SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 75
COLETA, TRANSPORTE E
  CONSERVAÇÃO DE
    AMOSTRAS EM
   MICROBIOLOGIA
   ANA CLAUDIA SOUZA
      RODRIGUES
AS DOENÇAS
• Doença é inerente à vida, principalmente
  está relacionada à vida comunitária
• Desenvolvimento da microbiologia e da
  epidemiologia permitiu comprovar
  correlação entre doença e meio ambiente
VÍRUS
• 0,2µM
• DNA E/OU RNA
• PARASITAS
  CELULARES
  OBRIGATÓRIOS
• CAPSÍDEO
• ANTÍGENOS DE
  SUPERFÍCIE
A CÉLULA PROCARIONTE (núcleo
  primitivo, pequenos e simples)



                           Sem histonas
                           ou delimitação
                           nuclear.




     70 S
A CÉLULA EUCARIONTE (núcleo
         verdadeiro)




                       80
                       S
Madigan et al., Microbiologia de Brock, 2004
VÍRUS
POR QUE ESTUDAR AS
    BACTÉRIAS?
IMPORTÂNCIA DA
           MICROBIOLOGIA
•   Evitar mortes;
•   Conduzir corretamente o tratamento;
•   Coordenar o tratamento empírico;
•   Diminuir resistência bacteriana.
Problemas encontrados....
•   Coletas mal feitas;
•   Profissionais sobrecarregados;
•   Rodízio de pessoal;
•   Falta de atualização.
BACTÉRIAS
• IDENTIFICADAS PELO MÉTODO
   DE GRAM
 – GRAM POSITIVAS
 – GRAM NEGATIVAS
• IDENTIFICADAS POR OUTROS
  MÉTODOS
 – ESPIRILOS, ESPIROQUETAS E VIBRIÕES
 – MICOBACTÉRIAS
 – MICOPLASMA E UREAPLASMA
BACTÉRIAS
• GRAM POSITIVAS
 – Staphylococcus, Streptococcus e
   Enterococcus spp, ENTRE OUTROS
• GRAM NEGATIVAS
 – ENTEROBACTÉRIAS (E. coli, Klebsiella spp,
   Salmonella, Shigella spp, entre outras)
 – NÃO FERMENTADORES (Pseudomonas
   spp, Burkolderia cepacia, Stenotrophomonas
   maltophylla , Acinetobacter spp, etre outros.
FUNGOS
• LEVEDURAS
 – Candida spp, Cryptococcus spp, entre outros
• FILAMENTOS
 – Aspergillus flavus, Dermatófitos, entre outros
• DIMÓRFICOS
 – Histoplasma capsulatum,
 – Paracocidioides brasiliensis,
  entre outros
Patógenos x microbiota

• SÍTIOS ESTÉREIS
• SÍTIOS NÃO ESTÉREIS
  – MICROBIOTA RESIDENTE
  – MICROBIOTA TRANSITÓRIA
• Quando ocorre a doença?
  – Doença ocorre quando o hospedeiro sofre
    danos o suficiente para perturbar a
    homeostase.
  – Dano é um termo relacionado à injúria de
    células, tecidos ou órgãos
COLONIZAÇÃO
• Colonização:presença e microrganismos em
  pele, mucosas sem causar manifestações
  clínicas ou imunológicas e geralmente
  prevenindo a entrada de potenciais patógenos .
  Em algumas situações a infecção é precedida
  pela colonização. Nas paredes de artefatos
  usados em procedimentos invasivos a fase
  inicial, enquanto não há manifestações clínicas,
  é considerada colonização.
INFECÇÃO
• Multiplicação de microrganismos no organismo,
  principalmente na dependência de inóculo e
  virulência do agente e condições do hospedeiro;
• Resposta do hospedeiro com reação
  inflamatória.
• Sinais e sintomas de reações locais como
  edema, calor, rubor, pus ou sistêmicos como
  febre, calafrios, sepse, coagulação
  intravascular, choque.
Antisepsia

• Procedimento capaz de ação letal ou inibitória da
  reprodução microbiana, de baixa causticidade e
  hipoalergênico, destinado à aplicação em pele e
  mucosa íntegras. O antIseptico com processo de
  limpeza bem realizado, deve ser capaz de remover a
  microbiota transitória e diminuir a microbiota
  residente, além de evitar ou retardar a multiplicação
  microbiana.
                          (CDC, 2002; LARSON, 1995)
Todo resultado liberado pelo laboratório de
     microbiologia é conseqüência da
      qualidade da amostra recebida.
           (ANVISA – MÓD.III)
PRINCIPAIS ERROS
• ISOLAMENTO DE
  AGENTES
  COLONIZANTES
• ISOLAMENTO DE DOIS
  OU MAIS
  MICRORGANISMOS
• RESULTADOS
  NEGATIVOS
• TERAPIA INADEQUADA
  DEVIDO A
  IDENTIFICAÇÃO
  ERRADA DO AGENTE.
CONSIDERAÇÕES
• COLETAR SEMPRE QUE POSSÍVEL, ANTES DA
  ANTIBIOTICOTERAPIA;

• OFERECER INSTRUÇÕES AO PACIENTE SOBRE O
   PROCEDIMENTO;

• LOCAL DA COLETA : ONDE HOUVER MAIOR
  PROBABILIDADE DE ISOLAMENTO;

• ANTISSEPSIA;

• CONSIDERAR O ESTÁGIO DA DOENÇA.
CONSIDERAÇÕES
•   Quantidade suficiente de material deve ser
    coletado;

•   Pedido do exame - informações como o uso de
    medicamentos e a suspeita clínica;

•   Toda amostra deve ser tratada como patogênica;

•   Não contaminar a superfície externa dos
    recipientes;

•   As amostras devem estar corretamente
    identificadas;

•   Tempo de envio ao laboratório.
TRANSPORTE DE
          AMOSTRAS
Assegurar a sobrevivência e isolamento do
   microrganismo, pois o laboratório de
  microbiologia trabalha basicamente em
        função da viabilidade dos
             microrganismos.

