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Historiadores afirmam que: 
• Antes da chegada dos 
europeus à América havia 
aproximadamente 100 milhões 
de índios no continente. 
•Só no Brasil, esse número 
chegava a 5 milhões de 
nativos, aproximadamente. 
•Atualmente, calcula-se que 
apenas 400 mil índios ocupam 
o território brasileiro.
O primeiro contato entre 
índios e portugueses em 
1500 foi de muita 
estranheza para ambas as 
partes. 
As duas culturas eram 
muito diferentes e 
pertenciam a mundos 
completamente distintos.
Pero Vaz de Caminha relata a troca de sinais, 
presentes e informações. Quando os portugueses 
começam a explorar o pau-brasil das matas, 
começam a escravizar muitos indígenas e a 
utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, 
colares e chocalhos para os indígenas em troca 
de seu trabalho.
Os indígenas que 
habitavam o Brasil em 1500 
viviam da caça, da pesca e 
da agricultura de milho, 
amendoim, feijão, abóbora, 
bata-doce e principalmente 
mandioca. Esta agricultura 
era praticada de forma bem 
rudimentar, pois utilizavam 
a técnica da coivara 
(derrubada de mata e 
queimada para limpar o 
solo para o plantio).
Entre os indígenas não há classes 
sociais como a do homem branco. 
Todos têm os mesmo direitos e 
recebem o mesmo tratamento. A 
terra, por exemplo, pertence a 
todos e quando um índio caça, 
costuma dividir com os habitantes 
de sua tribo. Apenas os 
instrumentos de trabalho 
(machado, arcos, flechas, arpões) 
são de propriedade individual. O 
trabalho na tribo é realizado por 
todos, porém possui uma divisão 
por sexo e idade. As mulheres são 
responsáveis pela comida, 
crianças, colheita e plantio. Já os 
homens da tribo ficam 
encarregados do trabalho mais 
pesado: caça, pesca, guerra e 
derrubada das árvores.
A educação indígena é bem interessante. Os pequenos 
índios, conhecidos como curumins, aprender desde 
pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os 
adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai 
caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este 
aprenda. Portanto, a educação indígena é bem prática e 
vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando 
atinge os 13 anos, o jovem passa por um teste e uma 
cerimônia para ingressar na vida adulta.
As Crianças 
Em geral, a vida das crianças indígenas (curumins) é bem 
diferente das nossas crianças. 
Elas vivem muito integradas à natureza, participam das 
tradições de sua tribo. Aprendem muito observando os 
mais velhos em suas tarefas diárias. 
Também se divertem muito. Tomar banho de rio é uma das 
diversões preferidas. Além disso, brincam de peteca, pião, 
jogos com sementes, dobraduras, bonecas. 
Na maioria das aldeias, os pequenos índios também vão à 
escola.
Há momentos de contação de 
história, em que os mais velhos 
contam histórias para os 
curumins, há festas tradicionais 
em que as crianças participam e 
aprendem assim mais da 
própria cultura. 
As crianças indígena são muito 
respeitadas, os adultos sabem e 
acreditam que elas estão 
sempre aprendendo. 
Elas convivem com seus 
animais de estimação: 
cachorros, macacos, araras, 
quatis, papagaios.
Os índios vivem principalmente da caça e da pesca. As tribos 
também plantam o milho, a mandioca e o fumo. 
Quando a caça faltava e a pesca se tornava insuficiente, os índios 
mudavam-se para outros lugares. Eram, portanto, nômades. 
Para a caça os índios usam o arco e a flecha. Pequenas setas são 
destinadas à caça miúda, como pássaros. Também sabem preparar 
armadilhas e imitam com perfeição as vozes dos animais, meio com 
que procuram atraí-los.
Para a pesca os índios utilizam 
pequenas redes chamadas puçás, 
flechas, anzóis e plantas que 
atiram ao rio, como o timbó, e que 
atordoam os peixes, tornando-os 
presas mais fáceis e não fazem 
mal ao homem. De alguns grandes 
animais, como os tubarões e 
onças, extraem os dentes para 
fabricar pontas de flechas. 
