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INTRO
          “Copia-me”    O presente documento    Esta contribuição
 é um projecto com      de investigação         do Design
   relevância social,   é um objecto            de Comunicação
cultural e comercial,   de consciencialização   não surge de uma
 que pretende criar     crítica acerca desta    solicitação da empresa,
        debate sobre    problemática            mas de um resultado
   o download legal     e uma análise sobre     de percepção do
  e ilegal de música,   o comércio              mercado, de modo
    numa sociedade      da indústria            a responder de forma
        de consumo      fonográfica, mais       original e sustentada,
 e de disseminação      especificadamente       revelando uma
      da informação.    a empresa CDgo – loja   atenção peculiar
                        de música da cidade     como Designer
                        do Porto.               e como Música.

                                                Graciela Coelho
Copia-me o livro
ÍNDICE
copia-me o projecto 5 copia-me o postal 9 copia-me a opinião 13 copia-me no facebook 29
        copia-me no wordpress 39 copia-me o notebook 43 copia-me o livro 63
Copia-me o livro
COPIA-ME




                                                                                                          COPIA-ME
o projecto




                                                                                                          o projecto
A CDgo teve início em 1978, numa                      Para assegurar o seu      Surgem novos media,        5
loja do Centro Comercial de Cedofeita,                sucesso e fidelizar       como o mp3, mp4, ou
                                                      o público, a CDgo         mesmo o iPod, e o CD
no Porto, com a designação de JoJo’s
                                                      investe neste canal       torna-se obsoleto.
Music, transferindo-se em 1999 para                   de comercialização,       A compra
a Rua de Cedofeita – instalações actuais              introduz novas            de música online
– num edifício tradicional do século xx               funcionalidades,          tem movimentado
de três pisos, com auditório, uma sala                e dispõe títulos          o mercado na Internet.
                                                      difíceis de encontrar     A Apple, desenvolveu
vintage, e a respectiva loja.
                                                      em empresas               um software de
                                                      concorrentes.             reprodução de áudio,
Os produtos disponibilizados desde o início                                     o iTunes, compatível
da sua fundação, no comércio de música, foram         A diversificação          com computadores
os discos de vinil e cassetes, e mais tarde os CDs,   decorre, também, pela     de sistemas
DVDs e SACDs. Para além da loja de música,            aposta em actividades     operacionais Mac
a empresa, em 1998, pensou em desenvolver             complementares,           OS x e Windows.
um site de comércio electrónico – www.jojomusic.      como a organização de     O iTunes contém
com. Só em Dezembro de 2003 foi lançada               exposições e concertos,   um componente,
a marca CDgo, em simultâneo com a apresentação        e pela oferta adicional   o iTunes Store,
da 3ª versão do site. Nesta época, a componente       de livros e revistas.     pelo qual os usuários
de vendas online ultrapassou a das vendas na loja,                              podem comprar
e, assim, a empresa transitou de um mercado           Contudo, com              arquivos digitais,
local para um mercado nacional e, recentemente,       a crescente utilização    como músicas.
internacional. A CDgo preocupa-se em apresentar       de tecnologias digitais
um site como um instrumento de fácil navegação        e com a Internet, os      Nesta era da mobilidade
e pesquisa, pela grande quantidade de informação      modos de distribuição     da informação, que já
disponível – oferta de produtos e serviços.           e consumo de música       não está fechada num
                                                      são, maioritariamente,    suporte material,
                                                      de acesso directo         perde-se um símbolo
                                                      e utilizado               cultural, digno de
                                                      de forma ilegal.          menção, como o Vinil.
Note-se que o disco
                                       de Vinil não é um
                                       formato que estimula
                                       a pirataria e, para
             Estas transformações      além disso, é uma             “Este álbum
o projecto
COPIA-ME




             exercem influência        peça gráfica agradável,
             na opinião em relação     considerada um artigo     contém músicas
             ao download de música     de luxo/colecção –         que podem ser
             na Internet. Opiniões,    capas com um grande
             estas, diferentes         volume de informações       duplicadas ou
     6       entre consumidores,       sobre o álbum,               reproduzidas
             músicos, editoras,        os pormenores
             entre outros. A verdade   da ilustração,                  livremente
             é que cada vez mais       fotografia, tipografia.
             existe uma tendência                                 Autorizado pelo
             de disponibilização       Após esta análise,          Decreto-lei n.º
             do trabalho do próprio    pensou-se na edição
             artista, para conseguir   de um Vinil como               63/85, de 14
             introduzir-se             objecto de motivação              de Março.
             no mundo da música.       para o debate sobre
                                       esta problemática.             Artigo 31º)”.
             Reflectiu-se que,
             adoptando novamente
             o Vinil como
             formato principal
             de distribuição de
             música, seria uma
             adequada aposta
             comercial e uma forma
             de revivalismo e valor
             à música enquanto                                     Existem músicas que
             suporte material.                                        já não têm direitos
                                                                        de autor, nem de
                                                                    reprodução. Refere o
                                                                     artigo que “o direito
                                                                         de autor caduca,
                                                                   70 anos após a morte
                                                                      do criador, mesmo
                                                                     que a obra só tenha
                                                                           sido publicada
                                                                             ou divulgada
                                                                         postumamente”.
COPIA-ME
                                                                                                     o projecto
                                                                                                      7




Num objecto             O design desta            O álbum seria            posteriormente,
que significa,          edição em vinil foi       distribuído              no auditório da loja,
intelectualmente,       desenvolvido,             gratuitamente, a nível   com músicos, editoras,
o incopiável,           de forma manual,          nacional, com o apoio    críticos, entre outros.
o conteúdo pode ser     em papel milimétrico,     da CDgo, não apenas
copiado. Copiar o que   para que possa            para criar discussão     “Copia-me!”
já é de todos revela    ser reproduzido           e reflexão sobre
a ironia pretendida     facilmente. As cores      o download legal
para debate.            foram alteradas para      e ilegal de música,
                        o seu inverso, de forma   mas também
                        a obter mais contraste    promover um debate
                        e robustez.               a ser realizado,
Apostou-se na divulgação do projecto,
o projecto
COPIA-ME




             com a criação de um blogue – no serviço
             WordPress.com – e de uma página comunitária
             na Rede Social Facebook, de forma a obter
             proveito sobre “O Poder do Efeito Viral”.

     8       O projecto foi proposto na CDgo, no dia 22
             de Maio de 2010, onde foram detectados alguns
             contratempos. Era possível, apenas, a reprodução
             de um exemplar do Vinil. Visto que a edição seria
             distribuída gratuitamente, implicava alguns
             gastos monetários não oferecendo consideráveis
             vantagens à CDgo.


             Após a verificação deste obstáculo, pensou-se
             em desenvolver o livro “Copia-me” que reúne
             um conjunto de testemunhos e expressões
             individuais – sobre a pirataria, os direitos
             de autor, a disponibilização gratuita de músicas
             pelos próprios autores, e o retorno do vinil como
             uma estratégia comercial, visto que o cd já não
             contempla – com um artigo de opinião e com
             a pro-actividade do público que aderiu ao projecto
             na Rede Social Facebook. Para além de ser um
             livro que não exige grande dispêndio na sua
             reprodução, torna-se um objecto de divulgação
             da empresa CDgo, de consciencialização sobre
             esta problemática, (que serve como guia de alguns
             aspectos/opiniões a ter em consideração no dia
             do debate) funcionando, também, como notebook.
COPIA-ME
o postal




           COPIA-ME
           o postal
           9
COPIA-ME




           10
o postal
COPIA-ME
o postal

Deverão as pessoas
ter acesso a uma




                             COPIA-ME
obra como forma




                             o postal
de conhecimento
e participação
activa, cultural
e crítica
                             11
na sociedade?
“Sou filosoficamente
 contra o próprio
 conceito de direito
 de autor em qualquer
 arte. Aceito receber
 direitos de autor
 porque é a única
 forma possível,
 embora desviada,
 de a comunidade me
 permitir usar o meu
 tempo a inventar
 mais canções. Mas,
 salvo em casos de
 utilizações comerciais,
 ou para fins lucrativos
 privados, nunca me
 servi dos direitos de
 autor para autorizar
 ou deixar de autorizar.
 As minhas canções
 saem de casa como os
 filhos, e vão à sua vida.
Usem-nas como
           quiserem, as acções
           ficam para quem as
           pratica, a comunidade
           que assuma a crítica.”
           José Mário Branco

           Este postal foi
           desenvolvido com base
           na opinião de José
           Mário Branco, em que
           refere que “as canções
           são como filhos:
o postal
COPIA-ME




           geram-se, nascem,
           crescem e depois
           vão à sua vida.”
           Quis-se representar
           na ilustração, o poder
 12        e velocidade da
           reprodução – os filhos,
           mais rebeldes, que
           querem rapidamente
           sair de casa e aqueles
           que se apaixonam,
           casam e têm filhos,
           e assim por diante.

