Este documento discute a avaliação da aprendizagem em 4 unidades. A primeira fala sobre o conceito de avaliação da aprendizagem e apresenta uma história sobre um aluno que desafia os professores a pensarem além das respostas prontas. A segunda distingue medida, verificação e avaliação. A terceira trata dos instrumentos de avaliação. E a quarta aborda a avaliação na educação por competências.
3. SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA AULA 4 ........................................................................................ 73
UNIDADE 1 - Avaliação da Aprendizagem ....................................................................... 75
UNIDADE 2 - Medida, Verificação e Avaliação: Três Processos Distintos ....................... 81
UNIDADE 3 - Instrumentos de Avaliação de Aprendizagem............................................ 83
UNIDADE 4 - Avaliação na Educação por Competências ............................................... 85
FECHAMENTO E ATIVIDADES DE CONCLUSÃO DA AULA ....................................... 88
4.
5. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
APRESENTAÇÃO DA AULA 4 Anotações
Olá! Você está na aula 4 do curso de Formação de Formadores.
Nesta quarta aula serão discutidos os conteúdos das seguintes unidades:
1. Avaliação da aprendizagem.
2. Medida, verificação e avaliação: três processos distintos.
3. Instrumentos de avaliação de aprendizagem.
4. Avaliação na educação por competências.
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Objetivos da aula
- Analisar e aplicar as orientações sobre avaliação de
aprendizagem
- Conhecer os instrumentos de avaliação de aprendizagem.
- Compreender a importância da avaliação na educação por
competências.
Bom Estudo!
FORMAÇÃO DE FORMADORES 73
6.
7. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
UNIDADE 1 Anotações
Avaliação da Aprendizagem
Para iniciar, apresentamos uma história do Prof. Waldemar Setzer, aposentado da
USP, que vai lhe ajudar a refletir sobre o que você estudará nesta aula.
O BARÔMETRO
Há algum tempo, recebi um convite de um colega para servir de árbitro na
revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que
recebera nota zero. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia
nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma «conspiração do
sistema» contra ele.
Professor e aluno concordaram em submeter o
problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.
Chegando à sala de meu colega, li a questão da
prova que dizia: «Mostre como se pode determinar
a altura de um edifício bem alto com o auxílio de
um barômetro».
A resposta do estudante foi a seguinte: «Leve o
barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda
nele; baixe o barômetro até a calçada e, em seguida,
levante-o, medindo o comprimento da corda; este
comprimento será igual à altura do edifício».
Sem dúvida, era uma resposta interessante e de
alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado.
Por instantes, vacilei quanto ao veredicto. Mas...
depois respondi ao aluno...
FORMAÇÃO DE FORMADORES 75
8. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Anotações O que será que o professor respondeu ao aluno? O que você responderia?
Registre sua resposta e depois a compare com a resposta do professor.
Registre no ambiente virtual.
A história continua, vamos lá!
E a história continua...
Recompondo-me, rapidamente, disse ao estudante
que ele tinha forte razão para ter a nota máxima, já que
havia respondido a questão completa e corretamente.
Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria
caracterizada uma aprovação em um Curso de Física,
mas a resposta não confirmava isso. Sugeri então que
fizesse uma outra tentativa de responder à questão.
Não me surpreendi quando meu colega concordou,
mas sim quando o estudante resolveu encarar aquilo
que eu imaginei lhe seria um bom desafio.
Não me surpreendi quando meu colega
concordou, mas sim quando o estudante
resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe
seria um bom desafio.
Segundo o acordo, ele teria seis minutos
para responder à questão, isto, após ter sido
prevenido de que sua resposta deveria mostrar,
necessariamente, algum conhecimento de
Física. Passados cinco minutos, ele não havia
escrito nada, apenas olhava pensativamente
para o forro da sala. Perguntei-lhe, então, se
desejava desistir, pois eu tinha um compromisso
logo em seguida, e não tinha tempo a perder.
76 FORMAÇÃO DE FORMADORES
9. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
E a história continua... Anotações
Mais surpreso ainda fiquei, quando o
estudante anunciou que não havia desistido.