Para obter o fogo os índios 
imprimiam, com a palma das 
mãos, um movimento de rotação a 
um pequeno pedaço de pau, cuja 
ponta se friccionava em outro, até 
formar uma chama que se 
comunicava a folhas secas.
Os adornos principais dos 
índios consistem em pintar o 
corpo com a tinta vermelha de 
urucum e azul do jenipapo; 
alguns furam as orelhas e os 
lábios, onde colocam pedaços 
de madeira ou botoques, nome 
que até serviu para denominar 
uma tribo, a dos botocudos. 
Também usam colares de 
contas, de dentes de animais 
ou de inimigos e enfeitam-se 
com penas de pássaros.
Tacape indígena 
Suas armas prediletas são o arco e a flecha, de 
várias dimensões, lanças e o tacape, feito de 
madeira pesada. Algumas tribos utilizam a 
zarabatana, tubo ôco por onde disparam, com o 
sopro, pequenas setas envenenadas. 
Arco e flecha Zarabatana
Dos instrumentos musicais os índios 
conhecem o tambor, uma espécie de chocalho 
que é chamada de maracá, e a flauta de osso, 
denominada membi.
Os índios vivem em aldeias e, 
muitas vezes, são comandados 
por chefes, que são chamados 
de cacique ou morubixaba. A 
transmissão da chefia pode ser 
hereditária (de pai para filho) ou 
não. Os caciques devem 
conduzir a aldeia nas 
mudanças, na guerra, devem 
manter as tradições, determinar 
as atividades diárias e 
responsabilizar-se pelo contato 
com outras aldeias ou com os 
civilizados. Maior influência, 
porém, tem o pajé, o feiticeiro 
da tribo. Acreditam que ele 
possui poderes 
extraordinários: adivinhar o 
futuro, curar todas as doenças, 
transformar-se em qualquer 
animal e até tornar-se invisível.
Alimentação 
Cada povo indígena tem sua tradição com relação à alimentação. 
Eles produzem sua própria comida, seja praticando agricultura 
para subsistência, em algumas tribos até vendem o excedente da 
sua plantação, seja por caça e pesca. 
O peixe, a banana, a mandioca e o milho são fontes de alimentação 
na maioria das tribos indígenas. 
Há tribos que consomem alimentos industrializados que compram 
com o dinheiro ganhado através do comércio de produtos típicos 
confeccionados nas aldeias e vendidos em feiras.
Ritos e Mitos 
No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a 
passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. O 
nascimento de uma criança é comemorado, assim como a iniciação na 
vida adulta, o casamento, a morte. Celebram os antepassados como a 
festa Quarup dos Xavantes no Xingu, região central do Brasil. Uma boa 
colheita também é comemorada com festejos. 
Ritual fúnebre
Kuarup (Quarup) – ritual do choro 
O Kuarup é uma manifestação cultural dos povos 
indígenas do Alto Xingu e é a maior festa indígena do 
País. Ele acontece anualmente no Parque do Xingu e é a 
mais alta homenagem que esses índios prestam aos 
seus mortos importantes.
Ritual do Quarup
Das nações indígenas a mais importante 
era a dos Tupis que os jesuítas 
denominavam índios da língua geral pois a 
língua tupi era falada em toda a costa 
brasileira. Essa nação compreendia muitas 
tribos: Maués e Omáguas no Amazonas; 
Potiguares, no Rio Grande do Norte; 
Caetes, da Paraíba ao rio São Francisco; 
Tupinambás e Tupiniquins na Bahia; 
Tamoios no Rio de Janeiro e, mais para o 
sul, os Carijós e os Guaranis. 
No Norte do Brasil vivia a nação dos 
Nuaruaques. Algumas de suas tribos 
tinham notável adiantamento, como 
prova a cerâmica marajoara, vasos 
de argila feitos com perfeição, 
encontrados na ilha de Marajó. São 
Nuaruaques os Manaus e os Aruãs. 
