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Flávia Heleno 11º I




História do fósforo


        O palito do fósforo, ou fósforo de fricção, que hoje se apresenta como um
pequeno palito de madeira, nem sempre foi assim.
        O elemento básico para o seu fabrico, o trissulfureto fosfórico, foi descoberto
acidentalmente em 1669 por um alquimista alemão chamado Henning Brand, na cidade
de Hamburgo, ao destilar uma mistura de urina e areia, numa das suas tentativas de
transformar metais em ouro.
         Henning manteve a sua descoberta em segredo durante algum tempo.
        Em 1680 o cientista britânico Robert Boyle reparou que a chama era produzida
quando o fósforo era esfregado no enxofre, encontrando assim o princípio que conduzia
à invenção do fósforo.
        Em 1827, o farmacêutico e químico John Walker produziu palitos de fósforo
que, apesar de serem demasiado grandes, foram o ponto de partida para a criação do
fósforo como o temos hoje. John colocou-os à venda a 7 de Abril de 1827.
        Os palitos de fósforo menores começaram a ser comercializados na Alemanha
em 1832, mas eram extremamente perigosos e costumavam incendiar-se sozinhos
dentro das embalagens.
        Em 1836, nos Estados Unidos, Alonzo de Springfield obteve uma patente para
fabricar fósforos de fricção, apelidando-os “locofocos”, mas o problema do perigo
permanecia e só foi resolvido aquando da descoberta do fósforo vermelho, em 1845.
        O sueco Carl Lundstrom introduziu os fósforos de segurança em 1885. Estes
tinham os materiais inflamáveis colocados na cabeça do palito e no lado de fora da
caixa.
        Os fósforos de papel – fósforos alinhados cuja caixa possui um formato mais
prático para transportar – apareceram quando um advogado americano, chamado Joshua
Pusey, ao ser convidado para um jantar, se apercebeu de que a caixa de fósforos que
levava no bolso era demasiado grande. Joshua patenteou a sua ideia apenas 7 anos mais
tarde, em 1897.
        Joshua foi procurado por uma companhia de ópera que queria algo diferente para
a abertura da estação nova iorquina, então este utilizou os fósforos de papel com o nome
da companhia impresso. A partir daí os fósforos de papel começaram a vender-se com
imensa rapidez, pois eram mais práticos e discretos. Anos mais tarde, Joshua vendeu a
sua patente à Diamond Match Company.
        O nome fósforo provém do grego “phos”, que significa “o que traz luz”.
        Por ano são usados mais de 500 bilhões de fósforos.

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História do Fósforo

  • 1. Flávia Heleno 11º I História do fósforo O palito do fósforo, ou fósforo de fricção, que hoje se apresenta como um pequeno palito de madeira, nem sempre foi assim. O elemento básico para o seu fabrico, o trissulfureto fosfórico, foi descoberto acidentalmente em 1669 por um alquimista alemão chamado Henning Brand, na cidade de Hamburgo, ao destilar uma mistura de urina e areia, numa das suas tentativas de transformar metais em ouro. Henning manteve a sua descoberta em segredo durante algum tempo. Em 1680 o cientista britânico Robert Boyle reparou que a chama era produzida quando o fósforo era esfregado no enxofre, encontrando assim o princípio que conduzia à invenção do fósforo. Em 1827, o farmacêutico e químico John Walker produziu palitos de fósforo que, apesar de serem demasiado grandes, foram o ponto de partida para a criação do fósforo como o temos hoje. John colocou-os à venda a 7 de Abril de 1827. Os palitos de fósforo menores começaram a ser comercializados na Alemanha em 1832, mas eram extremamente perigosos e costumavam incendiar-se sozinhos dentro das embalagens. Em 1836, nos Estados Unidos, Alonzo de Springfield obteve uma patente para fabricar fósforos de fricção, apelidando-os “locofocos”, mas o problema do perigo permanecia e só foi resolvido aquando da descoberta do fósforo vermelho, em 1845. O sueco Carl Lundstrom introduziu os fósforos de segurança em 1885. Estes tinham os materiais inflamáveis colocados na cabeça do palito e no lado de fora da caixa. Os fósforos de papel – fósforos alinhados cuja caixa possui um formato mais prático para transportar – apareceram quando um advogado americano, chamado Joshua Pusey, ao ser convidado para um jantar, se apercebeu de que a caixa de fósforos que levava no bolso era demasiado grande. Joshua patenteou a sua ideia apenas 7 anos mais tarde, em 1897. Joshua foi procurado por uma companhia de ópera que queria algo diferente para a abertura da estação nova iorquina, então este utilizou os fósforos de papel com o nome da companhia impresso. A partir daí os fósforos de papel começaram a vender-se com imensa rapidez, pois eram mais práticos e discretos. Anos mais tarde, Joshua vendeu a sua patente à Diamond Match Company. O nome fósforo provém do grego “phos”, que significa “o que traz luz”. Por ano são usados mais de 500 bilhões de fósforos.