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© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 1
E a Leitura? Terá um papel a desempenhar na formação de alunos protagonistas? Poderá ser
vista pelo aluno como uma aliada para compreender o mundo à sua volta e como um
conhecimento que estimula o autoconhecimento, o convívio, o interesse, a curiosidade, o
espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas? Nós
apostamos que sim! Desde que os alunos tenham a chance de conhecer e vivenciar uma face
pouco explorada da Leitura, podendo exercitar a escolha de livros e leituras, o controle da
compreensão leitora, a imaginação para engajar-se na leitura, a troca entre pares como forma
de aprendizagem e interação com a leitura, o prazer de ler como fonte de descoberta deles
mesmos e do mundo.
À medida que os estudantes crescem, a escola vai se afastando dos seus interesses e do que eles
gostam de ler. Por se preocupar predominantemente com os aspectos cognitivos da leitura, a
escola tende a deixar de lado aquilo que constitui um leitor interessado, apaixonado, voraz e
autônomo. O que se perde com isso é algo muito importante: a chance de desenvolver o gosto
pela leitura, ou seja, a capacidade de ler por prazer e vontade própria na escola e ao longo da
vida. Formar um leitor protagonista, é o desafio que propomos aos alunos e professores. Para
tanto, você está sendo convidado a trabalhar com leitura de um modo novo: a leitura livre, que
tem como base uma pedagogia especialmente desenvolvida para aproximar os estudantes dos
livros a partir de suas preferências como leitores e dos usos que faz da leitura como cidadão do
século 21. No SuperAção Já, seus alunos serão convidados a pilotar suas leituras, tomando para
si o desafio de torná-la interessante, instigante, útil e prazerosa.
Caro professor,
Bem vindo ao SuperAção Já!, um novo programa educacional do Instituto
Ayrton Senna. Assim como o SuperAção Jovem, que sua escola já conhece
e adota nos anos finais do Ciclo II do EF, esse novo programa está voltado
à formação de alunos protagonistas, nesse caso, nos dois anos iniciais
deste Ciclo.
Então, chegou a vez dos meninos e das meninas de 5ª e 6ª séries (6º e 7º
anos) aprenderem a “pilotar” seu processo de aprendizagem na escola e
ao longo da vida!
Formar seus alunos para serem os protagonistas de sua educação é dar a
eles a oportunidade de serem parte da solução dos problemas que
enfrentam como estudantes, pré-adolescentes e cidadãos.
Para o Instituto Ayrton Senna, essa formação para a vida passa por um
aprendizado fundamental: aprender a ser, convivendo, conhecendo e
fazendo na escola.
Esse novo aluno que se conhece e se transforma enquanto aprende,
convive e produz se revelará na mesma medida em que você, professor,
por sua vez, estiver com ele nessa grande virada e ambos deixarem de se
ver e ser vistos como problemas e passando a agir, juntos, como solução.
Você pediu mais superação, nós aceitamos o pedido, e agora vamos
trabalhar juntos para construir na prática essa nova solução!
Escola de Tempo Integral
Hora da Leitura
SUPERAÇÃO Já!
ETAPA Motivação
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Essa aposta se tornará realidade quando você, professor, investir para valer em seus alunos,
respeitando não apenas o que eles sabem e como aprendem, mas, sobretudo o que eles são,
desenvolvendo um trabalho livre do preconceito de que gostar de ler é algo que se aprende fora
da escola.
Você contará com nosso apoio para experimentar, acertar, errar, insistir, e com nossa admiração
pelo que ensinará aos educadores e educandos de sua escola, nosso Estado e País.
Então, vamos entender melhor os primeiros passos do desenvolvimento desse trabalho?
Boa leitura!
Seu aluno faz parte da solução!
O principal objetivo da Etapa Motivação do SuperAção Já! é mobilizar os estudantes para
participarem da proposta de serem leitores protagonistas, mostrando a eles uma nova visão
sobre si mesmos, sobre suas potencialidades e inaugurar um posicionamento positivo em
relação à leitura. Para isso, os alunos precisam ser convidados a serem protagonistas de sua
educação, agindo como solução diante dos problemas. Então, cada atividade proposta chama os
alunos para abraçarem a educação como uma causa, aprendendo a ver, pensar, sentir, decidir e
agir como solução na escola.
A forma como as crianças e adolescentes se veem está fortemente relacionada à maneira como
são vistos pelos adultos que os cercam, incluindo o professor. Por isso, é muito importante que
você reflita sobre como você vê seu aluno:
SENTIR
Quais são os interesses, as paixões, os sonhos, as alegrias, os medos, as inseguranças e desejos de seus
alunos? Reconhecer quem eles são é um passo importante para aproximá-los de você e da leitura: todos
têm potencial para aprender, especialmente, quando as descobertas começam pelo coração: abra o seu
para aprender com eles!
PENSAR
Seus alunos estão chegando nas primeiras séries do Ciclo II do Ensino Fundamental. A partir de agora, a
escola pede a eles maior autonomia, capacidade de organização e maturidade. São mais professores
com condutas diferentes em sala de aula, várias disciplinas e demandas a serem administradas. Como
prepará-los para uma escola mais exigente e complexa? É fundamental que os alunos encontrem em
você, nos demais professores e na direção da escola os apoios para fazerem essa travessia!
Reflexão 1
VER
Ver seus alunos a partir de seus potenciais, daquilo que são, que sabem, que querem... Todos nascemos
com potencial e são justamente as oportunidades educativas que propiciam o desenvolvimento desse
potencial. Por isso, no SuperAção Já!, você é convidado a assumir um papel para além do ensino: exercite
a sua presença pedagógica, a sua capacidade de enxergar o pré-adolescente que está por trás do aluno.
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Presença Pedagógica e Aprendizagem colaborativa
Aprender a ser, conviver, conhecer e fazer na relação com o professor
A visão que têm sobre o aluno é decisiva para que os professores definam suas práticas de
ensino e o que esperam da aprendizagem, pois revela quem é o estudante que querem formar.
Ver o aluno como parte da solução é o princípio básico para a formação de estudantes
protagonistas.
O primeiro passo para isso é dado pelo professor. É ele que convida o aluno a participar e
colaborar na resolução dos problemas que encontrará ao longo de sua aprendizagem. Para
tanto, o SuperAção Já! oferece ao professor um método bastante simples e eficaz: a Presença
Pedagógica. Por meio dela, o professor fará um exercício constante para estabelecer uma
relação de abertura, troca e compromisso com seus alunos. Como?
Primeiro, aprendendo a conhecer, valorizar e acolher os interesses e os pontos de vista dos
alunos. E, ao mesmo tempo, mostrando a eles – todos, sem exceção – que se interessa
verdadeiramente pela sua aprendizagem, por exemplo, com atitudes como chamá-los pelos
nomes, referir-se a cada um deles com respeito, chamar sua atenção para suas qualidades e
acertos (antes de apontar suas dificuldades), mostrar que se aprende com erros, estimular que
exponham seus pontos de vista, ouvi-los sempre com atenção, confiar na sua capacidade de
aprender, propor a troca com os colegas como aprendizagem, incentivá-los a crescer, a confiar
em suas capacidades, a persistir no enfrentamento dos desafios e a superar seus aparentes
limites. São atitudes que custam pouco esforço e trazem grandes ganhos para o aluno que, nessa
faixa etária (pré-adolescentes), consideram muito da aprovação do professor.
Vale a pena lembrar que a passagem para a 5ª série (6º ano) marca o início da convivência do
aluno com diferentes professores, níveis de exigências distintos, posições variadas quanto à
conduta em sala de aula e à organização do trabalho escolar, diferentes concepções quanto à
relação professor-aluno. Por isso, é especialmente importante que você se dedique a exercer
presença com os alunos, ajudando-os a perceber que você está junto deles não somente para
ensinar a leitura, mas também para ensiná-los como aprender, se relacionar com o outro, se
organizar para o trabalho em sala de aula ou em casa e como conhecerem melhor a si mesmos.
Como você pode perceber a Presença Pedagógica é uma forma de educação para valores com
DECIDIR
Agora é com você, professor. Ver seu aluno como solução, confiar na sua capacidade de aprender,
apoiá-lo para enfrentar as pressões e exigências escolares, e fazer parte da imensa comunidade de
educadores – gestores e professores – de todo o Brasil, que tem no SuperAção Já! um aliado, é a sua
grande decisão.
AGIR
E o que fazer para começar? Convidar seus alunos a serem seus parceiros e interlocutores para
construírem a educação necessária ao século 21, uma educação em que educadores e educandos são
parte da solução!
Reflexão 2
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 4
base no exemplo e na vivência concreta de situações de aprendizagem com o professor. Que
tipo de valores você estará transmitindo a seus alunos ao exercer a presença?
Aprender a ser, conviver, conhecer e fazer na relação com os pares
Além do exercício da presença pedagógica pelo professor, o SuperAção Já! propõe que a
aprendizagem e a criação de um bom clima relacional em sala de aula aconteça por meio de uma
nova forma de gestão da turma de alunos: dividindo-a em duplas, trios, quartetos ou grupos que
atuem como companheiros de trabalho e reunindo a turma em roda para que debatam,
troquem experiências, compartilhem seus processos de trabalho. Assim, as atividades propostas
convidam os pares a somar forças para alcançar seus objetivos, exercitando a capacidade de
aprender uns com os outros e de se responsabilizarem pelo aprendizado, sem deixar ‘ninguém
para trás’. Chamamos essa prática de ensino de Aprendizagem Colaborativa. Este método tem
como princípio a corresponsabilidade entre os alunos envolvidos no processo educativo, de
forma que aprendam juntos, apoiando-se para enfrentar desafios que poderiam ser grandes
demais para resolverem individualmente e conquistando crescente colaboração entre si e
autonomia em relação ao professor.
No entanto, lembre-se que os alunos ainda não sabem trabalhar colaborativamente e com
menor dependência do professor. Nas duplas, nos quartetos e times, é provável que de início, os
alunos aproveitem o trabalho com os colegas para conversas paralelas, fazer bagunça ou, ainda,
que se mostrem dependentes do professor, demandando-o constantemente para explicar a
tarefa, solucionar os conflitos, fazer parte da atividade para eles. Algo parecido pode acontecer
nos momentos em que estão em roda ou quando o professor estimular que participem (façam
perguntas, deem opiniões etc.): muitas conversas paralelas ou todos falarem ao mesmo tempo,
disputando a atenção do professor.
Será preciso ensiná-los gradualmente a praticar essa nova forma de aprender: nas atividades
entre pares, vamos partir de unidades menores, até chegar a grupos maiores que funcionem
como times. Essas duplas, trios e, depois, times, serão desafiados e estimulados pelo professor a
resolver junto os problemas que surgirem nas atividades, sejam eles de compreensão leitora,
aprendizagem, convívio ou organização. O professor apoiará o trabalho conjunto dos alunos,
colaborando com eles, evitando cair nas armadilhas da dependência. Nas atividades de roda, o
professor irá ajudá-los a se organizarem progressivamente. Primeiro, usando mais tempo, de
modo a valorizar todas e cada uma das participações, independentemente se contribuem para o
tema da discussão e, em seguida, dirigindo a discussão: por exemplo, combinando que um
número determinado de alunos tomará a palavra, rodiziando as participações em cada roda, de
modo que possa ajudar cada aluno a ganhar foco e consistência na argumentação.
Seguem algumas dicas para fazer combinados claros com os alunos. Apresente a eles as regras
básicas para que aprendam a trabalhar com os colegas e relembre-os sempre que necessário:
Cada menino ou menina deve
ser responsável pelo seu
aprendizado e, também, pelo
aprendizado do(s)
companheiro(s). Não dá para
deixar ninguém para trás!
Todos devem participar das
atividades, falando seus
pontos de vista, ouvindo o(s)
colega(s) e dando o melhor de
si. Não vale conversar em vez
de fazer a tarefa!
É tarefa da dupla, do quarteto
ou time pensar para resolver
por si mesmos os problemas
que forem propostos ou que
surgirem. O professor pode e
deve ser chamado a colaborar
quando surgirem desafios,
mas não pode resolvê-los
pelos alunos.
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 5
Para o professor, a gestão da sala de aula por meio de rodas, duplas, quartetos ou times (ao invés
de trabalhar com cada aluno individualmente da turma) também é um aprendizado necessário.
Uma dica importante para que você pratique efetivamente esse novo método de gestão da sala de
aula é não confundir – nem deixar que seus alunos confundam – com o trabalho entre pares
convencional. Vejam quais são as principais diferenças:
Os problemas de convívio,
disciplina, colaboração e
organização também fazem
parte da tarefa da dupla, trio
ou time. Os alunos precisam
descobrir quais são os
problemas e pensar uma
solução para eles antes de
pedir ajuda ao professor.
A tarefa de todos e de cada
um é pensar sobre a atividade
proposta pelo professor,
procurando a solução sem se
deixar vencer pelos
obstáculos, e aprendendo com
os erros e acertos. Esse
esforço é mais importante do
que acertar as respostas.
Nas rodas de debate, todo
mundo vai ter vez e voz para
falar! E cada um vai aprender
dar vez e voz para o colega.
Todos vão se ouvir e aprender
a argumentar!
DE:
Trabalho entre pares convencional
Cada aluno preocupa-se consigo mesmo.
Um aluno costuma fazer a tarefa pelo
outro ou para os demais.
As questões relacionais e produtivas não
são trabalhadas pelos alunos.
Tenta-se chegar ao resultado de
aprendizagem independentemente do
clima de interação entre os
componentes.
Há somente a avaliação global da dupla,
do quarteto ou grupo. Mesmo que não
participe, o aluno pode ser bem
avaliado.
O professor não se envolve com o
trabalho dos alunos ou estabelece uma
relação de dependência, dando
respostas prontas ou resolvendo os
problemas por eles.
As competências relacionais – liderança,
comunicação, confiança, colaboração – são
alvo do trabalho da dupla, quarteto ou time.
PARA:
Trabalho de aprendizagem colaborativa
Cada aluno se preocupa com o próprio
rendimento, com o do colega e com o do time.
A responsabilidade por organizar o trabalho é
compartilhada por todos e, todos os
estudantes têm que cumprir a tarefa.
O resultado de aprendizagem é conquistado
contando com a interação positiva entre os
membros do time.
Cada estudante é avaliado pelo próprio
rendimento e pelo progresso dos demais. A
partir dessa avaliação, a dupla, o quarteto ou
time deve ser estimulado a ajudar e encorajar
aqueles que precisam.
O professor acompanha o trabalho dos alunos,
circulando pelas duplas, quartetos ou times,
orientando-os quando se desviarem da tarefa,
estimulando que persistam na busca de
solução e provocando-os a pensarem soluções
antes de ouvirem sua opinião.
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Competências e Habilidades
O SuperAção Já! propõe uma visão de educação em que o aluno está no centro dos processos
educativos, que têm como objetivo a transformação do seu potencial em competências não
apenas cognitivas, mas também pessoais, relacionais e produtivas1
. Essas competências se
referem a quatro dimensões básicas para o desenvolvimento humano: aprender a ser, conviver,
conhecer e fazer. É, então, uma visão de educação que propõe ampliar a formação oferecida
pela escola para além da aprendizagem cognitiva e do domínio intelectual, incluindo o
desenvolvimento de habilidades de convívio, pensamento e produção que são fundamentais
para que os estudantes aprendam a fazer escolhas e a resolver problemas na escola e na vida.
Essas habilidades são o que a literatura atual costuma chamar de “não cognitivas” e a grande
vantagem de trabalhá-las na escola é que são consideradas decisivas em dois aspectos: para
favorecer que a tão desejada aprendizagem cognitiva aconteça e para preparar as crianças,
adolescentes e jovens para a vida. Neste Roteiro, escolhemos trabalhar algumas dessas
habilidades, de modo que professores e alunos enfrentem, juntos, alguns dos desafios da
educação para o século 21. São elas:
Detalhamos, abaixo, cada habilidade.
Autoconfiança
A capacidade de confiar em si mesmo e sentir-se capaz de aprender é algo que depende do
autoconhecimento do aluno, isto é, do quanto conhece, valoriza e usa seus pontos fortes e suas
fragilidades nas situações de aprendizagem. O espelhamento do professor e dos colegas sobre
essas forças e fragilidades é o principal caminho para que o aluno ganhe consciência e confiança
em si mesmo.
As principais dicas para ajudar os alunos desenvolverem a autoconfiança são: (1) antes das
atividades ou desafios propostos, demonstre a eles que você confia na sua capacidade de
1 ANDRÉ, Simone. COSTA. Antônio Carlos Gomes da. Educação para o desenvolvimento humano. São Paulo:
Saraiva/Instituto Ayrton Senna, 2004. Uma das bases fundamentais dessa concepção são as quatro
aprendizagens indicadas no Relatório Jaques Delors: aprender a ser, conviver, conhecer e fazer. Todos os
programas educacionais do Instituto Ayrton Senna têm como princípio as formulações propostas no Relatório
Delors (UNESCO) e no Paradigma do Desenvolvimento Humano (PNUD). São programas desenvolvidos,
aplicados e aprimorados em diferentes contextos educacionais e, como resultado dessa contribuição, o
Instituto Ayrton Senna possui a Cátedra UNESCO em Educação e Desenvolvimento Humano.
Reflexão 3
FORMAÇÃO PARA
Autonomia (Habilidades
para fazer escolhas)
Colaboração
(Habilidades de convívio)
Gestão (Habilidades de
gestão)
Leitura
(Habilidades de
pensamento)
HABILIDADE
Autoconfiança: favorece a autonomia dos
estudantes.
Colaboração e Comunicação: favorece a
colaboração entre os estudantes e com o
professor.
Autogestão: favorece a administração do
tempo e das tarefas escolares.
Leitura: favorece a capacidade de ler por prazer
e o uso de estratégias de leitura na escola e na
vida.
Aprender a SER
(Competências pessoais)
Aprender a CONVIVER
(Competências relacionais)
Aprender a FAZER
(Competências produtivas)
Aprender a CONHECER
(Competências cognitivas)
DIMENSÃO
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descobrir o prazer de ler e aprender estratégias para ler melhor; (2) durante as atividades ou
desafios, estimule que os alunos persistam na leitura e na busca de suas preferências como
leitores, valorize suas atitudes positivas, mostre quais são as forças que estão usando e peça que
se apóiem primeiro nessas forças e não nas fraquezas; (3) depois, avalie com eles quais forças
usaram (o que já sabiam, o que descobriram, como chegaram lá, como os erros os ajudaram a
aprender, o que cada um fez de especial, como foram vistos pelos colegas etc.), elogie-os e só
trabalhe as dificuldades depois de assegurar-se de que estão confiantes para enfrentá-las.
Os valores do professor influenciam fortemente a autoconfiança do aluno. Se você for um
professor exigente, cuide para que suas expectativas e seu perfeccionismo não pareçam pressão
ou perseguição. Altas expectativas são fundamentais para elevar o nível de aprendizado dos
alunos, mas precisam ser combinadas com acolhimento e adaptadas ao rendimento de cada um.
Por outro lado, se você for um professor mais flexível, cuide para que suas expectativas não
pareçam baixas, subestimando ou infantilizando seus alunos. Ser adaptável é importante para
que seus alunos se sintam respeitados, mas não pode ser confundido com descompromisso com
a aprendizagem deles.
Após realizar cada atividade deste Roteiro, observe se seus alunos estão se apoiando em suas
forças para se relacionarem consigo mesmos, com você, os colegas e a leitura. Use as perguntas
abaixo como indicadores para sua avaliação:
Colaboração
A principal condição para que os alunos interajam entre si, buscando colaborar uns com os
outros é o reconhecimento do outro, como um igual, que possui os mesmos direitos e deveres, e
como um diferente, que é fonte de crescimento e aprendizagem. Esse reconhecimento do outro
é a base que permite a troca e a interação, a soma das intenções do outro às próprias intenções,
para que se tornem ações e objetivos comuns.
A regra de ouro que permite que a relação entre pares se torne colaborativa é aprender a se
colocar no lugar do outro. Ao se colocar no lugar do outro, é possível compreendê-lo a partir de
dentro, ou seja, a partir do seu próprio ponto de vista, do seu próprio interesse. A colaboração
deve ser exercitada nos momentos de troca, de fazer juntos e de diálogo ou debate entre os
alunos. Em especial nesses momentos em que falam e se ouvem, é importante convidar a todos
para aprender a respeitar as ideias alheias, compreendê-las antes de discuti-las e discuti-las
antes de criticá-las.
Assim, como as demais aprendizagens (em especial, as não-cognitivas), a capacidade de se
colocar no lugar do outro e de colaborar com ele é fortemente influenciada pelos valores
transmitidos pelo professor. O professor que valoriza a criação, na sala de aula, de um clima de
aprendizagem baseado na confiança, em que ele e os alunos resolvam os conflitos pelo diálogo,
1. A autoconfiança dos alunos será estimulada pouco a pouco ao longo do ano, por isso não
é esperado que a maioria deles tenha se mostrado autoconfiantes ao final da Etapa
Motivação. No entanto, é importante que ao final desta etapa todos tenham conhecido e
exercitado algumas de suas forças.
2. Seus alunos conseguiram se expor diante do professor e dos colegas?
3. Eles se sentiram valorizados quando conseguiam realizar as atividades e confiantes para
tentar novamente quando se deparavam com obstáculos?
4. Quantos demonstraram efetivamente confiança em si mesmos nas atividades de leitura?
5. Alunos mais tímidos se mostraram mais soltos nas atividades propostas?
6. Uma última dica: alunos que não são considerados bons em leitura conseguiram algum
sucesso nas atividades?
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 8
onde ouvir uns aos outros é tão importante quanto falar e, considera esses fatores na avaliação
cotidiana que faz dos alunos, está oferecendo aos estudantes grandes oportunidades para
aprenderem a conviver.
Ao longo deste Roteiro observe se seus alunos estão usando a força do diálogo e da troca para
se relacionarem com você, os colegas e a leitura:
Comunicação
Uma condição fundamental para que a colaboração entre as pessoas seja a base de um convívio
verdadeiramente humano é a capacidade de comunicar-se, fazendo-se compreender e sendo
compreendido pelo outro. Saber falar e saber ouvir são importantes habilidades para gerar
entendimento, mediar conflitos pelo diálogo, negociar interesses, concordar e discordar, traduzir
intenções, pensamentos e emoções, comprometer-se por meio de palavras e gestos etc.
Colaboração e Comunicação são, ainda, ferramentas chave para superar a ausência de um
repertório comum entre adultos e os mais jovens, que tem feito das famílias e escolas palcos de
conflito entre gerações ou, tanto pior, de uma distância intransponível entre elas. É preciso que se
abra espaço para um novo diálogo entre estudantes e adultos, um diálogo que tenha como ponto
de partida o que são, o que têm, o que sabem, aquilo de que são capazes e, principalmente, o que
podem trazer de contribuição para a escola e a sociedade se tiverem uma chance verdadeira de
participar solidária e criativamente na construção do bem comum.
