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APOIO
            À PRÁTICA
            PEDAGÓGICA




 ADIVINHAS,, CHARADAS,, PARLENDAS,,
 ADIVINHAS CHARADAS PARLENDAS
 PROVÉRBIOS E TRAVA – LÍNGUAS
  PROVÉRBIOS E TRAVA – LÍNGUAS
EDUC.INFANTIL/CICLOS DE APRENDIZAGEM I e II / EJA
Prefeito
JOÃO HENRIQUE DE BARRADAS CARNEIRO

Secretário Municipal da Educação e Cultura
NEY JORGE CAMPELLO

Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico
ANA SUELI PINHO

Equipe Técnica da Edição Original (1996)

Coordenação da Elaboração dos Cadernos
KADJA CRISTINA GRIMALDI GUEDES

Consultoria
MARIA ESTHER PACHECO SOUB

Sistematização
ANTÔNIA MARIA DE SOUZA RIBEIRO
MARIA DE LOURDES NOVA BARBOZA
ELISABETE REGINA DA SILVA MONTEIRO


Reedição Atualizada (2007)
MARIA DAS GRAÇAS CERQUEIRA LEONE

Coordenação da reedição dos Cadernos
MARIA DE LOURDES NOVA BARBOZA



A reedição deste caderno atende aos objetivos da SMEC em dar
suporte didático pedagógico às atividades de sala de aula.




Esta publicação destina-se exclusivamente para o uso pedagógico nas escolas
Municipais de Salvador, sendo vetada a sua comercialização. A reprodução
total ou parcial deverá ser autorizada pela Secretaria da Educação e Cultura de
Salvador.
APRESENTAÇÃO



É com muita satisfação que a Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico - CENAP –
apresenta aos professores do Sistema Municipal de Ensino, a reedição atualizada dos
Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica.

Nascidos em 1996, de um trabalho de vanguarda que conectava a teoria à prática da sala de
aula das escolas municipais, tais cadernos procuravam ser – e certamente ainda são – um
instrumento estratégico da nossa luta diária para aumentar os índices de desempenho
acadêmico dos alunos da Rede Municipal de Ensino de Salvador.

Os Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica apresentam vários blocos de sugestões com
diferentes tipologias textuais e algumas atividades voltadas para aquisição da base alfabética e
ortográfica dos alunos, subsidiando os professores no seu saber-fazer pedagógico.


Acreditamos que quanto mais investirmos na formação continuada,na prática reflexiva, na
pesquisa de soluções originais, mais será possível uma progressiva redefinição do nosso ofício
de professor, no sentido de uma maior profissionalização.

Atualizamos e publicamos esses cadernos, apostando no potencial criativo dos professores
,tendo em vista o bem comum de todas as crianças,jovens e adultos que freqüentam as
escolas municipais de Salvador.

Sucesso professor, é o que lhe desejamos!



Ana Sueli Pinho
Coordenadora da CENAP
ADIVINHAS E CHARADAS



As Adivinhas e Charadas são textos curtos da literatura popular encontrados geralmente em
forma de perguntas, versos e alguns em prosa. São enigmas verbais que foram passados pelos
nossos antepassados de forma oral, geralmente aprendidos, inconscientemente, na infância.


É também uma forma lúdica de adivinhações populares, na qual a enunciação da idéia ou fato
é constituída de analogias e de personificações, ou seja, estão envolvidas em alegorias, a fim
de dificultar a solução do problema.


As Adivinhas e Charadas são tão velhas quanto à própria história, pois nas civilizações
antigas    os    enigmas    eram       expressões   do   culto   e   da    magia    religiosa.
Os deuses falavam de uma forma um tanto obscura e os homens tinham de interpretar suas
palavras. Os decifradores granjeavam prêmios preciosos e reputação divina. Édipo, Salomão,
Merlino e outros eram considerados possuidores da ciência divinatória das respostas e das
questões difíceis.


Antigamente, a decifração de enigmas era prova de inteligência, com o passar do tempo, a
prática perdeu o sentido filosófico. Atualmente tais enigmas são encontrados na voz anônima
do povo e, principalmente, na boca das crianças.


Quando perguntamos quem sabe adivinhas e charadas e as tem guardadas na memória,
encontramos sempre alguém que tem algumas lá no "fundo do baú" adormecidas.


O folclore brasileiro é rico em adivinhas, charadas, e nas cidades do interior elas são usadas
como um interessante passatempo por homens, mulheres e crianças.
Ao longo do tempo os próprios homens foram formando suas adivinhas e charadas.


As ADIVINHAS podem ser classificadas em:
COMUNS
Exemplos:
    •      Por que o galo quando canta fecha os olhos? R- Porque sabe a música de cor.
    •      Qual a cabeça que não tem medo de pancada? R - cabeça do prego.


RELIGIOSAS
        Exemplo:
              • O que é que o rei vê uma vez, o homem toda vez e Deus nenhuma vez? R - O
                 seu semelhante.


MALICIOSAS ou de GOGA - muitas vezes parecem ser fortes, devido à sua enunciação,
mas são completamente inocentes.
    Exemplo:
   •    O que é que o homem tem atrás e a mulher tem na frente? R - A letra M.


As CHARADAS são expressas em trovas ou não e os adultos e crianças gostam de se divertir
“matando” charadas.


As CHARADAS mais conhecidas são as Adicionadas, antigamente conhecidas como
Novíssimas. Para cada tipo de charada existe um método especial para desvendar a palavra
secreta.
As charadas também podem ser dos tipos: sintéticas, intercaladas, aforéticas, apocopadas etc.
Neste caderno apresentamos apenas as charadas adicionadas.
A solução das charadas adicionadas é formada por dois ou mais sinônimos que somados em
seqüência resultam na solução da charada.
Os algarismos indicam quantas sílabas tem as palavras sinônimas que deverão ser utilizadas
para formar a palavra/ solução da charada.
As palavras em negrito indicam as que deverão ser substituídas por sinônimos.
Exemplo:
Ama de leite ali , é projétil.
1+1
Resp: ba + lá = bala
OBJETIVOS DO TRABALHO COM ADIVINHAS E CHARADAS


    •    Reconhecer as características desses tipos de textos.
    •    Desenvolver o raciocínio lógico.
    •    Favorecer a aquisição da base alfabética.
    •    Aumentar o volume de escrita
    •    Valorizar e apreciar a cultura popular.
    •    Criar adivinhas e charadas.
    •    Desenvolver o espírito criativo e crítico.
    •    Divertir e integrar o grupo de alunos


CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS


As adivinhas e charadas divertem e provocam curiosidade, valorizam a leitura como fonte de
prazer e entretenimento criando um clima de suspense que os alunos gostam de decifrar      e
possibilita o desenvolvimento da expressão oral.


Segundo Augusto César Pires de Lima “Os enigmas têm para nós interesse etnográfico,
exercendo papel educativo, constituindo-se num bom entretenimento”, da literatura popular
atual.


As atividades de adivinhações possibilitam a aprendizagem da língua escrita de forma lúdica e
prazerosa por serem textos curtos e de fácil memorização, ajudando os alunos a pensarem e a
se concentrar na forma convencional da escrita das palavras.


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ao trabalhar com Adivinhas e Charadas o professor deverá fazer a :
    •    Seleção de algumas adivinhas / charadas para a aula ;
    •    Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre elas;
    •    Confecção de tirinhas de papel com trechos das adivinhas / charadas;
    •    Realização de rodas de adivinhas / charadas ( para as crianças adivinharem);
•   Construção de gráficos, a partir do trabalho realizado com adivinhas/charadas,
    proporcionando contagem e construções de situações-problema);
•   Exploração de leitura das adivinhas / charadas de várias formas ( oral ,individual, em
    grupo;
•   Realização de bingo com as respostas das adivinhas / charadas;
•   Solicitação de cópias significativas das adivinhas / charadas;
•   Aplicação de ditados variados;
•   Realização de lacunados;
•   Criação de adivinhas / charadas;
•   Realização de torneios e competições de charadas / adivinhas.
•   Investigação junto à comunidade, sobre adivinhas / charadas
•   Organização do Livro de Adivinhas / Charadas
•   Realização de Torneio de Adivinhas / Charadas com a participação da comunidade
ADIVINHAS

     O que é, o que é ...

Por que é que o boi sobe o morro?R - Porque não pode passar por baixo.
Tem casa mas não mora em cima? R – Botão.
Tem cabeça, tem dente, tem barba, não é bicho e não é gente? R- Alho.
Tem boca, tem língua mas não fala? R - Boca do sapato.
Cai em pé e corre deitado? R – Chuva.
Tem chapéu, mas não tem cabeça. Tem boca, mas não fala. Tem asa mas
não voa.Tem bico, mas não belisca? R-Bule.
O que é, o que é que está o meio do ovo? R - A letra V.
O que é que falta numa casa para formar um casal? R - A letra L.
Quem é que foge sempre quando se fala em dinheiro? R - O devedor.
Quem é que nasce no rio, vive no rio e morre no rio mas não está sempre molhado?
R- O carioca.
O que o que corre em volta do pasto inteiro sem se mexer? R - A cerca.
O que é que e enche a casa mas não enche a mão? R – Botão
Qual a formíguínha que sem a primeira sílaba vira fruta ? R - Saúva.
Qual a diferença entre a mulher e o leão? R - A mulher usa batom e o leão ruge.
O que é que é que nunca volta, embora nunca tenha ido ? R – O passado.
O que é que é que sempre se conta e raramente se desconta? R - Idade.
O que é que é que não é de carne, nem de osso, mas enche de carne viva para aguentar
espetadelas ? R - Dedal.
Quais as capitais brasileiras mais faladas no mês de dezembro ?R - Natal, Belém, Salvador.
O que é,o que é que quando é escrita com O costuma matar, escrita com A só serve para
amarrar? R - Tir o / T i r a.
O que é o que é que o ferreiro faz, o cavalo usa, no jardim é flor, na comida é tempero, mas no
rosto é marca ? R - Cravo.
O que é que pode passar diante do sol sem fazer sombra? R- O vento
Onde se encontra o centro de gravidade? R - Na letra l .
Soletre ratoeira com quatro letras? R – Gato.
O que é que quando se perde jamais se conseguirá encontrar de novo?R - O Tempo.
Tenho músculos de aço, passo o ano falando com metade da população do mundo? R - Linha
Telefônica.
O que que as m ul her e s não têm e não querem ter?
Os homens querem ter, mas quando têm tratam geralmente de desfazer-se dela?R – Barba.
O que é o que é cinco operários só tem um chapéu?R - Dedos – dedal.
O que é preciso para pagar uma vela? R - Que ela esteja acesa.
Quem é tão forte que pode parar um automóvel com uma mão só? R - Guarda de Trânsito.
Qual é o homem que tem de fazer mais de três barbas por dia? R - O barbeiro.
O que é que não tem pernas mas sempre anda? R – Sapato.
O que é o que é que dá sem nada ter? R - Relógio.
O que é que quanto mais quente, mais fresco ? R-Pão.
O que é que não está dentro da casa, nem fora da casa mas a casa não estaria completa sem
ela? R – Janela.
Qual o bebê que nasce com bigode? R -Gatinho
O que é que tem uma porção de dentes, mas não tem boca?R - O serrote.
Como é que se retira uma pessoa que cai num poço? R- Completamente molhada.
O que acaba tudo com três letras? R- F i m .
Onde será que você, mesmo sem ser um banqueiro, mesmo sem ser milionário, pode sempre
achar dinheiro? R- Dicionário.
O que é que tem centro, mas não tem começo nem fim? R– Círculo.
Qual o policial que mais gosta do seu trabalho? R - O policial de transito. E le fica assobiando
enquanto trabalha.
Doença que ataca motoristas de táxis? R - Taxicardia
Um estado quesonha ser carro? R – Ser gipe
Doença que ataca policiais? R –Prisão de ventre
O vento não leva, o sol não queima e a chuva não molha? R – A sombra
Qual a doença do fabricante de malas? R - Malária
O jardineiro tem no rosto? R - Cravos
Escreve como lápis, tem ponta de lápis e não é lápis? R – A lapiseira
O burro faz todos os dias ao meio dia? R - Sombra
Você tem um, todos tem dois e eu não tenho nenhum? R – A letra O
Pelado por fora e peludo por dentro? R – O nariz
Pontinho azul ao sul do mapa do Brasil? R - Blumenau
Se diz uma vez num minuto e duas vezes num momento? R- A letra M
Capital de Estado brasileira mais segura de se viver? R – Fortaleza
ADIVINHAS EM VERSOS


O que é, o que é mesmo ?
Quero ver se vai saber,
Que está bem na sua frente,
Mas você não pode ver? .
R - O FUTURO

O que será, o que será ?
Que me preocupa tanto ...
Viaja por todo o mundo
Mas fica sempre em seu canto ?
R - SELO.

Todo mundo precisa,
Todo mundo pede,
Todo mundo dá,
Mas ninguém segue ?
R - CONSELHO.

O que está fora você joga fora.
Cozinha o que está dentro
E come o que está fora
Depois o que está dentro você joga fora
R - ESPIGA DE MILHO.