 Evitar contaminação ou crescimento de
       microrganismos indesejáveis.
TEMPO DE TRANSPORTE E
        TEMPERATURA
• Líquor, líquidos e swab de secreção –
  imediatamente e sem refrigeração.
• Biópsia, e amostras respiratórias – 30 minutos
• Hemocultura – 2h T.A. (não refrigerar)
• Urina – em até 1 hora ou até 24 h sobre
  refrigeração (recomendado até 8 h).
• Fezes – 12 h em Cary-Blair modificado e até 2 h
  “in natura”.
  – Enterobacterias Patogênicas, Campylobacter spp 
    Temperatura ambiente
  – Rotavirus e Clostridium difficile  refrigeração.
QUANDO É IMPOSSÍVEL ENVIAR
A AMOSTRA AO LABORATÓRIO
     IMEDIATAMENTE....
• Verificar o meio de transporte adequado;

• Temperatura adequada de
  armazenamento e transporte;

• Limite de tempo suportável.
CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO DE
         AMOSTRAS
• Amostras sem significado clínico ou com
  problemas de interpretação
• Amostra sem rótulo ou com identificação
  errada
• Amostra em recipiente inadequado
• Pedido médico incompleto
AMOSTRAS INADEQUADAS
•   Material em formol
•   Cateter de Foley
•   Material conservado inadequadamente
•   Frascos não estéreis
•   Swab seco
•   Vômito
•   Colostomia
•   Asp. gástrico em RN
RESULTADOS QUESTIONÁVEIS



• Swab : queimadura, úlcera de decúbido,
  abcesso perirretal, gangrena, periodontal,
  úlcera varicosa  PROCESSAR BIÓPSIA

• Amostras com mais de 3 microrganismos
Como você orienta seu paciente
para coleta de coprocultura???
MICROBIOTA INTESTINAL
COPROCULTURA


• Deve ser coletado na fase aguda, quando
  o patógeno está em maior número e antes
  da antibioticoterapia.
• Preferir submeter a cultura porções
  sanguinolentas e mucosas
Que patógenos geralmente
      causam diarréia???
• Vírus – Rotavírus
• Bactérias
  – Toxina do S. aureus
  – Shigella spp
  – Salmonella spp.
  – Escherichia coli
  – Yersinia
  – Vibrio cholerae
Como você aconselha o
  paciente a fazer coleta de
        urocultura???




A urina tem microbiota??? Pode
         contaminar???
URINA – jato médio
• Coletar a primeira urina da manhã ou aguardar de 3 a 4
  horas após última micção.
   – Mulheres: Afastar os grandes lábios com uma das mãos
     com gaze embebida em sabão neutro, inclusive entre as
     dobras. Enxaguar com gaze molhada.




  Desprezar o jato inicial, colhendo o jato médio.
URINA – jato médio
• Coletar a primeira urina da manhã ou aguardar de 3 a 4
  horas após última micção.
   – Homens: Retrair o prepúcio e limpar com gaze
     embebida em sabão neutro e retirar o sabão com gaze
     limpa.




  Desprezar o jato inicial, colhendo o jato médio.
SONDA VESICAL DE
               DEMORA
• Desinfetar local da coleta com álcool 70%;

• Pinçar a cânula do coletor;

• Com seringa e agulha, puncionar a cânula, colher 5-10 ml urina
  em frasco estéril;
PESQUISA DE BAAR NA URINA


• HIGIENE PRÉVIA
• COLETA DE TODA A PRIMEIRA
  MICÇÃO DA MANHÃ
• COLETA POR 3 DIAS CONSECUTIVOS
O SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO
  É CONSTITUÍDO POR UM PAR DE
 PULMÕES E POR VÁRIOS ÓRGÃOS
QUE CONDUZEM O AR PARA DENTRO
   E PARA FORA DAS CAVIDADES
          PULMONARES.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
 TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR

           - Nariz
           - Boca
          - Faringe
          -Laringe
   - Estruturas Associadas
SISTEMA RESPIRATÓRIO
    SISTEMA RESPIRATÓRIO INFERIOR


                - Traquéia
           - Tubos Brônquicos
               - Alvéolos
TRATO RESPIRATÓRIO
           INFERIOR

• ASPIRADO TRAQUEAL – deve ser coletado com
  cateter protegido e ser realizado cultura
  quantitativa.
TRATO RESPIRATÓRIO
          INFERIOR

LAVADO BRÔNQUICO E ESCOVADO BRONCOALVEOLAR
           Colher em recipiente seco, estéril.
O material deverá ser colhido antes de biópsias para evitar
excesso de sangue. Como a cultura é quantitativa deve ser
                processado em até 1 hora.
Cultura qualitativa


• ASP. TRAQUEAL - 105 UFC/ml
• LAVADO BRÔNQUICO - 104 UFC/ml
• ESC. BRÔNQUICO - 103 UFC/ml
Como você orientaria para a
  coleta do escarro???
TRATO RESPIRATÓRIO
• ESCARRO:
  Colher preferencialmente uma amostra por dia, se
  possível o primeiro da manhã em jejum. O paciente
  deve fazer higiene bucal e gargarejo com água antes
  da coleta.

   – Expectorado: tosse profunda, recipiente seco,
     estéril.
     Transporte: < 2h, Tº ambiente e até 5h geladeira
   – Induzido: após nebulização com ± 25 ml NaCl 5 a
     10% estéril, recipiente seco, estéril.
     Armazenamento: < 24 h, 4º C

• Obs: O laboratório deve avaliar a amostra - <10
  células escamosas/ campo e >25 leucócitos/campo.
O que você procura no escarro?
• Rhodococcus, Nocardia e Actinomyces
  spp.
• Streptococcus pneumoniae, Hamophyllus
  influenzes, Moraxella catarhalis e
  Staphylococcus aureus.
• Mycobacterium tuberculosis
• Pneumocistis carinii, Aspergillus flavus,
  Paracoccidioides brasiliensis
Como você coletaria secreção
     de orofaringe???
TRATO RESPIRATÓRIO
             SUPERIOR
• SECREÇÃO DE OROFARINGE – Afastar a língua com
  abaixador. Se possível limpar com um "swab“
  umedecido em salina estéril ao redor da região de
  coleta; colher com dois swabs na área com hiperemia.
  Não colher da área de supuração. Quando há alguma
  lesão devemos optar por fragmento de biópsia ou
  aspirado.