Este Roteiro traz atividades especialmente voltadas a esse propósito. Então, empenhe-se para
cuidar da sua comunicação com os alunos e estimulá-los a usarem o diálogo e a argumentação para
fazerem-se e serem compreendidos pelos colegas.
Ao longo deste Roteiro observe se seus alunos estão conseguindo se comunicar com clareza,
argumentação e cuidado com o outro:
1. A capacidade de colaboração será desenvolvida ao longo do ano, por isso, não é
esperado que a maioria deles tenha aprendido a se colaborar ao final da Etapa
Motivação. No entanto, é importante que ao final desta etapa todos tenham tido a
oportunidade de trocar experiências, de modo a vivenciar as situações colocando-se no
lugar do outro.
2. Seus alunos conseguiram contribuir nas situações de trabalho em dupla, quarteto ou nas
rodas de debate, falando e ouvindo uns aos outros?
3. Eles se fortaleceram mutuamente nas atividades, colaborando uns com os outros, em
especial, quando um deles se mostrava com mais dificuldades?
4. Quantos demonstraram, efetivamente, esforço em respeitar as diferenças e aprender
com elas?
5. Alunos mais individualistas aceitaram trabalhar com os colegas nas atividades propostas?
6. Uma última dica: alunos que são considerados problemáticos no convívio conseguiram se
adaptar às atividades colaborativas?
1. A capacidade de se comunicar será desenvolvida progressivamente ao longo do ano. Por
isso, não é esperado que a maioria dos alunos termine a Etapa Motivação sabendo se
comunicar (falar e ouvir). No entanto, ao final desta etapa, é importante que a maioria
dos alunos tenha exercitado em uma ou mais situações expor seus pontos de vista e
ouvir os colegas.
2. Alunos mais calados começaram a expressar seus pontos de vista e interesses? Os mais
falantes conseguiram dar chance aos colegas de serem ouvidos com atenção e interesse?
>>> Continua...
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Autogestão (Organização para os estudos)
A capacidade de se organizar para os estudos é uma das habilidades mais requeridas nessa nova
etapa de escolarização dos alunos. Eles precisarão aprender a administrar o tempo, as tarefas, as
prioridades, os estudos, as provas, os estilos de cada professor, os “comos” e “porquês” de cada
disciplina... No entanto, todas essas novidades surgem na vida escolar dos estudantes sem que
eles tenham sido preparados para enfrentá-las. Para que eles tomem para si a responsabilidade
sobre essas novas tarefas (ao invés de optar pelas estratégias de sobrevivência mais comuns, tais
como: deixar tudo para última hora, trabalhar sem material, depender dos colegas e do
professor para saber o que precisa ser feito etc.), é preciso ajudá-los a desenvolver a habilidade
de autogestão. Este Roteiro traz uma atividade especialmente voltada a esse propósito. Então,
empenhe-se em motivá-los e orientá-los o melhor que puder para que façam essa atividade e
aproveitem as dicas que ela traz para começarem a se aprimorar.
Ao longo deste Roteiro observe se seus alunos estão conseguindo se organizar melhor para
estudar e aprender:
Leitura (Gosto e Compreensão)
Estudantes que gostam de ler são melhores leitores? As avaliações indicam que sim. Os
estudantes que se envolvem com a leitura por prazer e usam estratégias de leitura são leitores
mais capazes de aprender. Por isso, no SuperAção vamos incentivar os alunos a lerem mais,
inspirá-los a ler por prazer e ensinar estratégias para melhorar a compreensão leitora. Desse
modo, vamos mobilizar e desenvolver duas capacidades, simultaneamente: ler por gosto e ler
com compreensão.
Para estimular o gosto pela leitura, vamos estimular que os alunos descubram suas preferências
de leitura, aprendam a fazer a escolha de livros de modo consciente, tenham hábitos
diversificados de leitura (jornais, revistas, textos escolares, e-mails, pesquisa por informações,
bate-papo on line etc.), troquem experiências leitoras e colaborarem com os colegas, contagiem
e sejam contagiados com o prazer de ler. Para associar a leitura a estratégias de controle de
compreensão, os estudantes serão estimulados a iniciar a leitura buscando descobrir o que
precisam compreender e, ao longo da leitura, verificar se: compreendem o que leem, procurar
1. A autogestão dos alunos será desenvolvida pouco a pouco ao longo do ano, por isso não
é esperado que a maioria deles tenha se mostrado capaz de administrar o tempo e as
tarefas ao final da Etapa Motivação. No entanto, é importante que ao final desta etapa
você tenha proporcionado a oportunidade de todos eles conhecerem e exercitarem a
organização para os estudos.
2. Alunos mais desorganizados melhoraram no cuidado com os materiais, as tarefas, os
horários, as anotações no caderno?
3. Durante as atividades, eles se mostraram capazes de compreender e seguir as
orientações, de se organizar para as tarefas demandas ou precisaram do apoio dos
colegas e do professor?
3. Nas atividades de debate ou nas duplas e quartetos, os estudantes usaram o diálogo
para resolver conflitos e a argumentação para expor suas formas de pensar?
4. Quantos demonstraram efetivamente a capacidade de falar ou de ouvir?
5. Uma última dica: alunos que são considerados pouco interessados ou bagunceiros
conseguiram participar e se expor cooperativamente nas atividades?
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saber quais palavras, frases, parágrafos não entenderam corretamente, identificar as principais
ideias presentes no texto e buscar ajuda para os pontos que não compreenderam.
Nessa primeira etapa, você apresentará aos estudantes o convite para se relacionarem com a
leitura de um jeito novo, oferecendo um forte motivo para aprenderem a gostar de ler. Além
disso, começará a construir uma relação de maior abertura, troca e compromisso com os
estudantes.
Após realizar cada atividade deste Roteiro, observe se os alunos estão se engajando mais
ativamente na descoberta de suas preferências de leitura e no uso de estratégias de
compreensão:
O plano de curso para que você, professor, pratique esses métodos com seus jovens alunos será
composto pelas etapas do Protagonismo Juvenil, que serão distribuídas ao longo do ano, da
seguinte forma:
O Plano de Curso para 2012
SuperaçãoDeterminaçãoMotivação Dedicação
Etapas
Outubro/ NovembroJulho/Agosto
Setembro
Março/Abril Maio/Junho
Quando
Roteiro da etapa
Superação
(5ª série/6º ano)
Roteiro da etapa
Determinação/Perfeição
(5ª série/6º ano)
Roteiro da etapa
Motivação
(5ª série/6º ano)
Roteiro da etapa
Dedicação
(5ª série/6º ano)
Roteiros
Despertar o interesse dos jovens para o mundo da leitura, por meio do trabalho
colaborativo em duplas e em quartetos: Para tanto, a oportunidade de escolha dos
livros pelos próprios estudantes é fundamental. Além disso, trabalharemos com
algumas estratégias de compreensão leitora, tais como: formular e validar
hipóteses.
Objetivo
1. O gosto por ler e o uso de estratégias de compreensão serão desenvolvidos ou
aprimorados progressivamente ao longo do ano. Ao final desta etapa, é importante que
a maioria dos alunos tenha: trabalhado de forma colaborativa para se apropriar do
espaço da sala de leitura, escolhidos seus livros e compartilhado leituras, identificado
alguns vilões que os atrapalham para ler e praticado estratégias de controle da
compreensão leitora.
2. Seus alunos participaram das atividades de leitura exercitando alguma estratégia de
compreensão?
3. Eles ficaram felizes, animados ou ao menos curiosos com a proposta de trabalhar em
duplas, colaborar com os colegas e exercitar a leitura livre?
4. Quando confrontados com dificuldades de leitura durante as atividades, os alunos
apresentaram soluções e enfrentaram os obstáculos que surgiram?
5. Quantos trabalharam efetivamente nas atividades de leitura livre?
6. Uma última dica: Alunos que não costumam se interessar nas aulas regulares de leitura
se destacaram de algum modo durante as oficinas?
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A Etapa Motivação é composta por sete atividades. Confira como estão organizadas:
Bom trabalho!
E não se esqueça: Seus alunos são a solução!
Equipe do Programa SuperAção Já! - Instituto Ayrton Senna
Atividade Descrição da Atividade CH prevista P.
Carrossel Musical!
Apresentar a proposta de trabalho na oficina e mobilizar a turma para
ser protagonista na leitura. A estratégia para tal é uma dinâmica de
integração.
2 h/aula 12
Detetives literários!
Reunidos em duplas, seus alunos atuarão como detetives para descobrir
os segredos da sala de leitura e fazer a primeira escolha de livros!
2 h/aula 17
Leitura para que te
quero!
Cada dupla será convidada a ler os livros escolhidos! A atividade
propõe um momento para a troca de experiências leitoras, estimulando
a expressão oral.
2 h/aula 20
Vamos nos organizar?
Reunidos em quartetos, os alunos descobrirão uma estratégia para
auxiliar a autogestão nas tarefas escolares.
3 h/aula 24
Tem avaliação na
área!
Promover um espaço de autoavaliação da turma e troca de experiências
das conquistas e desafios da etapa!
1 h/aula 28
Hora do Desafio:
Um Apólogo
Estimular, de maneira lúdica a capacidade de compreensão leitora,
utlizando estratégias para decifrar um conto de Machado de Assis.
2 h/aula 30
Fui à Feira
Um divertido jogo para trabalhar aspectos da comunicação (oralidade)
dos alunos!
2 h/aula 22
Conheça este Roteiro
Expediente:
Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna – Presidente Simone André – Coordenadora da Área de Educação Complementar
Equipe Superação Jovem – São Paulo: Helton Lima e Silvia Mattiazzo –Gerentes de Programas Daniela Capelletti– Assistente de Programas
Elaboração de materiais didáticos: Cynthia Sanches e Simone André
Consultora em Leitura: Roselene dos Anjos
Coordenação de Agentes Técnicos: Renata Monaco Maria Regina dos Santos
Agentes Técnicos: Cléa Ferreira Juliana Sales Helena Faro Lisandra Saltini Rosimeire Moreira Silvia Lima
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 12
1. Reúna os estudantes em uma grande roda todos sentados. Dê as boas vindas e, caso
não conheça a turma, faça sua apresentação e peça que se apresentem, dizendo seus
nomes. Explique que a oficina de Hora da Leitura trabalhará com uma nova proposta,
AAttiivviiddaaddee11
CCaarrrroosseell MMuussiiccaall!!
Objetivo da atividade: Promover a integração da turma e mobilizar os alunos
para o trabalho com o SuperAção Já! na oficina de Hora da Leitura.
Materiais necessários: Aparelho de som e música escolhida por você.
Principais habilidades trabalhadas: Colaboração e Comunicação.
Planejando a execução da atividade:
⋅ Leia todo o passo a passo da atividade buscando compreender a intencionalidade
pedagógica da primeira atividade do SuperAção Já!. Por meio de uma dinâmica de
integração, seus alunos se conhecerão melhor e se sentirão à vontade para trabalhar
juntos em suas aulas. Mesmo que você já conheça sua turma, essa dinâmica é
importante para proporcionar uma nova forma de apresentação de todos a partir de
seus interesses e gostos, iniciando os trabalhos do ano com muita motivação! Essa
atividade deve ocupar 1 aula.
⋅ Você pode fazer essa atividade na sala de aula ou em outro espaço da escola, contanto
que seja possível realizar a movimentação que a dinâmica exige.
⋅ A preparação de um bom ambiente na sala de aula é um aspecto importante para que
a aprendizagem ocorra. Portanto, utilize o quadro como apoio para sua comunicação
(escreva uma frase de boas-vindas, registre os principais pontos de discussão da aula e
as conclusões dos debates); torne as paredes da sala janelas para o conhecimento
(utilize-as para expor os resultados finais das atividades, por exemplo); prepare o
material necessário com antecedência; organize as carteiras, evitando assim, perder o
tempo hábil da oficina.
⋅ Observe que a atividade se inicia em roda, com todos os alunos reunidos em plenária,
de modo que possam se ver e serem vistos. Para isso, é interessante que você
organize o espaço da sala de aula com as carteiras em roda antes da chegada dos
alunos. Caso isso não seja possível, peça a ajuda da turma nessa tarefa. A organização
dos alunos em roda proposta em muitas atividades, é uma estratégia pedagógica
simples que, se utilizada com intencionalidade, possui um alto valor relacional (já que
favorece a integração, a comunicação, o saber ouvir e falar). A roda também será
utilizada ao longo das atividades com propósitos cognitivos. Os estudantes serão
estimulados a compartilhar na roda como fizeram determinada atividade, aprendendo
gradualmente a verbalizar seus pontos de vista, fazendo-se compreender pelos colegas
e ouvindo-os com atenção, atuando como modelo e inspiração para seus colegas. No
SuperAção Já! a roda é um momento para dar aos alunos a oportunidade de
expressarem-se e, assim também, ensinar seus colegas.
⋅ A atitude cotidiana do professor também é responsável pela instauração de um bom
clima de aprendizagem, portanto, exercite sua presença pedagógica, olhando com
cuidado para cada aluno, chamando-o pelo nome, tendo sempre um elogio a fazer a
cada um, explicitando que deseja ouvi-los, escutando a todos com atenção e interesse,
sinalizando àqueles que não estão participando que deseja conhecer suas opiniões,
driblando os velhos vícios que fazem com que o professor veja seus alunos como
problemas e como responsáveis por não saberem conviver, participar e aprender. Para
saber mais sobre o que é presença pedagógica, leia a Reflexão 2 (página 3).
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 13
chamada SuperAção Já!, uma parceria da escola com o Instituto Ayrton Senna, onde
eles terão a oportunidade de se tornar leitores antenados, escolhendo o que querem
ler e descobrindo com prazer o mundo da leitura. Provoque-os dizendo que eles
descobrirão aos poucos que nessa oficina vão aprender a gostar de ler como
protagonistas e não mais como simples alunos.
2. Peça aos alunos que tentem descobrir por que essa proposta está sendo chamada de
SuperAção Já!. Ouça-os com atenção e valide todas as hipóteses imaginadas pelos
estudantes (todas as opiniões têm valor, ainda que surjam falas somente para ‘marcar
a presença’ de determinado aluno). Esclareça que, a escola já trabalhava com o
Programa SuperAção Jovem, voltado a estudantes protagonistas nas 7ª e 8ª séries (8º e
9º anos) e, atendendo a inúmeros pedidos dos alunos mais novos, a escola solicitou
que o Instituto Ayrton Senna desenvolvesse uma nova proposta para as turmas das 5ª
e 6ª séries (6º e 7º anos). Desse pedido, surgiu o SuperAção Já!, que é composto por
quatro etapas que serão desenvolvidas durante o ano. Diga que a primeira etapa se
chama “Motivação” e que vocês a estão iniciando hoje!
3. A seguir, peça que afastem as cadeiras e fiquem em pé, formando uma roda. Explique
que essa primeira atividade da etapa Motivação tem como objetivo que todos se
conheçam melhor e, para isso, vão vivenciar uma dinâmica.
4. Peça, em seguida, que alguns participantes formem um novo círculo dentro do círculo
já formado. O número de participantes deve ser o mesmo nos dois círculos.
5. Coloque uma música alegre e oriente os estudantes para que ambos os círculos se
movimentem no ritmo da música: o círculo de fora no sentido horário e o de dentro no
sentido anti-horário.
⋅ Seus alunos das 5ª e 6ª séries (6º e 7º anos) trabalharão com a proposta do
SuperAção Já! na oficina de Hora da Leitura e, também, na oficina de
Experiências Matemáticas. Vale a pena esclarecê-los de que ambas as oficinas
desenvolverão neles atitudes e habilidades de protagonistas, tanto em relação à leitura
quanto em relação à matemática.
O SuperAção Já! na escola.
⋅ O objetivo geral do trabalho com leitura no SuperAção Já! é proporcionar aos
estudantes a oportunidade de: aprender a gostar de ler, escolhendo livremente o que
querem ler; descobrindo seus gostos literários; compartilhando experiências de
leitura com seus colegas e praticando estratégias que auxiliam na compreensão
daquilo que leem.
⋅ Ser um leitor protagonista é, então, conquistar o controle de sua próprias experiências
leitoras, a começar pelas escolhas dos livros. Ao longo do ano, seus alunos descubrirão
os gêneros que mais gostam e colocarão a leitura em lugar de destaque suas rotinas.
⋅ Além dessas conquistas pessoais em relação à leitura, o leitor protagonista também
exerce enorme influência na vida de outros leitores: seja colaborando durante
atividades práticas de leitura, seja contagiando os colegas com o prazer de ler.
O que é o “leitor protagonista”?
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6. Diga que, quando a música for interrompida, todos devem parar de rodar, procurando
arrumar-se frente a frente, formando uma dupla. Faça alguns treinos com eles, até que
consigam sempre parar e formar novas duplas. Oriente que a dinâmica se seguirá
dessa forma, ou seja, sempre que a música parar, eles formam duplas diferentes.
7. Os pares devem dizer o próprio nome um ao outro e responder, ambos, a uma
pergunta feita por você para que se conheçam um pouco mais. Seguem algumas
sugestões de perguntas:
Qual é a sua melhor qualidade?
Qual é a qualidade que os outros mais admiram em você?
Qual é o seu maior sonho?
Qual e a sua maior força?
O que você mais gosta na escola?
Qual aula você mais gosta?
Qual livro você mais gostou de ler?
O que você gosta de ler fora da escola?
8. Após o término da dinâmica, peça para que se sentem formando novamente uma roda
de conversa. Peça que alguns alunos façam comentários sobre o que acharam da
vivência e dos colegas, contando o que descobriram sobre si mesmos e sobre os outros
colegas da turma.
9. Para dar continuidade, faça um breve debate para ouvir quais são as expectativas da
turma com relação à oficina e ao aprendizado da leitura para o ano. Pergunte,
também, quais foram as últimas leituras que fizeram e há quanto tempo. As respostas
de seus alunos indicarão se a leitura foi ou não uma das atividades que fizeram durante
as férias (ou seja, se eles cultivam o hábito de ler por prazer e vontade própria).
⋅ No momento de roda de conversa, procure conhecer melhor cada aluno: saber do que
gostam ou não gostam na escola, se gostam de ler na escola e fora dela, como se
divertem, se têm uma ‘turma’ de amigos na escola ou fora da escola, o que fazem
juntos, se já se conheciam... Instigue a curiosidade dos alunos, contando que no
SuperAção Já! eles também terão uma turma!
⋅ Esta conversa proporcionará a você o reconhecimento dos conhecimentos prévios de
seus alunos sobre suas motivações em relação à escola e à leitura.
Conheça seus alunos.
⋅ Todas as vezes que a música parar, as duplas formadas deverão trocar suas respostas,
ou seja, falarão ao mesmo tempo. Assim, ficará difícil você ouvir o que estão dizendo.
Então, escolha a cada rodada (depois que todos já tiverem respondido a pergunta da
vez), duas duplas para dizer em voz alta quais foram as suas respostas.
⋅ Para criar ritmo e tornar a dinâmica mais ágil, procure ouvir diferentes duplas a cada
rodada. Por isso, fique de olho naqueles que ainda não falaram e dê voz a eles. Esse
pequeno detalhe revela sua valorização dos alunos e estimulará a participação de todos.
A condução e mediação do professor durante a dinâmica é fundamental!
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10. Explique que, durante o ano, quem já gosta de ler vai passar a gostar ainda mais e,
quem não tem o hábito de ler, vai se apaixonar pelo mundo da leitura! Conte para eles,
rapidamente, a sua história com os livros: Como você se apaixonou pela leitura? Por
que decidiu se tornar professora de leitura?
11. A seguir, esclareça que o trabalho será realizado sempre em roda OU em duplas OU em
quartetos. Nas situações de prática de leitura, haverá momentos de leitura individual e
outros de leitura compartilhada. Por isso, reforce com eles a importância de respeitar
algumas regras (escreva-as no quadro ou leve um cartaz).
Atenção: Caso seus alunos já tenham tido a primeira oficina do SuperAção Já! com o
professor de Experiências Matemáticas, eles já devem conhecer essas regras. No entanto,
é bom reforçá-las e mostrar que vocês estão trabalhando conjuntamente!
12. Faça desse momento de apresentação das regras de trabalho, um debate, perguntando
o que pensam delas e se já praticam determinadas regras. Combine, também, que
quando estiverem trabalhando, seja em roda ou em grupos, é importante que
levantem a mão quando queiram falar. Essa regra simples ajudará a turma a se
organizar para ouvir e falar e o clima na sala de aula ficará muito mais agradável!
⋅ Quando você conta para seus alunos a sua história, imediatamente abre-se espaço na
sala para um vínculo mais afetivo entre professor e estudantes. Conte quais foram suas
dificuldades, como fez para superá-las, o valor da leitura em sua vida etc.
⋅ Conte que a aventura de vocês com a leitura está começando e que todos têm
capacidade para se superar na leitura!
A sua história de leitor.
RODA:
Falar suas opiniões.
Ouvir as opiniões dos colegas.
Colaborar com o professor para que a roda funcione e todos tenham vez e voz.
DUPLAS ou QUARTETOS:
Não querer fazer tudo sozinho!
Não deixar o trabalho todo para o colega!
Prestar atenção para não se distrair e ficar conversando em vez de trabalhar!
Ajudar o colega quando ele estiver com dificuldades para fazer algo!
Deixar o colega ajudar quando você estiver com dificuldades para fazer algo!
Pedir ajuda ao professor quando estiver com alguma dificuldade que não conseguirem
resolver sozinhos... mas só depois de tentarem resolver por si mesmos!
Unir forças e ter dedicação para fazer tudo bem feito!
Não ter medo de trabalhar junto com quem não conhece bem!
⋅ Uma importante premissa do SuperAção é que a aprendizagem se faz quando o aluno
participa da aula, quando faz perguntas, expõe o que pensa e sente, como aprende e
>>> Continua...
Os estudantes e a palavra.
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13. Finalize a aula dizendo que no próximo encontro, vocês farão uma atividade em que
todos serão detetives na sala de leitura!
raciocina. Ao longo da trajetória escolar, os estudantes tendem a sofrer uma espécie
de “emudecimento” gradual. São várias as razões que levam à isso, como a falta de
espaços de escuta e de fala qualificados na sala de aula, timidez, medo em se expor
etc. No que diz respeito ao trabalho que desenvolveremos na oficina de Hora da
Leitura, buscaremos manter rotineiramente espaços em que os alunos sejam
convidados a participar ativamente, falando, perguntando, se expondo. Para isso, é
fundamental que você, professor, exercite sua presença pedagógica, acolhendo as
diversas manifestações e ajudando-os a romper os entraves pessoais que levam ao
emudecimento.
