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Vestibular 2013 — 2a fase
                                    Gabarito — Física

Questão 01 (Valor: 15 pontos)
      Cálculo da variação da quantidade de movimento.
      A velocidade inicial no momento do impacto será a velocidade final da queda. Aplicando
      conservação da energia tem-se v i = 2gh = 2.10.0,8 = 4m/s.
      Como a velocidade final do choque será zero, pois está parado, tem-se que a variação da
      quantidade de movimento (∆Q) será:
      ∆Q = mvf − mvi = 0 − 4.60 = − 240kgm/s.

      O módulo do impulso será igual ao módulo da variação da quantidade de movimento, logo
      |I| = 240kgm/s.

      Força média de impacto sem dobrar o joelho:
                            | I|
      | I |= Fs ∆t s → Fs =      ,
                            ∆t s
              240kgm/s
       Fs =            = 960N
                0,25s

      Dobrando o joelho:
           | I|
      Fd =
           ∆t d
              240kgm/s
       Fd =            = 240N
                 1s

      A diferença será de 960N − 240N = 720N.
Questão 02 (Valor: 20 pontos)
• TRABALHO
   No recipiente A como não existe variação de volume e o processo é reversível tem-se que o
   trabalho é nulo, logo
   WA = 0 (NULO).

•   No recipiente B, a variação do volume é positiva, o que implica que para um processo
    reversível o trabalho será sempre positivo, logo
    WB > 0 (POSITIVO).

•   ENERGIA INTERNA
      De forma geral, uma vez que o sistema composto está isolado, pode-se afirmar que
      Qtotal = 0.
      O que, pela Primeira Lei da Termodinâmica implica em
      ∆Utotal = −Wtotal , e como Wtotal = WA + WB > 0,
      ∆Utotal < 0
      ∆UA + ∆UB < 0

      Sendo um gás ideal, a diminuição da energia interna implica na diminuição da temperatura.
      Estando os subsistemas conectados por uma parede diatérmica, ambos terão suas
      temperaturas diminuídas, logo:

      ∆UA<0 (NEGATIVO).

      ∆UB<0 (NEGATIVO).

•   CALOR
      Com os dados de energia e de trabalho pode-se determinar o calor utilizando a expressão
      da Primeira Lei da Termodinâmica
      Q=∆U+W
      Para o gás em A tem-se
      WA=0 e ∆UA<0 o que leva a
      QA=∆UA , logo
      QA<0 (NEGATIVO).

      Uma vez que a parede que separa A e B é diatérmica e o sistema composto está isolado
      tem-se que
      QA=−QB portanto
      QB > 0 (POSITIVO).
Questão 03 (Valor: 10 pontos)
      Inicialmente estima-se a densidade do núcleo do átomo.
      O diâmetro do núcleo (Dn) é 10-4 do diâmetro do átomo, logo
      Dn = 10-14m.
      A massa no núcleo (Mn) é aproximadamente a massa do átomo logo
      Mn=10-27kg.
      Dessa forma a densidade (d) do núcleo é
           M
       d= n .
           π D3
          6 n
      Logo

      d=  10 −27 = 1015 . 6 kg/m3
         π . 10 −42       π
         6
      Uma estrela com volume de 1cm3 (=10−6m3) terá uma massa de
      Me=d . Vestrela = 1015 . 10-6 . 6 ~ 109 kg,
                                    π
      Me ~ 1.000.000 toneladas.

Questão 04 (Valor: 20 pontos)
• Em uma onda senoidal (harmônica) há uma relação de proporcionalidade entre o
   comprimento de onda (λ) e o período (T) da onda:
         v= λ ,
             T
         em que v é a velocidade de propagação da onda.
         Assim, o período da onda incidente será
         T = λ = 1 = 0,05s.
             v 20
         A onda excita a boia, fazendo-a oscilar com esse mesmo período.

