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Organização Concelhia de Ponte de Lima do




        PONTE DE LIMA
             CONCELHO
*DIAGNÓSTICO *OBJECTIVOS *OUTRO RUMO




  NOVA POLÍTICA AO SERVIÇO DA
    POPULAÇÃO E DO CONCELHO
             Organização Concelhia de Ponte de Lima




                                                                1
Organização Concelhia de Ponte de Lima do




ÍNDICE


INTRODUÇÃO
I. CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO

 1. Território e Dados demográficos _____________________________ 1/2

 2. População ________________________________________________3

II. OBJECTIVOS PARA UM DESENVOLVIMENTO HARMONIOSO

  DO CONCELHO _________________________________________ 3/4/5



III. SITUAÇÃO ECONÓMICA E SOCIAL DO CONCELHO

  1. Trabalhadores por conta de outrem ___________________________6

  2. Salários _________________________________________________7

  3. Pensões de reforma _______________________________________7

  4. Outros subsídios da Segurança Social _________________________8

  5. Situação Laboral __________________________________________8

  6. Emprego e Desemprego ___________________________________9/10

IV. SAÚDE

1. Urgência do Hospital ________________________________________10

  1.1. O ataque ao SNS ________________________________________10

  1.2. Serviços médicos e de enfermagem _________________________ 11

  1.3. A Saúde em Ponte de Lima ________________________________ 11

V. EDUCAÇÃO E CULTURA

  A educação e o ensino _______________________________________ 12

  1. Carta educativa __________________________________________ 12

  2. Acção social escolar ______________________________________ 13

  3. Cultura _________________________________________________ 14




                                                                           2
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

  4. Sobre Historial das Serrações _______________________________ 14

VI. AMBIENTE E QUESTÕES DA ÁGUA

1. Ambiente __________________________________________________ 15

2. Questões ambientais _______________________________________15/16

3. Questões da água _________________________________________ 17/18

4. Passagem da rede em baixa para as águas do Minho e Lima ________ 19

VII. REDE VIÁRIA, TRANSPORTES E TRÂNSITO

1.Rede Viária _______________________________________________ 20

2. Estradas Municipais _______________________________________ 21

  2.1. Ligação ao Centro da freguesia de Calheiros _________________ 21

  2.2. Alargamento de estradas Municipais ________________________ 21

3. Caminhos municipais _______________________________________ 21

4. Transportes _____________________________________________ 21

  4.1. TGV _________________________________________________ 21

  4.2. Comissão do TGV ______________________________________ 22

5. Trânsito _________________________________________________ 22

  5.1. Ligações de estradas municipais __________________________ 23

  5.2. Problema de trânsito junto à escola de Arcozelo ______________ 23

   5.3. Requalificação do estacionamento ________________________ 23

6. Parques de estacionamento __________________________________ 23



VIII. TURISMO E PATRIMÓNIO PAISAGÍSTICO

1. Turismo _________________________________________________ 23

2. Regiões de Turismo _______________________________________ 24

3. Património paisagístico e Arquitectónico _____________________25

  3.1. Valorização dos espaços panorâmicos _____________________ 25

  3.2. Museu do Sarrabulho ___________________________________25

  3:3: Arnado ______________________________________________ 25

4. Parque da Madalena _____________________________________ 25


                                                                            3
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

 4.1. Renovação do Protocolo _________________________________ 25

 4.2. Obras de Beneficiação ___________________________________26

5. Zona Ribeirinha ___________________________________________ 26

6. Sanitários públicos _________________________________________26

7. Centros Cívicos das freguesias_______________________________ 27

8. Eventos em Ponte de Lima _________________________________27

  8.1. Feira Medieval ________________________________________ 27



IX. ADMINISTRAÇÃO LOCAL E COMUNIDADES INTERMUNICIPAIS

1.Trabalhadores da Administração Local_______________________ 28

 1.1. Questões laborais ______________________________________28

 1.2. Transferência de trabalhadores da Administração Pública ______ 28

2. Bairros Sociais ___________________________________________ 29

3. Distribuição de verbas do Plano e Orçamento Municipal Comunidades
Intermunicipais_________________________________________________ 29

5. Criação da figura de embaixador de Ponte de Lima ______________ 30

6. Prestação de contas do município e apreciação de Inventário ______ 30

7. Feriado Municipal _________________________________________ 30

X. AGRICULTURA, PECUÁRIA E SIVILCULTURA

  1. Agricultura ____________________________________________ 31

  2. Sobre os vinicultores _____________________________________31

XI. INDÚSTRIA EXTRACTIVA

1. Pedreiras ________________________________________________32

  1.1. Alargamento da área de extracção de granito ________________ 33

  1.2. Pólo Industrial do Granito ________________________________33

  1.3. Exploração de recursos geológicos ________________________ 33

 2. Os Pólos Industriais _____________________________________34

     2.1. Instalação de novas unidades __________________________ 35

XII. COMÉRCIO LOCAL E CENTRO HISTÓRICO



                                                                             4
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

1. Comércio Local ___________________________________________ 35

2. Centro Histórico e o comércio local ____________________________ 36

3. Mercado Municipal _________________________________________ 36

4. Isenção de taxas “esplanadas e publicidade” _____________________36

XIII. ÍNDICE DO PODER DE COMPRA _______________________ 37 a 39

XIV. OUTRO RUMO NOVA POLÍTICA AO SERVIÇO DA

    POPULAÇÃO E DO CONCELHO _______________________ 39 a 40



INTRODUÇÃO

Este texto é elaborado na base de:

* Intervenções do eleito na Assembleia Municipal

* Resoluções políticas da VII Assembleia da DORVIC e III Assembleia Concelhia

* Contribuições e dados recolhidos por membros da Comissão Concelhia

* Colaboração do Camarada economista: Anselmo Dias

Este documento tem como objectivo a discussão na organização do Partido em Ponte
de Lima e posteriormente fazer um debate-audição com a população e as forças vivas
do Concelho.

Pretende-se também a colaboração de camaradas e amigos no seu melhoramento e na
alteração ou inclusão de novos dados.

Portanto este texto-base não é um documento definitivo, mas sim a base para uma
discussão profunda e ampla sobre a situação do Concelho de Ponte de Lima.



                     I. CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO
                    1. Território

                    O Concelho de Ponte de Lima caracteriza-se por ser uma
                    zona de forte impacto turístico, um concelho com um rico
                    conjunto patrimonial, quer arqueológico quer paisagístico,
                    um importante nó de comunicações rodoviárias, reforçando
ao nível das acessibilidades, as suas ligações com os grandes pólos urbanos
dos distritos de Viana do Castelo e de Braga, com a auto-estrada Porto-Braga-
Valença e com os eixos viários IP1 e o IC28.




                                                                                     5
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

O Concelho de Ponte de Lima situa-se perto da fronteira com a Galiza –
Espanha, o que constitui um potencial para o desenvolvimento das duas
regiões, num contexto de cooperação nas vertentes económica, social e
cultural. É também uma enorme vantagem para o desenvolvimento do
Concelho e do Alto-Minho.
O Concelho de Ponte de Lima é, no distrito de Viana do Castelo a seguir a
Arcos de Valdevez, o 2º maior concelho e, na zona norte, sobretudo nos vales
do Cávado, Ave e Tâmega, um dos maiores, apenas superado por Barcelos.
O Concelho de Ponte de Lima tem, em linha recta, um cumprimento máximo de
27 km no sentido norte-sul e 20 km no sentido este-oeste. O Concelho de
Ponte de Lima ocupa 321,3 Km2 de área, com uma população de 44.667
habitantes, da qual resulta uma densidade populacional de 140 habitantes por
Km2. O desenvolvimento do nosso concelho não se pode dissociar do conjunto
global do distrito. Viana do Castelo é o distrito de menor dimensão a nível
nacional, cerca de 2,4% da área do País. Em termos de população, o distrito
representa, também 2,4% da população residente em Portugal. Apesar de esta
percentagem ser aparentemente baixa a verdade é que no contexto nacional
ocupa uma posição intermédia em termos populacionais, a mesma proporção
não se verifica quanto ao emprego, pelo facto de haver uma elevada
percentagem de população idosa não inserida na actividade produtiva

             Designação do         Ponte de
                                              Minho-Lima      Unidade     Período
                Indicador           Lima
            Área Total ni 154       320,8       2219,4          Km2        2001
          População Residente
                                    44343       250275       Indivíduos    2001
                   HM
          População Residente
                                    20990       116808       Indivíduos    2001
                    H
          População Presente
                                    43711       243714       Indivíduos    2001
                   HM
         População Presente H       20516       112569       Indivíduos    2001
          População Residente
                                    20349       114967       Indivíduos    1991
               H, em 1991
           Famílias Clássicas
                                    13229        83016           Nº        2001
               Residentes
         Famílias Institucionais      5            57            Nº        2001
              Alojamentos
                                    18527       132885           Nº        2001
         Familiares - Clássicos
         Taxa de analfabetismo
                                     14,3         13,9     Percentagem     1991
              HM, em 1991
         Taxa de analfabetismo
                                     12           11,6     Percentagem     2001
                   HM

Notas:

 Os dados apresentados respeitam a delimitação da Nomenclatura de Unidades Territoriais
para Fins Estatísticos (NUTS) válida aquando da realização dos Censos.




                                                                                          6
Organização Concelhia de Ponte de Lima do




Designação do Indicador                 Valor      Unidade                 Período
Área Total                              321.3      Km2                     2008
Número de Freguesias                    51         Nº                      2008
Área Média das Freguesias               6.3        Km2                     2008
                                        137.6                              1996
Densidade Populacional                             Hab/km2
                                        140                                2006
                                        43421                              1991
População Residente HM                             Indivíduos
                                        44667                              2006
                                        15238                              1991
Edifícios                                          Nº.
                                        16812                              2001
                                        15963                              1991
Alojamentos Familiares Clássicos                   Nº.
                                        18527                              2001
                                        11.5                               1996
Taxa de Natalidade                                 Permilagem
                                        12.06                              2000
Taxa de Mortalidade                     9.6        Permilagem              2000
                                        8.6                                1996
Taxa de Nupcialidade                               Permilagem
                                        8.09                               2000
                                        0.4                                1996
Taxa de Divórcio                                   Permilagem
                                        1.09                               2000
                                        78.3                               1996
Índice de Envelhecimento                           Percentagem
                                        78.9                               2006
Área Agrícola                           36.1       Percentagem             1996
Área Florestal                          50.5       Percentagem             1996
Área Urbana                             10.6       Percentagem             1996
Área para Outros Usos                   2.8        Percentagem             1996
Telefones (Portugal TELECOM) per-
                                        0.2        Nº                      1997
capita
                                        432                                1997
Sociedades com Sede                                Nº
                                        500                                2000
                                        9                                  1997
Sociedades do Sector Primário                      Percentagem
                                        7.8                                2000
                                        35.2                               1997
Sociedades do Sector Secundário                    Percentagem
                                        32.6                               2000
                                        55.6                               1997
Sociedades do Sector Terciário                     Percentagem
                                        56.6                               2000
Bancos, Caixas Económicas e Caixas      11                                 1996
                                                   Nº
de Crédito Agrícola Mútuo               15                                 2000
Índice per- capita do Poder de Compra
                                        39.4       Percentagem             1997
(Portugal = 100)
Médicos por 1000 Habitantes             0.6        Permilagem              2000
Camas Hospitalares por 1000
                                        1.5        Nº                      1996
Habitantes
Pensionistas Activos por 100            24                                 1996
                                                   Nº
Habitantes                              25                                 2000
Pensão Média Anual por Pensionista
                                        354.6      Milhares de escudos     1996
Activo
Alunos Matriculados no Sistema de       7978                               1996
                                                   Nº
Ensino                                  7427                               2007
Pessoal Docente do Ensino Público
                                 Dados demográficos




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2. População
O Concelho de Ponte de Lima, em 31/12/2006, tinha 44.667 habitantes, valor, no distrito,
apenas superado pelo concelho de Viana do Castelo que, na mesma data, tinha 91.238
habitantes.

                POPULAÇÃO DO CONCELHO DE PONTE DE LIMA (1801-2006)

1801     1849        1900    1930     1960      1981     1991    2001     2004     2006

13202    29869       33314   36256    42979     43797    43421   44343    44609    44667



A estrutura da população, em termos etários, era a seguinte:

De 0 14 anos: 7.287 habitantes;
De 15 a 24 anos: 6.168 habitantes;
De 25 a 64 anos: 23.452 habitantes;
De 65 e mais anos: 7.760 habitantes
Estes dados permitem concluir o seguinte:

Índice etário                                   Habitantes
                 De 0 a 14 anos                                  7.287
                 De 15 a 24 anos                                 6.168
                 De 25 a 64 anos                                 23.452
                De 65 e mais anos                                7.760
                               ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO

- Densidade populacional: havia 140 pessoas por km2 o que significa a maior densidade
populacional do distrito a seguir ao concelho de Viana do Castelo, superando, inclusive, a
média nacional que era de 115 habitantes por km2.

- Taxa de crescimento populacional: no decurso de 2006 a taxa de crescimento natural foi
negativa, na medida em que houve mais falecimentos do que nascimentos, respectivamente,
438 e 426.

- Índice de envelhecimento: embora haja mais idosos do que jovens e crianças a verdade é
que, no contexto, nacional, o concelho de Ponte de Lima não é dos mais envelhecidos. Tem
um índice de 106,5, contra uma média nacional de 111,7. No distrito de Viana do Castelo,
Ponte de Lima é, de longe, o mais jovem. Em Melgaço, por exemplo, o índice é de 361.

Um outro aspecto que importa salientar é o seguinte: no distrito de Viana do Castelo a
esperança de vida à nascença é de 78,9 anos, enquanto a média nacional era de 78,5, ou seja
ligeiramente inferior.

                     II. Objectivos para um desenvolvimento harmonioso do
                   Concelho
                 A intervenção da estrutura local do PCP – Partido Comunista Português
                 sempre se pautou pela defesa dos interesses e aspirações da população do
                 concelho de Ponte de Lima, mantendo uma atitude coerente na defesa de
todas as causas justas a que se tem dado voz nos órgãos do Poder Local e na sua actividade
política.

Tem sido o Concelho de Ponte de Lima e consequentemente a sua população, confrontados
com os mais variados problemas, de entre outros sectores, os económicos, sociais e
ambientais, que destacamos como objectivos prioritários para o desenvolvimento harmonioso
do Concelho.




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A actual situação de retrocesso, estagnação, e de algum desespero de muitos Limianos,
devido às dificuldades económicas e sociais vividas no Concelho são no essencial, o resultado
de anos e anos sucessivos de política de direita e populista desenvolvida na gestão do
Município pelo CDS/PP que nunca foi capaz de desenvolver políticas que contribuíssem para o
progresso e desenvolvimento harmonioso da nossa Terra, fazendo constantemente ouvidos de
mercador a ideias e propostas de todos aqueles que querem dar o seu contributo para a
resolução e melhoramento das grandes carências e da qualidade de vida da População do
nosso Concelho.

Para alterar esta tendência é imprescindível outra política, uma política verdadeiramente ao
serviço das populações, nomeadamente:


*Desenvolvimento de uma política económica que proporcione o desenvolvimento harmonioso
em todo o concelho, com a salvaguarda do ambiente e da melhoria das condições de vida das
populações.

*Desenvolvimento de uma política que promova o interesse regional, defendendo e
estimulando o aparelho produtivo e a produção regional em todas as suas vertentes; pondo fim
ao desmantelamento e privatização de serviços públicos essenciais (água, saúde, educação,
segurança social, transportes, electricidade, entre outros) garantindo a sua prestação com
critérios de qualidade; proporcionando uma política fiscal de apoio aos pequenos e médios
empresários da região e do concelho.

*Desenvolvimento de uma política de investimento nas vias rodoviárias estruturantes,
Nacionais e Municipais, rejeitando as portagens na A28, defendendo que esta via continue a
ser um itinerário complementar de grande importância para o distrito e para o concelho

*Desenvolvimento de uma política social que garanta o trabalho com direitos e emprego de
qualidade; de combate ao desemprego; valorizando os salários e as pensões, defendendo o
sistema público da Segurança Social.


*Desenvolvimento de politicas criadoras de emprego, formação profissional e outro tipo de
oportunidades para a população, principalmente para os jovens.

*Projecto para solucionar o problema da desertificação do concelho quer no centro histórico da
Vila quer ao nível das freguesias mais rurais.

*Incentivar a participação activa das populações na vida do Concelho implementando o
desenvolvimento de políticas que dêem particular atenção às crianças, aos idosos, aos mais
pobres e desfavorecidos.

*Defender uma política que trave as subidas dos preços de bens e serviços essenciais como a
electricidade e os transportes.

*Defender uma política de saúde que privilegie a resolução dos problemas dos utentes, com
mais e melhores equipamentos e meios humanos nos centros de saúde e horários de
funcionamento que correspondam às necessidades das populações do concelho.

*Defender uma política educativa não assente em encerramento de escolas e ataque aos
professores; que defenda e valorize o património natural e cultural do concelho como factor de
desenvolvimento, na afirmação da identidade cultural.

*Solucionar a degradação do meio ambiente implementando uma politica de ordenamento dos
solos, protegendo os solos férteis contemplando a existência de espaços verdes.

*Acabar com as descargas poluentes a céu aberto para o rio Lima e noutras linhas de água
existentes no concelho.

*Solucionar a legalização e ordenamento das pedreiras existentes no concelho.



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*Desenvolvimento de uma política de revitalização das actividades pecuárias, agrícolas,
nomeadamente da produção vitivinícola e florestal.

*Solucionar os graves problemas do trânsito e do estacionamento na Vila.

*Defender o carácter público da prestação de serviços básicos prestados pela autarquia como
por exemplo a defesa da gestão pública da água.

*Reforçar a intervenção activa na assembleia municipal enquanto representantes da
população, na promoção e reclamação junto dos órgãos do poder central da resposta a
problemas da sua responsabilidade.

*Defendemos uma política de desenvolvimento que passa pelo aumento substancial do
investimento público no concelho, nomeadamente, com, dotações de verbas e investimentos
no PIDDAC muito superior às praticadas nos últimos anos.



                             III. Situação económica e social do Concelho

                            A evolução económica e social do concelho acentuou as
                            tendências negativas que se vinham a sentir há alguns anos com a
                            insistência por parte do governo do Partido Socialista em manter
                            uma política económica desastrosa. O seguidismo cego para a
                            redução do défice público levou a que se concretizasse uma
                            ofensiva social sem precedentes contra os trabalhadores. Desta
                            acção do governo do Partido Socialista fizeram-se sentir no
                            Concelho:

*O encerramento e deslocalização de várias empresas, a tentativa de encerramento dos
Serviços de urgência do hospital, da esquadra da PSP e várias escolas primárias, a falta de
investimento em empresas e serviços públicos, a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores
e o favorecimento dos interesses do grande capital nacional e estrangeiro

*Um baixo nível de investimento público no concelho, apesar das promessas, como é
evidenciado na contenção verificada na atribuição de verbas do PIDDAC, sendo esta uma das
áreas desfavorecidas contempladas pelo PRASD, não assumindo a necessidade de uma
política de discriminação positiva, necessária á recuperação do atraso da região.


*Que a política seguida debilitou os sectores produtivos da região, como a indústria
transformadora (têxtil, calçado e agro-alimentar “queijo limiano”), a agricultura e a pecuária, o
que não foi compensado pela instalação de algumas indústrias, como as que se implantaram
na zona Industrial de Gemieira e da Queijada.


*O crescimento desordenado e caótico à mercê de interesses privados e o prosseguimento da
instalação de grandes superfícies.