⋅ É importante também que os alunos tenham tempo para aprender a participar. De
início, ao tomarem a palavra seus alunos podem perder o controle, falando demais,
chamando a atenção para si, tumultuando a roda. Sempre que isso acontecer, valorize
a animação e o desejo de participarem e os convide a ajudá-lo a organizar a discussão,
de modo que todos falem, se ouçam e aprendam pouco a pouco a participar com
objetividade, sem perder a espontaneidade. Dessa forma, a sua sala de aula será uma
sala viva e amorosa, aonde professor e estudantes aprendem a dialogar
verdadeiramente.
⋅ Caso a turma ou alguns alunos estejam tímidos, não tenha pressa: estimule-os, por
meio de perguntas, a exporem suas opiniões nos momentos dedicados ao debate.
Valorize, sempre, todas as participações, mesmo as que não contribuam diretamente
com a atividade proposta. Dessa forma, os estudantes se sentirão encorajados a
participar.
⋅ Seus alunos demonstraram motivação para participar da oficina e colaboraram entre si
e com você durante os momentos de roda de conversa?
⋅ Foi possível identificar aqueles alunos que se mostraram mais afeitos à prática de
leitura? Eles serão seus aliados durante o ano, até mesmo para ajudar os colegas mais
fragilizados a conquistar o gosto pela leitura e a compreensão leitora.
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:
⋅ Reflita sobre suas facilidades e dificuldades em:
o Fazer-se entender pelos alunos na apresentação da proposta do SuperAção Já!
o Conduzir as dinâmicas.
o Estimular a participação dos alunos e ouvir suas opiniões.
⋅ Compartilhe essa reflexão nas reuniões pedagógicas e, se preciso, peça apoio da
Coordenação Pedagógica.
Dicas para avaliar o seu próprio desempenho na condução da atividade:
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1. Para dar início à atividade, peça a sua turma que se dividam em duplas. Proponha que
eles escolham se querem trabalhar com quem mais conhecem ou quem menos
conhecem, para experimentar uma nova amizade.
AAttiivviiddaaddee22 DDeetteettiivveess lliitteerráárriiooss!!
Objetivo da atividade: Iniciar o processo de apropriação da sala de leitura e do
acervo pelos alunos.
Materiais necessários: Folhas Sulfites e Cópias da introdução e Capítulo 1
(páginas 1 a 4 do Caderno do Estudante).
Principais habilidades trabalhadas: Colaboração e Leitura (Gosto).
1ª
aula!
⋅ É possível que neste momento de formação das duplas, algumas “panelinhas” surjam.
São aqueles alunos que já se conhecem, têm amizade e gostam de fazer tudo juntos.
Isso não é um problema! No entanto, os alunos também precisarão aprender a
trabalhar com colegas diferentes, por isso, ao longo do ano, vamos propor atividades
para que os alunos experimentem trabalhar com outros colegas. Então, não interfira,
nesse momento, caso alguns estudantes escolham trabalhar com quem já conhecem.
⋅ Podem acontecer alguns desafios, tais como: duplas que “restaram” na sala e não
estão felizes em ficar juntas; estudantes inseparáveis pedindo para formar um trio,
quarteto ou quinteto; alunos que não querem fazer o trabalho com nenhum outro
colega... Nesses casos, é importante não perder a calma nem deixá-los desistir do
trabalho. Esclareça que, assim como na vida, existirão momentos nas atividades da
oficina em que eles vão se deparar com situações diferentes do que gostariam e que
esses momentos serão muito importantes para que aprendam a enfrentar os
obstáculos sem perder a motivação pelo trabalho a ser feito, sem desistir. Esse
trabalho terá ainda mais valor do que o que for feito sem nenhum obstáculo. Além
disso, eles terão muitas outras oportunidades para trabalhar em duplas e experimentar
outros pares! Também é fundamental orientá-los que todos trabalharão juntos em
algum momento, pois somente dessa forma eles poderão fazer da sala um verdadeiro
time! No caso do aluno que se recusa a trabalhar com qualquer outra pessoa, procure
>>> Continua...
A formação das duplas.
Planejando a execução da atividade:
⋅ Leia todo o passo a passo da atividade buscando compreender a intencionalidade
pedagógica da atividade do SuperAção Já!. Essa atividade deve ocupar 2 aulas.
⋅ Prepare os materias necessários com antecedência (cópias da Introdução e Capítulo 1
do Caderno do Estudante para cada dupla, páginas 1 a 4 ), bem como planeje com o
professor da sala de leitura a visita de sua turma naquele espaço para o
desenvolvimento da atividade.
⋅ Os alunos se reunirão em duplas. Essa forma de trabalho será utilizada em outras
atividades propostas neste Roteiro. Nessas atividades em duplas, eles exercitarão
trabalhar juntos como uma instigante forma de aprender a colaborar e a assumir uma
atitude de corresponsabilidade com o aprendizado do outro.
⋅ Continue exercitando a sua presença pedagógica. Aprender a gostar de ler tem muito
a ver com o exemplo e a capacidade de escuta, incentivo e acolhimento do professor.
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 18
2. Com as duplas formadas e sentadas juntas (a sala se assemelhará a “pequenas células
de trabalho”, organizadas de tal forma que permita a sua circulação por entre as
duplas para acompanhar os trabalhos), entregue as cópias da introdução do Caderno
do Estudante (páginas 1 e 2) para cada dupla. Peça à um voluntário que faça a leitura,
em voz alta, do texto. Observe que esse texto traz o convite para que os estudantes se
tornem leitores protagonistas! Reforce essa ideia e mostre que você é um professor
que abraça essa causa! Permita que os alunos tragam suas perguntas e dúvidas.
3. Então, escreva no quadro o nome da primeira atividade: “Detetives Literários!”.
Entregue as cópias do Capítulo 1 (páginas 3 e 4 do Caderno do Estudante) para as
duplas e esclareça que essa atividade será realizada na sala de leitura! Peça para cada
dupla ler o conteúdo do Capítulo 1. Ao final, pergunte-lhes se têm alguma dúvida e
esclareça sobre o objetivo da atividade.
4. O próximo passo é ir para a sala de leitura começar a investigação. Essa atividade pode
se estender até a aula seguinte, por isso é importante combinar com a turma o tempo
que têm para cumprir a tarefa!
⋅ O objetivo dessa visita à sala de leitura é iniciar o processo de apropriação desse
espaço e do acervo pelos alunos. Por isso, as duplas de detetives deverão descobrir
informações relativas ao funcionamento do espaço, bem como identificar 4 livros que
tiveram vontade de ler. Para que isso seja possível, converse antecipadamente com o
professor responsável pela sala de leitura para que ele também se prepare para
receber a turma!
⋅ É importante que os estudantes tenham liberdade para manusear os livros por entre as
prateleiras, pois o contato direto leitor-livros é fundamental para a formação de um
leitor. O direito de escolha é a premissa de todo o trabalho no SuperAção Já!.
⋅ Algumas perguntas podem ser respondidas pelo professor da Sala de Leitura para toda
a turma reunida. Oriente seus alunos que o objetivo não é descobrir as respostas mais
rapidamente, mas sim, organizar de forma escrita e clara as respostas para elas. Sendo
assim, as questões do bloco 1, podem ser respondidas pelo professor da sala de leitura
com todo o grupo reunido, ou com várias duplas reunidas. O que está em jogo é a
capacidade de atenção e de elaboração das respostas!
⋅ Já as demais questões, deverão ser investigadas pelas duplas separadamente.
Incentive-os a não mostrar o que descobriram até o final da atividade!
O objetivo da atividade:
⋅ Observe o comportamento das duplas na sala de leitura: elas estão interagindo
positivamente com o espaço e respeitando as regras do local? Estão empenhadas em
descobrir os 4 livros que têm vontade de ler? Ambos integrantes da dupla estão
trabalhando conjuntamente?
⋅ Procure percorrer a sala de leitura e acompanhar de perto o trabalho dos estudantes.
Mostre que você os está apoiando, mas não faça as tarefas por eles!
Durante o trabalho das duplas.
ouvir suas razões separadamente, pois ele pode esconder algum desconforto
justificável ou se sentir inseguro ou, ainda, não estar suportando a frustração. Para
ajudá-lo a amadurecer, fortaleça-o em sua capacidade de colaborar e mostre que ele é
importante na sua turma! Se não for possível solucionar, convide-o a fazer uma nova
tentativa nas próximas oficinas.
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5. Para finalizar a atividade, reúna a turma na sala de aula, todos em roda. Pergunte para
uma dupla o que descobriu com relação às questões do box 1. A seguir, pergunte se
alguma outra dupla descobriu alguma outra informação relevante que não foi falada.
Lembre-se de pedir para aqueles que queiram falar, levantar a mão. Reforce que as
regras da sala são importantes para que a mesma funcione adequadamente!
6. A seguir, peça para outra dupla dizer o que descobriu com relação à conversa com o
professor da sala de leitura (box 3). Use o mesmo procedimento, abrindo espaço para
outras duplas se manifestarem e completarem as respostas.
7. Pergunte se todos descobriram o significado da palavra “bibliófilo”: questione se foi
difícil encontrar, onde pesquisaram etc. Mostre que essa palavra é composta de dois
radicais vindos da língua grega: biblio (livro) e filia (amizade, amor). É interessante
mostrar que as palavras contém história e que muitas vezes, apenas pela dedução do
significado de seus radicais é possível compreender o seu sentido. Peça para alguns
estudantes falarem se consideram-se ou não bibliófilos.
8. Por fim, peça às duplas que falem o título dos livros que escolheram. Se possível, peça-
lhes que levem esses títulos para a sala de aula, compondo um grande painel no centro
da roda. Parabenize-os pelas escolhas e pergunte quais foram os critérios que usaram
nessa decisão. Escreva no quadro as respostas da turma e chame a atenção para
critérios como:
9. É interessante mostrar que, não importam os critérios utilizados, todos puderam
exercitar a capacidade de escolha. Incentive-os a começar a leitura por um dos livros
escolhidos. Caso uma dupla se interesse pela leitura de um título escolhido por outra,
não tem problema: é só negociar. Tem livro para todo mundo!
10. Recolha os Capítulos 1 preenchidos pelas duplas e guarde-os em uma pasta. Lembre-os
que na aula que vem, cada um lerá o livro escolhido. Portanto, quem quiser começar a
ler, já pode iniciar a leitura em casa!
Título. Leitores mais e menos experientes costumam ser atraídos pelo título.
Capa. Uma imagem vale mais do que mil palavras...Por isso, a capa é um bom chamariz
para prender a nossa atenção.
Autor. Quanto mais conhecemos sobre o mundo da leitura, mais descobrimos autores
que têm a ver com a gente. É sempre bom ler títulos de um autor que nos inspira e nos
diverte!
Orelha do livro. Ler a orelha do livro é legal para ter mais informações sobre a obra. Às
vezes, só o título ou a capa não ajudam a definir uma escolha, por isso, ler a orelha
pode fazer a diferença!
Índice. Alguns livros têm índice, que nada mais são do que subtítulos... Pelo índice
podemos ter mais pistas sobre o desenrolar da história e isso pode ajudar na nossa
decisão da escolha!
Gênero. Tem gente que gosta de poesia e já corre para encontrar livros desse gênero,
tem gente que gosta de história que fale de amor, de amizade, de mistério. Esse
também pode ser um bom indicador na hora de escolher a leitura!
Número de páginas. Geralmente, os leitores em formação preferem livros mais curtos.
Isso não é um problema, desde que o leitor curta seu livro, se envolva e queira ler cada
vez mais...Conforme ganhamos confiança e experiência leitora, com certeza passamos a
nos aventurar na leitura de livros com muitas páginas!
2ª
aula!
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1. Reúna os alunos em uma grande roda, perguntando quem já começou a leitura do livro
escolhido em casa. As respostas dos alunos serão bons indicadores do nível de
motivação da turma com relação às leituras escolhidas. Ouça alguns depoimentos de
quem iniciou a leitura, perguntando se estão gostando ou não, se têm alguma ideia do
que vai acontecer no decorrer do texto etc. Para aqueles que ainda não iniciaram a
leitura, diga que terão tempo para fazê-lo.
2. Estimule aqueles que já começaram a ler para que ‘contagiem’ os colegas. Para isso,
pergunte-lhes como se prepararam para a leitura: em que local preferem ler, em qual
horário etc. Esclareça que a leitura de um livro ‘pede’ condições especiais para que o
leitor curta o que está lendo.
3. A seguir, explique o objetivo da atividade do dia: cada dupla deve se reunir para ler os
livros escolhidos! Por isso, certifique-se de que cada um esteja com o seu livro em
mãos, para dar início à leitura ou para continuá-la.
4. Peça que as duplas se reúnam e diga que eles farão uma “leitura conjunta”: cada um
deve ler um trecho do seu livro em voz alta para seu colega. Esclareça as regras do
trabalho do dia:
1ª
aula!
AAttiivviiddaaddee33 LLeeiittuurraa ppaarraa qquuee ttee qquueerroo!!
Objetivo da atividade: Realizar, em duplas, a leitura dos livros escolhidos.
Materiais necessários: Livros escolhidos pelos jovens durante a atividade
anterior.
Principais habilidades trabalhadas: Autoconfiança, Leitura (Gosto e
Compreensão).
Planejando a execução da atividade:
⋅ Leia todo o passo a passo da atividade buscando compreender sua intencionalidade
pedagógica. Você pode realizá-la sob a sombra de uma árvore, na sala de leitura, com
os alunos sentados em almofadas etc. O importante é que, nesse momento de leitura,
eles possam relaxar e se sentir confortáveis com o livro. Nesse momento, é
recomendável qu você se reúna com a turma em um mesmo espaço ou em espaços
contíguos para facilitar a sua supervisão do grupo. Essa atividade deve ocupar 2 aulas.
⋅ Combine com o professor da sala de leitura, bem como com os demais funcionários
que seus alunos poderão ir até lá para ler, porque essa atividade faz parte da oficina de
Hora da Leitura.
⋅ É importante que você leve para a sala de aula alguns títulos adequados para a sua
turma, pois caso haja algum estudante que tenha esquecido seu livro ou, até mesmo,
não tenha conseguido realizar uma escolha, ele possa contar com a sua orientação.
⋅ Quem está ouvindo a leitura pode pedir para parar a qualquer momento, seja porque
não entendeu determinado trecho e quer que o colega o releia, seja porque gostou
muito de determinada passagem e quer comentá-la!
⋅ Quem está lendo precisa ficar atento: não vale começar a leitura sem contar ao colega
sobre o que já leu (caso já tenha iniciado a leitura em casa) e não vale ler muito rápido
ou muito baixo. Vale parar a qualquer momento para comentar a leitura!
As regras da leitura em dupla!
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5. Regras esclarecidas? Então, oriente que eles escolham um local confortável na sala de
aula ou no local escolhido e lembre-os que é importante que as duplas procurem não
interferir na leitura de outras duplas!
6. Oriente-os a estabelecer um tempo para a leitura. Dessa forma, eles conseguem
organizar que cada um leia um pouquinho e cada dupla fica por dentro das histórias
escolhidas!
7. Minutos antes de terminar o tempo da aula, peça-lhes, de maneira delicada, para que
voltem ao ‘mundo real’. Formem uma roda de conversa e compartilhem as sensações
proporcionadas pela leitura. Peça para que algumas duplas falem sobre essa
experiência de ler junto.
8. Mostre que o momento da leitura é único, pois nesse momento, o tempo é do leitor. A
formação e a prática de um leitor envolvem ler em diversos tempos e lugares. Por isso,
oriente-os que quando forem continuar a ler em casa, é importante que se organizem
para ter o máximo de prazer com o livro. Por exemplo, não dá para ler e assistir a
programas de televisão ao mesmo tempo!
9. Repita essa atividade de leitura por mais uma aula.2ª
aula!
⋅ Se as duplas utilizaram o período da aula dedicando-se à leitura, isso é um ótimo sinal!
Indica que estão trabalhando de forma colaborativa e trocando experiências leitoras.
Estimule-os a continuar a leitura de seus livros em casa e após terminá-la, caso tenham
interesse, podem ler também o título escolhido pelo colega!
⋅ Caso você identifique alunos com dificuldades leitoras, estes precisarão mais do seu
apoio. Tente saber se a dificuldade é de se aquietar para ler; de compreender o texto;
de resistir aos ‘chamados’ do ambiente ou dos colegas; de se relacionar com o texto
etc. Então, busquem uma solução para esse desafio. Se precisar de ajuda, não deixe de
entrar em contato com os profissionais responsáveis pelo acompanhamento de sua
escola na Diretoria de Ensino e/ou no Instituto Ayrton Senna
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:
⋅ Verifique se todos estão à vontade com os livros. Garanta um ambiente de calma e
tranquilidade – nada de muito barulho ou interrupções! Para aprender a gostar de ler é
preciso entrar de cabeça na aventura do livro, é preciso um tempo para ‘desligar’ do
mundo real.
⋅ Se possível, deixe uma jarra com água potável e copos de plástico por perto.
⋅ Observe a reação de cada aluno durante a leitura: as duplas estão interagindo
positivamente com os textos? Percorra a sala e observe como estão trabalhando!
⋅ É importante que o professor também aproveite o momento para ler. O professor é um
grande modelo para os jovens. Por isso, não fique de fora: depois de observar os alunos
por algum tempo, sente-se confortavelmente com eles e leia também!
Para estimular a leitura:
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1. Organize uma roda e explique aos estudantes que você proporá uma brincadeira que
vai exigir deles atenção, concentração e memória. Para que a brincadeira dê certo, eles
precisam respeitar o tempo e a fala dos colegas. Esclareça que será necessário dar
oportunidade a todos de completarem seu raciocínio para que cada rodada da
brincadeira vá o mais longe possível e se torne cada vez mais desafiadora.
2. Explique que o jogo consiste em repetir e completar a frase “Fui à feira e comprei...” Na
sequência da roda o primeiro aluno diz “Fui à feira e comprei batata”. O segundo tem
que dizer: “Fui à feira e comprei batata e cenoura”. O terceiro tem que repetir o que o
anterior disse, acrescentando mais um produto, por exemplo “beterraba”. Assim segue
a roda: todos precisam repetir o que o colega anterior disse, na ordem que ele disse,
acrescentando mais alguma coisa.
3. Somente depois de dar todas as orientações, comece a brincadeira completando a
frase com o primeiro elemento.
4. A brincadeira deve ser repetida até todos considerarem que conseguiram exercitar
bem a memória e a concentração.
AAttiivviiddaaddee44 FFuuii àà ffeeiirraa
Objetivo da atividade: Desenvolver as habilidades linguísticas de falar e de
escutar.
Materiais necessários Folha sulfite.
Principais habilidades trabalhadas: Comunicação e Colaboração.
1ª
aula!
⋅ Esclareça as regras do jogo e certifique-se que todos compreenderam:
1. Ninguém pode ajudar ninguém, devendo manter silêncio até chegar a sua vez!
2. Quando algum aluno perder a sequência exata ou se esquecer de algum elemento
dito por um colega, a brincadeira tem que parar e começar de novo. Quem
recomeça o jogo é exatamente o aluno esquecido.
3. Todos precisam gravar a sequência dos elementos que entraram na frase, pois isto
é necessário tanto para que se identifique o erro de algum colega quanto para que
se consiga fazer as repetições quando chegar a vez de cada um!
4. Para o jogo ficar legal, os alunos não podem deixar a brincadeira esfriar, perdendo
muito tempo pensando. Desafie-os a fazer com que a roda se desenvolva o
máximo possível sem parar!
As regras do jogo!
:
Planejando a execução da atividade:
⋅ Nesta atividade, os alunos serão desafiados a ouvir com atenção os colegas,
desenvolvendo habilidades linguísticas de falar e de escutar. É necessário deixar as
regras bem claras para que todos participem do jogo com responsabilidade e
criatividade. Você precisará de 2 aulas para realizar essa atividade.
⋅ Os alunos exercitarão a capacidade de dar continuidade a uma narrativa oral
estabelecendo conexão com as falas anteriores. Para isso, deverão ser capazes de
exercitar a memória para repetir palavras que foram faladas pelos colegas anteriores.
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 23
5. Na aula seguinte, faça uma roda de conversa e avalie com os alunos as dificuldades e o
esforço que cada um desprendeu para realizar o jogo e buscar acertar o máximo
possível. Pergunte a eles que estratégias utilizaram e o que foram exercitando durante
o jogo. Pergunte também o que puderam aprender com a atividade. Leve-os a refletir
sobre a importância de ouvir o outro, de ter atenção, de buscar concentração para
realizar bem outras atividades do dia-a-dia. Faça-os estabelecer relações entre o
exercício que vivenciaram durante o jogo e outras situações que eles vivem na escola.
Pergunte: Ouvir o outro, ter atenção e saber concentrar-se são habilidades
fundamentais em que situações?
⋅ Esclareça que não se espera que os alunos acertem e se lembrem de todos os
elementos, afinal é complicado guardar na memória tanta coisa em tão pouco tempo!
Converse com eles que o mais importante e o que se espera deles é o exercício da
memória, através da atenção, concentração e escuta do outro. O importante é que eles
tentem se lembrar do máximo possível de elementos, buscando não se distrair com
outras atividades fora do contexto.
⋅ Fale que este exercício é importante para que eles aprendar a lidar com o ambiente de
estudo e concentração, necessário para a aprendizagem e para a leitura. Acrescente
ainda que o que importa mesmo é a participação e a colaboração de todos e, no plano
individual, a vontade de acertar e o propósito de se concentrar e desenvolver a atenção
é o maior prêmio que cada um pode se dar.
No jogo, o importante não é lembrar de tudo...
⋅ No final da atividade, avalie se os alunos conseguiram se organizar de forma a criar um
clima de atenção e concentração; souberam ouvir os colegas com atenção, mantiveram
o foco no jogo e nos objetivos da atividade e conseguiram, à medida que o jogo foi se
desenvolvendo, aperfeiçoar a atenção, a concentração e a memória.
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:
:
2ª
aula!
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1. Reúnam-se na sala de informática da escola. Peça para as duplas já formadas se
reunirem com outra dupla, formando assim, um quarteto. Conte que a atividade do
dia será importante para fortalecer a capacidade de organização deles para
enfrentarem as variadas tarefas que têm como estudantes.
2. Pergunte se eles estranharam a mudança do EF I para o EF II e como se organizam
para dar conta de todas as tarefas escolares, se já se atrapalharam com datas de
provas, entregas de trabalho etc. Peça que levantem a mão para falar e abra espaço
para ouvir alguns estudantes.
AAttiivviiddaaddee55 VVaammooss nnooss oorrggaanniizzaarr??
Objetivo da atividade: Oferecer instrumentos para que os estudantes se
organizem para as tarefas escolares.
Materiais necessários Cópias do Capítulo 2 (páginas 5 e 6 do Caderno do
Estudante), cartolinas e canetas coloridas diversas.
