonte: http://www.smittskyddsinstitutet.se - Foto: Anders Magnusson, Smittskyddsinstitutet;
Cistos
a.



                          b.

                                                          c.




                Corado pelo lugol (a e b) ou tricrômio (c)

     Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm
Ciclo biológico




Fonte: http://lucasqueirozsubrinho.blogspot.com/2009/09/amebiase-entamoeba-histolytica.html,
                           http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/Default.htm
Ciclo biológico
• Monoxênico e monogenéico
  – Hospedeiro: Homem
  – Reprodução assexuada: divisão binária
• Forma de Contágio:
  – ingestão de cisto contaminando água e alimentos
  – mãos e objetos levados à boca
• Forma (estágio) infectante: cisto
• Vetores relevantes:
  –   Mecânicos (mosca, barata)
  –   Biológicos (homem contaminado)
  –   Fômites (objetos contaminado levados à boca)
Ciclo biológico da ameba
• Como um comensal, o cisto      • Como parasito, o cisto
  ingerido libera o trofozoíto     ingerido libera o trofozoíto
  da ameba que se reproduz         da ameba que se reproduz
  ativamente e coloniza o          e coloniza o intestino grosso
  intestino grosso, entretanto     aderindo-se à mucosa e
  sem aderir-se à mucosa,          agredindo-a.
  alimentando-se de restos       • O trofozoíto na forma
  de nossa alimentação.            magna, invasiva, faz
• Com a desidratação da            hematofagia e digere
  formação do bolo fecal, os       tecidos para atingir
  trofozoítos encistam-se e        pequenos capilares.
  são eliminados em fezes        • Com a consequente
  formadas podendo                 disfunção intestinal, o
  contaminar água, solo e          trofozoíto não encista e é
  alimentos.                       eliminado nas fezes
                                   diarreicas
Epidemiologia
                                     Prevalência da E. histolytica/dispar:
• MUNDO: 500 milhões de          •   Em Manaus (AM) E. histolytica atinge
  infectados e 40-100 mil            6,8% da população
  óbitos anuais e é a 2ª maior   •   Em Fortaleza (CE) E. histolytica atinge
  causa de morte entre               14,9% da população de baixa renda
  doenças parasitárias (1ª       •   Em Belém (PA) E. histolytica atinge
  malária)                           29,5% dos indivíduos residentes na
                                     região metropolitana
• BRASIL: maior prevalência      •   Macaparana (PE), Belo Horizonte (MG)
  em populações de nível             e Salvador (BA) a ocorrência da E.
  socioeconômico mais baixo          histolytica é rara, tendo sido
                                     identificada somente a E. dispar, sendo
  e condições precárias de
                                     4,1%; 0,38% e 3,2%, respectivamente.
  saneamento          básico,
                                 •   Nas demais regiões brasileiras não há
  resultando em altos índices
                                     estudos que retratem a prevalência da
  de morbidade.                      E. histolytica/dispar.
Entamoeba histolytica/dispar




SANTOS FLN, SOARES NM. Mecanismos fisiopatogênicos e diagnóstico laboratorial da infecção causada pela Entamoeba
           histolytica. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online]. v.44, n.4, p. 249-261. 2008. ISSN 1676-2444.
Mecanismos fisiopatogênicos 1
                                                            Ver vídeo
• Receptores de padrão molecular típicos de patógenos acessando
 (TLR) presentes nos enterócitos reconhecem estes padrõeshttp://www.y
                                                           outube.com/
                                                             watch?
(PAMPS como lectinas ricas em LPG e LPPG) na superfície v=dYASBEwr6
                                                               NQ
da ameba mediando a adesão
• A mucosa intestinal responde com a secreção de citocinas pró-
   inflamatórias (IL-1, IL-6, IL-8, TNF-α e GMCSF) que recrutam
   neutrófilos e monócitos para o conjuntivo da mucosa
• Os próprios trofozoítos lisam os enterócitos e os leucócitos
   inflamatórios através da liberação de grânulos
• A mucosa inflamamada graças à liberação de agentes como
   histamina, PG, LT, cininas, citocinas inflamatórias sofre
   alterações intestinais –> aumento da secreção de muco,
   dificuldade na absorção alimentar e aumento do peristaltismo
Mecanismos fisiopatogênicos 2
Conteúdo dos grânulos da ameba