*A degradação das relações sociais, verificando-se um crescimento elevado do desemprego, o
aumento do emprego precário, e o prosseguimento de baixos índices salariais e das baixas
reformas e pensões.


*Com o incentivar a uma cada vez maior intervenção do sector privado no domínio do serviço
público, o negocismo, com resultados frequentemente desastrosos em relação aos muitos
problemas em sectores como os da saúde, da água etc.




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1. Trabalhadores por conta de outrem

De acordo com os Quadros de Pessoal de 2004 exerciam a sua actividade laboral, no sector
privado da economia, cerca de 10.000 trabalhadores por conta de outrem.

*No Concelho de Ponte de Lima predomina o sector secundário (industria extractiva, industria
transformadora e construção civil), com cerca de 6.300 trabalhadores.
*O sector primário (agricultura) é meramente residual em termos de proletariado agrícola, cerca
de 180 postos de trabalho.
*O sector terciário (comércio, hotelaria, restauração e serviços diversos) abrangia cerca de
3.000 trabalhadores, tudo isto, excluindo obviamente, a economia paralela, cuja dimensão
desconhecemos mas que, por exemplo, na construção civil deve ser elevada.


                             Sector          Sector            Sector
                    Ano
                            Primário       Secundário         Terciário
                    1981     54.6%           26.6%             18.8%
                    1991     34.0%           36.0%             30.0%
                 População activa por sectores de actividade económica


 Na leitura deste quadro verificava-se que, no concelho de Ponte de Lima, e á semelhança do
que acontecia na região, uma evolução em que, havia um reforço do sector terciário face aos
sectores primário e secundário.

A actividade económica da região devia-se em grande parte ao sector primário, que
concentrava cerca de 34% da população activa do concelho. A agricultura, essencialmente de
minifúndio, ocupava os aluviões dos vales e galgava as encostas estruturadas em socalcos,
entrecruzados com espaços florestais que separam os vales florestais.

A par desta actividade, a pecuária ocupava no Concelho um lugar de destaque. Nesta região o
povoamento é denso, e a utilização do solo era intensa.

A situação actual é completamente outra, salientamos, apenas, as actividades predominantes,
em termos de mão-de-obra de acordo com os Quadros de Pessoal que, repete-se, está aquém
da realidade.



Sector                                       Trabalhadores
Construção civil                             3.913
Indústria de vestuário                       842
Comércio a retalho                           792
Alojamento e restauração                     422
Indústria têxtil                             410
Comércio por grosso                          406
Comércio automóvel (inclui venda de          310
combustíveis e reparação)
Indústria do calçado                         249
Indústria alimentar e das bebidas            206
Acção Social                                 201
             População activa por sectores de actividade económica em 2004



Estes 10 sectores, os mais importantes em termos de mão-de-obra, representam cerca de 80%
do número de trabalhadores por conta de outrem do sector privado da economia.

Como se vê trata-se de sectores onde predominam os baixos salários que, por sua vez,
condicionam o valor das reformas e o próprio nível de vida, como adiante iremos salientar.



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Finalmente importa dizer que, no âmbito do sector privado da economia, os sectores produtivos
(agricultura, indústria extractiva, indústria transformadora e construção civil) representam cerca
de 70% dos trabalhadores, cabendo ao sector de serviços os restantes 30%, donde é lícita a
conclusão de que, Ponte de Lima, é, fundamentalmente, um concelho industrial, embora essas
indústrias e actividades incorporem pouca ciência e tecnologia.

2. Salários
Os salários praticados no Concelho são baixos. Em Outubro de 2005 (últimos dados
disponíveis) estavam quantificados em 617 euros, ou seja, eram inferiores em cerca de 292
euros, relativamente á média do continente, o que, percentualmente, significava uma diferença,
para menos, na ordem dos 32%, o que é muito.

Estamos perante uma diferença, repete-se, muito expressiva, a qual será, ainda, mais gravosa
se analisarmos os salários dos homens e das mulheres, desagregados pelos 3 grandes ramos
de actividade.

Assim:

Sector                          Sexo                          Ganho mensal (euros)
Primário                        Mulheres                      440
Secundário                      Mulheres                      512
Primário                        Homens                        541
Terciário                       Mulheres                      580
Secundário                      Homens                        639
Terciário                       Homens                        711
                               Salários praticados no concelho

Se a análise for feita em termos de dimensão das empresas a conclusão é a de que os salários
são tanto mais baixos quanto mais pequenas forem as empresas e tanto maiores quanto maior
for a dimensão das empresas.

No contexto do distrito de Viana do Castelo a posição de Ponte de Lima no que concerne ao
valor dos salários é uma posição modesta pois, em termos globais, apenas nos concelhos de
Monção, Paredes de Coura e Arcos de Valdevez, é que se encontram salários médios mais
baixos.

Em termos do continente, no conjunto dos 278 concelhos, Ponte de Lima ocupa a posição 222,
o que evidência que cerca de 80% dos concelhos do continente usufruem de salários mais
elevados. As consequências desta situação, baixos salários, acompanham os trabalhadores ao
longo dos anos e das várias situações que a seguir se enumeram.

3. Pensões de reforma
Em 31/12/2006 havia 12.091 reformados e pensionistas do Sistema Público de Segurança
Social, assim divididos:

              Velhice          Invalidez                    Sobrevivência
               7.695              1.715                         2.681
O valor mensal das pensões era o seguinte:

                        Velhice                        Invalidez             Sobr
                                                                             evivê
                                                                             ncia
               256€                         260€                             139€


Estes valores são, como se sabe, valores médios. Haverá, provavelmente, alguns pensionistas
e reformados que usufruirão de valores mais elevados, enquanto uma parte significativa terá
valores ainda mais baixos. Qualquer que seja a dimensão de uns estratos e de outros é certo:




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dos 2 milhões de portugueses que vivem abaixo do limiar da pobreza muitos destes habitam no
concelho de Ponte de Lima.

4. Outros subsídios da Segurança Social
Dado que os subsídios de doença e de desemprego estão correlacionados com o salário, daqui
decorre que quanto mais baixo é o salário mais baixo serão tais subsídios. Vejamos:

       Subsídio de desemprego: este subsídio abrangeu, em 2006, 1.742 trabalhadores, dos
        quais cerca de 70% eram mulheres cujos subsídios médios diários orçaram os 15,12€
        e 12,40€, respectivamente aos homens e às mulheres;

       Subsídio de doença: este subsídio abrangeu em 2006, 1994 trabalhadores, dos quais
        cerca de 53% eram mulheres cujos subsídios médios diários orçavam os 11,69€ e
        8,19€, respectivamente aos homens e às mulheres;

       Abono de família: este subsídio abrangeu em 2006, 8.471 crianças e jovens a quem
        coube um subsídio mensal na ordem dos 30,84€.

5. Situação laboral
No distrito de Viana do Castelo, no sector privado da economia, o peso da indústria extractiva e
transformadora, incluindo a energia e a água, com 33% da mão-de-obra, é superior à média
nacional, que não ultrapassa cerca de 28%. Segundo estudos realizados verifica-se que na
Indústria instalada 25% dos trabalhadores exercem a sua actividade em estabelecimentos com
mais de 50 trabalhadores. Contudo regista-se um dado contraditório, apesar do número
volumoso de microempresas que, globalmente, representam 69% do tecido empresarial da
região, contribuindo para que o número médio de trabalhadores por estabelecimento seja de
6,5, valor muito inferior à média nacional que é de 8.

Concluindo: Há uma relativa vantagem derivada da concentração de mão-de-obra em 98
estabelecimentos com 50 e mais trabalhadores e uma desvantagem com pulverização dos
trabalhadores nas pequenas e micro empresas.

Nas 5.654 micro empresas existentes no distrito, há menos trabalhadores que nos 98 maiores
estabelecimentos. Em oposição a esta pulverização temos uma realidade totalmente oposta
que se explica pelo facto de 1% dos estabelecimentos ocuparem cerca de 25% do número total
de trabalhadores.

No Concelho de Ponte de Lima os 1.419 estabelecimentos existentes empregam 9.596
pessoas no universo de uma população activa, cerca de 24 000, o que representa somente
cerca de 40% da população com emprego.

Os 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo ocupam uma posição extremamente modesta
no que concerne, quer aos salários quer ao índice de poder de compra. Com efeito, nenhum
concelho beneficia de salários iguais às médias nacionais e em nenhum concelho o índice de
poder de compra está dentro da média nacional. Vejamos cada um destes aspectos:

Salários: Em termos médios (no conjunto dos 10 concelhos), quer a remuneração base, quer a
remuneração acrescida do trabalho extraordinário e subsídios, distam da média nacional em
cerca de 23%. Não há, pois, um concelho sequer onde os salários médios correspondam à
média nacional. Porque é que os salários são, neste distrito, comparativamente à média
nacional, mais baixos? As explicações são várias das quais salientamos duas que reportamos
de importantes. Por um lado uma explicação reside na natureza do tecido produtivo, ou seja:
Se em vez de indústria de vestuário houvesse outras indústrias com maior incorporação de
tecnologia isso teria efeito na grelha salarial. Por outro lado verifica-se que dentro do mesmo
sector há diferenças salariais de região para região. Por exemplo, os salários dos sectores
têxteis, construção civil, calçado e restauração são, no distrito de Viana do Castelo, inferiores à
média nacional em cerca de, 11%, 12%, 13% e 19%, respectivamente. Uma nota importante:
O distrito de Viana do Castelo é aquele que tem a maior percentagem de trabalhadores da
construção civil, cerca de 22%, relativamente ao seu número de trabalhadores. Como os



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    salários praticados na construção civil são baixos isso também contribui para baixar a média do
    distrito.

    6. Emprego e Desemprego
     Emprego - O Concelho de Ponte de Lima no que diz respeito ao tecido industrial é
    mencionado como potencial no sentido de criar incentivos para a fixação de indústrias,
    sobretudo não poluentes. Potencialidade dada em torno da criação dos vários pólos industriais
    (Gemieira, Queijada). A indústria extractiva, apesar de não ter grande representatividade na
    região, é constituída por pequenas empresas que exploram as areias, argilas e granitos. É um
    sector com tendência a crescer se considerarmos a grande procura que os granitos da região
    têm tido dentro e fora do País. Unidades industriais de reduzida dimensão foram-se instalando
    um pouco por todo o concelho: com destaque para a Adega Cooperativa de Ponte de Lima
    (que fabrica um vinho verde de grande prestigio), indústrias ligadas aos têxteis e calçado,
    cerâmicas e pequenas unidades metalúrgicas.

    A realidade dos nossos dias é completamente contrária a esta perspectiva. A política do
    município CDS/PP nada tem feito para a criação de postos de trabalho e no incentivo de
    localização de novas empresas nos pólos industriais do Concelho. O encerramento e a
    deslocalização de unidades industriais (Fábrica do queijo Lacto-lima, Fábrica do calçado
    Cocalima, Fábrica do Calçado em Fornelos e o encerramento de outras) tiveram
    consequências altamente gravosas na situação económica e social da população limiana.

     Desemprego - É cada vez maior o agravamento da situação social que se verifica no
    concelho, devido ao aumento do desemprego e da precariedade dos vínculos de trabalho.

    A evolução económica e social do Concelho acentuou as tendências negativas que se vinham
    a sentir a alguns anos, com a insistência dos vários governos em manter uma política
    económica desastrosa. A cegueira da redução do défice público levou a que se concretizasse
    uma ofensiva social, sem precedentes no Estado Democrático, contra os trabalhadores.

    Esta acção dos sucessivos governos PS e do PSD/CDS fez-se sentir no nosso Concelho, entre
    várias outras coisas desastrosas para Ponte de Lima:

    - No encerramento e deslocalização de várias empresas;

    - Num baixo investimento público no Concelho;

    - Numa ofensiva contra os direitos dos trabalhadores.

     Não assumindo, por isso, a necessidade de uma política de descriminação positiva necessária
    à recuperação do atraso da nossa terra. Tudo isto levou ao aumento do emprego precário e ao
    crescimento do desemprego como se pode verificar pelos dados recentes do Instituto do
    Emprego e Formação Profissional (I.E.F.P.), referente ao trimestre Abril/Junho.

    O encerramento e a deslocalização de unidades industriais tiveram consequências altamente
    gravosas na situação económica e social da população limiana. Verifica-se, entre outros dados
    uma grande subida na percentagem do desemprego de longa duração de Abril para Junho, um
    número crescente de desempregados com menos de 25 anos e nas faixas etárias
    compreendidas entre 25/34 e 35/54 anos, sendo de 436 pessoas no primeiro caso e 638
    pessoas no segundo caso (dados de Junho de 2006).

    Em Janeiro de 2008, o quadro de desempregados do concelho refere uma subida do
    desemprego em 181 pessoas. Em Junho de 2009 passam a estar inscritos no desemprego

    2006           2008 (Jan.)         2009 (Jan.)          2009 (Jun.)       Homens            Mulheres
                                                                               (2008)            (2008)

    1074               1255               1700               1750             409               846




                                                                                                            14
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

1750 pessoas, o que eleva para mais 676 pessoas que em 2006.

                     Desempregados no Concelho em Junho de 2009


Concelhos          HOMENS             MULHERES           TOTAL              OFERTAS DE
                                                                            EMPREGO
A.Valdevez         238            377               615                     58
Caminha            166            306               472                     6
Melgaço            43             71                114                     8
Monção             162            276               438                     29
P. de Coura        92             121               213                     4
Ponte da Barca     126            245               371                     8
P. de Lima         409            846               1255                    36
Valença            144            194               338                     58
V. Castelo         1046           2017              3063                    179
V.N.Cerveira       117            151               268                     66
Total distrito     2543           4604              7147                    452
                       Desempregados no distrito em Janeiro 2008

Na leitura do quadro de desempregados do concelho, verifica-se que a percentagem de
mulheres desempregadas é mais que o dobro em relação aos homens.

Quanto aos desempregados por habilitações literárias, os jovens com licenciatura o seu
número chega aos 103.

                        IV. SAÚDE
                        O concelho de Ponte de Lima a par dos baixos salários, das baixas
                        prestações sociais e dos baixos índices de poder de compra tem,
                        também, indicadores modestos no que concerne, à própria saúde

                        1. Urgências do Hospital
Em Ponte de Lima, o hospital Conde de Bertiandos foi transformado em hospital de retaguarda
com o encerramento dos serviços: de Ginecologia, Ortopedia, Pequena Cirurgia, Geriatria e
Pediatria. Já não se realizam exames de Expirometria, Electrocardiogramas.

Quanto às urgências, ainda nos dias actuais paira a incerteza quanto á sua manutenção
em funcionamento no futuro.

1.1. O ataque do ministério da saúde ao serviço nacional de saúde
Os serviços de Urgências do Hospital de Conde de Bertiandos estão a ser amputados do
serviço de internamento que ficará sem médicos de medicina interna e pessoal de
enfermagem.

A CDU – Coligação Democrática Unitária manifesta a sua enorme preocupação pela retirada
deste serviço que integra o primeiro nível de acolhimento de situações de urgência. A retirada
desta valência vai contribuir para que a prestação de cuidados de saúde á população piore
cada vez mais.

A CDU ao longo dos últimos anos tem vindo a alertar para o desmantelamento do Serviço
Nacional de Saúde e nomeadamente dos serviços das Urgências do Hospital Conde de
Bertiandos em Ponte de Lima com o encerramento de: Ginecologia, Ortopedia, pequena
Cirurgia, Geriatria, Pediatria, etc.

O Ministério da Saúde vem agora encerrar os serviços de internamento.

A CDU sempre alertou para a possibilidade do desmantelamento do serviço de urgência
Hospitalar tendo por várias vezes manifestado a sua preocupação em intervenções na



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Organização Concelhia de Ponte de Lima do

Assembleia Municipal, em reuniões de grupo de trabalho no âmbito da Assembleia Municipal,
assim como questionando o Município com requerimento sobre o assunto.

A CDU perante esta situação lamenta que a atitude do Município e do seu Presidente seja de
total inactividade não fazendo jus à propaganda feita no seio da população limiana que o
Presidente da Câmara tinha resolvido a situação dos serviços de urgência.

Para a CDU outra questão se levanta: Será que esperaram pelas Obras de melhoramento das
instalações dos serviços de urgência (com dinheiros públicos) para desmantelar todo o serviço
público de saúde e entregá-lo de mão beijada a serviços privados?

A CDU mais uma vez manifesta a sua apreensão quanto aos direitos dos utentes e dos
trabalhadores do Hospital em relação á manutenção dos seus postos de trabalho.

3JUNHO2009

1.2. Serviços médicos e de enfermagem

Os indicadores disponíveis indiciam um gravíssimo deficit na área dos serviços de enfermagem
e médicos. No concelho de Ponte de Lima há 1,1 médico por 1.000 habitantes, o que
corresponde a 1/3 da média do País.

Tal deficit podia, teoricamente, ser suprimido pela vinda de médicos oriundos de Viana do
Castelo, o que não é viável porque, também aqui, há um deficit.

Quanto ao sector de enfermagem a situação não é tão complicada mas, ainda assim deficitária
na ordem de cerca de 70 enfermeiros, tendo em conta, insistimos, a média nacional.

O problema da saúde está, porém, para além dos rácios atrás referidos. Um dos aspectos que
mais ensombra o nível da saúde pública do concelho diz respeito á taxa de mortalidade infantil
a qual corresponde a 6,7 no período de 2001/2005, valor muito acima da média nacional que,
no período atrás referido, foi de 4,3.

Quanto aos centros de saúde e suas extensões verifica-se que, no concelho, há 1 médico por
1.276 residentes, valor muito superior, por exemplo, a Arcos de Valdevez onde esse valor é de
789 habitantes por médico.

1.3. A Saúde em Ponte de Lima
A criação de um serviço público de saúde em Portugal, resultado da iniciativa revolucionária do
povo e de muitos profissionais de saúde no contexto da Revolução de Abril, teve consagração
constitucional com a designação de Serviço Nacional de Saúde (SNS), instrumento para a
concretização da responsabilidade prioritária do Estado em garantir o direito à saúde a todos
os portugueses em condições de igualdade.

Apesar de todas as dificuldades e obstáculos, o SNS obteve resultados muito significativos e
contribui para os importantes ganhos em saúde registados em Portugal, o que o coloca no 12º.
Lugar a nível mundial segundo a avaliação feita em 2001 pela Organização Mundial de Saúde

A ofensiva contra o SNS intensificou-se com o actual governo PS/Sócrates, tendo como
objectivos impedir a articulação e exploração integral das potencialidades do SNS, parasitando-
o e utilizando-o como instrumento da transferência de recursos públicos para a acumulação
privada. Não será estranho que o mercado global da saúde em Portugal seja já superior a 14
mil milhões de euros, quase 10% do PIB.

As políticas de redução e desresponsabilização do Estado, assente na lógica do «Estado
mínimo» e na adopção do princípio do utilizador-pagador, servem sobretudo o objectivo de
garantir a progressiva separação dos papéis de financiador, regulador e prestador, assumindo
o Estado os dois primeiros e delegando a prestação noutras entidades, não publicas, mediante
mecanismos de contratualização ou pela via da privatização de serviços.




                                                                                                  16
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

A visão economicista da saúde tem consequências bem visíveis: encerramento de serviços
dos quais o Hospital Conde de Bertiandos em Ponte de Lima tem estado a ser amputado com
o encerramento de Ginecologia, Ortopedia, pequena Cirurgia, Geriatria, Pediatria, etc. E agora
recentemente com a retirada do serviço de internamento que ficará sem médicos de medicina
interna e pessoal de enfermagem e também de camas.

A CDU alerta todos os membros da Assembleia Municipal para os gravíssimos danos que esta
medida poderá provocar na pronta assistência de cuidados de saúde à população. Infelizmente
todos estamos recordados da notícia recente da criança de Monção que por falta de
assistência com prontidão no local veio a falecer já no Hospital de Viana do Castelo.