• SECREÇÃO NASAL - "Swab" umedecido com salina
  estéril.Introduzir o swab nas narinas e girar 5x nos
  dois sentidos.
Quais microrganismos podem
estar envolvidos em faringites?
• Viral – 40 a 60%
• S. pyogenes – 30 – 40%
• Outros Streptococcus
BIÓPSIA – proc. médico
•   Lavar com solução fisiológica
•   Descontaminar com PVPI tópico 10%
•   Remover com solução fisiológica
•   Coletar de 3 a 4 mm de amostra em
    frasco estéril. Gotejar solução fisiológica
    estéril para o material não ressecar.
COMO VOCÊ COLETARIA
SECREÇÃO DE FERIDA???
FERIDAS, ABCESSOS,
        FÍSTULAS, CELULITE
• Não coletar pus ou exsudato e sim da parte
  interna da região. O melhor material é a biópsia.

• Se houver exudato limpar com álcool 70%.
• Quando necessário, fazer debridamento da
  lesão. Lavar a superfície abundantemente com
  salina estéril e PVPI tópico. Lavar novamente
  com solução salina.
FERIDAS, ABCESSOS,
FÍSTULAS, CELULITE

           •Coletar material do
           fundo da lesão com
           seringa de insulina
           ou em último caso
           usar o swab.
HEMOCULTURA
• Infecções sistêmicas: 2-3 amostras de locais separados com 5
  minutos entre as punções.

• Endocardite aguda: 3 amostras de 3 locais diferentes com
  intervalo de 15 a 30 minutos entre as punções.

• Endocardite subaguda: 3 amostras de 3 locais diferentes, de 15
  em 15 minutos; se (-) em 24 hs, colher mais 3 amostras.

• Febre de origem indeterminada: 4-6 amostras com mais de 1 hora
  entre uma e outra em 48 h; se (-) após 24 hs, colher mais 2-3
  amostras.

• Câncer e AIDS – duas a três amostras sendo uma para cultura de
  fungos.

• AMOSTRAS DE SÍTIOS DIFERENTES
TÉCNICAS DE COLETA
              HEMOCULTURA
• Não coletar no pico febril

• Aplicar álcool 70% na tampa do recipiente e deixar o algodão por
  1 minuto.

• Desinfetar o local da punção com álcool 70% concentricamente

• Aplicar iodo 1 a 2% ou PVPI da mesma forma e retirar o excesso
  com álcool 70%.

• Esperar secar;

• Não palpar após a anti-sepsia;



Transporte: < 2 h, Tº ambiente
Armazenamento: < 48h, Tº ambiente
RECOMENDAÇÕES
• Punções arteriais não trazem benefícios
  na recuperação dos microrganismos
  quando comparadas com punções
  venosas.
• Não se recomenda a troca de agulhas
  entre a punção de coleta e distribuição do
  sangue no frasco de hemocultura.
PONTA DE CATETER
• Lavar a superfície da pele ao redor da inserção do
  cateter com álcool 70%;
• Limpar com iodo ou PVPI e lavar novamente com
  álcool 70%;
• Remover o cateter assepticamente, e cortar de 5 a 8
  cm da extremidade distal, colocando em tubo seco
  estéril.

  Transporte: <15 min, Tº ambiente
  Armazenamento: < 24 h, 4º C

  Cultura semiquantitativa (método de Maki)
OLHO - conjuntiva
• Retirar secreção purulenta superficial com swab umedecido em
  salina estéril ;
• Colocar com dois swab umedecidos em salina estéril ou caldo;
• Semear imediatamente em agar sangue e agar chocolate, ou
  transportar em Stuart;
• Fazer lâminas.

  Transporte: placas <15 min, Tº ambiente
              "swabs" <2 h, Tº ambiente
  Armazenamento: < 48 h, Tº ambiente (em Stuart)
LÍQUIDOS - Abdominal, ascítico, bile,
 articular, pericárdico, peritoneal, pleural, sinovial.

• Procedimento médico
• Desinfetar cuidadosamente o local de punção com álcool, iodo ou
  PVPI e álcool 70%;
• Coleta através de punção percutânea ou cirúrgica. Se houver
  contagem de células enviar um frasco com anticoagulante. Para
  cultura deve ser separado frasco sem anticoagulante e estéril.

• Transporte: <15 min, Tº ambiente
  Armazenamento: < 48 h, Tº ambiente (líquido pericárdico e
  pesquisa de fungos a 4º C).
Como se deve coletar secreção
         vaginal???
SECREÇÃO VAGINAL E
           CERVICAL
• A higiene deve ser com água e sabão na parte externa
  de forma habitual.
• Umedecer a espéculo com solução fisiológica estéril
• Inserir o espéculo com a paciente em posição
  ginecológica;
• Coletar secreção da mucosa alta e fazer uma lâmina e
  COLOCAR em salina estéril para exame direto;
• Remover o muco cervical com swab maior ou algodão;
• Introduzir o swab no óstio cervical girando-o
  firmemente;
• Retirar o swab e confeccionar duas lâminas para
  bacterioscopia
• Enviar para o laboratório.
Quais microrganismos podem
    estar causando inflamações?

