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Caso clínico 1
      10/04
      LSM

  Caroline Massai
   Cleiton Terra
  Giovanna Pianca
APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO

IDENTIFICAÇÃO: LMP, 33 anos, branca, auxiliar de
lavanderia, natural e procedente de São Paulo, 1º grau
completo, católica.

QUEIXA E DURAÇÃO: sangramento genital há 1 dia.

HPMA: paciente com ciclos menstruais regulares e
história de atraso menstrual há 4 semanas realizou teste
de gravidez de farmácia que resultou positivo. Apresenta
sangramento genital há um dia em moderada
quantidade. Refere dor em baixo ventre há 3 dias que
melhorava com medicação.
ANTECEDENTES PESSOAIS: nega diabetes, hipertensão, ou doença
de base.

HÁBITOS: tabagista de 1 maço por dia há 10 anos.

ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS: menarca aos 11 anos. Ciclos
regulares (4/28 dias). Fez uso de ACO por 5 anos. Atualmente em uso
de preservativo.

ANTECEDENTES SEXUAIS: 1ª relação aos 14 anos, teve cerca de 6
parceiros.

ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: V G, II P, II A
     1ª - parto vaginal há 13 anos, RN de termo, nativivo, 3.300g.
     2ª - parto vaginal há 10 anos, RN prematuro (7 meses),
     neomorto tardio, 1800g.
     3ª - abortamento espontâneo há 5 anos, aos 5 meses,
     realizou curetagem.
     4ª - abortamento espontâneo há 3 anos, aos 3 meses,
     realizou curetagem.
EXAME FÍSICO:
GERAL: BEG, CHAAAE (corada, hidratada, anictérica,
acianótica, afebril e eupneia), PA= 100x60 mmHg, P= 84 bpm,
FR= 12 rpm.

AC: BRNF sem sopros.      AP: MV+ sem RA.

ABD: flácido, RHA+, dor à palpação em BV, DB negativo.

ESPECULAR: moderada quantidade de sangramento pelo
OEC.

TOQUE: colo posterior, OE pérvio para 1 cm, OI impérvio,
doloroso à mobilização. Útero aumentado 2 vezes. Anexos
não palpáveis.
Sangramento
                           Uterino




            Anormal                     Disfuncional




                                           Causas
 Causas                Causas
                                       exclusivamente
hormonais             orgânicas
                                         hormonais
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
• Gestacionais: aborto espontâneo, doença trofoblástica
  gestacional e gravidez ectópica;
• Alterações hormonais: anovulação, imaturidade
  hipotalâmica, insuficiência lútea e estresse;
• doenças sistêmicas: hipo/hipertireoidismo, insuficiência
  renal, hepatopatias crônicas;
• alterações anatômicas: miomas (leiomioma), pólipos
  endometriais e cervicais e adenomiose;
• Coagulopatias: doença de Von Willebrand, deficiência de
  protrombina, disfunção plaquetária;
• Neoplasias: hiperplasia endometrial, câncer de endométrio e
  colo de útero e tumor ovariano;
• Infecções: cervicites e endometrites;
• Alterações medicamentosas: anticoagulantes,
  anticoncepcionais orais, supirida (neuroléptico);
• Não uterinas: traumas, corpo estranho e DIU.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
  HEMORRAGIAS DA GRAVIDEZ PRECOCE
ABORTO
• Aborto Habitual
• Aborto inevitável/Incompleto
• Aborto Completo
• Aborto retido
• Aborto Infectado

GRAVIDEZ ECTÓPICA:
Sinais/sintomas: Atraso menstrual ; sangramento vaginal; Dor pélvica ou
abdominal de intensidade variável; Presença de massa palpável dolorosa
em região de anexos (trompas e ovários).

DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (DTG)
• Mola hidatiforme (Completa / Parcial)
• Tumores trofoblásticos gestacionais
• (Mola invasiva, coriocarcinoma, tumor do leito placentário)
• Sintomas/sintomas: Sangramento; Volume uterino aumentado;
  Complicações como hiperemese, pré-eclâmpsia e cistos tecaluteínicos.
CAUSAS DE ABORTAMENTO
• Anomalias cromossômicas numéricas ou estruturais;
• Malformações uterinas como útero septado
• Doenças sistêmicas mal controladas como diabetes mellitus,
  hipo ou hipertireoidismo estão associadas à abortos
  espontâneos no início da gestação.
• Infecções
• Estilo de vida (ex: fumar, beber álcool, uso de drogas, má
  nutrição, excesso de cafeína, exposição a substâncias tóxicas
  ou radioactivas)
• Má implantação do óvulo na parede uterina
• Idade da mãe
• Trauma
• Incompatibilidade dos grupos sanguíneos
• Distúrbios emocionais
FATORES DE RISCO PARA ABORTAMENTOS