Por isso a CDU defende que a melhor contribuição de todos os cidadãos é a defesa do
Serviço Nacional de Saúde em toda a sua plenitude para que a Saúde em Ponte de Lima e
em todo o País seja uma prestação de cuidados de saúde de excelência para todos os
portugueses em condições de igualdade.

                     V. EDUCAÇÃO E CULTURA
                     A EDUCAÇÃO E O ENSINO

                      São condições fundamentais para o desenvolvimento económico e social
                      do País, e particularmente para a melhoria do nível de vida dos
                      trabalhadores e a efectividade do regime democrático, a elevação do nível
médio de escolaridade dos portugueses, a formação de quadros médios e superiores em maior
número e com melhor qualificação, como factores de superação de atrasos e debilidades da
estrutura produtiva e da vivência cultural.

No concelho há 105 estabelecimentos de ensino, predominantemente públicos, salvo 2
estabelecimentos na educação pré-escolar que são privados. Nestes estabelecimentos há
7.427 alunos, assim distribuídos:


Pré-escolar        1º-Ciclo            2º.Ciclo           3º.Ciclo            Secundário

1.165              2.098               1.089           1.896                  1.179
                                      Número de alunos

Com uma população marcadamente jovem, a vila de Ponte de Lima conta ainda com um
importante pólo universitário, com dois estabelecimentos de ensino superior e com uma
importante tradição no campo da investigação agrária: a Universidade Fernando Pessoa, a
Escola Superior Agrária de Ponte de Lima e a Escola Profissional de Agricultura e
Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima.

1. Carta educativa
A educação não é uma preocupação da época em que vivemos, mas desde sempre uma
preocupação que deve estar em primeiro lugar como sector vital para o desenvolvimento do
indivíduo e concomitantemente para o concelho a região e o País.

A Carta educativa para o concelho é de importância vital, mas é muito genérica, não passando
de um rol de boas intenções em alguns assuntos, como por exemplo a preocupação com a
família, a saúde, a condição socioeconómica o gosto pelo estudo, o desenvolvimento integral
da criança, etc. Deveria ser um documento orientador das actividades educativas a
desenvolver pela Câmara Municipal a fim de elevar o nível de qualificação dos cidadãos, e não
um documento muito alicerçado nas opiniões dos técnicos da direcção regional de educação
do norte e direcções dos agrupamentos escolares, deixando de fora desta discussão a parte
mais importante seguramente os mais interessados que são os pais, as associações de pais,
as juntas de freguesia e os próprios docentes.

No que respeita a construção, remodelação e ampliação dos edifícios escolares deveria indicar
os espaços pedagógicos considerados como condignos e necessários ao funcionamento de
uma escola do pré-escolar 1º ciclo do ensino básico, (salas de aula, cantina, salão polivalente,


                                                                                                   17
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

biblioteca, sala de expressões/ novas tecnologias, gabinete de professores, de modo a orientar
o trabalho das câmaras com mais rigor e outra sensibilidade para esta questão.

Com a mesma finalidade e como intuito de se incentivar o cumprimento dos programas do
1ºciclo do ensino básico na Área das Expressões deveria assinalar a relação de equipamentos
e de materiais considerados como minimamente exigíveis nas escolas / agrupamentos.

Com a mesma finalidade e como intuito de se criarem condições de promoção do gosto pela
ciência nas escolas do 1ºciclo do ensino básico, deveria igualmente assinalar os equipamentos
e os materiais exigíveis, tendo em conta as necessidades educativas do concelho.

Não se deverá ficar pela afirmação” após a administração central definir os apoios a conceder
para a sua concretização” nisto entendemos que não é só para a questão da aquisição de
espaços mas também com a aquisição dos equipamentos. A criação das condições e
funcionamento do ensino pré-escolar e 1ºciclo são da responsabilidade da câmara municipal,
portanto não devemos ficar toda a vida à espera de esmolas do poder central mas sim
atendermos às necessidades educativas das nossas crianças, pois já é mais que tempo de
termos centros escolares de excepção. As nossas crianças já há muito o merecem!

Propomos a elaboração de protocolos Câmaras/ Agrupamentos, para que sejam as escolas a
gerir os seus orçamentos.

Defendemos a elaboração de um plano Municipal e Intermunicipal de Transportes para assim
se proceder a requalificação da rede de transportes escolares.

Em relação a proposta da nova rede escolar defendemos alguns cuidados na sua implantação,
dada a idade das crianças a deslocar a distância e sinuosidade de alguns percursos. Em
relação aos quatro territórios educativos mencionados há uma perda de 43 alunos entre 2002 a
2013, correspondendo a um fecho de 35 salas. Como se pode explicar estes números? Será
que as crianças nessa altura só terão metade da dimensão física que têm hoje? Ou será que
as turmas passarão de 25 alunos para 40?

Sabendo-se que uma das causas do insucesso escolar éé a sobrelotação das salas de aula
pelo numero de alunos, o que tem a dizer os eleitos desta Assembleia Municipal e em
particular os professores que dela fazem parte?

Sobre o quadro 23 da mesma página nem sequer vêm mencionadas o número de salas
existentes em 2002.

2. Acção social escolar

2.l. A escola
Sobre a acção social escolar é uma matéria muito abrangente da qual fazemos uma avaliação
muito negativa e preocupada resultante do estudo da educação e do ensino em Portugal que
são hoje muito marcados pelos efeitos da prolongada ofensiva de matiz neoliberal, sustentada
numa profunda limitação das funções sociais do Estado, a que Ponte de Lima também não
pode fugir.

Preocupações que são confirmadas pela indignação e protesto que se tem verificado por todo
o País levada a cabo por encarregados de educação, pais, professores e educadores.
Indignação e protesto não apenas no fecho de algumas escolas, no corte de direitos e na
desvalorização da profissão docente, mas também em torno da defesa da escola pública de
qualidade e inclusiva, de uma escola onde sejam garantidas as condições de trabalho e de
estudo e sejam reforçados os princípios de autonomia e da gestão democrática.

As escolas que temos em Portugal longe de corresponder às exigências de qualidade e de real
sucesso que a democracia e o desenvolvimento do País exigem, continua a ser reprodutora e
consolidadora das desigualdades sociais que ultimamente se tem acentuado pois os vários
governos têm ignorado sistematicamente a Lei de Bases do Sistema Educativo e a própria
Constituição da República, insistindo numa estratégia de desresponsabilização do Estado
nesta área social fundamental, desvalorizando a Escola Pública enquanto instrumento para a



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Organização Concelhia de Ponte de Lima do

concretização do preceito constitucional que obriga o Estado a garantir o direito ao ensino de
todos os portugueses, com a garantia do direito à igualdade de oportunidades e êxito escolar.

2.2. Manuais escolares

A educação foi sempre uma área importante para o desenvolvimento global do individuo e da
sociedade, não é de agora que todos os problemas que as crianças e os jovens enfrentam na
sua aprendizagem nos preocupam. O ano escolar está prestes a começar, é mais um que
ficará marcado por um conjunto de orientações e decisões que transitam do ano anterior e que
foram causadoras de uma profunda instabilidade e acrescida dificuldades para os jovens e as
sua famílias. A insistência em tais orientações põe em causa a existência de uma escola
pública capaz de garantir efectivamente o acesso de todos os portugueses ao ensino com
garantia de direito à igualdade de oportunidades e êxito escolar. As despesas das famílias com
a educação aumentaram com o aumento de 4,5% do preço dos manuais escolares sendo
estes a componente que mais pesa nos seus orçamentos. Para que o presente tenha futuro,
em Ponte de Lima, a CDU sugere que o Município garanta a aquisição dos manuais
escolares para todos os alunos do Concelho em escolaridade obrigatória cujo
rendimento familiar seja até 200€ per capita.

3. Cultura
No plano da cultura, entendida no amplo sentido que integra a cultura científica, tecnológica,
artística e filosófica, a educação, o ensino e a comunicação social, a evolução da situação
nacional é de significativo atraso, de desinvestimento e de crise das instituições, de elitização,
de privatização, de crescente subalternização e secundarização.

É certo que o impulso de Abril permitiu concretizar significativas alterações que devem ser
justamente valorizadas, com grande relevo para o papel assumido pelo poder local nas várias
vertentes culturais.

No ano de 2005, as despesas das autarquias do distrito com as actividades culturais e
desportivas registaram um valor de 19.477 milhares de euros. Destes 1.243 foram gastos em
museus; 1.286 em bibliotecas; 31 em música; 8 em artes cénicas; 133 em actividades
socioculturais; 902 em recintos culturais e 5.757 em jogos e desportos. A diferença do valor do
capital investido para as despesas referenciadas foi gasta em actividades culturais que não se
publicam.

Neste mesmo ano a autarquia que investiu mais na cultura e desporto foi a de Ponte de Lima
com 4.831 milhares de euros, seguida de Viana do Castelo com 3.514; Arcos de Valdevez com
                                                                           2.866 e por
      Taxa de                                                              Monção      com
 analfabetismo HM,        14,3      Percentagem                    1991 2.861 milhares
      em 1991                                                              de euros.

                                                                                 Para           a
       Taxa de                                                                   população     do
                             12        Percentagem                       2001
  analfabetismo HM                                                                       concelho
                                                                                 usufruir de um
                                                                                 maior e melhor
acesso à cultura é necessário investir mais e rentabilizar todas as infra-estruturas existentes e
que estão sub- aproveitadas, como: edifícios e espaços culturais; as infra-estruturas dos
agrupamentos escolares para actividades, fora dos horários lectivos e nos períodos de férias,
para proporcionar formação profissional, educação de adultos, projectos de férias desportivas.

Promover Jogos desportivos concelhios através de uma competição em que se incluam todas
as modalidades desportivas e jogos tradicionais com a participação de todas as freguesias com
o encerramento na sede do concelho com a realização de um grande evento que incluirá as
finais, exibição de grupos culturais e entrega de prémios aos vencedores.

Promover e calendarizar visitas de estudo a todas as crianças e idosos das freguesias que
permitam o acesso a todas as valências culturais e recreativas com sede no concelho. As
Bibliotecas Escolares devem ser recursos básicos do processo educativo, sendo-lhes atribuído


                                                                                                     19
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

um papel central em domínios tão importantes como a aprendizagem da leitura, a literacia, a
criação e desenvolvimento do prazer de ler e a aquisição de hábitos de leitura, as
competências e informação e o aprofundamento da cultura cívica, científica tecnológica e
artística.

4. Sobre o historial das Serrações
Há tempos atrás o Município por proposta do pelouro da Cultura, decidiu atribuir uma verba, se
a memória não nos falha de cinco mil euros, para a edição de um livro sobre a história das
Serrações de Ponte de Lima. A CDU gostaria de saber para quando está prevista a
apresentação pública da Obra e qual o ponto da situação em que se encontram os trabalhos da
mesma?

                            VI. AMBIENTE E QUESTÕES DA ÁGUA
                            1. Ambiente
                            Ponte de Lima detém um enorme deficit na área do
                            abastecimento de água. Em 31/12/2005 apenas 60% da
                            população era servida com abastecimento da rede pública o que
confere a este concelho a pior situação do distrito, onde há concelhos com percentagens
superiores a 90%, como são os casos de Caminha, Melgaço, Paredes de Coura, Ponte da
Barca, Valença e Vila Nova de Cerveira.

No que diz respeito aos sistemas, quer de drenagem, quer de tratamento de águas residuais o
deficit é enorme, com respectivamente 20% e 17% da população abrangida, quando o valor
médio do distrito cifra-se em 43% e 39%, respectivamente. Por tudo isto não é de admirar que
as captações de água e o consumo de água per-capita tenham expressões muito reduzidas.


               Sistema         Sistema         Estações        Consumo         Proporção
               Abasteci.       Drenagem        Tratamento      Água            águas
               Água            Águas           Águas           Residencial     residuais
Concelhos           %          Residuais       Residuais       e dos Serv.     tratadas
                                    %               %          Por                   %
                                                               habitante
                                                                    M3
A.Valdevez           64              16              16            25,1             100
Caminha              96              60              60            62,5             100
Melgaço              97              40              40            41,3             100
Monção               85              30               0            37,3              0
Paredes de           99              17              17            60,9             100
Coura
Ponte da             95              45              45             20,9            100
Barca


Ponte de             60              20              17             20,8            100
Lima
Valença             100              55              55             46,1            100
Viana do             82              62              59             38,1            100
Castelo
V.N.Cerveira        100              40              40             45,7            100
  Média do           81              43              39             36,1            94,9
   distrito
Cávado               84           66              59            32,2                 99
Ave                  68           53              51            23,5                96,2
PAÍS                 92           76              64            46,8                85,7
                   População abrangida por infra-estruturas municipais




                                                                                                 20
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

Comparativamente com outras regiões do País neste campo estamos bastante atrasados.
2. Questões ambientais
No plano ecológico no que se refere ao ambiente, tem sido preocupação constante, colocar na
Assembleia Municipal questões para melhorar a qualidade do meio ambiente, tais como as
descargas de águas residuais poluentes para o rio Lima e afluentes, rio Neiva, afluentes, etc.



É necessário estancar a degradação do meio ambiente praticando uma política ambiental que
conduza ao implementar das seguintes medidas:

       Incentivar uma ocupação ordenada dos solos, protegendo os solos férteis e
        contemplando a existência de espaços verdes. Estes funcionam como sistema natural
        de drenagem e abastecem os aquíferos subterrâneos.

       Acabar com as descargas poluentes a céu aberto para o rio Lima a jusante e a
        montante, na confluência do ribeiro da Labruja com o rio Lima; com outras descargas
        clandestinas, junto ao Clube Natura e de unidades industriais designadamente
        pocilgas, vacarias, etc.

       Promover a repovoação com vegetação autóctone, das imensas crateras criadas com a
        extracção nos montados das Pedras Finas e assim cumprir com o que está consagrado
        no PDM.



Ao longo dos tempos estes problemas ecológicos e outros continuam a subsistir como graves
problemas para o meio ambiente no nosso Concelho, tais como:



- O esgoto a céu aberto a montante da Ponte da Sr.ª. da Guia, junto ao Clube Náutico continua
a descarregar para o rio águas poluentes;



- A jusante da mesma Ponte, na margem esquerda, há um esgoto a descarregar águas
poluentes, que se pensa ser das moradias da zona residencial da Baldrufa. Sobre este
problema sabemos que já foi contactado o Ministério do Ambiente, que por sua vez já
contactou a empresa Águas Minho Lima e esta, como resposta, endereçou a responsabilidade
deste desastre ecológico para a Autarquia;



- As descargas do rio Labruja para o rio Lima continuam a registar-se;


- A ETAR da Gemieira que serve o parque industrial a sua capacidade não corresponde às
necessidades de tratamento adequado, pelo que se faz sentir acentuados odores os quais já
tem sido objecto de queixa de vários lavradores da margem esquerda do rio e da população
em geral. Perante este quadro será que as análises das águas, á saída, são regularmente
feitas? Se são por que não divulgá-las em conformidade com a lei (Há uma directiva
comunitária que a isso obriga), segundo a lei da água; há descargas ilegais de entulho de
obras da construção civil o que requer uma maior e melhor fiscalização.tem sido objecto de
queixa de vários lavradores da margem esquerda do rio e da população em geral. Perante este
quadro será que as análises das águas, á saída, são regularmente feitas? Se são por que não
divulgá-las em conformidade com a lei (Há uma directiva comunitária que a isso obriga),
segundo a lei da água;




                                                                                                 21
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

.
        Despesas dos municípios por 1000 habitantes com Serviços Municipais


               Gestão de     Gestão de       Protecção da     Resíduos      Proporção de
               águas         resíduos        biodiversidade   urbanos       resíduos
Concelhos      residuais                     e da paisagem    por           urbanos
                                                              habitante     recolhidos
                                                                            selectivamente
                  Euros          Euros           Euros                             %
                                                                  Kg.
A.Valdevez        5.328          23.093           4.470

Caminha          12.532          40.091             0
Melgaço          99.505           7.564             0
Monção           41.219          16.588             0
Paredes de        7.639          17.909           8.006
Coura
Ponte da         83.086            0                0
Barca
Ponte de         32.985          19.140           7.912
Lima
Valença          30.400          24.812             0
Viana do         20.451            0              1.260
Castelo
V.N.Cerveira     48.709          31.939             0
Média do         29.648          13.118           2.590           361              5,7
distrito
Cávado           11.114          12.456           3.838           372              6,5
Ave               9.058          17.052           1.846           352              7,1
País             17.385          35.496           5.791           445               6

3. Questões da água

A ÁGUA É UM BEM VITAL PARA AS POPULAÇÕES

Na sequência da aprovação na Assembleia da Republica da lei da água, com os votos do PS,
PSD e o CDS, manifesta a total submissão dos interesses nacionais e das populações ao
interesse do lucro das grandes empresas. Os presidentes de Câmara do distrito de Viana
do Castelo preparam-se para entregar a distribuição da água e o tratamento das águas
residuais à empresa Águas do Minho e Lima.

A estrutura local do PCP – Partido Comunista Português alertava na altura cada um dos
limianos, para os malefícios que esta negociata trará para os consumidores, colocando, este
bem público, nas mãos de privados. A vida já demonstrou que onde a distribuição da água foi
entregue aos privados, uma das consequências imediatas para as populações foi o aumento
substancial do seu preço.

Com esta medida, a gestão, distribuição, tarifas e trabalhadores passam a ficar da
responsabilidade da empresa Águas do Minho e Lima ao mesmo tempo que as Câmaras
Municipais se demitem deixando á mercê de políticas economicistas, um bem de importância
vital para as populações.

Assim nos pronunciamos à data:

A Comissão Concelhia de Ponte de Lima do PCP, manifesta veementemente, desde já, a sua
discordância e o seu protesto caso a Autarquia de Ponte de Lima se envolva neste atentado a
uma riqueza que é de todos nós.




                                                                                              22
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

Alerta, ainda, os trabalhadores municipais e toda a população em geral, que a Autarquia de
Ponte de Lima, se vier a tomar tal medida, colocará em causa não só o património Municipal
como hipotecará o nosso futuro, pois a água é um bem público e essencial para a vida das
populações.

Tempos depois:

Algumas câmaras municipais do distrito de Viana do Castelo entregaram à empresa Águas do
Minho e Lima a distribuição de água em baixa, isto é, deixarão as câmaras municipais de ter essa
responsabilidade transformando recursos hídricos, que são de todos nós, em fonte de lucro de
milhões e milhões de euros ao serviço do capital privado multinacional, alienando á Região e ao
País mais uma importante fatia da sua soberania.

Desde há muito estas eram áreas tradicionalmente da competência das Autarquias Locais, com
características de serviço público, e que até há pouco estavam quase exclusivamente sob a
intervenção directa do Poder Local, permitindo assim a gestão de um recurso que é vital para as
populações.

Com o pretexto da necessidade de novas captações e outras infra-estruturas de elevadíssimos
investimentos no sector, foi criada a empresa Águas do Minho e Lima e foi assinado um protocolo
entre a Câmara Municipal de Ponte de Lima para a distribuição de água em alta e gestão e
tratamento das águas residuais.

A estrutura local do PCP – Partido Comunista Português entende que os interesses das
populações do concelho de Ponte de Lima, no que se refere ao abastecimento de água,
saneamento básico e recolha de resíduos apenas serão garantidos se for recusada a lógica
comercial e impedida a entrega destes serviços a uma empresa (ainda de capitais públicos) mas
que como já aconteceu no passado recente ameaçada com a sua venda a capitais privados.