•   Vaginite – Gardnerella vaginalis
•   Gonorréia – Neisseria Gonorrhoeae
•   Tricomoníase – Trichomonas vaginalis
•   Candidíase – Candida spp
SECREÇÃO URETRAL
• O MATERIAL DEVE SER COLHIDO 2 A 3 H APÓS
  MICÇÃO - ESTIMULAR A ELIMINAÇÃO DE SECREÇÃO.
   – MULHERES – Massagem da uretra contra a
     superfície púbica através da vagina
   – HOMEM – Fazer a assepsia da glande com gazes
     embebidas em salina. Enxugar. Solicitar ao
     paciente que faça a compressão do pênis e coletar
     com swab em salina e meio de transporte a
     secreção. Se não houver exteriorização introduzir
     swab apropriado no canal uretral (2 a 3 cm), girar
     nos dois sentidos e confeccionar lâminas e enviar
     swab ao laboratório.
COLETA DE QUEIMADOS

• DEBRIDAMENTO DAS LESÕES;
• VÁRIAS BIÓPSIAS DE ÁREAS
  DISTINTAS;
• CULTURA QUANTITATIVA
COLETA PARA PESQUISA DE
            FUNGOS
• Limpar a superfície com água destilada ou
  salina estéril. Não utilizar iodo.
• PELE - raspar bordas da lesão com bisturi.
COLETA PARA PESQUISA DE
          FUNGOS
• COURO CABELUDO – colocar alguns fios
  de cabelo da região afetada. Proceder
  raspagem das bordas e friccionar swab
  com salina estéril na região.
    • Raspam-se as escamas com bisturi cego ou
      lâmina de microscopia. A amostra deve conter
      tocos de cabelo, o conteúdo dos folículos tapados
      e as escamas de pele. Os cabelos da área
      também podem ser puxados com pinça (os
      cabelos infectados são facilmente removíveis).
      Para o exame do couro cabeludo ou dos cabelos,
      os mesmos devem estar limpos e secos.
COLETA PARA PESQUISA DE
             FUNGOS
• UNHA - Escovar os pés com água e sabão. Raspar
  abaixo da unha na região subungueal eliminando regiões
  externas.
     • Deve-se retirar totalmente o esmalte pelo menos 2 (dois) dias antes
       da coleta. As regiões de onde vão ser coletadas as amostras devem
       ser limpas com gaze ou algodão com álcool a 70%, para eliminar
       contaminantes bacterianos superficiais.
  – Paroníquia (lesões na região da cutícula)-colhem-se as escamas
    e, se possível, o pus, com um swab. Se as lesões são manchas
    esbranquiçadas na superfície da unha, raspar por cima com
    bisturi, removendo as escamas em placa de Petri.
SEM UMA BOA COLETA,
     PODEMOS ESTAR
  INFLUENCIANDO PARA O
TRATAMENTO INCORRETO DO
        PACIENTE
FIM

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Tiago da Silva
 
Aula 2 coleta de material para exames laboratoriais.
Aula 2 coleta de material para exames laboratoriais.Aula 2 coleta de material para exames laboratoriais.
Aula 2 coleta de material para exames laboratoriais.
Adriana Saraiva
 
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
Maria Jaqueline Mesquita
 
Apresentação coleta sangue a vácuo
Apresentação coleta sangue a vácuoApresentação coleta sangue a vácuo
Apresentação coleta sangue a vácuo
Laboratório Biolabor
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físico
lacmuam
 

Was ist angesagt? (20)

Aula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaAula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia Básica
 
Aula de microbiologia ppt
Aula de microbiologia   pptAula de microbiologia   ppt
Aula de microbiologia ppt
 
Manual do antibiograma
Manual do antibiograma Manual do antibiograma
Manual do antibiograma
 
Manual de coleta de material biologico
Manual de coleta de material biologicoManual de coleta de material biologico
Manual de coleta de material biologico
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a Microbiologia
 
Microbiologia aula
Microbiologia  aulaMicrobiologia  aula
Microbiologia aula
 
Parasitologia: Amebíase
Parasitologia: AmebíaseParasitologia: Amebíase
Parasitologia: Amebíase
 
História e importância da microbiologia
História e importância da microbiologiaHistória e importância da microbiologia
História e importância da microbiologia
 
Apostila coleta cnpq
Apostila coleta cnpqApostila coleta cnpq
Apostila coleta cnpq
 
Aula 2 coleta de material para exames laboratoriais.
Aula 2 coleta de material para exames laboratoriais.Aula 2 coleta de material para exames laboratoriais.
Aula 2 coleta de material para exames laboratoriais.
 
Niveis de biossegurança 1 2 3 4
Niveis de biossegurança 1 2 3 4Niveis de biossegurança 1 2 3 4
Niveis de biossegurança 1 2 3 4
 
Parasitologia
ParasitologiaParasitologia
Parasitologia
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
 
Diluição Simples e Seriada
Diluição Simples e Seriada Diluição Simples e Seriada
Diluição Simples e Seriada
 
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
 
Apresentação coleta sangue a vácuo
Apresentação coleta sangue a vácuoApresentação coleta sangue a vácuo
Apresentação coleta sangue a vácuo
 
Introdução à microbiologia
Introdução à microbiologiaIntrodução à microbiologia
Introdução à microbiologia
 
Aula 4 biossegurança ii
Aula 4   biossegurança iiAula 4   biossegurança ii
Aula 4 biossegurança ii
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físico
 

Ähnlich wie Coleta, transporte e conservação de amostras em

Apostila microbiologia i
Apostila microbiologia iApostila microbiologia i
Apostila microbiologia i
FredericoMMN
 
enfermedad de hansen y baciloscopia.....
enfermedad de hansen y baciloscopia.....enfermedad de hansen y baciloscopia.....
enfermedad de hansen y baciloscopia.....
linicaza1
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
ISJ
 
Aula 10- Coleta de materiais laboratoriais.pdf
Aula 10- Coleta de materiais laboratoriais.pdfAula 10- Coleta de materiais laboratoriais.pdf
Aula 10- Coleta de materiais laboratoriais.pdf
LarissaMachado97
 
Urocultura E Coprocultura
Urocultura E CoproculturaUrocultura E Coprocultura
Urocultura E Coprocultura
lidypvh
 