Os Caribas ou Caraíbas formam 
outra nação. Algumas de suas tribos 
eram tão cruéis que do nome cariba 
se derivou canibal, que é sinônimo 
de antropófago. Também habitavam 
as Antilhas e eram hábeis canoeiros.
Outra nação era a dos Jês ou Tapuias. Uma de suas tribos mais primitivas e 
ferozes, a dos Aimorés, vivia no Espírito Santo. Os Aimorés não faziam casas, 
dormiam no "chão sobre folhas e tinham o hábito de açoitar os filhos com plantas 
espinhosas para que se acostumassem a andar pelos matos. Ficavam 
escondidos, aos grupos, à beira dos caminhos para atacar as pessoas que 
passavam, matá-las e depois devorá-las. Os atuais Xavantes, de Goiás, pertencem 
ao grupo ou nação dos Jès. 
Das nações menores há a dos Guaicurus, que eram índios cavaleiros de Mato 
Grosso. Durante a guerra do Brasil com o Paraguai, esses índios muito ajudaram 
os brasileiros.
A pintura corporal 
Pintam o corpo para enfeitá-lo e 
também para defendê-lo contra o sol, 
os insetos e os espíritos maus. As 
cores mais usadas pelos índios para 
pintar seus corpos são o vermelho 
muito vivo do urucum que representa 
a casa do homem, o negro 
esverdeado que representa a floresta, 
o azul da tintura do suco do jenipapo 
e o branco da tabatinga. A escolha 
dessas cores é importante, porque o 
gosto pela pintura corporal está 
associado ao esforço de transmitir ao 
corpo a alegria contida nas cores 
vivas e intensas.
São os Kadiwéu que apresentam uma pintura corporal mais elaborada. Os 
primeiros registros dessa pintura datam de 1560, pois ela impressionou 
fortemente o colonizados e os viajantes europeus. 
Mais tarde foi analisada também por vários estudiosos, entre os quais Lévi 
Strauss, antropólogo francês que esteve entre os índios brasileiros em 1935. 
De acordo com Lévi Strauss, “as pinturas do rosto conferem, de início, ao 
indivíduo, sua dignidade de ser humano; elas operam a passagem da 
natureza à cultura, do animal estúpido ao homem civilizado. 
Em seguida, diferentes quanto ao estilo e à composição segundo as castas, 
elas exprimem, numa sociedade complexa, a hierarquia dos status. Elas 
possuem assim uma função sociológica”.
Os desenhos dos Kadiwéu são geométricos, complexos e revelam um 
equilíbrio e uma beleza que impressionam o observador. Além do 
corpo, que é o suporte próprio da pintura Kadiwéu, os seus desenhos 
aparecem também em couros, esteiras e abanos, o que faz com que 
seus objetos domésticos sejam inconfundíveis. Cada povo indígena tem 
a sua maneira de se pintar, por isso é complicado definir de forma 
totalmente geral a função da pintura corporal e o tipo de desenhos.
Grafismo dos índios Karajá
Máscaras 
Para os índios, as máscaras têm um 
caráter duplo: ao mesmo tempo em 
que é um artefato produzido por um 
homem comum, são a figura viva do 
ser sobrenatural que representam. 
Elas são feitas com troncos de 
árvores, cabaças e palhas de buriti e 
são usadas geralmente em danças 
cerimoniais, como, por exemplo, na 
dança do Aruanã, entre os Karajá, 
quando representam heróis que 
mantêm a ordem do mundo. (Máscara da dança dos macacos.)
Cerâmica 
Entre as sociedades indígenas brasileiras, a cerâmica é, geralmente, 
confeccionada pelas mulheres. Todas aprendem a fazê-la mas, como em 
qualquer outra atividade, há aquelas com mais habilidade e/ou 
criatividade. Atualmente, algumas já se utilizam de tintas e instrumentos 
industrializados para produzir sua cerâmica. 
