Este relatório apresenta os resultados referentes à Avaliação Institucional realizada pela CPA no ano letivo de 2010 sobre a Universidade do Grande ABC a luz da Lei 10.861/04 do SINAES - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - que versa sobre as 10 Dimensões que as Instituições de Ensino Superior devem observar para realizar o processo avaliativo, bem como o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional 2007-2011), o PPI (Projeto Político Institucional) e os PPC’s (Projetos Pedagógicos de Curso). Os resultados apresentados ao longo do documento são fruto de pesquisas realizadas, consultas públicas à comunidade acadêmica da UniABC e informações coletadas ao longo do ano de 2010.
1.
RELATÓRIO FINAL DA AUTOAVALIAÇÃO DA UNIABC
Relatório final da Avaliação Institucional
realizada no decorrer do ano letivo de
2010 da Universidade do Grande ABC.
Santo André
2011
2. UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC ‐ UNIABC
Reitor
Prof. Azurem Ferreira Pinto
Vice‐Reitora
Profa. Ana Gracinda Queluz Garci
Pró‐reitor acadêmico
Prof. Ms. Marcos Júlio
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO 2010
Coordenador: Prof. Claudemir Martins da Silva
Vice‐coordenador: Profa. Eneida Yuri Suda
Secretário Geral: Prof. Alexandre Manduca e Eleandra Ap. Lelli
Representantes Docentes: Profa. Lucirene Ap. Carignato, Profa. Danielle G. Lima, Prof. Odeir Rizo,
Representante dos Coordenadores: Patrícia Santiago Improta e Prof. Ricardo C. Moreira
Representantes Discentes das Graduações: Fabio Luigi Di Credico (Mecatrônica), Tatiane Nery Martins
(Veterinária) e Sandra Lucia Bevevino (Direito).
Representante Discente Pós‐graduação: Fabio Almeida Franco.
Representante do Corpo Técnico Administrativo: Renato César Parolin e Maria de Fátima M. Batista.
Representa comunidade externa: Ceila Regina Pereira Anhaia de Lemos. (CIEE)
Março
2011
2
3.
A avaliação não é uma tarefa para os que têm medo de ir além das
aparências e de buscar o sentido e a gênese da universidade “pública”
que temos nem para os que acomodam diante dos problemas e das
dificuldades, preferindo lamuriar a falta de verbas, o descompromisso do
Estado para com a educação pública, as “crises” da instituição, sem se
comprometer com o pensamento, nem romper com o corporativismo, com
o individualismo e a partidarização da vida universitária. Pelo contrário,
é um trabalho, isto é, um processo de superação do existente e de
produção do novo, um desafio para quem não tem medo do
questionamento e da crítica, de enfrentar os interesses privados presentes
na instituição que se diz pública, nem de fazer história, de se constituir
como homem, intelectual, cidadão, ser livre e responsável pelo presente e
o futuro da humanidade, da sociedade, da universidade.
Ildeu Moreira Coêlho
4.
4
5. Resumo
Este relatório apresenta os resultados referentes à Avaliação Institucional realizada pela CPA no ano
letivo de 2010 sobre a Universidade do Grande ABC a luz da Lei 10.861/04 do SINAES ‐ Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Superior ‐ que versa sobre as 10 Dimensões que as Instituições de Ensino
Superior devem observar para realizar o processo avaliativo, bem como o PDI (Plano de
Desenvolvimento Institucional 2007‐2011), o PPI (Projeto Político Institucional) e os PPC’s (Projetos
Pedagógicos de Curso). Os resultados apresentados ao longo do documento são fruto de pesquisas
realizadas, consultas públicas à comunidade acadêmica da UniABC e informações coletadas ao longo do
ano de 2010.
Palavras‐chave: Avaliação Institucional, Comissão Própria de Avaliação e Universidade do Grande ABC.
6.