Será que é intenção da Câmara Municipal de Ponte de Lima também entregar a distribuição de
água em baixa à empresa Águas do Minho e Lima?

A confirmar-se estes rumores a Câmara Municipal já quantificou qual será o resultado de mais este
esvaziamento de poderes defraudando a defesa dos munícipes, como lhe compete?

A Câmara Municipal já quantificou qual será o resultado financeiro, deixando de ser prestadora de
um serviço e passar a ser consumidora do mesmo, tendo enormes despesas em consumos de
água com escolas, jardins, piscinas etc.

A Câmara Municipal já quantificou qual será o aumento das tarifas da água a pagar pelos
munícipes, agora entregue à decisão da Empresa Águas do Minho-Lima?

Que mecanismos terá a Câmara Municipal para poder intervir nos valores das tarifas e custo de
novas ligações assim como atribuição de tarifas sociais para as camadas mais desfavorecidas da
população?

A água é um recurso cada vez mais escasso e imprescindível à vida. Por isso deverá continuar
a ser acessível a todos e não poderá ser transformada num instrumento de exploração e de
lucro.

Defendemos uma política de recurso hídricos que vise a soberania nacional, a
responsabilidade ambiental, a coesão social e territorial e exija a construção e consolidação de
um forte sector público municipal e intermunicipal que garanta o controlo, a gestão e o acesso
de todos à água em qualidade e quantidade.

Os interesses das populações só serão garantidos mantendo-se uma forte gestão pública.


Não podemos esquecer o passado, alienando competências, abrindo a possibilidade de se
repetirem erros anteriores, como aconteceu com a EDP, hoje privatizada e de costas voltadas para
as populações.




                                                                                                    23
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

A estrutura local do PCP – Partido Comunista Português será coerente com as posições que
sempre defendemos. Pelos meios ao seu alcance, junto da população, dos trabalhadores e no
plano institucional, iremos intervir em defesa de uma Gestão Pública da Água, e vamos opor-nos à
privatização dos sistemas de Águas e Saneamento.


4. Eventual passagem da rede em baixa para as águas do Minho e Lima
O município de Ponte de Lima ao ter assinado um protocolo através do seu Presidente, com o
Presidente do Conselho de Administração das Águas do Minho e Lima, no dia 5 de Junho de
2006, em que se prevê a passagem da rede em baixa do Município para aquela Empresa, fez
um mau serviço ao município e a toda a população ao alienar um património importante do
nosso Concelho.

O município CDS/PP de Ponte de Lima ao assinar um protocolo com a Empresa Águas do
Minho e Lima e ao não submeter todos os acordos e protocolos entretanto celebrados á
ratificação da Assembleia Municipal, deve a todos os munícipes os seguintes esclarecimentos:

*Desde que data o Sr. Presidente da Câmara assumiu o compromisso de transferir a rede em
baixa para a empresa Águas do Minho e Lima?

*Tratando-se dum assunto com grande relevância na vida municipal, porque motivo não foi,
informada a Assembleia Municipal de tal compromisso assumido pelo Sr. Presidente da
Câmara?

*Quais são as vantagens para o município decorrentes da transferência da rede em baixa para
a empresa Águas do Minho e Lima?
*Quais foram os critérios seguidos pela Câmara Municipal que justificam a transferência para
esta empresa?

*Será que a empresa Águas do Cávado, cujo sistema está ligado ao das
Águas do Minho e Lima não oferecem melhores condições ao município Limiano, numa
eventual transferência?
*Qual é o valor do património a transferir?
*Trata-se duma concessão? Por quantos anos?
*Que bens patrimoniais vão ser objectivamente transferidos?
*Esta transferência engloba também recursos humanos? Que recursos humanos? E em que
condições?
*Os trabalhadores que, eventualmente, não pretendam transferir-se, para a empresa das
Águas do Minho e Lima vão ser integrados onde e em que condições?
*A empresa Águas do Minho e Lima vai pagar uma renda mensal/anual pelos bens patrimoniais
transferidos?
*A verificar-se esta transferência qual é o valor do encaixe anual da Câmara Municipal, tendo
em consideração o pagamento da renda pelos bens patrimoniais transferidos, isto é, pela
concessão?
*Quais são as garantias de que o serviço actualmente prestado pela Câmara Municipal não vai
piorar em termos de qualidade e ou tornar-se mais caro para os munícipes, após a
transferência para as Águas do Minho e Lima?
*Qual é o plano de investimentos apresentado pelas Águas do Minho e Lima?
*No final da concessão os bens patrimoniais resultantes da exploração das Águas do Minho e
Lima e inerentes investimentos efectuados, no decurso da exploração revertem a custo zero,
para o município?
*Que tipo de controlo terá a Câmara Municipal sobre o serviço prestado pela empresa das
Águas do Minho e Lima?
*E se a empresa das Águas do Minho e Lima for privatizada?




                                                                                                   24
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

                            VII. REDE VIÁRIA, TRANSPORTES E TRANSITO
                           1. Rede Viária
                             A SCUT A28 é uma das vias estruturantes para o desenvolvimento
                             do Alto Minho ajudando a minorar os efeitos negativos da
                             interioridade, onde não existem vias de comunicação alternativas
                             de qualidade e de fácil circulação para acesso aos vários
                             concelhos do nosso distrito.
                             O governo do Partido Socialista, esquecendo as promessas
eleitorais, não só penaliza a nossa região com as escassas verbas inscritas no PIDDAC como
se preparada para cobrar portagens na A28.

Esta medida denota falta de seriedade politica do governo do PS o qual sempre afirmou que
não havendo alternativas rodoviárias não seriam implementadas portagens nas SCUTS, que é
o caso da A28.

A pseudo alternativa “Estrada Nacional 13” não passa de uma via com características de
Estrada Municipal onde pontificam largas dezenas de rotundas, semáforos, paragens de
autocarros, passadeiras etc. Acrescentando ainda o facto de passar pelo centro de três cidades
(Esposende, Póvoa de Varzim e Vila do Conde). Agravando ainda estes factos, em Viana do
Castelo e Esposende existem duas pontes actualmente com o trânsito cortado por estarem em
obras, e segundo informação da Empresa Estradas de Portugal. SA, nas referidas pontes,
depois de concluídas as obras em curso não circularão veículos pesados.

Esta zona do País revela índices de desenvolvimento inferiores em média aos do País e não
consentâneos com uma sociedade moderna e solidária.

A região do Alto Minho, já pagou amplamente os custos da exclusão económica e social, por
isso merecemos um tratamento que nos compense do atraso secular para o qual temos sido
sistematicamente conduzidos. Os pressupostos que justificam a atitude do governo a portajar a
SCUT A28 são sustentados num estudo enganoso já que mistura vários critérios e concelhos
da área de influência da SCUT para umas situações e outros para outras. Como por exemplo o
índice de disparidade do PIB junta 33 concelhos de influência com cerca 2,4 milhões de
habitantes e para o poder de compra concelhio junta 21 concelhos e cerca de 1,8 milhões de
habitantes, de referir que foi incluindo o concelho do Porto que por si só adultera
completamente todos estes resultados.

Manifestamos total oposição que sejam implantadas portagens na A28 e que esta seja
considerada um Itinerário Complementar à A3 Porto – Valença;

Apelamos também a todas as instituições económicas e sociais, às forças políticas e à
população em geral a lutar contra esta medida profundamente injusta, sem sentido e lesiva dos
direitos e interesses da nossa região.

2. Estradas municipais

2.1. Ligação ao Centro da freguesia de Calheiros
Os habitantes dos lugares de Casais e Rápido da Freguesia de Calheiros já há anos que
anseiam pela construção de uma estrada que melhore a ligação ao centro da freguesia, local
onde se situam a sede da Junta, a escola primária, o infantário, a Igreja e o cemitério.

Apesar de haver um caminho em calceta que faz essa ligação, as pessoas preferem fazer um
percurso bastante maior indo à estrada nacional, passar por Carvalho de Mouco para chegar
ao centro da freguesia, porque o caminho tem o piso muito irregular, é muito estreito e só
passa um carro ligeiro.

A construção desta estrada não só irá resolver este grande problema dos lugares de Casais e
Rápido, como ligará a freguesia de Calheiros às freguesias de Arcozelo e Brandara.



                                                                                                 25
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

Também beneficiará os habitantes da freguesia designadamente aqueles que moram no centro
e Norte da mesma, visto tornar mais curta a distância para quem tem que se deslocar para sul,
ir trabalhar ou tratar de assuntos na sede do Concelho, ou para quem pretende tomar a auto-
estrada no Nó de Arcozelo.

A construção desta estrada será um grande contributo para o desenvolvimento da região e
para a melhoria do nível de vida das suas populações.

2.2. Alargamento de estradas Municipais
Alargamento e manutenção de outras estradas municipais em cooperação com as Juntas de
Freguesia

3. Caminhos municipais
Alargamento do Caminho no lugar de Gaia na freguesia de Arca, até ao Golfe.

Não nos parece difícil arranjar verbas tão irrisórias para o alargamento desta via numa dúzia de
metros, visto que em todas as informações da actividade municipal consta sempre atribuições
de verbas a várias juntas para alargamento de caminhos. Será que a freguesia de Arca está
votada ao esquecimento na atribuição deste tipo de verbas? Ou até hoje a junta de freguesia
ainda não apresentou projecto para resolver este problema?

4. Transportes

4.1. TGV – Transporte de grande velocidade

Quanto á questão ferroviária está na ordem do dia a linha de alta velocidade (TGV - Transporte
de Grande Velocidade). Segundo os estudos previamente efectuados, Ponte de Lima será
“atravessada de um lado ao outro” pelo TGV. Ponte de Lima pela sua localização central na
região torna-se num ponto estratégico de acesso a todas as vias de comunicação no distrito. O
caminho-de-ferro, pela sua característica de transporte de grandes massas de passageiros e
de mercadorias, é meio estruturante de grande contributo e importante para a eliminação das
assimetrias regionais e tem uma importância determinante para o ordenamento equilibrado do
território.

Apostar na alta velocidade ferroviária, numa solução que a integre de um modo coerente e
harmonioso com toda a exploração convencional, de passageiros e mercadorias e assegure e
facilite a mobilidade e acessibilidade dos passageiros, única perspectiva global correcta para o
caminho-de-ferro do futuro;

Sendo o transporte ferroviário uma parte integrante e estruturante de um verdadeiro sistema de
transportes, quer pelo papel estratégico que tem na vida económica do País, assegurando a
circulação de mercadorias e bens e a mobilidade dos trabalhadores e populações, quer pelo
peso que tem em termos de investimentos, quer ainda pelo importante e essencial papel que
representa no incremento do serviço público de transportes, com enormes benefícios para o
desenvolvimento sustentável ao nível local, regional e nacional.

Tendo presente este papel estratégico do transporte ferroviário no desenvolvimento e da
recuperação económica do País; salvaguardando e defendendo as questões de impacte
ambiental em termos de património e de ambiente, sabendo que Ponte de Lima é o Concelho
Central da Região em que estamos inseridos, entendemos ser necessário em futuras reuniões
com o Poder Central, que o Município faça sentir e empregue todos os meios ao seu alcance,
para que seja aproveitada a linha de alta velocidade por comboios rápidos (tipo Alphas
pendular), com paragem em Ponte de Lima tendo em conta que este aproveitamento será
uma medida estruturante e de mais-valia para o desenvolvimento da Região e do nosso
Concelho em particular.




                                                                                                   26
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

4.2. Criação de uma Comissão de Acompanhamento do TGV
A primeira vez que nesta Assembleia Municipal se falou sobre o Transporte de Grande
Velocidade (TGV) foi em 11 de Abril de 2008 e o problema foi levantado pela CDU que na sua
intervenção tomou posição quanto ao assunto, não sendo dado a devida importância tanto
pelos membros desta Assembleia como pelos Órgãos de Comunicação Local.

Defendemos que o transporte ferroviário é uma parte integrante e estruturante de um
verdadeiro sistema de transportes, quer pelo papel estratégico que tem na vida económica do
País, assegurando a circulação de mercadorias e bens e a mobilidade das populações, quer
pelo peso que tem em termos de investimentos, quer ainda pelo importante e essencial papel
que representa no incremento do serviço público de transportes, com enormes benefícios para
o desenvolvimento sustentável ao nível local, regional e nacional.

Focamos o papel estratégico do transporte ferroviário no desenvolvimento e recuperação
económica do País, mas também afirmamos estarmos preocupados quanto às questões de
impacte ambiental e patrimonial.

Também focamos a necessidade de defender o interesse do Concelho e suas gentes devido
aos prejuízos que a passagem do TGV acarretaria para Ponte de Lima (em termos
paisagísticos e ambientais) e para as suas gentes (em termos patrimoniais) e defendemos que
o Município na pessoa do seu Presidente, pugna-se em futuras reuniões com o Poder Central
pelo aproveitamento da linha de Alta Velocidade para comboios rápidos (tipo Alfa pendular) e
comboios de mercadorias e que reivindica-se também uma paragem (apeadeiro ou o que se
queira chamar) em Ponte de Lima tendo em conta que seria uma medida estruturante e de
mais-valia para o desenvolvimento da Região e do nosso Concelhio em particular.

Levando em linha de conta a preocupação demonstrada nesta Assembleia e também as
preocupações e aflições dos quantos vão ser directamente afectados pela passagem do TGV,
seja qual for o traçado designado, a CDU continua a afirmar que deve ser o Município na
pessoa do seu Presidente a defender e procurar a melhor solução para o Concelho e suas
Gentes e desde já coloca-se ao dispor para troca de impressões e pontos de vista sobre o
assunto em causa.

5. Trânsito
5.1. Ligações das estradas municipais às estradas nacionais

Resolução do problema das ligações das estradas municipais às estradas nacionais, principalmente as
que servem os novos Centros Educativos implantados ou a implantar no Concelho.

5.2. Resolução do problema de trânsito junto à Escola EB 2,3+S em Arcozelo

O traçado da estrada nacional n.º. 306, que atravessa parte da freguesia de Arcozelo em
direcção a Paredes de Coura, conflui com a estrada municipal de Vilar que serve a saída de
trânsito da escola E.B.2;3+S da mesma freguesia, que nas horas de início e do final das aulas
regista um aumento de trânsito considerável com a agravante, aumentar ainda mais quando o
Centro Educativo entrar em funcionamento.
Devido ao estrangulamento de comunicação, face ao exíguo espaço de manobra, para quem
quer virar em direcção á rotunda do lugar de Faldejães, representa um perigo não só para os
automóveis ligeiros mas sobretudo para os autocarros que transportam os alunos.


 Várias vezes se tem assistido no local, a autocarros atravessados na estrada nacional para
fazerem a manobra e outras vezes mais a Norte no entroncamento para a Igreja da freguesia,
onde também fazem manobra de inversão de marcha, com toda a carga de perigo, que
também aqui, estão sujeitos os que naquela via transitam.

É possível minimizar o perigo que advém desta realidade com o alargamento da estrada
nacional, ou com a instalação de uma rotunda no local de confluência da estrada nacional com




                                                                                                      27
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

a estrada municipal. Para que no futuro não tenhamos de lamentar mais alguns acidentes de
consequências graves.

                    5.3. Requalificação do estacionamento na Vila

                    Entendemos ser necessário regular o estacionamento nas seguintes
                   artérias: Rua Inácio Perestrelo, Largo de Camões, Largo da Feira e
                   Passeio 25 de Abril.
Sugerimos ao Vereador municipal do Pelouro do trânsito para apresentar uma proposta de proibição de
estacionamento nesses locais e assim dar oportunidade a que todas as forças políticas com assento na
Assembleia Municipal debatam e se pronunciem sobre esta problemática.

Diversas vezes o estacionamento foi proibido nestas artérias com o agrado de muitos Limianos pelo
facto de acharem que em termos paisagísticos a Vila fica mais enriquecida e o transtorno desta
aplicação não se faz sentir na vida quotidiana das nossas gentes.

6. Parques de estacionamento
Ponte de Lima possui um conjunto de Parques de estacionamento que devem ser postos ao serviço dos
utentes permanentemente e gratuitamente (Parque da Guia, Parque da expo lima e outros).

Estes parques de estacionamento devem ser dados a conhecer á população, através de sinalização
conveniente e de uma campanha de sensibilização para a sua utilização por todos os proprietários de
veículos.

                      VIII. TURISMO E PATRIMÓNIO PAISAGÍSTICO

                   1. TURISMO
                     Ponte de Lima com a beleza da sua paisagem, a riqueza do património e a
                     hospitalidade limiana é um dos locais muito visitado e procurado pelos
                     turistas.
                     O concelho de Ponte de Lima usufrui de um número significativo de
alojamentos. E desfruta de outras infra-estruturas de qualidade que complementam e
constituem um forte factor de atracção turística como (Campo de Golfe, Centro Hípico de
Calvelo, Centro Equestre junto à Vila de Ponte de Lima, na margem do rio e outras) e o Clube
Náutico que incrementou a prática dos desportos náuticos, tirando partido dos recursos
hídricos existentes.
É uma região, de vocação fortemente turística, com uma oferta de qualidade nos seus similares
de hotelaria, sobretudo restaurantes nos quais se pode desfrutar de uma gastronomia bem
típica (o Sarrabulho e a Lampreia, acompanhados de vinho verde branco e tinto, produzidos no
concelho), acrescentando-se a doçaria tradicional.
Todos estes recursos são conjugados com outro tipo de património, o de carácter etnográfico
onde se inscreve o folclore típico e genuíno e o artesanato.
Os Caminhos de Santiago são um importante elemento para a promoção turística da região,
não só do concelho, como de todo o Alto Minho. O troço que integra o Caminho Português de
Santiago que atravessa Ponte de Lima e constitui uma das velhas rotas de peregrinação.

Alojamentos                      Número                          Camas
Hotéis                           2                               180
Pensões                          4                               149
Casas TH                         19                              282
Casas TR                         31                              308
Outras                           4                               46

Total de                                                         1055
Cama
                                  Alojamentos turísticos




                                                                                                  28
Organização Concelhia de Ponte de Lima do

Conta ainda com a Pousada de Juventude que comporta 17 quartos.

Conta ainda com o Albergue de Peregrino

2. Regiões de Turismo

O decreto-lei das Regiões de Turismo aprovado em Conselho de Ministros constitui um acto
sem precedentes de desvirtuamento da natureza destas entidades, de ataque à autonomia do
Poder Local e governamentalização das regiões de turismo.

Invocando o Programa de Reorganização da Administração Central do Estado (Prace) o
governo líquida de facto as actuais Regiões de Turismo substituindo-as por outras estruturas
vazias de conteúdo, desprovidas de competências em domínios como os da promoção do
mercado interno e subordinadas em absoluto ao Governo e às suas orientações.

A revelação agora conhecida quanto á delimitação territorial aprovada pelo Governo, não deixa
quaisquer dúvidas sobre os verdadeiros objectivos que presidiram à sua aprovação: a
operacionalização dos grandes interesses económicos em presença no sector.

Com a subordinação de toda a política regional de turismo ao Instituto de Turismo e de controlo
governamental da promoção turística é a própria sustentabilidade turística e coesão económica
que são postas em causa, penalizando a promoção do mercado interno de extensas áreas do
território, liquidando marcas regionais com projecção nacional e internacional (Costa Azul,
Costa Verde, Templários, Planície Dourada, entre outras), comprometendo o futuro de
centenas de pequenas e médias empresas ligadas ao sector.
A entrada em vigor deste diploma comprometerá o futuro do Turismo em Ponte de Lima e na
Região e contribuirá para o avolumar das assimetrias existentes.

O Município e a Assembleia Municipal de Ponte de Lima, com a sua adesão por maioria à
Região do Turismo do Porto e do Norte de Portugal, prestaram um mal serviço ao turismo da
região e á população do Concelho.