Nem todos os povos indígenas produzem cerâmica e alguns, que 
tradicionalmente produziam, deixaram de fazê-lo, após o contato com não 
índios e com o passar do tempo. Entre alguns povos ceramistas, os 
objetos produzidos são simples. Entre outros, são muito elaborados e 
valorizados pelos membros da sociedade. Alguns índios que se destacam 
por sua cerâmica são os: Kadiwéu e Terena, de Mato Grosso do Sul; 
Karajá, de Tocantins; Marubo, Tukano, Maku e Baniwa, do Amazonas e 
outros.
Dança 
Ritual que envolve a arte da pintura e de máscaras. A dança marca 
o ritual e é feita de passos fortes e bem marcados, feita em círculo, 
pois o círculo não tem cima nem baixo, ou seja, todos "são iguais" 
na dança. Cada dança tem um significado e uma intenção, tem 
dança da chuva, dança pra chamar os bons espíritos e levar os 
ruins da aldeia, dança dos macacos, dança de homenagem aos 
seus ancestrais, por exemplo. Essa é uma relação muito importante 
entre o corpo e o espírito. 
Dependendo da tribo, o ritual é feito de forma diferente e a dança 
também muda, por isso é difícil especificar com detalhes cada 
dança. A maioria das danças ainda é feita em volta da fogueira, 
principalmente a que é contra espíritos ruins. A dança também é 
comemorativa, em festas da tribo a comemoração é a dança e 
também é uma diversão para todos os indígenas.
Dança da chuva
Não esqueçam de 
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íNdio brasileiro isabella lannes e milena calixto.
 

A pintura corporal dos índios Kadiwéu e sua função social e cultural

  • 1.
  • 2. Historiadores afirmam que: • Antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. •Só no Brasil, esse número chegava a 5 milhões de nativos, aproximadamente. •Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro.
  • 3. O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos.
  • 4. Pero Vaz de Caminha relata a troca de sinais, presentes e informações. Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas e a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho.
  • 5. Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara (derrubada de mata e queimada para limpar o solo para o plantio).
  • 6.
  • 7. Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.
  • 8. A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprenda. Portanto, a educação indígena é bem prática e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando atinge os 13 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.
  • 9. As Crianças Em geral, a vida das crianças indígenas (curumins) é bem diferente das nossas crianças. Elas vivem muito integradas à natureza, participam das tradições de sua tribo. Aprendem muito observando os mais velhos em suas tarefas diárias. Também se divertem muito. Tomar banho de rio é uma das diversões preferidas. Além disso, brincam de peteca, pião, jogos com sementes, dobraduras, bonecas. Na maioria das aldeias, os pequenos índios também vão à escola.
  • 10. Há momentos de contação de história, em que os mais velhos contam histórias para os curumins, há festas tradicionais em que as crianças participam e aprendem assim mais da própria cultura. As crianças indígena são muito respeitadas, os adultos sabem e acreditam que elas estão sempre aprendendo. Elas convivem com seus animais de estimação: cachorros, macacos, araras, quatis, papagaios.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Os índios vivem principalmente da caça e da pesca. As tribos também plantam o milho, a mandioca e o fumo. Quando a caça faltava e a pesca se tornava insuficiente, os índios mudavam-se para outros lugares. Eram, portanto, nômades. Para a caça os índios usam o arco e a flecha. Pequenas setas são destinadas à caça miúda, como pássaros. Também sabem preparar armadilhas e imitam com perfeição as vozes dos animais, meio com que procuram atraí-los.
  • 14. Para a pesca os índios utilizam pequenas redes chamadas puçás, flechas, anzóis e plantas que atiram ao rio, como o timbó, e que atordoam os peixes, tornando-os presas mais fáceis e não fazem mal ao homem. De alguns grandes animais, como os tubarões e onças, extraem os dentes para fabricar pontas de flechas. Para obter o fogo os índios imprimiam, com a palma das mãos, um movimento de rotação a um pequeno pedaço de pau, cuja ponta se friccionava em outro, até formar uma chama que se comunicava a folhas secas.
  • 15. Os adornos principais dos índios consistem em pintar o corpo com a tinta vermelha de urucum e azul do jenipapo; alguns furam as orelhas e os lábios, onde colocam pedaços de madeira ou botoques, nome que até serviu para denominar uma tribo, a dos botocudos. Também usam colares de contas, de dentes de animais ou de inimigos e enfeitam-se com penas de pássaros.