6
7. Sumário
INTRODUÇÃO _______________________________________________________________________ 9
_
1.1. Critérios de avaliação interna e externa MEC. ______________________________________ 10
1.2. A Universidade do Grande ABC __________________________________________________ 14
1.3. Pré‐requisitos da Avaliação Institucional na UniABC _________________________________ 17
1.3.1. Divulgação ________________________________________________________________________ 18
1.3.2. Envolvimento dos dirigentes __________________________________________________________ 20
1.3.3. Dificuldades _______________________________________________________________________ 21
1.3.4. Formas de acesso ___________________________________________________________________ 23
1.3.5. Construção de relatórios da avaliação __________________________________________________ 24
1.3.6. Construção da Autoavaliação na UNIABC. _______________________________________________ 26
1.4. Sensibilização da Comunidade Acadêmica _________________________________________ 31
1.5. A Avaliação Institucional quantitativa realizada em 2010_____________________________ 36
1.6. Critérios adotados para a análise dos resultados quantitativos ________________________ 37
1.7. Critérios adotados para a análise dos resultados qualitativos _________________________ 38
2. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL À LUZ DO SINAES ________________________________________ 40
2.1. Dimensão I ‐ Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional _________________________ 40
2.1.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ______________________________________ 40
2.2. Dimensão II‐ Política para o Ensino, a Pesquisa, a Pós‐Graduação e Extensão _______________ 45
2.2.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ______________________________________ 45
8. 2.3. Dimensão III ‐ Responsabilidade Social da Universidade ________________________________ 56
2.3.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ______________________________________ 56
2.4. Dimensão IV – Comunicação com a Sociedade _____________________________________ 62
2.4.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 63
2.5. Dimensão V ‐ Políticas de Pessoal ________________________________________________ 68
2.5.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 68
2.6. Dimensão VI ‐ Organização e Gestão da Instituição _________________________________ 74
_
2.6.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 74
2.7. Dimensão VII‐ Infraestrutura da Universidade _____________________________________ 77
_
2.7.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 77
2.8. Dimensão VIII – Autoavaliação __________________________________________________ 88
2.8.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 88
DADOS DA MANTENEDORA E MANTIDA _________________________________________________ 96
2.9. Dimensão IX ‐ Políticas de Atendimento aos estudantes _____________________________ 98
2.9.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 98
2.9.2. Outros aspectos importantes mensurados no levantamento _______________________________ 104
2.10. Dimensão X ‐ Sustentabilidade Financeira ________________________________________ 105
2.10.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. __________________________________ 106
CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________________________ 109
REFERÊNCIAS ______________________________________________________________________ 110
8
9. Introdução
Construir uma avaliação institucional interna efetiva, envolvente, democrática e legítima, abrangendo
toda a comunidade acadêmica, não é uma tarefa fácil, pois demanda um olhar apurado das comissões
de avaliação sobre a instituição e seus processos, para que possa contribuir efetivamente na melhoria
dos aspectos acadêmicos e administrativos da instituição.
A autoavaliação institucional é o processo que envolve a Universidade em se conhecer e ser conhecida
pela sua comunidade acadêmica e que, articulada à gestão acadêmica, demonstra ter grande potencial
para contribuir com as estratégicas institucionais, na busca da melhoria contínua e nos direcionamentos
da atividade fim da universidade e na formação de cidadãos críticos, detentores de saberes, capazes de
transformar sua realidade social e econômica.
Segundo a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES (2004), a avaliação
institucional interna e externa tem como propósito promover o olhar global das instituições de ensino
superior (IES), buscando identificar o grau de coerência entre suas propostas educacionais e sua efetiva
realização.
Com a publicação da lei nº. 10.861, de 14 de Abril de 2004, que criou o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior – SINAES –, coordenada pelo Ministério da Educação (MEC), Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas (INEP) e CONAES, que versa sobre as dez dimensões, a saber: 1. Missão e
desenvolvimento institucional; 2. Políticas para o ensino, pesquisa e extensão; 3. Responsabilidade
social; 4. Comunicação; 5. Políticas de carreira; 6. Gestão institucional; 7. infraestrutura; 8.
Planejamento e avaliação; 9. Atendimento e 10. Sustentabilidade financeira, obrigando as IES a
implantar a avaliação institucional interna (autoavaliação) que corroborasse com os mecanismos
avaliativos externos praticados pelos órgãos reguladores (BRASIL, 2004).
Não obstante, a lei também fornece os parâmetros para as IES, sobre como todos (avaliados e
avaliadores) devem se portar diante de processos avaliativos, visando a imprimir transparência nas
avaliações e convergir para os demais mecanismos avaliativos que regulam tais atividades e suas
responsabilidades (BRASIL, 2004).
Ainda, segundo a lei 10.861/04, especificamente, no Art. 11, as IES deveriam, a partir daquele momento,
constituir sua Comissão Própria de Avaliação (CPA) para proceder à autoavaliação institucional, e sua
composição deveria ter a representação de todos os segmentos da comunidade acadêmica (professores,
10. alunos, ex‐alunos, colaboradores e comunidade externa), deixando a critério das instituições a definição
do modo de organização e dinâmica de funcionamento (BRASIL, 2004).