Principais habilidades trabalhadas: Autogestão (organização para os estudos).
1ª
aula!
Planejando a execução da atividade:
⋅ Recomendamos que essa atividade se inicie na sala de informática da escola, pois os
estudantes assistirão um vídeo na internet. Então, verifique a disponibilidade desse
espaço, bem como a conexão à internet.
⋅ Leia toda a atividade para se assegurar da condução do trabalho. Observe que os
alunos se reunirão em quartetos. Essa atividade deve ocupar até 3 aulas.
⋅ Separe todo o material necessário para a confecção dos calendários. É importante
oferecer opções de papéis e canetas colorias para os alunos, de modo que a
criatividade deles seja estimulada. Você pode pedir ajuda ao professor de artes da
escola para que ele o auxilie na escolha dos materiais!
⋅ O processo de transição pelo qual os alunos do 1º ciclo do Ensino Fundamental passam
ao ingressarem no 2º ciclo é uma passagem que exige dos alunos adaptação, afinal, a 5ª
série tem uma organização bem diferente das anteriores e necessita de um trabalho
pedagógico que leve em conta esta transição.
⋅ Silva (1997), realizou uma pesquisa sobre a passagem da 4ª para a 5ª série, na qual
afirma que é bastante comum o argumento recorrente sobre a alteração do número de
professores e a fragmentação entre as disciplinas quando se discute o fracasso escolar
na 5ª série. Isso porque, segundo a autora, por trás do número de professores está o
tipo de trabalho que realizam, seus objetivos, seus conteúdos e seus fundamentos.
⋅ A mudança da organização escolar, que até a 4ª série se dá com apenas um professor,
para uma composta por, no mínimo, oito professores é um fator que requer dos alunos
uma adaptação imediata. O horário da professora da 4ª série favorece uma rotina de
aula mais próxima do aluno, possibilitando um tempo maior para acompanhar a
realização das atividades, além disto, na 4ª série as trocas afetivas são favorecidas pelas
conversas da professora com os alunos e garantidas pelo maior tempo de permanência
em sala de aula.
>>>Continua...
As particularidades dos estudantes das séries iniciais do EF II.
:
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 25
3. Após esse breve debate, provavelmente você identificou algumas dificuldades dos
alunos com relação à autogestão das tarefas escolares e do tempo para a realização
destas. Diga que vocês pensarão, juntos, sobre esses desafios, pois em sua oficina
haverá espaço para aprender a gostar de ler e, também, a se organizar para os
estudos!
4. Então, peça que cada quarteto escolha um líder para conduzir a atividade no grupo. A
tarefa deles será organizar os trabalhos de sua equipe e ajudar a controlar o tempo
da tarefa.
5. Entregue para cada quarteto uma cópia do Capítulo 2 (páginas 5 e 6 do Caderno do
Estudante). Peça aos líderes que leiam a primeira página do Capítulo 2. Dessa forma,
todos os quartetos estarão reunidos frente à um computador para assistir ao vídeo
da música “O Caderno”, de Toquinho e Mutinho.
6. Após todos terem assistido ao vídeo, peça-lhes que discutam e respondam oralmente
com seus colegas de quarteto, as questões da página 6 do Capítulo 2.
7. Após esse momento, aponte para a necessidade de, na escola, encontrarmos uma
organização pessoal para nossas anotações. Cada um pode e deve achar a melhor
maneira de se organizar, mas, para não nos perdermos e para orientar melhor nossos
compromissos na escola e no dia-a-dia, o que não pode faltar é o planejamento e a
organização.
⋅ As séries iniciais, especialmente as 5ªs
séries, revelam novas exigências para os alunos.
Enquanto para o professor do EF I é comum a exigência de um caderno organizado,
letra bonita, capricho nas tarefas e um controle das tarefas de casa, assim como um
diálogo mais próximo da família; os professores do EF II exigem que os alunos sejam
mais independentes para realizar as tarefas. Muitos destes alunos, que anteriormente
estavam acostumados com uma rotina de cobranças, sentem necessidade da
aprovação ou elogio do professor, o que dificilmente ocorre e, com o tempo, acabam
se desmotivando.
⋅ É necessário, portanto, que o professor tenha uma atuação diferenciada ao trabalhar
com alunos das séries inciais do EF II, quando os alunos são desafiados a
corresponderem a novas expectativas, diferentes das já conhecidas: diferenças nas
formas de tratamento dos professores para com seus alunos e vice-versa, a distribuição
das matérias por diferentes profissionais, a divisão de tempo para as aulas por matéria
e até no uso do material escolar. Segundo Leite (1999), as ações docentes devem ser
guiadas pelos objetivos que se pretende alcançar nesta série, mas, além disso, cabe aos
professores organizarem e orientarem suas práticas em função do comportamento
desses alunos.
⋅ Silva (1999) aponta como um perfil de bom professor das séries iniciais do EF II: o uso
de vocabulário acessível ao aluno, a forma de conduzir a atividade, o aproveitamento
das contribuições dos alunos em sala de aula, o compromisso dos professores com a
tarefa de ensinar e uma preocupação com o aspecto social no sentido de “fazer algo
por esses estudantes.
⋅ Com professores diferentes e horários de aulas predefinidos e espalhados pelos dias da
semana, a necessidade de se organizarem para as datas de entrega de trabalho, as
provas marcadas etc, os alunos precisam administrar uma vida escolar mais complexa,
devendo ser preparados para esta nova exigência. Para auxiliar nesta organização,
propomos essa atividade.
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 26
8. Na aula seguinte, reúna-os novamente nos mesmos quartetos e escreva no quadro
os dois pontos que não podem faltar para orientar os estudos: o planejamento e a
organização. Pergunte-lhes se todos têm anotado o horário de aulas semanais,
falando da importância desta anotação para organizar materiais e planejar o dia.
Caso nem todos tenham anotado, ajude-os, copiando no quadro o horário de aulas
da turma.
9. Peça que cada quarteto construa, numa folha em branco, um calendário do mês em
que estão, contendo os dias da semanas, a partir do domingo e colocando neles as
datas, como mostra o exemplo:
10. Peça, em seguida, que pintem datas em que já foi marcado algum compromisso
escolar comum a todos da classe: prova, apresentação de grupos, entrega de
trabalho, leituras, excursão etc. Solicite que eles busquem se lembrar de todos os
compromissos porque isto será importante para a realização da tarefa seguinte.
11. Em seguida, lance o desafio: os grupos deverão confeccionar um calendário de
compromissos escolares para o ano. Eles devem pensar no formato, nos desenhos,
símbolos e dicas para que o calendário se transforme em um instrumento que toda a
turma poderá utilizar para se planejar e ter um bom desempenho em todas as
atividades da escola. Mostre este exemplo de calendário:
2ª e 3ª
aulas!
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 27
12. Para realizar o calendário, cada quarteto deve levar em conta os compromissos já
marcados no calendário do mês que fizeram e também prever outros compromissos
que possam aparecer durante o ano.
13. Após os grupos confeccionarem os calendários, peça aos líderes para apresentarem a
proposta de cada quarteto, mostrando a vantagem de se utilizar aquele ou aqueles
modelos como calendário da classe.
14. Esclareça aos alunos que esse calendário funciona como uma “memória externa”,
que nos ajuda a lembrar dos compromissos (seria impossível recordar de tudo sem
essa ajudinha!), sendo importante para o planejamento e organização do nosso
tempo, nos auxiliando a lidar com prazos e metas.
15. No final, todos votam pelos projetos mais interessantes e, no caso de votarem em
mais de um projeto, definem qual será utilizado em cada mês no decorrer do ano. Se
os alunos acharem interessante, pode-se pedir aos quartetos cujos projetos foram
aprovados que confeccionem uma miniatura para copiar e entregar a todos os
colegas da classe.
16. Continue arquivando os Capítulos 2 em sua pasta.
⋅ É importante que você explique que as propostas de cada quarteto serão avaliadas pela
utilidade do calendário, pelas dicas que ele traz, pela criatividade, pela funcionalidade:
se o calendário chama a atenção para os compromissos de uma forma marcante, se as
datas e os compromissos ficam visíveis e torna a leitura fácil e chamativa para todos etc.
⋅ Saliente que os projetos aprovados serão confeccionados em forma de cartaz para ser
afixado na sala de aula e poderão também ser xerocados mês a mês para todos os
alunos.
Auxile-os com dicas durante a realização do calendário pelos grupos.
:
⋅ Fale do bom hábito que algumas pessoas mantêm de anotar todos os seus
compromissos em agendas e do capricho que algumas pessoas cultivam de fazer
agendas muito pessoais, coloridas e com marcas bem criativas.
⋅ Seria muito interessante que, a partir desta atividade, seus alunos adquirissem o hábito
de criar uma agenda, ou seja, caderno com dupla função: para registrar suas anotações
pessoais e para se organizar no dia-a-dia.
Convide-os a manter uma agenda pessoal!
:
⋅ Observe se seus alunos se empenharam na construção dos calendários e se avaliaram
que essa atividade os ajudou na organização pessoal das tarefas escolares. Um bom
indicativo disso foi o grau de envolvimento deles na feitura do calendário.
⋅ Ao longo do ano, observe a apropriação da turma com o calendário. Estimule que
continuem preenchendo-o e consultando-o!
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:
:
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 28
1. Peça que os alunos se reúnam em quartetos e esclareça que o objetivo dessa
atividade é promover uma avaliação das atividades da Etapa Motivação, bem como
conhecer os vilões que estão atrapalhando o desempenho na leitura.
2. Para isso, entregue para cada quarteto uma cópia do Capítulo 3 (páginas 7 e 8 do
Caderno do Estudante). Oriente-os que escolham um novo líder para organizar essa
tarefa e tomar nota. Estabeleça um tempo para que concluam a tarefa. Acompanhe
os trabalhos percorrendo a sala e esclareça as dúvidas que surgirem.
3. Ao final do tempo combinado, reúna a turma em roda e convide os líderes para ficar
em pé. Combine com a turma que é o papel de todos apoiá-los nesse momento,
ouvindo-os com atenção e respeito, pois não é uma tarefa simples falar em público!
Observe que no Capítulo 3 existem algumas dicas para os líderes organizarem as
apresentações. Pergunte-lhes se estas foram úteis e incentive-os a experimentá-las,
realizando, por exemplo, a leitura dos resultados de seu quarteto, em pé e em voz
alta, propiciando dessa forma que todos possam vê-los.
4. A seguir, pergunte quem quer começar pela leitura da primeira questão sobre os
vilões que estão atrapalhando a leitura. É importante, após a identificação dos vilões
que estão perseguindo os integrantes de cada quarteto, que você esclareça que a
meta da oficina é superá-los. Para isso, cada um precisa querer lutar contra os vilões
e você, como professor, está ali para ajudá-los no que for preciso!
5. Prossiga com a leitura das respostas da segunda questão, que pede aos quartetos
que identifique qual foi a atividade preferida nessa etapa do SuperAção Já!. Anote no
AAttiivviiddaaddee66 TTeemm aavvaalliiaaççããoo nnaa áárreeaa!!
Objetivo da atividade: Avaliar os vilões que atrapalham a leitura e o
desenvolvimento da etapa Motivação.
Materiais necessários Cópias do Capítulo 3 (páginas 7 e 8 do Caderno do
Estudante).
Principal habilidade trabalhada: Comunicação.
Planejando a execução da atividade:
⋅ Leia todo o passo a passo da atividade para compreender a intencionalidade
pedagógica da atividade. Essa é uma atividade que propõe uma avaliação, em que os
estudantes elaboram e organizam suas experiências até o momento. É uma avaliação
do processo que serve para que o professor acompanhe o desenvolvimento da turma
ao longo do ano. Essa atividade deve ocupar 1 aula.
⋅ É importante que você tenha feito uma avaliação prévia do desenvolvimento dos
alunos a partir dos seguintes pontos: participação nas atividades, desempenho nos
trabalhos em duplas e em quartetos e aprendizado das habilidades de leitura
apresentadas. Nesse exercício, você deverá identificar aqueles alunos que estão se
saindo muito bem e aqueles cuja participação ou desempenho podem ser melhorados.
É especialmente interessante confrontar as suas observações sobre esses estudantes
mais fragilizados com a autoavaliação que farão na atividade.
⋅ Providencie cópias do Capítulo 3 (páginas 7 e 8 do Caderno do Estudante) para cada
quarteto.
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 29
quadro as respostas de todos os grupos. O resultado final permitirá que todos
descubram as atividades que a turma mais curtiu fazer.
6. A seguir, peça que digam qual foi a nota da autoavaliação das leituras realizadas até o
momento. Observe que essas notas podem indicar aqueles estudantes que precisam
de maior apoio e estímulo: a nota 0 (zero) indica quem não começou a ler e a nota
(1) indica quem não está gostando da leitura. Esses alunos serão alvo privilegiado do
trabalho na próxima etapa.
7. Faça a sua devolutiva sobre o que observou do desempenho da turma com relação
ao trabalho em duplas/quartetos: o que mostraram que têm de melhor e no que
podem melhorar? Faça comentários positivos estimulando-os a superar as
dificuldades identificadas na próxima etapa do SuperAção Já!.
8. Abra espaço para que eles falem sobre o seu desempenho! Mostre que você está
sempre se aperfeiçoando como professor e que a troca de opiniões é importante!
9. Recolha todas as avaliações, pois elas podem ser bastante úteis para você durante o
trabalho do ano. Parabenize a turma e esclareça que antes de iniciar a próxima
etapa, vocês farão um desafio de leitura colaborativa muito legal!
⋅ Ao abraçar a causa de ver, sentir, pensar, decidir e agir em relação aos seus alunos
como solução, você optou por tornar-se parceiro de sua turma. Por isso, em vários
momentos deste Roteiro, trabalhamos com atividades em que eles foram convidados a
expor suas opinões, a falar em público e a construir argumentos. Essa avaliação é mais
um desses momentos, em que você e a turma têm a oportunidade de trocar opinões
sobre o desenvolvimento do trabalho até o momento. E, ouvir o que eles têm a dizer
sobre o seu trabalho é um grande combustível para continuar se superando como
professor que acredita no potencial das novas gerações.
Professor e alunos parceiros!
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 30
1. Reúna os alunos nos quartetos e entregue uma folha de papel para cada um.
Explique que terão como desafio uma atividade de leitura colaborativa. Para isso,
eles serão desafiados a bancarem os detetives, mas com uma tarefa muito especial:
eles aprenderão, com o professor, a encontrar pistas no texto para fazerem suspeitas
inteligentes bem fundamentadas.
2. Distribua o Capítulo 4 (somente a página 9 do Caderno do Estudante) e peça que
cada grupo leia o texto para compreender melhor o que é a suspeita inteligente.
HHoorraaddooDDeessaaffiioo UUmm aappóóllooggoo
Caro professor,
Você e seus alunos terminaram a etapa Motivação do SuperAção Já!,
parabéns! Mas, antes de passarmos para a próxima etapa, propomos um
desafio de leitura colaborativa aos alunos! Por isso, é hora do desafio!
Objetivo da atividade: Exercitar algumas das capacidades de leitura,
principalmente, as de formular e validar hipóteses.
Materiais necessários Papel sulfite; Cola; Cópias do Capítulo 4 (páginas 9 a
11 do Caderno do Estudante); Cópias do Anexo 1 recortadas em tiras (páginas
34 e 35 deste Roteiro).
Principal habilidade trabalhada: Leitura (habilidades de compreensão
leitora: ativação de conhecimento prévio, formulação e checagem de
hipóteses, antecipação de conteúdos e construção de inferências).
1ª
aula!
⋅ No SuperAção, trabalhamos intencionalmente a capacidade dos alunos de fazer
inferências a partir de pistas textuais presentes. Ao longo da leitura, os estudantes
leitores são convidados a praticar, de forma consciente, o levantamento de hipóteses e
a verificação destas.
⋅ É nesse diálogo entre as expectativas dos leitores e sua consequente validação ou
negação que o leitor contrói sentidos para suas leituras e estabelece envolvimento com
os textos.
O que é a supeita inteligente?
⋅ A leitura colaborativa é uma estratégia didática privilegiada para o desenvolvimento das
capacidades de compreensão. Trata-se, conforme os PCNs (BRASIL, 1998, p. 72), de
“uma atividade em que o professor lê um texto com a classe e durante a leitura,
questiona os alunos sobre as pistas linguísticas que dão sustentação aos sentidos
atribuídos”.
⋅ O controle da classe e a mediação do professor para estabelecer um clima de
participação controlada é fundamental para conduzir os alunos a realizarem a atividade.
É imprescindível solicitar a participação de todos e orientar o trabalho, seguindo o passo
a passo da atividade: deixe claras para os alunos todas as etapas e seja exigente com a
atenção e o foco dos jovens nas tarefas. Os alunos de 5ª série precisam muito do vigor
na condução das regras.
Por que trabalhar com leitura colaborativa?
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 31
3. Após a leitura, peça para um dos quartetos explicarem para a turma o que
entenderam. Verifique com os demais grupos, se todos compreenderam e, em caso
de algum conceito ter sido explicado de maneira errônea, esclareça-o.
4. A seguir, oriente os quartetos a escolherem seus líderes para serem os redatores do
desafio. Eles deverão anotar e apresentar as suspeitas inteligentes dadas pelos
membros do grupo na folha de papel.
5. Escreva no quadro negro o título do texto: “Um Apólogo” e, logo abaixo, à direita do
título, o nome do autor Machado de Assis. Leia para eles esta breve definição de
apólogo:
6. Certifique-se de que todos compreenderam bem a definição. Pergunte se conhecem
alguma fábula e estimule-os a perceberem que a principal diferença entre a fábula e
o apólogo está na escolha de personagens: na fábula, os personagens são geralmente
animais e no apólogo quem participa da história são seres inanimados. Peça para
pensarem em seres inanimados que poderiam ser personagens de um apólogo.
7. Pergunte-lhes se já ouviram falar do escritor Machado de Assis. Ouça as respostas e
entregue as páginas 10 e 11 do Capítulo 4 para que eles possam saber um pouco
mais sobre o autor.
8. Após a leitura, explique que, a partir de agora, eles bancarão os detetives, realizando
suspeitas inteligentes e, com base nas pistas que você der ao fazer a leitura, terão
que imaginar como se desenvolve a história!
9. Solicite, então eles discutam nos times e respondam: “A partir do título e do que
sabem sobre Machado de Assis, o que acham que vão encontrar no texto?” Peça para
anotarem a resposta.
10. Distribua, então, o primeiro trecho do texto já recortado (Anexo 1, página 34 deste
Roteiro) para que colem logo abaixo do título anotado na folha em branco.
11. Peça aos líderes que leiam o trecho em seus grupos e depois conversem para
responder às seguintes questões:
Apólogo é uma narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria ou ética, através do uso de
personalidades de caráter variado, imaginárias ou reais, com personagens inanimados.
Bem parecido com a fábula em sua estrutura, o apólogo é um tipo de narrativa que
personifica os seres inanimados, transformando-os em personagens da história.
Nós achamos que a história será assim:
⋅ Antes de iniciar a leitura de um texto e mesmo durante a leitura de suas partes, pode-
se e deve-se fazer suspeitas inteligentes (levantar hipóteses, prever os
desdobramentos, baseando-se nas informações já obtidas). No andamento da leitura,
evidenciam-se elementos que permitem decidir se a suspeita inteligente antes
formulada pode ser validada.
Antes e durante a leitura: as suspeitas inteligentes.
:
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12.
13. Após o breve debate, os líderes escrevem na folha as conclusões do grupo e as leem,
em voz alta para a turma.
14. Distribua, em seguida, o segundo trecho e repita os procedimentos 11 e 12 até o
trecho final.
15. Na aula seguinte, leia o texto (ou peça a algum aluno que o leia) e abra espaço para a
discussão com os alunos sobre o texto e a lição que Machado de Assis pretendeu
ensinar no seu Apólogo.
16. Leve para a sala ou oriente que procurem na internet outros textos de Machado de
Assis que eles também possam gostar de ler, tais como: A causa secreta, A
Cartomante e O Enfermeiro.
a. Nossas suspeitas inteligentes sobre o conteúdo do texto foram confirmadas? Por quê?
b. Nós achamos que o autor continuará o texto da seguinte forma...
c. Quais foram as pistas que levaram o nosso grupo a construir esta suspeita inteligente?
2ª
aula!
⋅ Defina previamente a ordem de apresentação dos quartetos. Oriente os alunos a
prestarem muita atenção ao que cada grupo vai expor para, no final de todas as
apresentações, avaliarem com você a validade ou não de cada hipótese. Procure dar a
palavra aos alunos sem fechar as possibilidades abertas pelo texto, afinal, é preciso ter
claro que os sentidos somente se constroem no diálogo com o texto e não há apenas
uma resposta certa, pelo contrário, assim como o leitor pode seguir por caminhos
impensados, o autor pode nos surpreender sempre.
⋅ A autora Delia Lerner chama a nossa atenção para o seguintei: “Muito mais difícil é
tentar compreender as interpretações das crianças e se apoiar nelas para ajudá-las a
construir uma interpretação cada vez mais ajustada.” Ou seja, há uma tendência geral
de os professores buscarem “facilitar” a compreensão fornecendo de imediato
respostas “certas” para os alunos, sem dar a eles a oportunidade de construir os
sentidos a partir das suas hipóteses. Isto é um problema, pois, ao invés de facilitar a
compreensão, o que se faz é bloquear a possibilidade de os jovens avaliarem e
checarem suas hipóteses na conversa com o texto, através da leitura. Dar a resposta
“certa”neste caso significa impedir a leitura e a autonomia para a construção de
sentidos.
⋅ É preciso mediar a conversa e a avaliação, estimulando os alunos a justificarem suas
hipóteses com base nas pistas textuais. Sem dar a resposta “correta”, faça-os rever
seus pontos de vista, buscando no texto indícios para a sustentação deles.
⋅ Conduza a atividade de modo a estimular a participação de todos. Abra o diálogo com
os alunos, considerando e valorizando suas contribuições e formulando questões para
a identificação de pistas e para a construção de hipóteses a partir delas. Busque formas
de auxiliá-los a fazer relações entre a atividade desenvolvida e suas experiências de
leitura.
Durante a realização da atividade:
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17. Arquive os Capítulos 4 em sua pasta. Esclareça que o próximo passo é conhecer a
etapa Dedicação do SuperAção Já!.
⋅ Você conduziu a atividade de modo a estimular a participação de todos? Abriu o
diálogo com os jovens, considerando e valorizando suas contribuições e formulando
questões para a identificação de pistas e para a construção de hipóteses a partir delas?
Buscou formas de auxiliar os jovens a fazer relações entre a atividade desenvolvida e
suas experiências de leitura?
