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A  indignação coletiva  como disparador  de criação de outros e múltiplos modos de existência
A  resistência a favor da  vida A tecnologia in vestida  de sensibilidade  LACUNAS LACUNÁRIAS Apostamos em múltiplas rotas de visibilidade nesta produção: MANIFESTOS Percurso  Apreciação do corpo que lê Criação do corpo vivente Infinitas rotas
[ Les Demoiselles d'Avignon , 1907  Pablo Picasso]  (...) Assumir a responsabilidade pelas relações sociais da ciência e da tecnologia significa  recusar uma metafísica anti-ciência , uma demonologia da tecnologia, e, assim, abraçar a habilidosa tarefa de  reconstruir as fronteiras da vida cotidiana , em conexão parcial com os outros,  em comunicação com todas as nossas partes.  Donna Haraway & Hari Kunzru. Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Organizador: Tomas Tadeu da Silva. Belo Horizonte, Autêntica, 2000.
Autonomia como produção da própria vida Manifesto’s Produção Inventivo Dançante Sensível Máquínico Disfuso Afecto Criação Difuso Fundido
Na experimentação a criação de outras sensibilidades Afirmar a experimentação como produção de encantamentos próprios da vida
Todo  homem  tem  a incerteza  daquilo  que afirma
O privilegiamento da diferença e da multiplicidade em detrimento da identidade e da mesmidade.  Rejeição da transcendentalidade e da originariedade do sujeito.  A pesquisa não das essências e das substâncias mas das forças e das intensidades.  Não os valores mas sua valoração  Tomaz Tadeu da Silva (UFRGS)  http://www.anped.org.br/reunioes/24/T1299570907599.doc
Falar em seu próprio nome Pensamento   Criação Corpo   Moral  Memória
Onde a brasa mora e devora o breu Como a chuva molha o que se escondeu
O deserto  Que atravessei  Estranha e só  Tão longe de chegar  Mas perto de algum lugar  É deserto  Me vi assim  Tão perto de chegar
Insistência no “poder” de inventar, fixar, tornar permanente e não na capacidade cognitiva de descobrir, revelar, desvelar.  ttp://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/picasso_cinq_femmes.jpg&imgrefurl=http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/2006/01/picasso_1&h=327&w=419&sz=35&tbnid=WMcgqjl89ua29M::&tbnh=98&tbnw=125&prev=/images%3Fq%3Dpicasso&hl=pt-BR&usg=__EtDal7wJCfRKyJb0mQgQt1NUw9w=&ei=wzuYSdv6E56DtwfTl5CcCw&sa=X&oi=image_result&resnum=3&ct=image&cd=1
Linha: Falar em seu próprio nome   Que os médicos não tenham o direito de falar em nome dos doentes, e que tenham também o dever de falar, como médicos, sobre problemas políticos, jurídicos, industriais, ecológicos (...) O que significa, então, falar em seu próprio nome e não pelos outros? Evidentemente não se trata de cada um ter sua hora da verdade, nem escrever suas Memórias ou fazer sua psicanálise: não é falar na primeira pessoa do singular. É nomear as potências impessoais, físicas e mentais que enfrentamos e combatemos quando tentamos atingir um objetivo, e só tomamos consciência do objetivo em meio ao combate. Nesse sentido o próprio Ser é Político.    (Gilles Deleuze, Conversações. Trad. Peter Pál Pelbart. Editora 34: São Paulo, 1992, p. 110-11)
Linha: Pensamento   Foucault sempre invoca a poeira ou o múrmurio de um combate, e o próprio pensamento lhe aparece como uma máquina de guerra. É que, no momento em que alguém dá um passo fora do que já foi pensado, quando se aventura fora do reconhecível e do tranquilizador, quando precisa inventar novos conceitos para terras desconhecidas, caem os métodos e as morais e pensar torna-se, como diz Foucault, "um ato arriscado", uma violência que se exerce primeiro sobre si mesmo.  Melville afirmava: "Se para efeito de argumentação dizemos que ele está louco, então eu preferiria ser locuo a ser sensato...gosto de todos os homens que mergulham.  Qualquer peixe pode nadar perto da superfície, mas é preciso ser uma grande baleia para descer a cinco milhas ou mais...Desde o começo do mundo os mergulhadores do pensamento voltam a superfície com os olhos injetados de sangue".  Admite-se facilmente que há perigo nos exercícios físicos extremos, mas o pensamento também é um exercício extremo e rarefeito. Desde que se pensa, se enfrenta necessariamente uma linha onde estão em jogo a vida e a morte, a razão e a loucura, e essa linha nos arrasta. Só é possível pensar sobre esta linha de feiticeira, e diga-se, não se é forçosamente perdedor, não se está obrigatoriamente condenado à loucura ou à morte.  (Gilles Deleuze, Conversações. Trad. peter Pál Pelbart. Editora 34: São Paulo, 1992, p. 128-9) O pensamento jamais foi questão de teoria. (Gilles Deleuze, Conversações. Trad. peter Pál Pelbart. Editora 34: São Paulo, 1992, p. 131)
Linha: Criação O essencial são os intercessores.  A criação são os intercessores. Sem eles não há obra. Podem ser pessoas - para um filósofo, artistas ou cientistas; para um cientista, filósofos ou artistas - mas também coisas, plantas e até animais.  Fictícios ou reais, animados ou inanimados, é preciso fabricar seus próprios intercessores.  É uma série. Se não formamos uma série, mesmo que completamente imaginária, estamos perdidos.  Eu preciso de meus intercessores para me exprimir, e eles jamais se exprimiriam sem mim: sempre se trabalha em vários, mesmo quando não se vê.  E mais ainda quando é visível...