Responda se for capaz,
Sem ficar atrapalhado:
Nosso Rei Pedro Segundo,
Onde é que foi coroado ?
R - NA CABEÇA.
CHARADAS ADICIONADAS


Caminho, no lugar da briga de galos, e vejo um pássaro.
2+2
Resp : ando + rinha = andorinha

Goste, da sigla do estado da Bahia, porque provoca desinteria.
2+2
Resp : ame + ba = ameba

Naquele lugar, procure a ferramenta.
2+2
Resp : ali + cate = alicate

 A primeira vogal com o ser vivo embrionário, é amizade.
1 +2
Resp : a + feto = afeto

A primeira vogal com sabor, é o 8° mês do ano.
1+2
Resp: a + gosto = agosto

O altar de sacrifícios com a fruta de pigarro, é a capital de Sergipe.
2+2
Resp : ara + caju = Aracaju

A carta de jogar é ruim.
1+1
Resp : as + ma = asma

Aqui, filha do filho serve para escrever.
1+2
Resp :ca + neta = caneta

Aqui , rebanho é bicho lerdo.
1+2
Resp : ca + gado = cágado

Aqui, confiança é bebida de infusão.
1+1
Resp: ca + fé = café

O rosto e a mulher formam nome de arma de fogo.
2+2
Resp: cara + Bina = carabina
Na atmosfera, o alimento diário é instrumento de pesca.
1+ 1
Resp: ar + pão = arpão

Com a 1ª vogal ,oceano é querer bem.
1+1
Resp : a + mar = amar

Na atmosfera, sofrimento é entusiasmo.
1+ 1
Resp : ar + dor = ardor

A governanta com ferramenta de cabo é estado brasileiro do norte.
2+1
Resp : ama + pá = Amapá

Ama de leite com planta doce é excelente.
1+2
Resp: ba + cana = bacana

Com a sigla do estado da Bahia, a bacia é vestuário de padre.
1+2
Resp : ba + tina = batina

Duas vezes, o pronome graceja do instrumento cirúrgico.
1+1+1
Resp : bis + tu – ri = bisturi

Aqui, muito próximo um necessitado.
1+2
Resp : ca + rente = carente

A planta doce oferece o nome de um país desenvolvido.
2+1
Resp: cana + dá = Canadá

21.
Rosto feito de cera, é embarcação a vela.
2+2
Resp : cara + vela = caravela

Na cabeça do galo o homem é transparente.
2+2
Resp : crista + Lino = cristalino

Aqui, pó é jogo e luta na Bahia.
1+3
Resp : ca + poeira = capoeira
Aqui, pincel grosso e largo é mulato das boas.
1+2
Resp : ca + brocha = cabrocha

Um resto de vela avistava o pássaro.
2+2
Resp : coto + via = cotovia

Dentro do ovo, a refeição, serve para dar luz ao edifício.
2+2
Resp: clara + bóia = clarabóia

Aqui, mentira, é diabo
1+2
Resp: ca + peta = capeta

A primeira vogal dirige a ave.
1+2
Resp : a + guia = águia

Aqui , abalo moral , é bebida forte.
1+2
Resp : ca + chaça = cachaça

O animal de mama oferece a doméstica.
2+1
Resp: cria + dá = criada
PARLENDAS


As Parlendas são formas literárias tradicionais, de origem popular, em forma de versos de
cinco ou seis sílabas, com caráter infantil, de ritmo fácil, declamado em forma de texto verbal
estabelecendo-se como base na acentuação para entender.


Embora exista a expressão “cantar parlendas”, ela é expressa em forma recitada.
A brincadeira de Parlendas consiste em juntar as palavras com ritmo e rimando, podendo ser
falada em grupo, solo ou diálogo.


Distingue-se dos demais versos pela atividade que a acompanha, na brincadeira ou
movimento corporal.


A finalidade é entreter crianças, jovens e adultos, passar o tempo ensinando-lhes algo.
Qualquer um pode criar uma Parlenda.


Nas cidades do interior, é comum pais brincarem com seus filhos, ensinando-lhes parlendas,
brincadeiras etc.


Como variam bastante, algumas pessoas podem conhecê-las de modos diferentes.
É um enunciado lúdico-pedagógico, que diverte, ensina, a sua forma ritmo-sonoro-motora,
desenvolve as condições psicosociais do homem.


São ditos, rimas sem música, destinados a ensinar alguma coisa, divertir e criticar outra
pessoa, isto é, palavreados folclóricos antigos, passados de geração a geração oralmente.


Segundo Luis da Câmera Cascudo as Parlendas estão classificadas em:


   •   Brincos - são os primeiros e ingênuos mimos infantis, agrados carinhosos que os pais,
       babás usam (ditas ou recitadas) para entreter ou aquietar as crianças.
Exemplo:


Marra-marra,
Carneirinho,
Marra-marra,
Carneirinho.
Mão-mole,
Mão-mole,
Quem sorri
há de apanhar


Pega a mão da criança, balança até sorrir, aí bate de leve numa parte do corpo da criança.


As Parlendas variam de povo a povo, de região a região, porém são idênticas na sua essência e
idéia formadora não perde a “fonte comum e longínqua” conforme afirma João Ribeiro.


Como a fórmula do Dedo Mindinho que é comentada nos livros há aproximadamente três
séculos e que continuam alegrando crianças brasileiras, espanholas, portuguesas, francesas,
viajando de forma ruidosa e anônima no tempo...


Mnemônicas - são todas ditas ou recitadas pelas crianças para enganar e principalmente com
a finalidade de memorizar nomes, números e outros conteúdos. Não se altera, é usada em
áreas diversas com simplicidade para ensinar a contar, a brincar, a marchar, é muito útil na
educação.


    Exemplo :


Um, dois, feijão com arroz,
Três, quatro, feijão no prato,
Cinco, seis, feijão pra três,
Sete, oito, feijão com biscoito,
Nove, dez, feijão com pastéis.
Parlendas propriamente ditas - são brincadeiras iniciadas, desenvolvidas e organizadas
pelas próprias crianças sem a interferência dos adultos (pais, babás como os brincos). As
crianças se organizam com base no princípio disciplinar da própria brincadeira que incentiva
o sentido democrático de aceitar o que for determinado pela Parlenda e assim o grupo que
deseja participar da brincadeira, vai seguindo e obedecendo as regras, aguardando a sua vez e
fazendo o que se pede, como por exemplo : Quem começa?


Repetem palavra por palavra, como terminar a brincadeira etc. Tudo que eu disser, o Sr. diga
a última palavra e acrescente “de sete facadas” e começam:


- Eu ia por um caminho ...
- Caminho de sete facadas...
- Encontrei uma vaca ...
- Vaca de sete facadas...
- Encontrei um morro...
- Morro de sete facadas!


Brincar com os botões do casaco, túnica ou vestido. A palavra que coincidir com o último
botão acontecerá ao seu dono.
Ex:
Casa.
Não casa,
Casa,
Não casa,
Casa.


É importante utilizar Parlendas em atividades variadas de leitura, expressão oral e escrita por
ser um texto de fácil domínio oral, suas palavras são agrupadas com ritmo e sonoridade
possibilitando a integração da língua com brincadeiras, facilitando assim a aquisição de
habilidades de leitura e proporcionar a ampliação do volume de escrita.
OBJETIVOS


    •   Conhecer o texto parlenda;
    •   Adquirir progressivamente a base alfabética;
    •   Valorizar a cultura popular.
    •   Apreciar os recursos poéticos das parlendas.
    •   Expressar-se oralmente com clareza e desinibição.
    •   Divertir-se brincando com as parlendas




CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS


Segundo Ana Teberosky, a simples exposição do aluno ao ambiente ou contexto alfabetizador
não garante a aquisição de habilidades de leitura e escrita. Eles aprendem a linguagem escrita
através do contato social direto, interagindo com o objeto de estudo e da observação a outros
leitores e escritores.
O professor é referência, modelo de atividades de ler e escrever para os alunos.


Portanto, cabe ao professor :


    •   oportunizar aos alunos o convívio diverso e intenso em situações de leitura e escrita, a
        fim de aumentar o letramento e facilitar assim o processo da alfabetização dos alunos;
    •   ser parceiro dos alunos encorajando-os a falar e escrever as suas idéias (desejos,
        tristezas, alegrias) para conhecer o nível conceitual, leitura de mundo e suas
        dificuldades, intervindo adequadamente, quando necessário, fazendo eles avançarem;


    •   revisar as atividades coletivamente, com a participação ativa dos alunos, porque o
        conhecimento e o domínio da linguagem oral e escrita se dão junto com a
        representação e reflexão sobre a realidade (leitura e escrita de textos, exercícios...) e
        desta forma possibilitar-se-á a conscientização dos seus “erros” (hipóteses).


    •   realizar atividades de rotina onde o aluno possa estar produzindo e utilizando o
        alfabeto móvel refletindo sobre suas hipóteses de escrita e leitura;
•   trabalhar uma Parlenda aproximadamente uma semana expondo-a num cartaz em sala
    de aula;


•   realizar rotina de leituras diárias e variadas da Parlenda: leitura pelo professor, leitura
    compartilhada (professor e aluno), leitura coletiva (vinculada ao prazer, a
    descontração), leitura virtual pelos alunos (pseudo-leitura), leitura dirigida (o aluno
    utiliza seus conhecimentos de escrita para localizar e ler palavras desconhecidas),
    leitura individual...;


•   trabalhar a “consciência fonológica” retirando da Parlenda sons de letras, sílabas,
    rimas de algumas palavras;


•   organizar situações didáticas de escrita como escrita coletiva das Parlendas
    conhecidas, títulos das parlendas, favorecer a reflexão dos alunos sobre a escrita deles
    fazendo comparações entre início e fim de palavras;


•   propor atividades como: lacunado (abrir lacunados no texto para escrever palavras que
    faltam na Parlenda),caça-letra e caça-palavra (circular letras e palavras na Parlenda),
    ordenação de tirinhas (recortar cada verso da Parlenda e reordená-los colando numa
    folha de papel) e cruzadinhas com palavras e figuras da Parlenda;


•   pesquisar Parlendas em fontes variadas e produzir “cartaz sanfonado” de Parlendas,
    expor e apresentá-las associadas a gestos e brincadeiras ao público.
PARLENDAS




    Um, dois, feijão com arroz,                  Rei, capitão
    Três, quatro, feijão no prato,               Soldado, ladrão
    Cinco, seis, feijão inglês,                  Moça bonita
    Sete, oito, comer biscoitos,                 Do meu coração.
    Nove, dez, comer pastéis.


    Uni duni tê                                  Luar, luar
    Salame minguê                                Pega esse menino
    Um sorvete colorê                            E me ajuda a criar
    O escolhido foi você


    Hoje é domingo                               Pinta lainha
    Pé de cachimbo                               De cana vitinha
    Cachimbo é de barro                          Entrou na barra de vinte e cinco
    Dá no jarro                                  Mingorra, mingorra
    O jarro é fino dá no sino                    E cate forra tire essa mão
    O sino é de ouro dá no touro                 que já está forra.
    O touro é valente dá na gente                .
    A gente é fraco
    Cai no buraco
    O buraco é fundo acabou-se o
    mundo.

    Boca de forno                                 Mourão, mourão
    Forno                                         Tome teu dente podre
    Tira um bolo                                  Dá cá meu são.
    Bolo                                          .
    Se o mestre mandar?
    Faremos todos!
    .
                                                  Quem cochicha
Santa Clara, clareou                              O rabo espicha
São Domingo alumiou                               Come pão
Vai chuva, vem sol                                Com lagartixa.
Vai chuva, vem sol                                .
Pra enxugar o meu lençol.                         .
.
                                                  Sol e chuva
São Lunguim, São Lunguim                          Casamento da viúva.
Me ache este ....                                 Chuva e sol
Que eu dou três pulim.                            Casa raposa com rouxinol
.
Cadê o toucinho               Trabalha, trabalha
 que estava aqui?              João Gomes
 O gato comeu.                 Se não trabalhas
 Cadê o gato?                  Não comes.
 Foi pro mato.
 Cadê o mato?
 O fogo queimou.
                               Rabo cortou,
 Cadê o fogo?
                               emendou, saiu
 A água apagou.
                               se não sair
 Cadê a água?
                               vou dar foguinho.
 O boi bebeu.
                               A galinha do vizinho
 Cadê o boi?
                               Bota ovo amarelinho
 Foi carregar trigo.
                               Bota um, bota dois,
 Cadê o trigo?
                               Bota três, bota quatro,
 A galinha espalhou.
                               Bota cinco, bota seis,
 Cadê a galinha?
                               Bota sete, bota oito
 Foi botar ovo.
                               Bota nove, bota dez.
 Cadê o ovo?
 O frade bebeu.
 Cadê o frade?
 Ta no convento.



 Lá atrás da minha casa       Chicotinho queimado
 Tem uma vaca chocadeira      Vale dois cruzados
 Quem rir ou falar primeiro   Quem olhar pra trás
 Come o bicho e a bicheira.   Leva chicotada.




 Cabra cega de onde veio?     Batatinha frita
 Vim do Pando                 Um,dois,três
 Que trouxes pra mim?         Estátua!
 Pão -de –ló
 Me dá um pedacinho?
 Não dá pra mim
 Quanto mais pra tua avó.




Uma, duna,                    Galinha gorda!
Tena, catena,                 Gorda !
Saco de pena                  Cadê o sal?
Vila,vilão,                   Está na panela!
Conta direito                 Vamos a ela?
que doze são                  Vamos!
                              Pra cima ou pra baixo?
Lê com lê                  Ordem,
Tré com tré                Em seu lugar
Um sapato em cada pé!      Sem rir,sem falar
                           Com um pé
                           Com o outro
                           Com uma mão
Papai do céu               Com a outra
Mandou dizer               Bate palmas
Quem vai ser o primeiro    Pirueta
É este daqui.              Traz pra frente
                           Pancada.


Lá vai a bola              Um, dois, três
Girar na roda              Quatro, cinco, seis,
Passar adiante,            Sete, oito, nove
sem demora,                Para doze faltam três.
pois se ao fim
desta canção
você estiver
com a bola na mão
depressa,
pule fora.

                           O macaco foi à feira
Cruz de pau                Não teve o que comprar
Cruz de ferro              Comprou uma cadeira
Quem olhar                 Pra a comadre se sentar.
Vai pro inferno.           A comadre se sentou
                           a cadeira esborrachou
                           Coitada da comadre
                           Foi parar no corredor.


Uni pandi                  Dedo mindinho
Cirandi                    Seô vizinho
Deu picoti                 Maior de todos
Deu pandi                  Fura bolo
Picote                     Mata piolho
Picotá
É de pi
San vá.


                          Jãozinho
Bão ba la lão             é um bom guiador
Senhor capitão            quando falta gasolina
Espada na cinta           faz xixi no motor.
Ginete na mão.
A baratinha              Beterraba, raba raba
Voou, voou,              Quem errar é uma diaba.
Chegou na boca de        Borboleta leta leta
Maria                    Quem errar é um capeta.
Parou.
Na minha não
Na de .....
.

Ô dô tê cá                A bênção dindinha lua
Lê pepino lê tomá         me dê pão com farinha
Lê café com chocolá       pra dar a minha galinha
Ô dô tê cá.               que ta presa na cozinha
.                         xô,xô galinha
                          vai pra tua camarinha.


Bata palminha,bate
Palminha de São Tomé        R are ri ro rua
Bate palminha,bate          Perua
Pra quando papai vier.      Saia do meio da rua.
Papai dará papinha          Na bundinha da menina.
Mamãe dará maminha,
Vové dará cipó
Na bundinha da menina.



Lá em cima do piano
Tem um copo de veneno
Quem bebeu morreu
Quem saiu fui eu.
PROVÉRBIOS


Provérbios são textos curtos, mesclados de bom senso e advertências oportunas, ou seja,
frases curtas, concisas, geralmente ricas de imagens, que transmitem uma verdade.


Os provérbios são elementos notáveis em todas as línguas nas idéias que veiculam, como na
originalidade da construção sintática e na articulação entre a forma e o conteúdo.


A sua origem é atribuída à sabedoria popular, faz parte do folclore dos povos, assim como as
lendas, os mitos, as superstições e as canções, traduzem conhecimentos e crenças. Nascido no
seio do povo, reflete usos e costumes de uma nação, incorporando-se no folclore nacional.


