1. 16-12-2013
INTRODUÇÃO À MEDICINA I
NOÇÕES DE SOCORRISMO
I – PRINCÍPIOS DE PRIMEIROS SOCORROS
II - REANIMAÇÃO CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
III - FASES DA REANIMAÇÃO
IV - CUIDADOS PRIORITÁRIOS NO
POLITRAUMATIZADO
V - OUTROS PROBLEMAS DE REANIMAÇÃO
V I- MEDICINA DE CATÁSTROFE
I – PRINCÍPIOS DE PRIMEIROS SOCORROS
Primeiros Socorros
. Assistência inicial ou tratamento prestado a alguém que
sofreu um acidente ou teve uma doença súbita
A prestação de primeiros socorros exige:
- Conhecimentos teóricos
- Conhecimentos práticos
- Actualizações periódicas
1
2. 16-12-2013
Socorrista
Socorrista leigo sem treino
Socorrista leigo com treino
Socorrista profissional
Ser Socorrista
. Regra de ouro:
« Não fazer mal à vítima»
- Aplicar tratamentos que temos a certeza que vão
beneficiar a vítima
- Não aplicar tratamentos que não temos a certeza
que sejam benéficos
- Não aplicar tratamentos ou gestos que
desconhecemos ou não temos experiência
Conduta do Socorrista
- A vítima necessita de se sentir segura e confiar no
socorrista
- Agir com calma e com lógica
- Ser simpático, mas firme
- Falar com a vítima com simpatia, mas de forma adequada e
clara
- Explicar o que se está a fazer
- Tentar responder com honestidade
- Acalmar a vítima mesmo após o tratamento
- Não abandonar a vítima
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3. 16-12-2013
Protecção do Socorrista
- O socorrista não se deve colocar em risco
Não tentar salvamentos heróicos
«Risco calculado»
- Protecção contra infecções
- Lavar as mãos
- Usar luvas
- Evitar contacto com objectos contaminados com
sangue
Actuação numa Emergência
- Seguir um plano de actuação claro
- Controlar as emoções
- Nunca se colocar em perigo
- Não tentar salvamentos heróicos
Actuação numa Emergência
1. Avaliar a situação
2. Tornar a área segura
3. Prestar primeiros socorros urgentes
4. Obter a colaboração de outras pessoas
5. Chamar ajuda apropriada
3
4. 16-12-2013
1. Avaliar a situação
•
De forma rápida e com segurança e pedir ajuda adequadamente
•
Rapidez mas com eficácia
• Objectivo:
- Identificar riscos para reanimador, vítima e outras pessoas
- Avaliar recursos existentes
- Definir a ajuda necessária: INEM, bombeiros
• Questões:
- Ainda existe algum perigo?
- Alguma pessoa está em risco de vida?
- Existem outras pessoas e que ajuda podem prestar?
- É necessária ajuda especializada?
2. Tornar a zona segura
• As condições que causaram o acidente podem
estar ainda presentes
- Proteger as vítimas e as outras pessoas de eventual perigo
- A segurança do socorrista está em 1º lugar
- Afastar a vítima do perigo
3. Prestar primeiros socorros urgentes
• Avaliação rápida da vítima
• Tentar identificar a lesão ou doença
• Dar tratamento precoce, iniciado pelas vítimas
mais graves
• Para cada vítima:
- Está consciente? A via aérea está permeável? Está a respirar?
