Apresentação - O Processo De Bolonha Na Web Semântica
1. O Processo de Bolonha na Web Semântica Eduardo M. Covelinhas Nº 29955 Orientador: Doutor Porfírio P. Filipe Co-Orientador: Doutor Luís G. Morgado Instituto Superior de Engenharia de Lisboa Departamento de Engenharia de Electrónica e Telecomunicações e de Computadores Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores Lisboa, Fevereiro de 2009
24. O Processo de Bolonha na Web Semântica Eduardo M. Covelinhas Nº 29955 Orientador: Doutor Porfírio P. Filipe Co-Orientador: Doutor Luís G. Morgado Instituto Superior de Engenharia de Lisboa Departamento de Engenharia de Electrónica e Telecomunicações e de Computadores Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores Lisboa, Fevereiro de 2009
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Hinweis der Redaktion
Boa tarde, O meu nome é Eduardo Covelinhas e vou fazer a apresentação da minha Dissertação do Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores. O título é “O Processo de Bolonha na Web Semântica”. O orientador é o professor Porfírio Filipe e o co-orientador o professor Luís Morgado.
A agenda para a apresentação é a seguinte: Vou começar por descrever do âmbito de investigação. Depois, uma fazer uma introdução à Web semântica e dos seus objectivos Falarei um pouco do processo de Bolonha focando o tema da mobilidade De seguida apresento o modelo proposto. Apresento a avaliação experimental do modelo efectuada Por fim apresento as conclusões e Trabalho Futuro
O âmbito que esteve em investigação da minha Dissertação prende-se com 2 temas: O processo de Bolonha e a Interoperabilidade entre sistemas de gestão académica. A adopção do processo de Bolonha veio alterar a forma como o ensino superior é leccionado. O Processo de Bolonha remete para o Ensino baseado no desenvolvimento de competências e não na transmissão de conhecimentos como era até à sua adopção. Vem por outro lado criar condições para a mobilidade de estudantes no espaço europeu quer durante a formação quer após. Em relação ao outro tema, a Interoperabilidade entre sistemas de gestão académica, pretendeu-se estudar a contribuição que a Web Semântica possa dar para agilizar a mobilidade proclamada pelo processo de Bolonha. Não se pretende propor uma norma, porque os sistemas são diversos e evoluem ao longo do tempo, mas sim uma um modelo de representação dos elementos intervenientes na mobilidade de estudantes. O objectivo era validar se a Web Semântica seria capaz de apresentar soluções para a mobilidade dos estudantes.
A Web Semântica: O objectivo da Web Semântica é permitir interligar conceitos e atribuir significado aos conteúdos. O que se pretende é que os conteúdos seja perceptíveis quer por humanos, como acontece hoje, quer pelas máquinas que os processam. A isto chama-se o processamento semântico da informação. Desta forma é possível uma máquina inferir, por exemplo, que na frase “monumento no Porto”, que “Porto” é a cidade e não o clube ou um porto de embarcações. Para que isto seja possível, existem recomendações do W3C. Algumas delas são: e X tensible M arkup L anguage ( XML ) R esource D escription F ramework ( RDF ) W eb O ntology L anguage ( OWL ) S PARQL P rotocol a nd R DF Q uery L anguage ( SPARQL)
A Figura apresenta as camadas da Web Semântica, tal como sugerido por Berners-Lee. Nas primeiras duas camadas é criada uma sintaxe comum para referenciar entidades e troca de símbolos. A XML e os Namespaces garantem a integração com outros standards XML descrevendo a árvore de termos, enquanto o XML Schema permite a definição de gramáticas para validar os documentos XML. A RDF e a RDFS podem ser classificadas como a camada onde a informação se torna compreensível para as máquinas . As ontologias são os vocábulos definidos e aceites pela comunidade´de uma determinada área como a física ou a saúde. A camada seguinte é a lógica. Ao aplicar a dedução lógica é possível inferir novo conhecimento. São as regras. As camadas de demonstração e fiabilidade garantem que é necessário validar as declarações efectuadas para garantir a fiabilidade da Web Semântica. Estas duas camadas ainda não estão aprofundadas. Por fim, a assinatura digital detecta alterações nos documentos produzido podendo assim validar a autenticidade dos mesmos.