O propósito das CPAs é executar diversas modalidades de avaliação no âmbito da instituição, tendo
como parâmetro as dez dimensões sugeridas pelo SINAES (2009) e, em consonância com os critérios de
avaliação externa, realizada pelo Ministério da Educação cujo escopo é regulatório, é procedida por
especialistas previamente designados.
1.1. Critérios de avaliação interna e externa MEC.
Segundo as diretrizes do MEC/CONAES (2004) no documento intitulado Diretrizes para a Avaliação das
Instituições de Educação Superior, tanto a autoavaliação, como a avaliação externa deve ter
característica pedagógica, formativa e reflexiva. Segue quadro resumo dos processos avaliativos (interno
e externo) a que as IES estão sujeitas.
Tabela 1: Modalidades de avaliação que as IES são submetidas.
TIPO DE AVALIAÇÃO QUEM AVALIA? QUANDO ACONTECE?
No credenciamento e
MEC (externa) recredenciamento de instituições de
ensino superior.
Avaliação Institucional (interna e
Pelo menos uma vez ao ano, tendo
externa)
como parâmetro as 10 dimensões
CPA (interna)
propostas na lei 10.861/04 do
SINAES.
Avaliação do Desempenho dos Há cada 3 anos (trienal) os cursos são
MEC / Inep
Estudantes (ENADE) avaliados por meio de prova única.
Na autorização de novos cursos,
Avaliação dos Cursos de Graduação reconhecimento de curso e
MEC / Inep
(ACG) renovação de e reconhecimento de
curso*
10
11. Anualmente o MEC / INEP publica
lista das IES e seus respectivos
desempenhos nos seguintes
Índice Geral de Cursos da Instituição indicadores: desempenho do alunado
MEC / Inep / SINAES e CAPES.
(IGC) no Enade, Indicador de Diferença
Entre os Desempenhos Observado e
Esperado (IDD), Censo da Educação
Superior e CAPES.
Fonte: BRASIL (2003) e CONAES (2004).
* as IES que obtém nota superior a 3 no ENADE são isentas da avaliação externa ou in loco.
No entanto, cada modalidade avaliativa sugerida ou imposta pelos órgãos reguladores demanda uma
abordagem diferenciada da IES avaliada, e todas relacionam‐se diretamente, com a autoavaliação
executada pela Comissão Própria de Autoavaliação ou CPA, pela sua capacidade e obrigação de gerar
informações que contribuam com a IES na melhoria dos serviços prestados à sociedade.
Passados seis anos após a publicação dos parâmetros versados no SINAES e CONAES para a implantação
da avaliação institucional nas IES, ainda se discute os métodos, procedimentos e operacionalização da
avaliação institucional, propostos naquele momento pelo governo brasileiro às universidades. Diante
desta incongruência, as IES construíram a avaliação institucional, cada qual a seu modo, optando pelos
enfoques: burocrático, consultivo ou participativo (CAVALIERI, MACEDO‐SOARES E THIOLLENT, 2004).
Ao relacionar os enfoques com as diretrizes propostas na lei 10861/04 e as orientações do CONAES,
pode‐se dizer que as três abordagens apresentadas estão corretas, pois segundo as instruções desses
órgãos, as IES devem cumprir com as exigências legais dos órgãos reguladores (burocrático), buscar
resultados tácitos para melhorar seus processos (consultivo) e criar um ambiente em que a formação do
indivíduo seja um imperativo para o êxito e validade do processo (participativo). O que fazer então?
O fato é que conduzir um processo avaliativo contemplando os três enfoques propostos por Cavalieri,
Macedo‐Soares e Thiollent (2004) alinhados às dez dimensões propostas pelo CONAES, tem exigido
muitos esforços das instituições em compreender a avaliação institucional em profundidade e adequar
suas especificidades a esta nova realidade para as instituições de ensino superior brasileiras.
Por outro lado, é consenso que a avaliação institucional seja referida como um ‘mal necessário’, e todas
as IES reconhecem, em escalas diferentes, o seu potencial educativo, formador e transformador, ainda
assim, verifica‐se que é praticamente impossível obter‐se o consenso junto à comunidade acadêmica no
12. processo, principalmente, nos modos de operacionalização, instrumentos e técnicas de coleta dados,
divulgação e formato de relatórios, dentre outros. (DIAS SOBRINHO, 2004).
Sousa (2008) e Dias Sobrinho (2000) sugerem que, para construir a avaliação institucional, a IES precisa
transpor as barreiras culturais incutidas na instituição, pois a avaliação institucional deve ser
emancipatória, formativa e pedagógica, visando à identificação dos valores predominantes nas práticas
institucionais, evitando o controle ou a punição, não se limitando em apenas operacionalizar pesquisas
quantitativas ou qualitativas, mas organizar e sugerir ações que contribuam com as IES no processo de
tomada de decisão, correção de falhas ou canalização de forças.