           A vantagem dos postais
           é que dispensam do uso
           do envelope tornando
           a correspondência
           simples e barata,
           e, por esse motivo,
           foi escolhido como
           suporte gráfico para
           difusão de informação.

           O postal será
           distribuído em locais
           públicos adequados
           para o efeito, como
           escolas, cafés
           e salas concerto.
COPIA-ME
a opinião

Os testemunhos
que prestaram opinião,
foram seleccionados
conforme o seu perfil –
formação e trabalho –
e, na maioria dos casos,
pela adesão ao projecto




                           COPIA-ME
Copia-me na Rede




                           a opinião
Social Facebook,
sendo, de igual forma,
analisado o seu perfil.

Durante o processo         13
de comunicação
com os testemunhos,
surgiram algumas
dificuldades pela pouca
disponibilidade em
desenvolver um artigo
de opinião.
Foram comunicados,
            via email, cerca
            de 50 possíveis
            testemunhos,
            individuais
            e colectivos,
            12 responderam
            ao contacto.
a opinião
COPIA-ME




            Dentro do prazo
            estipulado, apenas
            5 deram opinião.

            Foi pertinente
 14         e fundamental
            o trabalho de campo,
            com o intuito
            de recolher e ter
            conhecimento
            de diversas opiniões
            críticas, de modo
            a obter uma reflexão
            sobre a problemática
            analisada neste
            projecto.
“VIVEMOS
                              NUMA
                              SOCIEDADE
                              CAPITALISTA.”
                             “A minha opinião seria apenas a de uma pessoa
                              que ouve música, não estou de forma alguma
                              envolvida no processo de produção musical.
                              No fundo, sou aquilo a que gostam de chamar
                              de consumidor - embora não perceba
                              bem essa visão utilitária do objecto cultural
                              e artístico. Existem músicos com visões bastante




                                                                                                           COPIA-ME
                              interessantes sobre esse tema: Adolfo Luxúria




                                                                                                           a opinião
                              Canibal (dos Mão Morta) e José Mário Branco.

                             O download tido como ilegal não considero
YOURI PAIVA                  como um problema. Problema é existir cada
                             vez mais aquilo a que chamamos de produtos          Download                  15
Idade                        culturais, como se a cultura e a arte fossem mero
25 anos                      entretenimento e que, como todo e qualquer          Referências
Naturalidade
Roterdão, Holanda            produto, deve-se pagar para se usufruir dele        Adolfo Luxúria Canibal;
Localização actual           (eu acho que pagar seja o que for é um mau          José Mário Branco.
Lisboa, Portugal             princípio, mas vivemos numa sociedade               Karl Marx.
                             capitalista e entrar com demasiado Marx
Formação                     faria com que entrássemos no campo
Licenciatura em História     do hipotético - e a CDgo quer lá saber do Marx
na Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa;   para alguma coisa). Ora bem, a arte – como
Curso de Fotografia          objecto que reflecte uma necessidade de um autor
no Ar.Co - Centro de Artes   mudar qualquer coisa neste mundo – não pode
e Comunicação Visual;
Curso de Fotografia          ser encarada como produto para consumo, mas
no MEF - Movimento           sim como algo que é fundamental, necessário
Expressão Fotográfica.       e, por isso mesmo, deve estar totalmente
                             disponível para toda a população.
Ocupação
Fotógrafo e Estagiário       No fundo, não me interessam novas formas
na Associação Casa
da Achada – Centro           de explorar o mercado. Interessa-me
Mário Dionísio.              que deixe de existir mercado.”
“ESTA SITUAÇÃO
                                        ENVOLVE UMA
                                           MUDANÇA
                                      DO PARADIGMA
                                        DA INDÚSTRIA
                                            MUSICAL.”
            ARTUR MOREIRA
a opinião
COPIA-ME




                             Idade           “Como me parece fácil
                           26 anos               de perceber, para o
                    Naturalidade
                   Porto, Portugal           autor é extremamente
               Localização actual                vantajoso ver a sua
 16          Amesterdão, Holanda                  obra difundida de
                                                maneira a conseguir
                          Formação                    chegar (ou seja,
                       Licenciatura               ser efectivamente
              em Engenharia Civil;
            Certificado em Estudos             ouvida) a um público
            de Jazz – New England                  à escala mundial,
             Conservatory, Boston.              como contrapartida
                                                   vê-se despido de
                         Ocupação           remuneração por parte
                Eng. Civil e Músico             da pessoa que entra
                                                 em contacto com a
                                                          sua criação.
                                            Não fosse o facto desta
                                              escolha não poder ser
                                            feita pelo autor (apesar
                                                 de algumas vezes o
                                                 ser) e esta situação
                                                   não me pareceria
                                                    tremendamente
                                                               injusta.
COPIA-ME
                                                                                 a opinião
Por outro lado,          que de outra maneira     de arte é vista
dentro dos agentes       seriam impossíveis,      e remunerada.
envolvidos, o que        compensam o pouco        Pela minha parte    Download
soma mais perdas         que já recebia com       creio que é muito
será a parte das         a venda dos Cds.         mais uma mudança               17
editoras que vêm                                  de paradigma...”
os seus lucros           Tendo isto em mente                          Comprar
muitíssimo minorados     acho que convém
sem a existência         reflectir sobre
de nenhuma               se esta situação
contrapartida,           envolve uma mudança
ao contrário do autor    do paradigma da
que vê a difusão         indústria musical
da sua obra aumentar     (de direcção inversa
de tal maneira           à mudança introduzida
que muitas vezes         quando a música
os lucros provenientes   começou a ser
dos concertos,           difundida de maneira
                         física pelas editoras)
                         ou se realmente existe
                         um retrocesso
                         em relação à maneira
                         como a autoria
                         de uma obra
COPIA-ME




            18
a opinião
“FONTE DE
                                PROGRESSO
                                E GLOBALIZAÇÃO”


MIGUEL QUEIRÓS                “Há alguns anos atrás        de lucros                em si e ir buscá-lo
                               podíamos gravar             astronómicos             a serviços associados.
Idade                          programas de TV             montado e se recusam     Enquanto as editoras
31 anos                        para ver mais tarde,        a actualizá-lo.          não mudarem
Naturalidade
Vale de Cambra, Portugal       podíamos gravar             O sistema de venda       de atitude, a ‘guerra’




                                                                                                             COPIA-ME
Localização actual             as nossas músicas           de música tradicional    vai continuar, ainda




                                                                                                             a opinião
Vila Nova de Gaia, Portugal    para ouvir no              ‘faliu’, é um facto, há   mais que os piratas
                               walkman, e isso             que acordar!             não sentem que
Formação                       era normal. Agora,                                   estejam a cometer
Licenciatura                   chama-se pirataria!         As editoras têm          nenhuma ilegalidade
em Arquitectura
na Escola Superior                                         de deixar de ver         devido aos lucros        19
Artística do Porto (ESAP).     Ao invés do que nos         a pirataria como         astronómicos obtidos
                               querem fazer crer,          um inimigo,              pelas editoras
Ocupação                       a ‘guerra’ da pirataria     e olhá-la como           que não chegam
Arquitecto                     na internet não é           fonte de progresso       aos artistas,
na EVA | evolutionary
architecture.                  travada entre os            e de globalização.       e medidas como
                               artistas e os ‘piratas’,    É facilmente             a do governo francês
                               é uma guerra entre          observável que           que visam penalizar
                               as editoras e os            o valor de um artista    os internautas
                              ‘piratas’. A questão        ‘aumenta’ graças          que não controlem
                               fulcral da pirataria,       à difusão que obtém      o acesso de terceiros
                               é uma questão               com a pirataria,         aos seus computadores,
                               de comodismo,               porque não               só servem para exaltar
                               de falta de querer          rentabilizar esse        os ânimos.”
                               acompanhar                  valor acrescentado
                               a evolução tecnológica      em concertos,
                               e social por parte          merchandising, entre
                               das editoras que            outros, descentrando     Download
                               têm o seu sistema           a fonte de lucro
                               de obtenção                 principal do produto
“ANEXO
             DE CAUSALIDADE”


            TIAGO ESTEVES

            Idade
            31 anos
            Naturalidade
            Barcelos, Portugal
            Localização actual
            Londres, Reino Unido


            Formação
            Licenciatura
            em Direito
a opinião
COPIA-ME




            na Universidade
            de Coimbra;
            Licenciatura
            em Música
            Comercial
            na Universidade
 20         de Westminster.