• Amebaporos (grânulos patogênicos)
penetram no ambiente hidrofóbico
da MP (enterócitos e leucócitos)
       -> lise osmótica
• Lectinas amebianas ativam cascata de sinalização celular
       -> citólise
• Cisteínoproteinases digerem a membrana basal
       -> lesão no epitélio       Fonte: SANTOS, F. L. N.; SOARES, N. M. Mecanismos
                                  fisiopatogênicos e diagnóstico laboratorial da infecção
                                  causada pela Entamoeba histolytica. J. Bras. Patol. Med.
• Invasão da ameba -> úlcera      Lab., v. 44, n. 4, p. 249-261. Agosto/2008. Disponível em:
                                  http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-244
                                                   .
Fisiopatologia da E. histolytica

• Ameba invade a mucosa
  do intestino grosso e
  leva à formação de
  úlceras



• Úlceras em “botão de
  camisa” ou “gargalo de
  garrafa”

                           Fonte: Santos e Soares, 2008.
Escapando da imunidade
              humoral do hospedeiro
•   Ac α Ag amebianos ligam-se à superfície da ameba
•   A membrana da ameba direciona os complexos Ag-Ac para os uróides
•   Os uróides são frequentemente eliminados

 Deste modo os mecanismos de imunidade dependentes de Ac contra o
  parasito (ADCC e ativação da VC do SC) são neutralizados e o parasito
  permanece nos tecidos do hospedeiro
Diagnóstico laboratorial do complexo
        E. histolytica/E. dispar
          PARASITOLÓGICO X SOROLÓGICO
• Demonstração microscópica de cistos e/ou
  trofozoítos no sedimento fecal (EPF)
• Sorologia para Acα-Ag amebianos (Lectinas)
• ELISA - Pesquisa de coproantígenos (amebaporos
  isoformas A, B e C; lectinas; e cisteíno-proteinase)
• Pesquisa de DNA amebiano em amostras biológicas
  (fecais, biópsias) - PCR
Profilaxia
 Higiene individual entre evacuações e refeições (lavar bem as
  mãos antes da alimentação, manter unhas bem cortadas e
  limpas, etc.)
 Cuidado na manipulação e higienização de alimentos
  ingeridos crus (frutas e verduras)
 Controle de vetores mecânicos (inseticidas, não acumular lixo
  em casa, etc.)
 Saneamento básico (fossa, latrina, esgoto, tratamento de
  água e esgoto humano)
 Educação sanitária
 Vacina (?!) – Acesse para ver o que anda sendo pesquisado:
  http://www.youtube.com/watch?v
Tratamento

• Intestinal
  – Metronidazol + Teclozam
  – Nitazoxanida

• Extraintestinal
  – Metronidazol + Tetraciclina
Comensais do intestino e o
        diagnóstico diferencial para
         protozoários patogênicos
• Os laboratoristas precisam ter cuidado ao examinarem as fezes,
pois muitos protozoários comensais podem ser encontrados e
confundidos com aqueles que são patogênicos.
• Isto pode ocorrer com amebas e flagelados.

              • Amebas
                • Entamoeba coli, E. hartimanni, ...
                • Endolimax nana
                • Iodamoeba butschlii
Entamoeba coli
Trofozoítas (Corado pelo tricrômio)     Cistos (Corados pelo lugol ou pelo tricrômio)




                              Endolimax nana
  Trofozoíta (Corados pelo tricrômio)          Cistos (Corados pelo lugol ou tricrômio)




                          Iodamoeba butschlii
 Trofozoítas (Corados pelo tricrômio)               Cisto (Corados pelo tricrômio)




       Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm
Comensais do intestino e o
diagnóstico diferencial para
 protozoários patogênicos
   • Flagelados
    • Pentatrichomonas hominis
    • Chilomastix mesnilli
    • Enteromonas hominis
    • Retortamonas intestinalis
Outros protozoários do tubo digestivo
 (Boca: sulco gengival, sulco dental e tártaro)
• Entamoeba gingivalis




• Trichomonas tenax


                                           Fonte:
                               http://www.youtube.com/watch?
                                       v=mE6v3fzf5DA
Amebas de vida livre
Acantamoeba        Naegleria
Ciclo biológico e patogenia
                     • Geralmente só
                       atinge
                       indivíduos
                       debilitados,
                       hospitalizados e
                       entubados
                     • Penetra
                       geralmente pela
                       mucosa das vias
                       respiratórias e
                       chega até às
                       meninges
                     • Pode também
                       infectar a pele e
                       o globo ocular
Ciclo biológico e patogenia