Há que se considerar também, que a apropriação do processo avaliativo necessita de tempo,
envolvimento e entendimento das IES para ser introjetado e incorporado à cultura da instituição, pois a
avaliação ultrapassa o limite entre a conformidade e a inconformidade; entre o certo e o errado; entre o
realizado e o não realizado; desempenhando um papel de mediadora entre o que a comunidade
acadêmica almeja e o que a IES avaliada pode oferecer. Assim sendo, considera‐se que seus efeitos não
atingem somente o sistema de educação superior, mas têm impactos diretos sobre a sociedade (DIAS
SOBRINHO, 2004).
Isto posto, nos últimos anos a Comissão de Própria de Avaliação da UniABC tem direcionado seus
trabalhos na construção de um processo avaliativo útil, tácito, emancipatório, permanente e
transparente, como previsto nos parâmetros sugeridos pelos órgãos reguladores, buscando entender
em profundidade as práticas organizacionais vigentes na universidade tanto nos aspectos acadêmicos
quanto administrativos. Portanto, o relatório, ora apresentado, trata, sobretudo, de discorrer sobre a
universidade a luz das 10 dimensões macro propostas pelo SINAES, tendo como focos os seguintes
objetivos:
1. Investigar o cumprimento de cada dimensão no âmbito acadêmico;
2. Analisar o grau de satisfação do alunado em relação ao processo ensino aprendizagem;
3. Verificar a coerência entre as políticas institucionais e as ações efetivamente realizadas no
decorrer de 2010;
4. Identificar as principais demandas acadêmicas institucionais; e
5. Sugerir ações de melhorias para sinalizar para os dirigentes as ações corretivas que devem ser
realizadas.
12
15. A autorização para funcionamento dos cursos de Ciências (licenciatura curta), Ciências Biológicas
(licenciatura plena) e Estudos Sociais (licenciatura curta e licenciatura plena, com habilitação em
Educação Moral e Cívica) ocorreu em 05/11/1973, com CFE nº 2153/73 e Decreto nº 73675/74. O curso
de Fisioterapia, sediado na Faculdade de Fisioterapia de São Caetano do Sul, foi autorizado em 1986,
sob Parecer do CFE nº 355/86 e Decreto nº 93177/86. O curso de Estudos Sociais foi transformado em
curso de História e Geografia, com durações plenas, em 1992, com CFE nº 605/91 e Portaria Ministerial
nº 1155/92. Os cursos de Ciências Biológicas e Matemática foram autorizados pelo Parecer nº766/91 e
pela Resolução nº08/98, do CONSUN.
As alterações da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Caetano do Sul, da Escola Superior de
Educação Física e da Faculdade de Fisioterapia na Universidade de Formação, Educação e Cultura, com a
mesma entidade mantenedora, foram aprovadas pelo Parecer do CFE nº 652/92 e pela Portaria do MEC
nº 1868/92.
Após a criação da Universidade, que teve seu funcionamento no início do ano letivo de 1993, foram
aprovados pelo CONSUN os seguintes cursos: Direito, Ciências Contábeis, Administração, Arquitetura e
Urbanismo, Nutrição, Enfermagem, Engenharia de Produção Mecânica, Turismo e Engenharia Mecânica,
este, criado em 1994.
Em 1996, o CONSUN aprovou o funcionamento dos cursos de: Medicina Veterinária, Farmácia, com
habilitação em Farmacêutico Bioquímico e Farmacêutico Industrial, Comunicação Social, com habilitação
em Publicidade e Propaganda e a habilitação em Tradutor, no curso de Letras (português/inglês).
Em 1995, a Universidade de Formação, Educação e Cultura (UNIFEC) passou a denominar‐se
Universidade do Grande ABC (UniABC), por meio de autorização fixada em Portaria Ministerial nº 1401.
Tal mudança surgiu da percepção de que havia potencial para o crescimento de toda a região do Grande
ABC e da própria inserção na comunidade desta região.