 •   Idade materna avançada
 •   Diabetes melito não controlada
 •   Doenças tireoidianas não controladas
 •   Obesidade
 •   Tabagismo                   Podem favorecer o abortamento espontâneo,
                                 porém a relação entre abortamento
 •   Etilismo                    espontâneo e essas características ainda não
                                 foi extensamente estudada
 •   Uso moderado de cafeína
 •   Múltiplas curetagens ( pode causar lesões
     uterinas)
EXAMES COMPLEMENTARES


•   Cariótipo
•   FSH/LH/Prolactina
•   Dosagem TSH, T3 e T4
•   Medidas seriadas do hCG
•   Ultrassonografia (anomalias anatômicas,
    massas...)/Doppler
•   Hemograma completo (anemia ou
    trombocitopenia)/Coagulograma
•   Amostragem do endométrio (pólipos, hiperplasia,
    carcinoma do endométrio)
•   Curetagem Fracionada
•   TC e RM apenas indicações específicas (distúrbios
    intra-abdominais ou adenopatias);
TRATAMENTO


• Controle
     Vigilância das perdas sanguíneas
     Eventualmente hemograma
     USG
• Tranquilização da grávida
• Repouso com abstinência sexual
•
TRATAMENTO
ABORTAMENTO COMPLETO
Observação com atenção ao sangramento e/ou à infecção uterina.
Quando persiste o sangramento, ou a mulher deseja
interromper a perda sanguínea, deve ser realizada aspiração manual
intrauterina (AMIU) e, na falta dessa, a curetagem uterina.
Eventualmente metilergobasina (Methergine)

ABORTAMENTO INEVITÁVEL/INCOMPLETO
Gestações com menos de 12 semanas, (pelo tamanho uterino): aspiração
manual intrauterina (AMIU), por ser mais segura e permitir o esvaziamento
mais rápido. Quando não for possível essa técnica: realiza-se a curetagem
uterina.
Em úteros superior a 12 semanas: emprega-se o misoprostol 200mcg de
12/12 hs, via vaginal, em ciclos de 48 horas de tratamento, com três a cinco
dias de intervalo, podendo ser associado à indução com ocitocina.
Após a expulsão faz-se a AMIU ou realiza-se a curetagem uterina. Também é
importante avaliar a perda sanguínea e, se extremamente necessário, far-se-á
transfusão sanguínea e antibioticoterapia.

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Segredo profissional do médico

