SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 68
15 a 19 de Março de 2010 SEMANA DA POESIA
MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador. Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.                        Fernando Pessoa   (Sofia Ferreira – 7ºA; Duarte – 9ºC) SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object]
CHOVE CHUVA Chove chuva chuva chove. Chove chuva chove cá. Já choveu uma chuvada numa chávena de chá. António Mota (Bruno Fernandes – 7ºC) SEMANA DA POESIA
LÁ NO ÁGUA GRANDE Lá no Água Grande a caminho da roça negritas batem que batem co'a roupa na pedra. Batem e cantam modinhas da terra. Cantam e riem em riso de mofa histórias contadas, arrastadas pelo vento. Riem alto de rijo, com a roupa na pedra e põem de branco a roupa lavada. As crianças brincam e a água canta. Brincam na água felizes... Velam no capim um negrito pequenino. E os gemidos cantados das negritas lá do rio ficam mudos lá na hora do regresso... Jazem quedos no regresso para a roça.   Alda do Espírito Santo   (Sara Ramos - 7ºD) SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
FUNDO DO MAR No fundo do mar há brancos pavores, Onde as plantas são animais E os animais são flores. Mundo silencioso que não atinge A agitação das ondas. Abrem-se rindo conchas redondas, Baloiça o cavalo-marinho. Um polvo avança No desalinho Dos seus mil braços, Uma flor dança, Sem ruído vibram os espaços. Sobre a areia o tempo poisa Leve como um lenço. Mas por mais bela que seja cada coisa Tem um monstro em si suspenso. Sophia de Mello Breyner Andresen (Jorge Dias - 7ºD) SEMANA DA POESIA
VOZES DO MAR Quando o sol vai caindo sobre as águas Num nervoso delíquio d'oiro intenso, Donde vem essa voz cheia de mágoas Com que falas à terra, ó mar imenso?... Tu falas de festins, e cavalgadas De cavaleiros errantes ao luar? Falas de caravelas encantadas Que dormem em teu seio a soluçar? Tens cantos d'epopeias? Tens anseios D'amarguras? Tu tens também receios, Ó mar cheio de esperança e majestade?! Donde vem essa voz, ó mar amigo?... ... Talvez a voz do Portugal antigo, Chamando por Camões numa saudade! Florbela Espanca    (Bruna Monteiro – 7ºD) SEMANA DA POESIA
A GOTA DE CHUVA Uma gota de chuva  suspensa de um telhado.  Dá-lhe sol e parece  pequena maravilha. É um berlinde, dizem crianças entre si. É uma bola, e bela, mas não rebola, brilha. É a lua? Uma bolha de sabão de brincar?  Um balão? Um brilhante de uma estrela vaidosa? Diz a velhinha olhando: Quem chorou esta lágrima? Uma gota de chuva  suspensa de um telhado. Chegou uma andorinha engoliu-a e voou. Maria Alberta Meneres (David Ferrugento – 7ºD) SEMANA DA POESIA
CHOVE Chove uma grossa chuva inesperada Que a tarde não   pediu, mas agradece. Chove na rua já de si molhada Duma vida que é chuva e não parece. Chove, grossa e constante, Uma paz que há-de ser Uma gota invisível e distante, Na janela, a escorrer…    Miguel Torga    (Ana Cristina Dias -  7ºD) SEMANA DA POESIA
ONDINAS SUBINDO NO AR Vão cantando As águas do ribeiro Saltitando Nos seixos rolando Vai o dia Sendo Tão ligeiro… E a ondina Rindo, a mergulhar Vou ouvindo Seu riso tinindo Cristalina Na água a brilhar… Água em cascata Sininhos de prata E gotas d´água Subindo no ar Maria Luísa Barreto (Laura Duarte – 7ºD) SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ÁRVORES DO  ALENTEJO Horas mortas … Curvada aos pés do Monte A planície é um brasido … e, torturadas, As árvores sangrentas, revoltadas, Gritam a Deus a bênção duma fonte! E quando, manhã alta, o sol posponde A oiro a giesta, a arder, pelas estradas, Esfíngicas, recortam desgrenhadas Os trágicos perfis no horizonte! Árvores! Corações, almas que choram, Almas iguais à minha, almas que imploram Em vão remédio para tanta mágoa! Árvores! Não choreis! Olhai e vede: Também ando a gritar, morta de sede, Pedindo a Deus a minha gota de água! Florbela Espanca (Rodrigo Ferreira – 7ºD; Beatriz e Ana Sousa – 8ºB; Carolina Branco - 9ºB )  SEMANA DA POESIA
ÁRVORE A semente dorme na  placenta, húmida, da  Terra. Mas começam a  percorrê-la murmúrios  de água e primavera. Torna-se raiz e caule, que irrompe da sua prisão sem luz para beber os ventos e a claridade do dia. O tronco firma-se como um mastro e caminha  para os céus, claros, num apelo a ninhos. Em breve, brevezinho, desfralda-se em ramos E folhas que atraem  uma floração de asas e  de cânticos. E a árvore começa a ser, a dar e a  permitir vida. Luísa Dacosta (Maria Beatriz Silva - 7ºD ) SEMANA DA POESIA