Em 1999, foram criados os cursos de Ciências da Computação, Administração de Sistemas de
Informação, Administração em Comércio Exterior, Administração em Marketing, Engenharia Mecânica
(modalidade de Automação e Controle), Hotelaria, Propaganda e Marketing e as novas habilitações do
curso de Pedagogia. Em 2001, foi aprovado pelo Conselho Universitário o funcionamento dos cursos de
graduação em: Licenciatura em Computação e Sistemas de Informação, Química e também os cursos
sequenciais em Web‐Sites e Gestão Imobiliária. No ano de 2000, a UniABC mudou suas instalações e
sede para o novo campus, na Avenida Industrial no. 3.330, em Santo André, com modernas e amplas
instalações, mediante autorização da Portaria de nº 268, de 03 de março, do Ministério da Educação.
16. No ano de 2000, em 14 de fevereiro, entrou em funcionamento o novo Campus da UniABC, que já
contava com mais de 10 mil alunos matriculados; a UniABC foi escolhida como um dos 79 Destaques do
Ano, pela Revista Livre Mercado, integrou o anuário Vencedores 2000, além de concorrer ao Prêmio
Desempenho Cultural; a atleta da Seleção Brasileira de Ginástica Olímpica: Marisa Motta Ficarelli, então
aluna do curso de Fisioterapia da UniABC; e estréia da Banda UniABC, sob a batuta do maestro Celso
Moreira.
Pouco tempo depois, em 2001, foi aprovado o funcionamento dos cursos de Licenciatura em
Computação, Bacharelados em Sistemas de Informação, e Licenciatura e Bacharelado em Química.
Também foram aprovados os cursos sequenciais de Web‐Sites e Gestão Imobiliária.
Em 2002, a Universidade do Grande ABC ‐ UniABC adquiriu, também na cidade de Santo André, um
Centro Esportivo, com treze mil metros quadrados de área, com quadras, ginásios, campo de futebol e
salas esportivas, destinado às aulas do curso de Educação Física, atualmente neste espaço estão
concentradas as clínicas escolas
Existe uma projeção para ampliação do campus da Avenida Industrial em mais quatorze mil metros
quadrados, que abrigará uma nova biblioteca, além de um auditório para mil pessoas e mais vinte e
cinco salas de aula.
Em 2008, a UniABC conquista os Prêmios GENDRIC (Nutrição), Cidadania sem Fronteiras, Desempenho
Cultural (Grupo de Escritores), IES Socialmente Responsável (Associação Brasileira de Mantenedoras do
Ensino Superior) e Prêmio Top of Mind (2007 e 2008).
A UniABC comprometida com a região realiza uma série de eventos voltados para a comunidade, tais
como: Expo Profissões da UniABC, Simpósio de Empreendedorismo e Fórum de Educação Interdisciplinar,
Saúde em Ação (serviços gratuitos, mais de mil atendimentos à comunidade).
Neste ano de 2009, a UniABC comemorou 40 anos de existência, com 52 cursos de graduação,
articulados com os 26 cursos de pós‐graduação e inúmeros cursos e projetos de extensão, ratificando o
seu compromisso com a região do Grande ABC e assumindo a tarefa de ser um pólo de construção e
reconstrução do conhecimento. Para tanto conta com 18 grupos de pesquisas cadastrados no CNPq e
vários laboratórios de pesquisas que foram organizados para favorecer, por meio da busca contínua do
saber, o desenvolvimento desta imensa região que necessita de formação com qualidade.
A IES tem por missão desenvolver o ensino, integrando produção científica, extensão e atendimento à
comunidade, no sentido de formar profissionais competentes, éticos, conscientes de sua
responsabilidade cidadã e de seu compromisso com a humanidade. A estrutura organizacional que
16
17. conduz o sistema didático‐administrativo da instituição é composta, hierarquicamente, pelo CONSUN
(Conselho Universitário), CONSEPE (Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão), Reitoria (Reitor, Vice‐
Reitor Acadêmico, Pró‐Reitor Acadêmico, Pró‐Reitoria Administrativa Adjunta, Pró‐Reitoria de Pesquisa
e Pós‐Graduação e Pró‐Reitoria de Extensão e Relações Comunitárias) e Coordenadorias de Cursos.
O Grande ABC é a base e o suporte do desenvolvimento dos estudos nos cursos oferecidos pela
Universidade. A região, além de caracterizar‐se por um grande número de indústrias de manufatura e de
empresas de serviços, apresenta conflitos básicos de gestão, qualidade de apropriação urbana e
ordenação espacial, cuja problemática passa por soluções municipais conjuntas. Mediante a estes fatos,
a formação de profissionais das áreas de Exatas, Humanas, Saúde e Tecnológicas é fundamental para o
desenvolvimento da região.