Www.anvisa.gov.br servicosaude manuais_microbiologia_mod_6_2004
Www.anvisa.gov.br servicosaude manuais_microbiologia_mod_6_2004Www.anvisa.gov.br servicosaude manuais_microbiologia_mod_6_2004
Www.anvisa.gov.br servicosaude manuais_microbiologia_mod_6_2004
Marcelo Leal Souza
 

Ähnlich wie Coleta, transporte e conservação de amostras em (20)

AULA 02 BACTERIOLOGIA. (1).pptx
AULA 02 BACTERIOLOGIA. (1).pptxAULA 02 BACTERIOLOGIA. (1).pptx
AULA 02 BACTERIOLOGIA. (1).pptx
 
Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2
 
Apostila microbiologia i
Apostila microbiologia iApostila microbiologia i
Apostila microbiologia i
 
A BACILOSCOPIA.pptx
A BACILOSCOPIA.pptxA BACILOSCOPIA.pptx
A BACILOSCOPIA.pptx
 
FDGFGFGFGDFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF...
FDGFGFGFGDFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF...FDGFGFGFGDFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF...
FDGFGFGFGDFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF...
 
Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.
Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.
Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.
 
enfermedad de hansen y baciloscopia.....
enfermedad de hansen y baciloscopia.....enfermedad de hansen y baciloscopia.....
enfermedad de hansen y baciloscopia.....
 
Staphylococcus aureus
Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus
Staphylococcus aureus
 
Classificação dos antimicrobianos 2015
Classificação dos  antimicrobianos 2015Classificação dos  antimicrobianos 2015
Classificação dos antimicrobianos 2015
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Aula 10- Coleta de materiais laboratoriais.pdf
Aula 10- Coleta de materiais laboratoriais.pdfAula 10- Coleta de materiais laboratoriais.pdf
Aula 10- Coleta de materiais laboratoriais.pdf
 
Aula sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos
Aula   sanidade e enfermidade de caprinos e ovinosAula   sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos
Aula sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos
 
Avicultura
Avicultura Avicultura
Avicultura
 
Mastite dos bovinos: identificação, controle e prevenção
Mastite dos bovinos: identificação, controle e prevençãoMastite dos bovinos: identificação, controle e prevenção
Mastite dos bovinos: identificação, controle e prevenção
 
Ua 2 slides
Ua 2 slidesUa 2 slides
Ua 2 slides
 
Urocultura E Coprocultura
Urocultura E CoproculturaUrocultura E Coprocultura
Urocultura E Coprocultura
 
Rotinas Laboratoriais
Rotinas LaboratoriaisRotinas Laboratoriais
Rotinas Laboratoriais
 
DR. ÁDRIA SIMÕES
DR. ÁDRIA SIMÕESDR. ÁDRIA SIMÕES
DR. ÁDRIA SIMÕES
 
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
 
Www.anvisa.gov.br servicosaude manuais_microbiologia_mod_6_2004
Www.anvisa.gov.br servicosaude manuais_microbiologia_mod_6_2004Www.anvisa.gov.br servicosaude manuais_microbiologia_mod_6_2004
Www.anvisa.gov.br servicosaude manuais_microbiologia_mod_6_2004
 

Mehr von Claysson Xavier (9)

AULAQUIMICA_GERAL_05_08.ppt
AULAQUIMICA_GERAL_05_08.pptAULAQUIMICA_GERAL_05_08.ppt
AULAQUIMICA_GERAL_05_08.ppt
 
Alquimia-–-Parte-2 (1).pdf
Alquimia-–-Parte-2 (1).pdfAlquimia-–-Parte-2 (1).pdf
Alquimia-–-Parte-2 (1).pdf
 
Substâncias e Suas Transformações.ppt
Substâncias e Suas Transformações.pptSubstâncias e Suas Transformações.ppt
Substâncias e Suas Transformações.ppt
 
Aminoácidos - Claysson.ppt
Aminoácidos - Claysson.pptAminoácidos - Claysson.ppt
Aminoácidos - Claysson.ppt
 
Abntnbr6023
Abntnbr6023Abntnbr6023
Abntnbr6023
 
Substâncias e suas transformações
Substâncias e suas transformaçõesSubstâncias e suas transformações
Substâncias e suas transformações
 
HistóRia Da QuíMica E Modelos AtôMicos
HistóRia Da QuíMica E Modelos AtôMicosHistóRia Da QuíMica E Modelos AtôMicos
HistóRia Da QuíMica E Modelos AtôMicos
 