ÁRVORE De muito pequenina te conheço. Lembras-te de brincarmos ao crescer? Tu me ganhavas sempre, que mais baixa fiquei eu sempre sendo, de assim ser. De muito amedrontada te conheço. Lembras-te das geadas e dos frios? Eu te ganhava sempre que fugindo em casa aconchegava os arrepios. De muito pequenina te conheço. E se algum dia me esquecer de ti, é de mim que me esqueço. Maria Alberta Menéres (Jacinta Francisco – 7ºD) SEMANA DA POESIA
FESTA DAS ÁRVORES Cavemos a terra, plantemos nossa árvore, que amiga bondosa ela aqui nos será! Um dia, ao voltarmos pedindo-lhe abrigo, ou flores, ou frutos, ou sombras dará!   O céu generoso nos regue esta planta; o sol de Dezembro lhe dê seu calor; a terra que é boa, lhe firme as raízes e tenham as folhas frescura e verdor!   Plantemos nossa árvore, que a árvore é amiga seus ramos frondosos aqui abrirá. Um dia, ao voltarmos em busca de flores, com as flores, bons frutos e sombras dará! Arnaldo Barreto (Bruno Coelho – 7ºD) SEMANA DA POESIA
CADA ÁRVORE É UM SER PARA SER EM NÓS Cada árvore é um ser para ser em nós Para ver uma árvore não basta vê-a a árvore é uma lenta reverência uma presença reminiscente uma habitação perdida e encontrada. À sombra de uma árvore o tempo já não é o tempo mas a magia de um instante que começa sem fim a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas e de sombras interiores nós habitamos a árvore com a nossa respiração com a da árvore com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses.   António Ramos Rosa   (Luís Fontes – 7ºD; Beatriz Lourenço - 8ºC; Diogo Mendes – 9ºC) SEMANA DA POESIA
A Árvore Uma árvore floriu por detrás da casa Uma árvore dentro de Março Contra a rotina E contra o espaço Ela só capaz de flor E golpe de asa Deixai-me a árvore Por detrás da casa. Manuel Alegre (Júlio Dias – 7ºC) SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],SEMANA DA POESIA
O MENINO DA SUA MÃE No plaino abandonado Que a morna brisa aquece, De balas trespassado - Duas, de lado a lado -, Jaz morto, e arrefece. Raia-lhe a farda o sangue De braços estendidos, Alvo, louro, exangue, Fita com olhar langue E cego os céus perdidos. Tão jovem! Que jovem era! (agora que idade tem?) Filho único, a mãe lhe dera Um nome e o mantivera: «O menino de sua mãe». Caiu-lhe da algibeira A cigarreira breve Dera-lhe a mãe. Está inteira. É boa a cigarreira. Ele é que já não serve. De outra algibeira, alada Ponta a roçar o solo, A brancura embainhada De um lenço... deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo. Lá longe, em casa, há a prece:                                         "Que volte cedo, e bem!" (Malhas que o Império tece") Jaz morto, e apodrece, O menino de sua mãe. Fernando Pessoa (Sofia Ferreira e Rodrigo Carvalho – 7ºA) SEMANA DA POESIA
RETRATO DA MINHA MÃE Minha mãe tem flores nos olhos. Sóis de estrelas Nas mãos, nos braços. Luas brancas são Seus seios de seda. E é grande como um mundo E eu chamo-lhe: Mãe!  Matilde Rosa Araújo (Ana Rita Varandas - 7ºC) SEMANA DA POESIA
MARSUPIAL Ó mamã-canguru Tens tanta sorte! Escusas de juntar Como qualquer mamã-mulher No seu baú Camisas Casaquinhos Fraldas Mantas E tantas Tantas peças de agasalho Que dão tanto trabalho A coser A lavar A remendar!... Tu Canguru Transportas o baú Dentro da própria pele Forradinho do pêlo Que te aquece E aquece o teu menino. Lá o guardas Resguardas. És muito fino  Canguru. Ninguém resolve o caso como tu. Alice Gomes (Ana Rita Varandas-7ºC) SEMANA DA POESIA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
FIZ UM CONTO PARA ME EMBALAR Fiz com as fadas uma aliança. A deste conto nunca contar. Mas como ainda sou criança Quero a mim própria embalar. Estavam na praia três donzelas Como três laranjas num pomar. Nenhuma sabia para qual delas Cantava o príncipe do mar. Rosas fatais, as três donzelas A mão de espuma as desfolhou. Nenhuma soube para qual delas O príncipe do mar cantou. Natália Correia ( Mariana Ferreira António – 7ºC) SEMANA DA POESIA
RECTAS PARALELAS
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],RoC 01

