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1 von 5
Mumificação
         Egípcia



Disciplina: História


Professora: Sílvia Mendonça


Trabalho feito por:


Diogo T. Nº5 7ºA
Introdução

. O Processo da Mumificação


. Mumificação para pessoas de
classe baixa


. Mumificação na actualidade
Mumificação
Os egípcios acreditavam que após a morte o cadáver deveria ser mumificado para viver
em paz, mas só os faraós seriam mumificados
.
Este é o processo que mais conhecemos e o que se tornou mais utilizado. Para o Faraó,
para a nobreza e pessoas mais ricas, era feita da seguinte forma:

1) O cérebro é tirado pelas narinas, através de um instrumento curvo, mexe-se no
cérebro que é uma massa mole, e este se liquefaz. Injecta-se vinho de tâmara, ajudando
a dissolver mais o cérebro. Vira-se o morto e o cérebro escorre pelas narinas;

2) É aberta uma incisão no abdómen e todos os órgãos internos, excepto o coração, são
retirados, embalsamados e colocados em jarros chamados de canopos. Em seguida, o
corpo é enchido com saquinhos de sal (Natrão) e mergulhado em uma espécie de bacia
um pouco inclinada com um furo de um lado, para que seus líquidos escorram. Após
isso, a múmia é literalmente enterrada por 72 dias. O sal absorve todo o líquido do
corpo;

3) Após estes 72 dias, o corpo, que está escurecido e ressacado, é retirado. Inchertam-se
resinas, aromas, perfumes, bandagem, pó de cerra, isto para dar a conformação do
corpo. Depois disto, a abertura no abdómen é costurada, e é colocada uma placa mágica,
geralmente com o desenho dos Quatro filhos de Hórus e de seu olho;

4) Começa, então, o processo de enfaixamento com metros e metros de tiras de pano de
linho com goma-arábica, até fazer a composição que vemos nas múmias. A cada volta,
colocam-se amuletos e colares. Assim a múmia está pronta para o enterro, sendo que no
caso do Faraó este enterro é acompanhado de um extenso ritual, repleto de
encantamentos, realizado por sacerdotes.

Canopos (vaso canopo): Dianijar (Duamutef) – Imset – Hapijar (Hapi) – Qebjar
(Kebehsenuf)

Mumificação para pessoas de classe baixa
Dão uma injecção de essências e de vinhos corrosivos através do ânus, põe uma espécie
de tampão e depois de alguns dias tiram-no o que dissolveu. Então eles enfaixam a
múmia e devolvem o corpo para os parentes.

Quando as múmias foram encontradas, muitas foram comercializadas e quando o
comércio delas acabou e ninguém mais se interessava em comprá-las, alguns ladrões de
túmulos decidiram triturar as múmias e comercializá-las como pó para fazer chá.
Muitas pessoas adquiriram este pó achando que haveria algum poder de cura para seu
tipo de doença.
Mumificação na actualidade
A quot;mumificaçãoquot; é um fenómeno natural. Não confundir com a técnica de
embalsamamento egípcia, que popularmente são conhecidas por múmias. A
mumificação é o resultado de cadáveres que são enterrados em terreno seco, quente e
arejado. O cadáver sofre uma desidratação rápida e intensa, e o corpo não entra
decomposição, pois a fauna cadavérica não resiste. A pele do cadáver fica com aspectos
de couro.