Dicas para avaliar o seu próprio desempenho na condução da atividade:
:
⋅ Os alunos se envolveram com essa atividade? Estiveram motivados antes, durante e
depois da leitura? Caso apresentem dificuldades para realizar a atividade, insista: eles
precisam aprender a enfrentar situações-problema que exijam mais pensamento e
dedicação. Cada minuto que se dedicarem a esse tipo de atividade será valioso para seu
crescimento como leitores. Não os deixe desistir!
⋅ Antes da leitura: Identificaram os objetivos da leitura e acionaram seus conhecimentos
prévios sobre o título do texto e, a partir daí, foram capazes de levantar hipóteses para
antecipar possíveis sentidos construídos no texto a ser lido?
⋅ Durante a leitura: Checaram a validade das hipóteses anteriormente levantadas,
identificando as que deveriam permanecer e as que deveriam ser descartadas?
Envolveram-se com as questões levantadas e permaneceram formulando suspeitas
inteligentes para antecipar e imaginar os possíveis desdobramentos do texto?
Demonstraram capacidade de inferir os significados de palavras desconhecidas a partir
da compreensão do contexto?
⋅ Depois da leitura: Souberam verbalizar sua avaliação sobre o texto lido?
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade:
:
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Etapa Motivação

  • 1. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 1 E a Leitura? Terá um papel a desempenhar na formação de alunos protagonistas? Poderá ser vista pelo aluno como uma aliada para compreender o mundo à sua volta e como um conhecimento que estimula o autoconhecimento, o convívio, o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas? Nós apostamos que sim! Desde que os alunos tenham a chance de conhecer e vivenciar uma face pouco explorada da Leitura, podendo exercitar a escolha de livros e leituras, o controle da compreensão leitora, a imaginação para engajar-se na leitura, a troca entre pares como forma de aprendizagem e interação com a leitura, o prazer de ler como fonte de descoberta deles mesmos e do mundo. À medida que os estudantes crescem, a escola vai se afastando dos seus interesses e do que eles gostam de ler. Por se preocupar predominantemente com os aspectos cognitivos da leitura, a escola tende a deixar de lado aquilo que constitui um leitor interessado, apaixonado, voraz e autônomo. O que se perde com isso é algo muito importante: a chance de desenvolver o gosto pela leitura, ou seja, a capacidade de ler por prazer e vontade própria na escola e ao longo da vida. Formar um leitor protagonista, é o desafio que propomos aos alunos e professores. Para tanto, você está sendo convidado a trabalhar com leitura de um modo novo: a leitura livre, que tem como base uma pedagogia especialmente desenvolvida para aproximar os estudantes dos livros a partir de suas preferências como leitores e dos usos que faz da leitura como cidadão do século 21. No SuperAção Já, seus alunos serão convidados a pilotar suas leituras, tomando para si o desafio de torná-la interessante, instigante, útil e prazerosa. Caro professor, Bem vindo ao SuperAção Já!, um novo programa educacional do Instituto Ayrton Senna. Assim como o SuperAção Jovem, que sua escola já conhece e adota nos anos finais do Ciclo II do EF, esse novo programa está voltado à formação de alunos protagonistas, nesse caso, nos dois anos iniciais deste Ciclo. Então, chegou a vez dos meninos e das meninas de 5ª e 6ª séries (6º e 7º anos) aprenderem a “pilotar” seu processo de aprendizagem na escola e ao longo da vida! Formar seus alunos para serem os protagonistas de sua educação é dar a eles a oportunidade de serem parte da solução dos problemas que enfrentam como estudantes, pré-adolescentes e cidadãos. Para o Instituto Ayrton Senna, essa formação para a vida passa por um aprendizado fundamental: aprender a ser, convivendo, conhecendo e fazendo na escola. Esse novo aluno que se conhece e se transforma enquanto aprende, convive e produz se revelará na mesma medida em que você, professor, por sua vez, estiver com ele nessa grande virada e ambos deixarem de se ver e ser vistos como problemas e passando a agir, juntos, como solução. Você pediu mais superação, nós aceitamos o pedido, e agora vamos trabalhar juntos para construir na prática essa nova solução! Escola de Tempo Integral Hora da Leitura SUPERAÇÃO Já! ETAPA Motivação
  • 2. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 2 Essa aposta se tornará realidade quando você, professor, investir para valer em seus alunos, respeitando não apenas o que eles sabem e como aprendem, mas, sobretudo o que eles são, desenvolvendo um trabalho livre do preconceito de que gostar de ler é algo que se aprende fora da escola. Você contará com nosso apoio para experimentar, acertar, errar, insistir, e com nossa admiração pelo que ensinará aos educadores e educandos de sua escola, nosso Estado e País. Então, vamos entender melhor os primeiros passos do desenvolvimento desse trabalho? Boa leitura! Seu aluno faz parte da solução! O principal objetivo da Etapa Motivação do SuperAção Já! é mobilizar os estudantes para participarem da proposta de serem leitores protagonistas, mostrando a eles uma nova visão sobre si mesmos, sobre suas potencialidades e inaugurar um posicionamento positivo em relação à leitura. Para isso, os alunos precisam ser convidados a serem protagonistas de sua educação, agindo como solução diante dos problemas. Então, cada atividade proposta chama os alunos para abraçarem a educação como uma causa, aprendendo a ver, pensar, sentir, decidir e agir como solução na escola. A forma como as crianças e adolescentes se veem está fortemente relacionada à maneira como são vistos pelos adultos que os cercam, incluindo o professor. Por isso, é muito importante que você reflita sobre como você vê seu aluno: SENTIR Quais são os interesses, as paixões, os sonhos, as alegrias, os medos, as inseguranças e desejos de seus alunos? Reconhecer quem eles são é um passo importante para aproximá-los de você e da leitura: todos têm potencial para aprender, especialmente, quando as descobertas começam pelo coração: abra o seu para aprender com eles! PENSAR Seus alunos estão chegando nas primeiras séries do Ciclo II do Ensino Fundamental. A partir de agora, a escola pede a eles maior autonomia, capacidade de organização e maturidade. São mais professores com condutas diferentes em sala de aula, várias disciplinas e demandas a serem administradas. Como prepará-los para uma escola mais exigente e complexa? É fundamental que os alunos encontrem em você, nos demais professores e na direção da escola os apoios para fazerem essa travessia! Reflexão 1 VER Ver seus alunos a partir de seus potenciais, daquilo que são, que sabem, que querem... Todos nascemos com potencial e são justamente as oportunidades educativas que propiciam o desenvolvimento desse potencial. Por isso, no SuperAção Já!, você é convidado a assumir um papel para além do ensino: exercite a sua presença pedagógica, a sua capacidade de enxergar o pré-adolescente que está por trás do aluno.
  • 3. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 3 Presença Pedagógica e Aprendizagem colaborativa Aprender a ser, conviver, conhecer e fazer na relação com o professor A visão que têm sobre o aluno é decisiva para que os professores definam suas práticas de ensino e o que esperam da aprendizagem, pois revela quem é o estudante que querem formar. Ver o aluno como parte da solução é o princípio básico para a formação de estudantes protagonistas. O primeiro passo para isso é dado pelo professor. É ele que convida o aluno a participar e colaborar na resolução dos problemas que encontrará ao longo de sua aprendizagem. Para tanto, o SuperAção Já! oferece ao professor um método bastante simples e eficaz: a Presença Pedagógica. Por meio dela, o professor fará um exercício constante para estabelecer uma relação de abertura, troca e compromisso com seus alunos. Como? Primeiro, aprendendo a conhecer, valorizar e acolher os interesses e os pontos de vista dos alunos. E, ao mesmo tempo, mostrando a eles – todos, sem exceção – que se interessa verdadeiramente pela sua aprendizagem, por exemplo, com atitudes como chamá-los pelos nomes, referir-se a cada um deles com respeito, chamar sua atenção para suas qualidades e acertos (antes de apontar suas dificuldades), mostrar que se aprende com erros, estimular que exponham seus pontos de vista, ouvi-los sempre com atenção, confiar na sua capacidade de aprender, propor a troca com os colegas como aprendizagem, incentivá-los a crescer, a confiar em suas capacidades, a persistir no enfrentamento dos desafios e a superar seus aparentes limites. São atitudes que custam pouco esforço e trazem grandes ganhos para o aluno que, nessa faixa etária (pré-adolescentes), consideram muito da aprovação do professor. Vale a pena lembrar que a passagem para a 5ª série (6º ano) marca o início da convivência do aluno com diferentes professores, níveis de exigências distintos, posições variadas quanto à conduta em sala de aula e à organização do trabalho escolar, diferentes concepções quanto à relação professor-aluno. Por isso, é especialmente importante que você se dedique a exercer presença com os alunos, ajudando-os a perceber que você está junto deles não somente para ensinar a leitura, mas também para ensiná-los como aprender, se relacionar com o outro, se organizar para o trabalho em sala de aula ou em casa e como conhecerem melhor a si mesmos. Como você pode perceber a Presença Pedagógica é uma forma de educação para valores com DECIDIR Agora é com você, professor. Ver seu aluno como solução, confiar na sua capacidade de aprender, apoiá-lo para enfrentar as pressões e exigências escolares, e fazer parte da imensa comunidade de educadores – gestores e professores – de todo o Brasil, que tem no SuperAção Já! um aliado, é a sua grande decisão. AGIR E o que fazer para começar? Convidar seus alunos a serem seus parceiros e interlocutores para construírem a educação necessária ao século 21, uma educação em que educadores e educandos são parte da solução! Reflexão 2
  • 4. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 4 base no exemplo e na vivência concreta de situações de aprendizagem com o professor. Que tipo de valores você estará transmitindo a seus alunos ao exercer a presença? Aprender a ser, conviver, conhecer e fazer na relação com os pares Além do exercício da presença pedagógica pelo professor, o SuperAção Já! propõe que a aprendizagem e a criação de um bom clima relacional em sala de aula aconteça por meio de uma nova forma de gestão da turma de alunos: dividindo-a em duplas, trios, quartetos ou grupos que atuem como companheiros de trabalho e reunindo a turma em roda para que debatam, troquem experiências, compartilhem seus processos de trabalho. Assim, as atividades propostas convidam os pares a somar forças para alcançar seus objetivos, exercitando a capacidade de aprender uns com os outros e de se responsabilizarem pelo aprendizado, sem deixar ‘ninguém para trás’. Chamamos essa prática de ensino de Aprendizagem Colaborativa. Este método tem como princípio a corresponsabilidade entre os alunos envolvidos no processo educativo, de forma que aprendam juntos, apoiando-se para enfrentar desafios que poderiam ser grandes demais para resolverem individualmente e conquistando crescente colaboração entre si e autonomia em relação ao professor. No entanto, lembre-se que os alunos ainda não sabem trabalhar colaborativamente e com menor dependência do professor. Nas duplas, nos quartetos e times, é provável que de início, os alunos aproveitem o trabalho com os colegas para conversas paralelas, fazer bagunça ou, ainda, que se mostrem dependentes do professor, demandando-o constantemente para explicar a tarefa, solucionar os conflitos, fazer parte da atividade para eles. Algo parecido pode acontecer nos momentos em que estão em roda ou quando o professor estimular que participem (façam perguntas, deem opiniões etc.): muitas conversas paralelas ou todos falarem ao mesmo tempo, disputando a atenção do professor. Será preciso ensiná-los gradualmente a praticar essa nova forma de aprender: nas atividades entre pares, vamos partir de unidades menores, até chegar a grupos maiores que funcionem como times. Essas duplas, trios e, depois, times, serão desafiados e estimulados pelo professor a resolver junto os problemas que surgirem nas atividades, sejam eles de compreensão leitora, aprendizagem, convívio ou organização. O professor apoiará o trabalho conjunto dos alunos, colaborando com eles, evitando cair nas armadilhas da dependência. Nas atividades de roda, o professor irá ajudá-los a se organizarem progressivamente. Primeiro, usando mais tempo, de modo a valorizar todas e cada uma das participações, independentemente se contribuem para o tema da discussão e, em seguida, dirigindo a discussão: por exemplo, combinando que um número determinado de alunos tomará a palavra, rodiziando as participações em cada roda, de modo que possa ajudar cada aluno a ganhar foco e consistência na argumentação. Seguem algumas dicas para fazer combinados claros com os alunos. Apresente a eles as regras básicas para que aprendam a trabalhar com os colegas e relembre-os sempre que necessário: Cada menino ou menina deve ser responsável pelo seu aprendizado e, também, pelo aprendizado do(s) companheiro(s). Não dá para deixar ninguém para trás! Todos devem participar das atividades, falando seus pontos de vista, ouvindo o(s) colega(s) e dando o melhor de si. Não vale conversar em vez de fazer a tarefa! É tarefa da dupla, do quarteto ou time pensar para resolver por si mesmos os problemas que forem propostos ou que surgirem. O professor pode e deve ser chamado a colaborar quando surgirem desafios, mas não pode resolvê-los pelos alunos.
  • 5. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 5 Para o professor, a gestão da sala de aula por meio de rodas, duplas, quartetos ou times (ao invés de trabalhar com cada aluno individualmente da turma) também é um aprendizado necessário. Uma dica importante para que você pratique efetivamente esse novo método de gestão da sala de aula é não confundir – nem deixar que seus alunos confundam – com o trabalho entre pares convencional. Vejam quais são as principais diferenças: Os problemas de convívio, disciplina, colaboração e organização também fazem parte da tarefa da dupla, trio ou time. Os alunos precisam descobrir quais são os problemas e pensar uma solução para eles antes de pedir ajuda ao professor. A tarefa de todos e de cada um é pensar sobre a atividade proposta pelo professor, procurando a solução sem se deixar vencer pelos obstáculos, e aprendendo com os erros e acertos. Esse esforço é mais importante do que acertar as respostas. Nas rodas de debate, todo mundo vai ter vez e voz para falar! E cada um vai aprender dar vez e voz para o colega. Todos vão se ouvir e aprender a argumentar! DE: Trabalho entre pares convencional Cada aluno preocupa-se consigo mesmo. Um aluno costuma fazer a tarefa pelo outro ou para os demais. As questões relacionais e produtivas não são trabalhadas pelos alunos. Tenta-se chegar ao resultado de aprendizagem independentemente do clima de interação entre os componentes. Há somente a avaliação global da dupla, do quarteto ou grupo. Mesmo que não participe, o aluno pode ser bem avaliado. O professor não se envolve com o trabalho dos alunos ou estabelece uma relação de dependência, dando respostas prontas ou resolvendo os problemas por eles. As competências relacionais – liderança, comunicação, confiança, colaboração – são alvo do trabalho da dupla, quarteto ou time. PARA: Trabalho de aprendizagem colaborativa Cada aluno se preocupa com o próprio rendimento, com o do colega e com o do time. A responsabilidade por organizar o trabalho é compartilhada por todos e, todos os estudantes têm que cumprir a tarefa. O resultado de aprendizagem é conquistado contando com a interação positiva entre os membros do time. Cada estudante é avaliado pelo próprio rendimento e pelo progresso dos demais. A partir dessa avaliação, a dupla, o quarteto ou time deve ser estimulado a ajudar e encorajar aqueles que precisam. O professor acompanha o trabalho dos alunos, circulando pelas duplas, quartetos ou times, orientando-os quando se desviarem da tarefa, estimulando que persistam na busca de solução e provocando-os a pensarem soluções antes de ouvirem sua opinião.
  • 6. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 6 Competências e Habilidades O SuperAção Já! propõe uma visão de educação em que o aluno está no centro dos processos educativos, que têm como objetivo a transformação do seu potencial em competências não apenas cognitivas, mas também pessoais, relacionais e produtivas1 . Essas competências se referem a quatro dimensões básicas para o desenvolvimento humano: aprender a ser, conviver, conhecer e fazer. É, então, uma visão de educação que propõe ampliar a formação oferecida pela escola para além da aprendizagem cognitiva e do domínio intelectual, incluindo o desenvolvimento de habilidades de convívio, pensamento e produção que são fundamentais para que os estudantes aprendam a fazer escolhas e a resolver problemas na escola e na vida. Essas habilidades são o que a literatura atual costuma chamar de “não cognitivas” e a grande vantagem de trabalhá-las na escola é que são consideradas decisivas em dois aspectos: para favorecer que a tão desejada aprendizagem cognitiva aconteça e para preparar as crianças, adolescentes e jovens para a vida. Neste Roteiro, escolhemos trabalhar algumas dessas habilidades, de modo que professores e alunos enfrentem, juntos, alguns dos desafios da educação para o século 21. São elas: Detalhamos, abaixo, cada habilidade. Autoconfiança A capacidade de confiar em si mesmo e sentir-se capaz de aprender é algo que depende do autoconhecimento do aluno, isto é, do quanto conhece, valoriza e usa seus pontos fortes e suas fragilidades nas situações de aprendizagem. O espelhamento do professor e dos colegas sobre essas forças e fragilidades é o principal caminho para que o aluno ganhe consciência e confiança em si mesmo. As principais dicas para ajudar os alunos desenvolverem a autoconfiança são: (1) antes das atividades ou desafios propostos, demonstre a eles que você confia na sua capacidade de 1 ANDRÉ, Simone. COSTA. Antônio Carlos Gomes da. Educação para o desenvolvimento humano. São Paulo: Saraiva/Instituto Ayrton Senna, 2004. Uma das bases fundamentais dessa concepção são as quatro aprendizagens indicadas no Relatório Jaques Delors: aprender a ser, conviver, conhecer e fazer. Todos os programas educacionais do Instituto Ayrton Senna têm como princípio as formulações propostas no Relatório Delors (UNESCO) e no Paradigma do Desenvolvimento Humano (PNUD). São programas desenvolvidos, aplicados e aprimorados em diferentes contextos educacionais e, como resultado dessa contribuição, o Instituto Ayrton Senna possui a Cátedra UNESCO em Educação e Desenvolvimento Humano. Reflexão 3 FORMAÇÃO PARA Autonomia (Habilidades para fazer escolhas) Colaboração (Habilidades de convívio) Gestão (Habilidades de gestão) Leitura (Habilidades de pensamento) HABILIDADE Autoconfiança: favorece a autonomia dos estudantes. Colaboração e Comunicação: favorece a colaboração entre os estudantes e com o professor. Autogestão: favorece a administração do tempo e das tarefas escolares. Leitura: favorece a capacidade de ler por prazer e o uso de estratégias de leitura na escola e na vida. Aprender a SER (Competências pessoais) Aprender a CONVIVER (Competências relacionais) Aprender a FAZER (Competências produtivas) Aprender a CONHECER (Competências cognitivas) DIMENSÃO
  • 7. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 7 descobrir o prazer de ler e aprender estratégias para ler melhor; (2) durante as atividades ou desafios, estimule que os alunos persistam na leitura e na busca de suas preferências como leitores, valorize suas atitudes positivas, mostre quais são as forças que estão usando e peça que se apóiem primeiro nessas forças e não nas fraquezas; (3) depois, avalie com eles quais forças usaram (o que já sabiam, o que descobriram, como chegaram lá, como os erros os ajudaram a aprender, o que cada um fez de especial, como foram vistos pelos colegas etc.), elogie-os e só trabalhe as dificuldades depois de assegurar-se de que estão confiantes para enfrentá-las. Os valores do professor influenciam fortemente a autoconfiança do aluno. Se você for um professor exigente, cuide para que suas expectativas e seu perfeccionismo não pareçam pressão ou perseguição. Altas expectativas são fundamentais para elevar o nível de aprendizado dos alunos, mas precisam ser combinadas com acolhimento e adaptadas ao rendimento de cada um. Por outro lado, se você for um professor mais flexível, cuide para que suas expectativas não pareçam baixas, subestimando ou infantilizando seus alunos. Ser adaptável é importante para que seus alunos se sintam respeitados, mas não pode ser confundido com descompromisso com a aprendizagem deles. Após realizar cada atividade deste Roteiro, observe se seus alunos estão se apoiando em suas forças para se relacionarem consigo mesmos, com você, os colegas e a leitura. Use as perguntas abaixo como indicadores para sua avaliação: Colaboração A principal condição para que os alunos interajam entre si, buscando colaborar uns com os outros é o reconhecimento do outro, como um igual, que possui os mesmos direitos e deveres, e como um diferente, que é fonte de crescimento e aprendizagem. Esse reconhecimento do outro é a base que permite a troca e a interação, a soma das intenções do outro às próprias intenções, para que se tornem ações e objetivos comuns. A regra de ouro que permite que a relação entre pares se torne colaborativa é aprender a se colocar no lugar do outro. Ao se colocar no lugar do outro, é possível compreendê-lo a partir de dentro, ou seja, a partir do seu próprio ponto de vista, do seu próprio interesse. A colaboração deve ser exercitada nos momentos de troca, de fazer juntos e de diálogo ou debate entre os alunos. Em especial nesses momentos em que falam e se ouvem, é importante convidar a todos para aprender a respeitar as ideias alheias, compreendê-las antes de discuti-las e discuti-las antes de criticá-las. Assim, como as demais aprendizagens (em especial, as não-cognitivas), a capacidade de se colocar no lugar do outro e de colaborar com ele é fortemente influenciada pelos valores transmitidos pelo professor. O professor que valoriza a criação, na sala de aula, de um clima de aprendizagem baseado na confiança, em que ele e os alunos resolvam os conflitos pelo diálogo, 1. A autoconfiança dos alunos será estimulada pouco a pouco ao longo do ano, por isso não é esperado que a maioria deles tenha se mostrado autoconfiantes ao final da Etapa Motivação. No entanto, é importante que ao final desta etapa todos tenham conhecido e exercitado algumas de suas forças. 2. Seus alunos conseguiram se expor diante do professor e dos colegas? 3. Eles se sentiram valorizados quando conseguiam realizar as atividades e confiantes para tentar novamente quando se deparavam com obstáculos? 4. Quantos demonstraram efetivamente confiança em si mesmos nas atividades de leitura? 5. Alunos mais tímidos se mostraram mais soltos nas atividades propostas? 6. Uma última dica: alunos que não são considerados bons em leitura conseguiram algum sucesso nas atividades?