3. Património paisagístico e Arquitectónico
3.1. Valorização dos espaços panorâmicos
Ponte de Lima possui um vasto património paisagístico e arquitectónico, o que lhe dá o
estatuto de ser considerada uma das zonas mais bonitas do nosso País.

Esta riqueza natural deve ser perseverada, conservada e protegida merecendo toda a atenção
na sua valorização e divulgação, com medidas, como a estrutura local do PCP – Partido
Comunista Português tem defendido, tais como:

Valorização de todos os espaços panorâmicos (Monte da Madalena, St. Ovídeo, S. Cristóvão,
Boa-Morte, Sra. da Rocha, S.Lourenço da Armada, Bom Jesus de Anais, Stª. Justa, Sra. do
Socorro, etc.), através de limpeza, reorganização de espaços e acessos.

3.2. Museu do Sarrabulho
Recentemente na Comunicação Social foi dado relevo à aquisição de prédios destinados à
promoção sociocultural do”Sarrabulho à moda de Ponte de Lima” e, pela mesma ficamos a
saber, com o objectivo de implantação do Museu do Sarrabulho.

Não invalidando o esforço do Município em ajudar à promoção do prato gastronómico como
marca Ponte de Lima, não conseguimos descortinar a necessidade de um Museu do
Sarrabulho visto que este manjar não tem patente, pois ele é património das gentes da nossa
terra, cuja origem está na criação do Porco para a matança, onde os vizinhos se juntavam e
conviviam através da confecção do manjar Sarrabulho. A não ser que venha alguém fora do
Concelho, Podendo ser de Concelho vizinho, querendo inventar e impor a sua ideia sobre a