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Linha Moral: Uma visão memorável   Certa vez vi um Demônio numa língua de fogo, que se elevou até um Anjo sentado numa nuvem, e o Demônio proferiu estas palavras: "A adoração de Deus é: honrar seis dons em outros homens, segundo o gênio de cada um, e amar mais aos maiores homens: quem inveja ou calunia os grandes homens odeia a Deus; pois não existe outro Deus".  Ao ouvir isso, o Anjo tronou-se quase azul; recompondo-se, porém, ficou amarelo, & por fim branco, rosa, & sorridente, e respondeu: "Idólatra! não é Deus Uno? & não é ele visível em Jesus Cristo? e não deu Jesus Cristo sua sanção à Lei dos dez mandamentos? e não são todos os homens tolos, pecadores, & nulidades?" Respondeu o Demônio: "Tritura um tolo num almofariz com trigo, e ainda assim não será separada sua tolice; se Jesus Cristo é o maior dos homens, deverias amá-lo no mais alto grau; ouve agora como sancionou ele a lei dos dez mandamentos: não zombou do sábado e, assim, do sábado de Deus? não matou quem foi morto por sua causa? não desviou a lei da mulher apanhada em adultério? não roubou o trabalho alheio para sustentar-se? não deu falso testemunho ao recusar-se  à defesa perante Pilatos? não cobiçou ao orar por seus discípulos, e ao lhes pedir que sacudissem o pó de seus pés diante dos que se negavam a hospedá-lo? Digo-te: nenhuma virtude pode existir sem a quebra desses dez mandamentos. Jesus era todo virtude, e agia por impulso e não por regras".  Depois de ele assim ter falado, contemplei o Anjo, que estendeu os braços, envolvendo a língua de fogo, & foi consumido e ascendeu como Elias.  NOTA: Este Anjo, que agora se tornou um Demônio, é meu amigo íntimo, muitas vezes lemos juntos a Bíblia em seu sentido infernal ou diabólico, que o mundo há de ter, caso se comporte bem. Possuo também A Bíblia do Inferno, que o mundo há de possuir, quer queira, quer não.    Uma só lei para o Leão & Boi é Opressão.    (William Blake: O Matrimônio do Céu e do Inferno: o livro de Thel. Trad: José Antônio Arantes. Iluminuras: São Paulo, 1995, p. 51)
Fazer metafísica com a linguagem é fazer com que a linguagem expresse o que não expressa comumente, é empregá-la de um modo novo, excepcional e desacostumado, é devolver-lhe a capacidade de produzir um estremecimento físico e dividi-lo e distribuí-lo ativamente no espaço, é usar as entonações de uma maneira absolutamente concreta e restitui-lhes o poder de desgarrar e de manifestar realmente algo, é tornar-se contra a linguagem e suas fontes basicamente utilitárias, poderia dizer-se alimentícias, contra suas origens de besta acossada, é enfim considerar a linguagem como forma de encantamento.  (Antonin Artaud – El teatro y su doble) Apostamos em múltiplas rotas de visibilidade nesta produção: MANIFESTOS
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Manifestos da criação sensível

  • 1. A indignação coletiva como disparador de criação de outros e múltiplos modos de existência
  • 2. A resistência a favor da vida A tecnologia in vestida de sensibilidade  LACUNAS LACUNÁRIAS Apostamos em múltiplas rotas de visibilidade nesta produção: MANIFESTOS Percurso Apreciação do corpo que lê Criação do corpo vivente Infinitas rotas
  • 3. [ Les Demoiselles d'Avignon , 1907 Pablo Picasso] (...) Assumir a responsabilidade pelas relações sociais da ciência e da tecnologia significa recusar uma metafísica anti-ciência , uma demonologia da tecnologia, e, assim, abraçar a habilidosa tarefa de reconstruir as fronteiras da vida cotidiana , em conexão parcial com os outros, em comunicação com todas as nossas partes. Donna Haraway & Hari Kunzru. Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Organizador: Tomas Tadeu da Silva. Belo Horizonte, Autêntica, 2000.