 Fonte:
 http://eyepathologist.com/images/KL23323.jpg


                                                Fonte:
                                                http://health.usf.edu/NR/rdonlyres/6F3F1B53-6454-
                                                4C80-B26A-4FE0BC0B8BEE/0/1560.png
Ciclo biológico
        • Pode infectar indivíduos
          saudáveis que
          coloquem a mucosa
          nasal em contato com
          as formas flageladas ou
          amebóides que vivem
          em coleções d’água
          como lagos e represas
        • Daí chegam até às
          meninges
Amebas de vida livre e a
    meningoencefalite
Acantamoeba          Naegleria
Diagnóstico
           • Parasitológico do LCR

                  Tratamento
• Anfotericina B e miconazol (i.v. e i.r.)

    • Associado à Rifampicina (v.o.)

               • Infecção ocular:
       – isethionato propamidine tópico
     – clotrimazol, miconazol e primaricin
 Fonte: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/Acantha.htm
Referências Amebas
SANTOS, F. L. N.; SOARES, N. M. Mecanismos fisiopatogênicos e diagnóstico laboratorial da infecção
causada pela Entamoeba histolytica. J. Bras. Patol. Med. Lab., v. 44, n. 4, p. 249-261. Agosto/2008.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442008000400004
.
UCG. Universidade Católica de Goiás. Entamoeba coli/Endolimax nana. Aula 19. Disponivel em:
http://www2.ucg.br/cbb/professores/19/Enfermagem/Entamoebacoli_Endolimaxnana.pdf . Acesso
em: 03/10/09.
KSU - Kansas State University.. Entamoeba gingivalis. Disponível em:
http://www.k-state.edu/parasitology/625tutorials/Egingivalis.html . Acesso em: 03/10/09.
ARABSLAB. Trichomonas tenax. Disponível em: http://atlas.arabslab.com/data/5/p020.jpg. Acesso
em: 03/10/09.
KELLY, S. Entamoeba histolytica. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dYASBEwr6NQ.
 Acesso em: 03/10/09.
Giardia lamblia

 Parasitologia- Profª Cris
Estágios evolutivos




• Trofozoítos: 10-20 µm x 5-15 µm
• Cistos: 12 µm x 8 µm
Ciclo biológico
       • Monoxênico
         – Homem = único
           hospedeiro (?!)
       • Monogeneico
         – Reprodução assexuada
         (Divisão binária longitudinal)
       • Forma de contágio
         – Ingestão de cisto
       • Forma infectante
         – Cisto
       • Período negativo
Vetores




                Mecânicos


Veículo
Trofozoíto




• Trofozoíto tem formato piriforme, mede 12 x 15 µm (variando
  de 10-20 µm), contem dois núcleos simetricamente dispostos
  na extremidade anterior, 8 flagelos na face ventral.
           (Coloração por Kohn, Giemsa, Tricrômio)
Cisto




• Cistos são elípticos a ovóides, medem
  entre 11 x 14 µm (podem variar de 8 a 19
  µm)
• Quando imaturos têm 2 núcleos
• Maduros possuem 4 núcleos. axonemas e
  resquícios do disco suctorial são visíveis.
         (Coloração lugol, tricrômio)
Na microscopia de varredura podemos
observar detalhes da superfície da Giardia




         Fonte: http://med.ege.edu.tr/~unver/giardiakist.htm
Superfícies ventral e dorsal
        na microscopia de varredura




Legenda: dv – disco ventral ou suctorial; svc – superfície ventral da célula;
             fa – flagelo anterior; bvl – borda do disco ventral
Imagem colorizada por computador




Legenda: verde: células do intestino; vermelho: células do sangue; magenta: giárdia
Fisiopatogenia
Comportamento da Giardia
 1                                                 2




Em cultura axênica (1) ou em biópsia de intestino (2), coladinhas lado a lado umas das
outras.
                  3                                      Em biópsia
                                                         de intestino
                                                         (3), coladinha
                                                         através     do
                                                         disco ventral
                                                         à superfície
                                                         do enterócito.