Os provérbios são enunciados anônimos, com exceção dos provérbios bíblicos encontrados no
Livro dos Provérbios (Antigo Testamento) que são atribuídos ao Rei Salomão. Ele escreveu
centenas de exemplos práticos de como viver de acordo com a sabedoria divina. No Livro de
Provérbios são abordados vários assuntos como: juventude e disciplina, vida familiar, riqueza
e pobreza, palavra e a língua, a importância de conhecer Deus, etc.


Manifestação do passado enraizado no presente, os Provérbios fazem parte da cultura
eminentemente oral, transmitida de geração a geração, de boca em boca, fruto da experiência
cotidiana individual ou grupal, de quem vivenciou determinadas verdades.


Os Provérbios são utilizados em textos como: conversações diárias, editoriais de jornais;
sermões, slogans, inscrições, edificações, como estratégias para tentar persuadir as pessoas. A
qualidade de encaixe, dá ao provérbio um sentido de força, de poder, de autoridade, quase que
irrefutável, pelo fato de embuti-lo num cenário dramático preexistente.


CARACTERÍSTICAS DOS PROVÉRBIOS


   Conteúdo - são portadores de uma carga moral crítica ou vinculativa - ditos, lembranças,
   advertências e sábios conselhos para ajudar a governar as nossas vidas (lições de vida);
   Forma - distinguem-se pela elaboração trabalhada, artificiosa (repetição, paralelismo,
   dialogismo);
Autoria - são anônimos com exceção dos provérbios bíblicos;
   Estrutura literária - são descritivos, prosódicos, poéticos (que podem rimar ou não);
   Validade - é universal, sem distinção de lugar e tempo.


OBJETIVOS PARA O TRABALHO COM PROVÉRBIOS


   •   “Ler” antes de ler convencional;
   •   Apropriar-se da base alfabética,
   •   Aumentar o volume de escrita;
   •   Ler para inferir e compreender o que está não está explícito;
   •   Estabelecer vínculo prazeroso entre leitura e escrita;
   •   Descobrir a sabedoria prática desses textos, para o viver cotidiano;
   •   Desenvolver a análise e compreensão desse tipo de texto;
   •   Valorizar a cultura popular;
   •
CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS


Para os alunos que não lêem e escrevem convencionalmente, as atividades de leitura e escrita
com esses textos de tradição oral ( os alunos sabem de memória), favorecem avanços nas
hipóteses deles a respeito da língua escrita.


Provenientes da experiência popular, do senso comum, esses textos lidam com os interesses
primários do homem, como: o amor e a luta; a saúde e a doença; a juventude e a velhice; a
fome e o alimento; o trabalho e a brincadeira. Seu efeito é elevar uma afirmação de um nível
ordinário, simplório, para um nível enfático, para ensinar, elogiar, persuadir, convencer, para
prevenir, advertir, restringir ou desencorajar atitudes.
O Provérbio é geralmente metafórico, possui duplo significado, uma leitura literal e outra
figurada. O professor deve trabalhar esse tipo de texto em sala de aula, porque são veículos
para comunicação pessoal e muito importante para levar o aluno à reflexão, ou seja, pessoas
de maior maturidade, podem utilizá-lo para aconselhar e estabelecer um vínculo de respeito
com uma pessoa que está, naquele momento, aprendendo conteúdos atitudinais(de pais para
filhos, de professor para aluno).
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS


  •   Leitura diária para seus alunos, afim de que tenham contato freqüente com esses textos
      e   possam conhecê-los melhor;
  •   Realização de leitura compartilhada (professor e alunos) em momentos de rotina para
      que os alunos conheçam e possam inferir e antecipar significados durante a leitura;
  •   Realização de leitura coletiva (ler, recitar e brincar com os textos), vinculada à
      descontração e ao prazer, o texto deve ser fixado em forma de cartaz num local visível
      ou escrito no quadro de giz;
  •   Realização de leitura dirigida para que os alunos possam utilizar seus conhecimentos
      de escrita a fim de localizar e ler palavras desconhecidas em textos conhecidos por
      eles;
  •   Realização de leitura pelos alunos de textos conhecidos para destacar, recitar a parte
      que mais gostou;
  •   Investigação / pesquisa de        outros provérbios nos livros, com a família ou
      comunidade;


  •   Realização de rodas de conversas para que os alunos compartilhem brincadeiras e
      idéias entre si e o professor conheça as preferências e dificuldades deles;
  •   Realização de atividade escrita individual -criar rotina de escrita de textos que os
      alunos têm na memória para que registrem suas hipóteses;
  •   Reflexão sobre a escrita - propor comparações entre palavras que começam ou
      terminam da mesma forma (partes de palavras, letras ou silabas).
PROVÉRBIOS


•   Casa dos pais, escola dos filhos.
•   Quem dá aos pobres, empresta a Deus.
•   Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro.
•   Cada cabeça, uma sentença.
•   Longe dos olhos, perto do coração.
•   O que os olhos não vêem, o coração não padece.
•   Quem foi rei nunca perde a majestade.
•   As roupas não fazem o homem.
•   Depois da tempestade vem a bonança.
•   Nunca deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
•   Um cão danado todos a ele.
•   Nunca é tarde para aprender.
•   Cachorro velho não aprende novos truques
•   Boi velho não toma andadura.
•   Quem cedo madruga acha o que comer.
•   Deus ajuda a quem madruga.
•   Não é por muito madrugar que amanhece mais cedo.
•   Ruim com ele, pior sem ele.
•   Antes só, do que mal acompanhado.
•   Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
•   A água silenciosa é a mais perigosa.
•   A águia não se entretém caçando moscas.
•   Cão que ladra, não morde.
•   Com um só golpe, não se derruba uma árvore.
•   Em boca fechada não entra mosca.
•   Em cavalo dado não se olham os dentes.
•   Em terra de cegos, quem tem um olho é rei.
•   Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
•   Não se faz omeletes, sem quebrar ovos.
•   Nem tudo que reluz é ouro.
•   O fruto proibido é o mais saboroso.
•   O lobo perde o pêlo, mas não perde o vício.
•   Pelos frutos conhece-se a semente
•   A árvore se conhece pelos frutos.
•   Aprender sem pensar é inútil; pensar sem aprender, é perigoso.
•   Chifre de argola não pega mandinga.
•   Chuva e sol, casamento de espanhol.
•   Sol e chuva, casamento de viúva.
•   A ocasião faz o ladrão.
•   A paixão cega à razão.
•   Alho e pimenta, o fastio ausenta.
•   Cada qual com seu igual.
•   Comer e coçar estão no começar.
•   Crie fama e deita-te na cama.
•   De médico e louco todos temos um pouco.
•   Quem vai ao ar, perde o lugar.
•   Quem vai ao vento, perde o assento.
•   Em pé de pobre, todo sapato serve.
•   Quem puxa aos seus não degenera.
•   A aranha vive do que tece.
•   Abelha atarefada não tem tempo pra tristezas.
•   Macaco velho não bota a mão em cumbuca.
•   Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha.
•   Saco vazio não pára em pé.
•   Vassoura nova sempre varre bem a casa.
•   Não se chora pelo leite derramado.
•   Nunca falta um chinelo velho para um pé cansado.
•   Por causa de uma esporada, perde-se uma vaquejada.
•   Quem tem boca, vai a Roma.
•   Devagar se vai ao longe.
•   Quem tudo quer, tudo perde.
•   Em casa onde não há pão, todo mundo grita sem razão.
•   Os olhos do dono é que engordam o porco.
•   Ao rico não deva, ao pobre não prometa.
•   O pior cego é o que não quer ver.
•   Quando o amigo é certo, um olho fechado e outro aberto
•   Queira bem de graça, que por dinheiro é chalaça.
•   De raminho em raminho o passarinho faz seu ninho.
•   De grão em grão a galinha enche o papo.
•   Favor recebido, favor esquecido.
•   Filho extremoso, pai venturoso.
•   Filhos criados, trabalhos dobrados.
•   Na boca do mentiroso, o certo se faz duvidoso.
•   Pai impertinente, filho desobediente.
•   Pai rico, filho nobre, neto pobre.
•   Pecado confessado está meio perdoado.
•   Quem faz uma vez, faz duas, faz três.
•   Quem não arrisca, não petisca.
•   Água fria não escalda pirão.
•   Agulha sem fundo não arrasta linha.
•   Dor de barriga não dá uma só vez.
•   Cada macaco no seu galho.
•   Pé de galinha não mata pinto
•   À noite, todos os gatos são pardos
•   Quem semeia vento, colhe tempestade.
•   Quem semeia amor, colhe saudade.
•   Um inimigo prudente é preferível a um amigo indiscreto.
•   Pedra que rola não cria limo.
•   É melhor prevenir do que remediar.
•   Pense bem antes de agir.
•   Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
•   Filho de peixe, peixinho é.
•   Gato escaldado tem medo de água fria.
•   Quem não se enfeita por si só se enjeita.
•   Um dia é da caça, outro do caçador.
•   Mais vale um pássaro na mão que dois voando
•   Come-se para viver; não se vive para comer.
•   Ame o seu vizinho, mas não derrube a sua cerca.
•   Quando evitamos as ocasiões, removemos as tentações.
•   Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
•   Quando não se tem o que ser quer, é preciso querer-se o que se tem.
•   Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.
•   O diabo tem uma capa que encobre e outra que descobre.
•   A verdade é como o azeite, sempre vem à tona.
•   Poupa o seu vintém, que um dia você será alguém.
•   A mão que dá o pão,dá o castigo.
•   O amanhã, a Deus pertence.
•   Cada cabeça uma sentença.
•   Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço
•   Ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão.
•   Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
•   Quem não tem competência, não se estabelece.
•   Respeito é bom e eu gosto.
•   Quem tem telhado de vidro, não joga pedra no do vizinho.
•   Mulher doente, mulher pra sempre.
•   Quem muito dorme, pouco vê.
•   Cada macaco em seu galho.
•   A ocasião faz o ladrão.
ALGUNS PROVÉRBIOS BÍBLICOS



•   Filho meu não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus
    mandamentos (Pv. 3:1).
•   Não sejam sábios aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal (Pv. 3:7).
•   Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão;
•   Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem
    quer bem (Pv. 3:11-12).
•   Não maquines o mal contra o teu próximo que habita contigo confiadamente
    (Pv.3:29).
•   Ouvir, filhos, a instrução do pai e estais atentos para conhecerdes o entendimento (Pv.
    4:1).
•   Não abandones a sabedoria e ela te guardará ama-a, e ela te preservará (Pv.4:6).
•   Apega-te á instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é tua vida   (Pv.4:13).
•   Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus        (Pv.4:14).
•   Guarda com toda a diligência o teu coração porque dele procedem às fontes da vida
    (Pv. 4:23).
TRAVA-LÍNGUAS


Trava-Língua é um texto de origem popular, possui linguagem simples, é rico em ludismo,
sonoridade e semântica, ou seja, formado de jogos de palavras onomatopéias, repetições, e
rimas que muito agradam adultos e crianças.


Os trava-línguas brincam com o som, a forma e o significado das palavras da língua culta. A
sonoridade, a cadência e os ritmos dessas composições encantam os alunos levando-os a
exercitarem a linguagem oral, através do maior desafio que é recitar sem tropeçar na
pronúncia das palavras, sem errar e vão perceber que a rapidez diminui a chance de não
concluir o trava-língua.


O professor ao trabalhar com os trava - línguas deve utilizar modelos que ele mesmo aprecie,
para provocar nos alunos o gosto pelos textos e trazer a tradição oral de suas famílias e da sua
comunidade, contando às histórias que povoam suas memórias, oferecendo assim ricas
possibilidades de trabalho com a linguagem oral, buscando desta forma caminhos para a
construção da escrita da base alfabética.


Os alunos são criativos, quando são trabalhados com entusiasmo, seriedade, afeto e
responderão de maneira positiva, como por exemplo estarão lendo e produzindo trava-línguas
sendo verdadeiros leitores e escritores de sua língua materna. E você professor sentirá que sua
sala de aula é um campo de descoberta, da invenção e da fantasia.


Os trava-línguas fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do
nosso folclore, como as lendas, os acalantos, as parlendas, as adivinhas e os contos. Esses
textos podem ser um bom recurso para trabalhar a leitura oral. Os trava-línguas podem ainda
ser escritos para criar uma coletânea de elementos do folclore e pesquisadas em diferentes
fontes: livros, sites na internet ou revistas de passatempos.


É também um bom recurso para trabalhar a leitura oral. É importante que se ofereça aos
alunos uma variedade de elementos que fazem parte da nossa língua para que eles percebam
que a escrita se constitui de diferentes formas e que cada uma tem um uso e uma organização
diferenciada, dependendo do que se quer expressar.
Para alguns autores como Amadeu e Alcides Bezerra, e Veríssimo de Melo o Trava-língua é
uma divisão da Parlenda. Cecília Meireles preferiu chamá-las “Parlendas com Obstáculos” e
para Rodrigues de Carvalho são “Problemas para desenferrujar a língua”.


Trabalhar os trava-línguas com crianças das séries iniciais é tarefa muito gratificante, que traz
ao professor surpresas agradáveis, isto porque a criança pequena é muito criativa e responderá
de forma positiva, produzindo trava-línguas que não serão certamente,obras de arte, assim
como não são os desenhos e pinturas que ela produz, mas serão gratificantes tanto para o
aluno que descobre possibilidades de criar,como para o professor que se sentirá feliz ao
perceber que transformou sua sala de aula em campo de descoberta,de invenção de fantasia.


OBJETIVOS
 - Desenvolver a linguagem oral possibilitando a reflexão sobre a escrita;
 - Apropriar-se da base alfabética, ampliando o volume de escrita;
 - Conhecer as variedades textuais valorizando a cultura popular;
 - Expressar-se sem tropeçar e sem inibição;
 - Pronunciar as palavras adequadamente;


CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS


Os trava-línguas servem para corrigir algumas dificuldades de pronúncia. Aos dislálicos
(pessoas que têm dificuldade em articular as palavras) e aos que têm a língua presa, não há
melhor remédio que uma boa dosagem de trava-línguas.


Os trava-línguas, são elementos poderosos como exercícios de dicção porque aperfeiçoa a
pronúncia correta das palavras principalmente as mais difíceis, servem também para divertir
e provocar disputa entre amigos.


São embaraçosas, provocam risos e caçoadas. O emissor na prática dos primeiros exercícios
parece estar com a língua enrolada, porém rindo e passando o tempo, pratica uma boa terapia
para corrigir seus defeitos.
Grande parte dos trava-línguas constitui exemplos de aliteração porque é formada pela
repetição da mesma consoante no início de dois ou mais vocábulos.
Ex: "Um papo de pato num prato de prata".