Efeito Estufa
Efeito EstufaEfeito Estufa
Efeito Estufa
 
Chuva Ácida
Chuva ÁcidaChuva Ácida
Chuva Ácida
 

Coleta, transporte e conservação de amostras em

  • 1. COLETA, TRANSPORTE E CONSERVAÇÃO DE AMOSTRAS EM MICROBIOLOGIA ANA CLAUDIA SOUZA RODRIGUES
  • 2. AS DOENÇAS • Doença é inerente à vida, principalmente está relacionada à vida comunitária • Desenvolvimento da microbiologia e da epidemiologia permitiu comprovar correlação entre doença e meio ambiente
  • 3. VÍRUS • 0,2µM • DNA E/OU RNA • PARASITAS CELULARES OBRIGATÓRIOS • CAPSÍDEO • ANTÍGENOS DE SUPERFÍCIE
  • 4. A CÉLULA PROCARIONTE (núcleo primitivo, pequenos e simples) Sem histonas ou delimitação nuclear. 70 S
  • 5. A CÉLULA EUCARIONTE (núcleo verdadeiro) 80 S
  • 6. Madigan et al., Microbiologia de Brock, 2004
  • 8. POR QUE ESTUDAR AS BACTÉRIAS?
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA • Evitar mortes; • Conduzir corretamente o tratamento; • Coordenar o tratamento empírico; • Diminuir resistência bacteriana.
  • 15. Problemas encontrados.... • Coletas mal feitas; • Profissionais sobrecarregados; • Rodízio de pessoal; • Falta de atualização.
  • 16. BACTÉRIAS • IDENTIFICADAS PELO MÉTODO DE GRAM – GRAM POSITIVAS – GRAM NEGATIVAS • IDENTIFICADAS POR OUTROS MÉTODOS – ESPIRILOS, ESPIROQUETAS E VIBRIÕES – MICOBACTÉRIAS – MICOPLASMA E UREAPLASMA
  • 17. BACTÉRIAS • GRAM POSITIVAS – Staphylococcus, Streptococcus e Enterococcus spp, ENTRE OUTROS • GRAM NEGATIVAS – ENTEROBACTÉRIAS (E. coli, Klebsiella spp, Salmonella, Shigella spp, entre outras) – NÃO FERMENTADORES (Pseudomonas spp, Burkolderia cepacia, Stenotrophomonas maltophylla , Acinetobacter spp, etre outros.
  • 18. FUNGOS • LEVEDURAS – Candida spp, Cryptococcus spp, entre outros • FILAMENTOS – Aspergillus flavus, Dermatófitos, entre outros • DIMÓRFICOS – Histoplasma capsulatum, – Paracocidioides brasiliensis, entre outros
  • 19. Patógenos x microbiota • SÍTIOS ESTÉREIS • SÍTIOS NÃO ESTÉREIS – MICROBIOTA RESIDENTE – MICROBIOTA TRANSITÓRIA • Quando ocorre a doença? – Doença ocorre quando o hospedeiro sofre danos o suficiente para perturbar a homeostase. – Dano é um termo relacionado à injúria de células, tecidos ou órgãos
  • 20. COLONIZAÇÃO • Colonização:presença e microrganismos em pele, mucosas sem causar manifestações clínicas ou imunológicas e geralmente prevenindo a entrada de potenciais patógenos . Em algumas situações a infecção é precedida pela colonização. Nas paredes de artefatos usados em procedimentos invasivos a fase inicial, enquanto não há manifestações clínicas, é considerada colonização.
  • 21.
  • 22. INFECÇÃO • Multiplicação de microrganismos no organismo, principalmente na dependência de inóculo e virulência do agente e condições do hospedeiro; • Resposta do hospedeiro com reação inflamatória. • Sinais e sintomas de reações locais como edema, calor, rubor, pus ou sistêmicos como febre, calafrios, sepse, coagulação intravascular, choque.
  • 23. Antisepsia • Procedimento capaz de ação letal ou inibitória da reprodução microbiana, de baixa causticidade e hipoalergênico, destinado à aplicação em pele e mucosa íntegras. O antIseptico com processo de limpeza bem realizado, deve ser capaz de remover a microbiota transitória e diminuir a microbiota residente, além de evitar ou retardar a multiplicação microbiana. (CDC, 2002; LARSON, 1995)
  • 24. Todo resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é conseqüência da qualidade da amostra recebida. (ANVISA – MÓD.III)
  • 25. PRINCIPAIS ERROS • ISOLAMENTO DE AGENTES COLONIZANTES • ISOLAMENTO DE DOIS OU MAIS MICRORGANISMOS • RESULTADOS NEGATIVOS • TERAPIA INADEQUADA DEVIDO A IDENTIFICAÇÃO ERRADA DO AGENTE.
  • 26. CONSIDERAÇÕES • COLETAR SEMPRE QUE POSSÍVEL, ANTES DA ANTIBIOTICOTERAPIA; • OFERECER INSTRUÇÕES AO PACIENTE SOBRE O PROCEDIMENTO; • LOCAL DA COLETA : ONDE HOUVER MAIOR PROBABILIDADE DE ISOLAMENTO; • ANTISSEPSIA; • CONSIDERAR O ESTÁGIO DA DOENÇA.
  • 27. CONSIDERAÇÕES • Quantidade suficiente de material deve ser coletado; • Pedido do exame - informações como o uso de medicamentos e a suspeita clínica; • Toda amostra deve ser tratada como patogênica; • Não contaminar a superfície externa dos recipientes; • As amostras devem estar corretamente identificadas; • Tempo de envio ao laboratório.
  • 28.
  • 29. TRANSPORTE DE AMOSTRAS Assegurar a sobrevivência e isolamento do microrganismo, pois o laboratório de microbiologia trabalha basicamente em função da viabilidade dos microrganismos. Evitar contaminação ou crescimento de microrganismos indesejáveis.
  • 30. TEMPO DE TRANSPORTE E TEMPERATURA • Líquor, líquidos e swab de secreção – imediatamente e sem refrigeração. • Biópsia, e amostras respiratórias – 30 minutos • Hemocultura – 2h T.A. (não refrigerar) • Urina – em até 1 hora ou até 24 h sobre refrigeração (recomendado até 8 h). • Fezes – 12 h em Cary-Blair modificado e até 2 h “in natura”. – Enterobacterias Patogênicas, Campylobacter spp  Temperatura ambiente – Rotavirus e Clostridium difficile  refrigeração.
  • 31. QUANDO É IMPOSSÍVEL ENVIAR A AMOSTRA AO LABORATÓRIO IMEDIATAMENTE.... • Verificar o meio de transporte adequado; • Temperatura adequada de armazenamento e transporte; • Limite de tempo suportável.
  • 32. CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO DE AMOSTRAS • Amostras sem significado clínico ou com problemas de interpretação • Amostra sem rótulo ou com identificação errada • Amostra em recipiente inadequado • Pedido médico incompleto
