Este documento resume a biografia de Zoé Lucas de Brito Filho, um militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) que foi assassinado em 1973. Ele nasceu em 1944 no Rio Grande do Norte e se mudou para Pernambuco onde estudou geografia na universidade e participou do movimento estudantil. Foi preso em 1970 por suas atividades políticas e depois libertado. Seu corpo foi encontrado em São Paulo em 1973, mas as circunstâncias de sua morte permanecem obscuras.
1. Assembleia Legislativa de São Paulo
Comissão da Verdade
do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”
Presidente: Adriano Diogo (PT)
Relator: André Soares (DEM)
Membros Titulares: Ed Thomas (PSB), Marco Zerbini (PSDB) e
Ulysses Tassinari (PV)
Suplentes: Estevam Galvão (DEM), João Paulo Rillo (PT), Mauro
Bragato (PSDB), Orlando Bolçone (PSB) e Regina Gonçalves (PV)
Assessoria Técnica da Comissão da Verdade: Ivan Seixas
(Coordenador), Amelinha Teles, Tatiana Merlino, Thais Barreto, Vivian
Mendes, Renan Quinalha e Ricardo Kobayaski
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Zoé Lucas de Brito Filho
(Assassinado em 28 de junho de 1973)
Dados Pessoais
Nome: Zoé Lucas de Brito Filho
Data de nascimento: 17 de agosto de 1944
Local de nascimento: São João do Sabugi (RN)
Organização Política: Ação Libertadora Nacional (ALN)
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Biografia
Nasceu em 17 de agosto de 1944, em São João do Sabugi (RN), filho de
Zoé Lucas de Brito e Maria Celeste de Brito. Morto em 28 de junho de
1973. Militante da Ação Libertadora Nacional (ALN).
Fez o curso primário no Grupo Escolar Senador José Bernardo, em São
João do Sabugi, cidade em que morou até 1958. Em 1959, mudou-se
para Caicó (RN), onde conclui o curso ginasial no Ginásio Diocesano
Seridoense, em 1962. Zoé completou o segundo grau (atual ensino
médio) na cidade de Recife (PE), ingressando posteriormente no curso
de Geografia na Universidade Federal de Pernambuco. Nessa época,
participou do movimento estudantil, na capital pernambucana.
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Inicialmente, foi militante do Partido Comunista Brasileiro
Revolucionário (PCBR) e, a partir de dezembro de 1969, da Ação
Libertadora Nacional, condição na qual foi preso em 31 de março de
1970. Permaneceu detido durante sete meses, percorrendo diversas
prisões: 2ª Companhia de Guarda, Forte de Cinco Pontas e Casa de
Detenção do Recife.
Antes de ser preso, Zoé era professor de Geografia, exercendo a
profissão em escola particular.
Depois de libertado, ficou alguns meses no Recife, mas, diante do cerco
e das ameaças policiais, viajou para São Paulo. Nesta cidade passou a
trabalhar como corretor de imóveis. Seu corpo foi encontrado dilacerado
sobre os trilhos da estação de trem Ipiranga, em São Paulo, em 28 de
junho de 1973. As circunstâncias de sua morte continuam obscuras.
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A testemunha que comunicou ao seu irmão o falecimento de Zoé não se
identificou.
Atualmente, seus familiares buscam elementos de prova com o objetivo
de obter o reconhecimento da responsabilidade da União pelo
assassinato de Zoé Lucas de Brito Filho.
Estas informações foram fornecidas pelo Centro de Direitos Humanos e
Memória Popular de Alagoas (CDHMP).
Seu nome não constava do Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos
a Partir de 1964 e nenhum requerimento sobre seu caso foi
encaminhado para a apreciação da CEMDP.
DOSSIÊ DITADURA: Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil 1964-1985. IEVE- Instituto de Estudos Sobre Violência do
Estado e Imprensa Oficial, São Paulo, 2009.