Atualmente, a IES conta com 42 (quarenta e um) cursos de graduação nas áreas de Ciências da Saúde,
Ciências Exatas, Ciências Humanas e Tecnologia, todos reconhecidos ou autorizados pelos órgãos
competentes. A Universidade conta ainda com o oferecimento de cursos de pós‐graduação, nos níveis
lato‐sensu e MBA e cursos de extensão universitária. Até o fechamento deste relatório, a Universidade
contabiliza, aproximadamente, 350 professores, 380 colaboradores técnico‐administrativos e cerca de
8.500 discentes.
1.3. Pré‐requisitos da Avaliação Institucional na UniABC
Para se construir um processo de autoavaliação institucional nos moldes sugeridos pelo SINAES, deve‐se
considerar aspectos importantes como: ética, métodos, técnicas, infraestrutura, cultura organizacional,
dentre outros (DIAS SOBRINHO, 2000).
Para tornar o relatório inteligível a CPA realizou profundo estudo na literatura que trata da avaliação
institucional e elencou, seis aspectos essenciais que as comissões de avaliação devem observar ao
implantar ou operacionalizar a Avaliação Institucional conforme segue: a) ‐ na divulgação, b) ‐ no
envolvimento dos dirigentes, c) ‐ nas dificuldades para operacionalizar a avaliação institucional, d) ‐
formas de acesso as informações, e e) – construção dos relatórios.
Considera‐se que esses aspectos quando observados com o rigor necessário pelas comissões, podem
contribui diretamente, para a consolidação da avaliação no âmbito da instituição (DIAS SOBRINHO;
BALZAN, 2008; ROUCHY; DESROCHE, 2005; PIRES, 2002).
Segundo Dias Sobrinho (2003, p.148), quando os “objetos e objetivos da avaliação e suas relações” não
são levados em conta, a avaliação institucional acaba por se reduzir a um instrumento de medida, de
18. controle e de intervenção externa, com pouco ou nenhum valor, e acrescenta, ainda, que a natureza da
avaliação depende da forma como foi concebida e estruturada.
Ainda, segundo o autor as comissões devem pautar suas atividades com base nos parâmetros dos
órgãos reguladores e na demanda evidenciadas na avaliação institucional, sempre com vistas a incutir a
cultura da avaliação na IES, corroborando com Pires (2002).
[...] a auto‐avaliação favorece a construção de uma cultura de avaliação na Instituição,
contribuindo para que esta se prepare mais adequadamente para as diversas
avaliações externas a que são submetidas. Neste sentido, segundo o SINAES (2004), os
processos de auto‐avaliação devem ser permanentes, isto é, constituir se como uma
cultura internalizada nas estruturas e nas ações institucionais [...] (FREITAS, 2008, p.4).
Nesse sentido, a CPA da UniABC procurou articular a avaliação interna à avaliação externa de modo
transversal ao SINAES, que está pautado, segundo Dilvo I. Ristoff (apud; SOBRINHO‐BALZAN, 2008, pp.
27‐51), professor da Universidade Federal de Santa Catarina, em sete princípios, conforme segue:
“Globalidade; Comparabilidade; Respeito à identidade institucional; Não‐premiação ou punição; Adesão
voluntária; Legitimidade e; Continuidade” .
A partir desses princípios pode‐se afirmar que avaliação ultrapassa amplamente os âmbitos mais
restritos do objeto a que se dirige, ou seja, a IES. Seus efeitos atingem não só o sistema de educação
superior como também impactam a comunidade acadêmica e a sociedade de forma geral (CHAUÍ,
2001).
A avaliação instrumentaliza as instituições, produzindo mudanças nos currículos, na gestão, nas
estruturas gerenciais, nas configurações gerais do processo educativo, nas concepções e prioridades da
pesquisa, nas noções de responsabilidade social, enfim, tem a ver com as transformações desejadas não
somente para a instituição melhorar seu desempenho e a qualidade do conhecimento que gera, mas
para contribuir efetivamente com as necessidades sociais. (DIAS SOBRINHO, 2004).
1.3.1. Divulgação
O processo de divulgação é um elemento chave para a concretização da avaliação institucional interna,
pois é o momento em que a comunidade acadêmica passa a apropriar‐se da avaliação institucional
como instrumento de vazão aos seus anseios ou de consulta na tomada de decisão, no caso de gestores
(SANCHES, 2009).
18
19. Para tanto, recorremos regularmente aos mecanismos institucionais de comunicação para projetar
informações, conclamar a comunidade acadêmica ou publicizar os relatórios (KUSNCH, 2002;
UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC, 2010).
Tais recursos variam de um ciclo avaliativo para outro, mas via de regra são eles: intranet, sítio
institucional, extranet, informativos, jornal, murais, faixas e banners, novas tecnologias da informação e
da comunicação (TICs) (RECUERO, 2009).