Algumas delas formam cacofonia, vício de linguagem que consiste em formar, com a junção
de duas ou mais palavras, uma outra de sentido ridículo ou obsceno.


Em outros exemplos está a onomatopéia, pois há imitação voluntária de um ruído natural, de
modo imperfeito, por ser a nossa audição aproximada como os primeiros elementos do trava-
língua.


Ex: "Purrutaco-ta-taco, a mulher do macaco, ela pita, ela fuma, ela toma tabaco". Depois de
ouvirmos por algum tempo o "Purrutaco-ta-taco", da voz de um papagaio, podemos imitá-lo,
mas os sons imitados não podem ser integrados na fala corrente, na qual usamos os sons
naturais da fala humana.


O aluno para se desenvolver necessita brincar, jogar e trabalhar em grupo, a fim de trocar
idéias de igual para igual, como forma de se equilibrar com o mundo. Portanto, o professor
precisa criar motivos interessantes para realização da linguagem escrita para que os alunos
sintam prazer em escrever, do mesmo modo que encontram razões para falar.


Lembrando que escrever é uma atividade difícil para o aluno,visto que a linguagem escrita é a
representação da língua falada e isto demanda um plano elevado de abstração, é preciso
resgatar o prazer da escrita e com ele a vontade de aprender.


Orientações Didáticas


   •      Expor em cartaz na sala de aula o trava-língua e ler várias vezes (professor);
   •      Levantamento dos conhecimentos dos alunos sobre o texto;
   •      Realização de leitura virtual pelos alunos;
   •      Domínio oral do texto pelos alunos;
   •      Realização de cópia do texto trava-língua;
   •      Execução de trabalho de consciência fonológica (letras, palavras e rimas);
•   Investigação de outros trava-línguas;
•   Produção do livro dos Trava-Línguas com capa ilustrada (coletânea de escritas dos
    alunos com essa modalidade textual.);
•   Exposição dos textos e livros;
•   Concurso de trava-línguas ( falar sem tropeçar nas palavras);
•   Realização de atividades escritas: lacunados, ordenações de tirinhas, caça-letras, pintar
    as rimas com lápis coloridos etc.
TRAVA- LÍNGUAS

 O RATO E A ROSA RITA                       A RATA
 O rato roeu a roupa do rei de Roma,
 O rato roeu a roupa do rei da              A rata roeu a rolha
 Rússia,                                    Da garrafa da rainha.
 O rato roeu a roupa do Rodovalho...
 O rato a roer roia.
 E a Rosa Rita Ramalho
 Do rato a roer se ria.


 PINTOR PORTUGUÊS                           PEDRO

 .
 Paulo Pereira Pinto Peixoto,               Se o Pedro é preto,
 pobre pintor português,                    o peito do Pedro é preto
 pinta perfeitamente                        e o peito do pé de Pedro
 portas, paredes e pias,                    é preto.
 por parco preço, patrão.




 GATO                                       RETRETA

 Gato escondido                             Quando toca a retreta
 com rabo de fora                           na praça repleta
 tá mais escondido                          se cala o trombone
 com gato de fora.                          se toca trombeta.




TATU                                        TIGRES TRISTES
- Alô, o tatu taí?
-Não,o tatu num tá.                         Três pratos
Mas a mulher do tatu tando,                 de trigo
É o mesmo que o tatu tá.                    para três tigres
                                            tristes.




PARDAL PARDO                               O SAPO NO SACO

-Pardal pardo, por que palras?             Olha o sapo dentro do saco,
-Palro sempre e palrarei,                  O saco com o sapo dentro,
porque sou o pardal palro                  O sapo batendo papo
o palrador del – rei.                      E o papo soltando vento.
TEMPO                         O VELHO

O tempo perguntou pro tempo   Por aquela serra acima
quanto tempo o tempo tem.     Vai um velho seco e peco.
O tempo respondeu pro tempo   -Ô seu velho seco e peco!
que o tempo tem tanto tempo   Este cepo seco é seu?
quanto tempo o tempo tem.


PINTO                         NINHOS DA MAFAGAFOS

O pinto pia                   Num ninho de mafagafos
a pipa                        há cinco mafagafinhos.
pinga.                        Quem os desmafagafizar,
Pinga a pipa,                 bom desmafagafizador será.
o pinto pia.
Quanto mais
o pinto pia

A PIA PERTO DO PINTO          BABÁ

O pinto perto da pia          A babá boa bebeu
tanto mais a pia pinga        O leite do bebê.
mas o pinto pia ...
A pia pinga,
O pinto pia,
pia pinto.
O pinto perto da pia,
a pia perto do pinto.


FAROFA                        BISPO

Farofa feita                  O bispo de Constantinopla
com muita farinha fofa        quer se desconstantinopolizar.
faz uma fofoca feia.          Quem conseguir
                              Desconstantinopolizar
                              o bispo de Constantinopla
                              bom desconstantinopolizador
                              será.



Folha Verdelenga              GALINHA

Uma folha verdelenga
Quem desverdelengar           Galinha que cisca muito
Bom desverdelengador será.    borra tudo e quebra o caco,
Eu, como desverdelenguei      pois agora você diga certo,
Bom desverlengador serei      sem fazer buraco:
                              “aranha arranhando o jarro
                              e o sapo socando o saco”.
PAI DO PADRE                    DORA

O peito do pai                  A sombra da amoreira
do padre Pedro                  Dora namora.
é preto.                        No ramo da goiabeira
                                a cigarra mora.




CAROLINA                        PALAVRA
                                          ( Lourdes Nova )
No alto da torre                Palavra
sonha Carolina.                 se lavra
Debaixo da parreira             no livro que livra
brinca Marina.                  do analfabetismo.




PATO PACO                       FATO E FITA
           (Antonia Maria)
                                Não sei se é fato ou se é fita,
Pato Paco                       Não sei se é fita ou se é fato.
ou Paco Pato                    O fato é que ela me fita
pacato                          e fita mesmo de fato.
Pataco ataca
pagou o pato.                   .
Pobre Pato Paco
ou Paco Pato?



PAPA                            ECO

Se o papa papasse papa          Cá há eco?
se o papa papasse pão,          – Cá eco há.
o papa tudo papava              – Que eco é que há cá?
seria um papa-papão.            – Cá há o eco que aqui há.




TIA TANTÃ                       A LONTRA

Tinha tanta tia tantã.          A lontra prendeu a
Tinha tanta anta antiga.        tromba do monstro de pedra
Tinha tanta anta que era tia.   e a prenda de prata
Tinha tanta tia que era anta.   de Pedro, o pedreiro.
ARANHA                                  LAGARTIXA

A aranha arranha a rã.                  Larga a tia, largatixa!
A rã arranha a aranha.                  Lagartixa, larga a tia!
Nem a aranha arranha a rã               Só no dia que sua tia
Nem a rã arranha a aranha.              chamar largatixa
                                        de lagartinha!
.


CINCO                                   BOTA NO BOTE

Cinco bicas, cinco pipas, cinco         Bote a bota no bote e tire o pote do
bombas.                                 bote.
Tira da boca da bica, bota na boca da
bomba.


PACA                                    LIGA

Quem a paca cara compra, paca           Se a liga me ligasse, eu também
cara pagará.                            ligava a liga.

.                                       Mas a liga não me liga, eu também
                                        não ligo a liga.



CACÁ                                    TIQUE -TAQUE

O que é que Cacá quer?                  Para ouvir o tique-taque,

Cacá quer caqui.                        tique-taque, tique-taque,

Qual caqui que Cacá quer?               depois que um tique toca

Cacá quer qualquer caqui.               é que se toca um taque




RATO                                    SOCÓ

Em rápido rapto,                        É muito socó

um rápido rato                          para um socó só coçar.

    raptou três ratos

sem deixar rastros.
ABC DO TRAVA-LÍNGUA
                                            (Elias José)



                          A                                          B
                    A Ana banana                              Um bode bravo
                     tão bacana                                é uma barra!
                   namora e gama                              E o bode berra
                    toda semana.                              e o bode baba
                 A semana que a Ana                              na barba.
                      não gama
                   vira um drama.
        .

                        C                                          D
                 A cara da Cora                              Aos domingos
                  quando cora                                seu Domingos
                   deixa claro                              deixa as dívidas,
                 que mais clara                             deixa as dúvidas
                  do que a cara                               e só diverte
                    da Cora                                    com dados
                    só a cara                                  e dominós.
                 da clara Clara.
    .

                        E                                          F
            Entrar com um elefante                      Flora do seu Floripes
             - mesmo elegante –                        fabrica flores fabulosas
                 num edifício                                e faz fortuna
               é fácil ou difícil?                        vendendo flores,
                Mas em esboço                             vendendo rosas.
                  um elefante                                   na feira
             – mesmo elefante –                           das sextas-feiras.
              cabe até em bolso.
.

                       G                                        H
              O gaiteiro Garibaldi                           O que há,
                 guarda a gaita                              O que há,
             e gargalha com graça                           com o agá
                 se vê a Graça                           que a gente sabe
                   engraçando                              e vê que há,
                  toda a praça.                         mas na hora de falar
.                                                       nem parece que há?
I                                J
      No início                         A jandaia
    do itinerário                     do seu Janjão
    um índio viu                   juntou com o juriti
         o rio                       do seu Jurandir
     e viu a Iara                 e comeram toda jacá
    e riu que riu,                       de jaca
   olhando a Lara                         que ia
   olhando o rio.                      pro Jundiaí.


           L                               M
      Lili e Lalá               Menino que muda muito
     lavam louça                 muda muito de repente,
      levam lixo              pois sempre que a gente muda
    e levam lenha,             o mundo muda com a gente
 sempre lado a lado.
e nesse lava-que-lava,
e nesse lava-que-leva
     levam a vida
e levam vida pra vila




           N                                 O
  Quanta gente grande                O prefeito moço
com onda de importante                 prometeu ovo
     e é só verniz,                      muito ovo
   pois não sabe nada                    pro povo
   do que de repente                 e quando ganhou
       anda rente                     o prefeito novo
      do seu nariz.                deu babana pro povo.




            P                               Q
      O padre Pedro                 O quero-quero quer
       pega o prato                     pro quati
     e papa que papa                O que o quati quer
 e quando o padre Pedro                   pra ti.
      papa, não pára
      nem pro Papa.
    E dizem que praga
     do Padre Pedro
       pega e prega
 Mas quem pega a praga
     do padre Pedro
    no prego e prega,
    a praga não pega.
                          .
R                       S
           O rato roeu           O sapo sabichão
            a rapadura            só sai do brejo
         e se arrependeu        e sobe em sapato
     e diz que só rapa agora   se a sucuri sai de si
         se for rapamole        e sonha com sopa
                 .                   de sapo.
.



                 T                       U
           Ao toparem          O urubu olhou fundo
       três tigres tagarelas      pro lado do tatu
             três tatus         e o tatu não aturou
     ficaram tão atarantados     e quebrou o pau:
        que tocaram terra      - Até tu, seu urubu,
          na própria toca      quer a pele do tatu?
                  .
.                                        .




                V                      X
    Vovô, de tanto vai-e-vem    O X do problema
       de tanto vem-e-vai,        pro bandido
    vai casar com uma viúva,      é fazer xixi
             uma uva,              na xícara
        no inverno que vai         do xerife.
      ou no verão que vem.

                .



                Z
        A Zazá se zanga
           com Zezé
          e fica zonza
           e faz zorra
          e zarazanga
        e vira zombaria.

                .
AVALIAÇÃO

A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de decisão
na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e apoio ao
educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como instrumento
que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos resultados alcançados
com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do planejamento de intervenções
posteriores.

Sugerimos a utilização do instrumento avaliativo apresentado na página a seguir, para
acompanhamento do desempenho dos seus alunos e replanejamento de suas ações.
Avaliação – Produção Textual
                                        Modalidade: Provérbios



                                            TÓPICOS DE REVISÃO                              Sim
  e adequação ao
Desenvolvimento

       tema




                   • O texto produzido corresponde ao tema proposto?
                   • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias?
                   • O texto apresenta clareza e coesão?



                   •   O texto caracteriza-se como um Provérbio quanto a linguagem?
Características




                       È escrito de forma sintética (frases curtas)
  do gênero




                   •
                   •   É descritivo?
                   •   Aborda assunto de cunho moral ou religioso?
                   •   É mesclado de bom senso e advertências oportunas?
                   •   Transmite uma carga moral crítica?


                       O texto foi escrito respeitando as linhas?
Estrutura




                   •
 Estética




                   •   A letra empregada é legível?
                   •   O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras?
                   •   O texto apresenta margem dos dois lados da página?


                   De uma forma geral o aluno:

                   •   Escreve convencionalmente as palavras?
Lingüística




                   •   Acentua adequadamente as palavras?
Estrutura




                   •   Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto?
                   •   Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente?
                   •   Emprega o vocabulário de maneira adequada?
                   •   Apresenta concordância nominal?
                   •   Apresenta concordância verbal?
Avaliação – Produção Textual
                                       Modalidade: Trava- língua


                                            TÓPICOS DE REVISÃO                               Sim
  e adequação ao
Desenvolvimento

       tema




                   • O texto produzido corresponde ao tema proposto?
                   • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias?
                   • O texto apresenta clareza e coesão?



                   • O texto caracteriza-se como um Trava-LÍngua quanto a linguagem (jogos
                   de palavras, onomatopéias, repetições)?
Características




                   • Está escrito em versos?
  do gênero




                   • Apresenta :
                   • Rimas?
                   • Ritmo?
                   • Sonoridade?
                   • Criatividade?


                       O texto foi escrito respeitando as linhas?
Estrutura




                   •
 Estética




                   •   A letra empregada é legível?
                   •   O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras?
                   •   O texto apresenta margem dos dois lados da página?


                    De uma forma geral o aluno:
                   • Escreve convencionalmente as palavras?
                   • Acentua adequadamente as palavras?
Lingüística
Estrutura




                   • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto?
                   • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente?
                   • Emprega o vocabulário de maneira adequada?
                   • Apresenta concordância nominal?
                   • Apresenta concordância verbal?
Avaliação – Produção Textual
                                        Modalidade: Parlendas


                                            TÓPICOS DE REVISÃO                            Sim
  e adequação ao
Desenvolvimento

       tema




                   • O texto produzido corresponde ao tema proposto?
                   • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias?
                   • O texto apresenta clareza e coesão?



                   • O texto caracteriza-se como uma Parlenda quanto à linguagem?
Características




                   • Está escrito em versos?
  do gênero




                   • Apresenta rima?
                   • Tem ritmo?
                   • Os versos estão relacionados a uma atividade de brincadeira ou
                   movimento corporal?
                   • Apresenta sonoridade?