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Vinicius de-moraes-novos-poemas-ii
Vinicius de-moraes-novos-poemas-iiVinicius de-moraes-novos-poemas-ii
Vinicius de-moraes-novos-poemas-ii
jcmucuge
 
Caderno digital de Literatura
Caderno digital de LiteraturaCaderno digital de Literatura
Caderno digital de Literatura
davidaaduarte
 
Primeiro livro de poesia.pdf
Primeiro livro de poesia.pdfPrimeiro livro de poesia.pdf
Primeiro livro de poesia.pdf
Ana Matias
 
Poemas
PoemasPoemas
Poemas
xyagox
 
Almanaque paraná numero 1 novembro dezembro 2010
Almanaque paraná numero 1 novembro dezembro 2010Almanaque paraná numero 1 novembro dezembro 2010
Almanaque paraná numero 1 novembro dezembro 2010
Confraria Paranaense
 

Was ist angesagt? (16)

Vinicius de-moraes-novos-poemas-ii
Vinicius de-moraes-novos-poemas-iiVinicius de-moraes-novos-poemas-ii
Vinicius de-moraes-novos-poemas-ii
 
Últimas Águas
Últimas ÁguasÚltimas Águas
Últimas Águas
 
Contemp novembro__19
Contemp  novembro__19Contemp  novembro__19
Contemp novembro__19
 
Caderno digital de Literatura
Caderno digital de LiteraturaCaderno digital de Literatura
Caderno digital de Literatura
 
Contemp junho_13
Contemp  junho_13Contemp  junho_13
Contemp junho_13
 
Natércia Freire
Natércia FreireNatércia Freire
Natércia Freire
 
Poema da semana
Poema da semanaPoema da semana
Poema da semana
 
Ilka+vieira renascitudes
Ilka+vieira renascitudesIlka+vieira renascitudes
Ilka+vieira renascitudes
 
Primeiro livro de poesia.pdf
Primeiro livro de poesia.pdfPrimeiro livro de poesia.pdf
Primeiro livro de poesia.pdf
 
Alguns Poemas .....Luso poemas
Alguns Poemas .....Luso poemas Alguns Poemas .....Luso poemas
Alguns Poemas .....Luso poemas
 
Poemas
PoemasPoemas
Poemas
 
Luso poemas
Luso poemasLuso poemas
Luso poemas
 
Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do BartolomeuLivro de poemas  dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
Livro de poemas dos alunos do 8º Ano C e D, do Bartolomeu
 
Sessão leitura poética 2014
Sessão leitura poética 2014Sessão leitura poética 2014
Sessão leitura poética 2014
 
Almanaque paraná numero 1 novembro dezembro 2010
Almanaque paraná numero 1 novembro dezembro 2010Almanaque paraná numero 1 novembro dezembro 2010
Almanaque paraná numero 1 novembro dezembro 2010
 
Cogito – antologia poética Vol II
Cogito – antologia poética Vol IICogito – antologia poética Vol II
Cogito – antologia poética Vol II
 

Andere mochten auch

Poesia na escola slide
Poesia na escola   slidePoesia na escola   slide
Poesia na escola slide
veraguedes2011
 
Sophia de mello breyner
Sophia de mello breynerSophia de mello breyner
Sophia de mello breyner
Diogo Reis
 