• Diligenciar transferência
• Transmitir informação adequada
• Prevenir infecção cruzada entre a vítima e o
socorrista
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5. 16-12-2013
4. Ajuda de outras pessoas
• Outras pessoas podem:
- Tornar a área segura
- Telefonar a pedir assistência
- Ir buscar equipamento de primeiros socorros
- Parar trânsito
- Transportar vítimas para zona mais segura
5. Chamar ajuda apropriada
• Telefonar 112
• Dados a transmitir:
- O número do telefone de onde está a ligar
- Localização exacta
- Tipo e gravidade da emergência
- Número de vítimas, sexo, idade, outros sinais
- Detalhes do acidente: gases, electricidade, afogamento
- Primeiros socorros prestados
II - REANIMAÇÃO CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
5
6. 16-12-2013
REANIMAÇÃO CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
OBJECTIVO
Restabelecer os batimentos cardíacos e
uma adequada circulação
Fundamentos Anatomo-fisiológicos
A manutenção de um metabolismo tissular normal assenta
principalmente num fornecimento adequado de oxigénio, num
sistema circulatório funcionante
Fundamentos Anatomo-fisiológicos
Vias aéreas superiores - boca, faringe e laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Coração e caixa torácica
Cérebro, tronco cerebral
(bolbo, protuberância e pedúnculos) espinhal medula
6
7. 16-12-2013
Fundamentos Fisio-patológicos
HIPÓXIA –
ACIDOSE -
P02 ; PC02
metabolismo anaeróbico e
C02 tissular
lesão cerebral em 4-6 min
arritmia cardíaca
Apneia
Ausência de movimentos respiratórios
Paragem cardíaca
Paragem global da circulação
Inconsciência
Apneia ou espasmos
Ausência de pulso em grandes artérias
Aspecto semelhante a morte
Morte clínica
Coma, apneia, ausência de pulso
Falência cerebral potencialmente reversível
Morte clínica
Paragem circulatória total, com reversibilidade
potencial até uma recuperação completa, incluindo
a função cerebral.
Duração da morte clínica potencialmente reversível depende
do estado terminal, da reanimação efectuada e do sindroma pósreanimação
7
8. 16-12-2013
Causas frequentes de morte súbita:
Doença cardíaca (fibrilhação ventricular – 85%)
Coma com obstrução das vias aéreas, hipoventilação e
apneia
Trauma (exsanguinação ou lesão cerebral)
Acidentes não traumáticos (afogamentos, envenenamentos)
Causas de paragem cardíaca:
Doença cardíaca
Enfarte agudo do miocárdio
Obstrução circulatória aguda
Alterações metabólicas
Alterações do potássio
Hipercalcémia aguda
Cardiomiopatia
Hipotermia
Miocardite
Catecolaminas circulantes
Trauma e tamponamento
Drogas
Causas circulatórias
Acções farmacológicas directas
Hipovolémia
Efeitos secundários
Embolia pulmonar
Causas mistas
Pneumotórax tensional
Causas respiratórias
Electrocussão
Afogamento
Hipóxia
Hipercápnia
Causas de paragem cardíaca:
primárias
enfarte agudo do miocárdio
fibrilhação ventricular
secundárias
hipóxia, hipovolémia
hiperkaliémia, hipotermia
tamponamento cardíaco,
embolia pulmonar
pneumotórax tensional,
overdose
8
9. 16-12-2013
Paragem circulatória
Súbita
• Fibrilhação ventricular
• Assistolia 1ª
MORTE
CLÍNICA
Minutos
• Anoxia alveolar
• Asfixia (obstrução vias aéreas, asfixia)
• Exsanguinação
Horas
• Insuficiência pulmonar
• Choque
• Falência cerebral
Paragem circulatória
Súbita
• Fibrilhação ventricular
• Assistolia 1ª
Minutos
• Anoxia alveolar;
• Asfixia (obstrução vias aéreas, asfixia)
• Exsanguinação
MORTE
CLÍNICA
Horas
• Insuficiência pulmonar
• Choque
• Falência cerebral
Restabelecimento
circulação
Restabelecimento da circulação
- Dependendo do tempo em minutos -
Respiração espontânea; consciente
• Neurologicamente normal
Respiração espontânea; consciente ou estuporado
• Deficit neurológico
Respiração espontânea; inconsciência
• Estado vegetativo
• ECG anormal
Apneia; inconsciência
• Morte cerebral
• ECG isoeléctrico
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10. 16-12-2013
LESÕES CEREBRAIS
-Sequelas cerebrais da hipóxia:
O-4 minutos: Improváveis danos cerebrais se RCP for iniciada
4-6 minutos: Possíveis danos cerebrais
6-10 minutos: Prováveis danos cerebrais
Mais de 10 minutos: Lesão cerebral irreversível ou morte
LESÕES CEREBRAIS
-Sequelas cerebrais da hipóxia grave:
lesões neurológicas residuais
estado de vida vegetativa (morte cortical)
morte cerebral (lesões cerebrais e do tronco)
Critérios de morte cerebral
•ausência de actividade cerebral e troncular, avaliada
em 2 períodos, por dois médicos, sem efeito de drogas
(depressoras do SNC, relaxantes, álcool) ou hipotermia.