Na realidade, tinha muitas respostas e
estava justamente escolhendo a melhor.
Desculpei-me pela interrupção e solicitei que
continuasse.
No momento seguinte, ele escreveu a
resposta: «Vá ao alto do edifício, incline-se
numa ponta do telhado e solte o barômetro,
medindo o tempo de queda desde a largada
até o toque com o solo. Depois, empregando
a fórmula h = (1/2) gt^2, calcule a altura do
edifício.
Perguntei então ao meu colega se ele
estava satisfeito com a resposta, e se ele
concordava com a minha disposição em
conferir praticamente a nota máxima à
prova. Concordou, embora sentisse nele
uma expressão de descontentamento,
talvez inconformismo.
Ao sair da sala, lembrei-me de que o
estudante havia dito ter outras respostas
para o problema. Embora já sem tempo,
não resisti à curiosidade e perguntei-lhe
quais eram essas respostas.
«Ah! Sim.» - disse ele - «há muitas
maneiras de se achar a altura de um
edifício com a ajuda de um barômetro».
Perante a minha curiosidade e a já
perplexidade de meu colega, o estudante
desfilou as seguintes explicações...
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10. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Anotações Quais seriam as outras respostas que o aluno deu aos professores? Você poderia
arriscar pelo menos uma. Depois siga em frente e confira as respostas dadas pelo
aluno.
Registre no ambiente virtual.
Veja agora as respostas que o aluno deu aos professores.
Por exemplo, num belo dia de sol, pode-se medir
a altura do barômetro e o comprimento de sua
sombra projetada no solo, bem como a do edifício.
Depois, usando-se uma simples regra de três,
determina-se a altura do edifício. Um outro método
básico de medida, aliás, bastante simples e direto,
é subir as escadas do edifício fazendo marcas
na parede, espaçadas da altura do barômetro.
Contando o número de marcas, tem-se a altura do
edifício em unidades barométricas.
Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda
e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração
da gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do edifício,
tem-se dois g´s, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base
nessa diferença.
Finalmente, se não for cobrada uma solução Física para o problema, existem
outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e bater à porta do síndico.
Quando ele aparecer, diz-se: - Caro Sr. Síndico, trago aqui um ótimo barômetro;
se o Sr. me disser a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.
Professores eu sabia qual era a resposta esperada para o problema, mas estava
tão farto com as tentativas dos professores de controlar meu raciocínio e cobrar
respostas prontas, com base em informações mecanicamente arroladas, que eu
resolvi contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa.
78 FORMAÇÃO DE FORMADORES
11. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Bem, o professor Waldemar termina sua história com a seguinte reflexão:
Anotações
Reflexão
«Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque
se tornará assim uma máquina utilizável e não uma
personalidade. É necessário que adquira um sentimento,
um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido,
daquilo que é belo, do que é moralmente correto».
A partir dessa história, a seguir temos um desafio para você.
Desafio
Analisando a história do prof. Waldemar, para você, o que
seria a melhor atitude de um educador, um formador, nesse
caso? Você concorda com professores que controlam o
raciocínio dos alunos e cobram respostas prontas, com
base em informações mecanicamente arroladas?
Registre sua opinião no ambiente virtual.
Continuando a unidade sobre avaliação de aprendizagem, você estudará agora um
texto elaborado por Elizabeth Ladislau, especialista em avaliação.
Ao longo dos anos, a avaliação tem passado por acalorados
debates no interior do sistema educacional, sofrendo modificações
importantes e evoluindo em sua forma, métodos e critérios.
Porém, no cotidiano da sala de aula, os problemas de hoje são
os mesmos de 10, 20, 30 anos atrás. Na prática, a avaliação
tradicional é utilizada como instrumento para manter a autoridade
do professor.
FORMAÇÃO DE FORMADORES 79
12. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Anotações E Você utiliza a avaliação em suas aulas como instrumento de autoridade? Pense
sobre isso.