Menina do mar power point1publicar
Menina do mar power point1publicarMenina do mar power point1publicar
Menina do mar power point1publicar
IsabelPereira2010
 
Livro de Poesias: "Recriando a Natureza"
Livro de Poesias: "Recriando a Natureza"Livro de Poesias: "Recriando a Natureza"
Livro de Poesias: "Recriando a Natureza"
ameliaioneda
 
Poesias de inverno
Poesias de invernoPoesias de inverno
Poesias de inverno
labeques
 
Expressão oral poesia guarda chuva- 5 anos
Expressão oral   poesia guarda chuva- 5 anosExpressão oral   poesia guarda chuva- 5 anos
Expressão oral poesia guarda chuva- 5 anos
lucia Curopos
 
προσθέσεις και αφαιρεσεις 2ψήφιων και μονοψήφιων αριθμών , κεφ.46
προσθέσεις και αφαιρεσεις 2ψήφιων και μονοψήφιων αριθμών , κεφ.46προσθέσεις και αφαιρεσεις 2ψήφιων και μονοψήφιων αριθμών , κεφ.46
προσθέσεις και αφαιρεσεις 2ψήφιων και μονοψήφιων αριθμών , κεφ.46
Ioanna Chats
 

Andere mochten auch (18)

Poesia na escola slide
Poesia na escola   slidePoesia na escola   slide
Poesia na escola slide
 
Poema
PoemaPoema
Poema
 
Sophia de mello breyner
Sophia de mello breynerSophia de mello breyner
Sophia de mello breyner
 
Eugénio De Andrade
Eugénio De AndradeEugénio De Andrade
Eugénio De Andrade
 
Poemas do mar
Poemas do marPoemas do mar
Poemas do mar
 
Menina do mar power point1publicar
Menina do mar power point1publicarMenina do mar power point1publicar
Menina do mar power point1publicar
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andrade
 
Livro de Poesias: "Recriando a Natureza"
Livro de Poesias: "Recriando a Natureza"Livro de Poesias: "Recriando a Natureza"
Livro de Poesias: "Recriando a Natureza"
 
Poesias de inverno
Poesias de invernoPoesias de inverno
Poesias de inverno
 
De poema em em poema
De poema em em poemaDe poema em em poema
De poema em em poema
 
A mensagem
A mensagemA mensagem
A mensagem
 
Expressão oral poesia guarda chuva- 5 anos
Expressão oral   poesia guarda chuva- 5 anosExpressão oral   poesia guarda chuva- 5 anos
Expressão oral poesia guarda chuva- 5 anos
 
Planeacion de ciencias secundaria
Planeacion de ciencias secundaria Planeacion de ciencias secundaria
Planeacion de ciencias secundaria
 
A escolinha do mar, ruth rocha
A escolinha do mar, ruth rochaA escolinha do mar, ruth rocha
A escolinha do mar, ruth rocha
 
ένα γράμμα για την ιωάννα
ένα γράμμα για την ιωάνναένα γράμμα για την ιωάννα
ένα γράμμα για την ιωάννα
 
δώρα για την ιωάννα
δώρα για την ιωάνναδώρα για την ιωάννα
δώρα για την ιωάννα
 
προσθέσεις και αφαιρεσεις 2ψήφιων και μονοψήφιων αριθμών , κεφ.46
προσθέσεις και αφαιρεσεις 2ψήφιων και μονοψήφιων αριθμών , κεφ.46προσθέσεις και αφαιρεσεις 2ψήφιων και μονοψήφιων αριθμών , κεφ.46
προσθέσεις και αφαιρεσεις 2ψήφιων και μονοψήφιων αριθμών , κεφ.46
 
ενα γράμμα για την ιωάννα δωρα για την ιωάννα
ενα γράμμα για την ιωάννα δωρα για την ιωάνναενα γράμμα για την ιωάννα δωρα για την ιωάννα
ενα γράμμα για την ιωάννα δωρα για την ιωάννα
 

Ähnlich wie Semana da Poesia em Miranda do Corvo

Ähnlich wie Semana da Poesia em Miranda do Corvo (20)

Biblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre CulturasBiblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre Culturas
 
Poesias mostra cultural
Poesias mostra culturalPoesias mostra cultural
Poesias mostra cultural
 
Em algum lugar de mim
Em algum lugar de mimEm algum lugar de mim
Em algum lugar de mim
 