• linha isoeléctrica no EEG
• ausência de ventilação espontânea durante 3 minutos.
• sem reflexos do tronco cerebral.
10
11. 16-12-2013
Estado de coma e sua quantificação
Escala de Glasgow
a) Resposta ocular (eye) E
espontânea 4, ordem verbal 3, dor 2, ausente 1
b) Resposta motora M
obedece 6, localiza 5, reflexo da retirada 4,
reflexo de flexão dos membros superiores 3,
reflexo de extensão 2,
ausência de resposta 1
c) Resposta verbal V
orientado 5, confuso 4,
frases inapropriadas 3,
sons incompreensíveis 2, sem resposta 1
(3-15 pontos)
III - FASES DA REANIMAÇÃO
III- FASES DA REANIMAÇÃO
1- Reanimação inicial (socorrismo)
(suporte básico de vida = «basic life support»)
2 – Reanimação avançada
(suporte avançado de vida = «advanced life support»)
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12. 16-12-2013
III - FASES DA REANIMAÇÃO
1- Reanimação inicial (socorrismo)
(suporte básico de vida = «basic life support»)
Oxigenação emergente
III - FASES DA REANIMAÇÃO
1- Reanimação inicial (socorrismo)
(suporte básico de vida - SBV)
A - Controlo da patência das vias respiratórias (Airway)
B - Suporte ventilatório (Breath)
C - Suporte circulatório (Circulate)
A - Controlo da patência das vias respiratórias (Airway):
Manobra para posicionar a cabeça para trás
12
13. 16-12-2013
Manobra para posicionar a cabeça para trás
Manobra tripla para patência das vias aéreas
(Pessoal especializado)
Posição lateral de segurança
(Mudar para posição oposta cada 30 min)
13
16. 16-12-2013
B - Suporte ventilatório (Breath)
Ventilação artificial emergente
Oxigenação pulmonar
Técnica de ventilação boca a boca
1 seg
Técnica de ventilação boca-nariz
Boca gravemente ferida
ou impossível de abrir
Assistência na água
«Selagem» boca a boca
difícil
16
17. 16-12-2013
C - Suporte circulatório (Circulate) = compressão torácica.
Circulação artificial emergente (compressão
torácica)
Avaliação do pulso
Controle da hemorragia
Compressão torácica =
massagem cardíaca
No centro do tórax (1/2 inf
esterno)
Depressão 5-6 cm
100-120/min
Tempo compressão=t. Relaxam
(apenas compressão torácica...)