               Fonte: http://br.geocities.com/dra_reginadias/parasitosintestinais.htm
Tapete




Fonte: ARAÚJO NS. Avaliação da influência de diferentes inóculos do isolado humano (Portland-I) de Giardia duodenalis
sobre a cinática da infecção e no desenvolvimento de alterações patológicas no intestino delgado de gerbils (Meriones
unguiculatus) experimentalmente infectados. (Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia
Aplicadas - UFU). Uberlândia/MG. 2006. Disponível em: http://www.bdtd.ufu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=440.
Acesso em: .
Tapete




Fonte: http://www.bdtd.ufu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=441
Sintomatologia
• Pode ser assintomática ou se tornar sintomática dependendo
  da parasitemia e da integridade/susceptibilidade do
  organismo
• O atapetamento da mucosa do duodeno e jejuno não
  provoca lesão, mas há uma enterite característica que
  provoca
   – Cólicas
   – Aumento do peristaltismo
   – Diminuição da absorção de nutrientes (Gorduras e
     vitaminas lipossolúveis) levando à
       • Esteatorreia
       • Emagrecimento
       • Avitaminose (ADEK)
Epidemiologia
 • Antropozoonose                                  • Cães: prevalência de 10%-20%
   cosmopolita                                     em animais bem tratados.
                                                       •Animais jovens: 26 a 50%
 • Giardíase humana se                                 de animais parasitados.
   correlaciona com a                                  •Em canis: pode ser
   giardíase canina                                    encontrada em até 100%
                                                       dos animais.
 • Necessária a correta                            • Gatos: prevalência é menor,
   higiene coletiva em
       – Crianças
                                                   variando entre 1,4 a 11%.
       – Idosos                                    • Alta prevalência = doença
                                                   clínica.
http://www.ferrariadestramento.com.br/index.php?
option=com_content&task=view&id=12&Itemid=23
Seychelles      Egito     Austrália      Brasil     Tailândia   Guatemala      Índia       EUA
                                                                                                  (Denver)

Fonte: CIMMERMAN, B. Desafios e dificuldades da parasitologia brasileira. Rev. Ação Parasitoses. v.II. n.2. p.4-6.
      2008. Disponível em: http://www.fqm.com.br/Site/br/docs/acao012008.pdf. Acesso em: 15/10/09.
Diagnóstico Clínico
• Epidemiologia         • Sinais e Sintomas

• Anamnese                – Aspecto das fezes:
                             •   Esteatorreia
  – Condições de
                             •   Fezes “explosivas’
    saneamento básico
                             •   Fezes fétidas
  – Condições
    sócioeconômicas
                          – Cólicas

• Exame físico            – Flatulência
  – pele
  – abdômen
Diagnóstico laboratorial

• Parasitológico de fezes
   – Diarreicas
       Trofozoítos
   – Formadas
       Cistos
   – Período negativo (?!)
• Sorológico
   – Ac?!
   – Testes imunológicos para
     detecção de Ag nas fezes
• Biópsia
Diagnóstico laboratorial

•   Biologia molecular
•   PCR
    – “primers” JW1/JW2
Profilaxia

• Tratamento da água (temperatura, químicos)
Profilaxia

•    Higiene pessoal
    Lavar as mãos antes das refeições
    Manter unhas limpas e bem cortadas


• Controle de vetores e
de seu acesso aos alimentos
    Inseticidas e cuidado com lixo
    Cobrir alimentos
Profilaxia

• Tratamento dos infectados
Tratamento
Metronidazol
(DINIZ, ALN. Curso de Antimicrobianos. Disponível em:
   http://www.minasinfecto.com.br/arquivos/antimicrobianos/antimicrobianos_
   ana_lucia.ppt. Acesso em: 15/10/09.)
    – Reduzido intracelularmente, seus produtos
      formam complexos com o DNA
        • Inibem a síntese de ácido desoxirribonucléico
        • Induzem a deegradação do DNA.
    – Impede síntese enzimática
    – Causa a morte celular
Tratamento

Nitaxozanida
    (MEDICINANET. ANNITA: nitazoxanida. Rio de Janeiro: Farmoquímica: Bula de
    remédio. Disponível em:
    http://www.medicinanet.com.br/bula/588/annita.htm. Acesso: 30 /06/2009.)
–    Interfere no funcionamento da PFOR (piruvato-
    ferridoxina-oxidoredutase) => bloqueio da
    transferência de elétrons.
–    PFOR derivada do Cryptosporidium parvum parece
    ser similar àquela da Giardia lamblia.
–    A interferência com a reação de transferência de
    elétrons enzima piruvato-ferridoxina-oxidoredutase
    dependente pode não ser a única via pela qual a
    nitazoxanida exibe a atividade anti-protozoária.
        Ver também: http://www.intramed.net/contenidover.asp?contenidoID=42896