  • 1. Caso clínico 1 10/04 LSM Caroline Massai Cleiton Terra Giovanna Pianca
  • 2. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO IDENTIFICAÇÃO: LMP, 33 anos, branca, auxiliar de lavanderia, natural e procedente de São Paulo, 1º grau completo, católica. QUEIXA E DURAÇÃO: sangramento genital há 1 dia. HPMA: paciente com ciclos menstruais regulares e história de atraso menstrual há 4 semanas realizou teste de gravidez de farmácia que resultou positivo. Apresenta sangramento genital há um dia em moderada quantidade. Refere dor em baixo ventre há 3 dias que melhorava com medicação.
  • 3. ANTECEDENTES PESSOAIS: nega diabetes, hipertensão, ou doença de base. HÁBITOS: tabagista de 1 maço por dia há 10 anos. ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS: menarca aos 11 anos. Ciclos regulares (4/28 dias). Fez uso de ACO por 5 anos. Atualmente em uso de preservativo. ANTECEDENTES SEXUAIS: 1ª relação aos 14 anos, teve cerca de 6 parceiros. ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: V G, II P, II A 1ª - parto vaginal há 13 anos, RN de termo, nativivo, 3.300g. 2ª - parto vaginal há 10 anos, RN prematuro (7 meses), neomorto tardio, 1800g. 3ª - abortamento espontâneo há 5 anos, aos 5 meses, realizou curetagem. 4ª - abortamento espontâneo há 3 anos, aos 3 meses, realizou curetagem.
  • 4. EXAME FÍSICO: GERAL: BEG, CHAAAE (corada, hidratada, anictérica, acianótica, afebril e eupneia), PA= 100x60 mmHg, P= 84 bpm, FR= 12 rpm. AC: BRNF sem sopros. AP: MV+ sem RA. ABD: flácido, RHA+, dor à palpação em BV, DB negativo. ESPECULAR: moderada quantidade de sangramento pelo OEC. TOQUE: colo posterior, OE pérvio para 1 cm, OI impérvio, doloroso à mobilização. Útero aumentado 2 vezes. Anexos não palpáveis.
  • 5. Sangramento Uterino Anormal Disfuncional Causas Causas Causas exclusivamente hormonais orgânicas hormonais
  • 6. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS • Gestacionais: aborto espontâneo, doença trofoblástica gestacional e gravidez ectópica; • Alterações hormonais: anovulação, imaturidade hipotalâmica, insuficiência lútea e estresse; • doenças sistêmicas: hipo/hipertireoidismo, insuficiência renal, hepatopatias crônicas; • alterações anatômicas: miomas (leiomioma), pólipos endometriais e cervicais e adenomiose; • Coagulopatias: doença de Von Willebrand, deficiência de protrombina, disfunção plaquetária; • Neoplasias: hiperplasia endometrial, câncer de endométrio e colo de útero e tumor ovariano; • Infecções: cervicites e endometrites; • Alterações medicamentosas: anticoagulantes, anticoncepcionais orais, supirida (neuroléptico); • Não uterinas: traumas, corpo estranho e DIU.
  • 7. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL HEMORRAGIAS DA GRAVIDEZ PRECOCE ABORTO • Aborto Habitual • Aborto inevitável/Incompleto • Aborto Completo • Aborto retido • Aborto Infectado GRAVIDEZ ECTÓPICA: Sinais/sintomas: Atraso menstrual ; sangramento vaginal; Dor pélvica ou abdominal de intensidade variável; Presença de massa palpável dolorosa em região de anexos (trompas e ovários). DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (DTG) • Mola hidatiforme (Completa / Parcial) • Tumores trofoblásticos gestacionais • (Mola invasiva, coriocarcinoma, tumor do leito placentário) • Sintomas/sintomas: Sangramento; Volume uterino aumentado; Complicações como hiperemese, pré-eclâmpsia e cistos tecaluteínicos.
  • 8. CAUSAS DE ABORTAMENTO • Anomalias cromossômicas numéricas ou estruturais; • Malformações uterinas como útero septado • Doenças sistêmicas mal controladas como diabetes mellitus, hipo ou hipertireoidismo estão associadas à abortos espontâneos no início da gestação. • Infecções • Estilo de vida (ex: fumar, beber álcool, uso de drogas, má nutrição, excesso de cafeína, exposição a substâncias tóxicas ou radioactivas) • Má implantação do óvulo na parede uterina • Idade da mãe • Trauma • Incompatibilidade dos grupos sanguíneos • Distúrbios emocionais
  • 9. FATORES DE RISCO PARA ABORTAMENTOS • Idade materna avançada • Diabetes melito não controlada • Doenças tireoidianas não controladas • Obesidade • Tabagismo Podem favorecer o abortamento espontâneo, porém a relação entre abortamento • Etilismo espontâneo e essas características ainda não foi extensamente estudada • Uso moderado de cafeína • Múltiplas curetagens ( pode causar lesões uterinas)
  • 10. EXAMES COMPLEMENTARES • Cariótipo • FSH/LH/Prolactina • Dosagem TSH, T3 e T4 • Medidas seriadas do hCG • Ultrassonografia (anomalias anatômicas, massas...)/Doppler • Hemograma completo (anemia ou trombocitopenia)/Coagulograma • Amostragem do endométrio (pólipos, hiperplasia, carcinoma do endométrio) • Curetagem Fracionada • TC e RM apenas indicações específicas (distúrbios intra-abdominais ou adenopatias);
  • 11. TRATAMENTO • Controle Vigilância das perdas sanguíneas Eventualmente hemograma USG • Tranquilização da grávida • Repouso com abstinência sexual •
  • 12. TRATAMENTO ABORTAMENTO COMPLETO Observação com atenção ao sangramento e/ou à infecção uterina. Quando persiste o sangramento, ou a mulher deseja interromper a perda sanguínea, deve ser realizada aspiração manual intrauterina (AMIU) e, na falta dessa, a curetagem uterina. Eventualmente metilergobasina (Methergine) ABORTAMENTO INEVITÁVEL/INCOMPLETO Gestações com menos de 12 semanas, (pelo tamanho uterino): aspiração manual intrauterina (AMIU), por ser mais segura e permitir o esvaziamento mais rápido. Quando não for possível essa técnica: realiza-se a curetagem uterina. Em úteros superior a 12 semanas: emprega-se o misoprostol 200mcg de 12/12 hs, via vaginal, em ciclos de 48 horas de tratamento, com três a cinco dias de intervalo, podendo ser associado à indução com ocitocina. Após a expulsão faz-se a AMIU ou realiza-se a curetagem uterina. Também é importante avaliar a perda sanguínea e, se extremamente necessário, far-se-á transfusão sanguínea e antibioticoterapia.