•   O processo gera 100kJ/s (ou 100 kW) de energia elétrica. De acordo com o texto, cerca de
                                                                           P      P
    20% da energia da onda do mar é transformada em energia elétrica, logo mar = elétrica , em
                                                                            100     20
    que Pmar é a potência que a onda do mar carrega. Pmar = 100 . 100 = 500kW.
                                                                   20

•   Segundo o texto, a usina de ondas é equivalente a aproximadamente uma hidroelétrica com
    cascatas de 400m. Para que essa hidroelétrica equivalente produza a mesma potência em
    energia elétrica (100kW), desprezando qualquer perda de energia no processo, tem-se a
    conversão integral da energia potencial gravitacional (Epg) da água em energia elétrica.
    Assim
              Epg
    Pgerada =     ,
              ∆t
              mgh
    Pgerada =       ,
               ∆t
    e como se pode escrever a massa (m) como o produto entre densidade (d) e volume (V),
    obtém-se
              dVgh
    Pgerada =         ,
               ∆t
em que a razão V é a vazão volumétrica (RV),
                      ∆t
              Pgerada      100kW
    logo Rv =         = 3  3       2
                                          = 0,025m 3 /s.
               dgh 10 kg/m .10m/s .400m


Questão 05 (Valor: 20 pontos)
• O giro da bobina do gerador faz variar o fluxo magnético através dela, induzindo uma corrente
   elétrica, o que está de acordo com a lei de Faraday. Sabe-se também, pela lei de Lenz, que a
   o sentido da corrente induzida é tal que produza um campo magnético que tente impedir a
   variação do fluxo na bobina.

    Como a frequência da corrente induzida é de 60Hz, sabe-se que seu período será
    Tcorrente = 1 = 1 s.
               fcorrente 60

    Uma volta completa da bobina promove um ciclo completo da corrente alternada
    Tbobina = Tcorrente = 1 s.
                          60

•   Quando o enrolamento primário do transformador é atravessado por uma corrente alternada,
    uma corrente também alternada é induzida no enrolamento secundário de tal maneira que a
    razão entre a tensão e o número de espiras no enrolamento é uma constante
     Vp Vs
       = .
     Np Ns
    Assim,

    Np Vp 10kV
      =  =     = 1.
    Ns Vs 440kV 44

    Apesar de haver variação na tensão de um enrolamento para outro (no caso, um aumento de
    tensão), a energia não é criada neste processo, pois a corrente que atravessa cada
    enrolamento é diferente (no caso, no enrolamento secundário, a corrente é menor).
    Desprezando perdas de energia no processo, tem-se que potência elétrica nos dois
    enrolamentos é a mesma
    Pp = Ps,
    Vp ip = Vs is,
     ip Vs 440
       = =         = 44.
     is Vp 10
    Portanto, o aumento de tensão no transformador não viola a conservação de energia. Um dos
    interesses de provocar este aumento na tensão é, inclusive, a redução das perdas de energia
    no processo de transmissão da energia elétrica a longas distâncias, com a redução da
    corrente elétrica.
Questão 06 (Valor: 15 pontos)
•   No experimento, um feixe de luz é separado em dois feixes perpendiculares por um
    espelho semirrefletor, incidem em outro espelho, voltando ao espelho semirrefletor,
    incidindo, assim, no telescópio. Ele tinha como objetivo detetar o “vento do éter”,
    sendo o “éter” o meio no qual a onda eletromagnética (luz) se propagaria. Assim,
    quando um dos braços estivesse alinhado com o suposto movimento da Terra em
    relação ao éter, haveria diferença no tempo que a luz percorreria cada caminho
    (paralelo ou perpendicular ao movimento citado), o que geraria um padrão de
    interferência ao se observar a superposição no telescópio. Esperava-se que, ao girar
    o aparato, o padrão das franjas de interferência se modificasse.
•   Não foi verificada a mudança esperada no padrão das franjas de interferência, não se
    conseguindo provar a existência do éter. Einstein postulou que o éter não existia,
    sendo um “conceito inútil”, afirmando que todos referenciais inerciais devem ser
    equivalentes (não só para a mecânica como para todos fenômenos eletromagnéticos).
    Assim, o experimento não viola o postulado de Einstein.