                       O texto foi escrito respeitando as linhas?
Estrutura




                   •
 Estética




                   •   A letra empregada é legível?
                   •   O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras?
                   •   O texto apresenta margem dos dois lados da página?


                    De uma forma geral o aluno:
                   • Escreve convencionalmente as palavras?
                   • Acentua adequadamente as palavras?
Lingüística
Estrutura




                   • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto?
                   • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente?
                   • Emprega o vocabulário de maneira adequada?
                   • Apresenta concordância nominal?
                   • Apresenta concordância verbal?
Avaliação – Produção Textual
                                      Modalidades: Adivinhas e Charadas



                                                TÓPICOS DE REVISÃO                            Sim
 e adequação ao tema
Desenvolvimento




                       • O texto produzido corresponde ao tema proposto?
                       • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias?
                       • O texto apresenta clareza
                       • O texto apresenta coesão?



                       • O texto caracteriza-se como uma adivinha/ ou charada quanto a
Características




                       linguagem?
  do gênero




                       • Está escrito em versos/ ou prosa em forma de pergunta?
                       • Apresenta:
                       • Estrutura própria de adivinha/ou charada?
                       • Enigmas?
                       • Problema/ solução?



                           O texto foi escrito respeitando as linhas?
Estrutura




                       •
 Estética




                       •   A letra empregada é legível?
                       •   O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras?
                       •   O texto apresenta margem dos dois lados da página?


                        De uma forma geral o aluno:
                       • Escreve convencionalmente as palavras?
                       • Acentua adequadamente as palavras?
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                       • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto?
                       • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente?
                       • Emprega o vocabulário de maneira adequada?
                       • Apresenta concordância nominal?
                       • Apresenta concordância verbal?
REFERÊNCIAS



BARRETO, Vera. Confabulando. São Paulo: Vereda, 1996.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática, 5ª edição. São Paulo:
Ática, 1991.
JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Produtoras de Textos. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1996.
PIAGET, Jean. Linguagem e Pensamento da Criança. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
PORTILHO, Eponina.Vamos Ler e Escrever Bem.Rio de Janeiro: Conquista,1996.
REVISTA CIÊNCIAS HOJE PARA CRIANÇA nº. 27 (contracapa).
REVISTA NOVA ESCOLA, nº 68, Rio de Janeiro, 1986.
RIO, Maria José Del – Psicopedagogia da Língua Oral: um enfoque comunicativo. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1996.
TEBEROSKY, Ana e CARDOSO, Beatriz. Reflexões sobre o Ensino da Leitura e da
Escrita. São Paulo: Trajetória Cultural / UNICAMP, 1989.



SITES CONSULTADOS:

jangadabrasil.com.br/outubro/cn21000d.htm

www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=1

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Adivinhas populares para estimular o raciocínio