            Ocupação
            Membro e fundador
            do projecto Katzgraben
            e do projecto The Sound
            of Places (TSOP).
“Poder-se-ia aqui           não físico acabou por    Pouco relevante será
 discutir infindáveis       se tornar a referência   discutir legalidades de
 tópicos sobre aquilo       de praticabilidade       partilhas de ficheiros,
 que mais ‘preocupa’        e o alimento de um       inventar ‘perseguições
 a indústria musical        novo objecto – o         a piratas’ de forma
 mundial e os seus          leitor de mp3 ou ipod.   repressiva e ineficaz,
 alicerces já corroídos     Por outro lado, essa     criar novas leis que
 e enferrujados.            mesma ‘revolução’        venham preencher
 É uma indústria em         digital veio trazer      lacunas impossíveis.
 crise, em decadência       estúdios caseiros para   Toda a gente sabe (ou
 visível, a espingardar     dentro dos quartos       deveria saber) que os
 mecanismos inócuos         e uma corda para o       direitos de autor são
 sobre direitos de autor,   pescoço das grandes      de uma complexidade
 pirataria e o milagre      editoras, grandes        única, até que por
 do aparecimento            produtoras, grandes      para a sua existência
 de um novo formato         estúdios. Tudo se        imaterial precisam
 que venha consentir        tornou mais acessível    de visibilidade, tacto,
 o ‘controlo’ que o         e mais democrático.      de um suporte físico
 digital vulgar mp3         Não vale a pena tentar   qualquer que venha
 não permite. O mais        analisar aqui todos      dar-lhes relevância




                                                                               COPIA-ME
 impressionante é que       os pormenores. Seria     não só jurídica mas




                                                                               a opinião
 ainda não percebeu         tarefa impossível para   também cultural,
 (ou não quer perceber)     tão poucas palavras. O   artística e social.
 que a era digital já       que importa dizer
 aniquilou um negócio       é que se vive hoje uma
 de décadas, leitmotiv      mudança inevitável                                 21
 da globalização            de formas de ouvir,
 da música pop,             editar, gravar e
 e termómetro               partilhar música.
 de estratégias
 comerciais que
 de artístico têm
 muito pouco.
 Nada que não fosse
 previsível. Primeiro,
 veio o CD, o formato
 perfeito, que destruiu
 o supremo vinil,
 o último prazer
 analógico. Depois, após
 inúmeras tentativas de
 encontrar um formato
 áudio ainda mais
 perfeito (blu-ray, dvd-
 audio, etc), o formato
Colocam-se
            hoje inúmeras
            questões:
            Existe realmente      Existe uma efectiva         Será justo impedir         Será realmente eficaz
a opinião
COPIA-ME




            um nexo de            oferta de um formato        uma democratização         uma ‘perseguição’
            causalidade           físico com valor, isto é,   cultural em prol do        à tal pirataria (uma
            entre downloads       será justa a cobrança       valor da propriedade       pirataria que nem
            (supostamente)        de determinados             sobre direitos de autor?   é pirataria pois
            ilegais e a descida   valores por uma mera                                   nela não existem
 22         das vendas            caixa de plástico com                                  ambições de copiar
            fonográficas?         um CD dentro?                                          e revender um produto)
                                                                                         para benefício da
                                                                                         divulgação artística?
O músico é a peça fundamental deste xadrez.




                                                                COPIA-ME
Possui toda a liberdade de disponibilizar




                                                                a opinião
a sua própria música ao preço que quiser,            Download
e sob o formato que considere mais apropriado.
É também a ele que se pede a tomada
de consciência relativa aos seus direitos
como criador (o direito de autor existe              Comprar    23
a partir do momento em que a obra é criada)
e o desprendimento de ‘indústrias lucrativas’
de pseudo-sociedades que se dizem protectoras.

Essa tomada de consciência deve estender-se
também a todos os âmbitos de produção artística.
Com determinação e sem hipocrisias. Talvez
seja esta uma perspectiva que parte de um certo
diletantismo, mas tal não é justificação para dar
azo à desconfiança ou à confusão de interesses
antagónicos. O músico deve ser soberano para
que perdas de autoria na hierarquia de uma
indústria caduca não se repitam. E à célebre
discussão sobre a eventual ilegalidade de partilha
de ficheiros deve ser acrescentada uma valente
dose de pragmatismo. Antes perder a fonte
de lucro do que vender a alma ao diabo.”
“NOVA
             ORDEM”
            NUNO CATARINO

            Idade
            30 anos
            Naturalidade
            Esposende, Portugal
            Localização actual
a opinião
COPIA-ME




            Lisboa, Portugal


            Formação
            Licenciatura
            em Publicidade e Marketing
            na Escola Superior
 24         de Comunicação Social;
            Pós-Graduação em
            Comunicação, Cultura
            e Tecnologias de Informação
            no Instituto Superior
            de Ciências do Trabalho
            e da Empresa (ISCTE).

            Ocupação
            Assessor para a Comunicação
            e Marketing na Associação
            Portuguesa de Apoio à Vítima;
            Crítico de Jazz no Público;
            Colaborador da Jazz.pt
            e do Bodyspace.
“Além de ter alterado       A partir de 2003           pelo próprio
 de forma definitiva        a indústria da música      consumidor)
 a forma como               começou a dar provas       e deixando
 são percepcionados,        da sua capacidade          a possibilidade
 consumidos                 de reinventar o seu        ao utilizador de pagar
 e comercializados          negócio, criando           10 USD pelo envio
 diversos dispositivos      novas áreas                de uma edição física.
 culturais, a internet      de negócio,                Estes novos modelos
 revolucionou de forma      especificamente            de negócio, ainda que
 notória o negócio          através da internet        pouco comuns, são
 da música. Se ao longo     (online music)             já representativos
 da história, a indústria   e do telemóvel             da emergência uma
 se habituou                (mobile music).            nova era no mundo
 a diversas evoluções,                                 da música. O próprio
 nomeadamente                Em 2007 o grupo           Girl Talk utiliza como
 quando se assistia          britânico Radiohead       método de trabalho
 à substituição do           disponibilizou o seu      a recolha de samples
 paradigma do principal      disco ‘In Rainbows’       de outros artistas,
 suporte, essa evolução      de forma gratuita,        numa técnica




                                                                                COPIA-ME
 acabou por acontecer,       deixando ao utilizador   ‘copy-paste’, que




                                                                                a opinião
 de uma maneira geral,       a possibilidade           apesar de derivar
 de uma forma pacífica.      de pagar o que            da cultura ‘mash
 Se entre 1980 e 2002        entendesse pelo           up’ lhes acrescenta
 sempre se assistiu          download, vendendo        elementos de inovação
 a um crescente volume       posteriormente uma       – os seus discos ‘Night   25
 de vendas de música         edição especial           Ripper’ (2006) e ‘Feed
 em formato físico           do disco com vários       the Animals’ (2008)
 (inicialmente vinil,        extras – a acção          foram casos de
 depois CD de forma          traduziu-se num           enorme popularidade
 hegemónica). Essa           sucesso a dois            e, simultaneamente,
 evolução da facturação      níveis, pelo número       de aclamação crítica.
 do CD nos EUA, Europa       de downloads e pela       O artista/DJ americano
 e Japão, começou            facturação económico      é um ícone deste novo
 a decair em 2002,           pela venda da edição      sistema de produção
 com a generalização         física do disco. O        e distribuição, de uma
 do consumo                  americano Greg Gillis,    cultura emergente
 de música através           mais conhecido pelo       que transcende do
 de formatos digitais.       pseudónimo Girl           próprio acto criativo
 A partir de 2003 somos      Talk, teve um gesto       para o modelo de
 confrontados com a          semelhante, ao editar     negócio, como atestam
 quebra da hegemonia         em 2008 o seu disco       os documentários
 do formato CD, rumo        ‘Feed the Animals’,       ‘Good Copy Bad Copy’
 à multiplicação dos         disponibilizando          (2007) e ‘RIP: A Remix
 formatos e à afirmação      o download de forma       Manifesto’ (2008).
 do formato digital          gratuita (ou pelo
 online e móvel.             um preço definido
Numa era em que            Não é a primeira
            o mp3 (MPEG-1              vez que a indústria
            audio layer 3)             musical enfrenta
            e outros formatos          mudanças
            digitais (como o FLAC)     significativas devido
            se tornam no meio          à introdução de
            primordial de consumo      inovações tecnológicas,
            da música, os formatos     mas é a mudança
            CD e DVD (musical)         que mais dificuldades
            perdem mercado,            de adaptação criou
            e as empresas não          ao negócio da música.
            conseguem equilibrar       Nesta ‘nova ordem
            o negócio através          musical 2.0’,
            dos formatos digitais,     a noção de consumo
            uma vez que a              de conteúdos
            acessibilidade gratuita    musicais deve ser
            aos conteúdos quase        entendida como
            se “institucionalizou”,    uma prática cultural
            pelo menos de uma          dinâmica, que remete
a opinião
COPIA-ME




