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CARACTERÍSTICAS DA DISSERTAÇÃO
O texto dissertativo é, por definição, aquele em que desenvolvemos um tema
com o objetivo de esclarecer seus aspectos principais e, eventualmente, apresentar nosso
ponto de vista. Quando esse tipo de texto faz apenas um panorama das ideias principais
relativas ao tema, sem defender uma opinião específica, ele recebe a designação de
dissertação expositiva; quando, ao contrário, o objetivo do autor é convencer os leitores
de seu ponto de vista, trata-se de uma dissertação argumentativa.
Em geral, as provas de vestibular não costumam fazer menção a textos
expositivos. Espera-se que o candidato apresente senso crítico em sua redação e, para
isso, nada melhor do que redigir uma argumentação propriamente dita. Assim, daqui em
diante, sempre que falarmos de dissertação, estaremos fazendo referência aos textos de
caráter argumentativo, mesmo que essa denominação não seja explicitada.
TEMA:
Em qualquer prova de redação, há sempre um tema a ser desenvolvido. Isso se
faz necessário a fim de que os textos de milhares de candidatos possam ser comparados
segundo um critério comum. Por essa razão, qualquer fuga à proposta feita pela Banca é
vista como falha grave, podendo, em muitos casos, levar à anulação da prova.
DEFESA DO PONTO DE VISTA:
Considerando o caráter argumentativo de que falamos, não será difícil perceber
que é necessário “tomar partido” em qualquer redação de vestibular. Assim, como
convencemos nossos pais a nos deixarem chegar tarde após uma festa, precisamos de
todas as armas necessárias a levar o feitor a concordar – pelo menos em tese – com
nossa opinião. Essa é uma tarefa que faz uso constante do raciocínio lógico da
organização das ideias.
Cumpre ressaltar, a esse propósito, que as Bancas não avaliam qual é o ponto de
vista do candidato, mas sim a capacidade de justificá-lo e fundamentá-lo.
LINGUAGEM IMPESSOAL:
Por se tratar de texto técnico, a dissertação deve tratar do tema proposto com
uma linguagem impessoal. Além da credibilidade alcançada, obtém a vantagem de
tornar a redação até mesmo mais consistente, ao tratar da opinião defendida como uma
verdade indiscutível (3ª pessoa). È possível usar a primeira pessoa do plural, mas seu
texto deixa de ser impessoal.
OBJETIVIDADE
Além da linguagem, espera-se que o redator de uma dissertação seja capaz de
tratar o tema com critérios objetivos. Dito de outro modo, seria inadequado deixar-se
influenciar por aspectos emocionais e religiosos, por exemplo, ao discutir um tema
como a legalização do aborto. Embora existam razões respeitáveis do ponto de vista
puramente irracional, eles não se combinam com o caráter exclusivamente racional da
dissertação.
MODALIDADE ESCRITA / PADRÂO CULTO:
Ninguém precisa ter conhecimento profundo da gramática para saber que
existem profundas diferenças entre uso oral do idioma e sua utilização escrita. Palavras
como “aí” e “coisa”, por exemplo, só fazem sentido se houver um contexto físico que
esclareça seus significados. A repetição de palavras, também, é fundamental em um
diálogo, para que o assunto permaneça despertando atenção. Na escrita, entretanto, a
imprecisão do vocábulo e as repetições lexicais, entre outros aspectos, constituem
inadequações a serem evitadas.
Ao mesmo tempo, por se tratar de uma prova integrante da disciplina Língua
Portuguesa, a redação deve ser produzida dentro dos limites da norma culta, ou seja,
sem erros gramaticais. Isso não significa que precisemos ser sofisticados; um bom texto,
claro e natural, pode fazer uso dessa forma e ser perfeitamente aceitável para o leitor
comum.
ESTRUTURA LÓGICA:
Assim como uma conversa, um filme e um dia têm começo, meio e fim, também
uma dissertação é dividida em etapas, denominadas respectivamente de introdução,
desenvolvimento e conclusão. A cada uma corresponde uma função específica dentro
da estratégia maior de convencer o leitor. Ao mesmo tempo, o desempenho de cada
função pode ser feito de maneira original e inteligente, fugindo ao puro didatismo.