Quando ao Processo de Bolonha, ele tem como alguns dos objectivos a: Estabelecimento de um sistema de créditos; Transição de um sistema de ensino baseado na transmissão de conhecimentos para um sistema baseado no desenvolvimento de competências; Promoção da mobilidade entre instituições. No que diz respeito à mobilidade dos estudantes, esta está dividida em duas vertentes: Mobilidade durante a formação, e; Mobilidade após a formação. A mobilidade durante a formação no âmbito do processo de Bolonha é possível nos seguintes cenários: Criação de um contrato de estudos entre o estudante, a instituição de ensino de origem e a instituição de ensino de destino. Este contrato celebrado entre as 3 partes permite ao estudante efectuar unidades curriculares numa instituição de ensino que não a qual onde está matriculado e, caso tenha aproveitamento, os crédito acumulados sejam aceites na instituição de ensino de origem. A mudança de curso, já utilizada antes do processo de Bolonha bem com; A Transferência de curso e, por fim; A Inscrição em unidades curriculares isoladas. Esta modalidade permite um qualquer estudante se inscrever em unidades curriculares à sua escolha sendo estas alvo de creditação.
Quanto à mobilidade após a formação é facilitada ao estudante com a criação do Suplemento ao Diploma. O Suplemento ao Diploma é um documento emitido após a conclusão do curso que contém todas as informação do curso, incluindo as unidades curriculares frequentadas. Neste cenário de mobilidade durante e após a formação existem ainda outros componentes que têm de ser salvaguardados: A Experiência profissional é algo valorizado no âmbito do processo de Bolonha. A experiência profissional pode ser reconhecida através da atribuição de créditos. O mesmo se passa com a formação pós-secundária. Em ambos os casos a decisão de procedimento de avaliação bem como créditos atribuídos é da responsabilidade de cada instituição de ensino. Por outro lado temos o Plano de Curso. No contexto desta dissertação designa-se por Plano de Curso a caracterização de um determinado curso. É composto por elementos como o estabelecimento de ensino que ministra o curso ou a sua denominação, bem como pela estrutura curricular e pelo plano de estudos. A Estrutura Curricular de um curso é o conjunto de áreas científicas que o integram o número de créditos que um estudante deve reunir. Por seu lado o Plano de Estudos de um curso é o conjunto de unidades curriculares em que um estudante deve obter aprovação. O plano de estudos deve conter, para cada ano, semestre ou trimestre curricular, as unidades curriculares que nele são ministradas. Por último o plano individual de estudos posiciona o estudante no contexto do curso. O plano individual de estudos contabiliza os créditos ECTS por áreas científicas e o total de créditos ECTS que o estudante deve obter para concluir o curso. Este plano inclui também as unidades curriculares, definidas no plano do curso, que atribuem competências ainda não adquiridas e que, por isso, o estudante deve e/ou pode escolher para terminar o curso.
Face tudo isto, foi realizada uma proposta de um modelo, designado por Modelo para a Mobilidade ( MM ), é composto por outros três modelos: Registo Académico; Plano do Curso; Plano Individual de Estudos. Cenário de mobilidade: O estudante com um determinado registo académico pretende frequentar um curso representado pelo plano do curso. O que vai ter como consequência a produção do Plano Individual de Estudos.
Nesta figura 2 ilustra um cenário (transferência ou mudança de curso) onde são utilizados os três modelos. Do lado esquerdo temos as qualificações, contratos de estudos, formação e experiência profissional do estudante. Estes elementos combinados criam o Registo Académico do estudante. Com este registo e o Plano do curso que o estudante pretende frequentar será possível efectuar um processamento que apresente o plano individual de estudos.
Antes de explicar com algum detalhe o modelo, quero indicar que por uma questão de utilização de documento em mobilidade, foi utilizada a língua inglesa para a descrição do modelo proposto Nos diagramas que vão ver nos próximo slides, as pequenas bolas representam um item que contem informação, mais detalhe (relação de agregação). Voltando à apresentação, visto que o Processo de Bolonha implementa um Ensino baseado no desenvolvimento de competências, foi criado o conceito competência. A competência é utilizada para estabelecer o elo de ligação entre as competências adquiridas pelo estudante e as competências necessárias para a conclusão de um determinado curso. Para a definição clara de uma competência foi adoptado no contexto desta dissertação o European Dictionary of Skills and Competencies ( DISCO ). Este dicionário contém um conjunto de competências pré-definidas através de um identificador próprio. Por exemplo, o identificador 17344 é o identificador da competência “JAVA”.