            forma informal.            para valores, atitudes
            Através de blogs e sites   e apropriações
            de partilha (como          múltiplas. Estes novos
            RapidShare, SendSpace      padrões de consumo
            ou Megaupload)             são no entanto ainda
 26         ou torrents, a partilha    condicionados pelos
            de música banalizou-       media tradicionais,
            se, tornando acessível     que continuam
            em poucos cliques          a funcionar
            milhares de horas          como mediadores
            de música, desde           importantes –
            gravações históricas       a cultura musical
            de clássicos até           2.0 não está desligada
            à música popular           da rádio, da televisão
            mais universal.            (generalista e canais
                                       temáticos de música)
                                       ou da imprensa
                                       (suplementos culturais,
                                       revistas especializadas
                                       e fanzines).
No entanto,                 Aos artistas e aos                 Referências
complementa-se              agentes da indústria,              Radiohead;
                                                               Greg Gillis.
com as fontes de            que na maior parte      Download
informação online:          dos casos não sabem                 Documentários
webzines (como o site       ainda reagir a este                “Good Copy Bad Copy”, 2007;
                                                               “RIP: A Remix Manifesto”, 2008.
de referência Pitchfork),   novo paradigma,
blogs (focados na           cabe o papel de         Comprar    Tecnologias
informação/notícias,        procurar encontrar                 RapidShare;
                                                               SendSpace;
de crítica especializada    formas de reverter                 Megaupload.
ou até com a simples        as enormes
função de partilha/         potencialidades                    Informação online
distribuição de mp3)        das novas ferramentas              Pitchfork;
                                                               Amazon.
e outras fontes             disponíveis
de informação               ao seu favor.”
online - as críticas da
Amazon, feitas pelos
utilizadores/clientes
acabam por vezes
por ter mais




                                                                                                 COPIA-ME
relevância crítica do




                                                                                                 a opinião
que um texto crítico
publicado num jornal.
Enquadrado num novo
sistema, moldado por
novas regras (ainda                                                                              27
maleáveis), o mercado
sente ainda os efeitos
de uma crise que já
se traduz no início
de uma nova era,
no novo tempo da
música digital. Entre
iPods, blogs, podcasts,
MySpace e mp3,
o modelo de
negócio da música
foi reconfigurado
numa adaptação
ao conceito do ‘global’.
COPIA-ME




              28
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no facebook




              no facebook
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              29
Portugal, Reino Unido, França, Brasil, Espanha,
                                      Luxemburgo, Roménia, Estados Unidos,
                                      Argentina, Canadá, Suíça, Alemanha e Lituânia
                                      são os países dos quais fazem parte os fãs
              A página comunitária    do Copia-me. Em Portugal, as cidades de maior
              do Copia-me na Rede     aderência são Lisboa, Vila Nova de Famalicão,
              Social Facebook foi     Amadora e Porto.
              criada no dia 23
              de Maio de 2010,        Desde a sua criação até ao dia 6 de Junho
              pretende divulgar       de 2010 houveram 20 publicações do público,
              o projecto e,           sem incluir as publicações do próprio criador
              interactivamente,       da página. Entre elas, foram reveladas
              estabelecer um          8 opiniões sobre o download legal e ilegal
              espaço de discussão     de música – 6 pessoas a favor do download
              e opinião, através de   ilegal e 2 em oposição.
              textos, vídeos e/ou
no facebook
COPIA-ME




              imagens sobre o tema.   Foram seleccionadas apenas 5 opiniões,
                                      para serem apresentadas neste livro.
              A página reúne 461
              fãs no total, sendo
              53% público masculino
  30          e 45% feminino,
              de idade compreendida
              entre os 13 e os 60     Download (6)
              anos, porém o público
              que revela maior
              adesão está entre
              os 18 e 24 anos         Comprar (2)
              de idade.
461 FÃS
                                                                    8:00 pm

                                                      445 FÃS
                                                      8:00 pm

                                        406 FÃS
                                        8:00 pm


                           343 FÃS
                           8:00 pm




                                                                              no facebook
                                                                              COPIA-ME
           126 FÃS                                                            31
           8:00 pm




0 FÃS
        23 MAIO        30 MAIO       6 JUNHO      13 JUNHO      20 JUNHO
        domingo        domingo       domingo      domingo       domingo




        TOTAL DE FÃS no facebook
GÉNEROS no facebook


                    53% PÚBLICO
no facebook
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                      masculino

                    45% PÚBLICO
                        feminino

  32                 2% PÚBLICO
                          outros
IDADES no facebook


53% PÚBLICO




                     no facebook
                     COPIA-ME
masculino

24%
18 – 24 anos

45% PÚBLICO          33
feminino

26%
18 – 24 anos

2% PÚBLICO
outros
25 MAIO
              às 0:22



              OPINIÃO I
              Teixeira Moita

              “A Net e os downloads       Já ando nisto há
               ilegais estão a matar      muitos anos e reparo
               o autor. Tudo isto         que existe um
               porque existe essa         interesse crescente
               vontade política           por parte dos jovens
               de acessibilidade          e imprensa pela
               gratuita e ilimitada       música pop dos 80
               aos conteúdos, que         e 90 e até pela Música
               parte do princípio         Experimental dessa
               de que, se eu posso        época. E querem
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               criar uma música           saber porquê?
               e colocá-la na Internet,   Porque neste momento
               sou um artista igual       é praticamente
               a um ‘profissional’.       impossível
               Isto interessa ao          encontrarmos uma
  34           sistema político           proposta interessante
               porque... envolve          e inovadora nessas
               as pessoas                 áreas. O ‘Copy Paste’
               numa atmosfera             domina na criação
               aparentemente              e já poucos arriscam
              ‘democrática’, o que        a via profissional
               as afasta da política      ou se dedicam
               activa que deve ser        as outras actividades.”
               questionada todos
               os dias.

                                          Comprar
25 MAIO
às 1:15



OPINIÃO 2
Buga Daz Coubz

“O ‘problema’ dos         Quantas foram
 artistas porem as        as bandas portuguesas
 suas próprias músicas    que REALMENTE
 online, é que deixam     conseguiram tocar
 de ter que se submeter   no estrangeiro, sem
 à ditadura das           ser para os emigrantes,
 grandes (e pequenas)     antes da ‘pirataria’
 empresas, essas sim,     na net! Alguma
 que se apropriam         editora apostava
 dos direitos de autor    no estrangeiro?




                                                     no facebook
                                                     COPIA-ME
 de quem assinam...
 isso é ROUBAR quem       Hoje em dia existem
 criou algo! E se uma     bandas que tâm
 banda quer meter a       mais sucesso no
 sua música disponível    estrangeiro do que cá...
 gratuitamente?           garanto, que não foi       35
                          nenhuma editora que
                          tornou possível, mas
                          sim a livre circulação
                          das músicas...”




                          Download
27 MAIO
               às 2:45



              OPINIÃO 3
              André Simão

              “É claro que se             Acho que chegamos        Como é óbvio, a maior
               pode disponibilizar        a um limbo irracional    parte das bandas
               gratuitamente.             em que os músicos        que oferecem os
               É claro que há mais        são negociantes          seus álbuns estão,
               acesso à informação        de mercado               indirectamente,
               e cultura. É claro         paralelo, altruistas     a oferecer os seus
               que as bandas podem        e obrigatoriamente       concertos. talvez
               ganhar visibilidade        desinteressados,         no novo paradigma
               e capitaliza-la            as editoras são o        se venha a passar
               vendendo espectáculos.     bicho papão (todos       exactamente isso:
no facebook
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               Mas isto são efeitos       esqueceram a Blue        a música deixa
               colaterais de uma          Note, 4AD, Mute, ECM,    de ser um bem
               questão que, quanto        só para enumerar as      transacionável, passa
               a mim, se esgota nela      pontas dos respectivos   a ser exclusivo de
               própria: se um artista     icebergs) e os piratas   amadores, altruistas
  36           ou editora investem        são heróis               e desinteressados.
               capital próprio na         de contra-cultura,       Não me parece
               produção de um álbum       cultos, informados,      mal. mas que há-de
               então quem o copia         arautos da democracia.   demover muitos e bons
               fá-lo indevidamente                                 autores, isso há-de.”
               e CONTRA a vontade         Uma coisa é falar-se
               do autor. Ou seja,         de um novo paradigma.
               temos um dado              Outra é achar-se que
               objectivo e só por         o velho pode coexistir   Comprar
               milagre rebatível: certo   com esse novo que
               tipo de autor e autoria    ainda não existe
               perdem força.              num mundo florido de
                                          anarquia e altruísmo.
4 JUNHO                6 JUNHO
às 19:09               às 18:15



OPINIÃO 4              OPINIÃO 5
Melissa Oliveira       Tiago Gonçalves

“A pirataria é uma     “Alguma vez roubaria
 forma de partilha      um carro? Não.
 e se não houvesse      Mas se pudesse
 downloads ilegais      fazer cópias do meu
 não tínhamos acesso    carro, ficar com ele
 a tanta coisa boa!     e partilhar as cópias
 Ter um CD original     com outras pessoas,
 nas mãos também        fá-lo-ia. As associações
 é precioso e eu        anti-pirataria nem
 própria invisto        sequer se dão




                                                   no facebook
                                                   COPIA-ME
 nisso quando           ao trabalho de usar
 posso e quero.         argumentos que façam
                        sentido... Só querem
É preciso ouvir         é dinheiro, querem
e partilhar muita       o preço exagerado
música para conhecer    de 15€ por cada CD         37
um pequeno pedaço       quando 90% daquilo
das tantas obras que    que produzem é lixo
existem no mundo!”      sonoro e só os outros
                        10% valem realmente
                        esse dinheiro.”