Técnica de compressão torácica
17
19. 16-12-2013
Suporte Básico de Vida
Abordagem «standard»:
Compressões + ventilações
Abordagem alternativa:
(Pessoas sem treino ou relutantes em fazer insuflações)
Só compressões torácicas
(100 – 120 min)
Eficaz num período limitado (< 5min)
•Novas guidelines da Resuscitation Council (UK) – 2010
•www.resus.org.uk
Suporte Básico de Vida
Se não respira: 30 compressões torácicas, seguidas 2 vent/30 compressões
30 compressões (massagens)
ventilação boca a boca, boca-nariz
2 insuflações (1 seg cada, total 5 seg), seguida 30* compressões
12 insuflações/minuto = 5-5 seg,
Parar apenas se a vítima mostra sinais de retomar consciência
tosse
abrir os olhos
falar
movimentos
começa a respirar normalmente
•Novas guidelines da Resuscitation Council (UK) – 2010
•www.resus.org.uk
- um reanimador:
30* compressões torácicas e 2 insuflações
- dois reanimadores:
mudança de 1-2 min.
- Compressão local da zona com hemorragia externa.
- Posição anti-choque.
* Novas guidelines da Resuscitation Council (UK) - 2010
19
20. 16-12-2013
Suporte Básico de Vida Adulto (A,C,B)
1. Não responde
2. Chamar ajuda
3. Permeabilizar via aérea
4. Não respira correctamente
5. Chamar 112 (Pedir DEA)
6. 30 compressões
7. 2 Respirações boca-a-boca (Não mais de 5s)
8. 30 compressões:2
9. Não interrompa a RCP se não respira ou inconsciente
10. Continuar RCP até chegar ajuda qualificada,
retomar a consciência ou sinais de respiração,
ou reanimador ficar exausto
Suporte Básico de Vida Adulto (A, C)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Não responde
Chamar ajuda
Permeabilizar via aérea
Não respira correctamente
Chamar 112 (Pedir DEA)
Só compressões (100-120 min)
Não interrompa a RCP se não respira ou inconsciente
Continuar RCP até chegar ajuda qualificada,
retomar a consciência ou sinais de respiração,
ou reanimador ficar exausto
Desfibrilação eléctrica
Se paragem observada: Desfibrilhar em 30-60seg; seguir com RCP
Sem desfibrilhador, iniciar RCP
Se paragem não observada:
Iniciar RCP durante 2 min (re-oxigenar mioc); desfibrilhar
20
21. 16-12-2013
Suporte Básico de Vida Adulto (A,C,B)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Não responde
Chamar ajuda
Permeabilizar via aérea
Não respira correctamente
Chamar 112
30 compressões
2 Respirações boca-a-boca
30 compressões:2
Desfibrilhador avalia o ritmo
Choque aconselhável
1 choque
Choque não aconselhável
150-360J bifásico
360 J monofásico
Reiniciar de imediato RCP 30:2 por 2 min
III - FASES DA REANIMAÇÃO
1- Reanimação inicial (socorrismo)
(suporte básico de vida - SBV)
A - Controlo da patência das vias respiratórias (Airway)
C - Suporte circulatório (Circulate)
B - Suporte ventilatório (Breath)
* Novas guidelines da Resuscitation Council (UK) - 2010
III - FASES DA REANIMAÇÃO
1- Reanimação inicial (socorrismo)
(suporte básico de vida - SBV)
C - Suporte circulatório (Circulate)
A - Controlo da patência das vias respiratórias (Airway)
B - Suporte ventilatório (Breath)
* Novas guidelines da American Heart Association (USA) - 2010
21
22. 16-12-2013
Reanimação no bébé (até 1 ano)
Reanimação na criança
(Idêntica ao adulto)
Suporte Básico de Vida Pediátrico
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Não responde
Chamar ajuda
Permeabilizar via aérea
Não respira correctamente