  • 4. Autonomia como produção da própria vida Manifesto’s Produção Inventivo Dançante Sensível Máquínico Disfuso Afecto Criação Difuso Fundido
  • 5. Na experimentação a criação de outras sensibilidades Afirmar a experimentação como produção de encantamentos próprios da vida
  • 6. Todo homem tem a incerteza daquilo que afirma
  • 7. O privilegiamento da diferença e da multiplicidade em detrimento da identidade e da mesmidade. Rejeição da transcendentalidade e da originariedade do sujeito. A pesquisa não das essências e das substâncias mas das forças e das intensidades. Não os valores mas sua valoração Tomaz Tadeu da Silva (UFRGS) http://www.anped.org.br/reunioes/24/T1299570907599.doc
  • 8. Falar em seu próprio nome Pensamento Criação Corpo Moral Memória
  • 9. Onde a brasa mora e devora o breu Como a chuva molha o que se escondeu
  • 10. O deserto Que atravessei Estranha e só Tão longe de chegar Mas perto de algum lugar É deserto Me vi assim Tão perto de chegar
  • 11. Insistência no “poder” de inventar, fixar, tornar permanente e não na capacidade cognitiva de descobrir, revelar, desvelar. ttp://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/picasso_cinq_femmes.jpg&imgrefurl=http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/2006/01/picasso_1&h=327&w=419&sz=35&tbnid=WMcgqjl89ua29M::&tbnh=98&tbnw=125&prev=/images%3Fq%3Dpicasso&hl=pt-BR&usg=__EtDal7wJCfRKyJb0mQgQt1NUw9w=&ei=wzuYSdv6E56DtwfTl5CcCw&sa=X&oi=image_result&resnum=3&ct=image&cd=1
  • 12. Linha: Falar em seu próprio nome   Que os médicos não tenham o direito de falar em nome dos doentes, e que tenham também o dever de falar, como médicos, sobre problemas políticos, jurídicos, industriais, ecológicos (...) O que significa, então, falar em seu próprio nome e não pelos outros? Evidentemente não se trata de cada um ter sua hora da verdade, nem escrever suas Memórias ou fazer sua psicanálise: não é falar na primeira pessoa do singular. É nomear as potências impessoais, físicas e mentais que enfrentamos e combatemos quando tentamos atingir um objetivo, e só tomamos consciência do objetivo em meio ao combate. Nesse sentido o próprio Ser é Político.   (Gilles Deleuze, Conversações. Trad. Peter Pál Pelbart. Editora 34: São Paulo, 1992, p. 110-11)
  • 13. Linha: Pensamento Foucault sempre invoca a poeira ou o múrmurio de um combate, e o próprio pensamento lhe aparece como uma máquina de guerra. É que, no momento em que alguém dá um passo fora do que já foi pensado, quando se aventura fora do reconhecível e do tranquilizador, quando precisa inventar novos conceitos para terras desconhecidas, caem os métodos e as morais e pensar torna-se, como diz Foucault, "um ato arriscado", uma violência que se exerce primeiro sobre si mesmo. Melville afirmava: "Se para efeito de argumentação dizemos que ele está louco, então eu preferiria ser locuo a ser sensato...gosto de todos os homens que mergulham. Qualquer peixe pode nadar perto da superfície, mas é preciso ser uma grande baleia para descer a cinco milhas ou mais...Desde o começo do mundo os mergulhadores do pensamento voltam a superfície com os olhos injetados de sangue". Admite-se facilmente que há perigo nos exercícios físicos extremos, mas o pensamento também é um exercício extremo e rarefeito. Desde que se pensa, se enfrenta necessariamente uma linha onde estão em jogo a vida e a morte, a razão e a loucura, e essa linha nos arrasta. Só é possível pensar sobre esta linha de feiticeira, e diga-se, não se é forçosamente perdedor, não se está obrigatoriamente condenado à loucura ou à morte. (Gilles Deleuze, Conversações. Trad. peter Pál Pelbart. Editora 34: São Paulo, 1992, p. 128-9) O pensamento jamais foi questão de teoria. (Gilles Deleuze, Conversações. Trad. peter Pál Pelbart. Editora 34: São Paulo, 1992, p. 131)
  • 14. Linha: Criação O essencial são os intercessores. A criação são os intercessores. Sem eles não há obra. Podem ser pessoas - para um filósofo, artistas ou cientistas; para um cientista, filósofos ou artistas - mas também coisas, plantas e até animais. Fictícios ou reais, animados ou inanimados, é preciso fabricar seus próprios intercessores. É uma série. Se não formamos uma série, mesmo que completamente imaginária, estamos perdidos. Eu preciso de meus intercessores para me exprimir, e eles jamais se exprimiriam sem mim: sempre se trabalha em vários, mesmo quando não se vê. E mais ainda quando é visível...