  • 8. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 8 onde ouvir uns aos outros é tão importante quanto falar e, considera esses fatores na avaliação cotidiana que faz dos alunos, está oferecendo aos estudantes grandes oportunidades para aprenderem a conviver. Ao longo deste Roteiro observe se seus alunos estão usando a força do diálogo e da troca para se relacionarem com você, os colegas e a leitura: Comunicação Uma condição fundamental para que a colaboração entre as pessoas seja a base de um convívio verdadeiramente humano é a capacidade de comunicar-se, fazendo-se compreender e sendo compreendido pelo outro. Saber falar e saber ouvir são importantes habilidades para gerar entendimento, mediar conflitos pelo diálogo, negociar interesses, concordar e discordar, traduzir intenções, pensamentos e emoções, comprometer-se por meio de palavras e gestos etc. Colaboração e Comunicação são, ainda, ferramentas chave para superar a ausência de um repertório comum entre adultos e os mais jovens, que tem feito das famílias e escolas palcos de conflito entre gerações ou, tanto pior, de uma distância intransponível entre elas. É preciso que se abra espaço para um novo diálogo entre estudantes e adultos, um diálogo que tenha como ponto de partida o que são, o que têm, o que sabem, aquilo de que são capazes e, principalmente, o que podem trazer de contribuição para a escola e a sociedade se tiverem uma chance verdadeira de participar solidária e criativamente na construção do bem comum. Este Roteiro traz atividades especialmente voltadas a esse propósito. Então, empenhe-se para cuidar da sua comunicação com os alunos e estimulá-los a usarem o diálogo e a argumentação para fazerem-se e serem compreendidos pelos colegas. Ao longo deste Roteiro observe se seus alunos estão conseguindo se comunicar com clareza, argumentação e cuidado com o outro: 1. A capacidade de colaboração será desenvolvida ao longo do ano, por isso, não é esperado que a maioria deles tenha aprendido a se colaborar ao final da Etapa Motivação. No entanto, é importante que ao final desta etapa todos tenham tido a oportunidade de trocar experiências, de modo a vivenciar as situações colocando-se no lugar do outro. 2. Seus alunos conseguiram contribuir nas situações de trabalho em dupla, quarteto ou nas rodas de debate, falando e ouvindo uns aos outros? 3. Eles se fortaleceram mutuamente nas atividades, colaborando uns com os outros, em especial, quando um deles se mostrava com mais dificuldades? 4. Quantos demonstraram, efetivamente, esforço em respeitar as diferenças e aprender com elas? 5. Alunos mais individualistas aceitaram trabalhar com os colegas nas atividades propostas? 6. Uma última dica: alunos que são considerados problemáticos no convívio conseguiram se adaptar às atividades colaborativas? 1. A capacidade de se comunicar será desenvolvida progressivamente ao longo do ano. Por isso, não é esperado que a maioria dos alunos termine a Etapa Motivação sabendo se comunicar (falar e ouvir). No entanto, ao final desta etapa, é importante que a maioria dos alunos tenha exercitado em uma ou mais situações expor seus pontos de vista e ouvir os colegas. 2. Alunos mais calados começaram a expressar seus pontos de vista e interesses? Os mais falantes conseguiram dar chance aos colegas de serem ouvidos com atenção e interesse? >>> Continua...
  • 9. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 9 Autogestão (Organização para os estudos) A capacidade de se organizar para os estudos é uma das habilidades mais requeridas nessa nova etapa de escolarização dos alunos. Eles precisarão aprender a administrar o tempo, as tarefas, as prioridades, os estudos, as provas, os estilos de cada professor, os “comos” e “porquês” de cada disciplina... No entanto, todas essas novidades surgem na vida escolar dos estudantes sem que eles tenham sido preparados para enfrentá-las. Para que eles tomem para si a responsabilidade sobre essas novas tarefas (ao invés de optar pelas estratégias de sobrevivência mais comuns, tais como: deixar tudo para última hora, trabalhar sem material, depender dos colegas e do professor para saber o que precisa ser feito etc.), é preciso ajudá-los a desenvolver a habilidade de autogestão. Este Roteiro traz uma atividade especialmente voltada a esse propósito. Então, empenhe-se em motivá-los e orientá-los o melhor que puder para que façam essa atividade e aproveitem as dicas que ela traz para começarem a se aprimorar. Ao longo deste Roteiro observe se seus alunos estão conseguindo se organizar melhor para estudar e aprender: Leitura (Gosto e Compreensão) Estudantes que gostam de ler são melhores leitores? As avaliações indicam que sim. Os estudantes que se envolvem com a leitura por prazer e usam estratégias de leitura são leitores mais capazes de aprender. Por isso, no SuperAção vamos incentivar os alunos a lerem mais, inspirá-los a ler por prazer e ensinar estratégias para melhorar a compreensão leitora. Desse modo, vamos mobilizar e desenvolver duas capacidades, simultaneamente: ler por gosto e ler com compreensão. Para estimular o gosto pela leitura, vamos estimular que os alunos descubram suas preferências de leitura, aprendam a fazer a escolha de livros de modo consciente, tenham hábitos diversificados de leitura (jornais, revistas, textos escolares, e-mails, pesquisa por informações, bate-papo on line etc.), troquem experiências leitoras e colaborarem com os colegas, contagiem e sejam contagiados com o prazer de ler. Para associar a leitura a estratégias de controle de compreensão, os estudantes serão estimulados a iniciar a leitura buscando descobrir o que precisam compreender e, ao longo da leitura, verificar se: compreendem o que leem, procurar 1. A autogestão dos alunos será desenvolvida pouco a pouco ao longo do ano, por isso não é esperado que a maioria deles tenha se mostrado capaz de administrar o tempo e as tarefas ao final da Etapa Motivação. No entanto, é importante que ao final desta etapa você tenha proporcionado a oportunidade de todos eles conhecerem e exercitarem a organização para os estudos. 2. Alunos mais desorganizados melhoraram no cuidado com os materiais, as tarefas, os horários, as anotações no caderno? 3. Durante as atividades, eles se mostraram capazes de compreender e seguir as orientações, de se organizar para as tarefas demandas ou precisaram do apoio dos colegas e do professor? 3. Nas atividades de debate ou nas duplas e quartetos, os estudantes usaram o diálogo para resolver conflitos e a argumentação para expor suas formas de pensar? 4. Quantos demonstraram efetivamente a capacidade de falar ou de ouvir? 5. Uma última dica: alunos que são considerados pouco interessados ou bagunceiros conseguiram participar e se expor cooperativamente nas atividades?
  • 10. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 10 saber quais palavras, frases, parágrafos não entenderam corretamente, identificar as principais ideias presentes no texto e buscar ajuda para os pontos que não compreenderam. Nessa primeira etapa, você apresentará aos estudantes o convite para se relacionarem com a leitura de um jeito novo, oferecendo um forte motivo para aprenderem a gostar de ler. Além disso, começará a construir uma relação de maior abertura, troca e compromisso com os estudantes. Após realizar cada atividade deste Roteiro, observe se os alunos estão se engajando mais ativamente na descoberta de suas preferências de leitura e no uso de estratégias de compreensão: O plano de curso para que você, professor, pratique esses métodos com seus jovens alunos será composto pelas etapas do Protagonismo Juvenil, que serão distribuídas ao longo do ano, da seguinte forma: O Plano de Curso para 2012 SuperaçãoDeterminaçãoMotivação Dedicação Etapas Outubro/ NovembroJulho/Agosto Setembro Março/Abril Maio/Junho Quando Roteiro da etapa Superação (5ª série/6º ano) Roteiro da etapa Determinação/Perfeição (5ª série/6º ano) Roteiro da etapa Motivação (5ª série/6º ano) Roteiro da etapa Dedicação (5ª série/6º ano) Roteiros Despertar o interesse dos jovens para o mundo da leitura, por meio do trabalho colaborativo em duplas e em quartetos: Para tanto, a oportunidade de escolha dos livros pelos próprios estudantes é fundamental. Além disso, trabalharemos com algumas estratégias de compreensão leitora, tais como: formular e validar hipóteses. Objetivo 1. O gosto por ler e o uso de estratégias de compreensão serão desenvolvidos ou aprimorados progressivamente ao longo do ano. Ao final desta etapa, é importante que a maioria dos alunos tenha: trabalhado de forma colaborativa para se apropriar do espaço da sala de leitura, escolhidos seus livros e compartilhado leituras, identificado alguns vilões que os atrapalham para ler e praticado estratégias de controle da compreensão leitora. 2. Seus alunos participaram das atividades de leitura exercitando alguma estratégia de compreensão? 3. Eles ficaram felizes, animados ou ao menos curiosos com a proposta de trabalhar em duplas, colaborar com os colegas e exercitar a leitura livre? 4. Quando confrontados com dificuldades de leitura durante as atividades, os alunos apresentaram soluções e enfrentaram os obstáculos que surgiram? 5. Quantos trabalharam efetivamente nas atividades de leitura livre? 6. Uma última dica: Alunos que não costumam se interessar nas aulas regulares de leitura se destacaram de algum modo durante as oficinas?
  • 11. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 11 A Etapa Motivação é composta por sete atividades. Confira como estão organizadas: Bom trabalho! E não se esqueça: Seus alunos são a solução! Equipe do Programa SuperAção Já! - Instituto Ayrton Senna Atividade Descrição da Atividade CH prevista P. Carrossel Musical! Apresentar a proposta de trabalho na oficina e mobilizar a turma para ser protagonista na leitura. A estratégia para tal é uma dinâmica de integração. 2 h/aula 12 Detetives literários! Reunidos em duplas, seus alunos atuarão como detetives para descobrir os segredos da sala de leitura e fazer a primeira escolha de livros! 2 h/aula 17 Leitura para que te quero! Cada dupla será convidada a ler os livros escolhidos! A atividade propõe um momento para a troca de experiências leitoras, estimulando a expressão oral. 2 h/aula 20 Vamos nos organizar? Reunidos em quartetos, os alunos descobrirão uma estratégia para auxiliar a autogestão nas tarefas escolares. 3 h/aula 24 Tem avaliação na área! Promover um espaço de autoavaliação da turma e troca de experiências das conquistas e desafios da etapa! 1 h/aula 28 Hora do Desafio: Um Apólogo Estimular, de maneira lúdica a capacidade de compreensão leitora, utlizando estratégias para decifrar um conto de Machado de Assis. 2 h/aula 30 Fui à Feira Um divertido jogo para trabalhar aspectos da comunicação (oralidade) dos alunos! 2 h/aula 22 Conheça este Roteiro Expediente: Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna – Presidente Simone André – Coordenadora da Área de Educação Complementar Equipe Superação Jovem – São Paulo: Helton Lima e Silvia Mattiazzo –Gerentes de Programas Daniela Capelletti– Assistente de Programas Elaboração de materiais didáticos: Cynthia Sanches e Simone André Consultora em Leitura: Roselene dos Anjos Coordenação de Agentes Técnicos: Renata Monaco Maria Regina dos Santos Agentes Técnicos: Cléa Ferreira Juliana Sales Helena Faro Lisandra Saltini Rosimeire Moreira Silvia Lima
  • 12. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 12 1. Reúna os estudantes em uma grande roda todos sentados. Dê as boas vindas e, caso não conheça a turma, faça sua apresentação e peça que se apresentem, dizendo seus nomes. Explique que a oficina de Hora da Leitura trabalhará com uma nova proposta, AAttiivviiddaaddee11 CCaarrrroosseell MMuussiiccaall!! Objetivo da atividade: Promover a integração da turma e mobilizar os alunos para o trabalho com o SuperAção Já! na oficina de Hora da Leitura. Materiais necessários: Aparelho de som e música escolhida por você. Principais habilidades trabalhadas: Colaboração e Comunicação. Planejando a execução da atividade: ⋅ Leia todo o passo a passo da atividade buscando compreender a intencionalidade pedagógica da primeira atividade do SuperAção Já!. Por meio de uma dinâmica de integração, seus alunos se conhecerão melhor e se sentirão à vontade para trabalhar juntos em suas aulas. Mesmo que você já conheça sua turma, essa dinâmica é importante para proporcionar uma nova forma de apresentação de todos a partir de seus interesses e gostos, iniciando os trabalhos do ano com muita motivação! Essa atividade deve ocupar 1 aula. ⋅ Você pode fazer essa atividade na sala de aula ou em outro espaço da escola, contanto que seja possível realizar a movimentação que a dinâmica exige. ⋅ A preparação de um bom ambiente na sala de aula é um aspecto importante para que a aprendizagem ocorra. Portanto, utilize o quadro como apoio para sua comunicação (escreva uma frase de boas-vindas, registre os principais pontos de discussão da aula e as conclusões dos debates); torne as paredes da sala janelas para o conhecimento (utilize-as para expor os resultados finais das atividades, por exemplo); prepare o material necessário com antecedência; organize as carteiras, evitando assim, perder o tempo hábil da oficina. ⋅ Observe que a atividade se inicia em roda, com todos os alunos reunidos em plenária, de modo que possam se ver e serem vistos. Para isso, é interessante que você organize o espaço da sala de aula com as carteiras em roda antes da chegada dos alunos. Caso isso não seja possível, peça a ajuda da turma nessa tarefa. A organização dos alunos em roda proposta em muitas atividades, é uma estratégia pedagógica simples que, se utilizada com intencionalidade, possui um alto valor relacional (já que favorece a integração, a comunicação, o saber ouvir e falar). A roda também será utilizada ao longo das atividades com propósitos cognitivos. Os estudantes serão estimulados a compartilhar na roda como fizeram determinada atividade, aprendendo gradualmente a verbalizar seus pontos de vista, fazendo-se compreender pelos colegas e ouvindo-os com atenção, atuando como modelo e inspiração para seus colegas. No SuperAção Já! a roda é um momento para dar aos alunos a oportunidade de expressarem-se e, assim também, ensinar seus colegas. ⋅ A atitude cotidiana do professor também é responsável pela instauração de um bom clima de aprendizagem, portanto, exercite sua presença pedagógica, olhando com cuidado para cada aluno, chamando-o pelo nome, tendo sempre um elogio a fazer a cada um, explicitando que deseja ouvi-los, escutando a todos com atenção e interesse, sinalizando àqueles que não estão participando que deseja conhecer suas opiniões, driblando os velhos vícios que fazem com que o professor veja seus alunos como problemas e como responsáveis por não saberem conviver, participar e aprender. Para saber mais sobre o que é presença pedagógica, leia a Reflexão 2 (página 3).
  • 13. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 13 chamada SuperAção Já!, uma parceria da escola com o Instituto Ayrton Senna, onde eles terão a oportunidade de se tornar leitores antenados, escolhendo o que querem ler e descobrindo com prazer o mundo da leitura. Provoque-os dizendo que eles descobrirão aos poucos que nessa oficina vão aprender a gostar de ler como protagonistas e não mais como simples alunos. 2. Peça aos alunos que tentem descobrir por que essa proposta está sendo chamada de SuperAção Já!. Ouça-os com atenção e valide todas as hipóteses imaginadas pelos estudantes (todas as opiniões têm valor, ainda que surjam falas somente para ‘marcar a presença’ de determinado aluno). Esclareça que, a escola já trabalhava com o Programa SuperAção Jovem, voltado a estudantes protagonistas nas 7ª e 8ª séries (8º e 9º anos) e, atendendo a inúmeros pedidos dos alunos mais novos, a escola solicitou que o Instituto Ayrton Senna desenvolvesse uma nova proposta para as turmas das 5ª e 6ª séries (6º e 7º anos). Desse pedido, surgiu o SuperAção Já!, que é composto por quatro etapas que serão desenvolvidas durante o ano. Diga que a primeira etapa se chama “Motivação” e que vocês a estão iniciando hoje! 3. A seguir, peça que afastem as cadeiras e fiquem em pé, formando uma roda. Explique que essa primeira atividade da etapa Motivação tem como objetivo que todos se conheçam melhor e, para isso, vão vivenciar uma dinâmica. 4. Peça, em seguida, que alguns participantes formem um novo círculo dentro do círculo já formado. O número de participantes deve ser o mesmo nos dois círculos. 5. Coloque uma música alegre e oriente os estudantes para que ambos os círculos se movimentem no ritmo da música: o círculo de fora no sentido horário e o de dentro no sentido anti-horário. ⋅ Seus alunos das 5ª e 6ª séries (6º e 7º anos) trabalharão com a proposta do SuperAção Já! na oficina de Hora da Leitura e, também, na oficina de Experiências Matemáticas. Vale a pena esclarecê-los de que ambas as oficinas desenvolverão neles atitudes e habilidades de protagonistas, tanto em relação à leitura quanto em relação à matemática. O SuperAção Já! na escola. ⋅ O objetivo geral do trabalho com leitura no SuperAção Já! é proporcionar aos estudantes a oportunidade de: aprender a gostar de ler, escolhendo livremente o que querem ler; descobrindo seus gostos literários; compartilhando experiências de leitura com seus colegas e praticando estratégias que auxiliam na compreensão daquilo que leem. ⋅ Ser um leitor protagonista é, então, conquistar o controle de sua próprias experiências leitoras, a começar pelas escolhas dos livros. Ao longo do ano, seus alunos descubrirão os gêneros que mais gostam e colocarão a leitura em lugar de destaque suas rotinas. ⋅ Além dessas conquistas pessoais em relação à leitura, o leitor protagonista também exerce enorme influência na vida de outros leitores: seja colaborando durante atividades práticas de leitura, seja contagiando os colegas com o prazer de ler. O que é o “leitor protagonista”?
  • 14. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 14 6. Diga que, quando a música for interrompida, todos devem parar de rodar, procurando arrumar-se frente a frente, formando uma dupla. Faça alguns treinos com eles, até que consigam sempre parar e formar novas duplas. Oriente que a dinâmica se seguirá dessa forma, ou seja, sempre que a música parar, eles formam duplas diferentes. 7. Os pares devem dizer o próprio nome um ao outro e responder, ambos, a uma pergunta feita por você para que se conheçam um pouco mais. Seguem algumas sugestões de perguntas: Qual é a sua melhor qualidade? Qual é a qualidade que os outros mais admiram em você? Qual é o seu maior sonho? Qual e a sua maior força? O que você mais gosta na escola? Qual aula você mais gosta? Qual livro você mais gostou de ler? O que você gosta de ler fora da escola? 8. Após o término da dinâmica, peça para que se sentem formando novamente uma roda de conversa. Peça que alguns alunos façam comentários sobre o que acharam da vivência e dos colegas, contando o que descobriram sobre si mesmos e sobre os outros colegas da turma. 9. Para dar continuidade, faça um breve debate para ouvir quais são as expectativas da turma com relação à oficina e ao aprendizado da leitura para o ano. Pergunte, também, quais foram as últimas leituras que fizeram e há quanto tempo. As respostas de seus alunos indicarão se a leitura foi ou não uma das atividades que fizeram durante as férias (ou seja, se eles cultivam o hábito de ler por prazer e vontade própria). ⋅ No momento de roda de conversa, procure conhecer melhor cada aluno: saber do que gostam ou não gostam na escola, se gostam de ler na escola e fora dela, como se divertem, se têm uma ‘turma’ de amigos na escola ou fora da escola, o que fazem juntos, se já se conheciam... Instigue a curiosidade dos alunos, contando que no SuperAção Já! eles também terão uma turma! ⋅ Esta conversa proporcionará a você o reconhecimento dos conhecimentos prévios de seus alunos sobre suas motivações em relação à escola e à leitura. Conheça seus alunos. ⋅ Todas as vezes que a música parar, as duplas formadas deverão trocar suas respostas, ou seja, falarão ao mesmo tempo. Assim, ficará difícil você ouvir o que estão dizendo. Então, escolha a cada rodada (depois que todos já tiverem respondido a pergunta da vez), duas duplas para dizer em voz alta quais foram as suas respostas. ⋅ Para criar ritmo e tornar a dinâmica mais ágil, procure ouvir diferentes duplas a cada rodada. Por isso, fique de olho naqueles que ainda não falaram e dê voz a eles. Esse pequeno detalhe revela sua valorização dos alunos e estimulará a participação de todos. A condução e mediação do professor durante a dinâmica é fundamental!
  • 15. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 15 10. Explique que, durante o ano, quem já gosta de ler vai passar a gostar ainda mais e, quem não tem o hábito de ler, vai se apaixonar pelo mundo da leitura! Conte para eles, rapidamente, a sua história com os livros: Como você se apaixonou pela leitura? Por que decidiu se tornar professora de leitura? 11. A seguir, esclareça que o trabalho será realizado sempre em roda OU em duplas OU em quartetos. Nas situações de prática de leitura, haverá momentos de leitura individual e outros de leitura compartilhada. Por isso, reforce com eles a importância de respeitar algumas regras (escreva-as no quadro ou leve um cartaz). Atenção: Caso seus alunos já tenham tido a primeira oficina do SuperAção Já! com o professor de Experiências Matemáticas, eles já devem conhecer essas regras. No entanto, é bom reforçá-las e mostrar que vocês estão trabalhando conjuntamente! 12. Faça desse momento de apresentação das regras de trabalho, um debate, perguntando o que pensam delas e se já praticam determinadas regras. Combine, também, que quando estiverem trabalhando, seja em roda ou em grupos, é importante que levantem a mão quando queiram falar. Essa regra simples ajudará a turma a se organizar para ouvir e falar e o clima na sala de aula ficará muito mais agradável! ⋅ Quando você conta para seus alunos a sua história, imediatamente abre-se espaço na sala para um vínculo mais afetivo entre professor e estudantes. Conte quais foram suas dificuldades, como fez para superá-las, o valor da leitura em sua vida etc. ⋅ Conte que a aventura de vocês com a leitura está começando e que todos têm capacidade para se superar na leitura! A sua história de leitor. RODA: Falar suas opiniões. Ouvir as opiniões dos colegas. Colaborar com o professor para que a roda funcione e todos tenham vez e voz. DUPLAS ou QUARTETOS: Não querer fazer tudo sozinho! Não deixar o trabalho todo para o colega! Prestar atenção para não se distrair e ficar conversando em vez de trabalhar! Ajudar o colega quando ele estiver com dificuldades para fazer algo! Deixar o colega ajudar quando você estiver com dificuldades para fazer algo! Pedir ajuda ao professor quando estiver com alguma dificuldade que não conseguirem resolver sozinhos... mas só depois de tentarem resolver por si mesmos! Unir forças e ter dedicação para fazer tudo bem feito! Não ter medo de trabalhar junto com quem não conhece bem! ⋅ Uma importante premissa do SuperAção é que a aprendizagem se faz quando o aluno participa da aula, quando faz perguntas, expõe o que pensa e sente, como aprende e >>> Continua... Os estudantes e a palavra.