  • 16. Tacape indígena Suas armas prediletas são o arco e a flecha, de várias dimensões, lanças e o tacape, feito de madeira pesada. Algumas tribos utilizam a zarabatana, tubo ôco por onde disparam, com o sopro, pequenas setas envenenadas. Arco e flecha Zarabatana
  • 17. Dos instrumentos musicais os índios conhecem o tambor, uma espécie de chocalho que é chamada de maracá, e a flauta de osso, denominada membi.
  • 18. Os índios vivem em aldeias e, muitas vezes, são comandados por chefes, que são chamados de cacique ou morubixaba. A transmissão da chefia pode ser hereditária (de pai para filho) ou não. Os caciques devem conduzir a aldeia nas mudanças, na guerra, devem manter as tradições, determinar as atividades diárias e responsabilizar-se pelo contato com outras aldeias ou com os civilizados. Maior influência, porém, tem o pajé, o feiticeiro da tribo. Acreditam que ele possui poderes extraordinários: adivinhar o futuro, curar todas as doenças, transformar-se em qualquer animal e até tornar-se invisível.
  • 19. Alimentação Cada povo indígena tem sua tradição com relação à alimentação. Eles produzem sua própria comida, seja praticando agricultura para subsistência, em algumas tribos até vendem o excedente da sua plantação, seja por caça e pesca. O peixe, a banana, a mandioca e o milho são fontes de alimentação na maioria das tribos indígenas. Há tribos que consomem alimentos industrializados que compram com o dinheiro ganhado através do comércio de produtos típicos confeccionados nas aldeias e vendidos em feiras.
  • 20. Ritos e Mitos No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. O nascimento de uma criança é comemorado, assim como a iniciação na vida adulta, o casamento, a morte. Celebram os antepassados como a festa Quarup dos Xavantes no Xingu, região central do Brasil. Uma boa colheita também é comemorada com festejos. Ritual fúnebre
  • 21. Kuarup (Quarup) – ritual do choro O Kuarup é uma manifestação cultural dos povos indígenas do Alto Xingu e é a maior festa indígena do País. Ele acontece anualmente no Parque do Xingu e é a mais alta homenagem que esses índios prestam aos seus mortos importantes.
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  • 24. Das nações indígenas a mais importante era a dos Tupis que os jesuítas denominavam índios da língua geral pois a língua tupi era falada em toda a costa brasileira. Essa nação compreendia muitas tribos: Maués e Omáguas no Amazonas; Potiguares, no Rio Grande do Norte; Caetes, da Paraíba ao rio São Francisco; Tupinambás e Tupiniquins na Bahia; Tamoios no Rio de Janeiro e, mais para o sul, os Carijós e os Guaranis. No Norte do Brasil vivia a nação dos Nuaruaques. Algumas de suas tribos tinham notável adiantamento, como prova a cerâmica marajoara, vasos de argila feitos com perfeição, encontrados na ilha de Marajó. São Nuaruaques os Manaus e os Aruãs. Os Caribas ou Caraíbas formam outra nação. Algumas de suas tribos eram tão cruéis que do nome cariba se derivou canibal, que é sinônimo de antropófago. Também habitavam as Antilhas e eram hábeis canoeiros.
  • 25. Outra nação era a dos Jês ou Tapuias. Uma de suas tribos mais primitivas e ferozes, a dos Aimorés, vivia no Espírito Santo. Os Aimorés não faziam casas, dormiam no "chão sobre folhas e tinham o hábito de açoitar os filhos com plantas espinhosas para que se acostumassem a andar pelos matos. Ficavam escondidos, aos grupos, à beira dos caminhos para atacar as pessoas que passavam, matá-las e depois devorá-las. Os atuais Xavantes, de Goiás, pertencem ao grupo ou nação dos Jès. Das nações menores há a dos Guaicurus, que eram índios cavaleiros de Mato Grosso. Durante a guerra do Brasil com o Paraguai, esses índios muito ajudaram os brasileiros.