  • 33. AMOSTRAS INADEQUADAS • Material em formol • Cateter de Foley • Material conservado inadequadamente • Frascos não estéreis • Swab seco • Vômito • Colostomia • Asp. gástrico em RN
  • 34. RESULTADOS QUESTIONÁVEIS • Swab : queimadura, úlcera de decúbido, abcesso perirretal, gangrena, periodontal, úlcera varicosa  PROCESSAR BIÓPSIA • Amostras com mais de 3 microrganismos
  • 35. Como você orienta seu paciente para coleta de coprocultura???
  • 37. COPROCULTURA • Deve ser coletado na fase aguda, quando o patógeno está em maior número e antes da antibioticoterapia. • Preferir submeter a cultura porções sanguinolentas e mucosas
  • 38. Que patógenos geralmente causam diarréia??? • Vírus – Rotavírus • Bactérias – Toxina do S. aureus – Shigella spp – Salmonella spp. – Escherichia coli – Yersinia – Vibrio cholerae
  • 39. Como você aconselha o paciente a fazer coleta de urocultura??? A urina tem microbiota??? Pode contaminar???
  • 40. URINA – jato médio • Coletar a primeira urina da manhã ou aguardar de 3 a 4 horas após última micção. – Mulheres: Afastar os grandes lábios com uma das mãos com gaze embebida em sabão neutro, inclusive entre as dobras. Enxaguar com gaze molhada. Desprezar o jato inicial, colhendo o jato médio.
  • 41. URINA – jato médio • Coletar a primeira urina da manhã ou aguardar de 3 a 4 horas após última micção. – Homens: Retrair o prepúcio e limpar com gaze embebida em sabão neutro e retirar o sabão com gaze limpa. Desprezar o jato inicial, colhendo o jato médio.
  • 42. SONDA VESICAL DE DEMORA • Desinfetar local da coleta com álcool 70%; • Pinçar a cânula do coletor; • Com seringa e agulha, puncionar a cânula, colher 5-10 ml urina em frasco estéril;
  • 43. PESQUISA DE BAAR NA URINA • HIGIENE PRÉVIA • COLETA DE TODA A PRIMEIRA MICÇÃO DA MANHÃ • COLETA POR 3 DIAS CONSECUTIVOS
  • 44. O SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO É CONSTITUÍDO POR UM PAR DE PULMÕES E POR VÁRIOS ÓRGÃOS QUE CONDUZEM O AR PARA DENTRO E PARA FORA DAS CAVIDADES PULMONARES.
  • 45. SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR - Nariz - Boca - Faringe -Laringe - Estruturas Associadas
  • 46. SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO INFERIOR - Traquéia - Tubos Brônquicos - Alvéolos
  • 47. TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR • ASPIRADO TRAQUEAL – deve ser coletado com cateter protegido e ser realizado cultura quantitativa.
  • 48. TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR LAVADO BRÔNQUICO E ESCOVADO BRONCOALVEOLAR Colher em recipiente seco, estéril. O material deverá ser colhido antes de biópsias para evitar excesso de sangue. Como a cultura é quantitativa deve ser processado em até 1 hora.
  • 49. Cultura qualitativa • ASP. TRAQUEAL - 105 UFC/ml • LAVADO BRÔNQUICO - 104 UFC/ml • ESC. BRÔNQUICO - 103 UFC/ml
  • 50. Como você orientaria para a coleta do escarro???
  • 51. TRATO RESPIRATÓRIO • ESCARRO: Colher preferencialmente uma amostra por dia, se possível o primeiro da manhã em jejum. O paciente deve fazer higiene bucal e gargarejo com água antes da coleta. – Expectorado: tosse profunda, recipiente seco, estéril. Transporte: < 2h, Tº ambiente e até 5h geladeira – Induzido: após nebulização com ± 25 ml NaCl 5 a 10% estéril, recipiente seco, estéril. Armazenamento: < 24 h, 4º C • Obs: O laboratório deve avaliar a amostra - <10 células escamosas/ campo e >25 leucócitos/campo.
  • 52. O que você procura no escarro? • Rhodococcus, Nocardia e Actinomyces spp. • Streptococcus pneumoniae, Hamophyllus influenzes, Moraxella catarhalis e Staphylococcus aureus. • Mycobacterium tuberculosis • Pneumocistis carinii, Aspergillus flavus, Paracoccidioides brasiliensis
  • 53. Como você coletaria secreção de orofaringe???
  • 54. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR • SECREÇÃO DE OROFARINGE – Afastar a língua com abaixador. Se possível limpar com um "swab“ umedecido em salina estéril ao redor da região de coleta; colher com dois swabs na área com hiperemia. Não colher da área de supuração. Quando há alguma lesão devemos optar por fragmento de biópsia ou aspirado. • SECREÇÃO NASAL - "Swab" umedecido com salina estéril.Introduzir o swab nas narinas e girar 5x nos dois sentidos.
  • 55. Quais microrganismos podem estar envolvidos em faringites? • Viral – 40 a 60% • S. pyogenes – 30 – 40% • Outros Streptococcus
  • 56. BIÓPSIA – proc. médico • Lavar com solução fisiológica • Descontaminar com PVPI tópico 10% • Remover com solução fisiológica • Coletar de 3 a 4 mm de amostra em frasco estéril. Gotejar solução fisiológica estéril para o material não ressecar.
  • 58. FERIDAS, ABCESSOS, FÍSTULAS, CELULITE • Não coletar pus ou exsudato e sim da parte interna da região. O melhor material é a biópsia. • Se houver exudato limpar com álcool 70%. • Quando necessário, fazer debridamento da lesão. Lavar a superfície abundantemente com salina estéril e PVPI tópico. Lavar novamente com solução salina.
  • 59. FERIDAS, ABCESSOS, FÍSTULAS, CELULITE •Coletar material do fundo da lesão com seringa de insulina ou em último caso usar o swab.