5 Respirações boca-a-boca
Não respira
30 compressões : 2 respirações durante 1 minuto
Chamar 112
* Novas guidelines da Resuscitation Council (UK) - 2010
II - FASES DA REANIMAÇÃO
2- Reanimação avançada
(suporte avançado de vida = «advanced life support»)
Restabelecimento da circulação espontânea
Estabilização do sistema cardio-pulmonar
Restabelecimento de pressão de perfusão
arterio-venosa adequada e transporte de O2 quase normal
22
23. 16-12-2013
IV - CUIDADOS PRIORITÁRIOS NO POLITRAUMATIZADO
O doente politraumatizado
1ª causa de morte adulto jovem
(1-44 anos)
60 milhões casos trauma/ano USA
30 milhões (50%) tratamento médico
3,6 milhões (12%) requerem hospitalização
9 milhões incapacitados; 300 000 permanentemente
Custos directos e indirectos:
> 400 biliões dólares/ano
grupo etário potencialmente mais produtivo
Medidas preventivas:
treino na avaliação e abordagem do trauma
O doente politraumatizado
Causas de morte no politraumatizado:
Segundos a minutos
Lesões cerebrais, medula alta, coração, aorta, grandes vasos
Minutos a várias horas
Hematomas subdurais e epidurais, hemopneumotorax, baço,
fígado, fracturas pélvicas, lesões múltiplas com hemorragia
significativa
«golden hour» ou «first hour» (urgência)
Dias a semanas
Sepsis e FMO
23
24. 16-12-2013
O doente politraumatizado
Conceito
«Tempo é essencial»
1º. Tratar primeiro a lesão potencialmente mais letal
2º. A falta de um diagnóstico definitivo nunca deverá
impedir a aplicação de um tratamento indicado
3º. Abordagem fisiológica na avaliação e tratamento
4º. As lesões traumáticas matam em sequências
temporais reprodutíveis
5º. Não provocar mais danos
O doente politraumatizado
Abordagem fisiológica
Transportar O2 para as células
Abordagem fisiológica-Avaliação inicial
(A, B, C, D, E)
(Airway, Breath, Circulat, Disability, Exposure, Environment)
A. Permeabilização das v. aéreas com protecção da c. cervical
B. Respiração e ventilação adequada com abordagem de lesões
torácicas severas
C. Circulação (massagem cardíaca) com controlo da hemorragia
D. Estado neurológico alterado (lesão expansiva intracraneana)
E. Despir completamente em ambiente que mantenha a
temperatura corporal
24
25. 16-12-2013
Avaliação e sequência da abordagem
•Avaliação primária (em conjunto com a ressuscitação)
(Airway, Breath, Circulat, Disability, Exposure, Environment)
tratando situações ameaçadoras da vida
•Avaliação secundária
História focalizada na lesão
Ex. físico detalhado
Actuação simultânea ou em paralelo
Preparação
• Fase pré-hospitalar
Coordenação da triagem - envio a Hospital diferenciado:
Escala de Glasgow inferior a 14,
Frequência respiratória < 10 ou > 29 /min.
Tensão arterial máxima < 90 mmHg
Queixas abdominais, torácicas, membros, coluna, cabeça e face
Escala de trauma (ATLS) < 11 ou RTS (Revised Trauma Score)
• Fase intra-hospitalar
Triagem
• Vítimas múltiplas
O número de vítimas ão deverá exceder a capacidade
hospitalar
Tratar 1º
situações ameaçadoras da vida
lesões multi-sistémicas
• Vítimas maciças
O número de vítimas e a gravidade das lesões excede a
capacidade hospitalar
Tratar 1º
maior chance de sobrevida
requerem menos perda de tempo, equipamento e
pessoal
25
26. 16-12-2013
Identificar necessidade de intervenção
urgente:
Hemotórax maciço
Pneumotorax tensional
Pneumotorax aberto