Um elemento central no âmbito da mobilidade é a Unidade Curricular. A representação de unidades curriculares está, por isso, presente em vários pontos do modelo MM. A representação de uma unidade curricular foi definida de acordo com uma série de documentos oficiais como por exemplo o suplemento ao diploma ou o Despacho n.º 7287-A/2006. Contem um conjunto de informação sobre a unidade curricular como um identificador, nome, competências e créditos ECTS.
O registo académico representa o histórico de um estudante. No contexto deste trabalho define-se o Registo Académico como sendo o conjunto dos componentes considerados relevantes: Identificação do estudante; Contratos de estudos; Formações académicas; Experiência profissional; Formação pós-secundária. A identificação do estudante contém um conjunto de informação que permita identificar univocamente o estudante como é caso do nome, data de nascimento, nº de identificação/passaporte e nacionalidades.
O contrato de estudos é celebrado para formalizar a mobilidade de um estudante. A instituição de acolhimento emite um documento intitulado “boletim de registo académico” que descreve as unidades curriculares às quais o estudante obteve aproveitamento. Visto existirem outras situações próximas ao nível de dados disponíveis, esta representação será adoptada para os casos de utilização como a mudança de curso, transferência e a inscrição em unidades curriculares isoladas. Não se tratando efectivamente de um contrato de estudos, cada um destes casos é considerado no contexto do modelo proposto também como um contrato de estudos.
Cada contrato de estudos pode ter vários boletins de registo académico (por exemplo o boletim de registo académico da instituição de origem e a de destino). E depois um conjunto de unidades curriculares às quais o estudante teve aproveitamento. Um estudante pode ter zero ou mais contratos de estudos.
A formação académica, para o caso da mobilidade após a formação, é caracterizada pelo suplemento ao diploma. O suplemento ao diploma contem um conjunto muito vasto de informação que vais desde a caracterização do estudante passando pela instituição de ensino e as unidades curriculares frequentadas com aproveitamento. Um estudante pode ter zero ou mais qualificações.
Quanto à experiência profissional, não existe enquadramento legal quanto à informação necessária para a creditação. Assim Foi tomada como base o modelo de Curriculum Vitae Europass da Comunidade Europeia visto ser amplamente difundido. Para a representação da experiência profissional forma definidas as datas de inicio e fim do vínculo, decrição da função e empregado e as competências. Um estudante pode ter zero ou mais experiências profissionais.
Quanto à formação pós-secundária, não existe enquadramento legal quanto à informação necessária para a creditação. Assim foi tomada como base o Referencial de Formação do IEFP. Para a representação da formação pós-secundária foram definidos os dados da formação com a possibilidade de incluir unidades de formação, semelhante ao modelo das unidades curriculares Um estudante pode ter zero ou mais formações pós-secundárias.
O plano do curso, como indicado anteriormente, caracteriza o curso através da estrutura curricular e do plano de estudos. Tomando como base a descrição do curso no Despacho n.º 7287-A/2006, foi criada uma representação curso que inclui a informação sobre o curso como creditos, nome, título e a estrutura curricular (áreas cientifícas) e o plano de estudos (unidades curriculares).
Por fim o plano individual de estudos posiciona o estudante no contexto de um determinado curso. Plano individual de estudos apresenta as unidades curriculares que o estudante tem de frequentar para perfazer o número total de créditos do curso e os créditos que necessita perfazer em cada área científica.
A sistematizção, a validação e a consolidação experimental são actividades enquadradas pela concepção do demonstrador. Estudante em Mobilidade Contrato de estudos entre Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores ( LEIC ) e o curso Ingeniero en Informática da Universidad Politécnica de Madrid . 2. Mudança de Curso mudança de curso de Licenciatura em Engenharia Civil ( LEC ), com o primeiro ano completado com aproveitamento a todas as unidades curriculares, para a LEIC. 3.Transferência e Formação Pós Secundária transferência de curso da Licenciatura de Engenharia Informática do ISEP, com o primeiro ano completado com aproveitamento a todas as unidades curriculares, para a LEIC do ISEL. Adicionalmente foi incluído formação pós-secundária. A formação seleccionada foi “ Programming with C# ”. 4. Mobilidade Pós-Formação e Experiência Profissional dados presentes no exemplo de suplemento ao diploma português e a experiência profissional simulada de um Programador Java.
E assim termina a minha apresentação. Obrigado.
Paul Beynon-Davies. Information Systems - An Introduction to Informatics in Organizations . Palgrave, Bath, 2002. Paul Miller. Interoperability. What is it and Why should i want it? Ariadne , (24), 2000. Available from: http://www.ariadne.ac.uk/issue24/interoperability/.