  • 1. APOIO À PRÁTICA PEDAGÓGICA ADIVINHAS,, CHARADAS,, PARLENDAS,, ADIVINHAS CHARADAS PARLENDAS PROVÉRBIOS E TRAVA – LÍNGUAS PROVÉRBIOS E TRAVA – LÍNGUAS EDUC.INFANTIL/CICLOS DE APRENDIZAGEM I e II / EJA
  • 2. Prefeito JOÃO HENRIQUE DE BARRADAS CARNEIRO Secretário Municipal da Educação e Cultura NEY JORGE CAMPELLO Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico ANA SUELI PINHO Equipe Técnica da Edição Original (1996) Coordenação da Elaboração dos Cadernos KADJA CRISTINA GRIMALDI GUEDES Consultoria MARIA ESTHER PACHECO SOUB Sistematização ANTÔNIA MARIA DE SOUZA RIBEIRO MARIA DE LOURDES NOVA BARBOZA ELISABETE REGINA DA SILVA MONTEIRO Reedição Atualizada (2007) MARIA DAS GRAÇAS CERQUEIRA LEONE Coordenação da reedição dos Cadernos MARIA DE LOURDES NOVA BARBOZA A reedição deste caderno atende aos objetivos da SMEC em dar suporte didático pedagógico às atividades de sala de aula. Esta publicação destina-se exclusivamente para o uso pedagógico nas escolas Municipais de Salvador, sendo vetada a sua comercialização. A reprodução total ou parcial deverá ser autorizada pela Secretaria da Educação e Cultura de Salvador.
  • 3. APRESENTAÇÃO É com muita satisfação que a Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico - CENAP – apresenta aos professores do Sistema Municipal de Ensino, a reedição atualizada dos Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica. Nascidos em 1996, de um trabalho de vanguarda que conectava a teoria à prática da sala de aula das escolas municipais, tais cadernos procuravam ser – e certamente ainda são – um instrumento estratégico da nossa luta diária para aumentar os índices de desempenho acadêmico dos alunos da Rede Municipal de Ensino de Salvador. Os Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica apresentam vários blocos de sugestões com diferentes tipologias textuais e algumas atividades voltadas para aquisição da base alfabética e ortográfica dos alunos, subsidiando os professores no seu saber-fazer pedagógico. Acreditamos que quanto mais investirmos na formação continuada,na prática reflexiva, na pesquisa de soluções originais, mais será possível uma progressiva redefinição do nosso ofício de professor, no sentido de uma maior profissionalização. Atualizamos e publicamos esses cadernos, apostando no potencial criativo dos professores ,tendo em vista o bem comum de todas as crianças,jovens e adultos que freqüentam as escolas municipais de Salvador. Sucesso professor, é o que lhe desejamos! Ana Sueli Pinho Coordenadora da CENAP
  • 4. ADIVINHAS E CHARADAS As Adivinhas e Charadas são textos curtos da literatura popular encontrados geralmente em forma de perguntas, versos e alguns em prosa. São enigmas verbais que foram passados pelos nossos antepassados de forma oral, geralmente aprendidos, inconscientemente, na infância. É também uma forma lúdica de adivinhações populares, na qual a enunciação da idéia ou fato é constituída de analogias e de personificações, ou seja, estão envolvidas em alegorias, a fim de dificultar a solução do problema. As Adivinhas e Charadas são tão velhas quanto à própria história, pois nas civilizações antigas os enigmas eram expressões do culto e da magia religiosa. Os deuses falavam de uma forma um tanto obscura e os homens tinham de interpretar suas palavras. Os decifradores granjeavam prêmios preciosos e reputação divina. Édipo, Salomão, Merlino e outros eram considerados possuidores da ciência divinatória das respostas e das questões difíceis. Antigamente, a decifração de enigmas era prova de inteligência, com o passar do tempo, a prática perdeu o sentido filosófico. Atualmente tais enigmas são encontrados na voz anônima do povo e, principalmente, na boca das crianças. Quando perguntamos quem sabe adivinhas e charadas e as tem guardadas na memória, encontramos sempre alguém que tem algumas lá no "fundo do baú" adormecidas. O folclore brasileiro é rico em adivinhas, charadas, e nas cidades do interior elas são usadas como um interessante passatempo por homens, mulheres e crianças. Ao longo do tempo os próprios homens foram formando suas adivinhas e charadas. As ADIVINHAS podem ser classificadas em:
  • 5. COMUNS Exemplos: • Por que o galo quando canta fecha os olhos? R- Porque sabe a música de cor. • Qual a cabeça que não tem medo de pancada? R - cabeça do prego. RELIGIOSAS Exemplo: • O que é que o rei vê uma vez, o homem toda vez e Deus nenhuma vez? R - O seu semelhante. MALICIOSAS ou de GOGA - muitas vezes parecem ser fortes, devido à sua enunciação, mas são completamente inocentes. Exemplo: • O que é que o homem tem atrás e a mulher tem na frente? R - A letra M. As CHARADAS são expressas em trovas ou não e os adultos e crianças gostam de se divertir “matando” charadas. As CHARADAS mais conhecidas são as Adicionadas, antigamente conhecidas como Novíssimas. Para cada tipo de charada existe um método especial para desvendar a palavra secreta. As charadas também podem ser dos tipos: sintéticas, intercaladas, aforéticas, apocopadas etc. Neste caderno apresentamos apenas as charadas adicionadas. A solução das charadas adicionadas é formada por dois ou mais sinônimos que somados em seqüência resultam na solução da charada. Os algarismos indicam quantas sílabas tem as palavras sinônimas que deverão ser utilizadas para formar a palavra/ solução da charada. As palavras em negrito indicam as que deverão ser substituídas por sinônimos. Exemplo: Ama de leite ali , é projétil. 1+1 Resp: ba + lá = bala
  • 6. OBJETIVOS DO TRABALHO COM ADIVINHAS E CHARADAS • Reconhecer as características desses tipos de textos. • Desenvolver o raciocínio lógico. • Favorecer a aquisição da base alfabética. • Aumentar o volume de escrita • Valorizar e apreciar a cultura popular. • Criar adivinhas e charadas. • Desenvolver o espírito criativo e crítico. • Divertir e integrar o grupo de alunos CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS As adivinhas e charadas divertem e provocam curiosidade, valorizam a leitura como fonte de prazer e entretenimento criando um clima de suspense que os alunos gostam de decifrar e possibilita o desenvolvimento da expressão oral. Segundo Augusto César Pires de Lima “Os enigmas têm para nós interesse etnográfico, exercendo papel educativo, constituindo-se num bom entretenimento”, da literatura popular atual. As atividades de adivinhações possibilitam a aprendizagem da língua escrita de forma lúdica e prazerosa por serem textos curtos e de fácil memorização, ajudando os alunos a pensarem e a se concentrar na forma convencional da escrita das palavras. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Ao trabalhar com Adivinhas e Charadas o professor deverá fazer a : • Seleção de algumas adivinhas / charadas para a aula ; • Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre elas; • Confecção de tirinhas de papel com trechos das adivinhas / charadas; • Realização de rodas de adivinhas / charadas ( para as crianças adivinharem);
  • 7. Construção de gráficos, a partir do trabalho realizado com adivinhas/charadas, proporcionando contagem e construções de situações-problema); • Exploração de leitura das adivinhas / charadas de várias formas ( oral ,individual, em grupo; • Realização de bingo com as respostas das adivinhas / charadas; • Solicitação de cópias significativas das adivinhas / charadas; • Aplicação de ditados variados; • Realização de lacunados; • Criação de adivinhas / charadas; • Realização de torneios e competições de charadas / adivinhas. • Investigação junto à comunidade, sobre adivinhas / charadas • Organização do Livro de Adivinhas / Charadas • Realização de Torneio de Adivinhas / Charadas com a participação da comunidade
  • 8. ADIVINHAS O que é, o que é ... Por que é que o boi sobe o morro?R - Porque não pode passar por baixo. Tem casa mas não mora em cima? R – Botão. Tem cabeça, tem dente, tem barba, não é bicho e não é gente? R- Alho. Tem boca, tem língua mas não fala? R - Boca do sapato. Cai em pé e corre deitado? R – Chuva. Tem chapéu, mas não tem cabeça. Tem boca, mas não fala. Tem asa mas não voa.Tem bico, mas não belisca? R-Bule. O que é, o que é que está o meio do ovo? R - A letra V. O que é que falta numa casa para formar um casal? R - A letra L. Quem é que foge sempre quando se fala em dinheiro? R - O devedor. Quem é que nasce no rio, vive no rio e morre no rio mas não está sempre molhado? R- O carioca. O que o que corre em volta do pasto inteiro sem se mexer? R - A cerca. O que é que e enche a casa mas não enche a mão? R – Botão Qual a formíguínha que sem a primeira sílaba vira fruta ? R - Saúva. Qual a diferença entre a mulher e o leão? R - A mulher usa batom e o leão ruge. O que é que é que nunca volta, embora nunca tenha ido ? R – O passado. O que é que é que sempre se conta e raramente se desconta? R - Idade. O que é que é que não é de carne, nem de osso, mas enche de carne viva para aguentar espetadelas ? R - Dedal. Quais as capitais brasileiras mais faladas no mês de dezembro ?R - Natal, Belém, Salvador. O que é,o que é que quando é escrita com O costuma matar, escrita com A só serve para amarrar? R - Tir o / T i r a. O que é o que é que o ferreiro faz, o cavalo usa, no jardim é flor, na comida é tempero, mas no rosto é marca ? R - Cravo. O que é que pode passar diante do sol sem fazer sombra? R- O vento Onde se encontra o centro de gravidade? R - Na letra l . Soletre ratoeira com quatro letras? R – Gato. O que é que quando se perde jamais se conseguirá encontrar de novo?R - O Tempo. Tenho músculos de aço, passo o ano falando com metade da população do mundo? R - Linha Telefônica.
  • 9. O que que as m ul her e s não têm e não querem ter? Os homens querem ter, mas quando têm tratam geralmente de desfazer-se dela?R – Barba. O que é o que é cinco operários só tem um chapéu?R - Dedos – dedal. O que é preciso para pagar uma vela? R - Que ela esteja acesa. Quem é tão forte que pode parar um automóvel com uma mão só? R - Guarda de Trânsito. Qual é o homem que tem de fazer mais de três barbas por dia? R - O barbeiro. O que é que não tem pernas mas sempre anda? R – Sapato. O que é o que é que dá sem nada ter? R - Relógio. O que é que quanto mais quente, mais fresco ? R-Pão. O que é que não está dentro da casa, nem fora da casa mas a casa não estaria completa sem ela? R – Janela. Qual o bebê que nasce com bigode? R -Gatinho O que é que tem uma porção de dentes, mas não tem boca?R - O serrote. Como é que se retira uma pessoa que cai num poço? R- Completamente molhada. O que acaba tudo com três letras? R- F i m . Onde será que você, mesmo sem ser um banqueiro, mesmo sem ser milionário, pode sempre achar dinheiro? R- Dicionário. O que é que tem centro, mas não tem começo nem fim? R– Círculo. Qual o policial que mais gosta do seu trabalho? R - O policial de transito. E le fica assobiando enquanto trabalha. Doença que ataca motoristas de táxis? R - Taxicardia Um estado quesonha ser carro? R – Ser gipe Doença que ataca policiais? R –Prisão de ventre O vento não leva, o sol não queima e a chuva não molha? R – A sombra Qual a doença do fabricante de malas? R - Malária O jardineiro tem no rosto? R - Cravos Escreve como lápis, tem ponta de lápis e não é lápis? R – A lapiseira O burro faz todos os dias ao meio dia? R - Sombra Você tem um, todos tem dois e eu não tenho nenhum? R – A letra O Pelado por fora e peludo por dentro? R – O nariz Pontinho azul ao sul do mapa do Brasil? R - Blumenau Se diz uma vez num minuto e duas vezes num momento? R- A letra M Capital de Estado brasileira mais segura de se viver? R – Fortaleza
  • 10. ADIVINHAS EM VERSOS O que é, o que é mesmo ? Quero ver se vai saber, Que está bem na sua frente, Mas você não pode ver? . R - O FUTURO O que será, o que será ? Que me preocupa tanto ... Viaja por todo o mundo Mas fica sempre em seu canto ? R - SELO. Todo mundo precisa, Todo mundo pede, Todo mundo dá, Mas ninguém segue ? R - CONSELHO. O que está fora você joga fora. Cozinha o que está dentro E come o que está fora Depois o que está dentro você joga fora R - ESPIGA DE MILHO. Responda se for capaz, Sem ficar atrapalhado: Nosso Rei Pedro Segundo, Onde é que foi coroado ? R - NA CABEÇA.
  • 11. CHARADAS ADICIONADAS Caminho, no lugar da briga de galos, e vejo um pássaro. 2+2 Resp : ando + rinha = andorinha Goste, da sigla do estado da Bahia, porque provoca desinteria. 2+2 Resp : ame + ba = ameba Naquele lugar, procure a ferramenta. 2+2 Resp : ali + cate = alicate A primeira vogal com o ser vivo embrionário, é amizade. 1 +2 Resp : a + feto = afeto A primeira vogal com sabor, é o 8° mês do ano. 1+2 Resp: a + gosto = agosto O altar de sacrifícios com a fruta de pigarro, é a capital de Sergipe. 2+2 Resp : ara + caju = Aracaju A carta de jogar é ruim. 1+1 Resp : as + ma = asma Aqui, filha do filho serve para escrever. 1+2 Resp :ca + neta = caneta Aqui , rebanho é bicho lerdo. 1+2 Resp : ca + gado = cágado Aqui, confiança é bebida de infusão. 1+1 Resp: ca + fé = café O rosto e a mulher formam nome de arma de fogo. 2+2 Resp: cara + Bina = carabina
  • 12. Na atmosfera, o alimento diário é instrumento de pesca. 1+ 1 Resp: ar + pão = arpão Com a 1ª vogal ,oceano é querer bem. 1+1 Resp : a + mar = amar Na atmosfera, sofrimento é entusiasmo. 1+ 1 Resp : ar + dor = ardor A governanta com ferramenta de cabo é estado brasileiro do norte. 2+1 Resp : ama + pá = Amapá Ama de leite com planta doce é excelente. 1+2 Resp: ba + cana = bacana Com a sigla do estado da Bahia, a bacia é vestuário de padre. 1+2 Resp : ba + tina = batina Duas vezes, o pronome graceja do instrumento cirúrgico. 1+1+1 Resp : bis + tu – ri = bisturi Aqui, muito próximo um necessitado. 1+2 Resp : ca + rente = carente A planta doce oferece o nome de um país desenvolvido. 2+1 Resp: cana + dá = Canadá 21. Rosto feito de cera, é embarcação a vela. 2+2 Resp : cara + vela = caravela Na cabeça do galo o homem é transparente. 2+2 Resp : crista + Lino = cristalino Aqui, pó é jogo e luta na Bahia. 1+3 Resp : ca + poeira = capoeira
  • 13. Aqui, pincel grosso e largo é mulato das boas. 1+2 Resp : ca + brocha = cabrocha Um resto de vela avistava o pássaro. 2+2 Resp : coto + via = cotovia Dentro do ovo, a refeição, serve para dar luz ao edifício. 2+2 Resp: clara + bóia = clarabóia Aqui, mentira, é diabo 1+2 Resp: ca + peta = capeta A primeira vogal dirige a ave. 1+2 Resp : a + guia = águia Aqui , abalo moral , é bebida forte. 1+2 Resp : ca + chaça = cachaça O animal de mama oferece a doméstica. 2+1 Resp: cria + dá = criada
  • 14. PARLENDAS As Parlendas são formas literárias tradicionais, de origem popular, em forma de versos de cinco ou seis sílabas, com caráter infantil, de ritmo fácil, declamado em forma de texto verbal estabelecendo-se como base na acentuação para entender. Embora exista a expressão “cantar parlendas”, ela é expressa em forma recitada. A brincadeira de Parlendas consiste em juntar as palavras com ritmo e rimando, podendo ser falada em grupo, solo ou diálogo. Distingue-se dos demais versos pela atividade que a acompanha, na brincadeira ou movimento corporal. A finalidade é entreter crianças, jovens e adultos, passar o tempo ensinando-lhes algo. Qualquer um pode criar uma Parlenda. Nas cidades do interior, é comum pais brincarem com seus filhos, ensinando-lhes parlendas, brincadeiras etc. Como variam bastante, algumas pessoas podem conhecê-las de modos diferentes. É um enunciado lúdico-pedagógico, que diverte, ensina, a sua forma ritmo-sonoro-motora, desenvolve as condições psicosociais do homem. São ditos, rimas sem música, destinados a ensinar alguma coisa, divertir e criticar outra pessoa, isto é, palavreados folclóricos antigos, passados de geração a geração oralmente. Segundo Luis da Câmera Cascudo as Parlendas estão classificadas em: • Brincos - são os primeiros e ingênuos mimos infantis, agrados carinhosos que os pais, babás usam (ditas ou recitadas) para entreter ou aquietar as crianças.
  • 15. Exemplo: Marra-marra, Carneirinho, Marra-marra, Carneirinho. Mão-mole, Mão-mole, Quem sorri há de apanhar Pega a mão da criança, balança até sorrir, aí bate de leve numa parte do corpo da criança. As Parlendas variam de povo a povo, de região a região, porém são idênticas na sua essência e idéia formadora não perde a “fonte comum e longínqua” conforme afirma João Ribeiro. Como a fórmula do Dedo Mindinho que é comentada nos livros há aproximadamente três séculos e que continuam alegrando crianças brasileiras, espanholas, portuguesas, francesas, viajando de forma ruidosa e anônima no tempo... Mnemônicas - são todas ditas ou recitadas pelas crianças para enganar e principalmente com a finalidade de memorizar nomes, números e outros conteúdos. Não se altera, é usada em áreas diversas com simplicidade para ensinar a contar, a brincar, a marchar, é muito útil na educação. Exemplo : Um, dois, feijão com arroz, Três, quatro, feijão no prato, Cinco, seis, feijão pra três, Sete, oito, feijão com biscoito, Nove, dez, feijão com pastéis.
  • 16. Parlendas propriamente ditas - são brincadeiras iniciadas, desenvolvidas e organizadas pelas próprias crianças sem a interferência dos adultos (pais, babás como os brincos). As crianças se organizam com base no princípio disciplinar da própria brincadeira que incentiva o sentido democrático de aceitar o que for determinado pela Parlenda e assim o grupo que deseja participar da brincadeira, vai seguindo e obedecendo as regras, aguardando a sua vez e fazendo o que se pede, como por exemplo : Quem começa? Repetem palavra por palavra, como terminar a brincadeira etc. Tudo que eu disser, o Sr. diga a última palavra e acrescente “de sete facadas” e começam: - Eu ia por um caminho ... - Caminho de sete facadas... - Encontrei uma vaca ... - Vaca de sete facadas... - Encontrei um morro... - Morro de sete facadas! Brincar com os botões do casaco, túnica ou vestido. A palavra que coincidir com o último botão acontecerá ao seu dono. Ex: Casa. Não casa, Casa, Não casa, Casa. É importante utilizar Parlendas em atividades variadas de leitura, expressão oral e escrita por ser um texto de fácil domínio oral, suas palavras são agrupadas com ritmo e sonoridade possibilitando a integração da língua com brincadeiras, facilitando assim a aquisição de habilidades de leitura e proporcionar a ampliação do volume de escrita.