Vinicius de-moraes-novos-poemas-ii
Vinicius de-moraes-novos-poemas-iiVinicius de-moraes-novos-poemas-ii
Vinicius de-moraes-novos-poemas-ii
 
Poemas de vários autores
Poemas de vários autoresPoemas de vários autores
Poemas de vários autores
 
Apresentação poemas sobre o mar
Apresentação poemas sobre o marApresentação poemas sobre o mar
Apresentação poemas sobre o mar
 
Eugenio Andrade
Eugenio AndradeEugenio Andrade
Eugenio Andrade
 
Lira dos vinte anos álvares de azevedo
Lira dos vinte anos   álvares de azevedoLira dos vinte anos   álvares de azevedo
Lira dos vinte anos álvares de azevedo
 
Ler o mar
Ler o marLer o mar
Ler o mar
 
Eugenio andrade 4
Eugenio andrade 4Eugenio andrade 4
Eugenio andrade 4
 
Eugenio Andrade 4
Eugenio Andrade 4Eugenio Andrade 4
Eugenio Andrade 4
 
Letras musicas coral
Letras musicas coralLetras musicas coral
Letras musicas coral
 
Contemp julho__25
Contemp  julho__25Contemp  julho__25
Contemp julho__25
 
Tipos De Poesia
Tipos De PoesiaTipos De Poesia
Tipos De Poesia
 
Maratona da leitura
Maratona da leituraMaratona da leitura
Maratona da leitura
 
Poemas so século xx
Poemas so século xxPoemas so século xx
Poemas so século xx
 
Poemas Ilustrados
Poemas IlustradosPoemas Ilustrados
Poemas Ilustrados
 
Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, Pablo Neruda
Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, Pablo NerudaVinte poemas de amor e uma canção desesperada, Pablo Neruda
Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, Pablo Neruda
 
Eugenio andrade 1
Eugenio andrade 1Eugenio andrade 1
Eugenio andrade 1
 
Poema da semana
Poema da semanaPoema da semana
Poema da semana
 

Mehr von criscouceiro (6)

Concurso de leitura
Concurso de leituraConcurso de leitura
Concurso de leitura
 
4º B O dia em que a escola desapareceu
4º B  O dia em que a escola desapareceu4º B  O dia em que a escola desapareceu
4º B O dia em que a escola desapareceu
 
Poema de amor
Poema de amorPoema de amor
Poema de amor
 
Piema
PiemaPiema
Piema
 
Rectas paralelas
Rectas paralelasRectas paralelas
Rectas paralelas
 
4 De Outubro Dia Mundial Do Animal
4 De Outubro  Dia Mundial Do Animal4 De Outubro  Dia Mundial Do Animal
4 De Outubro Dia Mundial Do Animal
 

Kürzlich hochgeladen

5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
LeloIurk1
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
RavenaSales1
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
Ana Lemos
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
azulassessoria9
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 