QUALIDADES:
Um texto dissertativo que se enquadre nos parâmetros descritos não,
necessariamente, “merece” nota dez. isso porque, nesse caso, o aluno estaria apenas
cumprindo suas obrigações. Além dos aspectos fundamentais, portanto, a redação
“perfeita” deve apresentar coesão, clareza, coerência, concisão, profundidade, senso
crítico e criatividade. Por isso, não há mágica que faça um aluno redigir melhor da noite
para o dia. Apenas aos poucos, com dedicação e reflexão, será possível incorporar tantas
qualidades ao próprio texto.
Uma boa dissertação apresenta:
tema desenvolvido no tipo de texto exigido;
vocabulário adequado ao tema;
sintaxe bem construída;
argumentos bem fundamentados;
visão crítica.
Entre os tipos de temas, encontramos:
objetivos: relacionados aos problemas atuais: sociais, tecnológicos, econômicos
etc.
subjetivos: envolvem o comportamento e sentimentos humanos.
delimitados: apresentados diretamente sob a forma de uma frase afirmativa ou de
uma pergunta a respeito de um assunto.
abrangentes: apresentados a partir de um ou mais textos de onde se deve extrair
diversas abordagens que devem ser trabalhadas na redação.
Os passos
1) interrogar o tema;
2) responder, com a opinião
3) apresentar argumento básico
4) apresentar argumentos auxiliares
5) apresentar fato- exemplo
6) concluir
Como fazer nossas dissertações? Como expor com clareza nosso
ponto de vista? Como argumentar coerente e validamente? Como organizar
a estrutura lógica de nosso texto, com introdução, desenvolvimento e
conclusão? Vamos supor que o tema proposto seja:
Nenhum homem é uma ilha.
Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha, naturalmente, está em sentido figurado,
significando solidão, isolamento. Vamos sugerir alguns passos para a elaboração do
rascunho de sua redação.
1. Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem é uma ilha?
2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou
discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em parte): essa resposta é
o seu ponto de vista.
3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão
para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal.
4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista,
a fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares.
5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição.
Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que
você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato
histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O
fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a nossa
opinião, fortalece os nossos argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto,
diferencia o nosso texto: como ele nasce da experiência de vida, ele dá uma marca
pessoal à dissertação.
6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o rascunho de sua
redação. Por enquanto, você pode agrupá-los na seqüência que foi sugerida.
Dicas rápidas para fazer uma boa dissertação:
1) Na dissertação, não escreva períodos muito longos nem muitos curtos.
2) Na dissertação, não use expressões como "eu acho", "eu penso" ou "quem sabe", que
mostram dúvidas em seus argumentos.
3) Uma redação "brilhante" mas que fuja totalmente ao tema proposto será anulada.
4) É importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos, dados e
pontos de vista acerca da questão proposta.
5) A postura mais adequada para se dissertar é escrever impessoalmente, ou seja, deve-
se evitar a utilização da primeira pessoa do singular.
6) O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta
argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá
estar orientada.
7) O que se solicita dos alunos é muito mais uma reflexão sobre um determinado tema,
apresentada sob forma escrita, do que uma simples redação vista como um episódio
circunstancial de escrita.
8) A letra de forma deve ser evitada, pois dificulta a distinção entre maiúsculas e
minúsculas. Uma boa grafia e limpeza são fundamentais.
(Fonte original: FOLHA DE SÃO PAULO0
COERÊNCIA E COESÃO
As modernas teorias da linguagem concebem o texto como uma unidade
linguística e semântica compreendida por um receptor em situação comunicativa. Isso
significa que a simples disposição de frases em sequência não necessariamente constitui
uma “malha” textual, pois é preciso haver unidade; em outras palavras, é preciso que as
partes formem um todo. Para que isso se torne viável, utilizam-se a coerência e a
coesão.