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               38
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                                            COPIA-ME
                                            39
Este blogue foi criado   No dia 27 de Maio       No dia 31 de Maio        Desde a sua criação
               no dia 24 de Maio        foi publicado o post   foi criado o post         até ao dia 20
               de 2010. Pretende        “O Vinil”, onde foi    “As canções, para         de Junho de 2010,
               também dar                explicada a origem     mim, são como filhos”,   o blogue conseguiu
               a conhecer o projecto,   do nome do projecto     onde foi publicada       157 visualizações.
               e ser um espaço de       – 32 visualizações.     a ilustração do postal
no wordpress
COPIA-ME




               debate sobre o tema.                             sobre a opinião
                                                                de José Mário Branco
                                                                e colocada a pergunta
                                                                existente no mesmo
                                                               – 15 visualizações.
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157 VIS.
                                                                      8:00 am
                                                       149 VIS.
                                                       8:00 am




                                        128 VIS.
                                        8:00 am




                           85 VIS.
                           8:00 am




                                                                                 no wordpress
                                                                                 COPIA-ME
            9 VIS.                                                               41
            8:00 am


0 VIS.
         24 MAIO       31 MAIO       7 JUNHO       14 JUNHO       21 JUNHO
         segunda       segunda       segunda       segunda        segunda




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o livro



O livro é encadernado
com argolas, com
o intuito de não exigir
grande dispêndio.




                          1 Retire as argolas do livro.   2 Coloque as folhas de forma
                                                            acertada na fotocopiadora.


Este livro encontra-
se disponível para
download – em www.
slideshare.net/copiame
– e pode ser duplicado
livremente.

(Leia atentamente
as instruções
que se seguem).




                                                                                          COPIA-ME
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                          3 Programe o número             4 Carregue no botão “Copiar”.
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Copia-me o livro