É preciso superar antigos paradigmas, tais como: evento; medo;
boletim de notas; imposição; autoritarismo; atitude secreta; o ser
arbitrário; o ser classificatório e implantar novos paradigmas, tais
como: processo; coragem; registro de anotações; negociação;
participação; transparência; o ser criterioso; o ser promocional.
Nessa concepção, não há espaço para discriminações, pressões
manipulativas, competição e rotulações. Ao contrário, a avaliação
deve servir para consolidar entendimentos, apoiar necessárias
atuações e ampliar o comprometimento e o aperfeiçoamento de
indivíduos, grupos, programas e instituições, enquanto permite a
formulação de juízos e recomendações, que geram ações, políticas
e conhecimentos.
Então, o que significa avaliar um indivíduo?
Portanto, avaliar o indivíduo significa observar o seu
desenvolvimento contínuo na comunicação em suas diversas
formas; no pensamento crítico; na busca de ideais; na convivência
coletiva; na conquista de novas aprendizagens; e nas diversas
situações de mobilização de forma articulada de conhecimentos,
habilidades, atitudes e suas várias inteligências - as inteligências
múltiplas - para a resolução de problemas não só rotineiros, mas
também inusitados em seu campo de atuação.
Agora que você leu e refletiu o texto de Elizabeth Ladislau, vá em frente!
Na próxima unidade estudará sobre medida, verificação e avaliação.
80 FORMAÇÃO DE FORMADORES
13. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
UNIDADE 2 Anotações
Medida, Verificação e Avaliação:
Três Processos Distintos
Relembrando...
Na unidade anterior você pode refletir uma concepção de
avaliação de aprendizagem não tradicional. Nesta unidade
você irá conhecer três processos distintos: Medida, verificação
e avaliação.
Veja, a medida, verificação e avaliação estão presentes em cada ação educativa.
- A primeira levanta informações frias e acuradas,
descreve quantificando;
- A segunda verifica a veracidade, a validade e a
confiabilidade dessas informações;
- A terceira ajuíza o valor relativo de cada uma destas
informações, atribuindo-lhes significados e orientando
as ações a serem implementadas.
Conheça a seguir a definição de cada um e seus instrumentos.
FORMAÇÃO DE FORMADORES 81
14. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Anotações A ilustração, a seguir, mostra as definições e os instrumentos utilizados em cada
um dos processos. Assim, você pode observar com clareza a diferença entre
avaliar, medir e verificar.
MEDIDA VERIFICAÇÃO AVALIAÇÃO
Definição: Definição: Definição:
grau, alcance, investigação determinação da
padrão: aquilo e/ou prova da valia ou do valor
que serve de veracidade de ... de ..., emissão
base ou norma de juízo de valor
para a avaliação Instrumentos: a partir de dados
de qualidade ou gráficos, tabelas fornecidos por
quantidade. etc. instrumentos
de medida,
Instrumentos: comprovados pela
testes, trabalhos, verificação.
atividades práticas
etc. Instrumentos:
critérios
preestabelecidos.
Bem, você pôde entender então, que avaliar é muito mais do que aplicar um teste,
uma prova, fazer uma observação. A avaliação deve ser um processo contínuo,
envolvendo não apenas o aspecto quantitativo, mas também, e principalmente,
o aspecto qualitativo, que fornecerá informações valiosas para os processos de
ensino e de aprendizagem. Ela deve julgar o grau de aceitabilidade do que foi
descrito no ambiente educacional, ou seja, ela deve ser um controle de qualidade,
medindo a efetividade ou não do processo, para que mudanças possam ser feitas,
objetivando garantir essa efetividade.
Dica
Pense sobre isso, sempre que estiver planejando o processo
de avaliação de suas aulas.
A seguir você estudará os instrumentos de avaliação. Vamos em frente!
82 FORMAÇÃO DE FORMADORES
15. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
UNIDADE 3 Anotações
Instrumentos de Avaliação de Aprendizagem
Veja bem, é importante você entender que, todas as vezes que se avalia, é
interessante preocupar-se com as técnicas empregadas e suas finalidades. Se
estas estão condizentes com a filosofia e os objetivos que caracterizam a instituição
e se o aluno, que porventura vier a ser declarado aprovado alcançou os objetivos
propostos como metas educacionais, e se está realmente apto a desenvolver o que
lhe confere a sua habilitação.