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Protozoários intestinais e diagnóstico diferencial

  • 1. PROTOZOÁRIOS PARASITOS DO TRATO GASTRINTESTINAL: Ameba e Giardia Parasitologia – Profª Cris
  • 2. Protozoários do TGI • No trato intestinal humano podemos encontrar uma infinidade de protozoários, entretanto nem todos são mal-vindos! • Uma boa parte deles se comporta como comensal, não parasito, e faz parte de nossa microbiota, sem a qual nossa saúde não seria a mesma. • Entretanto, de qualquer forma, todos eles vão parar no nosso intestino graças a maus hábitos de higiene. • Entre os patogênicos podemos encontrar a Entamoeba histolytica, a Giardia lamblia e o Balantidium coli. • Vamos estudar o grupo das amebas e o flagelado.
  • 3. Amebas Acesse o vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=Gg-Cagp1FLM Parasitologia – Profª Cris
  • 4. AMEBAS intestinais • Sarcodinos – Gymnamoebidae (Subclasse) – Amoebidae (Ordem) – Endamoebida (Família) – Gêneros • Entamoeba – Et. histolytica; Et. coli; Et. hartimanni... • Endolimax – Ed. nana • Iodamoeba – I. butschlii
  • 5. Entamoeba histolytica/dispar (Shaudinn, 1903) • Morfologia – Trofozoíta: forma irregular, 20-40µm, núcleo com cromatina organizada lembrando “roda de carroça”, ectoplasma hialino e endoplasma rico em inclusões. – Cisto: contorno definido (membrana cística), 8- 20µm, 1 a 4 núcleos, corpos cromatóides em formato de charuto (extremidades arredondadas)
  • 7. Hematofagia em cultura a. b. a. Microscopia com contraste de fase (Fonte: http://www.smittskyddsinstitutet.se - Foto: Anders Magnusson, Smittskyddsinstitutet;
  • 8. Cistos a. b. c. Corado pelo lugol (a e b) ou tricrômio (c) Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm
  • 10. Ciclo biológico • Monoxênico e monogenéico – Hospedeiro: Homem – Reprodução assexuada: divisão binária • Forma de Contágio: – ingestão de cisto contaminando água e alimentos – mãos e objetos levados à boca • Forma (estágio) infectante: cisto • Vetores relevantes: – Mecânicos (mosca, barata) – Biológicos (homem contaminado) – Fômites (objetos contaminado levados à boca)
  • 11. Ciclo biológico da ameba • Como um comensal, o cisto • Como parasito, o cisto ingerido libera o trofozoíto ingerido libera o trofozoíto da ameba que se reproduz da ameba que se reproduz ativamente e coloniza o e coloniza o intestino grosso intestino grosso, entretanto aderindo-se à mucosa e sem aderir-se à mucosa, agredindo-a. alimentando-se de restos • O trofozoíto na forma de nossa alimentação. magna, invasiva, faz • Com a desidratação da hematofagia e digere formação do bolo fecal, os tecidos para atingir trofozoítos encistam-se e pequenos capilares. são eliminados em fezes • Com a consequente formadas podendo disfunção intestinal, o contaminar água, solo e trofozoíto não encista e é alimentos. eliminado nas fezes diarreicas
  • 12. Epidemiologia Prevalência da E. histolytica/dispar: • MUNDO: 500 milhões de • Em Manaus (AM) E. histolytica atinge infectados e 40-100 mil 6,8% da população óbitos anuais e é a 2ª maior • Em Fortaleza (CE) E. histolytica atinge causa de morte entre 14,9% da população de baixa renda doenças parasitárias (1ª • Em Belém (PA) E. histolytica atinge malária) 29,5% dos indivíduos residentes na região metropolitana • BRASIL: maior prevalência • Macaparana (PE), Belo Horizonte (MG) em populações de nível e Salvador (BA) a ocorrência da E. socioeconômico mais baixo histolytica é rara, tendo sido identificada somente a E. dispar, sendo e condições precárias de 4,1%; 0,38% e 3,2%, respectivamente. saneamento básico, • Nas demais regiões brasileiras não há resultando em altos índices estudos que retratem a prevalência da de morbidade. E. histolytica/dispar.