  • 3. INTRO “Copia-me” O presente documento Esta contribuição é um projecto com de investigação do Design relevância social, é um objecto de Comunicação cultural e comercial, de consciencialização não surge de uma que pretende criar crítica acerca desta solicitação da empresa, debate sobre problemática mas de um resultado o download legal e uma análise sobre de percepção do e ilegal de música, o comércio mercado, de modo numa sociedade da indústria a responder de forma de consumo fonográfica, mais original e sustentada, e de disseminação especificadamente revelando uma da informação. a empresa CDgo – loja atenção peculiar de música da cidade como Designer do Porto. e como Música. Graciela Coelho
  • 5. ÍNDICE copia-me o projecto 5 copia-me o postal 9 copia-me a opinião 13 copia-me no facebook 29 copia-me no wordpress 39 copia-me o notebook 43 copia-me o livro 63
  • 7. COPIA-ME COPIA-ME o projecto o projecto A CDgo teve início em 1978, numa Para assegurar o seu Surgem novos media, 5 loja do Centro Comercial de Cedofeita, sucesso e fidelizar como o mp3, mp4, ou o público, a CDgo mesmo o iPod, e o CD no Porto, com a designação de JoJo’s investe neste canal torna-se obsoleto. Music, transferindo-se em 1999 para de comercialização, A compra a Rua de Cedofeita – instalações actuais introduz novas de música online – num edifício tradicional do século xx funcionalidades, tem movimentado de três pisos, com auditório, uma sala e dispõe títulos o mercado na Internet. difíceis de encontrar A Apple, desenvolveu vintage, e a respectiva loja. em empresas um software de concorrentes. reprodução de áudio, Os produtos disponibilizados desde o início o iTunes, compatível da sua fundação, no comércio de música, foram A diversificação com computadores os discos de vinil e cassetes, e mais tarde os CDs, decorre, também, pela de sistemas DVDs e SACDs. Para além da loja de música, aposta em actividades operacionais Mac a empresa, em 1998, pensou em desenvolver complementares, OS x e Windows. um site de comércio electrónico – www.jojomusic. como a organização de O iTunes contém com. Só em Dezembro de 2003 foi lançada exposições e concertos, um componente, a marca CDgo, em simultâneo com a apresentação e pela oferta adicional o iTunes Store, da 3ª versão do site. Nesta época, a componente de livros e revistas. pelo qual os usuários de vendas online ultrapassou a das vendas na loja, podem comprar e, assim, a empresa transitou de um mercado Contudo, com arquivos digitais, local para um mercado nacional e, recentemente, a crescente utilização como músicas. internacional. A CDgo preocupa-se em apresentar de tecnologias digitais um site como um instrumento de fácil navegação e com a Internet, os Nesta era da mobilidade e pesquisa, pela grande quantidade de informação modos de distribuição da informação, que já disponível – oferta de produtos e serviços. e consumo de música não está fechada num são, maioritariamente, suporte material, de acesso directo perde-se um símbolo e utilizado cultural, digno de de forma ilegal. menção, como o Vinil.
  • 8. Note-se que o disco de Vinil não é um formato que estimula a pirataria e, para Estas transformações além disso, é uma “Este álbum o projecto COPIA-ME exercem influência peça gráfica agradável, na opinião em relação considerada um artigo contém músicas ao download de música de luxo/colecção – que podem ser na Internet. Opiniões, capas com um grande estas, diferentes volume de informações duplicadas ou 6 entre consumidores, sobre o álbum, reproduzidas músicos, editoras, os pormenores entre outros. A verdade da ilustração, livremente é que cada vez mais fotografia, tipografia. existe uma tendência Autorizado pelo de disponibilização Após esta análise, Decreto-lei n.º do trabalho do próprio pensou-se na edição artista, para conseguir de um Vinil como 63/85, de 14 introduzir-se objecto de motivação de Março. no mundo da música. para o debate sobre esta problemática. Artigo 31º)”. Reflectiu-se que, adoptando novamente o Vinil como formato principal de distribuição de música, seria uma adequada aposta comercial e uma forma de revivalismo e valor à música enquanto Existem músicas que suporte material. já não têm direitos de autor, nem de reprodução. Refere o artigo que “o direito de autor caduca, 70 anos após a morte do criador, mesmo que a obra só tenha sido publicada ou divulgada postumamente”.
  • 9. COPIA-ME o projecto 7 Num objecto O design desta O álbum seria posteriormente, que significa, edição em vinil foi distribuído no auditório da loja, intelectualmente, desenvolvido, gratuitamente, a nível com músicos, editoras, o incopiável, de forma manual, nacional, com o apoio críticos, entre outros. o conteúdo pode ser em papel milimétrico, da CDgo, não apenas copiado. Copiar o que para que possa para criar discussão “Copia-me!” já é de todos revela ser reproduzido e reflexão sobre a ironia pretendida facilmente. As cores o download legal para debate. foram alteradas para e ilegal de música, o seu inverso, de forma mas também a obter mais contraste promover um debate e robustez. a ser realizado,
  • 10. Apostou-se na divulgação do projecto, o projecto COPIA-ME com a criação de um blogue – no serviço WordPress.com – e de uma página comunitária na Rede Social Facebook, de forma a obter proveito sobre “O Poder do Efeito Viral”. 8 O projecto foi proposto na CDgo, no dia 22 de Maio de 2010, onde foram detectados alguns contratempos. Era possível, apenas, a reprodução de um exemplar do Vinil. Visto que a edição seria distribuída gratuitamente, implicava alguns gastos monetários não oferecendo consideráveis vantagens à CDgo. Após a verificação deste obstáculo, pensou-se em desenvolver o livro “Copia-me” que reúne um conjunto de testemunhos e expressões individuais – sobre a pirataria, os direitos de autor, a disponibilização gratuita de músicas pelos próprios autores, e o retorno do vinil como uma estratégia comercial, visto que o cd já não contempla – com um artigo de opinião e com a pro-actividade do público que aderiu ao projecto na Rede Social Facebook. Para além de ser um livro que não exige grande dispêndio na sua reprodução, torna-se um objecto de divulgação da empresa CDgo, de consciencialização sobre esta problemática, (que serve como guia de alguns aspectos/opiniões a ter em consideração no dia do debate) funcionando, também, como notebook.
  • 11. COPIA-ME o postal COPIA-ME o postal 9
  • 12. COPIA-ME 10 o postal
  • 13. COPIA-ME o postal Deverão as pessoas ter acesso a uma COPIA-ME obra como forma o postal de conhecimento e participação activa, cultural e crítica 11 na sociedade? “Sou filosoficamente contra o próprio conceito de direito de autor em qualquer arte. Aceito receber direitos de autor porque é a única forma possível, embora desviada, de a comunidade me permitir usar o meu tempo a inventar mais canções. Mas, salvo em casos de utilizações comerciais, ou para fins lucrativos privados, nunca me servi dos direitos de autor para autorizar ou deixar de autorizar. As minhas canções saem de casa como os filhos, e vão à sua vida.
  • 14. Usem-nas como quiserem, as acções ficam para quem as pratica, a comunidade que assuma a crítica.” José Mário Branco Este postal foi desenvolvido com base na opinião de José Mário Branco, em que refere que “as canções são como filhos: o postal COPIA-ME geram-se, nascem, crescem e depois vão à sua vida.” Quis-se representar na ilustração, o poder 12 e velocidade da reprodução – os filhos, mais rebeldes, que querem rapidamente sair de casa e aqueles que se apaixonam, casam e têm filhos, e assim por diante. A vantagem dos postais é que dispensam do uso do envelope tornando a correspondência simples e barata, e, por esse motivo, foi escolhido como suporte gráfico para difusão de informação. O postal será distribuído em locais públicos adequados para o efeito, como escolas, cafés e salas concerto.
  • 15. COPIA-ME a opinião Os testemunhos que prestaram opinião, foram seleccionados conforme o seu perfil – formação e trabalho – e, na maioria dos casos, pela adesão ao projecto COPIA-ME Copia-me na Rede a opinião Social Facebook, sendo, de igual forma, analisado o seu perfil. Durante o processo 13 de comunicação com os testemunhos, surgiram algumas dificuldades pela pouca disponibilidade em desenvolver um artigo de opinião.
  • 16. Foram comunicados, via email, cerca de 50 possíveis testemunhos, individuais e colectivos, 12 responderam ao contacto. a opinião COPIA-ME Dentro do prazo estipulado, apenas 5 deram opinião. Foi pertinente 14 e fundamental o trabalho de campo, com o intuito de recolher e ter conhecimento de diversas opiniões críticas, de modo a obter uma reflexão sobre a problemática analisada neste projecto.
  • 17. “VIVEMOS NUMA SOCIEDADE CAPITALISTA.” “A minha opinião seria apenas a de uma pessoa que ouve música, não estou de forma alguma envolvida no processo de produção musical. No fundo, sou aquilo a que gostam de chamar de consumidor - embora não perceba bem essa visão utilitária do objecto cultural e artístico. Existem músicos com visões bastante COPIA-ME interessantes sobre esse tema: Adolfo Luxúria a opinião Canibal (dos Mão Morta) e José Mário Branco. O download tido como ilegal não considero YOURI PAIVA como um problema. Problema é existir cada vez mais aquilo a que chamamos de produtos Download 15 Idade culturais, como se a cultura e a arte fossem mero 25 anos entretenimento e que, como todo e qualquer Referências Naturalidade Roterdão, Holanda produto, deve-se pagar para se usufruir dele Adolfo Luxúria Canibal; Localização actual (eu acho que pagar seja o que for é um mau José Mário Branco. Lisboa, Portugal princípio, mas vivemos numa sociedade Karl Marx. capitalista e entrar com demasiado Marx Formação faria com que entrássemos no campo Licenciatura em História do hipotético - e a CDgo quer lá saber do Marx na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; para alguma coisa). Ora bem, a arte – como Curso de Fotografia objecto que reflecte uma necessidade de um autor no Ar.Co - Centro de Artes mudar qualquer coisa neste mundo – não pode e Comunicação Visual; Curso de Fotografia ser encarada como produto para consumo, mas no MEF - Movimento sim como algo que é fundamental, necessário Expressão Fotográfica. e, por isso mesmo, deve estar totalmente disponível para toda a população. Ocupação Fotógrafo e Estagiário No fundo, não me interessam novas formas na Associação Casa da Achada – Centro de explorar o mercado. Interessa-me Mário Dionísio. que deixe de existir mercado.”