Semana da Poesia em Miranda do Corvo

  • 1. 15 a 19 de Março de 2010 SEMANA DA POESIA
  • 2. MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador. Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.                        Fernando Pessoa (Sofia Ferreira – 7ºA; Duarte – 9ºC) SEMANA DA POESIA
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6. CHOVE CHUVA Chove chuva chuva chove. Chove chuva chove cá. Já choveu uma chuvada numa chávena de chá. António Mota (Bruno Fernandes – 7ºC) SEMANA DA POESIA
  • 7. LÁ NO ÁGUA GRANDE Lá no Água Grande a caminho da roça negritas batem que batem co'a roupa na pedra. Batem e cantam modinhas da terra. Cantam e riem em riso de mofa histórias contadas, arrastadas pelo vento. Riem alto de rijo, com a roupa na pedra e põem de branco a roupa lavada. As crianças brincam e a água canta. Brincam na água felizes... Velam no capim um negrito pequenino. E os gemidos cantados das negritas lá do rio ficam mudos lá na hora do regresso... Jazem quedos no regresso para a roça. Alda do Espírito Santo (Sara Ramos - 7ºD) SEMANA DA POESIA
  • 8.
  • 9. FUNDO DO MAR No fundo do mar há brancos pavores, Onde as plantas são animais E os animais são flores. Mundo silencioso que não atinge A agitação das ondas. Abrem-se rindo conchas redondas, Baloiça o cavalo-marinho. Um polvo avança No desalinho Dos seus mil braços, Uma flor dança, Sem ruído vibram os espaços. Sobre a areia o tempo poisa Leve como um lenço. Mas por mais bela que seja cada coisa Tem um monstro em si suspenso. Sophia de Mello Breyner Andresen (Jorge Dias - 7ºD) SEMANA DA POESIA
  • 10. VOZES DO MAR Quando o sol vai caindo sobre as águas Num nervoso delíquio d'oiro intenso, Donde vem essa voz cheia de mágoas Com que falas à terra, ó mar imenso?... Tu falas de festins, e cavalgadas De cavaleiros errantes ao luar? Falas de caravelas encantadas Que dormem em teu seio a soluçar? Tens cantos d'epopeias? Tens anseios D'amarguras? Tu tens também receios, Ó mar cheio de esperança e majestade?! Donde vem essa voz, ó mar amigo?... ... Talvez a voz do Portugal antigo, Chamando por Camões numa saudade! Florbela Espanca   (Bruna Monteiro – 7ºD) SEMANA DA POESIA
  • 11. A GOTA DE CHUVA Uma gota de chuva suspensa de um telhado. Dá-lhe sol e parece pequena maravilha. É um berlinde, dizem crianças entre si. É uma bola, e bela, mas não rebola, brilha. É a lua? Uma bolha de sabão de brincar? Um balão? Um brilhante de uma estrela vaidosa? Diz a velhinha olhando: Quem chorou esta lágrima? Uma gota de chuva suspensa de um telhado. Chegou uma andorinha engoliu-a e voou. Maria Alberta Meneres (David Ferrugento – 7ºD) SEMANA DA POESIA
  • 12. CHOVE Chove uma grossa chuva inesperada Que a tarde não pediu, mas agradece. Chove na rua já de si molhada Duma vida que é chuva e não parece. Chove, grossa e constante, Uma paz que há-de ser Uma gota invisível e distante, Na janela, a escorrer…   Miguel Torga    (Ana Cristina Dias - 7ºD) SEMANA DA POESIA
  • 13. ONDINAS SUBINDO NO AR Vão cantando As águas do ribeiro Saltitando Nos seixos rolando Vai o dia Sendo Tão ligeiro… E a ondina Rindo, a mergulhar Vou ouvindo Seu riso tinindo Cristalina Na água a brilhar… Água em cascata Sininhos de prata E gotas d´água Subindo no ar Maria Luísa Barreto (Laura Duarte – 7ºD) SEMANA DA POESIA
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25. ÁRVORES DO  ALENTEJO Horas mortas … Curvada aos pés do Monte A planície é um brasido … e, torturadas, As árvores sangrentas, revoltadas, Gritam a Deus a bênção duma fonte! E quando, manhã alta, o sol posponde A oiro a giesta, a arder, pelas estradas, Esfíngicas, recortam desgrenhadas Os trágicos perfis no horizonte! Árvores! Corações, almas que choram, Almas iguais à minha, almas que imploram Em vão remédio para tanta mágoa! Árvores! Não choreis! Olhai e vede: Também ando a gritar, morta de sede, Pedindo a Deus a minha gota de água! Florbela Espanca (Rodrigo Ferreira – 7ºD; Beatriz e Ana Sousa – 8ºB; Carolina Branco - 9ºB ) SEMANA DA POESIA
  • 26. ÁRVORE A semente dorme na placenta, húmida, da Terra. Mas começam a percorrê-la murmúrios de água e primavera. Torna-se raiz e caule, que irrompe da sua prisão sem luz para beber os ventos e a claridade do dia. O tronco firma-se como um mastro e caminha para os céus, claros, num apelo a ninhos. Em breve, brevezinho, desfralda-se em ramos E folhas que atraem uma floração de asas e de cânticos. E a árvore começa a ser, a dar e a permitir vida. Luísa Dacosta (Maria Beatriz Silva - 7ºD ) SEMANA DA POESIA