  • 13. Entamoeba histolytica/dispar SANTOS FLN, SOARES NM. Mecanismos fisiopatogênicos e diagnóstico laboratorial da infecção causada pela Entamoeba histolytica. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online]. v.44, n.4, p. 249-261. 2008. ISSN 1676-2444.
  • 14. Mecanismos fisiopatogênicos 1 Ver vídeo • Receptores de padrão molecular típicos de patógenos acessando (TLR) presentes nos enterócitos reconhecem estes padrõeshttp://www.y outube.com/ watch? (PAMPS como lectinas ricas em LPG e LPPG) na superfície v=dYASBEwr6 NQ da ameba mediando a adesão • A mucosa intestinal responde com a secreção de citocinas pró- inflamatórias (IL-1, IL-6, IL-8, TNF-α e GMCSF) que recrutam neutrófilos e monócitos para o conjuntivo da mucosa • Os próprios trofozoítos lisam os enterócitos e os leucócitos inflamatórios através da liberação de grânulos • A mucosa inflamamada graças à liberação de agentes como histamina, PG, LT, cininas, citocinas inflamatórias sofre alterações intestinais –> aumento da secreção de muco, dificuldade na absorção alimentar e aumento do peristaltismo
  • 15. Mecanismos fisiopatogênicos 2 Conteúdo dos grânulos da ameba • Amebaporos (grânulos patogênicos) penetram no ambiente hidrofóbico da MP (enterócitos e leucócitos) -> lise osmótica • Lectinas amebianas ativam cascata de sinalização celular -> citólise • Cisteínoproteinases digerem a membrana basal -> lesão no epitélio Fonte: SANTOS, F. L. N.; SOARES, N. M. Mecanismos fisiopatogênicos e diagnóstico laboratorial da infecção causada pela Entamoeba histolytica. J. Bras. Patol. Med. • Invasão da ameba -> úlcera Lab., v. 44, n. 4, p. 249-261. Agosto/2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-244 .
  • 16. Fisiopatologia da E. histolytica • Ameba invade a mucosa do intestino grosso e leva à formação de úlceras • Úlceras em “botão de camisa” ou “gargalo de garrafa” Fonte: Santos e Soares, 2008.
  • 17. Escapando da imunidade humoral do hospedeiro • Ac α Ag amebianos ligam-se à superfície da ameba • A membrana da ameba direciona os complexos Ag-Ac para os uróides • Os uróides são frequentemente eliminados  Deste modo os mecanismos de imunidade dependentes de Ac contra o parasito (ADCC e ativação da VC do SC) são neutralizados e o parasito permanece nos tecidos do hospedeiro
  • 18. Diagnóstico laboratorial do complexo E. histolytica/E. dispar PARASITOLÓGICO X SOROLÓGICO • Demonstração microscópica de cistos e/ou trofozoítos no sedimento fecal (EPF) • Sorologia para Acα-Ag amebianos (Lectinas) • ELISA - Pesquisa de coproantígenos (amebaporos isoformas A, B e C; lectinas; e cisteíno-proteinase) • Pesquisa de DNA amebiano em amostras biológicas (fecais, biópsias) - PCR
  • 19. Profilaxia  Higiene individual entre evacuações e refeições (lavar bem as mãos antes da alimentação, manter unhas bem cortadas e limpas, etc.)  Cuidado na manipulação e higienização de alimentos ingeridos crus (frutas e verduras)  Controle de vetores mecânicos (inseticidas, não acumular lixo em casa, etc.)  Saneamento básico (fossa, latrina, esgoto, tratamento de água e esgoto humano)  Educação sanitária  Vacina (?!) – Acesse para ver o que anda sendo pesquisado: http://www.youtube.com/watch?v
  • 20. Tratamento • Intestinal – Metronidazol + Teclozam – Nitazoxanida • Extraintestinal – Metronidazol + Tetraciclina
  • 21. Comensais do intestino e o diagnóstico diferencial para protozoários patogênicos • Os laboratoristas precisam ter cuidado ao examinarem as fezes, pois muitos protozoários comensais podem ser encontrados e confundidos com aqueles que são patogênicos. • Isto pode ocorrer com amebas e flagelados. • Amebas • Entamoeba coli, E. hartimanni, ... • Endolimax nana • Iodamoeba butschlii
  • 22. Entamoeba coli Trofozoítas (Corado pelo tricrômio) Cistos (Corados pelo lugol ou pelo tricrômio) Endolimax nana Trofozoíta (Corados pelo tricrômio) Cistos (Corados pelo lugol ou tricrômio) Iodamoeba butschlii Trofozoítas (Corados pelo tricrômio) Cisto (Corados pelo tricrômio) Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Amebiasis_il.htm