  • 18. “ESTA SITUAÇÃO ENVOLVE UMA MUDANÇA DO PARADIGMA DA INDÚSTRIA MUSICAL.” ARTUR MOREIRA a opinião COPIA-ME Idade “Como me parece fácil 26 anos de perceber, para o Naturalidade Porto, Portugal autor é extremamente Localização actual vantajoso ver a sua 16 Amesterdão, Holanda obra difundida de maneira a conseguir Formação chegar (ou seja, Licenciatura ser efectivamente em Engenharia Civil; Certificado em Estudos ouvida) a um público de Jazz – New England à escala mundial, Conservatory, Boston. como contrapartida vê-se despido de Ocupação remuneração por parte Eng. Civil e Músico da pessoa que entra em contacto com a sua criação. Não fosse o facto desta escolha não poder ser feita pelo autor (apesar de algumas vezes o ser) e esta situação não me pareceria tremendamente injusta.
  • 19. COPIA-ME a opinião Por outro lado, que de outra maneira de arte é vista dentro dos agentes seriam impossíveis, e remunerada. envolvidos, o que compensam o pouco Pela minha parte Download soma mais perdas que já recebia com creio que é muito será a parte das a venda dos Cds. mais uma mudança 17 editoras que vêm de paradigma...” os seus lucros Tendo isto em mente Comprar muitíssimo minorados acho que convém sem a existência reflectir sobre de nenhuma se esta situação contrapartida, envolve uma mudança ao contrário do autor do paradigma da que vê a difusão indústria musical da sua obra aumentar (de direcção inversa de tal maneira à mudança introduzida que muitas vezes quando a música os lucros provenientes começou a ser dos concertos, difundida de maneira física pelas editoras) ou se realmente existe um retrocesso em relação à maneira como a autoria de uma obra
  • 20. COPIA-ME 18 a opinião
  • 21. “FONTE DE PROGRESSO E GLOBALIZAÇÃO” MIGUEL QUEIRÓS “Há alguns anos atrás de lucros em si e ir buscá-lo podíamos gravar astronómicos a serviços associados. Idade programas de TV montado e se recusam Enquanto as editoras 31 anos para ver mais tarde, a actualizá-lo. não mudarem Naturalidade Vale de Cambra, Portugal podíamos gravar O sistema de venda de atitude, a ‘guerra’ COPIA-ME Localização actual as nossas músicas de música tradicional vai continuar, ainda a opinião Vila Nova de Gaia, Portugal para ouvir no ‘faliu’, é um facto, há mais que os piratas walkman, e isso que acordar! não sentem que Formação era normal. Agora, estejam a cometer Licenciatura chama-se pirataria! As editoras têm nenhuma ilegalidade em Arquitectura na Escola Superior de deixar de ver devido aos lucros 19 Artística do Porto (ESAP). Ao invés do que nos a pirataria como astronómicos obtidos querem fazer crer, um inimigo, pelas editoras Ocupação a ‘guerra’ da pirataria e olhá-la como que não chegam Arquitecto na internet não é fonte de progresso aos artistas, na EVA | evolutionary architecture. travada entre os e de globalização. e medidas como artistas e os ‘piratas’, É facilmente a do governo francês é uma guerra entre observável que que visam penalizar as editoras e os o valor de um artista os internautas ‘piratas’. A questão ‘aumenta’ graças que não controlem fulcral da pirataria, à difusão que obtém o acesso de terceiros é uma questão com a pirataria, aos seus computadores, de comodismo, porque não só servem para exaltar de falta de querer rentabilizar esse os ânimos.” acompanhar valor acrescentado a evolução tecnológica em concertos, e social por parte merchandising, entre das editoras que outros, descentrando Download têm o seu sistema a fonte de lucro de obtenção principal do produto
  • 22. “ANEXO DE CAUSALIDADE” TIAGO ESTEVES Idade 31 anos Naturalidade Barcelos, Portugal Localização actual Londres, Reino Unido Formação Licenciatura em Direito a opinião COPIA-ME na Universidade de Coimbra; Licenciatura em Música Comercial na Universidade 20 de Westminster. Ocupação Membro e fundador do projecto Katzgraben e do projecto The Sound of Places (TSOP).
  • 23. “Poder-se-ia aqui não físico acabou por Pouco relevante será discutir infindáveis se tornar a referência discutir legalidades de tópicos sobre aquilo de praticabilidade partilhas de ficheiros, que mais ‘preocupa’ e o alimento de um inventar ‘perseguições a indústria musical novo objecto – o a piratas’ de forma mundial e os seus leitor de mp3 ou ipod. repressiva e ineficaz, alicerces já corroídos Por outro lado, essa criar novas leis que e enferrujados. mesma ‘revolução’ venham preencher É uma indústria em digital veio trazer lacunas impossíveis. crise, em decadência estúdios caseiros para Toda a gente sabe (ou visível, a espingardar dentro dos quartos deveria saber) que os mecanismos inócuos e uma corda para o direitos de autor são sobre direitos de autor, pescoço das grandes de uma complexidade pirataria e o milagre editoras, grandes única, até que por do aparecimento produtoras, grandes para a sua existência de um novo formato estúdios. Tudo se imaterial precisam que venha consentir tornou mais acessível de visibilidade, tacto, o ‘controlo’ que o e mais democrático. de um suporte físico digital vulgar mp3 Não vale a pena tentar qualquer que venha não permite. O mais analisar aqui todos dar-lhes relevância COPIA-ME impressionante é que os pormenores. Seria não só jurídica mas a opinião ainda não percebeu tarefa impossível para também cultural, (ou não quer perceber) tão poucas palavras. O artística e social. que a era digital já que importa dizer aniquilou um negócio é que se vive hoje uma de décadas, leitmotiv mudança inevitável 21 da globalização de formas de ouvir, da música pop, editar, gravar e e termómetro partilhar música. de estratégias comerciais que de artístico têm muito pouco. Nada que não fosse previsível. Primeiro, veio o CD, o formato perfeito, que destruiu o supremo vinil, o último prazer analógico. Depois, após inúmeras tentativas de encontrar um formato áudio ainda mais perfeito (blu-ray, dvd- audio, etc), o formato
  • 24. Colocam-se hoje inúmeras questões: Existe realmente Existe uma efectiva Será justo impedir Será realmente eficaz a opinião COPIA-ME um nexo de oferta de um formato uma democratização uma ‘perseguição’ causalidade físico com valor, isto é, cultural em prol do à tal pirataria (uma entre downloads será justa a cobrança valor da propriedade pirataria que nem (supostamente) de determinados sobre direitos de autor? é pirataria pois ilegais e a descida valores por uma mera nela não existem 22 das vendas caixa de plástico com ambições de copiar fonográficas? um CD dentro? e revender um produto) para benefício da divulgação artística?
  • 25. O músico é a peça fundamental deste xadrez. COPIA-ME Possui toda a liberdade de disponibilizar a opinião a sua própria música ao preço que quiser, Download e sob o formato que considere mais apropriado. É também a ele que se pede a tomada de consciência relativa aos seus direitos como criador (o direito de autor existe Comprar 23 a partir do momento em que a obra é criada) e o desprendimento de ‘indústrias lucrativas’ de pseudo-sociedades que se dizem protectoras. Essa tomada de consciência deve estender-se também a todos os âmbitos de produção artística. Com determinação e sem hipocrisias. Talvez seja esta uma perspectiva que parte de um certo diletantismo, mas tal não é justificação para dar azo à desconfiança ou à confusão de interesses antagónicos. O músico deve ser soberano para que perdas de autoria na hierarquia de uma indústria caduca não se repitam. E à célebre discussão sobre a eventual ilegalidade de partilha de ficheiros deve ser acrescentada uma valente dose de pragmatismo. Antes perder a fonte de lucro do que vender a alma ao diabo.”
  • 26. “NOVA ORDEM” NUNO CATARINO Idade 30 anos Naturalidade Esposende, Portugal Localização actual a opinião COPIA-ME Lisboa, Portugal Formação Licenciatura em Publicidade e Marketing na Escola Superior 24 de Comunicação Social; Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Ocupação Assessor para a Comunicação e Marketing na Associação Portuguesa de Apoio à Vítima; Crítico de Jazz no Público; Colaborador da Jazz.pt e do Bodyspace.
  • 27. “Além de ter alterado A partir de 2003 pelo próprio de forma definitiva a indústria da música consumidor) a forma como começou a dar provas e deixando são percepcionados, da sua capacidade a possibilidade consumidos de reinventar o seu ao utilizador de pagar e comercializados negócio, criando 10 USD pelo envio diversos dispositivos novas áreas de uma edição física. culturais, a internet de negócio, Estes novos modelos revolucionou de forma especificamente de negócio, ainda que notória o negócio através da internet pouco comuns, são da música. Se ao longo (online music) já representativos da história, a indústria e do telemóvel da emergência uma se habituou (mobile music). nova era no mundo a diversas evoluções, da música. O próprio nomeadamente Em 2007 o grupo Girl Talk utiliza como quando se assistia britânico Radiohead método de trabalho à substituição do disponibilizou o seu a recolha de samples paradigma do principal disco ‘In Rainbows’ de outros artistas, suporte, essa evolução de forma gratuita, numa técnica COPIA-ME acabou por acontecer, deixando ao utilizador ‘copy-paste’, que a opinião de uma maneira geral, a possibilidade apesar de derivar de uma forma pacífica. de pagar o que da cultura ‘mash Se entre 1980 e 2002 entendesse pelo up’ lhes acrescenta sempre se assistiu download, vendendo elementos de inovação a um crescente volume posteriormente uma – os seus discos ‘Night 25 de vendas de música edição especial Ripper’ (2006) e ‘Feed em formato físico do disco com vários the Animals’ (2008) (inicialmente vinil, extras – a acção foram casos de depois CD de forma traduziu-se num enorme popularidade hegemónica). Essa sucesso a dois e, simultaneamente, evolução da facturação níveis, pelo número de aclamação crítica. do CD nos EUA, Europa de downloads e pela O artista/DJ americano e Japão, começou facturação económico é um ícone deste novo a decair em 2002, pela venda da edição sistema de produção com a generalização física do disco. O e distribuição, de uma do consumo americano Greg Gillis, cultura emergente de música através mais conhecido pelo que transcende do de formatos digitais. pseudónimo Girl próprio acto criativo A partir de 2003 somos Talk, teve um gesto para o modelo de confrontados com a semelhante, ao editar negócio, como atestam quebra da hegemonia em 2008 o seu disco os documentários do formato CD, rumo ‘Feed the Animals’, ‘Good Copy Bad Copy’ à multiplicação dos disponibilizando (2007) e ‘RIP: A Remix formatos e à afirmação o download de forma Manifesto’ (2008). do formato digital gratuita (ou pelo online e móvel. um preço definido