Sendo uma unidade semântica – conforme a definição dada acima -, o bom
texto deve apresentar relações de sentido entre as ideias desenvolvidas, que serviriam a
um mesmo propósito; sustentar a tese apresentada. Para que isso ocorra da melhor
forma possível, não pode haver qualquer espécie de contradição. Esse tipo de problema
acaba acontecendo se não prestarmos atenção ao que escrevemos, especialmente se não
temos certeza e domínio assegurado do tema. Nessa situação, um trecho no final do
parágrafo pode dizer algo oposto ao que foi apresentado no início. Na mesma linha de
raciocínio, apenas mais sutilmente, corremos o mesmo risco quando não existe uma
tese, pois os parágrafos podem acabar ficando desarticulados entre si. Em outras
palavras, a ideia desenvolvida em um momento passa a não ter qualquer relação com o
argumento seguinte. Em ambos os casos, ocorre o “pecado” da incoerência.
Por sua vez, a coesão corresponde à unidade linguística citada. Ela é
constituída pelo conjunto de recursos disponíveis para ligar orações, períodos e
parágrafos, evitando repetições. Quando utilizamos uma conjunção ou um pronome
possessivo, por exemplo, estamos garantindo a progressão textual e a fluência, ou seja, a
coesão. A ausência desses mecanismos ou sua utilização inadequada – problema mais
frequente – torna o texto infantil e deselegante. Nesses casos, o leitor passa a “prestar
atenção” ao plano formal da redação, perdendo a continuidade do raciocínio. Em uma
analogia, a coesão seria como uma janela, que permite a visibilidade aparentemente
natural da paisagem; se está suja ou opaca, seu objetivo não é cumprido com
propriedade.
Na prática da redação, ocorre quase uma divisão em etapas no que diz
respeito ao uso de coerência e coesão. Enquanto a primeira é elaborada no momento de
roteirização do texto, a segunda é desenvolvida ao longo da escrita propriamente dita.
De fato, só quando a sequência de pensamento (=coerência) já estiver estabelecida é que
a ligação das partes (=coesão) pode ser aplicada, contribuindo com a explicitação do
encadeamento, em uma espécie de “círculo virtuoso.”
ATIVIDADES
Leia o texto que se segue e responda às questões propostas.
João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma coluna, cuja
frente dava para leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o
horizonte, uma planície coberta de areia. Na noite em que completava 30 anos, João,
sentado nos degraus da escola colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e
observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente,
viu um cavalo que descia para sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver
distintamente; entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto
verificou que o visitante era seu filho Guilherme, que há 20 anos tinha partido pra
alistar-se no exército, e, em todo este tempo não havia dado sinal de vida, Guilherme, ao
ver seu pai, desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos seus braços e
começando a chorar.
(Texto cedido pela professora Mary Kato – Texto e Coerência
2- Além de domínio vocabular e sintático da língua, o texto também apresenta marcas
de coesão. Destaque do texto:
a- dois exemplos de coesão, nos quais uma palavra ( substantivo, pronome, numeral,
etc.) retorne um termo já expresso;
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
b- dois exemplos de marcadores temporais que dão idéia de sequência dos fatos;
______________________________________________________________________
c- um conector que estabeleça uma relação de oposição entre duas ideias.
______________________________________________________________________
3- Apesar de aparentemente bem-redigido, o texto apresenta sérios problemas de
coerência, o que o torna inadequado. A fim de constatar os problemas de coerência do
texto, responda:
a- A cena narrada ocorre à noite ( “Na noite em que completava 30 anos”). No entanto,
o que João olhava, sentado à frente de sua casa?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
b- João está completando 30 anos. No entanto, o filho que retorna saíra havia 20 anos
para alistar-se no exército. Portanto, qual é a idade do filho? Levante hipóteses: Que
idade aproximadamente deve ter João?