Tamponamento cardíaco
Hemoperitoneu e choque
Lesão dos grandes vasos (inguinais, cervicais)
Coma progressivo
1) PNEUMOTÓRAX
COLECÇÃO DE AR NA CAV. PLEURAL
INVERSÃO DAS PRESSÕES
TRAUMATISMOS DIRECTOS
Perfuração por arco costal
Desaceleração
Barotrauma
LESÃO IATROGÉNICA
Toracocentese
CVC
S
D
S
D
A
S
PNEUMOTÓRAX – clínica
•
•
•
•
•
Assintomático
Dor torácica
Dispneia
Polipneia
Tosse
Ausência de
Murmúrio Vesicular
Percussão:
hiperressonância
RxT em pé:
Pulmão colapsado
Bolhas de ar
26
27. 16-12-2013
PNEUMOTÓRAX – Tratamento
Repouso (Pequeno: resolução espontânea -Recuperação a 100%)
5º EIC, anterior à
linha médio-axilar
Garantir posicionamento e patência do DT
-balança sincronizadamente
-“borbulha” c/ a Tosse
Drenagem aspirativa
2) PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
• Mecanismo valvular – “Entrapment”
Dor torácica intensa
Dispneia severa e
progressiva
Distensão vv pescoço
Hiper-ressonância
Excursão respiratória
diminuída
MV ausente
Taquicardia,
hipotensão
PNEUMOTÓRAX
HIPERTENSIVO RxT:
Colapso pulmão
Ausência de
parênquima
pulmonar
Achatamento
diafragma
Desvio das
estruturas da
linha média
Alargamento EIC
27
28. 16-12-2013
PNEUMOTÓRAX
HIPERTENSIVO
• NÃO ESPERAR
PELO RxT
• Tx Emergente:
Agulha gd calibre,
G14-16, 2º EIC linha
médio-clavic
5º EIC, anterior linha à med-axilar
3) HEMOTÓRAX
Sangue no
espaço
pleural
Laceração A. i-costais, mamária interna
Hemorragia do parênquima pulmonar ou Gd vaso torácico
HEMOTÓRAX - Dx
•
•
•
•
Dor
Dispneia
Percussão: Macicez
Murmúrio vesicular e vibrações
vocais diminuídos
• Veias cervicais colapsadas
• RxT pé: opacidade em toalha;
nível
SHOCK
28
29. 16-12-2013
HEMOTÓRAX
• Tx inicial:
– Reposição volémia
– Descompressão - DT nível
mamilo, linha med-axilar
-1500 mL imediato
-< 1500mL mas hemorragia
contínua (>200mL /H, 2- 4 H)
-Persistente Necessidade
de tranfusão sanguínea
4) TÓRAX INSTÁVEL
• Fractura ≥ 2 costelas em ≥ 2 locais
Ausência continuidade num segmento parede torácica
Expiração
Inspiração
Mediastino
balança com
respiração
Retalho solto
da parede
torácica
TÓRAX INSTÁVEL
Movimento paradoxal
Impacto de alta intensidade
Dor espont / pleurítica
Dispneia, Taquipneia
Crepitação óssea
Esforço respiratório
L. Associadas
Contusão pulmonar
TCE
Hipóxia, Cianose
Enfisema subcutâneo
Signif da mortalidade
29
30. 16-12-2013
TÓRAX INSTÁVEL - Terapêutica
Repouso leito
Analgesia
Oxigenoterapia
CinesiTx resp.– “Toillete” pulm.
Mobilização precoce
5) TAMPONAMENTO CARDÍACO
Tríade de Beck
• Aumento da PVC
• Diminuição da
pressão arterial
• Hipofonese
cardíaca
Rotura miocárdio
Laceração A. Coronária
Dissecção Aorta
Derrame
pericárdico
Engurgitamento das
veias cervicais
Dissociação
electromecânica
TAMPONAMENTO CARDÍACO
Permeabilidade das vias aéreas
Reposição da volémia
Pericardiocentese
Método subxifoideo
Monitorização indispensável
Toracotomia / Esternotomia
30
36. 16-12-2013
V- OUTROS PROBLEMAS DE REANIMAÇÃO
V- OUTROS PROBLEMAS DE REANIMAÇÃO
1- Asfixia por corpo estranho
Sinais de Asfixia por Aspiração de Corpo
Estranho:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Situação presenciada
Tossir
Sinais de asfixia
Início súbito
Criança a brincar com objectos pequenos
Criança a comer alimentos pequenos
36
37. 16-12-2013
Asfixia por Aspiração de Corpo Estranho:
ESTÁ ENGASGADO?