  • 60. HEMOCULTURA • Infecções sistêmicas: 2-3 amostras de locais separados com 5 minutos entre as punções. • Endocardite aguda: 3 amostras de 3 locais diferentes com intervalo de 15 a 30 minutos entre as punções. • Endocardite subaguda: 3 amostras de 3 locais diferentes, de 15 em 15 minutos; se (-) em 24 hs, colher mais 3 amostras. • Febre de origem indeterminada: 4-6 amostras com mais de 1 hora entre uma e outra em 48 h; se (-) após 24 hs, colher mais 2-3 amostras. • Câncer e AIDS – duas a três amostras sendo uma para cultura de fungos. • AMOSTRAS DE SÍTIOS DIFERENTES
  • 61. TÉCNICAS DE COLETA HEMOCULTURA • Não coletar no pico febril • Aplicar álcool 70% na tampa do recipiente e deixar o algodão por 1 minuto. • Desinfetar o local da punção com álcool 70% concentricamente • Aplicar iodo 1 a 2% ou PVPI da mesma forma e retirar o excesso com álcool 70%. • Esperar secar; • Não palpar após a anti-sepsia; Transporte: < 2 h, Tº ambiente Armazenamento: < 48h, Tº ambiente
  • 62. RECOMENDAÇÕES • Punções arteriais não trazem benefícios na recuperação dos microrganismos quando comparadas com punções venosas. • Não se recomenda a troca de agulhas entre a punção de coleta e distribuição do sangue no frasco de hemocultura.
  • 63. PONTA DE CATETER • Lavar a superfície da pele ao redor da inserção do cateter com álcool 70%; • Limpar com iodo ou PVPI e lavar novamente com álcool 70%; • Remover o cateter assepticamente, e cortar de 5 a 8 cm da extremidade distal, colocando em tubo seco estéril. Transporte: <15 min, Tº ambiente Armazenamento: < 24 h, 4º C Cultura semiquantitativa (método de Maki)
  • 64. OLHO - conjuntiva • Retirar secreção purulenta superficial com swab umedecido em salina estéril ; • Colocar com dois swab umedecidos em salina estéril ou caldo; • Semear imediatamente em agar sangue e agar chocolate, ou transportar em Stuart; • Fazer lâminas. Transporte: placas <15 min, Tº ambiente "swabs" <2 h, Tº ambiente Armazenamento: < 48 h, Tº ambiente (em Stuart)
  • 65. LÍQUIDOS - Abdominal, ascítico, bile, articular, pericárdico, peritoneal, pleural, sinovial. • Procedimento médico • Desinfetar cuidadosamente o local de punção com álcool, iodo ou PVPI e álcool 70%; • Coleta através de punção percutânea ou cirúrgica. Se houver contagem de células enviar um frasco com anticoagulante. Para cultura deve ser separado frasco sem anticoagulante e estéril. • Transporte: <15 min, Tº ambiente Armazenamento: < 48 h, Tº ambiente (líquido pericárdico e pesquisa de fungos a 4º C).
  • 66. Como se deve coletar secreção vaginal???
  • 67. SECREÇÃO VAGINAL E CERVICAL • A higiene deve ser com água e sabão na parte externa de forma habitual. • Umedecer a espéculo com solução fisiológica estéril • Inserir o espéculo com a paciente em posição ginecológica; • Coletar secreção da mucosa alta e fazer uma lâmina e COLOCAR em salina estéril para exame direto; • Remover o muco cervical com swab maior ou algodão; • Introduzir o swab no óstio cervical girando-o firmemente; • Retirar o swab e confeccionar duas lâminas para bacterioscopia • Enviar para o laboratório.
  • 68. Quais microrganismos podem estar causando inflamações? • Vaginite – Gardnerella vaginalis • Gonorréia – Neisseria Gonorrhoeae • Tricomoníase – Trichomonas vaginalis • Candidíase – Candida spp
  • 69. SECREÇÃO URETRAL • O MATERIAL DEVE SER COLHIDO 2 A 3 H APÓS MICÇÃO - ESTIMULAR A ELIMINAÇÃO DE SECREÇÃO. – MULHERES – Massagem da uretra contra a superfície púbica através da vagina – HOMEM – Fazer a assepsia da glande com gazes embebidas em salina. Enxugar. Solicitar ao paciente que faça a compressão do pênis e coletar com swab em salina e meio de transporte a secreção. Se não houver exteriorização introduzir swab apropriado no canal uretral (2 a 3 cm), girar nos dois sentidos e confeccionar lâminas e enviar swab ao laboratório.
  • 70. COLETA DE QUEIMADOS • DEBRIDAMENTO DAS LESÕES; • VÁRIAS BIÓPSIAS DE ÁREAS DISTINTAS; • CULTURA QUANTITATIVA
  • 71. COLETA PARA PESQUISA DE FUNGOS • Limpar a superfície com água destilada ou salina estéril. Não utilizar iodo. • PELE - raspar bordas da lesão com bisturi.
  • 72. COLETA PARA PESQUISA DE FUNGOS • COURO CABELUDO – colocar alguns fios de cabelo da região afetada. Proceder raspagem das bordas e friccionar swab com salina estéril na região. • Raspam-se as escamas com bisturi cego ou lâmina de microscopia. A amostra deve conter tocos de cabelo, o conteúdo dos folículos tapados e as escamas de pele. Os cabelos da área também podem ser puxados com pinça (os cabelos infectados são facilmente removíveis). Para o exame do couro cabeludo ou dos cabelos, os mesmos devem estar limpos e secos.
  • 73. COLETA PARA PESQUISA DE FUNGOS • UNHA - Escovar os pés com água e sabão. Raspar abaixo da unha na região subungueal eliminando regiões externas. • Deve-se retirar totalmente o esmalte pelo menos 2 (dois) dias antes da coleta. As regiões de onde vão ser coletadas as amostras devem ser limpas com gaze ou algodão com álcool a 70%, para eliminar contaminantes bacterianos superficiais. – Paroníquia (lesões na região da cutícula)-colhem-se as escamas e, se possível, o pus, com um swab. Se as lesões são manchas esbranquiçadas na superfície da unha, raspar por cima com bisturi, removendo as escamas em placa de Petri.
  • 74. SEM UMA BOA COLETA, PODEMOS ESTAR INFLUENCIANDO PARA O TRATAMENTO INCORRETO DO PACIENTE
  • 75. FIM

Hinweis der Redaktion

  1. Figure: 02-03c Caption: (c) The size of the viruses shown in (a) and (b) in comparison to a bacterial and eukaryotic cell.