  • 16. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 16 13. Finalize a aula dizendo que no próximo encontro, vocês farão uma atividade em que todos serão detetives na sala de leitura! raciocina. Ao longo da trajetória escolar, os estudantes tendem a sofrer uma espécie de “emudecimento” gradual. São várias as razões que levam à isso, como a falta de espaços de escuta e de fala qualificados na sala de aula, timidez, medo em se expor etc. No que diz respeito ao trabalho que desenvolveremos na oficina de Hora da Leitura, buscaremos manter rotineiramente espaços em que os alunos sejam convidados a participar ativamente, falando, perguntando, se expondo. Para isso, é fundamental que você, professor, exercite sua presença pedagógica, acolhendo as diversas manifestações e ajudando-os a romper os entraves pessoais que levam ao emudecimento. ⋅ É importante também que os alunos tenham tempo para aprender a participar. De início, ao tomarem a palavra seus alunos podem perder o controle, falando demais, chamando a atenção para si, tumultuando a roda. Sempre que isso acontecer, valorize a animação e o desejo de participarem e os convide a ajudá-lo a organizar a discussão, de modo que todos falem, se ouçam e aprendam pouco a pouco a participar com objetividade, sem perder a espontaneidade. Dessa forma, a sua sala de aula será uma sala viva e amorosa, aonde professor e estudantes aprendem a dialogar verdadeiramente. ⋅ Caso a turma ou alguns alunos estejam tímidos, não tenha pressa: estimule-os, por meio de perguntas, a exporem suas opiniões nos momentos dedicados ao debate. Valorize, sempre, todas as participações, mesmo as que não contribuam diretamente com a atividade proposta. Dessa forma, os estudantes se sentirão encorajados a participar. ⋅ Seus alunos demonstraram motivação para participar da oficina e colaboraram entre si e com você durante os momentos de roda de conversa? ⋅ Foi possível identificar aqueles alunos que se mostraram mais afeitos à prática de leitura? Eles serão seus aliados durante o ano, até mesmo para ajudar os colegas mais fragilizados a conquistar o gosto pela leitura e a compreensão leitora. Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: ⋅ Reflita sobre suas facilidades e dificuldades em: o Fazer-se entender pelos alunos na apresentação da proposta do SuperAção Já! o Conduzir as dinâmicas. o Estimular a participação dos alunos e ouvir suas opiniões. ⋅ Compartilhe essa reflexão nas reuniões pedagógicas e, se preciso, peça apoio da Coordenação Pedagógica. Dicas para avaliar o seu próprio desempenho na condução da atividade:
  • 17. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 17 1. Para dar início à atividade, peça a sua turma que se dividam em duplas. Proponha que eles escolham se querem trabalhar com quem mais conhecem ou quem menos conhecem, para experimentar uma nova amizade. AAttiivviiddaaddee22 DDeetteettiivveess lliitteerráárriiooss!! Objetivo da atividade: Iniciar o processo de apropriação da sala de leitura e do acervo pelos alunos. Materiais necessários: Folhas Sulfites e Cópias da introdução e Capítulo 1 (páginas 1 a 4 do Caderno do Estudante). Principais habilidades trabalhadas: Colaboração e Leitura (Gosto). 1ª aula! ⋅ É possível que neste momento de formação das duplas, algumas “panelinhas” surjam. São aqueles alunos que já se conhecem, têm amizade e gostam de fazer tudo juntos. Isso não é um problema! No entanto, os alunos também precisarão aprender a trabalhar com colegas diferentes, por isso, ao longo do ano, vamos propor atividades para que os alunos experimentem trabalhar com outros colegas. Então, não interfira, nesse momento, caso alguns estudantes escolham trabalhar com quem já conhecem. ⋅ Podem acontecer alguns desafios, tais como: duplas que “restaram” na sala e não estão felizes em ficar juntas; estudantes inseparáveis pedindo para formar um trio, quarteto ou quinteto; alunos que não querem fazer o trabalho com nenhum outro colega... Nesses casos, é importante não perder a calma nem deixá-los desistir do trabalho. Esclareça que, assim como na vida, existirão momentos nas atividades da oficina em que eles vão se deparar com situações diferentes do que gostariam e que esses momentos serão muito importantes para que aprendam a enfrentar os obstáculos sem perder a motivação pelo trabalho a ser feito, sem desistir. Esse trabalho terá ainda mais valor do que o que for feito sem nenhum obstáculo. Além disso, eles terão muitas outras oportunidades para trabalhar em duplas e experimentar outros pares! Também é fundamental orientá-los que todos trabalharão juntos em algum momento, pois somente dessa forma eles poderão fazer da sala um verdadeiro time! No caso do aluno que se recusa a trabalhar com qualquer outra pessoa, procure >>> Continua... A formação das duplas. Planejando a execução da atividade: ⋅ Leia todo o passo a passo da atividade buscando compreender a intencionalidade pedagógica da atividade do SuperAção Já!. Essa atividade deve ocupar 2 aulas. ⋅ Prepare os materias necessários com antecedência (cópias da Introdução e Capítulo 1 do Caderno do Estudante para cada dupla, páginas 1 a 4 ), bem como planeje com o professor da sala de leitura a visita de sua turma naquele espaço para o desenvolvimento da atividade. ⋅ Os alunos se reunirão em duplas. Essa forma de trabalho será utilizada em outras atividades propostas neste Roteiro. Nessas atividades em duplas, eles exercitarão trabalhar juntos como uma instigante forma de aprender a colaborar e a assumir uma atitude de corresponsabilidade com o aprendizado do outro. ⋅ Continue exercitando a sua presença pedagógica. Aprender a gostar de ler tem muito a ver com o exemplo e a capacidade de escuta, incentivo e acolhimento do professor.
  • 18. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 18 2. Com as duplas formadas e sentadas juntas (a sala se assemelhará a “pequenas células de trabalho”, organizadas de tal forma que permita a sua circulação por entre as duplas para acompanhar os trabalhos), entregue as cópias da introdução do Caderno do Estudante (páginas 1 e 2) para cada dupla. Peça à um voluntário que faça a leitura, em voz alta, do texto. Observe que esse texto traz o convite para que os estudantes se tornem leitores protagonistas! Reforce essa ideia e mostre que você é um professor que abraça essa causa! Permita que os alunos tragam suas perguntas e dúvidas. 3. Então, escreva no quadro o nome da primeira atividade: “Detetives Literários!”. Entregue as cópias do Capítulo 1 (páginas 3 e 4 do Caderno do Estudante) para as duplas e esclareça que essa atividade será realizada na sala de leitura! Peça para cada dupla ler o conteúdo do Capítulo 1. Ao final, pergunte-lhes se têm alguma dúvida e esclareça sobre o objetivo da atividade. 4. O próximo passo é ir para a sala de leitura começar a investigação. Essa atividade pode se estender até a aula seguinte, por isso é importante combinar com a turma o tempo que têm para cumprir a tarefa! ⋅ O objetivo dessa visita à sala de leitura é iniciar o processo de apropriação desse espaço e do acervo pelos alunos. Por isso, as duplas de detetives deverão descobrir informações relativas ao funcionamento do espaço, bem como identificar 4 livros que tiveram vontade de ler. Para que isso seja possível, converse antecipadamente com o professor responsável pela sala de leitura para que ele também se prepare para receber a turma! ⋅ É importante que os estudantes tenham liberdade para manusear os livros por entre as prateleiras, pois o contato direto leitor-livros é fundamental para a formação de um leitor. O direito de escolha é a premissa de todo o trabalho no SuperAção Já!. ⋅ Algumas perguntas podem ser respondidas pelo professor da Sala de Leitura para toda a turma reunida. Oriente seus alunos que o objetivo não é descobrir as respostas mais rapidamente, mas sim, organizar de forma escrita e clara as respostas para elas. Sendo assim, as questões do bloco 1, podem ser respondidas pelo professor da sala de leitura com todo o grupo reunido, ou com várias duplas reunidas. O que está em jogo é a capacidade de atenção e de elaboração das respostas! ⋅ Já as demais questões, deverão ser investigadas pelas duplas separadamente. Incentive-os a não mostrar o que descobriram até o final da atividade! O objetivo da atividade: ⋅ Observe o comportamento das duplas na sala de leitura: elas estão interagindo positivamente com o espaço e respeitando as regras do local? Estão empenhadas em descobrir os 4 livros que têm vontade de ler? Ambos integrantes da dupla estão trabalhando conjuntamente? ⋅ Procure percorrer a sala de leitura e acompanhar de perto o trabalho dos estudantes. Mostre que você os está apoiando, mas não faça as tarefas por eles! Durante o trabalho das duplas. ouvir suas razões separadamente, pois ele pode esconder algum desconforto justificável ou se sentir inseguro ou, ainda, não estar suportando a frustração. Para ajudá-lo a amadurecer, fortaleça-o em sua capacidade de colaborar e mostre que ele é importante na sua turma! Se não for possível solucionar, convide-o a fazer uma nova tentativa nas próximas oficinas.
  • 19. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 19 5. Para finalizar a atividade, reúna a turma na sala de aula, todos em roda. Pergunte para uma dupla o que descobriu com relação às questões do box 1. A seguir, pergunte se alguma outra dupla descobriu alguma outra informação relevante que não foi falada. Lembre-se de pedir para aqueles que queiram falar, levantar a mão. Reforce que as regras da sala são importantes para que a mesma funcione adequadamente! 6. A seguir, peça para outra dupla dizer o que descobriu com relação à conversa com o professor da sala de leitura (box 3). Use o mesmo procedimento, abrindo espaço para outras duplas se manifestarem e completarem as respostas. 7. Pergunte se todos descobriram o significado da palavra “bibliófilo”: questione se foi difícil encontrar, onde pesquisaram etc. Mostre que essa palavra é composta de dois radicais vindos da língua grega: biblio (livro) e filia (amizade, amor). É interessante mostrar que as palavras contém história e que muitas vezes, apenas pela dedução do significado de seus radicais é possível compreender o seu sentido. Peça para alguns estudantes falarem se consideram-se ou não bibliófilos. 8. Por fim, peça às duplas que falem o título dos livros que escolheram. Se possível, peça- lhes que levem esses títulos para a sala de aula, compondo um grande painel no centro da roda. Parabenize-os pelas escolhas e pergunte quais foram os critérios que usaram nessa decisão. Escreva no quadro as respostas da turma e chame a atenção para critérios como: 9. É interessante mostrar que, não importam os critérios utilizados, todos puderam exercitar a capacidade de escolha. Incentive-os a começar a leitura por um dos livros escolhidos. Caso uma dupla se interesse pela leitura de um título escolhido por outra, não tem problema: é só negociar. Tem livro para todo mundo! 10. Recolha os Capítulos 1 preenchidos pelas duplas e guarde-os em uma pasta. Lembre-os que na aula que vem, cada um lerá o livro escolhido. Portanto, quem quiser começar a ler, já pode iniciar a leitura em casa! Título. Leitores mais e menos experientes costumam ser atraídos pelo título. Capa. Uma imagem vale mais do que mil palavras...Por isso, a capa é um bom chamariz para prender a nossa atenção. Autor. Quanto mais conhecemos sobre o mundo da leitura, mais descobrimos autores que têm a ver com a gente. É sempre bom ler títulos de um autor que nos inspira e nos diverte! Orelha do livro. Ler a orelha do livro é legal para ter mais informações sobre a obra. Às vezes, só o título ou a capa não ajudam a definir uma escolha, por isso, ler a orelha pode fazer a diferença! Índice. Alguns livros têm índice, que nada mais são do que subtítulos... Pelo índice podemos ter mais pistas sobre o desenrolar da história e isso pode ajudar na nossa decisão da escolha! Gênero. Tem gente que gosta de poesia e já corre para encontrar livros desse gênero, tem gente que gosta de história que fale de amor, de amizade, de mistério. Esse também pode ser um bom indicador na hora de escolher a leitura! Número de páginas. Geralmente, os leitores em formação preferem livros mais curtos. Isso não é um problema, desde que o leitor curta seu livro, se envolva e queira ler cada vez mais...Conforme ganhamos confiança e experiência leitora, com certeza passamos a nos aventurar na leitura de livros com muitas páginas! 2ª aula!
  • 20. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 20 1. Reúna os alunos em uma grande roda, perguntando quem já começou a leitura do livro escolhido em casa. As respostas dos alunos serão bons indicadores do nível de motivação da turma com relação às leituras escolhidas. Ouça alguns depoimentos de quem iniciou a leitura, perguntando se estão gostando ou não, se têm alguma ideia do que vai acontecer no decorrer do texto etc. Para aqueles que ainda não iniciaram a leitura, diga que terão tempo para fazê-lo. 2. Estimule aqueles que já começaram a ler para que ‘contagiem’ os colegas. Para isso, pergunte-lhes como se prepararam para a leitura: em que local preferem ler, em qual horário etc. Esclareça que a leitura de um livro ‘pede’ condições especiais para que o leitor curta o que está lendo. 3. A seguir, explique o objetivo da atividade do dia: cada dupla deve se reunir para ler os livros escolhidos! Por isso, certifique-se de que cada um esteja com o seu livro em mãos, para dar início à leitura ou para continuá-la. 4. Peça que as duplas se reúnam e diga que eles farão uma “leitura conjunta”: cada um deve ler um trecho do seu livro em voz alta para seu colega. Esclareça as regras do trabalho do dia: 1ª aula! AAttiivviiddaaddee33 LLeeiittuurraa ppaarraa qquuee ttee qquueerroo!! Objetivo da atividade: Realizar, em duplas, a leitura dos livros escolhidos. Materiais necessários: Livros escolhidos pelos jovens durante a atividade anterior. Principais habilidades trabalhadas: Autoconfiança, Leitura (Gosto e Compreensão). Planejando a execução da atividade: ⋅ Leia todo o passo a passo da atividade buscando compreender sua intencionalidade pedagógica. Você pode realizá-la sob a sombra de uma árvore, na sala de leitura, com os alunos sentados em almofadas etc. O importante é que, nesse momento de leitura, eles possam relaxar e se sentir confortáveis com o livro. Nesse momento, é recomendável qu você se reúna com a turma em um mesmo espaço ou em espaços contíguos para facilitar a sua supervisão do grupo. Essa atividade deve ocupar 2 aulas. ⋅ Combine com o professor da sala de leitura, bem como com os demais funcionários que seus alunos poderão ir até lá para ler, porque essa atividade faz parte da oficina de Hora da Leitura. ⋅ É importante que você leve para a sala de aula alguns títulos adequados para a sua turma, pois caso haja algum estudante que tenha esquecido seu livro ou, até mesmo, não tenha conseguido realizar uma escolha, ele possa contar com a sua orientação. ⋅ Quem está ouvindo a leitura pode pedir para parar a qualquer momento, seja porque não entendeu determinado trecho e quer que o colega o releia, seja porque gostou muito de determinada passagem e quer comentá-la! ⋅ Quem está lendo precisa ficar atento: não vale começar a leitura sem contar ao colega sobre o que já leu (caso já tenha iniciado a leitura em casa) e não vale ler muito rápido ou muito baixo. Vale parar a qualquer momento para comentar a leitura! As regras da leitura em dupla!
  • 21. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 21 5. Regras esclarecidas? Então, oriente que eles escolham um local confortável na sala de aula ou no local escolhido e lembre-os que é importante que as duplas procurem não interferir na leitura de outras duplas! 6. Oriente-os a estabelecer um tempo para a leitura. Dessa forma, eles conseguem organizar que cada um leia um pouquinho e cada dupla fica por dentro das histórias escolhidas! 7. Minutos antes de terminar o tempo da aula, peça-lhes, de maneira delicada, para que voltem ao ‘mundo real’. Formem uma roda de conversa e compartilhem as sensações proporcionadas pela leitura. Peça para que algumas duplas falem sobre essa experiência de ler junto. 8. Mostre que o momento da leitura é único, pois nesse momento, o tempo é do leitor. A formação e a prática de um leitor envolvem ler em diversos tempos e lugares. Por isso, oriente-os que quando forem continuar a ler em casa, é importante que se organizem para ter o máximo de prazer com o livro. Por exemplo, não dá para ler e assistir a programas de televisão ao mesmo tempo! 9. Repita essa atividade de leitura por mais uma aula.2ª aula! ⋅ Se as duplas utilizaram o período da aula dedicando-se à leitura, isso é um ótimo sinal! Indica que estão trabalhando de forma colaborativa e trocando experiências leitoras. Estimule-os a continuar a leitura de seus livros em casa e após terminá-la, caso tenham interesse, podem ler também o título escolhido pelo colega! ⋅ Caso você identifique alunos com dificuldades leitoras, estes precisarão mais do seu apoio. Tente saber se a dificuldade é de se aquietar para ler; de compreender o texto; de resistir aos ‘chamados’ do ambiente ou dos colegas; de se relacionar com o texto etc. Então, busquem uma solução para esse desafio. Se precisar de ajuda, não deixe de entrar em contato com os profissionais responsáveis pelo acompanhamento de sua escola na Diretoria de Ensino e/ou no Instituto Ayrton Senna Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: ⋅ Verifique se todos estão à vontade com os livros. Garanta um ambiente de calma e tranquilidade – nada de muito barulho ou interrupções! Para aprender a gostar de ler é preciso entrar de cabeça na aventura do livro, é preciso um tempo para ‘desligar’ do mundo real. ⋅ Se possível, deixe uma jarra com água potável e copos de plástico por perto. ⋅ Observe a reação de cada aluno durante a leitura: as duplas estão interagindo positivamente com os textos? Percorra a sala e observe como estão trabalhando! ⋅ É importante que o professor também aproveite o momento para ler. O professor é um grande modelo para os jovens. Por isso, não fique de fora: depois de observar os alunos por algum tempo, sente-se confortavelmente com eles e leia também! Para estimular a leitura:
  • 22. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 22 1. Organize uma roda e explique aos estudantes que você proporá uma brincadeira que vai exigir deles atenção, concentração e memória. Para que a brincadeira dê certo, eles precisam respeitar o tempo e a fala dos colegas. Esclareça que será necessário dar oportunidade a todos de completarem seu raciocínio para que cada rodada da brincadeira vá o mais longe possível e se torne cada vez mais desafiadora. 2. Explique que o jogo consiste em repetir e completar a frase “Fui à feira e comprei...” Na sequência da roda o primeiro aluno diz “Fui à feira e comprei batata”. O segundo tem que dizer: “Fui à feira e comprei batata e cenoura”. O terceiro tem que repetir o que o anterior disse, acrescentando mais um produto, por exemplo “beterraba”. Assim segue a roda: todos precisam repetir o que o colega anterior disse, na ordem que ele disse, acrescentando mais alguma coisa. 3. Somente depois de dar todas as orientações, comece a brincadeira completando a frase com o primeiro elemento. 4. A brincadeira deve ser repetida até todos considerarem que conseguiram exercitar bem a memória e a concentração. AAttiivviiddaaddee44 FFuuii àà ffeeiirraa Objetivo da atividade: Desenvolver as habilidades linguísticas de falar e de escutar. Materiais necessários Folha sulfite. Principais habilidades trabalhadas: Comunicação e Colaboração. 1ª aula! ⋅ Esclareça as regras do jogo e certifique-se que todos compreenderam: 1. Ninguém pode ajudar ninguém, devendo manter silêncio até chegar a sua vez! 2. Quando algum aluno perder a sequência exata ou se esquecer de algum elemento dito por um colega, a brincadeira tem que parar e começar de novo. Quem recomeça o jogo é exatamente o aluno esquecido. 3. Todos precisam gravar a sequência dos elementos que entraram na frase, pois isto é necessário tanto para que se identifique o erro de algum colega quanto para que se consiga fazer as repetições quando chegar a vez de cada um! 4. Para o jogo ficar legal, os alunos não podem deixar a brincadeira esfriar, perdendo muito tempo pensando. Desafie-os a fazer com que a roda se desenvolva o máximo possível sem parar! As regras do jogo! : Planejando a execução da atividade: ⋅ Nesta atividade, os alunos serão desafiados a ouvir com atenção os colegas, desenvolvendo habilidades linguísticas de falar e de escutar. É necessário deixar as regras bem claras para que todos participem do jogo com responsabilidade e criatividade. Você precisará de 2 aulas para realizar essa atividade. ⋅ Os alunos exercitarão a capacidade de dar continuidade a uma narrativa oral estabelecendo conexão com as falas anteriores. Para isso, deverão ser capazes de exercitar a memória para repetir palavras que foram faladas pelos colegas anteriores.
  • 23. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 23 5. Na aula seguinte, faça uma roda de conversa e avalie com os alunos as dificuldades e o esforço que cada um desprendeu para realizar o jogo e buscar acertar o máximo possível. Pergunte a eles que estratégias utilizaram e o que foram exercitando durante o jogo. Pergunte também o que puderam aprender com a atividade. Leve-os a refletir sobre a importância de ouvir o outro, de ter atenção, de buscar concentração para realizar bem outras atividades do dia-a-dia. Faça-os estabelecer relações entre o exercício que vivenciaram durante o jogo e outras situações que eles vivem na escola. Pergunte: Ouvir o outro, ter atenção e saber concentrar-se são habilidades fundamentais em que situações? ⋅ Esclareça que não se espera que os alunos acertem e se lembrem de todos os elementos, afinal é complicado guardar na memória tanta coisa em tão pouco tempo! Converse com eles que o mais importante e o que se espera deles é o exercício da memória, através da atenção, concentração e escuta do outro. O importante é que eles tentem se lembrar do máximo possível de elementos, buscando não se distrair com outras atividades fora do contexto. ⋅ Fale que este exercício é importante para que eles aprendar a lidar com o ambiente de estudo e concentração, necessário para a aprendizagem e para a leitura. Acrescente ainda que o que importa mesmo é a participação e a colaboração de todos e, no plano individual, a vontade de acertar e o propósito de se concentrar e desenvolver a atenção é o maior prêmio que cada um pode se dar. No jogo, o importante não é lembrar de tudo... ⋅ No final da atividade, avalie se os alunos conseguiram se organizar de forma a criar um clima de atenção e concentração; souberam ouvir os colegas com atenção, mantiveram o foco no jogo e nos objetivos da atividade e conseguiram, à medida que o jogo foi se desenvolvendo, aperfeiçoar a atenção, a concentração e a memória. Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: : 2ª aula!
