O documento discute a degradação do solo, suas principais causas incluindo práticas agrícolas inadequadas, excesso de pastoreio e desflorestação. Isso pode levar à redução da produtividade do solo, aumento da erosão e desertificação. A prevenção deve focar no uso sustentável do solo de acordo com seu potencial e necessidades de proteção.
2. Degradação de solo
Degradação do solo é a modificação das características
físicas, químicas e biológicas do solo.
A exposição do solo à alguns agentes físicos e químicos,
contribui para o processo de degradação, e
consequentemente ocorre a diminuição da produtividade.
As formas para se degradar o solo são diversas, as mais
comuns são; desmatamento, expansão desordenada de
cidades, poluição, uso de substâncias tóxicas e o
intemperismo.
A degradação pode contribuir para a deterioração do solo,
sendo ela por interferência humana ou por factores
naturais, incluindo as variações climáticas.
3. Causas da degradação do solo
A principal causa da degradação dos solos é a utilização
inadequada dos mesmos; que se deve, segundo GEF (2003), a
três fenómenos: práticas agrícolas inadequadas; excesso de
pastoreio e desflorestação.
Práticas agrícolas modernas, utilizadas sem critério, com
densidades excessivas e com os períodos de pousio cada vez
mais curtos, com ou sem fertilizantes, podem levar ao
enfraquecimento da capacidade natural do solo de recuperar a
sua fertilidade, levando assim à sua degradação e à redução da
sua produtividade agrícola.
Em solos irrigados, a principal causa da degradação é a má
gestão dos sistemas de água e de irrigação, que levam
frequentemente ao encharcamento e à salinização do
solo, reduzindo ainda a produtividade agrícola.
4. Causas da degradação (cont.)
As cabeças de gado e outros herbívoros degradam o solo
de dois modos: promovendo maior perda da cobertura
vegetal, pelo consumo e, maior compactação do solo sob
as patas dos mesmos.
Dentre as várias actividades humanas, o abate de
árvores, queimadas descontroladas, práticas inadequadas
na agricultura, o uso e aproveitamento de terras em áreas
propensas à erosão de solos; influencia na degradação dos
solos em Moçambique.
A desflorestação é uma perda de coberto florestal, que
leva consequentemente à degradação de solos.
Segundo SANTOS (2009), a desflorestação é a principal
causa da degradação de solos, em particular quando
seguida de sobre-exploração agrícola e sobre-pastoreio em
áreas não adequadas para a agricultura.
5. Consequências da degradação de
solos
Segundo as organizações CIAT, TSBF e ICRAF (2002)
citadas por SANTOS (2009), a degradação dos solos leva:
À redução da cobertura vegetal;
Ao aumento das alterações dos habitats naturais;
À redução da qualidade da água;
Ao aumento do risco de insectos e doenças devido à
redução da capacidade de controlo biológico;
Ao aumento da prevalência de eventos catastróficos como
deslizamentos de terras e cheias;
Quando o solo estiver no seu estado mais avançado de
degradação, leva à desertificação, que é o estágio final.
6. Prevenção contra a degradação de
solos
O uso do solo de forma sustentável seria a solução, porque
previne efeitos degradantes visando a sua
preservação, baseando em princípios
conservacionistas, usando o solo de acordo com seu
potencial produtivo e suas necessidades de proteção. Por
isso foram criadas leis que orientam o uso do solo.
Uma dessas leis torna obrigatório que, antes de se
proceder à ocupação do solo, é necessário o estudo do
ambiente com finalidade de descobrir os possíveis
impactos gerados. (MICOA; 2007).