  • 17. OBJETIVOS • Conhecer o texto parlenda; • Adquirir progressivamente a base alfabética; • Valorizar a cultura popular. • Apreciar os recursos poéticos das parlendas. • Expressar-se oralmente com clareza e desinibição. • Divertir-se brincando com as parlendas CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS Segundo Ana Teberosky, a simples exposição do aluno ao ambiente ou contexto alfabetizador não garante a aquisição de habilidades de leitura e escrita. Eles aprendem a linguagem escrita através do contato social direto, interagindo com o objeto de estudo e da observação a outros leitores e escritores. O professor é referência, modelo de atividades de ler e escrever para os alunos. Portanto, cabe ao professor : • oportunizar aos alunos o convívio diverso e intenso em situações de leitura e escrita, a fim de aumentar o letramento e facilitar assim o processo da alfabetização dos alunos; • ser parceiro dos alunos encorajando-os a falar e escrever as suas idéias (desejos, tristezas, alegrias) para conhecer o nível conceitual, leitura de mundo e suas dificuldades, intervindo adequadamente, quando necessário, fazendo eles avançarem; • revisar as atividades coletivamente, com a participação ativa dos alunos, porque o conhecimento e o domínio da linguagem oral e escrita se dão junto com a representação e reflexão sobre a realidade (leitura e escrita de textos, exercícios...) e desta forma possibilitar-se-á a conscientização dos seus “erros” (hipóteses). • realizar atividades de rotina onde o aluno possa estar produzindo e utilizando o alfabeto móvel refletindo sobre suas hipóteses de escrita e leitura;
  • 18. trabalhar uma Parlenda aproximadamente uma semana expondo-a num cartaz em sala de aula; • realizar rotina de leituras diárias e variadas da Parlenda: leitura pelo professor, leitura compartilhada (professor e aluno), leitura coletiva (vinculada ao prazer, a descontração), leitura virtual pelos alunos (pseudo-leitura), leitura dirigida (o aluno utiliza seus conhecimentos de escrita para localizar e ler palavras desconhecidas), leitura individual...; • trabalhar a “consciência fonológica” retirando da Parlenda sons de letras, sílabas, rimas de algumas palavras; • organizar situações didáticas de escrita como escrita coletiva das Parlendas conhecidas, títulos das parlendas, favorecer a reflexão dos alunos sobre a escrita deles fazendo comparações entre início e fim de palavras; • propor atividades como: lacunado (abrir lacunados no texto para escrever palavras que faltam na Parlenda),caça-letra e caça-palavra (circular letras e palavras na Parlenda), ordenação de tirinhas (recortar cada verso da Parlenda e reordená-los colando numa folha de papel) e cruzadinhas com palavras e figuras da Parlenda; • pesquisar Parlendas em fontes variadas e produzir “cartaz sanfonado” de Parlendas, expor e apresentá-las associadas a gestos e brincadeiras ao público.
  • 19. PARLENDAS Um, dois, feijão com arroz, Rei, capitão Três, quatro, feijão no prato, Soldado, ladrão Cinco, seis, feijão inglês, Moça bonita Sete, oito, comer biscoitos, Do meu coração. Nove, dez, comer pastéis. Uni duni tê Luar, luar Salame minguê Pega esse menino Um sorvete colorê E me ajuda a criar O escolhido foi você Hoje é domingo Pinta lainha Pé de cachimbo De cana vitinha Cachimbo é de barro Entrou na barra de vinte e cinco Dá no jarro Mingorra, mingorra O jarro é fino dá no sino E cate forra tire essa mão O sino é de ouro dá no touro que já está forra. O touro é valente dá na gente . A gente é fraco Cai no buraco O buraco é fundo acabou-se o mundo. Boca de forno Mourão, mourão Forno Tome teu dente podre Tira um bolo Dá cá meu são. Bolo . Se o mestre mandar? Faremos todos! . Quem cochicha Santa Clara, clareou O rabo espicha São Domingo alumiou Come pão Vai chuva, vem sol Com lagartixa. Vai chuva, vem sol . Pra enxugar o meu lençol. . . Sol e chuva São Lunguim, São Lunguim Casamento da viúva. Me ache este .... Chuva e sol Que eu dou três pulim. Casa raposa com rouxinol .
  • 20. Cadê o toucinho Trabalha, trabalha que estava aqui? João Gomes O gato comeu. Se não trabalhas Cadê o gato? Não comes. Foi pro mato. Cadê o mato? O fogo queimou. Rabo cortou, Cadê o fogo? emendou, saiu A água apagou. se não sair Cadê a água? vou dar foguinho. O boi bebeu. A galinha do vizinho Cadê o boi? Bota ovo amarelinho Foi carregar trigo. Bota um, bota dois, Cadê o trigo? Bota três, bota quatro, A galinha espalhou. Bota cinco, bota seis, Cadê a galinha? Bota sete, bota oito Foi botar ovo. Bota nove, bota dez. Cadê o ovo? O frade bebeu. Cadê o frade? Ta no convento. Lá atrás da minha casa Chicotinho queimado Tem uma vaca chocadeira Vale dois cruzados Quem rir ou falar primeiro Quem olhar pra trás Come o bicho e a bicheira. Leva chicotada. Cabra cega de onde veio? Batatinha frita Vim do Pando Um,dois,três Que trouxes pra mim? Estátua! Pão -de –ló Me dá um pedacinho? Não dá pra mim Quanto mais pra tua avó. Uma, duna, Galinha gorda! Tena, catena, Gorda ! Saco de pena Cadê o sal? Vila,vilão, Está na panela! Conta direito Vamos a ela? que doze são Vamos! Pra cima ou pra baixo?
  • 21. Lê com lê Ordem, Tré com tré Em seu lugar Um sapato em cada pé! Sem rir,sem falar Com um pé Com o outro Com uma mão Papai do céu Com a outra Mandou dizer Bate palmas Quem vai ser o primeiro Pirueta É este daqui. Traz pra frente Pancada. Lá vai a bola Um, dois, três Girar na roda Quatro, cinco, seis, Passar adiante, Sete, oito, nove sem demora, Para doze faltam três. pois se ao fim desta canção você estiver com a bola na mão depressa, pule fora. O macaco foi à feira Cruz de pau Não teve o que comprar Cruz de ferro Comprou uma cadeira Quem olhar Pra a comadre se sentar. Vai pro inferno. A comadre se sentou a cadeira esborrachou Coitada da comadre Foi parar no corredor. Uni pandi Dedo mindinho Cirandi Seô vizinho Deu picoti Maior de todos Deu pandi Fura bolo Picote Mata piolho Picotá É de pi San vá. Jãozinho Bão ba la lão é um bom guiador Senhor capitão quando falta gasolina Espada na cinta faz xixi no motor. Ginete na mão.
  • 22. A baratinha Beterraba, raba raba Voou, voou, Quem errar é uma diaba. Chegou na boca de Borboleta leta leta Maria Quem errar é um capeta. Parou. Na minha não Na de ..... . Ô dô tê cá A bênção dindinha lua Lê pepino lê tomá me dê pão com farinha Lê café com chocolá pra dar a minha galinha Ô dô tê cá. que ta presa na cozinha . xô,xô galinha vai pra tua camarinha. Bata palminha,bate Palminha de São Tomé R are ri ro rua Bate palminha,bate Perua Pra quando papai vier. Saia do meio da rua. Papai dará papinha Na bundinha da menina. Mamãe dará maminha, Vové dará cipó Na bundinha da menina. Lá em cima do piano Tem um copo de veneno Quem bebeu morreu Quem saiu fui eu.
  • 23. PROVÉRBIOS Provérbios são textos curtos, mesclados de bom senso e advertências oportunas, ou seja, frases curtas, concisas, geralmente ricas de imagens, que transmitem uma verdade. Os provérbios são elementos notáveis em todas as línguas nas idéias que veiculam, como na originalidade da construção sintática e na articulação entre a forma e o conteúdo. A sua origem é atribuída à sabedoria popular, faz parte do folclore dos povos, assim como as lendas, os mitos, as superstições e as canções, traduzem conhecimentos e crenças. Nascido no seio do povo, reflete usos e costumes de uma nação, incorporando-se no folclore nacional. Os provérbios são enunciados anônimos, com exceção dos provérbios bíblicos encontrados no Livro dos Provérbios (Antigo Testamento) que são atribuídos ao Rei Salomão. Ele escreveu centenas de exemplos práticos de como viver de acordo com a sabedoria divina. No Livro de Provérbios são abordados vários assuntos como: juventude e disciplina, vida familiar, riqueza e pobreza, palavra e a língua, a importância de conhecer Deus, etc. Manifestação do passado enraizado no presente, os Provérbios fazem parte da cultura eminentemente oral, transmitida de geração a geração, de boca em boca, fruto da experiência cotidiana individual ou grupal, de quem vivenciou determinadas verdades. Os Provérbios são utilizados em textos como: conversações diárias, editoriais de jornais; sermões, slogans, inscrições, edificações, como estratégias para tentar persuadir as pessoas. A qualidade de encaixe, dá ao provérbio um sentido de força, de poder, de autoridade, quase que irrefutável, pelo fato de embuti-lo num cenário dramático preexistente. CARACTERÍSTICAS DOS PROVÉRBIOS Conteúdo - são portadores de uma carga moral crítica ou vinculativa - ditos, lembranças, advertências e sábios conselhos para ajudar a governar as nossas vidas (lições de vida); Forma - distinguem-se pela elaboração trabalhada, artificiosa (repetição, paralelismo, dialogismo);
  • 24. Autoria - são anônimos com exceção dos provérbios bíblicos; Estrutura literária - são descritivos, prosódicos, poéticos (que podem rimar ou não); Validade - é universal, sem distinção de lugar e tempo. OBJETIVOS PARA O TRABALHO COM PROVÉRBIOS • “Ler” antes de ler convencional; • Apropriar-se da base alfabética, • Aumentar o volume de escrita; • Ler para inferir e compreender o que está não está explícito; • Estabelecer vínculo prazeroso entre leitura e escrita; • Descobrir a sabedoria prática desses textos, para o viver cotidiano; • Desenvolver a análise e compreensão desse tipo de texto; • Valorizar a cultura popular; • CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS Para os alunos que não lêem e escrevem convencionalmente, as atividades de leitura e escrita com esses textos de tradição oral ( os alunos sabem de memória), favorecem avanços nas hipóteses deles a respeito da língua escrita. Provenientes da experiência popular, do senso comum, esses textos lidam com os interesses primários do homem, como: o amor e a luta; a saúde e a doença; a juventude e a velhice; a fome e o alimento; o trabalho e a brincadeira. Seu efeito é elevar uma afirmação de um nível ordinário, simplório, para um nível enfático, para ensinar, elogiar, persuadir, convencer, para prevenir, advertir, restringir ou desencorajar atitudes. O Provérbio é geralmente metafórico, possui duplo significado, uma leitura literal e outra figurada. O professor deve trabalhar esse tipo de texto em sala de aula, porque são veículos para comunicação pessoal e muito importante para levar o aluno à reflexão, ou seja, pessoas de maior maturidade, podem utilizá-lo para aconselhar e estabelecer um vínculo de respeito com uma pessoa que está, naquele momento, aprendendo conteúdos atitudinais(de pais para filhos, de professor para aluno).
  • 25. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS • Leitura diária para seus alunos, afim de que tenham contato freqüente com esses textos e possam conhecê-los melhor; • Realização de leitura compartilhada (professor e alunos) em momentos de rotina para que os alunos conheçam e possam inferir e antecipar significados durante a leitura; • Realização de leitura coletiva (ler, recitar e brincar com os textos), vinculada à descontração e ao prazer, o texto deve ser fixado em forma de cartaz num local visível ou escrito no quadro de giz; • Realização de leitura dirigida para que os alunos possam utilizar seus conhecimentos de escrita a fim de localizar e ler palavras desconhecidas em textos conhecidos por eles; • Realização de leitura pelos alunos de textos conhecidos para destacar, recitar a parte que mais gostou; • Investigação / pesquisa de outros provérbios nos livros, com a família ou comunidade; • Realização de rodas de conversas para que os alunos compartilhem brincadeiras e idéias entre si e o professor conheça as preferências e dificuldades deles; • Realização de atividade escrita individual -criar rotina de escrita de textos que os alunos têm na memória para que registrem suas hipóteses; • Reflexão sobre a escrita - propor comparações entre palavras que começam ou terminam da mesma forma (partes de palavras, letras ou silabas).
  • 26. PROVÉRBIOS • Casa dos pais, escola dos filhos. • Quem dá aos pobres, empresta a Deus. • Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro. • Cada cabeça, uma sentença. • Longe dos olhos, perto do coração. • O que os olhos não vêem, o coração não padece. • Quem foi rei nunca perde a majestade. • As roupas não fazem o homem. • Depois da tempestade vem a bonança. • Nunca deixes para amanhã o que podes fazer hoje. • Um cão danado todos a ele. • Nunca é tarde para aprender. • Cachorro velho não aprende novos truques • Boi velho não toma andadura. • Quem cedo madruga acha o que comer. • Deus ajuda a quem madruga. • Não é por muito madrugar que amanhece mais cedo. • Ruim com ele, pior sem ele. • Antes só, do que mal acompanhado. • Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. • A água silenciosa é a mais perigosa. • A águia não se entretém caçando moscas. • Cão que ladra, não morde. • Com um só golpe, não se derruba uma árvore. • Em boca fechada não entra mosca. • Em cavalo dado não se olham os dentes. • Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. • Quem com ferro fere, com ferro será ferido. • Não se faz omeletes, sem quebrar ovos. • Nem tudo que reluz é ouro.
  • 27. O fruto proibido é o mais saboroso. • O lobo perde o pêlo, mas não perde o vício. • Pelos frutos conhece-se a semente • A árvore se conhece pelos frutos. • Aprender sem pensar é inútil; pensar sem aprender, é perigoso. • Chifre de argola não pega mandinga. • Chuva e sol, casamento de espanhol. • Sol e chuva, casamento de viúva. • A ocasião faz o ladrão. • A paixão cega à razão. • Alho e pimenta, o fastio ausenta. • Cada qual com seu igual. • Comer e coçar estão no começar. • Crie fama e deita-te na cama. • De médico e louco todos temos um pouco. • Quem vai ao ar, perde o lugar. • Quem vai ao vento, perde o assento. • Em pé de pobre, todo sapato serve. • Quem puxa aos seus não degenera. • A aranha vive do que tece. • Abelha atarefada não tem tempo pra tristezas. • Macaco velho não bota a mão em cumbuca. • Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha. • Saco vazio não pára em pé. • Vassoura nova sempre varre bem a casa. • Não se chora pelo leite derramado. • Nunca falta um chinelo velho para um pé cansado. • Por causa de uma esporada, perde-se uma vaquejada. • Quem tem boca, vai a Roma. • Devagar se vai ao longe. • Quem tudo quer, tudo perde. • Em casa onde não há pão, todo mundo grita sem razão.
  • 28. Os olhos do dono é que engordam o porco. • Ao rico não deva, ao pobre não prometa. • O pior cego é o que não quer ver. • Quando o amigo é certo, um olho fechado e outro aberto • Queira bem de graça, que por dinheiro é chalaça. • De raminho em raminho o passarinho faz seu ninho. • De grão em grão a galinha enche o papo. • Favor recebido, favor esquecido. • Filho extremoso, pai venturoso. • Filhos criados, trabalhos dobrados. • Na boca do mentiroso, o certo se faz duvidoso. • Pai impertinente, filho desobediente. • Pai rico, filho nobre, neto pobre. • Pecado confessado está meio perdoado. • Quem faz uma vez, faz duas, faz três. • Quem não arrisca, não petisca. • Água fria não escalda pirão. • Agulha sem fundo não arrasta linha. • Dor de barriga não dá uma só vez. • Cada macaco no seu galho. • Pé de galinha não mata pinto • À noite, todos os gatos são pardos • Quem semeia vento, colhe tempestade. • Quem semeia amor, colhe saudade. • Um inimigo prudente é preferível a um amigo indiscreto. • Pedra que rola não cria limo. • É melhor prevenir do que remediar. • Pense bem antes de agir. • Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. • Filho de peixe, peixinho é. • Gato escaldado tem medo de água fria. • Quem não se enfeita por si só se enjeita.
  • 29. Um dia é da caça, outro do caçador. • Mais vale um pássaro na mão que dois voando • Come-se para viver; não se vive para comer. • Ame o seu vizinho, mas não derrube a sua cerca. • Quando evitamos as ocasiões, removemos as tentações. • Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. • Quando não se tem o que ser quer, é preciso querer-se o que se tem. • Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo. • O diabo tem uma capa que encobre e outra que descobre. • A verdade é como o azeite, sempre vem à tona. • Poupa o seu vintém, que um dia você será alguém. • A mão que dá o pão,dá o castigo. • O amanhã, a Deus pertence. • Cada cabeça uma sentença. • Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço • Ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão. • Manda quem pode, obedece quem tem juízo. • Quem não tem competência, não se estabelece. • Respeito é bom e eu gosto. • Quem tem telhado de vidro, não joga pedra no do vizinho. • Mulher doente, mulher pra sempre. • Quem muito dorme, pouco vê. • Cada macaco em seu galho. • A ocasião faz o ladrão.
  • 30. ALGUNS PROVÉRBIOS BÍBLICOS • Filho meu não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus mandamentos (Pv. 3:1). • Não sejam sábios aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal (Pv. 3:7). • Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão; • Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem (Pv. 3:11-12). • Não maquines o mal contra o teu próximo que habita contigo confiadamente (Pv.3:29). • Ouvir, filhos, a instrução do pai e estais atentos para conhecerdes o entendimento (Pv. 4:1). • Não abandones a sabedoria e ela te guardará ama-a, e ela te preservará (Pv.4:6). • Apega-te á instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é tua vida (Pv.4:13). • Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus (Pv.4:14). • Guarda com toda a diligência o teu coração porque dele procedem às fontes da vida (Pv. 4:23).