O historiador Heródoto nos conta que havia no antigo Egipto pessoas encarregadas por
lei de realizar os embalsamamentos e que faziam disso profissão. Conta também que
havia três tipos de mumificação com preços diferentes conforme o processo fosse mais
ou menos complexo e descreve todos os procedimentos, iniciando pelo
embalsamamento mais caro. Diz ele:
Primeiramente, extraem o cérebro pelas narinas, parte com um ferro recurvo, parte por
meio de drogas introduzidas na cabeça. Fazem, em seguida, uma incisão no flanco com
pedra cortante da Etiópia e retiram, pela abertura, os intestinos, limpando-os
cuidadosamente e banhando-os com vinho de palmeira e óleos aromáticos. O ventre,
enchem-no com mirra pura moída, canela e essências várias, não fazendo uso, porém,
do incenso. Feito isso, salgam o corpo e cobrem-no com natrão, deixando-o assim
durante setenta dias. Decorridos os setenta dias, lavam-no e envolvem-no inteiramente
com faixas de tela de algodão embebidas em cola. Concluído o trabalho, o corpo é
entregue aos parentes, que o encerram numa urna de madeira feita sob medida,
colocando-a na sala destinada a esse fim. Tal a maneira mais luxuosa de embalsamar
os mortos.

Os que preferem um tipo médio de embalsamamento e querem evitar despesas,
escolhem esta outra espécie, em que os profissionais procedem da seguinte maneira:
enchem as seringas de um licor untuoso tirado do cedro e injectam-no no ventre do
morto, sem fazer nenhuma incisão e sem retirar os intestinos. Introduzem-no igualmente
pelo orifício posterior e arrolham-no, para impedir que o líquido saia. Em seguida,
salgam o corpo, deixando-o assim durante determinado prazo, findo o qual fazem
escorrer do ventre o licor injectado. Esse líquido é tão forte que dissolve as entranhas,
arrastando-as consigo ao sair. O natrão consome as carnes, e do corpo nada resta a não
ser a pele e os ossos. Terminada a operação, entregam-no aos parentes, sem mais nada
fazer.

O terceiro tipo de embalsamamento destina-se aos mais pobres. Injecta-se no corpo o
licor denominado surmaia, envolve-se o cadáver no natrão durante setenta dias,
devolvendo-o depois aos parentes.
Conclusão
O Estudo das Múmias é muito
interessante e educativo fazendo
aprender muintas coisas sobre o
antigo Egipto e sobre o que os
egípcios pensavam sobre a morte.

E sobre muitas outras coisas como os
deuses da morte e outros.