Obs.: Outras abordagens poderão ser aceitas, desde que sejam pertinentes.



                                Salvador, 21 de janeiro de 2013


                                Antonia Elisa Caló Oliveira Lopes
                                    Diretora do SSOA/UFBA

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Questesdefundamentos ano2002
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Gabarito ano2011
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Gabarito ano2011
 

Gabarito da 2a fase do Vestibular 2013 da UFBA

  • 1. Vestibular 2013 — 2a fase Gabarito — Física Questão 01 (Valor: 15 pontos) Cálculo da variação da quantidade de movimento. A velocidade inicial no momento do impacto será a velocidade final da queda. Aplicando conservação da energia tem-se v i = 2gh = 2.10.0,8 = 4m/s. Como a velocidade final do choque será zero, pois está parado, tem-se que a variação da quantidade de movimento (∆Q) será: ∆Q = mvf − mvi = 0 − 4.60 = − 240kgm/s. O módulo do impulso será igual ao módulo da variação da quantidade de movimento, logo |I| = 240kgm/s. Força média de impacto sem dobrar o joelho: | I| | I |= Fs ∆t s → Fs = , ∆t s 240kgm/s Fs = = 960N 0,25s Dobrando o joelho: | I| Fd = ∆t d 240kgm/s Fd = = 240N 1s A diferença será de 960N − 240N = 720N.
  • 2. Questão 02 (Valor: 20 pontos) • TRABALHO No recipiente A como não existe variação de volume e o processo é reversível tem-se que o trabalho é nulo, logo WA = 0 (NULO). • No recipiente B, a variação do volume é positiva, o que implica que para um processo reversível o trabalho será sempre positivo, logo WB > 0 (POSITIVO). • ENERGIA INTERNA De forma geral, uma vez que o sistema composto está isolado, pode-se afirmar que Qtotal = 0. O que, pela Primeira Lei da Termodinâmica implica em ∆Utotal = −Wtotal , e como Wtotal = WA + WB > 0, ∆Utotal < 0 ∆UA + ∆UB < 0 Sendo um gás ideal, a diminuição da energia interna implica na diminuição da temperatura. Estando os subsistemas conectados por uma parede diatérmica, ambos terão suas temperaturas diminuídas, logo: ∆UA<0 (NEGATIVO). ∆UB<0 (NEGATIVO). • CALOR Com os dados de energia e de trabalho pode-se determinar o calor utilizando a expressão da Primeira Lei da Termodinâmica Q=∆U+W Para o gás em A tem-se WA=0 e ∆UA<0 o que leva a QA=∆UA , logo QA<0 (NEGATIVO). Uma vez que a parede que separa A e B é diatérmica e o sistema composto está isolado tem-se que QA=−QB portanto QB > 0 (POSITIVO).
  • 3. Questão 03 (Valor: 10 pontos) Inicialmente estima-se a densidade do núcleo do átomo. O diâmetro do núcleo (Dn) é 10-4 do diâmetro do átomo, logo Dn = 10-14m. A massa no núcleo (Mn) é aproximadamente a massa do átomo logo Mn=10-27kg. Dessa forma a densidade (d) do núcleo é M d= n . π D3 6 n Logo d= 10 −27 = 1015 . 6 kg/m3 π . 10 −42 π 6 Uma estrela com volume de 1cm3 (=10−6m3) terá uma massa de Me=d . Vestrela = 1015 . 10-6 . 6 ~ 109 kg, π Me ~ 1.000.000 toneladas. Questão 04 (Valor: 20 pontos) • Em uma onda senoidal (harmônica) há uma relação de proporcionalidade entre o comprimento de onda (λ) e o período (T) da onda: v= λ , T em que v é a velocidade de propagação da onda. Assim, o período da onda incidente será T = λ = 1 = 0,05s. v 20 A onda excita a boia, fazendo-a oscilar com esse mesmo período. • O processo gera 100kJ/s (ou 100 kW) de energia elétrica. De acordo com o texto, cerca de P P 20% da energia da onda do mar é transformada em energia elétrica, logo mar = elétrica , em 100 20 que Pmar é a potência que a onda do mar carrega. Pmar = 100 . 100 = 500kW. 20 • Segundo o texto, a usina de ondas é equivalente a aproximadamente uma hidroelétrica com cascatas de 400m. Para que essa hidroelétrica equivalente produza a mesma potência em energia elétrica (100kW), desprezando qualquer perda de energia no processo, tem-se a conversão integral da energia potencial gravitacional (Epg) da água em energia elétrica. Assim Epg Pgerada = , ∆t mgh Pgerada = , ∆t e como se pode escrever a massa (m) como o produto entre densidade (d) e volume (V), obtém-se dVgh Pgerada = , ∆t