  • 15.
  • 16. Linha Moral: Uma visão memorável   Certa vez vi um Demônio numa língua de fogo, que se elevou até um Anjo sentado numa nuvem, e o Demônio proferiu estas palavras: "A adoração de Deus é: honrar seis dons em outros homens, segundo o gênio de cada um, e amar mais aos maiores homens: quem inveja ou calunia os grandes homens odeia a Deus; pois não existe outro Deus". Ao ouvir isso, o Anjo tronou-se quase azul; recompondo-se, porém, ficou amarelo, & por fim branco, rosa, & sorridente, e respondeu: "Idólatra! não é Deus Uno? & não é ele visível em Jesus Cristo? e não deu Jesus Cristo sua sanção à Lei dos dez mandamentos? e não são todos os homens tolos, pecadores, & nulidades?" Respondeu o Demônio: "Tritura um tolo num almofariz com trigo, e ainda assim não será separada sua tolice; se Jesus Cristo é o maior dos homens, deverias amá-lo no mais alto grau; ouve agora como sancionou ele a lei dos dez mandamentos: não zombou do sábado e, assim, do sábado de Deus? não matou quem foi morto por sua causa? não desviou a lei da mulher apanhada em adultério? não roubou o trabalho alheio para sustentar-se? não deu falso testemunho ao recusar-se  à defesa perante Pilatos? não cobiçou ao orar por seus discípulos, e ao lhes pedir que sacudissem o pó de seus pés diante dos que se negavam a hospedá-lo? Digo-te: nenhuma virtude pode existir sem a quebra desses dez mandamentos. Jesus era todo virtude, e agia por impulso e não por regras". Depois de ele assim ter falado, contemplei o Anjo, que estendeu os braços, envolvendo a língua de fogo, & foi consumido e ascendeu como Elias. NOTA: Este Anjo, que agora se tornou um Demônio, é meu amigo íntimo, muitas vezes lemos juntos a Bíblia em seu sentido infernal ou diabólico, que o mundo há de ter, caso se comporte bem. Possuo também A Bíblia do Inferno, que o mundo há de possuir, quer queira, quer não.   Uma só lei para o Leão & Boi é Opressão.   (William Blake: O Matrimônio do Céu e do Inferno: o livro de Thel. Trad: José Antônio Arantes. Iluminuras: São Paulo, 1995, p. 51)
  • 17. Fazer metafísica com a linguagem é fazer com que a linguagem expresse o que não expressa comumente, é empregá-la de um modo novo, excepcional e desacostumado, é devolver-lhe a capacidade de produzir um estremecimento físico e dividi-lo e distribuí-lo ativamente no espaço, é usar as entonações de uma maneira absolutamente concreta e restitui-lhes o poder de desgarrar e de manifestar realmente algo, é tornar-se contra a linguagem e suas fontes basicamente utilitárias, poderia dizer-se alimentícias, contra suas origens de besta acossada, é enfim considerar a linguagem como forma de encantamento. (Antonin Artaud – El teatro y su doble) Apostamos em múltiplas rotas de visibilidade nesta produção: MANIFESTOS
  • 18. Você cria manifestos e transita outras formas de si