Em razão disso, professores, alunos e todos que fazem parte dos
processos de ensino e de aprendizagem têm como dever conhecer
o regimento, as normas da instituição e os princípios comuns que
são fixados por leis e que regem aquela modalidade de ensino.
E quanto aos instrumentos utilizados para avaliar? Veja a seguir.
No decorrer do desenvolvimento das atividades curriculares, o professor pode fazer
o acompanhamento de seus alunos de várias formas:
- exercícios;
- estudos dirigidos;
- trabalho em grupo;
- observação do comportamento;
- conversas informais;
- verificações formais por meio de provas de questões
dissertativas e de questões objetivas;
- argüição oral;
- relatórios; projetos etc.
Você observou que o processo de avaliação inclui instrumentos e procedimentos
diversificados. Algumas formas são mais sistemáticas, outras menos; algumas mais
formais, outras mais informais. O que não pode faltar no processo de avaliação é a
definição de seus reais propósitos.
A seguir conheça os instrumentos formais e os menos formais.
FORMAÇÃO DE FORMADORES 83
16. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Anotações Instrumentos formais e menos formais
Os instrumentos formais utilizados com maior freqüência são as verificações por
meio de provas escritas, dissertativas e objetivas, e provas práticas.
Os outros procedimentos de acompanhamento de alunos nas várias situações
diárias, que são de caráter mais informal - como a observação, a entrevista, e
outros - são menos utilizados, embora tenham um grande valor na compreensão e
na apreensão da real aprendizagem do aluno.
No caso de educação baseada em competências e habilidades, é importante
pensar numa forma de avaliação que se aproxime mais de sua realidade. É
necessário que sejam estabelecidos critérios essenciais para realização de uma
avaliação que ofereça, de forma abrangente, informações acerca de tudo o que
foi apreendido. Professor e alunos devem se certificar se ocorreu ou não ensino e
aprendizagem compatíveis com o desenvolvimento das competências desejáveis.
Falando em competências, é o que você estudará mais detalhadamente na
próxima unidade: Avaliação na educação por competências. Mas, antes propo-
mos uma atividade.
Atividade
Utilizando as orientações recebidas nesta unidade. Escolha dois instrumentos
de avaliação e elabore uma avaliação. Além da elaboração dos instrumentos,
explique como será sua aplicação e a pós-avaliação. Socialize sua avaliação
com os demais colegas de turma por meio da ferramenta Fórum.
Para realizar esta atividade utilize o ambiente virtual.
84 FORMAÇÃO DE FORMADORES
17. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
UNIDADE 4 Anotações
Avaliação na Educação por Competências
Relembrando...
Na unidade anterior você estudou sobre os instrumentos de
avaliação. Nesta unidade discutiremos como se avalia em
educação baseada em competência.
Na educação baseada em competências, as atividades de avaliação devem ser
definidas segundo objetivos, competências e habilidades, em cujos âmbitos deve
ser medida a aprendizagem do indivíduo. E, obviamente, estas atividades devem
considerar as situações de aprendizagem e os objetivos previamente definidos.
Nesse tipo de educação, faz-se necessário avaliar se o aluno
adquiriu o saber e o saber fazer, além do saber ser e do aprender
a aprender, uma vez que o conceito de competência envolve a
conhecimentos, habilidades e atitudes.
Assim, é importante avaliar cada parte que compõe o todo. Isso se deve ao fato
de que o indivíduo não pode ter meia competência, ou seja, ou ele domina ou
não domina determinada competência. Portanto, o professor deve lançar mão de
técnicas e de instrumentos de avaliação que lhe permitam definir se o aluno
possui ou não a competência desejada. Uma das técnicas que se presta a esse fim
é a observação.
LIBÂNEO, B.C.
Veja a seguir o que Libâneo tem a dizer sobre a A formação das
avaliação observacional. áreas profissionais.