Além destes, são organizadas reuniões segmentadas e coletivas com alunos, professores,
coordenadores, colaboradores e comunidade externa, a fim de discutir estratégias de aplicação,
divulgação dos resultados e metodologias da pesquisa para aprimorar o processo avaliativo e obter a
devolutiva, tanto de avaliadores como de avaliados. Alguns autores chamam esse momento de meta‐
avaliação, ou seja, a avaliação da avaliação (SANCHES, 2009).
Nesse cenário a idéia de divulgação traz em seu bojo o aspecto da imparcialidade, pois a mensagem será
revestida de intencionalidades persuasivas e com vistas a convencer nossa comunidade acadêmica
sobre sua relevância da avaliação institucional. Tanto os autores referenciados relatório, como os órgãos
reguladores como o CONAES, SINAES, MEC e INEP, denominam esse processo de sensibilização,
conforme:
[...] No processo de auto‐avaliação, a sensibilização busca o envolvimento da
comunidade acadêmica na construção da proposta avaliativa por meio da realização
de reuniões, palestras, seminários, entre outros. Cabe ressaltar que a sensibilização
deve estar presente tanto nos momentos iniciais quanto na continuidade das ações
avaliativas, pois sempre haverá sujeitos novos iniciando sua participação no processo:
sejam estudantes, sejam membros do corpo docente ou técnico‐administrativo [...]
(MEC/CONAES, 2004).
Bem como:
[...] A divulgação, como continuidade do processo de avaliação interna, deve
oportunizar a apresentação pública e a discussão dos resultados alcançados nas etapas
anteriores. Para tanto, podem ser utilizados diversos meios, tais como: reuniões,
documentos informativos (impressos e eletrônicos), seminários e outros. A divulgação
deve propiciar, ainda, oportunidades para que as ações concretas oriundas dos
resultados do processo avaliativo sejam tornadas públicas à comunidade interna [...]
(p.11‐12).
20. Entende‐se que a comunicação formal e informal nestas circunstâncias desempenha um papel crucial na
disseminação da avaliação institucional na UniABC, porque é por intermédio dela que a comunidade
acadêmica passar a conhecer a intenção, os resultados e as finalidades (BUENO, 2009).
1.3.2. Envolvimento dos dirigentes
Para Belloni (1989) a construção coletiva e democrática da avaliação, deve contar com o envolvimento
da gestão superior da IES (reitores, diretores, membros com poder de decisão), desde a proposta inicial,
passando pela execução até a divulgação dos resultados, para legitimar a CPA e todas as etapas do
processo avaliativo proposto no planejamento, pois entendemos que a avaliação que visa a mudanças e
transformações nas práticas administrativas e acadêmicas, precisa e deve contar com vontade política,
por parte do grupo dirigente da instituição (Pinto, 2005).
Nesse sentido, a avaliação institucional operacionalizada pela CPA da UniABC constitui‐se em condição
básica para o necessário aprimoramento do planejamento e da gestão da instituição, uma vez que
propicia a constante reorientação de suas ações como assinala Sanches (2009):
[...] conduzir um, processo de avaliação interna, deve‐se favorecer a articulação entre
concepções, objetivos e metodologias para promover processos de avaliações
construídos coletivamente, com vistas a levantar informação para tomadas de decisão
de caráter político, pedagógico e administrativo, que resultem em melhorias
institucionais (p.83).
Como dito anteriormente, ainda há a falta de entendimento, tanto dos avaliadores, como dos avaliados
pela CPA, pois ainda é vista como instrumento meritocrático ou punitivo. Com essa perspectiva Pires
(2002) tece o seguinte comentário:
Percebe‐se muito dentro das organizações acadêmicas uma simulada resistência em
relação ao processo de avaliação, nitidamente assentada na preocupação deste
instrumento ser punitivo, ou até por evidenciar mazelas corporativas de interesses
pessoais ou de grupos, em prejuízo dos interesses maiores da instituição. Este prejuízo,
alicerçado na premissa da ação para punição, tem sido registrado como um dos fatores
emperradores da alavancagem e da aplicação deste instrumento dentro das
organizações. A cultura organizacional de resistência às mudanças, o que fatalmente
ocorrerá com a implantação da avaliação (p.43).
20
21. A legitimação do grupo de dirigente da UniABC valida às ações previstas no planejamento da CPA,
mesmo que de forma indireta, e sinaliza para a comunidade acadêmica a seriedade e importância do
processo na busca da melhoria da instituição. Conforme especificado no documento do MEC/CONAES
(2004), o qual trata dos requisitos para implantação da autoavaliação institucional.