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  • 27. A pintura corporal Pintam o corpo para enfeitá-lo e também para defendê-lo contra o sol, os insetos e os espíritos maus. As cores mais usadas pelos índios para pintar seus corpos são o vermelho muito vivo do urucum que representa a casa do homem, o negro esverdeado que representa a floresta, o azul da tintura do suco do jenipapo e o branco da tabatinga. A escolha dessas cores é importante, porque o gosto pela pintura corporal está associado ao esforço de transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas e intensas.
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  • 29. São os Kadiwéu que apresentam uma pintura corporal mais elaborada. Os primeiros registros dessa pintura datam de 1560, pois ela impressionou fortemente o colonizados e os viajantes europeus. Mais tarde foi analisada também por vários estudiosos, entre os quais Lévi Strauss, antropólogo francês que esteve entre os índios brasileiros em 1935. De acordo com Lévi Strauss, “as pinturas do rosto conferem, de início, ao indivíduo, sua dignidade de ser humano; elas operam a passagem da natureza à cultura, do animal estúpido ao homem civilizado. Em seguida, diferentes quanto ao estilo e à composição segundo as castas, elas exprimem, numa sociedade complexa, a hierarquia dos status. Elas possuem assim uma função sociológica”.
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  • 31. Os desenhos dos Kadiwéu são geométricos, complexos e revelam um equilíbrio e uma beleza que impressionam o observador. Além do corpo, que é o suporte próprio da pintura Kadiwéu, os seus desenhos aparecem também em couros, esteiras e abanos, o que faz com que seus objetos domésticos sejam inconfundíveis. Cada povo indígena tem a sua maneira de se pintar, por isso é complicado definir de forma totalmente geral a função da pintura corporal e o tipo de desenhos.
  • 33. Máscaras Para os índios, as máscaras têm um caráter duplo: ao mesmo tempo em que é um artefato produzido por um homem comum, são a figura viva do ser sobrenatural que representam. Elas são feitas com troncos de árvores, cabaças e palhas de buriti e são usadas geralmente em danças cerimoniais, como, por exemplo, na dança do Aruanã, entre os Karajá, quando representam heróis que mantêm a ordem do mundo. (Máscara da dança dos macacos.)
  • 34. Cerâmica Entre as sociedades indígenas brasileiras, a cerâmica é, geralmente, confeccionada pelas mulheres. Todas aprendem a fazê-la mas, como em qualquer outra atividade, há aquelas com mais habilidade e/ou criatividade. Atualmente, algumas já se utilizam de tintas e instrumentos industrializados para produzir sua cerâmica. Nem todos os povos indígenas produzem cerâmica e alguns, que tradicionalmente produziam, deixaram de fazê-lo, após o contato com não índios e com o passar do tempo. Entre alguns povos ceramistas, os objetos produzidos são simples. Entre outros, são muito elaborados e valorizados pelos membros da sociedade. Alguns índios que se destacam por sua cerâmica são os: Kadiwéu e Terena, de Mato Grosso do Sul; Karajá, de Tocantins; Marubo, Tukano, Maku e Baniwa, do Amazonas e outros.
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  • 36. Dança Ritual que envolve a arte da pintura e de máscaras. A dança marca o ritual e é feita de passos fortes e bem marcados, feita em círculo, pois o círculo não tem cima nem baixo, ou seja, todos "são iguais" na dança. Cada dança tem um significado e uma intenção, tem dança da chuva, dança pra chamar os bons espíritos e levar os ruins da aldeia, dança dos macacos, dança de homenagem aos seus ancestrais, por exemplo. Essa é uma relação muito importante entre o corpo e o espírito. Dependendo da tribo, o ritual é feito de forma diferente e a dança também muda, por isso é difícil especificar com detalhes cada dança. A maioria das danças ainda é feita em volta da fogueira, principalmente a que é contra espíritos ruins. A dança também é comemorativa, em festas da tribo a comemoração é a dança e também é uma diversão para todos os indígenas.
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  • 39. Não esqueçam de visitar o nosso blog: http://artesceco.blogspot.com