                                                                                                  29
Diagnóstico e objetivos para o desenvolvimento do concelho de Ponte de Lima
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  • 1. Organização Concelhia de Ponte de Lima do PONTE DE LIMA CONCELHO *DIAGNÓSTICO *OBJECTIVOS *OUTRO RUMO NOVA POLÍTICA AO SERVIÇO DA POPULAÇÃO E DO CONCELHO Organização Concelhia de Ponte de Lima 1
  • 2. Organização Concelhia de Ponte de Lima do ÍNDICE INTRODUÇÃO I. CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO 1. Território e Dados demográficos _____________________________ 1/2 2. População ________________________________________________3 II. OBJECTIVOS PARA UM DESENVOLVIMENTO HARMONIOSO DO CONCELHO _________________________________________ 3/4/5 III. SITUAÇÃO ECONÓMICA E SOCIAL DO CONCELHO 1. Trabalhadores por conta de outrem ___________________________6 2. Salários _________________________________________________7 3. Pensões de reforma _______________________________________7 4. Outros subsídios da Segurança Social _________________________8 5. Situação Laboral __________________________________________8 6. Emprego e Desemprego ___________________________________9/10 IV. SAÚDE 1. Urgência do Hospital ________________________________________10 1.1. O ataque ao SNS ________________________________________10 1.2. Serviços médicos e de enfermagem _________________________ 11 1.3. A Saúde em Ponte de Lima ________________________________ 11 V. EDUCAÇÃO E CULTURA A educação e o ensino _______________________________________ 12 1. Carta educativa __________________________________________ 12 2. Acção social escolar ______________________________________ 13 3. Cultura _________________________________________________ 14 2
  • 3. Organização Concelhia de Ponte de Lima do 4. Sobre Historial das Serrações _______________________________ 14 VI. AMBIENTE E QUESTÕES DA ÁGUA 1. Ambiente __________________________________________________ 15 2. Questões ambientais _______________________________________15/16 3. Questões da água _________________________________________ 17/18 4. Passagem da rede em baixa para as águas do Minho e Lima ________ 19 VII. REDE VIÁRIA, TRANSPORTES E TRÂNSITO 1.Rede Viária _______________________________________________ 20 2. Estradas Municipais _______________________________________ 21 2.1. Ligação ao Centro da freguesia de Calheiros _________________ 21 2.2. Alargamento de estradas Municipais ________________________ 21 3. Caminhos municipais _______________________________________ 21 4. Transportes _____________________________________________ 21 4.1. TGV _________________________________________________ 21 4.2. Comissão do TGV ______________________________________ 22 5. Trânsito _________________________________________________ 22 5.1. Ligações de estradas municipais __________________________ 23 5.2. Problema de trânsito junto à escola de Arcozelo ______________ 23 5.3. Requalificação do estacionamento ________________________ 23 6. Parques de estacionamento __________________________________ 23 VIII. TURISMO E PATRIMÓNIO PAISAGÍSTICO 1. Turismo _________________________________________________ 23 2. Regiões de Turismo _______________________________________ 24 3. Património paisagístico e Arquitectónico _____________________25 3.1. Valorização dos espaços panorâmicos _____________________ 25 3.2. Museu do Sarrabulho ___________________________________25 3:3: Arnado ______________________________________________ 25 4. Parque da Madalena _____________________________________ 25 3
  • 4. Organização Concelhia de Ponte de Lima do 4.1. Renovação do Protocolo _________________________________ 25 4.2. Obras de Beneficiação ___________________________________26 5. Zona Ribeirinha ___________________________________________ 26 6. Sanitários públicos _________________________________________26 7. Centros Cívicos das freguesias_______________________________ 27 8. Eventos em Ponte de Lima _________________________________27 8.1. Feira Medieval ________________________________________ 27 IX. ADMINISTRAÇÃO LOCAL E COMUNIDADES INTERMUNICIPAIS 1.Trabalhadores da Administração Local_______________________ 28 1.1. Questões laborais ______________________________________28 1.2. Transferência de trabalhadores da Administração Pública ______ 28 2. Bairros Sociais ___________________________________________ 29 3. Distribuição de verbas do Plano e Orçamento Municipal Comunidades Intermunicipais_________________________________________________ 29 5. Criação da figura de embaixador de Ponte de Lima ______________ 30 6. Prestação de contas do município e apreciação de Inventário ______ 30 7. Feriado Municipal _________________________________________ 30 X. AGRICULTURA, PECUÁRIA E SIVILCULTURA 1. Agricultura ____________________________________________ 31 2. Sobre os vinicultores _____________________________________31 XI. INDÚSTRIA EXTRACTIVA 1. Pedreiras ________________________________________________32 1.1. Alargamento da área de extracção de granito ________________ 33 1.2. Pólo Industrial do Granito ________________________________33 1.3. Exploração de recursos geológicos ________________________ 33 2. Os Pólos Industriais _____________________________________34 2.1. Instalação de novas unidades __________________________ 35 XII. COMÉRCIO LOCAL E CENTRO HISTÓRICO 4
  • 5. Organização Concelhia de Ponte de Lima do 1. Comércio Local ___________________________________________ 35 2. Centro Histórico e o comércio local ____________________________ 36 3. Mercado Municipal _________________________________________ 36 4. Isenção de taxas “esplanadas e publicidade” _____________________36 XIII. ÍNDICE DO PODER DE COMPRA _______________________ 37 a 39 XIV. OUTRO RUMO NOVA POLÍTICA AO SERVIÇO DA POPULAÇÃO E DO CONCELHO _______________________ 39 a 40 INTRODUÇÃO Este texto é elaborado na base de: * Intervenções do eleito na Assembleia Municipal * Resoluções políticas da VII Assembleia da DORVIC e III Assembleia Concelhia * Contribuições e dados recolhidos por membros da Comissão Concelhia * Colaboração do Camarada economista: Anselmo Dias Este documento tem como objectivo a discussão na organização do Partido em Ponte de Lima e posteriormente fazer um debate-audição com a população e as forças vivas do Concelho. Pretende-se também a colaboração de camaradas e amigos no seu melhoramento e na alteração ou inclusão de novos dados. Portanto este texto-base não é um documento definitivo, mas sim a base para uma discussão profunda e ampla sobre a situação do Concelho de Ponte de Lima. I. CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO 1. Território O Concelho de Ponte de Lima caracteriza-se por ser uma zona de forte impacto turístico, um concelho com um rico conjunto patrimonial, quer arqueológico quer paisagístico, um importante nó de comunicações rodoviárias, reforçando ao nível das acessibilidades, as suas ligações com os grandes pólos urbanos dos distritos de Viana do Castelo e de Braga, com a auto-estrada Porto-Braga- Valença e com os eixos viários IP1 e o IC28. 5
  • 6. Organização Concelhia de Ponte de Lima do O Concelho de Ponte de Lima situa-se perto da fronteira com a Galiza – Espanha, o que constitui um potencial para o desenvolvimento das duas regiões, num contexto de cooperação nas vertentes económica, social e cultural. É também uma enorme vantagem para o desenvolvimento do Concelho e do Alto-Minho. O Concelho de Ponte de Lima é, no distrito de Viana do Castelo a seguir a Arcos de Valdevez, o 2º maior concelho e, na zona norte, sobretudo nos vales do Cávado, Ave e Tâmega, um dos maiores, apenas superado por Barcelos. O Concelho de Ponte de Lima tem, em linha recta, um cumprimento máximo de 27 km no sentido norte-sul e 20 km no sentido este-oeste. O Concelho de Ponte de Lima ocupa 321,3 Km2 de área, com uma população de 44.667 habitantes, da qual resulta uma densidade populacional de 140 habitantes por Km2. O desenvolvimento do nosso concelho não se pode dissociar do conjunto global do distrito. Viana do Castelo é o distrito de menor dimensão a nível nacional, cerca de 2,4% da área do País. Em termos de população, o distrito representa, também 2,4% da população residente em Portugal. Apesar de esta percentagem ser aparentemente baixa a verdade é que no contexto nacional ocupa uma posição intermédia em termos populacionais, a mesma proporção não se verifica quanto ao emprego, pelo facto de haver uma elevada percentagem de população idosa não inserida na actividade produtiva Designação do Ponte de Minho-Lima Unidade Período Indicador Lima Área Total ni 154 320,8 2219,4 Km2 2001 População Residente 44343 250275 Indivíduos 2001 HM População Residente 20990 116808 Indivíduos 2001 H População Presente 43711 243714 Indivíduos 2001 HM População Presente H 20516 112569 Indivíduos 2001 População Residente 20349 114967 Indivíduos 1991 H, em 1991 Famílias Clássicas 13229 83016 Nº 2001 Residentes Famílias Institucionais 5 57 Nº 2001 Alojamentos 18527 132885 Nº 2001 Familiares - Clássicos Taxa de analfabetismo 14,3 13,9 Percentagem 1991 HM, em 1991 Taxa de analfabetismo 12 11,6 Percentagem 2001 HM Notas: Os dados apresentados respeitam a delimitação da Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS) válida aquando da realização dos Censos. 6
  • 7. Organização Concelhia de Ponte de Lima do Designação do Indicador Valor Unidade Período Área Total 321.3 Km2 2008 Número de Freguesias 51 Nº 2008 Área Média das Freguesias 6.3 Km2 2008 137.6 1996 Densidade Populacional Hab/km2 140 2006 43421 1991 População Residente HM Indivíduos 44667 2006 15238 1991 Edifícios Nº. 16812 2001 15963 1991 Alojamentos Familiares Clássicos Nº. 18527 2001 11.5 1996 Taxa de Natalidade Permilagem 12.06 2000 Taxa de Mortalidade 9.6 Permilagem 2000 8.6 1996 Taxa de Nupcialidade Permilagem 8.09 2000 0.4 1996 Taxa de Divórcio Permilagem 1.09 2000 78.3 1996 Índice de Envelhecimento Percentagem 78.9 2006 Área Agrícola 36.1 Percentagem 1996 Área Florestal 50.5 Percentagem 1996 Área Urbana 10.6 Percentagem 1996 Área para Outros Usos 2.8 Percentagem 1996 Telefones (Portugal TELECOM) per- 0.2 Nº 1997 capita 432 1997 Sociedades com Sede Nº 500 2000 9 1997 Sociedades do Sector Primário Percentagem 7.8 2000 35.2 1997 Sociedades do Sector Secundário Percentagem 32.6 2000 55.6 1997 Sociedades do Sector Terciário Percentagem 56.6 2000 Bancos, Caixas Económicas e Caixas 11 1996 Nº de Crédito Agrícola Mútuo 15 2000 Índice per- capita do Poder de Compra 39.4 Percentagem 1997 (Portugal = 100) Médicos por 1000 Habitantes 0.6 Permilagem 2000 Camas Hospitalares por 1000 1.5 Nº 1996 Habitantes Pensionistas Activos por 100 24 1996 Nº Habitantes 25 2000 Pensão Média Anual por Pensionista 354.6 Milhares de escudos 1996 Activo Alunos Matriculados no Sistema de 7978 1996 Nº Ensino 7427 2007 Pessoal Docente do Ensino Público Dados demográficos 7
  • 8. Organização Concelhia de Ponte de Lima do 2. População O Concelho de Ponte de Lima, em 31/12/2006, tinha 44.667 habitantes, valor, no distrito, apenas superado pelo concelho de Viana do Castelo que, na mesma data, tinha 91.238 habitantes. POPULAÇÃO DO CONCELHO DE PONTE DE LIMA (1801-2006) 1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004 2006 13202 29869 33314 36256 42979 43797 43421 44343 44609 44667 A estrutura da população, em termos etários, era a seguinte: De 0 14 anos: 7.287 habitantes; De 15 a 24 anos: 6.168 habitantes; De 25 a 64 anos: 23.452 habitantes; De 65 e mais anos: 7.760 habitantes Estes dados permitem concluir o seguinte: Índice etário Habitantes De 0 a 14 anos 7.287 De 15 a 24 anos 6.168 De 25 a 64 anos 23.452 De 65 e mais anos 7.760 ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO - Densidade populacional: havia 140 pessoas por km2 o que significa a maior densidade populacional do distrito a seguir ao concelho de Viana do Castelo, superando, inclusive, a média nacional que era de 115 habitantes por km2. - Taxa de crescimento populacional: no decurso de 2006 a taxa de crescimento natural foi negativa, na medida em que houve mais falecimentos do que nascimentos, respectivamente, 438 e 426. - Índice de envelhecimento: embora haja mais idosos do que jovens e crianças a verdade é que, no contexto, nacional, o concelho de Ponte de Lima não é dos mais envelhecidos. Tem um índice de 106,5, contra uma média nacional de 111,7. No distrito de Viana do Castelo, Ponte de Lima é, de longe, o mais jovem. Em Melgaço, por exemplo, o índice é de 361. Um outro aspecto que importa salientar é o seguinte: no distrito de Viana do Castelo a esperança de vida à nascença é de 78,9 anos, enquanto a média nacional era de 78,5, ou seja ligeiramente inferior. II. Objectivos para um desenvolvimento harmonioso do Concelho A intervenção da estrutura local do PCP – Partido Comunista Português sempre se pautou pela defesa dos interesses e aspirações da população do concelho de Ponte de Lima, mantendo uma atitude coerente na defesa de todas as causas justas a que se tem dado voz nos órgãos do Poder Local e na sua actividade política. Tem sido o Concelho de Ponte de Lima e consequentemente a sua população, confrontados com os mais variados problemas, de entre outros sectores, os económicos, sociais e ambientais, que destacamos como objectivos prioritários para o desenvolvimento harmonioso do Concelho. 8
  • 9. Organização Concelhia de Ponte de Lima do A actual situação de retrocesso, estagnação, e de algum desespero de muitos Limianos, devido às dificuldades económicas e sociais vividas no Concelho são no essencial, o resultado de anos e anos sucessivos de política de direita e populista desenvolvida na gestão do Município pelo CDS/PP que nunca foi capaz de desenvolver políticas que contribuíssem para o progresso e desenvolvimento harmonioso da nossa Terra, fazendo constantemente ouvidos de mercador a ideias e propostas de todos aqueles que querem dar o seu contributo para a resolução e melhoramento das grandes carências e da qualidade de vida da População do nosso Concelho. Para alterar esta tendência é imprescindível outra política, uma política verdadeiramente ao serviço das populações, nomeadamente: *Desenvolvimento de uma política económica que proporcione o desenvolvimento harmonioso em todo o concelho, com a salvaguarda do ambiente e da melhoria das condições de vida das populações. *Desenvolvimento de uma política que promova o interesse regional, defendendo e estimulando o aparelho produtivo e a produção regional em todas as suas vertentes; pondo fim ao desmantelamento e privatização de serviços públicos essenciais (água, saúde, educação, segurança social, transportes, electricidade, entre outros) garantindo a sua prestação com critérios de qualidade; proporcionando uma política fiscal de apoio aos pequenos e médios empresários da região e do concelho. *Desenvolvimento de uma política de investimento nas vias rodoviárias estruturantes, Nacionais e Municipais, rejeitando as portagens na A28, defendendo que esta via continue a ser um itinerário complementar de grande importância para o distrito e para o concelho *Desenvolvimento de uma política social que garanta o trabalho com direitos e emprego de qualidade; de combate ao desemprego; valorizando os salários e as pensões, defendendo o sistema público da Segurança Social. *Desenvolvimento de politicas criadoras de emprego, formação profissional e outro tipo de oportunidades para a população, principalmente para os jovens. *Projecto para solucionar o problema da desertificação do concelho quer no centro histórico da Vila quer ao nível das freguesias mais rurais. *Incentivar a participação activa das populações na vida do Concelho implementando o desenvolvimento de políticas que dêem particular atenção às crianças, aos idosos, aos mais pobres e desfavorecidos. *Defender uma política que trave as subidas dos preços de bens e serviços essenciais como a electricidade e os transportes. *Defender uma política de saúde que privilegie a resolução dos problemas dos utentes, com mais e melhores equipamentos e meios humanos nos centros de saúde e horários de funcionamento que correspondam às necessidades das populações do concelho. *Defender uma política educativa não assente em encerramento de escolas e ataque aos professores; que defenda e valorize o património natural e cultural do concelho como factor de desenvolvimento, na afirmação da identidade cultural. *Solucionar a degradação do meio ambiente implementando uma politica de ordenamento dos solos, protegendo os solos férteis contemplando a existência de espaços verdes. *Acabar com as descargas poluentes a céu aberto para o rio Lima e noutras linhas de água existentes no concelho. *Solucionar a legalização e ordenamento das pedreiras existentes no concelho. 9
  • 10. Organização Concelhia de Ponte de Lima do *Desenvolvimento de uma política de revitalização das actividades pecuárias, agrícolas, nomeadamente da produção vitivinícola e florestal. *Solucionar os graves problemas do trânsito e do estacionamento na Vila. *Defender o carácter público da prestação de serviços básicos prestados pela autarquia como por exemplo a defesa da gestão pública da água. *Reforçar a intervenção activa na assembleia municipal enquanto representantes da população, na promoção e reclamação junto dos órgãos do poder central da resposta a problemas da sua responsabilidade. *Defendemos uma política de desenvolvimento que passa pelo aumento substancial do investimento público no concelho, nomeadamente, com, dotações de verbas e investimentos no PIDDAC muito superior às praticadas nos últimos anos. III. Situação económica e social do Concelho A evolução económica e social do concelho acentuou as tendências negativas que se vinham a sentir há alguns anos com a insistência por parte do governo do Partido Socialista em manter uma política económica desastrosa. O seguidismo cego para a redução do défice público levou a que se concretizasse uma ofensiva social sem precedentes contra os trabalhadores. Desta acção do governo do Partido Socialista fizeram-se sentir no Concelho: *O encerramento e deslocalização de várias empresas, a tentativa de encerramento dos Serviços de urgência do hospital, da esquadra da PSP e várias escolas primárias, a falta de investimento em empresas e serviços públicos, a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e o favorecimento dos interesses do grande capital nacional e estrangeiro *Um baixo nível de investimento público no concelho, apesar das promessas, como é evidenciado na contenção verificada na atribuição de verbas do PIDDAC, sendo esta uma das áreas desfavorecidas contempladas pelo PRASD, não assumindo a necessidade de uma política de discriminação positiva, necessária á recuperação do atraso da região. *Que a política seguida debilitou os sectores produtivos da região, como a indústria transformadora (têxtil, calçado e agro-alimentar “queijo limiano”), a agricultura e a pecuária, o que não foi compensado pela instalação de algumas indústrias, como as que se implantaram na zona Industrial de Gemieira e da Queijada. *O crescimento desordenado e caótico à mercê de interesses privados e o prosseguimento da instalação de grandes superfícies. *A degradação das relações sociais, verificando-se um crescimento elevado do desemprego, o aumento do emprego precário, e o prosseguimento de baixos índices salariais e das baixas reformas e pensões. *Com o incentivar a uma cada vez maior intervenção do sector privado no domínio do serviço público, o negocismo, com resultados frequentemente desastrosos em relação aos muitos problemas em sectores como os da saúde, da água etc. 10
  • 11. Organização Concelhia de Ponte de Lima do 1. Trabalhadores por conta de outrem De acordo com os Quadros de Pessoal de 2004 exerciam a sua actividade laboral, no sector privado da economia, cerca de 10.000 trabalhadores por conta de outrem. *No Concelho de Ponte de Lima predomina o sector secundário (industria extractiva, industria transformadora e construção civil), com cerca de 6.300 trabalhadores. *O sector primário (agricultura) é meramente residual em termos de proletariado agrícola, cerca de 180 postos de trabalho. *O sector terciário (comércio, hotelaria, restauração e serviços diversos) abrangia cerca de 3.000 trabalhadores, tudo isto, excluindo obviamente, a economia paralela, cuja dimensão desconhecemos mas que, por exemplo, na construção civil deve ser elevada. Sector Sector Sector Ano Primário Secundário Terciário 1981 54.6% 26.6% 18.8% 1991 34.0% 36.0% 30.0% População activa por sectores de actividade económica Na leitura deste quadro verificava-se que, no concelho de Ponte de Lima, e á semelhança do que acontecia na região, uma evolução em que, havia um reforço do sector terciário face aos sectores primário e secundário. A actividade económica da região devia-se em grande parte ao sector primário, que concentrava cerca de 34% da população activa do concelho. A agricultura, essencialmente de minifúndio, ocupava os aluviões dos vales e galgava as encostas estruturadas em socalcos, entrecruzados com espaços florestais que separam os vales florestais. A par desta actividade, a pecuária ocupava no Concelho um lugar de destaque. Nesta região o povoamento é denso, e a utilização do solo era intensa. A situação actual é completamente outra, salientamos, apenas, as actividades predominantes, em termos de mão-de-obra de acordo com os Quadros de Pessoal que, repete-se, está aquém da realidade. Sector Trabalhadores Construção civil 3.913 Indústria de vestuário 842 Comércio a retalho 792 Alojamento e restauração 422 Indústria têxtil 410 Comércio por grosso 406 Comércio automóvel (inclui venda de 310 combustíveis e reparação) Indústria do calçado 249 Indústria alimentar e das bebidas 206 Acção Social 201 População activa por sectores de actividade económica em 2004 Estes 10 sectores, os mais importantes em termos de mão-de-obra, representam cerca de 80% do número de trabalhadores por conta de outrem do sector privado da economia. Como se vê trata-se de sectores onde predominam os baixos salários que, por sua vez, condicionam o valor das reformas e o próprio nível de vida, como adiante iremos salientar. 11
  • 12. Organização Concelhia de Ponte de Lima do Finalmente importa dizer que, no âmbito do sector privado da economia, os sectores produtivos (agricultura, indústria extractiva, indústria transformadora e construção civil) representam cerca de 70% dos trabalhadores, cabendo ao sector de serviços os restantes 30%, donde é lícita a conclusão de que, Ponte de Lima, é, fundamentalmente, um concelho industrial, embora essas indústrias e actividades incorporem pouca ciência e tecnologia. 2. Salários Os salários praticados no Concelho são baixos. Em Outubro de 2005 (últimos dados disponíveis) estavam quantificados em 617 euros, ou seja, eram inferiores em cerca de 292 euros, relativamente á média do continente, o que, percentualmente, significava uma diferença, para menos, na ordem dos 32%, o que é muito. Estamos perante uma diferença, repete-se, muito expressiva, a qual será, ainda, mais gravosa se analisarmos os salários dos homens e das mulheres, desagregados pelos 3 grandes ramos de actividade. Assim: Sector Sexo Ganho mensal (euros) Primário Mulheres 440 Secundário Mulheres 512 Primário Homens 541 Terciário Mulheres 580 Secundário Homens 639 Terciário Homens 711 Salários praticados no concelho Se a análise for feita em termos de dimensão das empresas a conclusão é a de que os salários são tanto mais baixos quanto mais pequenas forem as empresas e tanto maiores quanto maior for a dimensão das empresas. No contexto do distrito de Viana do Castelo a posição de Ponte de Lima no que concerne ao valor dos salários é uma posição modesta pois, em termos globais, apenas nos concelhos de Monção, Paredes de Coura e Arcos de Valdevez, é que se encontram salários médios mais baixos. Em termos do continente, no conjunto dos 278 concelhos, Ponte de Lima ocupa a posição 222, o que evidência que cerca de 80% dos concelhos do continente usufruem de salários mais elevados. As consequências desta situação, baixos salários, acompanham os trabalhadores ao longo dos anos e das várias situações que a seguir se enumeram. 3. Pensões de reforma Em 31/12/2006 havia 12.091 reformados e pensionistas do Sistema Público de Segurança Social, assim divididos: Velhice Invalidez Sobrevivência 7.695 1.715 2.681 O valor mensal das pensões era o seguinte: Velhice Invalidez Sobr evivê ncia 256€ 260€ 139€ Estes valores são, como se sabe, valores médios. Haverá, provavelmente, alguns pensionistas e reformados que usufruirão de valores mais elevados, enquanto uma parte significativa terá valores ainda mais baixos. Qualquer que seja a dimensão de uns estratos e de outros é certo: 12