Semelhanças e
Libâneo agrupa os parâmetros da avaliação obser- dessemelhanças.
vacional em quatro critérios: Palestra no seminário
de validação da
proposta de matriz
curricular para a área
- Desenvolvimento intelectual; de construção civil.
- Relacionamento social; Belém, 1992.
- Desenvolvimento afetivo;
- Organização e hábitos pessoais.
FORMAÇÃO DE FORMADORES 85
18. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Esses critérios contemplam o saber, o saber fazer, o saber ser e o aprender a
Anotações aprender. Além disso, preconiza que, no processo educacional, os parâmetros
– ou quesitos – ligados ao desempenho intelectual sejam avaliados para cada
competência ou habilidade e que os quesitos ligados aos demais critérios sejam
avaliados para cada grupo de competências, bloco ou módulo.
Veja no quadro, a seguir, os parâmetros ou quesitos para cada critério de
avaliação.
Desempenho Intelectual
O desempenho intelectual pode contemplar, dentre outros, os seguintes
aspectos: atenção nas aulas e no trabalho; persistência na execução das
tarefas; absorção de novos conhecimentos; aplicação de conhecimentos
anteriores; expressão escrita e verbal; conhecimentos gerais necessários ao
cidadão moderno; além dos quesitos particulares da atividade em questão.
Relacionamento Social
O relacionamento social trata das relações com colegas e professores e inclui os
seguintes quesitos: lealdade; respeito; sinceridade; cooperação; solidariedade;
e cumprimento de normas. Este critério busca avaliar a construção do cidadão
e a progressão do aluno como indivíduo inserido em um grupo social.
Desenvolvimento Afetivo
O critério que avalia o desenvolvimento afetivo inclui quesitos ligados à
situação humana do aluno. Neste caso, a avaliação contempla parâmetros
do tipo: responsabilidade; iniciativa; auto-estima; espontaneidade; controle
emocional; e bom humor.
Organização e Hábitos Pessoais
Para fazer face a um mundo exigente e que observa, em primeiro lugar,
as aparências, têm-se o critério organização e hábitos sociais. Os quesitos
mais expressivos desse critério são: ordem e asseio; cumprimento de
prazos e horários; postura física; linguajar compatível com o contexto social;
indumentária adequada; respeito ao meio ambiente; cumprimento às normas
de saúde ocupacional; e conhecimento dos programas de prevenção de
acidentes.
86 FORMAÇÃO DE FORMADORES
19. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Portanto, a partir do mapeamento das competências necessárias ao indivíduo
Anotações
nos seus vários níveis para um campo profissional, devem emergir procedimentos
criativos para avaliadores e avaliados, juntos, observarem, num processo contínuo,
manifestações, expressões e evidências que apontem na direção da formação
plena do profissional.
Você concluiu a última unidade da aula 4. A seguir vamos ao fechamento da aula e
as atividades de auto-avaliação
FORMAÇÃO DE FORMADORES 87
20. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Anotações FECHAMENTO E ATIVIDADES
DE CONCLUSÃO DA AULA
Fechando a aula 4!
Nesta aula você pode descobrir que:
- A avaliação educacional é um instrumento que, quando
utilizado corretamente, permite ao avaliador obter informa-
ções que lhe serão úteis para uma profunda reflexão sobre
a sua prática pedagógica, e pode confirmar o estado em que
se encontram os elementos envolvidos no contexto.
- Que o papel da avaliação é altamente significativo para o
processo educacional.
- Que a essência do processo avaliativo está em ser útil
na informação que oferece; viável na realização de sua
trajetória; ética em seus propósitos e conseqüência; e precisa
na elaboração de seus instrumentos e tratamento de seus
dados.
Desejamos que você aplique com sucesso as orientações rece-
bidas nesta aula.
88 FORMAÇÃO DE FORMADORES
21. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Atividade de auto-avaliação Anotações
Realize as atividades no ambiente virtual.
1. Procure no caça-palavras as palavras que preenchem esta afirmativa.
Na educação baseada em competências, as atividades de avaliação devem ser
definidas segundo _______, ____________ e _____________, em cujos âmbitos
deve ser medida a aprendizagem do indivíduo.