  • 24. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 24 1. Reúnam-se na sala de informática da escola. Peça para as duplas já formadas se reunirem com outra dupla, formando assim, um quarteto. Conte que a atividade do dia será importante para fortalecer a capacidade de organização deles para enfrentarem as variadas tarefas que têm como estudantes. 2. Pergunte se eles estranharam a mudança do EF I para o EF II e como se organizam para dar conta de todas as tarefas escolares, se já se atrapalharam com datas de provas, entregas de trabalho etc. Peça que levantem a mão para falar e abra espaço para ouvir alguns estudantes. AAttiivviiddaaddee55 VVaammooss nnooss oorrggaanniizzaarr?? Objetivo da atividade: Oferecer instrumentos para que os estudantes se organizem para as tarefas escolares. Materiais necessários Cópias do Capítulo 2 (páginas 5 e 6 do Caderno do Estudante), cartolinas e canetas coloridas diversas. Principais habilidades trabalhadas: Autogestão (organização para os estudos). 1ª aula! Planejando a execução da atividade: ⋅ Recomendamos que essa atividade se inicie na sala de informática da escola, pois os estudantes assistirão um vídeo na internet. Então, verifique a disponibilidade desse espaço, bem como a conexão à internet. ⋅ Leia toda a atividade para se assegurar da condução do trabalho. Observe que os alunos se reunirão em quartetos. Essa atividade deve ocupar até 3 aulas. ⋅ Separe todo o material necessário para a confecção dos calendários. É importante oferecer opções de papéis e canetas colorias para os alunos, de modo que a criatividade deles seja estimulada. Você pode pedir ajuda ao professor de artes da escola para que ele o auxilie na escolha dos materiais! ⋅ O processo de transição pelo qual os alunos do 1º ciclo do Ensino Fundamental passam ao ingressarem no 2º ciclo é uma passagem que exige dos alunos adaptação, afinal, a 5ª série tem uma organização bem diferente das anteriores e necessita de um trabalho pedagógico que leve em conta esta transição. ⋅ Silva (1997), realizou uma pesquisa sobre a passagem da 4ª para a 5ª série, na qual afirma que é bastante comum o argumento recorrente sobre a alteração do número de professores e a fragmentação entre as disciplinas quando se discute o fracasso escolar na 5ª série. Isso porque, segundo a autora, por trás do número de professores está o tipo de trabalho que realizam, seus objetivos, seus conteúdos e seus fundamentos. ⋅ A mudança da organização escolar, que até a 4ª série se dá com apenas um professor, para uma composta por, no mínimo, oito professores é um fator que requer dos alunos uma adaptação imediata. O horário da professora da 4ª série favorece uma rotina de aula mais próxima do aluno, possibilitando um tempo maior para acompanhar a realização das atividades, além disto, na 4ª série as trocas afetivas são favorecidas pelas conversas da professora com os alunos e garantidas pelo maior tempo de permanência em sala de aula. >>>Continua... As particularidades dos estudantes das séries iniciais do EF II. :
  • 25. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 25 3. Após esse breve debate, provavelmente você identificou algumas dificuldades dos alunos com relação à autogestão das tarefas escolares e do tempo para a realização destas. Diga que vocês pensarão, juntos, sobre esses desafios, pois em sua oficina haverá espaço para aprender a gostar de ler e, também, a se organizar para os estudos! 4. Então, peça que cada quarteto escolha um líder para conduzir a atividade no grupo. A tarefa deles será organizar os trabalhos de sua equipe e ajudar a controlar o tempo da tarefa. 5. Entregue para cada quarteto uma cópia do Capítulo 2 (páginas 5 e 6 do Caderno do Estudante). Peça aos líderes que leiam a primeira página do Capítulo 2. Dessa forma, todos os quartetos estarão reunidos frente à um computador para assistir ao vídeo da música “O Caderno”, de Toquinho e Mutinho. 6. Após todos terem assistido ao vídeo, peça-lhes que discutam e respondam oralmente com seus colegas de quarteto, as questões da página 6 do Capítulo 2. 7. Após esse momento, aponte para a necessidade de, na escola, encontrarmos uma organização pessoal para nossas anotações. Cada um pode e deve achar a melhor maneira de se organizar, mas, para não nos perdermos e para orientar melhor nossos compromissos na escola e no dia-a-dia, o que não pode faltar é o planejamento e a organização. ⋅ As séries iniciais, especialmente as 5ªs séries, revelam novas exigências para os alunos. Enquanto para o professor do EF I é comum a exigência de um caderno organizado, letra bonita, capricho nas tarefas e um controle das tarefas de casa, assim como um diálogo mais próximo da família; os professores do EF II exigem que os alunos sejam mais independentes para realizar as tarefas. Muitos destes alunos, que anteriormente estavam acostumados com uma rotina de cobranças, sentem necessidade da aprovação ou elogio do professor, o que dificilmente ocorre e, com o tempo, acabam se desmotivando. ⋅ É necessário, portanto, que o professor tenha uma atuação diferenciada ao trabalhar com alunos das séries inciais do EF II, quando os alunos são desafiados a corresponderem a novas expectativas, diferentes das já conhecidas: diferenças nas formas de tratamento dos professores para com seus alunos e vice-versa, a distribuição das matérias por diferentes profissionais, a divisão de tempo para as aulas por matéria e até no uso do material escolar. Segundo Leite (1999), as ações docentes devem ser guiadas pelos objetivos que se pretende alcançar nesta série, mas, além disso, cabe aos professores organizarem e orientarem suas práticas em função do comportamento desses alunos. ⋅ Silva (1999) aponta como um perfil de bom professor das séries iniciais do EF II: o uso de vocabulário acessível ao aluno, a forma de conduzir a atividade, o aproveitamento das contribuições dos alunos em sala de aula, o compromisso dos professores com a tarefa de ensinar e uma preocupação com o aspecto social no sentido de “fazer algo por esses estudantes. ⋅ Com professores diferentes e horários de aulas predefinidos e espalhados pelos dias da semana, a necessidade de se organizarem para as datas de entrega de trabalho, as provas marcadas etc, os alunos precisam administrar uma vida escolar mais complexa, devendo ser preparados para esta nova exigência. Para auxiliar nesta organização, propomos essa atividade.
  • 26. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 26 8. Na aula seguinte, reúna-os novamente nos mesmos quartetos e escreva no quadro os dois pontos que não podem faltar para orientar os estudos: o planejamento e a organização. Pergunte-lhes se todos têm anotado o horário de aulas semanais, falando da importância desta anotação para organizar materiais e planejar o dia. Caso nem todos tenham anotado, ajude-os, copiando no quadro o horário de aulas da turma. 9. Peça que cada quarteto construa, numa folha em branco, um calendário do mês em que estão, contendo os dias da semanas, a partir do domingo e colocando neles as datas, como mostra o exemplo: 10. Peça, em seguida, que pintem datas em que já foi marcado algum compromisso escolar comum a todos da classe: prova, apresentação de grupos, entrega de trabalho, leituras, excursão etc. Solicite que eles busquem se lembrar de todos os compromissos porque isto será importante para a realização da tarefa seguinte. 11. Em seguida, lance o desafio: os grupos deverão confeccionar um calendário de compromissos escolares para o ano. Eles devem pensar no formato, nos desenhos, símbolos e dicas para que o calendário se transforme em um instrumento que toda a turma poderá utilizar para se planejar e ter um bom desempenho em todas as atividades da escola. Mostre este exemplo de calendário: 2ª e 3ª aulas!
  • 27. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 27 12. Para realizar o calendário, cada quarteto deve levar em conta os compromissos já marcados no calendário do mês que fizeram e também prever outros compromissos que possam aparecer durante o ano. 13. Após os grupos confeccionarem os calendários, peça aos líderes para apresentarem a proposta de cada quarteto, mostrando a vantagem de se utilizar aquele ou aqueles modelos como calendário da classe. 14. Esclareça aos alunos que esse calendário funciona como uma “memória externa”, que nos ajuda a lembrar dos compromissos (seria impossível recordar de tudo sem essa ajudinha!), sendo importante para o planejamento e organização do nosso tempo, nos auxiliando a lidar com prazos e metas. 15. No final, todos votam pelos projetos mais interessantes e, no caso de votarem em mais de um projeto, definem qual será utilizado em cada mês no decorrer do ano. Se os alunos acharem interessante, pode-se pedir aos quartetos cujos projetos foram aprovados que confeccionem uma miniatura para copiar e entregar a todos os colegas da classe. 16. Continue arquivando os Capítulos 2 em sua pasta. ⋅ É importante que você explique que as propostas de cada quarteto serão avaliadas pela utilidade do calendário, pelas dicas que ele traz, pela criatividade, pela funcionalidade: se o calendário chama a atenção para os compromissos de uma forma marcante, se as datas e os compromissos ficam visíveis e torna a leitura fácil e chamativa para todos etc. ⋅ Saliente que os projetos aprovados serão confeccionados em forma de cartaz para ser afixado na sala de aula e poderão também ser xerocados mês a mês para todos os alunos. Auxile-os com dicas durante a realização do calendário pelos grupos. : ⋅ Fale do bom hábito que algumas pessoas mantêm de anotar todos os seus compromissos em agendas e do capricho que algumas pessoas cultivam de fazer agendas muito pessoais, coloridas e com marcas bem criativas. ⋅ Seria muito interessante que, a partir desta atividade, seus alunos adquirissem o hábito de criar uma agenda, ou seja, caderno com dupla função: para registrar suas anotações pessoais e para se organizar no dia-a-dia. Convide-os a manter uma agenda pessoal! : ⋅ Observe se seus alunos se empenharam na construção dos calendários e se avaliaram que essa atividade os ajudou na organização pessoal das tarefas escolares. Um bom indicativo disso foi o grau de envolvimento deles na feitura do calendário. ⋅ Ao longo do ano, observe a apropriação da turma com o calendário. Estimule que continuem preenchendo-o e consultando-o! Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: :
  • 28. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 28 1. Peça que os alunos se reúnam em quartetos e esclareça que o objetivo dessa atividade é promover uma avaliação das atividades da Etapa Motivação, bem como conhecer os vilões que estão atrapalhando o desempenho na leitura. 2. Para isso, entregue para cada quarteto uma cópia do Capítulo 3 (páginas 7 e 8 do Caderno do Estudante). Oriente-os que escolham um novo líder para organizar essa tarefa e tomar nota. Estabeleça um tempo para que concluam a tarefa. Acompanhe os trabalhos percorrendo a sala e esclareça as dúvidas que surgirem. 3. Ao final do tempo combinado, reúna a turma em roda e convide os líderes para ficar em pé. Combine com a turma que é o papel de todos apoiá-los nesse momento, ouvindo-os com atenção e respeito, pois não é uma tarefa simples falar em público! Observe que no Capítulo 3 existem algumas dicas para os líderes organizarem as apresentações. Pergunte-lhes se estas foram úteis e incentive-os a experimentá-las, realizando, por exemplo, a leitura dos resultados de seu quarteto, em pé e em voz alta, propiciando dessa forma que todos possam vê-los. 4. A seguir, pergunte quem quer começar pela leitura da primeira questão sobre os vilões que estão atrapalhando a leitura. É importante, após a identificação dos vilões que estão perseguindo os integrantes de cada quarteto, que você esclareça que a meta da oficina é superá-los. Para isso, cada um precisa querer lutar contra os vilões e você, como professor, está ali para ajudá-los no que for preciso! 5. Prossiga com a leitura das respostas da segunda questão, que pede aos quartetos que identifique qual foi a atividade preferida nessa etapa do SuperAção Já!. Anote no AAttiivviiddaaddee66 TTeemm aavvaalliiaaççããoo nnaa áárreeaa!! Objetivo da atividade: Avaliar os vilões que atrapalham a leitura e o desenvolvimento da etapa Motivação. Materiais necessários Cópias do Capítulo 3 (páginas 7 e 8 do Caderno do Estudante). Principal habilidade trabalhada: Comunicação. Planejando a execução da atividade: ⋅ Leia todo o passo a passo da atividade para compreender a intencionalidade pedagógica da atividade. Essa é uma atividade que propõe uma avaliação, em que os estudantes elaboram e organizam suas experiências até o momento. É uma avaliação do processo que serve para que o professor acompanhe o desenvolvimento da turma ao longo do ano. Essa atividade deve ocupar 1 aula. ⋅ É importante que você tenha feito uma avaliação prévia do desenvolvimento dos alunos a partir dos seguintes pontos: participação nas atividades, desempenho nos trabalhos em duplas e em quartetos e aprendizado das habilidades de leitura apresentadas. Nesse exercício, você deverá identificar aqueles alunos que estão se saindo muito bem e aqueles cuja participação ou desempenho podem ser melhorados. É especialmente interessante confrontar as suas observações sobre esses estudantes mais fragilizados com a autoavaliação que farão na atividade. ⋅ Providencie cópias do Capítulo 3 (páginas 7 e 8 do Caderno do Estudante) para cada quarteto.
  • 29. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 29 quadro as respostas de todos os grupos. O resultado final permitirá que todos descubram as atividades que a turma mais curtiu fazer. 6. A seguir, peça que digam qual foi a nota da autoavaliação das leituras realizadas até o momento. Observe que essas notas podem indicar aqueles estudantes que precisam de maior apoio e estímulo: a nota 0 (zero) indica quem não começou a ler e a nota (1) indica quem não está gostando da leitura. Esses alunos serão alvo privilegiado do trabalho na próxima etapa. 7. Faça a sua devolutiva sobre o que observou do desempenho da turma com relação ao trabalho em duplas/quartetos: o que mostraram que têm de melhor e no que podem melhorar? Faça comentários positivos estimulando-os a superar as dificuldades identificadas na próxima etapa do SuperAção Já!. 8. Abra espaço para que eles falem sobre o seu desempenho! Mostre que você está sempre se aperfeiçoando como professor e que a troca de opiniões é importante! 9. Recolha todas as avaliações, pois elas podem ser bastante úteis para você durante o trabalho do ano. Parabenize a turma e esclareça que antes de iniciar a próxima etapa, vocês farão um desafio de leitura colaborativa muito legal! ⋅ Ao abraçar a causa de ver, sentir, pensar, decidir e agir em relação aos seus alunos como solução, você optou por tornar-se parceiro de sua turma. Por isso, em vários momentos deste Roteiro, trabalhamos com atividades em que eles foram convidados a expor suas opinões, a falar em público e a construir argumentos. Essa avaliação é mais um desses momentos, em que você e a turma têm a oportunidade de trocar opinões sobre o desenvolvimento do trabalho até o momento. E, ouvir o que eles têm a dizer sobre o seu trabalho é um grande combustível para continuar se superando como professor que acredita no potencial das novas gerações. Professor e alunos parceiros!
  • 30. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 30 1. Reúna os alunos nos quartetos e entregue uma folha de papel para cada um. Explique que terão como desafio uma atividade de leitura colaborativa. Para isso, eles serão desafiados a bancarem os detetives, mas com uma tarefa muito especial: eles aprenderão, com o professor, a encontrar pistas no texto para fazerem suspeitas inteligentes bem fundamentadas. 2. Distribua o Capítulo 4 (somente a página 9 do Caderno do Estudante) e peça que cada grupo leia o texto para compreender melhor o que é a suspeita inteligente. HHoorraaddooDDeessaaffiioo UUmm aappóóllooggoo Caro professor, Você e seus alunos terminaram a etapa Motivação do SuperAção Já!, parabéns! Mas, antes de passarmos para a próxima etapa, propomos um desafio de leitura colaborativa aos alunos! Por isso, é hora do desafio! Objetivo da atividade: Exercitar algumas das capacidades de leitura, principalmente, as de formular e validar hipóteses. Materiais necessários Papel sulfite; Cola; Cópias do Capítulo 4 (páginas 9 a 11 do Caderno do Estudante); Cópias do Anexo 1 recortadas em tiras (páginas 34 e 35 deste Roteiro). Principal habilidade trabalhada: Leitura (habilidades de compreensão leitora: ativação de conhecimento prévio, formulação e checagem de hipóteses, antecipação de conteúdos e construção de inferências). 1ª aula! ⋅ No SuperAção, trabalhamos intencionalmente a capacidade dos alunos de fazer inferências a partir de pistas textuais presentes. Ao longo da leitura, os estudantes leitores são convidados a praticar, de forma consciente, o levantamento de hipóteses e a verificação destas. ⋅ É nesse diálogo entre as expectativas dos leitores e sua consequente validação ou negação que o leitor contrói sentidos para suas leituras e estabelece envolvimento com os textos. O que é a supeita inteligente? ⋅ A leitura colaborativa é uma estratégia didática privilegiada para o desenvolvimento das capacidades de compreensão. Trata-se, conforme os PCNs (BRASIL, 1998, p. 72), de “uma atividade em que o professor lê um texto com a classe e durante a leitura, questiona os alunos sobre as pistas linguísticas que dão sustentação aos sentidos atribuídos”. ⋅ O controle da classe e a mediação do professor para estabelecer um clima de participação controlada é fundamental para conduzir os alunos a realizarem a atividade. É imprescindível solicitar a participação de todos e orientar o trabalho, seguindo o passo a passo da atividade: deixe claras para os alunos todas as etapas e seja exigente com a atenção e o foco dos jovens nas tarefas. Os alunos de 5ª série precisam muito do vigor na condução das regras. Por que trabalhar com leitura colaborativa?
  • 31. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 31 3. Após a leitura, peça para um dos quartetos explicarem para a turma o que entenderam. Verifique com os demais grupos, se todos compreenderam e, em caso de algum conceito ter sido explicado de maneira errônea, esclareça-o. 4. A seguir, oriente os quartetos a escolherem seus líderes para serem os redatores do desafio. Eles deverão anotar e apresentar as suspeitas inteligentes dadas pelos membros do grupo na folha de papel. 5. Escreva no quadro negro o título do texto: “Um Apólogo” e, logo abaixo, à direita do título, o nome do autor Machado de Assis. Leia para eles esta breve definição de apólogo: 6. Certifique-se de que todos compreenderam bem a definição. Pergunte se conhecem alguma fábula e estimule-os a perceberem que a principal diferença entre a fábula e o apólogo está na escolha de personagens: na fábula, os personagens são geralmente animais e no apólogo quem participa da história são seres inanimados. Peça para pensarem em seres inanimados que poderiam ser personagens de um apólogo. 7. Pergunte-lhes se já ouviram falar do escritor Machado de Assis. Ouça as respostas e entregue as páginas 10 e 11 do Capítulo 4 para que eles possam saber um pouco mais sobre o autor. 8. Após a leitura, explique que, a partir de agora, eles bancarão os detetives, realizando suspeitas inteligentes e, com base nas pistas que você der ao fazer a leitura, terão que imaginar como se desenvolve a história! 9. Solicite, então eles discutam nos times e respondam: “A partir do título e do que sabem sobre Machado de Assis, o que acham que vão encontrar no texto?” Peça para anotarem a resposta. 10. Distribua, então, o primeiro trecho do texto já recortado (Anexo 1, página 34 deste Roteiro) para que colem logo abaixo do título anotado na folha em branco. 11. Peça aos líderes que leiam o trecho em seus grupos e depois conversem para responder às seguintes questões: Apólogo é uma narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria ou ética, através do uso de personalidades de caráter variado, imaginárias ou reais, com personagens inanimados. Bem parecido com a fábula em sua estrutura, o apólogo é um tipo de narrativa que personifica os seres inanimados, transformando-os em personagens da história. Nós achamos que a história será assim: ⋅ Antes de iniciar a leitura de um texto e mesmo durante a leitura de suas partes, pode- se e deve-se fazer suspeitas inteligentes (levantar hipóteses, prever os desdobramentos, baseando-se nas informações já obtidas). No andamento da leitura, evidenciam-se elementos que permitem decidir se a suspeita inteligente antes formulada pode ser validada. Antes e durante a leitura: as suspeitas inteligentes. :
  • 32. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 32 12. 13. Após o breve debate, os líderes escrevem na folha as conclusões do grupo e as leem, em voz alta para a turma. 14. Distribua, em seguida, o segundo trecho e repita os procedimentos 11 e 12 até o trecho final. 15. Na aula seguinte, leia o texto (ou peça a algum aluno que o leia) e abra espaço para a discussão com os alunos sobre o texto e a lição que Machado de Assis pretendeu ensinar no seu Apólogo. 16. Leve para a sala ou oriente que procurem na internet outros textos de Machado de Assis que eles também possam gostar de ler, tais como: A causa secreta, A Cartomante e O Enfermeiro. a. Nossas suspeitas inteligentes sobre o conteúdo do texto foram confirmadas? Por quê? b. Nós achamos que o autor continuará o texto da seguinte forma... c. Quais foram as pistas que levaram o nosso grupo a construir esta suspeita inteligente? 2ª aula! ⋅ Defina previamente a ordem de apresentação dos quartetos. Oriente os alunos a prestarem muita atenção ao que cada grupo vai expor para, no final de todas as apresentações, avaliarem com você a validade ou não de cada hipótese. Procure dar a palavra aos alunos sem fechar as possibilidades abertas pelo texto, afinal, é preciso ter claro que os sentidos somente se constroem no diálogo com o texto e não há apenas uma resposta certa, pelo contrário, assim como o leitor pode seguir por caminhos impensados, o autor pode nos surpreender sempre. ⋅ A autora Delia Lerner chama a nossa atenção para o seguintei: “Muito mais difícil é tentar compreender as interpretações das crianças e se apoiar nelas para ajudá-las a construir uma interpretação cada vez mais ajustada.” Ou seja, há uma tendência geral de os professores buscarem “facilitar” a compreensão fornecendo de imediato respostas “certas” para os alunos, sem dar a eles a oportunidade de construir os sentidos a partir das suas hipóteses. Isto é um problema, pois, ao invés de facilitar a compreensão, o que se faz é bloquear a possibilidade de os jovens avaliarem e checarem suas hipóteses na conversa com o texto, através da leitura. Dar a resposta “certa”neste caso significa impedir a leitura e a autonomia para a construção de sentidos. ⋅ É preciso mediar a conversa e a avaliação, estimulando os alunos a justificarem suas hipóteses com base nas pistas textuais. Sem dar a resposta “correta”, faça-os rever seus pontos de vista, buscando no texto indícios para a sustentação deles. ⋅ Conduza a atividade de modo a estimular a participação de todos. Abra o diálogo com os alunos, considerando e valorizando suas contribuições e formulando questões para a identificação de pistas e para a construção de hipóteses a partir delas. Busque formas de auxiliá-los a fazer relações entre a atividade desenvolvida e suas experiências de leitura. Durante a realização da atividade:
  • 33. © Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da Etapa Motivação – SuperAção Já! – 5ª série (6º ano) 33 17. Arquive os Capítulos 4 em sua pasta. Esclareça que o próximo passo é conhecer a etapa Dedicação do SuperAção Já!. ⋅ Você conduziu a atividade de modo a estimular a participação de todos? Abriu o diálogo com os jovens, considerando e valorizando suas contribuições e formulando questões para a identificação de pistas e para a construção de hipóteses a partir delas? Buscou formas de auxiliar os jovens a fazer relações entre a atividade desenvolvida e suas experiências de leitura? Dicas para avaliar o seu próprio desempenho na condução da atividade: : ⋅ Os alunos se envolveram com essa atividade? Estiveram motivados antes, durante e depois da leitura? Caso apresentem dificuldades para realizar a atividade, insista: eles precisam aprender a enfrentar situações-problema que exijam mais pensamento e dedicação. Cada minuto que se dedicarem a esse tipo de atividade será valioso para seu crescimento como leitores. Não os deixe desistir! ⋅ Antes da leitura: Identificaram os objetivos da leitura e acionaram seus conhecimentos prévios sobre o título do texto e, a partir daí, foram capazes de levantar hipóteses para antecipar possíveis sentidos construídos no texto a ser lido? ⋅ Durante a leitura: Checaram a validade das hipóteses anteriormente levantadas, identificando as que deveriam permanecer e as que deveriam ser descartadas? Envolveram-se com as questões levantadas e permaneceram formulando suspeitas inteligentes para antecipar e imaginar os possíveis desdobramentos do texto? Demonstraram capacidade de inferir os significados de palavras desconhecidas a partir da compreensão do contexto? ⋅ Depois da leitura: Souberam verbalizar sua avaliação sobre o texto lido? Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: :