  • 13. Organização Concelhia de Ponte de Lima do dos 2 milhões de portugueses que vivem abaixo do limiar da pobreza muitos destes habitam no concelho de Ponte de Lima. 4. Outros subsídios da Segurança Social Dado que os subsídios de doença e de desemprego estão correlacionados com o salário, daqui decorre que quanto mais baixo é o salário mais baixo serão tais subsídios. Vejamos:  Subsídio de desemprego: este subsídio abrangeu, em 2006, 1.742 trabalhadores, dos quais cerca de 70% eram mulheres cujos subsídios médios diários orçaram os 15,12€ e 12,40€, respectivamente aos homens e às mulheres;  Subsídio de doença: este subsídio abrangeu em 2006, 1994 trabalhadores, dos quais cerca de 53% eram mulheres cujos subsídios médios diários orçavam os 11,69€ e 8,19€, respectivamente aos homens e às mulheres;  Abono de família: este subsídio abrangeu em 2006, 8.471 crianças e jovens a quem coube um subsídio mensal na ordem dos 30,84€. 5. Situação laboral No distrito de Viana do Castelo, no sector privado da economia, o peso da indústria extractiva e transformadora, incluindo a energia e a água, com 33% da mão-de-obra, é superior à média nacional, que não ultrapassa cerca de 28%. Segundo estudos realizados verifica-se que na Indústria instalada 25% dos trabalhadores exercem a sua actividade em estabelecimentos com mais de 50 trabalhadores. Contudo regista-se um dado contraditório, apesar do número volumoso de microempresas que, globalmente, representam 69% do tecido empresarial da região, contribuindo para que o número médio de trabalhadores por estabelecimento seja de 6,5, valor muito inferior à média nacional que é de 8. Concluindo: Há uma relativa vantagem derivada da concentração de mão-de-obra em 98 estabelecimentos com 50 e mais trabalhadores e uma desvantagem com pulverização dos trabalhadores nas pequenas e micro empresas. Nas 5.654 micro empresas existentes no distrito, há menos trabalhadores que nos 98 maiores estabelecimentos. Em oposição a esta pulverização temos uma realidade totalmente oposta que se explica pelo facto de 1% dos estabelecimentos ocuparem cerca de 25% do número total de trabalhadores. No Concelho de Ponte de Lima os 1.419 estabelecimentos existentes empregam 9.596 pessoas no universo de uma população activa, cerca de 24 000, o que representa somente cerca de 40% da população com emprego. Os 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo ocupam uma posição extremamente modesta no que concerne, quer aos salários quer ao índice de poder de compra. Com efeito, nenhum concelho beneficia de salários iguais às médias nacionais e em nenhum concelho o índice de poder de compra está dentro da média nacional. Vejamos cada um destes aspectos: Salários: Em termos médios (no conjunto dos 10 concelhos), quer a remuneração base, quer a remuneração acrescida do trabalho extraordinário e subsídios, distam da média nacional em cerca de 23%. Não há, pois, um concelho sequer onde os salários médios correspondam à média nacional. Porque é que os salários são, neste distrito, comparativamente à média nacional, mais baixos? As explicações são várias das quais salientamos duas que reportamos de importantes. Por um lado uma explicação reside na natureza do tecido produtivo, ou seja: Se em vez de indústria de vestuário houvesse outras indústrias com maior incorporação de tecnologia isso teria efeito na grelha salarial. Por outro lado verifica-se que dentro do mesmo sector há diferenças salariais de região para região. Por exemplo, os salários dos sectores têxteis, construção civil, calçado e restauração são, no distrito de Viana do Castelo, inferiores à média nacional em cerca de, 11%, 12%, 13% e 19%, respectivamente. Uma nota importante: O distrito de Viana do Castelo é aquele que tem a maior percentagem de trabalhadores da construção civil, cerca de 22%, relativamente ao seu número de trabalhadores. Como os 13
  • 14. Organização Concelhia de Ponte de Lima do salários praticados na construção civil são baixos isso também contribui para baixar a média do distrito. 6. Emprego e Desemprego Emprego - O Concelho de Ponte de Lima no que diz respeito ao tecido industrial é mencionado como potencial no sentido de criar incentivos para a fixação de indústrias, sobretudo não poluentes. Potencialidade dada em torno da criação dos vários pólos industriais (Gemieira, Queijada). A indústria extractiva, apesar de não ter grande representatividade na região, é constituída por pequenas empresas que exploram as areias, argilas e granitos. É um sector com tendência a crescer se considerarmos a grande procura que os granitos da região têm tido dentro e fora do País. Unidades industriais de reduzida dimensão foram-se instalando um pouco por todo o concelho: com destaque para a Adega Cooperativa de Ponte de Lima (que fabrica um vinho verde de grande prestigio), indústrias ligadas aos têxteis e calçado, cerâmicas e pequenas unidades metalúrgicas. A realidade dos nossos dias é completamente contrária a esta perspectiva. A política do município CDS/PP nada tem feito para a criação de postos de trabalho e no incentivo de localização de novas empresas nos pólos industriais do Concelho. O encerramento e a deslocalização de unidades industriais (Fábrica do queijo Lacto-lima, Fábrica do calçado Cocalima, Fábrica do Calçado em Fornelos e o encerramento de outras) tiveram consequências altamente gravosas na situação económica e social da população limiana. Desemprego - É cada vez maior o agravamento da situação social que se verifica no concelho, devido ao aumento do desemprego e da precariedade dos vínculos de trabalho. A evolução económica e social do Concelho acentuou as tendências negativas que se vinham a sentir a alguns anos, com a insistência dos vários governos em manter uma política económica desastrosa. A cegueira da redução do défice público levou a que se concretizasse uma ofensiva social, sem precedentes no Estado Democrático, contra os trabalhadores. Esta acção dos sucessivos governos PS e do PSD/CDS fez-se sentir no nosso Concelho, entre várias outras coisas desastrosas para Ponte de Lima: - No encerramento e deslocalização de várias empresas; - Num baixo investimento público no Concelho; - Numa ofensiva contra os direitos dos trabalhadores. Não assumindo, por isso, a necessidade de uma política de descriminação positiva necessária à recuperação do atraso da nossa terra. Tudo isto levou ao aumento do emprego precário e ao crescimento do desemprego como se pode verificar pelos dados recentes do Instituto do Emprego e Formação Profissional (I.E.F.P.), referente ao trimestre Abril/Junho. O encerramento e a deslocalização de unidades industriais tiveram consequências altamente gravosas na situação económica e social da população limiana. Verifica-se, entre outros dados uma grande subida na percentagem do desemprego de longa duração de Abril para Junho, um número crescente de desempregados com menos de 25 anos e nas faixas etárias compreendidas entre 25/34 e 35/54 anos, sendo de 436 pessoas no primeiro caso e 638 pessoas no segundo caso (dados de Junho de 2006). Em Janeiro de 2008, o quadro de desempregados do concelho refere uma subida do desemprego em 181 pessoas. Em Junho de 2009 passam a estar inscritos no desemprego 2006 2008 (Jan.) 2009 (Jan.) 2009 (Jun.) Homens Mulheres (2008) (2008)  1074  1255  1700  1750  409  846 14
  • 15. Organização Concelhia de Ponte de Lima do 1750 pessoas, o que eleva para mais 676 pessoas que em 2006. Desempregados no Concelho em Junho de 2009 Concelhos HOMENS MULHERES TOTAL OFERTAS DE EMPREGO A.Valdevez 238 377 615 58 Caminha 166 306 472 6 Melgaço 43 71 114 8 Monção 162 276 438 29 P. de Coura 92 121 213 4 Ponte da Barca 126 245 371 8 P. de Lima 409 846 1255 36 Valença 144 194 338 58 V. Castelo 1046 2017 3063 179 V.N.Cerveira 117 151 268 66 Total distrito 2543 4604 7147 452 Desempregados no distrito em Janeiro 2008 Na leitura do quadro de desempregados do concelho, verifica-se que a percentagem de mulheres desempregadas é mais que o dobro em relação aos homens. Quanto aos desempregados por habilitações literárias, os jovens com licenciatura o seu número chega aos 103. IV. SAÚDE O concelho de Ponte de Lima a par dos baixos salários, das baixas prestações sociais e dos baixos índices de poder de compra tem, também, indicadores modestos no que concerne, à própria saúde 1. Urgências do Hospital Em Ponte de Lima, o hospital Conde de Bertiandos foi transformado em hospital de retaguarda com o encerramento dos serviços: de Ginecologia, Ortopedia, Pequena Cirurgia, Geriatria e Pediatria. Já não se realizam exames de Expirometria, Electrocardiogramas. Quanto às urgências, ainda nos dias actuais paira a incerteza quanto á sua manutenção em funcionamento no futuro. 1.1. O ataque do ministério da saúde ao serviço nacional de saúde Os serviços de Urgências do Hospital de Conde de Bertiandos estão a ser amputados do serviço de internamento que ficará sem médicos de medicina interna e pessoal de enfermagem. A CDU – Coligação Democrática Unitária manifesta a sua enorme preocupação pela retirada deste serviço que integra o primeiro nível de acolhimento de situações de urgência. A retirada desta valência vai contribuir para que a prestação de cuidados de saúde á população piore cada vez mais. A CDU ao longo dos últimos anos tem vindo a alertar para o desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde e nomeadamente dos serviços das Urgências do Hospital Conde de Bertiandos em Ponte de Lima com o encerramento de: Ginecologia, Ortopedia, pequena Cirurgia, Geriatria, Pediatria, etc. O Ministério da Saúde vem agora encerrar os serviços de internamento. A CDU sempre alertou para a possibilidade do desmantelamento do serviço de urgência Hospitalar tendo por várias vezes manifestado a sua preocupação em intervenções na 15
  • 16. Organização Concelhia de Ponte de Lima do Assembleia Municipal, em reuniões de grupo de trabalho no âmbito da Assembleia Municipal, assim como questionando o Município com requerimento sobre o assunto. A CDU perante esta situação lamenta que a atitude do Município e do seu Presidente seja de total inactividade não fazendo jus à propaganda feita no seio da população limiana que o Presidente da Câmara tinha resolvido a situação dos serviços de urgência. Para a CDU outra questão se levanta: Será que esperaram pelas Obras de melhoramento das instalações dos serviços de urgência (com dinheiros públicos) para desmantelar todo o serviço público de saúde e entregá-lo de mão beijada a serviços privados? A CDU mais uma vez manifesta a sua apreensão quanto aos direitos dos utentes e dos trabalhadores do Hospital em relação á manutenção dos seus postos de trabalho. 3JUNHO2009 1.2. Serviços médicos e de enfermagem Os indicadores disponíveis indiciam um gravíssimo deficit na área dos serviços de enfermagem e médicos. No concelho de Ponte de Lima há 1,1 médico por 1.000 habitantes, o que corresponde a 1/3 da média do País. Tal deficit podia, teoricamente, ser suprimido pela vinda de médicos oriundos de Viana do Castelo, o que não é viável porque, também aqui, há um deficit. Quanto ao sector de enfermagem a situação não é tão complicada mas, ainda assim deficitária na ordem de cerca de 70 enfermeiros, tendo em conta, insistimos, a média nacional. O problema da saúde está, porém, para além dos rácios atrás referidos. Um dos aspectos que mais ensombra o nível da saúde pública do concelho diz respeito á taxa de mortalidade infantil a qual corresponde a 6,7 no período de 2001/2005, valor muito acima da média nacional que, no período atrás referido, foi de 4,3. Quanto aos centros de saúde e suas extensões verifica-se que, no concelho, há 1 médico por 1.276 residentes, valor muito superior, por exemplo, a Arcos de Valdevez onde esse valor é de 789 habitantes por médico. 1.3. A Saúde em Ponte de Lima A criação de um serviço público de saúde em Portugal, resultado da iniciativa revolucionária do povo e de muitos profissionais de saúde no contexto da Revolução de Abril, teve consagração constitucional com a designação de Serviço Nacional de Saúde (SNS), instrumento para a concretização da responsabilidade prioritária do Estado em garantir o direito à saúde a todos os portugueses em condições de igualdade. Apesar de todas as dificuldades e obstáculos, o SNS obteve resultados muito significativos e contribui para os importantes ganhos em saúde registados em Portugal, o que o coloca no 12º. Lugar a nível mundial segundo a avaliação feita em 2001 pela Organização Mundial de Saúde A ofensiva contra o SNS intensificou-se com o actual governo PS/Sócrates, tendo como objectivos impedir a articulação e exploração integral das potencialidades do SNS, parasitando- o e utilizando-o como instrumento da transferência de recursos públicos para a acumulação privada. Não será estranho que o mercado global da saúde em Portugal seja já superior a 14 mil milhões de euros, quase 10% do PIB. As políticas de redução e desresponsabilização do Estado, assente na lógica do «Estado mínimo» e na adopção do princípio do utilizador-pagador, servem sobretudo o objectivo de garantir a progressiva separação dos papéis de financiador, regulador e prestador, assumindo o Estado os dois primeiros e delegando a prestação noutras entidades, não publicas, mediante mecanismos de contratualização ou pela via da privatização de serviços. 16
  • 17. Organização Concelhia de Ponte de Lima do A visão economicista da saúde tem consequências bem visíveis: encerramento de serviços dos quais o Hospital Conde de Bertiandos em Ponte de Lima tem estado a ser amputado com o encerramento de Ginecologia, Ortopedia, pequena Cirurgia, Geriatria, Pediatria, etc. E agora recentemente com a retirada do serviço de internamento que ficará sem médicos de medicina interna e pessoal de enfermagem e também de camas. A CDU alerta todos os membros da Assembleia Municipal para os gravíssimos danos que esta medida poderá provocar na pronta assistência de cuidados de saúde à população. Infelizmente todos estamos recordados da notícia recente da criança de Monção que por falta de assistência com prontidão no local veio a falecer já no Hospital de Viana do Castelo. Por isso a CDU defende que a melhor contribuição de todos os cidadãos é a defesa do Serviço Nacional de Saúde em toda a sua plenitude para que a Saúde em Ponte de Lima e em todo o País seja uma prestação de cuidados de saúde de excelência para todos os portugueses em condições de igualdade. V. EDUCAÇÃO E CULTURA A EDUCAÇÃO E O ENSINO São condições fundamentais para o desenvolvimento económico e social do País, e particularmente para a melhoria do nível de vida dos trabalhadores e a efectividade do regime democrático, a elevação do nível médio de escolaridade dos portugueses, a formação de quadros médios e superiores em maior número e com melhor qualificação, como factores de superação de atrasos e debilidades da estrutura produtiva e da vivência cultural. No concelho há 105 estabelecimentos de ensino, predominantemente públicos, salvo 2 estabelecimentos na educação pré-escolar que são privados. Nestes estabelecimentos há 7.427 alunos, assim distribuídos: Pré-escolar 1º-Ciclo 2º.Ciclo 3º.Ciclo Secundário 1.165 2.098 1.089 1.896 1.179 Número de alunos Com uma população marcadamente jovem, a vila de Ponte de Lima conta ainda com um importante pólo universitário, com dois estabelecimentos de ensino superior e com uma importante tradição no campo da investigação agrária: a Universidade Fernando Pessoa, a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima e a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima. 1. Carta educativa A educação não é uma preocupação da época em que vivemos, mas desde sempre uma preocupação que deve estar em primeiro lugar como sector vital para o desenvolvimento do indivíduo e concomitantemente para o concelho a região e o País. A Carta educativa para o concelho é de importância vital, mas é muito genérica, não passando de um rol de boas intenções em alguns assuntos, como por exemplo a preocupação com a família, a saúde, a condição socioeconómica o gosto pelo estudo, o desenvolvimento integral da criança, etc. Deveria ser um documento orientador das actividades educativas a desenvolver pela Câmara Municipal a fim de elevar o nível de qualificação dos cidadãos, e não um documento muito alicerçado nas opiniões dos técnicos da direcção regional de educação do norte e direcções dos agrupamentos escolares, deixando de fora desta discussão a parte mais importante seguramente os mais interessados que são os pais, as associações de pais, as juntas de freguesia e os próprios docentes. No que respeita a construção, remodelação e ampliação dos edifícios escolares deveria indicar os espaços pedagógicos considerados como condignos e necessários ao funcionamento de uma escola do pré-escolar 1º ciclo do ensino básico, (salas de aula, cantina, salão polivalente, 17
  • 18. Organização Concelhia de Ponte de Lima do biblioteca, sala de expressões/ novas tecnologias, gabinete de professores, de modo a orientar o trabalho das câmaras com mais rigor e outra sensibilidade para esta questão. Com a mesma finalidade e como intuito de se incentivar o cumprimento dos programas do 1ºciclo do ensino básico na Área das Expressões deveria assinalar a relação de equipamentos e de materiais considerados como minimamente exigíveis nas escolas / agrupamentos. Com a mesma finalidade e como intuito de se criarem condições de promoção do gosto pela ciência nas escolas do 1ºciclo do ensino básico, deveria igualmente assinalar os equipamentos e os materiais exigíveis, tendo em conta as necessidades educativas do concelho. Não se deverá ficar pela afirmação” após a administração central definir os apoios a conceder para a sua concretização” nisto entendemos que não é só para a questão da aquisição de espaços mas também com a aquisição dos equipamentos. A criação das condições e funcionamento do ensino pré-escolar e 1ºciclo são da responsabilidade da câmara municipal, portanto não devemos ficar toda a vida à espera de esmolas do poder central mas sim atendermos às necessidades educativas das nossas crianças, pois já é mais que tempo de termos centros escolares de excepção. As nossas crianças já há muito o merecem! Propomos a elaboração de protocolos Câmaras/ Agrupamentos, para que sejam as escolas a gerir os seus orçamentos. Defendemos a elaboração de um plano Municipal e Intermunicipal de Transportes para assim se proceder a requalificação da rede de transportes escolares. Em relação a proposta da nova rede escolar defendemos alguns cuidados na sua implantação, dada a idade das crianças a deslocar a distância e sinuosidade de alguns percursos. Em relação aos quatro territórios educativos mencionados há uma perda de 43 alunos entre 2002 a 2013, correspondendo a um fecho de 35 salas. Como se pode explicar estes números? Será que as crianças nessa altura só terão metade da dimensão física que têm hoje? Ou será que as turmas passarão de 25 alunos para 40? Sabendo-se que uma das causas do insucesso escolar éé a sobrelotação das salas de aula pelo numero de alunos, o que tem a dizer os eleitos desta Assembleia Municipal e em particular os professores que dela fazem parte? Sobre o quadro 23 da mesma página nem sequer vêm mencionadas o número de salas existentes em 2002. 2. Acção social escolar 2.l. A escola Sobre a acção social escolar é uma matéria muito abrangente da qual fazemos uma avaliação muito negativa e preocupada resultante do estudo da educação e do ensino em Portugal que são hoje muito marcados pelos efeitos da prolongada ofensiva de matiz neoliberal, sustentada numa profunda limitação das funções sociais do Estado, a que Ponte de Lima também não pode fugir. Preocupações que são confirmadas pela indignação e protesto que se tem verificado por todo o País levada a cabo por encarregados de educação, pais, professores e educadores. Indignação e protesto não apenas no fecho de algumas escolas, no corte de direitos e na desvalorização da profissão docente, mas também em torno da defesa da escola pública de qualidade e inclusiva, de uma escola onde sejam garantidas as condições de trabalho e de estudo e sejam reforçados os princípios de autonomia e da gestão democrática. As escolas que temos em Portugal longe de corresponder às exigências de qualidade e de real sucesso que a democracia e o desenvolvimento do País exigem, continua a ser reprodutora e consolidadora das desigualdades sociais que ultimamente se tem acentuado pois os vários governos têm ignorado sistematicamente a Lei de Bases do Sistema Educativo e a própria Constituição da República, insistindo numa estratégia de desresponsabilização do Estado nesta área social fundamental, desvalorizando a Escola Pública enquanto instrumento para a 18
  • 19. Organização Concelhia de Ponte de Lima do concretização do preceito constitucional que obriga o Estado a garantir o direito ao ensino de todos os portugueses, com a garantia do direito à igualdade de oportunidades e êxito escolar. 2.2. Manuais escolares A educação foi sempre uma área importante para o desenvolvimento global do individuo e da sociedade, não é de agora que todos os problemas que as crianças e os jovens enfrentam na sua aprendizagem nos preocupam. O ano escolar está prestes a começar, é mais um que ficará marcado por um conjunto de orientações e decisões que transitam do ano anterior e que foram causadoras de uma profunda instabilidade e acrescida dificuldades para os jovens e as sua famílias. A insistência em tais orientações põe em causa a existência de uma escola pública capaz de garantir efectivamente o acesso de todos os portugueses ao ensino com garantia de direito à igualdade de oportunidades e êxito escolar. As despesas das famílias com a educação aumentaram com o aumento de 4,5% do preço dos manuais escolares sendo estes a componente que mais pesa nos seus orçamentos. Para que o presente tenha futuro, em Ponte de Lima, a CDU sugere que o Município garanta a aquisição dos manuais escolares para todos os alunos do Concelho em escolaridade obrigatória cujo rendimento familiar seja até 200€ per capita. 3. Cultura No plano da cultura, entendida no amplo sentido que integra a cultura científica, tecnológica, artística e filosófica, a educação, o ensino e a comunicação social, a evolução da situação nacional é de significativo atraso, de desinvestimento e de crise das instituições, de elitização, de privatização, de crescente subalternização e secundarização. É certo que o impulso de Abril permitiu concretizar significativas alterações que devem ser justamente valorizadas, com grande relevo para o papel assumido pelo poder local nas várias vertentes culturais. No ano de 2005, as despesas das autarquias do distrito com as actividades culturais e desportivas registaram um valor de 19.477 milhares de euros. Destes 1.243 foram gastos em museus; 1.286 em bibliotecas; 31 em música; 8 em artes cénicas; 133 em actividades socioculturais; 902 em recintos culturais e 5.757 em jogos e desportos. A diferença do valor do capital investido para as despesas referenciadas foi gasta em actividades culturais que não se publicam. Neste mesmo ano a autarquia que investiu mais na cultura e desporto foi a de Ponte de Lima com 4.831 milhares de euros, seguida de Viana do Castelo com 3.514; Arcos de Valdevez com 2.866 e por Taxa de Monção com analfabetismo HM, 14,3 Percentagem 1991 2.861 milhares em 1991 de euros. Para a Taxa de população do 12 Percentagem 2001 analfabetismo HM concelho usufruir de um maior e melhor acesso à cultura é necessário investir mais e rentabilizar todas as infra-estruturas existentes e que estão sub- aproveitadas, como: edifícios e espaços culturais; as infra-estruturas dos agrupamentos escolares para actividades, fora dos horários lectivos e nos períodos de férias, para proporcionar formação profissional, educação de adultos, projectos de férias desportivas. Promover Jogos desportivos concelhios através de uma competição em que se incluam todas as modalidades desportivas e jogos tradicionais com a participação de todas as freguesias com o encerramento na sede do concelho com a realização de um grande evento que incluirá as finais, exibição de grupos culturais e entrega de prémios aos vencedores. Promover e calendarizar visitas de estudo a todas as crianças e idosos das freguesias que permitam o acesso a todas as valências culturais e recreativas com sede no concelho. As Bibliotecas Escolares devem ser recursos básicos do processo educativo, sendo-lhes atribuído 19
  • 20. Organização Concelhia de Ponte de Lima do um papel central em domínios tão importantes como a aprendizagem da leitura, a literacia, a criação e desenvolvimento do prazer de ler e a aquisição de hábitos de leitura, as competências e informação e o aprofundamento da cultura cívica, científica tecnológica e artística. 4. Sobre o historial das Serrações Há tempos atrás o Município por proposta do pelouro da Cultura, decidiu atribuir uma verba, se a memória não nos falha de cinco mil euros, para a edição de um livro sobre a história das Serrações de Ponte de Lima. A CDU gostaria de saber para quando está prevista a apresentação pública da Obra e qual o ponto da situação em que se encontram os trabalhos da mesma? VI. AMBIENTE E QUESTÕES DA ÁGUA 1. Ambiente Ponte de Lima detém um enorme deficit na área do abastecimento de água. Em 31/12/2005 apenas 60% da população era servida com abastecimento da rede pública o que confere a este concelho a pior situação do distrito, onde há concelhos com percentagens superiores a 90%, como são os casos de Caminha, Melgaço, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Valença e Vila Nova de Cerveira. No que diz respeito aos sistemas, quer de drenagem, quer de tratamento de águas residuais o deficit é enorme, com respectivamente 20% e 17% da população abrangida, quando o valor médio do distrito cifra-se em 43% e 39%, respectivamente. Por tudo isto não é de admirar que as captações de água e o consumo de água per-capita tenham expressões muito reduzidas. Sistema Sistema Estações Consumo Proporção Abasteci. Drenagem Tratamento Água águas Água Águas Águas Residencial residuais Concelhos % Residuais Residuais e dos Serv. tratadas % % Por % habitante M3 A.Valdevez 64 16 16 25,1 100 Caminha 96 60 60 62,5 100 Melgaço 97 40 40 41,3 100 Monção 85 30 0 37,3 0 Paredes de 99 17 17 60,9 100 Coura Ponte da 95 45 45 20,9 100 Barca Ponte de 60 20 17 20,8 100 Lima Valença 100 55 55 46,1 100 Viana do 82 62 59 38,1 100 Castelo V.N.Cerveira 100 40 40 45,7 100 Média do 81 43 39 36,1 94,9 distrito Cávado 84 66 59 32,2 99 Ave 68 53 51 23,5 96,2 PAÍS 92 76 64 46,8 85,7 População abrangida por infra-estruturas municipais 20
  • 21. Organização Concelhia de Ponte de Lima do Comparativamente com outras regiões do País neste campo estamos bastante atrasados. 2. Questões ambientais No plano ecológico no que se refere ao ambiente, tem sido preocupação constante, colocar na Assembleia Municipal questões para melhorar a qualidade do meio ambiente, tais como as descargas de águas residuais poluentes para o rio Lima e afluentes, rio Neiva, afluentes, etc. É necessário estancar a degradação do meio ambiente praticando uma política ambiental que conduza ao implementar das seguintes medidas:  Incentivar uma ocupação ordenada dos solos, protegendo os solos férteis e contemplando a existência de espaços verdes. Estes funcionam como sistema natural de drenagem e abastecem os aquíferos subterrâneos.  Acabar com as descargas poluentes a céu aberto para o rio Lima a jusante e a montante, na confluência do ribeiro da Labruja com o rio Lima; com outras descargas clandestinas, junto ao Clube Natura e de unidades industriais designadamente pocilgas, vacarias, etc.  Promover a repovoação com vegetação autóctone, das imensas crateras criadas com a extracção nos montados das Pedras Finas e assim cumprir com o que está consagrado no PDM. Ao longo dos tempos estes problemas ecológicos e outros continuam a subsistir como graves problemas para o meio ambiente no nosso Concelho, tais como: - O esgoto a céu aberto a montante da Ponte da Sr.ª. da Guia, junto ao Clube Náutico continua a descarregar para o rio águas poluentes; - A jusante da mesma Ponte, na margem esquerda, há um esgoto a descarregar águas poluentes, que se pensa ser das moradias da zona residencial da Baldrufa. Sobre este problema sabemos que já foi contactado o Ministério do Ambiente, que por sua vez já contactou a empresa Águas Minho Lima e esta, como resposta, endereçou a responsabilidade deste desastre ecológico para a Autarquia; - As descargas do rio Labruja para o rio Lima continuam a registar-se; - A ETAR da Gemieira que serve o parque industrial a sua capacidade não corresponde às necessidades de tratamento adequado, pelo que se faz sentir acentuados odores os quais já tem sido objecto de queixa de vários lavradores da margem esquerda do rio e da população em geral. Perante este quadro será que as análises das águas, á saída, são regularmente feitas? Se são por que não divulgá-las em conformidade com a lei (Há uma directiva comunitária que a isso obriga), segundo a lei da água; há descargas ilegais de entulho de obras da construção civil o que requer uma maior e melhor fiscalização.tem sido objecto de queixa de vários lavradores da margem esquerda do rio e da população em geral. Perante este quadro será que as análises das águas, á saída, são regularmente feitas? Se são por que não divulgá-las em conformidade com a lei (Há uma directiva comunitária que a isso obriga), segundo a lei da água; 21