  • 23. Comensais do intestino e o diagnóstico diferencial para protozoários patogênicos • Flagelados • Pentatrichomonas hominis • Chilomastix mesnilli • Enteromonas hominis • Retortamonas intestinalis
  • 24. Outros protozoários do tubo digestivo (Boca: sulco gengival, sulco dental e tártaro) • Entamoeba gingivalis • Trichomonas tenax Fonte: http://www.youtube.com/watch? v=mE6v3fzf5DA
  • 25. Amebas de vida livre Acantamoeba Naegleria
  • 26. Ciclo biológico e patogenia • Geralmente só atinge indivíduos debilitados, hospitalizados e entubados • Penetra geralmente pela mucosa das vias respiratórias e chega até às meninges • Pode também infectar a pele e o globo ocular
  • 27. Ciclo biológico e patogenia Fonte: http://eyepathologist.com/images/KL23323.jpg Fonte: http://health.usf.edu/NR/rdonlyres/6F3F1B53-6454- 4C80-B26A-4FE0BC0B8BEE/0/1560.png
  • 28. Ciclo biológico • Pode infectar indivíduos saudáveis que coloquem a mucosa nasal em contato com as formas flageladas ou amebóides que vivem em coleções d’água como lagos e represas • Daí chegam até às meninges
  • 29. Amebas de vida livre e a meningoencefalite Acantamoeba Naegleria
  • 30. Diagnóstico • Parasitológico do LCR Tratamento • Anfotericina B e miconazol (i.v. e i.r.) • Associado à Rifampicina (v.o.) • Infecção ocular: – isethionato propamidine tópico – clotrimazol, miconazol e primaricin Fonte: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/Acantha.htm
  • 31. Referências Amebas SANTOS, F. L. N.; SOARES, N. M. Mecanismos fisiopatogênicos e diagnóstico laboratorial da infecção causada pela Entamoeba histolytica. J. Bras. Patol. Med. Lab., v. 44, n. 4, p. 249-261. Agosto/2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442008000400004 . UCG. Universidade Católica de Goiás. Entamoeba coli/Endolimax nana. Aula 19. Disponivel em: http://www2.ucg.br/cbb/professores/19/Enfermagem/Entamoebacoli_Endolimaxnana.pdf . Acesso em: 03/10/09. KSU - Kansas State University.. Entamoeba gingivalis. Disponível em: http://www.k-state.edu/parasitology/625tutorials/Egingivalis.html . Acesso em: 03/10/09. ARABSLAB. Trichomonas tenax. Disponível em: http://atlas.arabslab.com/data/5/p020.jpg. Acesso em: 03/10/09. KELLY, S. Entamoeba histolytica. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dYASBEwr6NQ. Acesso em: 03/10/09.
  • 33. Estágios evolutivos • Trofozoítos: 10-20 µm x 5-15 µm • Cistos: 12 µm x 8 µm
  • 34. Ciclo biológico • Monoxênico – Homem = único hospedeiro (?!) • Monogeneico – Reprodução assexuada (Divisão binária longitudinal) • Forma de contágio – Ingestão de cisto • Forma infectante – Cisto • Período negativo
  • 35. Vetores Mecânicos Veículo
  • 36. Trofozoíto • Trofozoíto tem formato piriforme, mede 12 x 15 µm (variando de 10-20 µm), contem dois núcleos simetricamente dispostos na extremidade anterior, 8 flagelos na face ventral. (Coloração por Kohn, Giemsa, Tricrômio)
  • 37. Cisto • Cistos são elípticos a ovóides, medem entre 11 x 14 µm (podem variar de 8 a 19 µm) • Quando imaturos têm 2 núcleos • Maduros possuem 4 núcleos. axonemas e resquícios do disco suctorial são visíveis. (Coloração lugol, tricrômio)
  • 38. Na microscopia de varredura podemos observar detalhes da superfície da Giardia Fonte: http://med.ege.edu.tr/~unver/giardiakist.htm
  • 39. Superfícies ventral e dorsal na microscopia de varredura Legenda: dv – disco ventral ou suctorial; svc – superfície ventral da célula; fa – flagelo anterior; bvl – borda do disco ventral
  • 40. Imagem colorizada por computador Legenda: verde: células do intestino; vermelho: células do sangue; magenta: giárdia