  • 27. ÁRVORE De muito pequenina te conheço. Lembras-te de brincarmos ao crescer? Tu me ganhavas sempre, que mais baixa fiquei eu sempre sendo, de assim ser. De muito amedrontada te conheço. Lembras-te das geadas e dos frios? Eu te ganhava sempre que fugindo em casa aconchegava os arrepios. De muito pequenina te conheço. E se algum dia me esquecer de ti, é de mim que me esqueço. Maria Alberta Menéres (Jacinta Francisco – 7ºD) SEMANA DA POESIA
  • 28. FESTA DAS ÁRVORES Cavemos a terra, plantemos nossa árvore, que amiga bondosa ela aqui nos será! Um dia, ao voltarmos pedindo-lhe abrigo, ou flores, ou frutos, ou sombras dará!   O céu generoso nos regue esta planta; o sol de Dezembro lhe dê seu calor; a terra que é boa, lhe firme as raízes e tenham as folhas frescura e verdor!   Plantemos nossa árvore, que a árvore é amiga seus ramos frondosos aqui abrirá. Um dia, ao voltarmos em busca de flores, com as flores, bons frutos e sombras dará! Arnaldo Barreto (Bruno Coelho – 7ºD) SEMANA DA POESIA
  • 29. CADA ÁRVORE É UM SER PARA SER EM NÓS Cada árvore é um ser para ser em nós Para ver uma árvore não basta vê-a a árvore é uma lenta reverência uma presença reminiscente uma habitação perdida e encontrada. À sombra de uma árvore o tempo já não é o tempo mas a magia de um instante que começa sem fim a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas e de sombras interiores nós habitamos a árvore com a nossa respiração com a da árvore com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses.   António Ramos Rosa   (Luís Fontes – 7ºD; Beatriz Lourenço - 8ºC; Diogo Mendes – 9ºC) SEMANA DA POESIA
  • 30. A Árvore Uma árvore floriu por detrás da casa Uma árvore dentro de Março Contra a rotina E contra o espaço Ela só capaz de flor E golpe de asa Deixai-me a árvore Por detrás da casa. Manuel Alegre (Júlio Dias – 7ºC) SEMANA DA POESIA
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58. O MENINO DA SUA MÃE No plaino abandonado Que a morna brisa aquece, De balas trespassado - Duas, de lado a lado -, Jaz morto, e arrefece. Raia-lhe a farda o sangue De braços estendidos, Alvo, louro, exangue, Fita com olhar langue E cego os céus perdidos. Tão jovem! Que jovem era! (agora que idade tem?) Filho único, a mãe lhe dera Um nome e o mantivera: «O menino de sua mãe». Caiu-lhe da algibeira A cigarreira breve Dera-lhe a mãe. Está inteira. É boa a cigarreira. Ele é que já não serve. De outra algibeira, alada Ponta a roçar o solo, A brancura embainhada De um lenço... deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo. Lá longe, em casa, há a prece:                                         "Que volte cedo, e bem!" (Malhas que o Império tece") Jaz morto, e apodrece, O menino de sua mãe. Fernando Pessoa (Sofia Ferreira e Rodrigo Carvalho – 7ºA) SEMANA DA POESIA
  • 59. RETRATO DA MINHA MÃE Minha mãe tem flores nos olhos. Sóis de estrelas Nas mãos, nos braços. Luas brancas são Seus seios de seda. E é grande como um mundo E eu chamo-lhe: Mãe! Matilde Rosa Araújo (Ana Rita Varandas - 7ºC) SEMANA DA POESIA
  • 60. MARSUPIAL Ó mamã-canguru Tens tanta sorte! Escusas de juntar Como qualquer mamã-mulher No seu baú Camisas Casaquinhos Fraldas Mantas E tantas Tantas peças de agasalho Que dão tanto trabalho A coser A lavar A remendar!... Tu Canguru Transportas o baú Dentro da própria pele Forradinho do pêlo Que te aquece E aquece o teu menino. Lá o guardas Resguardas. És muito fino Canguru. Ninguém resolve o caso como tu. Alice Gomes (Ana Rita Varandas-7ºC) SEMANA DA POESIA
  • 61.
  • 62.
  • 63. FIZ UM CONTO PARA ME EMBALAR Fiz com as fadas uma aliança. A deste conto nunca contar. Mas como ainda sou criança Quero a mim própria embalar. Estavam na praia três donzelas Como três laranjas num pomar. Nenhuma sabia para qual delas Cantava o príncipe do mar. Rosas fatais, as três donzelas A mão de espuma as desfolhou. Nenhuma soube para qual delas O príncipe do mar cantou. Natália Correia ( Mariana Ferreira António – 7ºC) SEMANA DA POESIA
  • 65.
  • 66.
  • 67.
  • 68.