______________________________________________________________________
c- João morava numa colina árida, diante de um cenário desértico. Que elementos do
texto contrariam essa informação?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4- O texto em estudo foi produzido numa situação escolar. Levando em conta os tipos
de incoerência do texto, responda: A que causas podemos atribuir algumas dessas
incoerências?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5- As frases a seguir são ambíguas. Reescreva-as de modo a desfazer a ambigüidade.
a- Trouxe o remédio para seu pai que está doente neste frasco.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
b- Durante o namoro, Tiago pediu a Helena que se casasse muitas vezes.
______________________________________________________________________
6- Compare estes dois enunciados:
a- Paulo não tem dinheiro. b- Dinheiro Paulo não tem.
As duas frases são construídas pelos mesmos componentes. Apesar disso, diferem
quanto ao sentido. Que alteração de sentido a inversão da palavra dinheiro provoca?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Esquema comparativo
DESCRIÇÃO NARRAÇÃO DISSERTAÇÃO
Conteúdo
específico
Retrato verbal:
imagem: aspectos que
caracterizam,
singularizam o ser ou
objeto descrito.
Fatos - pessoas e ações
que geram o fato e as
circunstâncias em que
este ocorre: tempo,
lugar, causa,
consequência, etc.
Ideias - exposição ,
debate, interpretação,
avaliação - explicar,
discutir, interpretar,
avaliar ideias.
Faculdade
humana
observação- percepção-
relativismo desta
percepção
imaginação (fatos
fictícios) - pesquisa-
observação (fatos
reais)
predomínio da razão -
reflexão - raciocínio-
argumentação.
Trabalhho
de
composiçã
o
.coleta de dados - .
.seleção de imagens,
aspectos - os mais
singularizantes
.classificação -
enumeração das
imagens e/ou aspectos
selecionados
. levantamento (criação
ou pesquisa) dos fatos
.organização dos
elementos narrativos
(fatos, personagens,
ambiente, tempo e
outras circunstâncias)
.classificação-sucessão
.levantamento das
ideias
.definição do ponto de
vista dissertativo:
exposição,discussão,
interpretação.
Formas Descrição subjetiva:
criação, estrutura mais
livre
descrição objetiva:
precisão, descrição e
modo científico.
Narração artística :
subjetividade, criação,
fatos fictícios
narração objetiva: fatos
reais, fidelidade.
Dissertação científica -
objetividade, coerência,
solidez na
argumentação,
ausência de
intervenções pessoais,
emocionais, análise de
idéias.
Dissertação literária -
criatividade e
argumentação.

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2 características da dissertação 9º ano 2009

  • 1. CARACTERÍSTICAS DA DISSERTAÇÃO O texto dissertativo é, por definição, aquele em que desenvolvemos um tema com o objetivo de esclarecer seus aspectos principais e, eventualmente, apresentar nosso ponto de vista. Quando esse tipo de texto faz apenas um panorama das ideias principais relativas ao tema, sem defender uma opinião específica, ele recebe a designação de dissertação expositiva; quando, ao contrário, o objetivo do autor é convencer os leitores de seu ponto de vista, trata-se de uma dissertação argumentativa. Em geral, as provas de vestibular não costumam fazer menção a textos expositivos. Espera-se que o candidato apresente senso crítico em sua redação e, para isso, nada melhor do que redigir uma argumentação propriamente dita. Assim, daqui em diante, sempre que falarmos de dissertação, estaremos fazendo referência aos textos de caráter argumentativo, mesmo que essa denominação não seja explicitada. TEMA: Em qualquer prova de redação, há sempre um tema a ser desenvolvido. Isso se faz necessário a fim de que os textos de milhares de candidatos possam ser comparados segundo um critério comum. Por essa razão, qualquer fuga à proposta feita pela Banca é vista como falha grave, podendo, em muitos casos, levar à anulação da prova. DEFESA DO PONTO DE VISTA: Considerando o caráter argumentativo de que falamos, não será difícil perceber que é necessário “tomar partido” em qualquer redação de vestibular. Assim, como convencemos nossos pais a nos deixarem chegar tarde após uma festa, precisamos de todas as armas necessárias a levar o feitor a concordar – pelo menos em tese – com nossa opinião. Essa é uma tarefa que faz uso constante do raciocínio lógico da organização das ideias. Cumpre ressaltar, a esse propósito, que as Bancas não avaliam qual é o ponto de vista do candidato, mas sim a capacidade de justificá-lo e fundamentá-lo. LINGUAGEM IMPESSOAL: Por se tratar de texto técnico, a dissertação deve tratar do tema proposto com uma linguagem impessoal. Além da credibilidade alcançada, obtém a vantagem de tornar a redação até mesmo mais consistente, ao tratar da opinião defendida como uma verdade indiscutível (3ª pessoa). È possível usar a primeira pessoa do plural, mas seu texto deixa de ser impessoal. OBJETIVIDADE Além da linguagem, espera-se que o redator de uma dissertação seja capaz de tratar o tema com critérios objetivos. Dito de outro modo, seria inadequado deixar-se influenciar por aspectos emocionais e religiosos, por exemplo, ao discutir um tema como a legalização do aborto. Embora existam razões respeitáveis do ponto de vista puramente irracional, eles não se combinam com o caráter exclusivamente racional da dissertação. MODALIDADE ESCRITA / PADRÂO CULTO: Ninguém precisa ter conhecimento profundo da gramática para saber que existem profundas diferenças entre uso oral do idioma e sua utilização escrita. Palavras como “aí” e “coisa”, por exemplo, só fazem sentido se houver um contexto físico que
  • 2. esclareça seus significados. A repetição de palavras, também, é fundamental em um diálogo, para que o assunto permaneça despertando atenção. Na escrita, entretanto, a imprecisão do vocábulo e as repetições lexicais, entre outros aspectos, constituem inadequações a serem evitadas. Ao mesmo tempo, por se tratar de uma prova integrante da disciplina Língua Portuguesa, a redação deve ser produzida dentro dos limites da norma culta, ou seja, sem erros gramaticais. Isso não significa que precisemos ser sofisticados; um bom texto, claro e natural, pode fazer uso dessa forma e ser perfeitamente aceitável para o leitor comum. ESTRUTURA LÓGICA: Assim como uma conversa, um filme e um dia têm começo, meio e fim, também uma dissertação é dividida em etapas, denominadas respectivamente de introdução, desenvolvimento e conclusão. A cada uma corresponde uma função específica dentro da estratégia maior de convencer o leitor. Ao mesmo tempo, o desempenho de cada função pode ser feito de maneira original e inteligente, fugindo ao puro didatismo. QUALIDADES: Um texto dissertativo que se enquadre nos parâmetros descritos não, necessariamente, “merece” nota dez. isso porque, nesse caso, o aluno estaria apenas cumprindo suas obrigações. Além dos aspectos fundamentais, portanto, a redação “perfeita” deve apresentar coesão, clareza, coerência, concisão, profundidade, senso crítico e criatividade. Por isso, não há mágica que faça um aluno redigir melhor da noite para o dia. Apenas aos poucos, com dedicação e reflexão, será possível incorporar tantas qualidades ao próprio texto. Uma boa dissertação apresenta: tema desenvolvido no tipo de texto exigido; vocabulário adequado ao tema; sintaxe bem construída; argumentos bem fundamentados; visão crítica. Entre os tipos de temas, encontramos: objetivos: relacionados aos problemas atuais: sociais, tecnológicos, econômicos etc. subjetivos: envolvem o comportamento e sentimentos humanos. delimitados: apresentados diretamente sob a forma de uma frase afirmativa ou de uma pergunta a respeito de um assunto. abrangentes: apresentados a partir de um ou mais textos de onde se deve extrair diversas abordagens que devem ser trabalhadas na redação. Os passos 1) interrogar o tema; 2) responder, com a opinião 3) apresentar argumento básico 4) apresentar argumentos auxiliares