  • 42. Comportamento da Giardia 1 2 Em cultura axênica (1) ou em biópsia de intestino (2), coladinhas lado a lado umas das outras. 3 Em biópsia de intestino (3), coladinha através do disco ventral à superfície do enterócito. Fonte: http://br.geocities.com/dra_reginadias/parasitosintestinais.htm
  • 43. Tapete Fonte: ARAÚJO NS. Avaliação da influência de diferentes inóculos do isolado humano (Portland-I) de Giardia duodenalis sobre a cinática da infecção e no desenvolvimento de alterações patológicas no intestino delgado de gerbils (Meriones unguiculatus) experimentalmente infectados. (Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia Aplicadas - UFU). Uberlândia/MG. 2006. Disponível em: http://www.bdtd.ufu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=440. Acesso em: .
  • 45. Sintomatologia • Pode ser assintomática ou se tornar sintomática dependendo da parasitemia e da integridade/susceptibilidade do organismo • O atapetamento da mucosa do duodeno e jejuno não provoca lesão, mas há uma enterite característica que provoca – Cólicas – Aumento do peristaltismo – Diminuição da absorção de nutrientes (Gorduras e vitaminas lipossolúveis) levando à • Esteatorreia • Emagrecimento • Avitaminose (ADEK)
  • 46. Epidemiologia • Antropozoonose • Cães: prevalência de 10%-20% cosmopolita em animais bem tratados. •Animais jovens: 26 a 50% • Giardíase humana se de animais parasitados. correlaciona com a •Em canis: pode ser giardíase canina encontrada em até 100% dos animais. • Necessária a correta • Gatos: prevalência é menor, higiene coletiva em – Crianças variando entre 1,4 a 11%. – Idosos • Alta prevalência = doença clínica. http://www.ferrariadestramento.com.br/index.php? option=com_content&task=view&id=12&Itemid=23
  • 47. Seychelles Egito Austrália Brasil Tailândia Guatemala Índia EUA (Denver) Fonte: CIMMERMAN, B. Desafios e dificuldades da parasitologia brasileira. Rev. Ação Parasitoses. v.II. n.2. p.4-6. 2008. Disponível em: http://www.fqm.com.br/Site/br/docs/acao012008.pdf. Acesso em: 15/10/09.
  • 48. Diagnóstico Clínico • Epidemiologia • Sinais e Sintomas • Anamnese – Aspecto das fezes: • Esteatorreia – Condições de • Fezes “explosivas’ saneamento básico • Fezes fétidas – Condições sócioeconômicas – Cólicas • Exame físico – Flatulência – pele – abdômen
  • 49. Diagnóstico laboratorial • Parasitológico de fezes – Diarreicas  Trofozoítos – Formadas  Cistos – Período negativo (?!) • Sorológico – Ac?! – Testes imunológicos para detecção de Ag nas fezes • Biópsia
  • 50. Diagnóstico laboratorial • Biologia molecular • PCR – “primers” JW1/JW2
  • 51. Profilaxia • Tratamento da água (temperatura, químicos)
  • 52.
  • 53. Profilaxia • Higiene pessoal Lavar as mãos antes das refeições Manter unhas limpas e bem cortadas • Controle de vetores e de seu acesso aos alimentos Inseticidas e cuidado com lixo Cobrir alimentos
  • 55. Tratamento Metronidazol (DINIZ, ALN. Curso de Antimicrobianos. Disponível em: http://www.minasinfecto.com.br/arquivos/antimicrobianos/antimicrobianos_ ana_lucia.ppt. Acesso em: 15/10/09.) – Reduzido intracelularmente, seus produtos formam complexos com o DNA • Inibem a síntese de ácido desoxirribonucléico • Induzem a deegradação do DNA. – Impede síntese enzimática – Causa a morte celular
  • 56. Tratamento Nitaxozanida (MEDICINANET. ANNITA: nitazoxanida. Rio de Janeiro: Farmoquímica: Bula de remédio. Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/bula/588/annita.htm. Acesso: 30 /06/2009.) – Interfere no funcionamento da PFOR (piruvato- ferridoxina-oxidoredutase) => bloqueio da transferência de elétrons. – PFOR derivada do Cryptosporidium parvum parece ser similar àquela da Giardia lamblia. – A interferência com a reação de transferência de elétrons enzima piruvato-ferridoxina-oxidoredutase dependente pode não ser a única via pela qual a nitazoxanida exibe a atividade anti-protozoária. Ver também: http://www.intramed.net/contenidover.asp?contenidoID=42896