  • 22. Organização Concelhia de Ponte de Lima do . Despesas dos municípios por 1000 habitantes com Serviços Municipais Gestão de Gestão de Protecção da Resíduos Proporção de águas resíduos biodiversidade urbanos resíduos Concelhos residuais e da paisagem por urbanos habitante recolhidos selectivamente Euros Euros Euros % Kg. A.Valdevez 5.328 23.093 4.470 Caminha 12.532 40.091 0 Melgaço 99.505 7.564 0 Monção 41.219 16.588 0 Paredes de 7.639 17.909 8.006 Coura Ponte da 83.086 0 0 Barca Ponte de 32.985 19.140 7.912 Lima Valença 30.400 24.812 0 Viana do 20.451 0 1.260 Castelo V.N.Cerveira 48.709 31.939 0 Média do 29.648 13.118 2.590 361 5,7 distrito Cávado 11.114 12.456 3.838 372 6,5 Ave 9.058 17.052 1.846 352 7,1 País 17.385 35.496 5.791 445 6 3. Questões da água A ÁGUA É UM BEM VITAL PARA AS POPULAÇÕES Na sequência da aprovação na Assembleia da Republica da lei da água, com os votos do PS, PSD e o CDS, manifesta a total submissão dos interesses nacionais e das populações ao interesse do lucro das grandes empresas. Os presidentes de Câmara do distrito de Viana do Castelo preparam-se para entregar a distribuição da água e o tratamento das águas residuais à empresa Águas do Minho e Lima. A estrutura local do PCP – Partido Comunista Português alertava na altura cada um dos limianos, para os malefícios que esta negociata trará para os consumidores, colocando, este bem público, nas mãos de privados. A vida já demonstrou que onde a distribuição da água foi entregue aos privados, uma das consequências imediatas para as populações foi o aumento substancial do seu preço. Com esta medida, a gestão, distribuição, tarifas e trabalhadores passam a ficar da responsabilidade da empresa Águas do Minho e Lima ao mesmo tempo que as Câmaras Municipais se demitem deixando á mercê de políticas economicistas, um bem de importância vital para as populações. Assim nos pronunciamos à data: A Comissão Concelhia de Ponte de Lima do PCP, manifesta veementemente, desde já, a sua discordância e o seu protesto caso a Autarquia de Ponte de Lima se envolva neste atentado a uma riqueza que é de todos nós. 22
  • 23. Organização Concelhia de Ponte de Lima do Alerta, ainda, os trabalhadores municipais e toda a população em geral, que a Autarquia de Ponte de Lima, se vier a tomar tal medida, colocará em causa não só o património Municipal como hipotecará o nosso futuro, pois a água é um bem público e essencial para a vida das populações. Tempos depois: Algumas câmaras municipais do distrito de Viana do Castelo entregaram à empresa Águas do Minho e Lima a distribuição de água em baixa, isto é, deixarão as câmaras municipais de ter essa responsabilidade transformando recursos hídricos, que são de todos nós, em fonte de lucro de milhões e milhões de euros ao serviço do capital privado multinacional, alienando á Região e ao País mais uma importante fatia da sua soberania. Desde há muito estas eram áreas tradicionalmente da competência das Autarquias Locais, com características de serviço público, e que até há pouco estavam quase exclusivamente sob a intervenção directa do Poder Local, permitindo assim a gestão de um recurso que é vital para as populações. Com o pretexto da necessidade de novas captações e outras infra-estruturas de elevadíssimos investimentos no sector, foi criada a empresa Águas do Minho e Lima e foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal de Ponte de Lima para a distribuição de água em alta e gestão e tratamento das águas residuais. A estrutura local do PCP – Partido Comunista Português entende que os interesses das populações do concelho de Ponte de Lima, no que se refere ao abastecimento de água, saneamento básico e recolha de resíduos apenas serão garantidos se for recusada a lógica comercial e impedida a entrega destes serviços a uma empresa (ainda de capitais públicos) mas que como já aconteceu no passado recente ameaçada com a sua venda a capitais privados. Será que é intenção da Câmara Municipal de Ponte de Lima também entregar a distribuição de água em baixa à empresa Águas do Minho e Lima? A confirmar-se estes rumores a Câmara Municipal já quantificou qual será o resultado de mais este esvaziamento de poderes defraudando a defesa dos munícipes, como lhe compete? A Câmara Municipal já quantificou qual será o resultado financeiro, deixando de ser prestadora de um serviço e passar a ser consumidora do mesmo, tendo enormes despesas em consumos de água com escolas, jardins, piscinas etc. A Câmara Municipal já quantificou qual será o aumento das tarifas da água a pagar pelos munícipes, agora entregue à decisão da Empresa Águas do Minho-Lima? Que mecanismos terá a Câmara Municipal para poder intervir nos valores das tarifas e custo de novas ligações assim como atribuição de tarifas sociais para as camadas mais desfavorecidas da população? A água é um recurso cada vez mais escasso e imprescindível à vida. Por isso deverá continuar a ser acessível a todos e não poderá ser transformada num instrumento de exploração e de lucro. Defendemos uma política de recurso hídricos que vise a soberania nacional, a responsabilidade ambiental, a coesão social e territorial e exija a construção e consolidação de um forte sector público municipal e intermunicipal que garanta o controlo, a gestão e o acesso de todos à água em qualidade e quantidade. Os interesses das populações só serão garantidos mantendo-se uma forte gestão pública. Não podemos esquecer o passado, alienando competências, abrindo a possibilidade de se repetirem erros anteriores, como aconteceu com a EDP, hoje privatizada e de costas voltadas para as populações. 23
  • 24. Organização Concelhia de Ponte de Lima do A estrutura local do PCP – Partido Comunista Português será coerente com as posições que sempre defendemos. Pelos meios ao seu alcance, junto da população, dos trabalhadores e no plano institucional, iremos intervir em defesa de uma Gestão Pública da Água, e vamos opor-nos à privatização dos sistemas de Águas e Saneamento. 4. Eventual passagem da rede em baixa para as águas do Minho e Lima O município de Ponte de Lima ao ter assinado um protocolo através do seu Presidente, com o Presidente do Conselho de Administração das Águas do Minho e Lima, no dia 5 de Junho de 2006, em que se prevê a passagem da rede em baixa do Município para aquela Empresa, fez um mau serviço ao município e a toda a população ao alienar um património importante do nosso Concelho. O município CDS/PP de Ponte de Lima ao assinar um protocolo com a Empresa Águas do Minho e Lima e ao não submeter todos os acordos e protocolos entretanto celebrados á ratificação da Assembleia Municipal, deve a todos os munícipes os seguintes esclarecimentos: *Desde que data o Sr. Presidente da Câmara assumiu o compromisso de transferir a rede em baixa para a empresa Águas do Minho e Lima? *Tratando-se dum assunto com grande relevância na vida municipal, porque motivo não foi, informada a Assembleia Municipal de tal compromisso assumido pelo Sr. Presidente da Câmara? *Quais são as vantagens para o município decorrentes da transferência da rede em baixa para a empresa Águas do Minho e Lima? *Quais foram os critérios seguidos pela Câmara Municipal que justificam a transferência para esta empresa? *Será que a empresa Águas do Cávado, cujo sistema está ligado ao das Águas do Minho e Lima não oferecem melhores condições ao município Limiano, numa eventual transferência? *Qual é o valor do património a transferir? *Trata-se duma concessão? Por quantos anos? *Que bens patrimoniais vão ser objectivamente transferidos? *Esta transferência engloba também recursos humanos? Que recursos humanos? E em que condições? *Os trabalhadores que, eventualmente, não pretendam transferir-se, para a empresa das Águas do Minho e Lima vão ser integrados onde e em que condições? *A empresa Águas do Minho e Lima vai pagar uma renda mensal/anual pelos bens patrimoniais transferidos? *A verificar-se esta transferência qual é o valor do encaixe anual da Câmara Municipal, tendo em consideração o pagamento da renda pelos bens patrimoniais transferidos, isto é, pela concessão? *Quais são as garantias de que o serviço actualmente prestado pela Câmara Municipal não vai piorar em termos de qualidade e ou tornar-se mais caro para os munícipes, após a transferência para as Águas do Minho e Lima? *Qual é o plano de investimentos apresentado pelas Águas do Minho e Lima? *No final da concessão os bens patrimoniais resultantes da exploração das Águas do Minho e Lima e inerentes investimentos efectuados, no decurso da exploração revertem a custo zero, para o município? *Que tipo de controlo terá a Câmara Municipal sobre o serviço prestado pela empresa das Águas do Minho e Lima? *E se a empresa das Águas do Minho e Lima for privatizada? 24
  • 25. Organização Concelhia de Ponte de Lima do VII. REDE VIÁRIA, TRANSPORTES E TRANSITO 1. Rede Viária A SCUT A28 é uma das vias estruturantes para o desenvolvimento do Alto Minho ajudando a minorar os efeitos negativos da interioridade, onde não existem vias de comunicação alternativas de qualidade e de fácil circulação para acesso aos vários concelhos do nosso distrito. O governo do Partido Socialista, esquecendo as promessas eleitorais, não só penaliza a nossa região com as escassas verbas inscritas no PIDDAC como se preparada para cobrar portagens na A28. Esta medida denota falta de seriedade politica do governo do PS o qual sempre afirmou que não havendo alternativas rodoviárias não seriam implementadas portagens nas SCUTS, que é o caso da A28. A pseudo alternativa “Estrada Nacional 13” não passa de uma via com características de Estrada Municipal onde pontificam largas dezenas de rotundas, semáforos, paragens de autocarros, passadeiras etc. Acrescentando ainda o facto de passar pelo centro de três cidades (Esposende, Póvoa de Varzim e Vila do Conde). Agravando ainda estes factos, em Viana do Castelo e Esposende existem duas pontes actualmente com o trânsito cortado por estarem em obras, e segundo informação da Empresa Estradas de Portugal. SA, nas referidas pontes, depois de concluídas as obras em curso não circularão veículos pesados. Esta zona do País revela índices de desenvolvimento inferiores em média aos do País e não consentâneos com uma sociedade moderna e solidária. A região do Alto Minho, já pagou amplamente os custos da exclusão económica e social, por isso merecemos um tratamento que nos compense do atraso secular para o qual temos sido sistematicamente conduzidos. Os pressupostos que justificam a atitude do governo a portajar a SCUT A28 são sustentados num estudo enganoso já que mistura vários critérios e concelhos da área de influência da SCUT para umas situações e outros para outras. Como por exemplo o índice de disparidade do PIB junta 33 concelhos de influência com cerca 2,4 milhões de habitantes e para o poder de compra concelhio junta 21 concelhos e cerca de 1,8 milhões de habitantes, de referir que foi incluindo o concelho do Porto que por si só adultera completamente todos estes resultados. Manifestamos total oposição que sejam implantadas portagens na A28 e que esta seja considerada um Itinerário Complementar à A3 Porto – Valença; Apelamos também a todas as instituições económicas e sociais, às forças políticas e à população em geral a lutar contra esta medida profundamente injusta, sem sentido e lesiva dos direitos e interesses da nossa região. 2. Estradas municipais 2.1. Ligação ao Centro da freguesia de Calheiros Os habitantes dos lugares de Casais e Rápido da Freguesia de Calheiros já há anos que anseiam pela construção de uma estrada que melhore a ligação ao centro da freguesia, local onde se situam a sede da Junta, a escola primária, o infantário, a Igreja e o cemitério. Apesar de haver um caminho em calceta que faz essa ligação, as pessoas preferem fazer um percurso bastante maior indo à estrada nacional, passar por Carvalho de Mouco para chegar ao centro da freguesia, porque o caminho tem o piso muito irregular, é muito estreito e só passa um carro ligeiro. A construção desta estrada não só irá resolver este grande problema dos lugares de Casais e Rápido, como ligará a freguesia de Calheiros às freguesias de Arcozelo e Brandara. 25
  • 26. Organização Concelhia de Ponte de Lima do Também beneficiará os habitantes da freguesia designadamente aqueles que moram no centro e Norte da mesma, visto tornar mais curta a distância para quem tem que se deslocar para sul, ir trabalhar ou tratar de assuntos na sede do Concelho, ou para quem pretende tomar a auto- estrada no Nó de Arcozelo. A construção desta estrada será um grande contributo para o desenvolvimento da região e para a melhoria do nível de vida das suas populações. 2.2. Alargamento de estradas Municipais Alargamento e manutenção de outras estradas municipais em cooperação com as Juntas de Freguesia 3. Caminhos municipais Alargamento do Caminho no lugar de Gaia na freguesia de Arca, até ao Golfe. Não nos parece difícil arranjar verbas tão irrisórias para o alargamento desta via numa dúzia de metros, visto que em todas as informações da actividade municipal consta sempre atribuições de verbas a várias juntas para alargamento de caminhos. Será que a freguesia de Arca está votada ao esquecimento na atribuição deste tipo de verbas? Ou até hoje a junta de freguesia ainda não apresentou projecto para resolver este problema? 4. Transportes 4.1. TGV – Transporte de grande velocidade Quanto á questão ferroviária está na ordem do dia a linha de alta velocidade (TGV - Transporte de Grande Velocidade). Segundo os estudos previamente efectuados, Ponte de Lima será “atravessada de um lado ao outro” pelo TGV. Ponte de Lima pela sua localização central na região torna-se num ponto estratégico de acesso a todas as vias de comunicação no distrito. O caminho-de-ferro, pela sua característica de transporte de grandes massas de passageiros e de mercadorias, é meio estruturante de grande contributo e importante para a eliminação das assimetrias regionais e tem uma importância determinante para o ordenamento equilibrado do território. Apostar na alta velocidade ferroviária, numa solução que a integre de um modo coerente e harmonioso com toda a exploração convencional, de passageiros e mercadorias e assegure e facilite a mobilidade e acessibilidade dos passageiros, única perspectiva global correcta para o caminho-de-ferro do futuro; Sendo o transporte ferroviário uma parte integrante e estruturante de um verdadeiro sistema de transportes, quer pelo papel estratégico que tem na vida económica do País, assegurando a circulação de mercadorias e bens e a mobilidade dos trabalhadores e populações, quer pelo peso que tem em termos de investimentos, quer ainda pelo importante e essencial papel que representa no incremento do serviço público de transportes, com enormes benefícios para o desenvolvimento sustentável ao nível local, regional e nacional. Tendo presente este papel estratégico do transporte ferroviário no desenvolvimento e da recuperação económica do País; salvaguardando e defendendo as questões de impacte ambiental em termos de património e de ambiente, sabendo que Ponte de Lima é o Concelho Central da Região em que estamos inseridos, entendemos ser necessário em futuras reuniões com o Poder Central, que o Município faça sentir e empregue todos os meios ao seu alcance, para que seja aproveitada a linha de alta velocidade por comboios rápidos (tipo Alphas pendular), com paragem em Ponte de Lima tendo em conta que este aproveitamento será uma medida estruturante e de mais-valia para o desenvolvimento da Região e do nosso Concelho em particular. 26
  • 27. Organização Concelhia de Ponte de Lima do 4.2. Criação de uma Comissão de Acompanhamento do TGV A primeira vez que nesta Assembleia Municipal se falou sobre o Transporte de Grande Velocidade (TGV) foi em 11 de Abril de 2008 e o problema foi levantado pela CDU que na sua intervenção tomou posição quanto ao assunto, não sendo dado a devida importância tanto pelos membros desta Assembleia como pelos Órgãos de Comunicação Local. Defendemos que o transporte ferroviário é uma parte integrante e estruturante de um verdadeiro sistema de transportes, quer pelo papel estratégico que tem na vida económica do País, assegurando a circulação de mercadorias e bens e a mobilidade das populações, quer pelo peso que tem em termos de investimentos, quer ainda pelo importante e essencial papel que representa no incremento do serviço público de transportes, com enormes benefícios para o desenvolvimento sustentável ao nível local, regional e nacional. Focamos o papel estratégico do transporte ferroviário no desenvolvimento e recuperação económica do País, mas também afirmamos estarmos preocupados quanto às questões de impacte ambiental e patrimonial. Também focamos a necessidade de defender o interesse do Concelho e suas gentes devido aos prejuízos que a passagem do TGV acarretaria para Ponte de Lima (em termos paisagísticos e ambientais) e para as suas gentes (em termos patrimoniais) e defendemos que o Município na pessoa do seu Presidente, pugna-se em futuras reuniões com o Poder Central pelo aproveitamento da linha de Alta Velocidade para comboios rápidos (tipo Alfa pendular) e comboios de mercadorias e que reivindica-se também uma paragem (apeadeiro ou o que se queira chamar) em Ponte de Lima tendo em conta que seria uma medida estruturante e de mais-valia para o desenvolvimento da Região e do nosso Concelhio em particular. Levando em linha de conta a preocupação demonstrada nesta Assembleia e também as preocupações e aflições dos quantos vão ser directamente afectados pela passagem do TGV, seja qual for o traçado designado, a CDU continua a afirmar que deve ser o Município na pessoa do seu Presidente a defender e procurar a melhor solução para o Concelho e suas Gentes e desde já coloca-se ao dispor para troca de impressões e pontos de vista sobre o assunto em causa. 5. Trânsito 5.1. Ligações das estradas municipais às estradas nacionais Resolução do problema das ligações das estradas municipais às estradas nacionais, principalmente as que servem os novos Centros Educativos implantados ou a implantar no Concelho. 5.2. Resolução do problema de trânsito junto à Escola EB 2,3+S em Arcozelo O traçado da estrada nacional n.º. 306, que atravessa parte da freguesia de Arcozelo em direcção a Paredes de Coura, conflui com a estrada municipal de Vilar que serve a saída de trânsito da escola E.B.2;3+S da mesma freguesia, que nas horas de início e do final das aulas regista um aumento de trânsito considerável com a agravante, aumentar ainda mais quando o Centro Educativo entrar em funcionamento. Devido ao estrangulamento de comunicação, face ao exíguo espaço de manobra, para quem quer virar em direcção á rotunda do lugar de Faldejães, representa um perigo não só para os automóveis ligeiros mas sobretudo para os autocarros que transportam os alunos. Várias vezes se tem assistido no local, a autocarros atravessados na estrada nacional para fazerem a manobra e outras vezes mais a Norte no entroncamento para a Igreja da freguesia, onde também fazem manobra de inversão de marcha, com toda a carga de perigo, que também aqui, estão sujeitos os que naquela via transitam. É possível minimizar o perigo que advém desta realidade com o alargamento da estrada nacional, ou com a instalação de uma rotunda no local de confluência da estrada nacional com 27
  • 28. Organização Concelhia de Ponte de Lima do a estrada municipal. Para que no futuro não tenhamos de lamentar mais alguns acidentes de consequências graves. 5.3. Requalificação do estacionamento na Vila Entendemos ser necessário regular o estacionamento nas seguintes artérias: Rua Inácio Perestrelo, Largo de Camões, Largo da Feira e Passeio 25 de Abril. Sugerimos ao Vereador municipal do Pelouro do trânsito para apresentar uma proposta de proibição de estacionamento nesses locais e assim dar oportunidade a que todas as forças políticas com assento na Assembleia Municipal debatam e se pronunciem sobre esta problemática. Diversas vezes o estacionamento foi proibido nestas artérias com o agrado de muitos Limianos pelo facto de acharem que em termos paisagísticos a Vila fica mais enriquecida e o transtorno desta aplicação não se faz sentir na vida quotidiana das nossas gentes. 6. Parques de estacionamento Ponte de Lima possui um conjunto de Parques de estacionamento que devem ser postos ao serviço dos utentes permanentemente e gratuitamente (Parque da Guia, Parque da expo lima e outros). Estes parques de estacionamento devem ser dados a conhecer á população, através de sinalização conveniente e de uma campanha de sensibilização para a sua utilização por todos os proprietários de veículos. VIII. TURISMO E PATRIMÓNIO PAISAGÍSTICO 1. TURISMO Ponte de Lima com a beleza da sua paisagem, a riqueza do património e a hospitalidade limiana é um dos locais muito visitado e procurado pelos turistas. O concelho de Ponte de Lima usufrui de um número significativo de alojamentos. E desfruta de outras infra-estruturas de qualidade que complementam e constituem um forte factor de atracção turística como (Campo de Golfe, Centro Hípico de Calvelo, Centro Equestre junto à Vila de Ponte de Lima, na margem do rio e outras) e o Clube Náutico que incrementou a prática dos desportos náuticos, tirando partido dos recursos hídricos existentes. É uma região, de vocação fortemente turística, com uma oferta de qualidade nos seus similares de hotelaria, sobretudo restaurantes nos quais se pode desfrutar de uma gastronomia bem típica (o Sarrabulho e a Lampreia, acompanhados de vinho verde branco e tinto, produzidos no concelho), acrescentando-se a doçaria tradicional. Todos estes recursos são conjugados com outro tipo de património, o de carácter etnográfico onde se inscreve o folclore típico e genuíno e o artesanato. Os Caminhos de Santiago são um importante elemento para a promoção turística da região, não só do concelho, como de todo o Alto Minho. O troço que integra o Caminho Português de Santiago que atravessa Ponte de Lima e constitui uma das velhas rotas de peregrinação. Alojamentos Número Camas Hotéis 2 180 Pensões 4 149 Casas TH 19 282 Casas TR 31 308 Outras 4 46 Total de 1055 Cama Alojamentos turísticos 28
  • 29. Organização Concelhia de Ponte de Lima do Conta ainda com a Pousada de Juventude que comporta 17 quartos. Conta ainda com o Albergue de Peregrino 2. Regiões de Turismo O decreto-lei das Regiões de Turismo aprovado em Conselho de Ministros constitui um acto sem precedentes de desvirtuamento da natureza destas entidades, de ataque à autonomia do Poder Local e governamentalização das regiões de turismo. Invocando o Programa de Reorganização da Administração Central do Estado (Prace) o governo líquida de facto as actuais Regiões de Turismo substituindo-as por outras estruturas vazias de conteúdo, desprovidas de competências em domínios como os da promoção do mercado interno e subordinadas em absoluto ao Governo e às suas orientações. A revelação agora conhecida quanto á delimitação territorial aprovada pelo Governo, não deixa quaisquer dúvidas sobre os verdadeiros objectivos que presidiram à sua aprovação: a operacionalização dos grandes interesses económicos em presença no sector. Com a subordinação de toda a política regional de turismo ao Instituto de Turismo e de controlo governamental da promoção turística é a própria sustentabilidade turística e coesão económica que são postas em causa, penalizando a promoção do mercado interno de extensas áreas do território, liquidando marcas regionais com projecção nacional e internacional (Costa Azul, Costa Verde, Templários, Planície Dourada, entre outras), comprometendo o futuro de centenas de pequenas e médias empresas ligadas ao sector. A entrada em vigor deste diploma comprometerá o futuro do Turismo em Ponte de Lima e na Região e contribuirá para o avolumar das assimetrias existentes. O Município e a Assembleia Municipal de Ponte de Lima, com a sua adesão por maioria à Região do Turismo do Porto e do Norte de Portugal, prestaram um mal serviço ao turismo da região e á população do Concelho. 3. Património paisagístico e Arquitectónico 3.1. Valorização dos espaços panorâmicos Ponte de Lima possui um vasto património paisagístico e arquitectónico, o que lhe dá o estatuto de ser considerada uma das zonas mais bonitas do nosso País. Esta riqueza natural deve ser perseverada, conservada e protegida merecendo toda a atenção na sua valorização e divulgação, com medidas, como a estrutura local do PCP – Partido Comunista Português tem defendido, tais como: Valorização de todos os espaços panorâmicos (Monte da Madalena, St. Ovídeo, S. Cristóvão, Boa-Morte, Sra. da Rocha, S.Lourenço da Armada, Bom Jesus de Anais, Stª. Justa, Sra. do Socorro, etc.), através de limpeza, reorganização de espaços e acessos. 3.2. Museu do Sarrabulho Recentemente na Comunicação Social foi dado relevo à aquisição de prédios destinados à promoção sociocultural do”Sarrabulho à moda de Ponte de Lima” e, pela mesma ficamos a saber, com o objectivo de implantação do Museu do Sarrabulho. Não invalidando o esforço do Município em ajudar à promoção do prato gastronómico como marca Ponte de Lima, não conseguimos descortinar a necessidade de um Museu do Sarrabulho visto que este manjar não tem patente, pois ele é património das gentes da nossa terra, cuja origem está na criação do Porco para a matança, onde os vizinhos se juntavam e conviviam através da confecção do manjar Sarrabulho. A não ser que venha alguém fora do Concelho, Podendo ser de Concelho vizinho, querendo inventar e impor a sua ideia sobre a 29