  • 4. em que a razão V é a vazão volumétrica (RV), ∆t Pgerada 100kW logo Rv = = 3 3 2 = 0,025m 3 /s. dgh 10 kg/m .10m/s .400m Questão 05 (Valor: 20 pontos) • O giro da bobina do gerador faz variar o fluxo magnético através dela, induzindo uma corrente elétrica, o que está de acordo com a lei de Faraday. Sabe-se também, pela lei de Lenz, que a o sentido da corrente induzida é tal que produza um campo magnético que tente impedir a variação do fluxo na bobina. Como a frequência da corrente induzida é de 60Hz, sabe-se que seu período será Tcorrente = 1 = 1 s. fcorrente 60 Uma volta completa da bobina promove um ciclo completo da corrente alternada Tbobina = Tcorrente = 1 s. 60 • Quando o enrolamento primário do transformador é atravessado por uma corrente alternada, uma corrente também alternada é induzida no enrolamento secundário de tal maneira que a razão entre a tensão e o número de espiras no enrolamento é uma constante Vp Vs = . Np Ns Assim, Np Vp 10kV = = = 1. Ns Vs 440kV 44 Apesar de haver variação na tensão de um enrolamento para outro (no caso, um aumento de tensão), a energia não é criada neste processo, pois a corrente que atravessa cada enrolamento é diferente (no caso, no enrolamento secundário, a corrente é menor). Desprezando perdas de energia no processo, tem-se que potência elétrica nos dois enrolamentos é a mesma Pp = Ps, Vp ip = Vs is, ip Vs 440 = = = 44. is Vp 10 Portanto, o aumento de tensão no transformador não viola a conservação de energia. Um dos interesses de provocar este aumento na tensão é, inclusive, a redução das perdas de energia no processo de transmissão da energia elétrica a longas distâncias, com a redução da corrente elétrica.
  • 5. Questão 06 (Valor: 15 pontos) • No experimento, um feixe de luz é separado em dois feixes perpendiculares por um espelho semirrefletor, incidem em outro espelho, voltando ao espelho semirrefletor, incidindo, assim, no telescópio. Ele tinha como objetivo detetar o “vento do éter”, sendo o “éter” o meio no qual a onda eletromagnética (luz) se propagaria. Assim, quando um dos braços estivesse alinhado com o suposto movimento da Terra em relação ao éter, haveria diferença no tempo que a luz percorreria cada caminho (paralelo ou perpendicular ao movimento citado), o que geraria um padrão de interferência ao se observar a superposição no telescópio. Esperava-se que, ao girar o aparato, o padrão das franjas de interferência se modificasse. • Não foi verificada a mudança esperada no padrão das franjas de interferência, não se conseguindo provar a existência do éter. Einstein postulou que o éter não existia, sendo um “conceito inútil”, afirmando que todos referenciais inerciais devem ser equivalentes (não só para a mecânica como para todos fenômenos eletromagnéticos). Assim, o experimento não viola o postulado de Einstein. Obs.: Outras abordagens poderão ser aceitas, desde que sejam pertinentes. Salvador, 21 de janeiro de 2013 Antonia Elisa Caló Oliveira Lopes Diretora do SSOA/UFBA