  • 3. 5) apresentar fato- exemplo 6) concluir Como fazer nossas dissertações? Como expor com clareza nosso ponto de vista? Como argumentar coerente e validamente? Como organizar a estrutura lógica de nosso texto, com introdução, desenvolvimento e conclusão? Vamos supor que o tema proposto seja: Nenhum homem é uma ilha. Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha, naturalmente, está em sentido figurado, significando solidão, isolamento. Vamos sugerir alguns passos para a elaboração do rascunho de sua redação. 1. Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem é uma ilha? 2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em parte): essa resposta é o seu ponto de vista. 3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal. 4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares. 5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a nossa opinião, fortalece os nossos argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferencia o nosso texto: como ele nasce da experiência de vida, ele dá uma marca pessoal à dissertação. 6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o rascunho de sua redação. Por enquanto, você pode agrupá-los na seqüência que foi sugerida. Dicas rápidas para fazer uma boa dissertação: 1) Na dissertação, não escreva períodos muito longos nem muitos curtos. 2) Na dissertação, não use expressões como "eu acho", "eu penso" ou "quem sabe", que mostram dúvidas em seus argumentos. 3) Uma redação "brilhante" mas que fuja totalmente ao tema proposto será anulada. 4) É importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos, dados e pontos de vista acerca da questão proposta. 5) A postura mais adequada para se dissertar é escrever impessoalmente, ou seja, deve- se evitar a utilização da primeira pessoa do singular.
  • 4. 6) O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada. 7) O que se solicita dos alunos é muito mais uma reflexão sobre um determinado tema, apresentada sob forma escrita, do que uma simples redação vista como um episódio circunstancial de escrita. 8) A letra de forma deve ser evitada, pois dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia e limpeza são fundamentais. (Fonte original: FOLHA DE SÃO PAULO0 COERÊNCIA E COESÃO As modernas teorias da linguagem concebem o texto como uma unidade linguística e semântica compreendida por um receptor em situação comunicativa. Isso significa que a simples disposição de frases em sequência não necessariamente constitui uma “malha” textual, pois é preciso haver unidade; em outras palavras, é preciso que as partes formem um todo. Para que isso se torne viável, utilizam-se a coerência e a coesão. Sendo uma unidade semântica – conforme a definição dada acima -, o bom texto deve apresentar relações de sentido entre as ideias desenvolvidas, que serviriam a um mesmo propósito; sustentar a tese apresentada. Para que isso ocorra da melhor forma possível, não pode haver qualquer espécie de contradição. Esse tipo de problema acaba acontecendo se não prestarmos atenção ao que escrevemos, especialmente se não temos certeza e domínio assegurado do tema. Nessa situação, um trecho no final do parágrafo pode dizer algo oposto ao que foi apresentado no início. Na mesma linha de raciocínio, apenas mais sutilmente, corremos o mesmo risco quando não existe uma tese, pois os parágrafos podem acabar ficando desarticulados entre si. Em outras palavras, a ideia desenvolvida em um momento passa a não ter qualquer relação com o argumento seguinte. Em ambos os casos, ocorre o “pecado” da incoerência. Por sua vez, a coesão corresponde à unidade linguística citada. Ela é constituída pelo conjunto de recursos disponíveis para ligar orações, períodos e parágrafos, evitando repetições. Quando utilizamos uma conjunção ou um pronome possessivo, por exemplo, estamos garantindo a progressão textual e a fluência, ou seja, a coesão. A ausência desses mecanismos ou sua utilização inadequada – problema mais frequente – torna o texto infantil e deselegante. Nesses casos, o leitor passa a “prestar atenção” ao plano formal da redação, perdendo a continuidade do raciocínio. Em uma analogia, a coesão seria como uma janela, que permite a visibilidade aparentemente natural da paisagem; se está suja ou opaca, seu objetivo não é cumprido com propriedade. Na prática da redação, ocorre quase uma divisão em etapas no que diz respeito ao uso de coerência e coesão. Enquanto a primeira é elaborada no momento de roteirização do texto, a segunda é desenvolvida ao longo da escrita propriamente dita. De fato, só quando a sequência de pensamento (=coerência) já estiver estabelecida é que a ligação das partes (=coesão) pode ser aplicada, contribuindo com a explicitação do encadeamento, em uma espécie de “círculo virtuoso.”