  • 28. Numa era em que Não é a primeira o mp3 (MPEG-1 vez que a indústria audio layer 3) musical enfrenta e outros formatos mudanças digitais (como o FLAC) significativas devido se tornam no meio à introdução de primordial de consumo inovações tecnológicas, da música, os formatos mas é a mudança CD e DVD (musical) que mais dificuldades perdem mercado, de adaptação criou e as empresas não ao negócio da música. conseguem equilibrar Nesta ‘nova ordem o negócio através musical 2.0’, dos formatos digitais, a noção de consumo uma vez que a de conteúdos acessibilidade gratuita musicais deve ser aos conteúdos quase entendida como se “institucionalizou”, uma prática cultural pelo menos de uma dinâmica, que remete a opinião COPIA-ME forma informal. para valores, atitudes Através de blogs e sites e apropriações de partilha (como múltiplas. Estes novos RapidShare, SendSpace padrões de consumo ou Megaupload) são no entanto ainda 26 ou torrents, a partilha condicionados pelos de música banalizou- media tradicionais, se, tornando acessível que continuam em poucos cliques a funcionar milhares de horas como mediadores de música, desde importantes – gravações históricas a cultura musical de clássicos até 2.0 não está desligada à música popular da rádio, da televisão mais universal. (generalista e canais temáticos de música) ou da imprensa (suplementos culturais, revistas especializadas e fanzines).
  • 29. No entanto, Aos artistas e aos Referências complementa-se agentes da indústria, Radiohead; Greg Gillis. com as fontes de que na maior parte Download informação online: dos casos não sabem Documentários webzines (como o site ainda reagir a este “Good Copy Bad Copy”, 2007; “RIP: A Remix Manifesto”, 2008. de referência Pitchfork), novo paradigma, blogs (focados na cabe o papel de Comprar Tecnologias informação/notícias, procurar encontrar RapidShare; SendSpace; de crítica especializada formas de reverter Megaupload. ou até com a simples as enormes função de partilha/ potencialidades Informação online distribuição de mp3) das novas ferramentas Pitchfork; Amazon. e outras fontes disponíveis de informação ao seu favor.” online - as críticas da Amazon, feitas pelos utilizadores/clientes acabam por vezes por ter mais COPIA-ME relevância crítica do a opinião que um texto crítico publicado num jornal. Enquadrado num novo sistema, moldado por novas regras (ainda 27 maleáveis), o mercado sente ainda os efeitos de uma crise que já se traduz no início de uma nova era, no novo tempo da música digital. Entre iPods, blogs, podcasts, MySpace e mp3, o modelo de negócio da música foi reconfigurado numa adaptação ao conceito do ‘global’.
  • 30. COPIA-ME 28 no facebook
  • 31. COPIA-ME no facebook no facebook COPIA-ME 29
  • 32. Portugal, Reino Unido, França, Brasil, Espanha, Luxemburgo, Roménia, Estados Unidos, Argentina, Canadá, Suíça, Alemanha e Lituânia são os países dos quais fazem parte os fãs A página comunitária do Copia-me. Em Portugal, as cidades de maior do Copia-me na Rede aderência são Lisboa, Vila Nova de Famalicão, Social Facebook foi Amadora e Porto. criada no dia 23 de Maio de 2010, Desde a sua criação até ao dia 6 de Junho pretende divulgar de 2010 houveram 20 publicações do público, o projecto e, sem incluir as publicações do próprio criador interactivamente, da página. Entre elas, foram reveladas estabelecer um 8 opiniões sobre o download legal e ilegal espaço de discussão de música – 6 pessoas a favor do download e opinião, através de ilegal e 2 em oposição. textos, vídeos e/ou no facebook COPIA-ME imagens sobre o tema. Foram seleccionadas apenas 5 opiniões, para serem apresentadas neste livro. A página reúne 461 fãs no total, sendo 53% público masculino 30 e 45% feminino, de idade compreendida entre os 13 e os 60 Download (6) anos, porém o público que revela maior adesão está entre os 18 e 24 anos Comprar (2) de idade.
  • 33. 461 FÃS 8:00 pm 445 FÃS 8:00 pm 406 FÃS 8:00 pm 343 FÃS 8:00 pm no facebook COPIA-ME 126 FÃS 31 8:00 pm 0 FÃS 23 MAIO 30 MAIO 6 JUNHO 13 JUNHO 20 JUNHO domingo domingo domingo domingo domingo TOTAL DE FÃS no facebook
  • 34. GÉNEROS no facebook 53% PÚBLICO no facebook COPIA-ME masculino 45% PÚBLICO feminino 32 2% PÚBLICO outros
  • 35. IDADES no facebook 53% PÚBLICO no facebook COPIA-ME masculino 24% 18 – 24 anos 45% PÚBLICO 33 feminino 26% 18 – 24 anos 2% PÚBLICO outros
  • 36. 25 MAIO às 0:22 OPINIÃO I Teixeira Moita “A Net e os downloads Já ando nisto há ilegais estão a matar muitos anos e reparo o autor. Tudo isto que existe um porque existe essa interesse crescente vontade política por parte dos jovens de acessibilidade e imprensa pela gratuita e ilimitada música pop dos 80 aos conteúdos, que e 90 e até pela Música parte do princípio Experimental dessa de que, se eu posso época. E querem no facebook COPIA-ME criar uma música saber porquê? e colocá-la na Internet, Porque neste momento sou um artista igual é praticamente a um ‘profissional’. impossível Isto interessa ao encontrarmos uma 34 sistema político proposta interessante porque... envolve e inovadora nessas as pessoas áreas. O ‘Copy Paste’ numa atmosfera domina na criação aparentemente e já poucos arriscam ‘democrática’, o que a via profissional as afasta da política ou se dedicam activa que deve ser as outras actividades.” questionada todos os dias. Comprar
  • 37. 25 MAIO às 1:15 OPINIÃO 2 Buga Daz Coubz “O ‘problema’ dos Quantas foram artistas porem as as bandas portuguesas suas próprias músicas que REALMENTE online, é que deixam conseguiram tocar de ter que se submeter no estrangeiro, sem à ditadura das ser para os emigrantes, grandes (e pequenas) antes da ‘pirataria’ empresas, essas sim, na net! Alguma que se apropriam editora apostava dos direitos de autor no estrangeiro? no facebook COPIA-ME de quem assinam... isso é ROUBAR quem Hoje em dia existem criou algo! E se uma bandas que tâm banda quer meter a mais sucesso no sua música disponível estrangeiro do que cá... gratuitamente? garanto, que não foi 35 nenhuma editora que tornou possível, mas sim a livre circulação das músicas...” Download
  • 38. 27 MAIO às 2:45 OPINIÃO 3 André Simão “É claro que se Acho que chegamos Como é óbvio, a maior pode disponibilizar a um limbo irracional parte das bandas gratuitamente. em que os músicos que oferecem os É claro que há mais são negociantes seus álbuns estão, acesso à informação de mercado indirectamente, e cultura. É claro paralelo, altruistas a oferecer os seus que as bandas podem e obrigatoriamente concertos. talvez ganhar visibilidade desinteressados, no novo paradigma e capitaliza-la as editoras são o se venha a passar vendendo espectáculos. bicho papão (todos exactamente isso: no facebook COPIA-ME Mas isto são efeitos esqueceram a Blue a música deixa colaterais de uma Note, 4AD, Mute, ECM, de ser um bem questão que, quanto só para enumerar as transacionável, passa a mim, se esgota nela pontas dos respectivos a ser exclusivo de própria: se um artista icebergs) e os piratas amadores, altruistas 36 ou editora investem são heróis e desinteressados. capital próprio na de contra-cultura, Não me parece produção de um álbum cultos, informados, mal. mas que há-de então quem o copia arautos da democracia. demover muitos e bons fá-lo indevidamente autores, isso há-de.” e CONTRA a vontade Uma coisa é falar-se do autor. Ou seja, de um novo paradigma. temos um dado Outra é achar-se que objectivo e só por o velho pode coexistir Comprar milagre rebatível: certo com esse novo que tipo de autor e autoria ainda não existe perdem força. num mundo florido de anarquia e altruísmo.
  • 39. 4 JUNHO 6 JUNHO às 19:09 às 18:15 OPINIÃO 4 OPINIÃO 5 Melissa Oliveira Tiago Gonçalves “A pirataria é uma “Alguma vez roubaria forma de partilha um carro? Não. e se não houvesse Mas se pudesse downloads ilegais fazer cópias do meu não tínhamos acesso carro, ficar com ele a tanta coisa boa! e partilhar as cópias Ter um CD original com outras pessoas, nas mãos também fá-lo-ia. As associações é precioso e eu anti-pirataria nem própria invisto sequer se dão no facebook COPIA-ME nisso quando ao trabalho de usar posso e quero. argumentos que façam sentido... Só querem É preciso ouvir é dinheiro, querem e partilhar muita o preço exagerado música para conhecer de 15€ por cada CD 37 um pequeno pedaço quando 90% daquilo das tantas obras que que produzem é lixo existem no mundo!” sonoro e só os outros 10% valem realmente esse dinheiro.” Download Download
  • 40. COPIA-ME 38 no wordpress
  • 42. Este blogue foi criado No dia 27 de Maio No dia 31 de Maio Desde a sua criação no dia 24 de Maio foi publicado o post foi criado o post até ao dia 20 de 2010. Pretende “O Vinil”, onde foi “As canções, para de Junho de 2010, também dar explicada a origem mim, são como filhos”, o blogue conseguiu a conhecer o projecto, do nome do projecto onde foi publicada 157 visualizações. e ser um espaço de – 32 visualizações. a ilustração do postal no wordpress COPIA-ME debate sobre o tema. sobre a opinião de José Mário Branco e colocada a pergunta existente no mesmo – 15 visualizações. 40
  • 43. 157 VIS. 8:00 am 149 VIS. 8:00 am 128 VIS. 8:00 am 85 VIS. 8:00 am no wordpress COPIA-ME 9 VIS. 41 8:00 am 0 VIS. 24 MAIO 31 MAIO 7 JUNHO 14 JUNHO 21 JUNHO segunda segunda segunda segunda segunda TOTAL DE VISUALIZAÇÕES no wordpress
  • 65. COPIA-ME o livro O livro é encadernado com argolas, com o intuito de não exigir grande dispêndio. 1 Retire as argolas do livro. 2 Coloque as folhas de forma acertada na fotocopiadora. Este livro encontra- se disponível para download – em www. slideshare.net/copiame – e pode ser duplicado livremente. (Leia atentamente as instruções que se seguem). COPIA-ME o livro 3 Programe o número 4 Carregue no botão “Copiar”. de cópias que pretende. 63