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  • 1. Mumificação Egípcia Disciplina: História Professora: Sílvia Mendonça Trabalho feito por: Diogo T. Nº5 7ºA
  • 2. Introdução . O Processo da Mumificação . Mumificação para pessoas de classe baixa . Mumificação na actualidade
  • 3. Mumificação Os egípcios acreditavam que após a morte o cadáver deveria ser mumificado para viver em paz, mas só os faraós seriam mumificados . Este é o processo que mais conhecemos e o que se tornou mais utilizado. Para o Faraó, para a nobreza e pessoas mais ricas, era feita da seguinte forma: 1) O cérebro é tirado pelas narinas, através de um instrumento curvo, mexe-se no cérebro que é uma massa mole, e este se liquefaz. Injecta-se vinho de tâmara, ajudando a dissolver mais o cérebro. Vira-se o morto e o cérebro escorre pelas narinas; 2) É aberta uma incisão no abdómen e todos os órgãos internos, excepto o coração, são retirados, embalsamados e colocados em jarros chamados de canopos. Em seguida, o corpo é enchido com saquinhos de sal (Natrão) e mergulhado em uma espécie de bacia um pouco inclinada com um furo de um lado, para que seus líquidos escorram. Após isso, a múmia é literalmente enterrada por 72 dias. O sal absorve todo o líquido do corpo; 3) Após estes 72 dias, o corpo, que está escurecido e ressacado, é retirado. Inchertam-se resinas, aromas, perfumes, bandagem, pó de cerra, isto para dar a conformação do corpo. Depois disto, a abertura no abdómen é costurada, e é colocada uma placa mágica, geralmente com o desenho dos Quatro filhos de Hórus e de seu olho; 4) Começa, então, o processo de enfaixamento com metros e metros de tiras de pano de linho com goma-arábica, até fazer a composição que vemos nas múmias. A cada volta, colocam-se amuletos e colares. Assim a múmia está pronta para o enterro, sendo que no caso do Faraó este enterro é acompanhado de um extenso ritual, repleto de encantamentos, realizado por sacerdotes. Canopos (vaso canopo): Dianijar (Duamutef) – Imset – Hapijar (Hapi) – Qebjar (Kebehsenuf) Mumificação para pessoas de classe baixa Dão uma injecção de essências e de vinhos corrosivos através do ânus, põe uma espécie de tampão e depois de alguns dias tiram-no o que dissolveu. Então eles enfaixam a múmia e devolvem o corpo para os parentes. Quando as múmias foram encontradas, muitas foram comercializadas e quando o comércio delas acabou e ninguém mais se interessava em comprá-las, alguns ladrões de túmulos decidiram triturar as múmias e comercializá-las como pó para fazer chá. Muitas pessoas adquiriram este pó achando que haveria algum poder de cura para seu tipo de doença.
  • 4. Mumificação na actualidade A quot;mumificaçãoquot; é um fenómeno natural. Não confundir com a técnica de embalsamamento egípcia, que popularmente são conhecidas por múmias. A mumificação é o resultado de cadáveres que são enterrados em terreno seco, quente e arejado. O cadáver sofre uma desidratação rápida e intensa, e o corpo não entra decomposição, pois a fauna cadavérica não resiste. A pele do cadáver fica com aspectos de couro. O historiador Heródoto nos conta que havia no antigo Egipto pessoas encarregadas por lei de realizar os embalsamamentos e que faziam disso profissão. Conta também que havia três tipos de mumificação com preços diferentes conforme o processo fosse mais ou menos complexo e descreve todos os procedimentos, iniciando pelo embalsamamento mais caro. Diz ele: Primeiramente, extraem o cérebro pelas narinas, parte com um ferro recurvo, parte por meio de drogas introduzidas na cabeça. Fazem, em seguida, uma incisão no flanco com pedra cortante da Etiópia e retiram, pela abertura, os intestinos, limpando-os cuidadosamente e banhando-os com vinho de palmeira e óleos aromáticos. O ventre, enchem-no com mirra pura moída, canela e essências várias, não fazendo uso, porém, do incenso. Feito isso, salgam o corpo e cobrem-no com natrão, deixando-o assim durante setenta dias. Decorridos os setenta dias, lavam-no e envolvem-no inteiramente com faixas de tela de algodão embebidas em cola. Concluído o trabalho, o corpo é entregue aos parentes, que o encerram numa urna de madeira feita sob medida, colocando-a na sala destinada a esse fim. Tal a maneira mais luxuosa de embalsamar os mortos. Os que preferem um tipo médio de embalsamamento e querem evitar despesas, escolhem esta outra espécie, em que os profissionais procedem da seguinte maneira: enchem as seringas de um licor untuoso tirado do cedro e injectam-no no ventre do morto, sem fazer nenhuma incisão e sem retirar os intestinos. Introduzem-no igualmente pelo orifício posterior e arrolham-no, para impedir que o líquido saia. Em seguida, salgam o corpo, deixando-o assim durante determinado prazo, findo o qual fazem escorrer do ventre o licor injectado. Esse líquido é tão forte que dissolve as entranhas, arrastando-as consigo ao sair. O natrão consome as carnes, e do corpo nada resta a não ser a pele e os ossos. Terminada a operação, entregam-no aos parentes, sem mais nada fazer. O terceiro tipo de embalsamamento destina-se aos mais pobres. Injecta-se no corpo o licor denominado surmaia, envolve-se o cadáver no natrão durante setenta dias, devolvendo-o depois aos parentes.
  • 5. Conclusão O Estudo das Múmias é muito interessante e educativo fazendo aprender muintas coisas sobre o antigo Egipto e sobre o que os egípcios pensavam sobre a morte. E sobre muitas outras coisas como os deuses da morte e outros.