  • 31. TRAVA-LÍNGUAS Trava-Língua é um texto de origem popular, possui linguagem simples, é rico em ludismo, sonoridade e semântica, ou seja, formado de jogos de palavras onomatopéias, repetições, e rimas que muito agradam adultos e crianças. Os trava-línguas brincam com o som, a forma e o significado das palavras da língua culta. A sonoridade, a cadência e os ritmos dessas composições encantam os alunos levando-os a exercitarem a linguagem oral, através do maior desafio que é recitar sem tropeçar na pronúncia das palavras, sem errar e vão perceber que a rapidez diminui a chance de não concluir o trava-língua. O professor ao trabalhar com os trava - línguas deve utilizar modelos que ele mesmo aprecie, para provocar nos alunos o gosto pelos textos e trazer a tradição oral de suas famílias e da sua comunidade, contando às histórias que povoam suas memórias, oferecendo assim ricas possibilidades de trabalho com a linguagem oral, buscando desta forma caminhos para a construção da escrita da base alfabética. Os alunos são criativos, quando são trabalhados com entusiasmo, seriedade, afeto e responderão de maneira positiva, como por exemplo estarão lendo e produzindo trava-línguas sendo verdadeiros leitores e escritores de sua língua materna. E você professor sentirá que sua sala de aula é um campo de descoberta, da invenção e da fantasia. Os trava-línguas fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore, como as lendas, os acalantos, as parlendas, as adivinhas e os contos. Esses textos podem ser um bom recurso para trabalhar a leitura oral. Os trava-línguas podem ainda ser escritos para criar uma coletânea de elementos do folclore e pesquisadas em diferentes fontes: livros, sites na internet ou revistas de passatempos. É também um bom recurso para trabalhar a leitura oral. É importante que se ofereça aos alunos uma variedade de elementos que fazem parte da nossa língua para que eles percebam que a escrita se constitui de diferentes formas e que cada uma tem um uso e uma organização diferenciada, dependendo do que se quer expressar.
  • 32. Para alguns autores como Amadeu e Alcides Bezerra, e Veríssimo de Melo o Trava-língua é uma divisão da Parlenda. Cecília Meireles preferiu chamá-las “Parlendas com Obstáculos” e para Rodrigues de Carvalho são “Problemas para desenferrujar a língua”. Trabalhar os trava-línguas com crianças das séries iniciais é tarefa muito gratificante, que traz ao professor surpresas agradáveis, isto porque a criança pequena é muito criativa e responderá de forma positiva, produzindo trava-línguas que não serão certamente,obras de arte, assim como não são os desenhos e pinturas que ela produz, mas serão gratificantes tanto para o aluno que descobre possibilidades de criar,como para o professor que se sentirá feliz ao perceber que transformou sua sala de aula em campo de descoberta,de invenção de fantasia. OBJETIVOS - Desenvolver a linguagem oral possibilitando a reflexão sobre a escrita; - Apropriar-se da base alfabética, ampliando o volume de escrita; - Conhecer as variedades textuais valorizando a cultura popular; - Expressar-se sem tropeçar e sem inibição; - Pronunciar as palavras adequadamente; CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS Os trava-línguas servem para corrigir algumas dificuldades de pronúncia. Aos dislálicos (pessoas que têm dificuldade em articular as palavras) e aos que têm a língua presa, não há melhor remédio que uma boa dosagem de trava-línguas. Os trava-línguas, são elementos poderosos como exercícios de dicção porque aperfeiçoa a pronúncia correta das palavras principalmente as mais difíceis, servem também para divertir e provocar disputa entre amigos. São embaraçosas, provocam risos e caçoadas. O emissor na prática dos primeiros exercícios parece estar com a língua enrolada, porém rindo e passando o tempo, pratica uma boa terapia para corrigir seus defeitos.
  • 33. Grande parte dos trava-línguas constitui exemplos de aliteração porque é formada pela repetição da mesma consoante no início de dois ou mais vocábulos. Ex: "Um papo de pato num prato de prata". Algumas delas formam cacofonia, vício de linguagem que consiste em formar, com a junção de duas ou mais palavras, uma outra de sentido ridículo ou obsceno. Em outros exemplos está a onomatopéia, pois há imitação voluntária de um ruído natural, de modo imperfeito, por ser a nossa audição aproximada como os primeiros elementos do trava- língua. Ex: "Purrutaco-ta-taco, a mulher do macaco, ela pita, ela fuma, ela toma tabaco". Depois de ouvirmos por algum tempo o "Purrutaco-ta-taco", da voz de um papagaio, podemos imitá-lo, mas os sons imitados não podem ser integrados na fala corrente, na qual usamos os sons naturais da fala humana. O aluno para se desenvolver necessita brincar, jogar e trabalhar em grupo, a fim de trocar idéias de igual para igual, como forma de se equilibrar com o mundo. Portanto, o professor precisa criar motivos interessantes para realização da linguagem escrita para que os alunos sintam prazer em escrever, do mesmo modo que encontram razões para falar. Lembrando que escrever é uma atividade difícil para o aluno,visto que a linguagem escrita é a representação da língua falada e isto demanda um plano elevado de abstração, é preciso resgatar o prazer da escrita e com ele a vontade de aprender. Orientações Didáticas • Expor em cartaz na sala de aula o trava-língua e ler várias vezes (professor); • Levantamento dos conhecimentos dos alunos sobre o texto; • Realização de leitura virtual pelos alunos; • Domínio oral do texto pelos alunos; • Realização de cópia do texto trava-língua; • Execução de trabalho de consciência fonológica (letras, palavras e rimas);
  • 34. Investigação de outros trava-línguas; • Produção do livro dos Trava-Línguas com capa ilustrada (coletânea de escritas dos alunos com essa modalidade textual.); • Exposição dos textos e livros; • Concurso de trava-línguas ( falar sem tropeçar nas palavras); • Realização de atividades escritas: lacunados, ordenações de tirinhas, caça-letras, pintar as rimas com lápis coloridos etc.
  • 35. TRAVA- LÍNGUAS O RATO E A ROSA RITA A RATA O rato roeu a roupa do rei de Roma, O rato roeu a roupa do rei da A rata roeu a rolha Rússia, Da garrafa da rainha. O rato roeu a roupa do Rodovalho... O rato a roer roia. E a Rosa Rita Ramalho Do rato a roer se ria. PINTOR PORTUGUÊS PEDRO . Paulo Pereira Pinto Peixoto, Se o Pedro é preto, pobre pintor português, o peito do Pedro é preto pinta perfeitamente e o peito do pé de Pedro portas, paredes e pias, é preto. por parco preço, patrão. GATO RETRETA Gato escondido Quando toca a retreta com rabo de fora na praça repleta tá mais escondido se cala o trombone com gato de fora. se toca trombeta. TATU TIGRES TRISTES - Alô, o tatu taí? -Não,o tatu num tá. Três pratos Mas a mulher do tatu tando, de trigo É o mesmo que o tatu tá. para três tigres tristes. PARDAL PARDO O SAPO NO SACO -Pardal pardo, por que palras? Olha o sapo dentro do saco, -Palro sempre e palrarei, O saco com o sapo dentro, porque sou o pardal palro O sapo batendo papo o palrador del – rei. E o papo soltando vento.
  • 36. TEMPO O VELHO O tempo perguntou pro tempo Por aquela serra acima quanto tempo o tempo tem. Vai um velho seco e peco. O tempo respondeu pro tempo -Ô seu velho seco e peco! que o tempo tem tanto tempo Este cepo seco é seu? quanto tempo o tempo tem. PINTO NINHOS DA MAFAGAFOS O pinto pia Num ninho de mafagafos a pipa há cinco mafagafinhos. pinga. Quem os desmafagafizar, Pinga a pipa, bom desmafagafizador será. o pinto pia. Quanto mais o pinto pia A PIA PERTO DO PINTO BABÁ O pinto perto da pia A babá boa bebeu tanto mais a pia pinga O leite do bebê. mas o pinto pia ... A pia pinga, O pinto pia, pia pinto. O pinto perto da pia, a pia perto do pinto. FAROFA BISPO Farofa feita O bispo de Constantinopla com muita farinha fofa quer se desconstantinopolizar. faz uma fofoca feia. Quem conseguir Desconstantinopolizar o bispo de Constantinopla bom desconstantinopolizador será. Folha Verdelenga GALINHA Uma folha verdelenga Quem desverdelengar Galinha que cisca muito Bom desverdelengador será. borra tudo e quebra o caco, Eu, como desverdelenguei pois agora você diga certo, Bom desverlengador serei sem fazer buraco: “aranha arranhando o jarro e o sapo socando o saco”.
  • 37. PAI DO PADRE DORA O peito do pai A sombra da amoreira do padre Pedro Dora namora. é preto. No ramo da goiabeira a cigarra mora. CAROLINA PALAVRA ( Lourdes Nova ) No alto da torre Palavra sonha Carolina. se lavra Debaixo da parreira no livro que livra brinca Marina. do analfabetismo. PATO PACO FATO E FITA (Antonia Maria) Não sei se é fato ou se é fita, Pato Paco Não sei se é fita ou se é fato. ou Paco Pato O fato é que ela me fita pacato e fita mesmo de fato. Pataco ataca pagou o pato. . Pobre Pato Paco ou Paco Pato? PAPA ECO Se o papa papasse papa Cá há eco? se o papa papasse pão, – Cá eco há. o papa tudo papava – Que eco é que há cá? seria um papa-papão. – Cá há o eco que aqui há. TIA TANTÃ A LONTRA Tinha tanta tia tantã. A lontra prendeu a Tinha tanta anta antiga. tromba do monstro de pedra Tinha tanta anta que era tia. e a prenda de prata Tinha tanta tia que era anta. de Pedro, o pedreiro.
  • 38. ARANHA LAGARTIXA A aranha arranha a rã. Larga a tia, largatixa! A rã arranha a aranha. Lagartixa, larga a tia! Nem a aranha arranha a rã Só no dia que sua tia Nem a rã arranha a aranha. chamar largatixa de lagartinha! . CINCO BOTA NO BOTE Cinco bicas, cinco pipas, cinco Bote a bota no bote e tire o pote do bombas. bote. Tira da boca da bica, bota na boca da bomba. PACA LIGA Quem a paca cara compra, paca Se a liga me ligasse, eu também cara pagará. ligava a liga. . Mas a liga não me liga, eu também não ligo a liga. CACÁ TIQUE -TAQUE O que é que Cacá quer? Para ouvir o tique-taque, Cacá quer caqui. tique-taque, tique-taque, Qual caqui que Cacá quer? depois que um tique toca Cacá quer qualquer caqui. é que se toca um taque RATO SOCÓ Em rápido rapto, É muito socó um rápido rato para um socó só coçar. raptou três ratos sem deixar rastros.
  • 39. ABC DO TRAVA-LÍNGUA (Elias José) A B A Ana banana Um bode bravo tão bacana é uma barra! namora e gama E o bode berra toda semana. e o bode baba A semana que a Ana na barba. não gama vira um drama. . C D A cara da Cora Aos domingos quando cora seu Domingos deixa claro deixa as dívidas, que mais clara deixa as dúvidas do que a cara e só diverte da Cora com dados só a cara e dominós. da clara Clara. . E F Entrar com um elefante Flora do seu Floripes - mesmo elegante – fabrica flores fabulosas num edifício e faz fortuna é fácil ou difícil? vendendo flores, Mas em esboço vendendo rosas. um elefante na feira – mesmo elefante – das sextas-feiras. cabe até em bolso. . G H O gaiteiro Garibaldi O que há, guarda a gaita O que há, e gargalha com graça com o agá se vê a Graça que a gente sabe engraçando e vê que há, toda a praça. mas na hora de falar . nem parece que há?
  • 40. I J No início A jandaia do itinerário do seu Janjão um índio viu juntou com o juriti o rio do seu Jurandir e viu a Iara e comeram toda jacá e riu que riu, de jaca olhando a Lara que ia olhando o rio. pro Jundiaí. L M Lili e Lalá Menino que muda muito lavam louça muda muito de repente, levam lixo pois sempre que a gente muda e levam lenha, o mundo muda com a gente sempre lado a lado. e nesse lava-que-lava, e nesse lava-que-leva levam a vida e levam vida pra vila N O Quanta gente grande O prefeito moço com onda de importante prometeu ovo e é só verniz, muito ovo pois não sabe nada pro povo do que de repente e quando ganhou anda rente o prefeito novo do seu nariz. deu babana pro povo. P Q O padre Pedro O quero-quero quer pega o prato pro quati e papa que papa O que o quati quer e quando o padre Pedro pra ti. papa, não pára nem pro Papa. E dizem que praga do Padre Pedro pega e prega Mas quem pega a praga do padre Pedro no prego e prega, a praga não pega. .
  • 41. R S O rato roeu O sapo sabichão a rapadura só sai do brejo e se arrependeu e sobe em sapato e diz que só rapa agora se a sucuri sai de si se for rapamole e sonha com sopa . de sapo. . T U Ao toparem O urubu olhou fundo três tigres tagarelas pro lado do tatu três tatus e o tatu não aturou ficaram tão atarantados e quebrou o pau: que tocaram terra - Até tu, seu urubu, na própria toca quer a pele do tatu? . . . V X Vovô, de tanto vai-e-vem O X do problema de tanto vem-e-vai, pro bandido vai casar com uma viúva, é fazer xixi uma uva, na xícara no inverno que vai do xerife. ou no verão que vem. . Z A Zazá se zanga com Zezé e fica zonza e faz zorra e zarazanga e vira zombaria. .
  • 42. AVALIAÇÃO A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de decisão na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e apoio ao educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como instrumento que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos resultados alcançados com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do planejamento de intervenções posteriores. Sugerimos a utilização do instrumento avaliativo apresentado na página a seguir, para acompanhamento do desempenho dos seus alunos e replanejamento de suas ações.
  • 43. Avaliação – Produção Textual Modalidade: Provérbios TÓPICOS DE REVISÃO Sim e adequação ao Desenvolvimento tema • O texto produzido corresponde ao tema proposto? • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias? • O texto apresenta clareza e coesão? • O texto caracteriza-se como um Provérbio quanto a linguagem? Características È escrito de forma sintética (frases curtas) do gênero • • É descritivo? • Aborda assunto de cunho moral ou religioso? • É mesclado de bom senso e advertências oportunas? • Transmite uma carga moral crítica? O texto foi escrito respeitando as linhas? Estrutura • Estética • A letra empregada é legível? • O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras? • O texto apresenta margem dos dois lados da página? De uma forma geral o aluno: • Escreve convencionalmente as palavras? Lingüística • Acentua adequadamente as palavras? Estrutura • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto? • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente? • Emprega o vocabulário de maneira adequada? • Apresenta concordância nominal? • Apresenta concordância verbal?
  • 44. Avaliação – Produção Textual Modalidade: Trava- língua TÓPICOS DE REVISÃO Sim e adequação ao Desenvolvimento tema • O texto produzido corresponde ao tema proposto? • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias? • O texto apresenta clareza e coesão? • O texto caracteriza-se como um Trava-LÍngua quanto a linguagem (jogos de palavras, onomatopéias, repetições)? Características • Está escrito em versos? do gênero • Apresenta : • Rimas? • Ritmo? • Sonoridade? • Criatividade? O texto foi escrito respeitando as linhas? Estrutura • Estética • A letra empregada é legível? • O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras? • O texto apresenta margem dos dois lados da página? De uma forma geral o aluno: • Escreve convencionalmente as palavras? • Acentua adequadamente as palavras? Lingüística Estrutura • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto? • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente? • Emprega o vocabulário de maneira adequada? • Apresenta concordância nominal? • Apresenta concordância verbal?
  • 45. Avaliação – Produção Textual Modalidade: Parlendas TÓPICOS DE REVISÃO Sim e adequação ao Desenvolvimento tema • O texto produzido corresponde ao tema proposto? • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias? • O texto apresenta clareza e coesão? • O texto caracteriza-se como uma Parlenda quanto à linguagem? Características • Está escrito em versos? do gênero • Apresenta rima? • Tem ritmo? • Os versos estão relacionados a uma atividade de brincadeira ou movimento corporal? • Apresenta sonoridade? O texto foi escrito respeitando as linhas? Estrutura • Estética • A letra empregada é legível? • O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras? • O texto apresenta margem dos dois lados da página? De uma forma geral o aluno: • Escreve convencionalmente as palavras? • Acentua adequadamente as palavras? Lingüística Estrutura • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto? • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente? • Emprega o vocabulário de maneira adequada? • Apresenta concordância nominal? • Apresenta concordância verbal?
  • 46. Avaliação – Produção Textual Modalidades: Adivinhas e Charadas TÓPICOS DE REVISÃO Sim e adequação ao tema Desenvolvimento • O texto produzido corresponde ao tema proposto? • Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias? • O texto apresenta clareza • O texto apresenta coesão? • O texto caracteriza-se como uma adivinha/ ou charada quanto a Características linguagem? do gênero • Está escrito em versos/ ou prosa em forma de pergunta? • Apresenta: • Estrutura própria de adivinha/ou charada? • Enigmas? • Problema/ solução? O texto foi escrito respeitando as linhas? Estrutura • Estética • A letra empregada é legível? • O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras? • O texto apresenta margem dos dois lados da página? De uma forma geral o aluno: • Escreve convencionalmente as palavras? • Acentua adequadamente as palavras? Lingüística Estrutura • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto? • Usa de letras maiúsculas e minúsculas adequadamente? • Emprega o vocabulário de maneira adequada? • Apresenta concordância nominal? • Apresenta concordância verbal?
  • 47. REFERÊNCIAS BARRETO, Vera. Confabulando. São Paulo: Vereda, 1996. COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática, 5ª edição. São Paulo: Ática, 1991. JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Produtoras de Textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. PIAGET, Jean. Linguagem e Pensamento da Criança. São Paulo: Martins Fontes, 1986. PORTILHO, Eponina.Vamos Ler e Escrever Bem.Rio de Janeiro: Conquista,1996. REVISTA CIÊNCIAS HOJE PARA CRIANÇA nº. 27 (contracapa). REVISTA NOVA ESCOLA, nº 68, Rio de Janeiro, 1986. RIO, Maria José Del – Psicopedagogia da Língua Oral: um enfoque comunicativo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. TEBEROSKY, Ana e CARDOSO, Beatriz. Reflexões sobre o Ensino da Leitura e da Escrita. São Paulo: Trajetória Cultural / UNICAMP, 1989. SITES CONSULTADOS: jangadabrasil.com.br/outubro/cn21000d.htm www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=1