  • 5. ATIVIDADES Leia o texto que se segue e responda às questões propostas. João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma coluna, cuja frente dava para leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o horizonte, uma planície coberta de areia. Na noite em que completava 30 anos, João, sentado nos degraus da escola colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente, viu um cavalo que descia para sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o visitante era seu filho Guilherme, que há 20 anos tinha partido pra alistar-se no exército, e, em todo este tempo não havia dado sinal de vida, Guilherme, ao ver seu pai, desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos seus braços e começando a chorar. (Texto cedido pela professora Mary Kato – Texto e Coerência 2- Além de domínio vocabular e sintático da língua, o texto também apresenta marcas de coesão. Destaque do texto: a- dois exemplos de coesão, nos quais uma palavra ( substantivo, pronome, numeral, etc.) retorne um termo já expresso; ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ b- dois exemplos de marcadores temporais que dão idéia de sequência dos fatos; ______________________________________________________________________ c- um conector que estabeleça uma relação de oposição entre duas ideias. ______________________________________________________________________ 3- Apesar de aparentemente bem-redigido, o texto apresenta sérios problemas de coerência, o que o torna inadequado. A fim de constatar os problemas de coerência do texto, responda: a- A cena narrada ocorre à noite ( “Na noite em que completava 30 anos”). No entanto, o que João olhava, sentado à frente de sua casa? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ b- João está completando 30 anos. No entanto, o filho que retorna saíra havia 20 anos para alistar-se no exército. Portanto, qual é a idade do filho? Levante hipóteses: Que idade aproximadamente deve ter João? ______________________________________________________________________ c- João morava numa colina árida, diante de um cenário desértico. Que elementos do texto contrariam essa informação? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________
  • 6. 4- O texto em estudo foi produzido numa situação escolar. Levando em conta os tipos de incoerência do texto, responda: A que causas podemos atribuir algumas dessas incoerências? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 5- As frases a seguir são ambíguas. Reescreva-as de modo a desfazer a ambigüidade. a- Trouxe o remédio para seu pai que está doente neste frasco. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ b- Durante o namoro, Tiago pediu a Helena que se casasse muitas vezes. ______________________________________________________________________ 6- Compare estes dois enunciados: a- Paulo não tem dinheiro. b- Dinheiro Paulo não tem. As duas frases são construídas pelos mesmos componentes. Apesar disso, diferem quanto ao sentido. Que alteração de sentido a inversão da palavra dinheiro provoca? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Esquema comparativo DESCRIÇÃO NARRAÇÃO DISSERTAÇÃO Conteúdo específico Retrato verbal: imagem: aspectos que caracterizam, singularizam o ser ou objeto descrito. Fatos - pessoas e ações que geram o fato e as circunstâncias em que este ocorre: tempo, lugar, causa, consequência, etc. Ideias - exposição , debate, interpretação, avaliação - explicar, discutir, interpretar, avaliar ideias. Faculdade humana observação- percepção- relativismo desta percepção imaginação (fatos fictícios) - pesquisa- observação (fatos reais) predomínio da razão - reflexão - raciocínio- argumentação. Trabalhho de composiçã o .coleta de dados - . .seleção de imagens, aspectos - os mais singularizantes .classificação - enumeração das imagens e/ou aspectos selecionados . levantamento (criação ou pesquisa) dos fatos .organização dos elementos narrativos (fatos, personagens, ambiente, tempo e outras circunstâncias) .classificação-sucessão .levantamento das ideias .definição do ponto de vista dissertativo: exposição,discussão, interpretação.
  • 7. Formas Descrição subjetiva: criação, estrutura mais livre descrição objetiva: precisão, descrição e modo científico. Narração artística : subjetividade, criação, fatos fictícios narração objetiva: fatos reais, fidelidade. Dissertação científica - objetividade, coerência, solidez na argumentação, ausência de intervenções pessoais, emocionais, análise de idéias. Dissertação literária - criatividade e argumentação.