Sinais de obstrução moderada das vias
aéreas:
1. A vítima fala e responde sim à questão «está
engasgado?»
2. Tosse
3. Respira
Sinais de obstrução grave das vias aéreas:
1. A vítima não fala e não responde à questão «está
engasgado?»
2. Pode responder acenando com a cabeça
3. Não respira
4. Respira com sibilos
5. Tentativas de tossir inaudíveis
6. Pode estar inconsciente
37
38. 16-12-2013
Tosse ineficaz:
Tosse eficaz:
1.
2.
3.
4.
5.
1. Chorar
2. Responde a questões
3. Tosse alto
4. Consegue respirar
antes de tossir
5. Responde
adequadamente
Não consegue falar
Quieto
Tosse sem barulho
Cianose
Alterações estado
consciência
Tratamento de Asfixia por Aspiração de
Corpo Estranho (Adulto):
Avaliar a gravidade
•
Obstrução das vias aéreas grave (tosse ineficaz)
Inconsciente
Iniciar SBV
Consciente
5 pancadas nas costas
5 impulsos abdominais
. Obstrução das vias aéreas moderada (tosse eficaz)
Estimular a tosse
Vigiar
Engasgamento (corpo estranho)
38
39. 16-12-2013
Tratamento de Asfixia por Aspiração de
Corpo Estranho (Pediatria):
Avaliar a gravidade
•
Obstrução das vias aéreas grave (tosse ineficaz)
Inconsciente
Consciente
.
Abrir vias aéreas
5 respirações
5 pancadas nas costas (bébé)
5 impulsos abdominais (criança)
Iniciar SBV
Obstrução das vias aéreas moderada (tosse eficaz)
Estimular a tosse
Vigiar
Reanimação na criança
Asfixia por Aspiração de Corpo Estranho:
Tratamento com sucesso
Se tosse persistente, dificuldade em engolir, ou sensação
de corpo estranho enviar para observação médica
Se impulsos abdominais (possibilidade de lesão interna)
enviar para observação médica
39
40. 16-12-2013
VI- OUTROS PROBLEMAS DE REANIMAÇÃO
2 – Afogamento
VI- OUTROS PROBLEMAS DE REANIMAÇÃO
Afogamento
- Quase afogamento
(Remoção da vítima da água com pulsação)
- Afogamento
(Remoção da vítima da água sem pulsação,
morte clínica)
Sinais de mau prognóstico: sem pulso, sem reflexos da tosse,
com relaxamento laríngeo anóxico e espasmos agónicos,
com inalação de água e vómito.
Aspiração de água doce: hipoxémia, hipercápnia; acidose;
hemodiluição, hipervolémia, hemólise e hipercaliémia. Pior para o
coração.
Aspiração de água do mar (hipertónica): hipoxémia e
hipocápnia,
hemoconcentração, hipovolémia, hipercaliémia; lesão membrana
alvéolo-capilar e edema pulmonar fulminante. Pior para os pulmões.
Afogamento no mar: lesões pulmonares mais graves. Na piscina não
salgada menor edema pulmonar.
(Lei de Starling – p. hidrostática e p. oncótica; membr. semipermeável)
40
41. 16-12-2013
Ventilação boca a boca - 5X
30 compressões : 2 ventilações durante 1 min
Água e vómito drenam por gravidade. Limpar faringe intermitente/.
Se abdómen distendido, decúbito ventral e compressão epigástrica
(manobra rápida)
Não terminar reanimação até que chegue a ambulância.
Ventilar com O2 a 100% logo que possível.
Admissão hospitalar urgente mesmo que vítima recupere consciência:
risco de edema pulmonar secundário (ventilação assistida)
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