FAVORNIVETIVTOSED
ALKOBJETIVOSISUNC
HSBCCIEIONJUJSNKO
COMPETÊNCIASHSBE
VUROMJHGGTTORENN
WERNAHABILIDADES
2. Encontre no jogo da memória as definições de Medida, Verificação e Avaliação.
Definição: determinação
da valia ou do valor de ...,
emissão de juízo de valor Definição: investigação
a partir de dados forne- MEDIDA e/ou prova da veracidade
cidos por instrumentos de ...
de medida, comprovados
pela verificação.
Definição: grau, alcance,
AVALIAÇÃO padrão: aquilo que serve VERIFICAÇÃO
de base ou norma para a
avaliação de qualidade ou
quantidade.
FORMAÇÃO DE FORMADORES 89
22.
23. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
FECHAMENTO DO CURSO Anotações
Fechando o curso...
Desejamos que você aproveite os conhecimentos
adquiridos neste curso. Que aplique, como professor os
fundamentos para sua ação formativa, as orientações
sobre planejamento de ensino; as técnicas de ensino aqui
apresentadas e os conhecimentos sobre avaliação de
aprendizagem.
Lembre-se: você é peça-chave para a aprendizagem do
seu aluno.
Muito sucesso!
FORMAÇÃO DE FORMADORES 91
24. AULA 4: Avaliação da Aprendizagem
Anotações REFERÊNCIAS
ALTLET, Marguerite. (1992) in PAQUAY, Léopold. et al. Formando professores
profissionais: quais estratégias? quais competências? Porto alegre: Artmed,
2001.
BOOG, Gustavo G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento. São Paulo:
Makron Books, 1999.
CORDEIRO, Bernadete M. P. e SILVA, Suamy. S. Direitos Humanos: referencial
prático para docentes do Ensino Policial. 2ª ed. Brasília: CICV, 2005
GARDNER, H. Inteligências Múltiplas : a teoria na prática. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.
JACIRA S. L.WILSON C. A avaliação: do texto ao contexto. [on-line] disponível
em www.conciani.inter-fox.com.br. Acesso em 08/03/2004.
LIBÂNEO, B.C. A formação das áreas profissionais. Semelhanças e
dessemelhanças. Palestra no seminário de validação da proposta de matriz
curricular para a área de construção civil. Belém, 1992.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Série Formação do Professor. São Paulo: Cortez,
2001.
MAMEDE, S. PENAFORTE, J. Aprendizagem baseada em problemas. Fortaleza:
Hucitec, 2001.
MENDES, Eunice. Falar em Público: Prazer ou Ameaça? Rio de Janeiro:
Qualitymark, 1997.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (Brasília). Educação Profissional. Brasília, 2000.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (Brasília). PCN: Ensino Médio. Brasília, 2000.
PERRENOUD, Phillipe. Pedagogia diferenciada das intenções à ação. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
ROSENBAUM (apud Feltes, 2002) in Cadernos Adenauer IV (2003), nº 3.
Segurança cidadã e polícia na democracia. Rio de janeiro: Fundação Adenauer,
outubro 2003.
SANT’ANNA, I.M. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos
bem sucedidos. Secretária Executiva n° 11, set, p. 6, 1995.
SHÖN, Donald. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o
ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SILVA, Marco. Sala de Interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2002.
92 FORMAÇÃO DE FORMADORES
25. Créditos Conteudistas:
Curso SENASP
- Bernadete Moreira Pessanha Cordeiro – Consultora
Pedagógica da SENASP
- Elizabeth Ladislau – Especialista em Avaliação da
Aprendizagem
Curso DPF
- Bernadete Moreira Pessanha Cordeiro – Consultora
Pedagógica da SENASP
- Elizabeth Ladislau – Especialista em Avaliação da
Aprendizagem
Observação - O texto base do módulo 1 da versão elaborada para o
DPF contou com a colaboração das especialistas que atuaram na
Academia Nacional de Polícia no período de 2002 a 2004, dentre eles
Magali Chules e Cleide Magno.