(c) compromisso explícito dos dirigentes das IES em relação ao processo avaliativo. No
entanto, isto não significa que os dirigentes devam ser os principais membros das
comissões instaladas. O importante é ficar evidenciado que há um apoio institucional
para que o processo ocorra com a profundidade e seriedade necessárias (p.7).
A relevância do envolvimento direto da alta administração na avaliação institucional concede à CPA a
condição de instância política, pois será por intermédio de seus processos avaliativos que a comunidade
acadêmica ecoará seus anseios e desejos.
1.3.3. Dificuldades
Avaliar é um ato que se exerce constantemente em todo o cotidiano. Toda vez que se precisa tomar
alguma decisão se avalia os prós e contras, sempre atribuindo juízos de valores. Podemos fazê‐lo por
meio de um diálogo construtivo ou, ao contrário, transformar a avaliação em um momento específico,
com espaço e tempo previamente definidos. Esta ou aquela opção dependerá da concepção e dos
objetivos desejados, como observam Sordi e Ludke (2009):
[...] Segundo Lima (2008), o estudo da escola é processo complexo, mas muito
estimulante, pois transita entre olhares macroanalíticos que desprezaram as
dimensões organizacionais dos fenômenos educativos e pedagógicos e olhares
microanalíticos, exclusivamente centrados no estudo da sala de aula e das práticas
pedagógico‐didáticas. Ambos os olhares carecem de um elo que permita compreendê‐
los em relação [...] (p.317).
Notadamente, qualquer processo avaliativo deveria ocorrer sob a égide dessa ótica, em função de suas
características e princípios norteadores que justificam sua existência, e em teoria, não deveria encontrar
muitas dificuldades em sua operacionalização. Mas não é o que acontece! (GADOTTI, 2009).
A avaliação institucional tem sido executada em muitas instituições de ensino superior distribuídas pelo
país, face sua obrigatoriedade, mas ainda encontra diversas dificuldades por razões políticas, ideológicas
ou até mesmo econômicas. Não se discute mais, se a avaliação deve ou não ser efetuada, mas como
deve se processar e como romper as resistências que ela desencadeia (GADOTTI, 2009).
22. Indubitavelmente, a avaliação institucional (interna ou externa) realizada pela CPA da UniABC é sempre
polêmica, e por vezes, causa insegurança em todos os envolvidos, seja na condição de avaliadores ou
avaliados. Não se questiona se deve ou não deve ser feita, mas como deve ser feita de modo a
minimizar as dificuldades (ROUCHY; DESROCHE, 2005).
Sendo assim, a avaliação não pode ser vista como um instrumento de controle burocrático e
centralização, em conflito com a autonomia, mas como uma busca a ser institucionalizada como um
processo necessário de melhoria da instituição nos aspectos de ensino, pesquisa, extensão e de
processos internos. Busca ser instituída até tornar‐se uma necessidade explícita na UniABC. (GADOTTI,
2009).
A identificação das dificuldades tornou‐se condição sine qua nom para a operacionalização da avaliação
institucional, pois será a partir desses ‘gargalos’ que a CPA da UniABC pode amenizar as resistências em
relação ao processo avaliativo. Como sinalizam Sordi E Ludke (2009):
[...] Incorporar novos atores no processo de avaliação da escola e novos ângulos para
análise dos fenômenos educativos implica mudança substantiva na forma de conceber
a avaliação e, mais ainda, na forma de praticá‐la, sobretudo quando se toma a escola e
seus atores locais como espaço e interlocutores preferenciais para gerar
conseqüências aos dados obtidos. A aprendizagem da participação passa a ser realçada
como expressão do reconhecimento dos múltiplos saberes dos atores envolvidos com
o projeto pedagógico, devidamente trabalhados para que não se reproduzam as
hierarquias entre eles [...] (p.322).
Autores como Dias Sobrinho (2008; 2000;), Silva (2010), Demo (2005) e Pires (2002) indicam que o
público que mais resiste a incorporar a avaliação institucional é o dos professores e dos coordenadores
de curso, pois não acreditam que os resultados do processo de avaliação podem ser efetivamente
utilizados para melhoria da qualidade de programas e projetos institucionais.
Sordi e Ludke (2009) ao abordar a questão da resistência dos públicos em relação à avaliação
institucional, sugerem que o processo de sensibilização deve começar na formação do docente, ou seja,
quando este estabelece o primeiro contato com a instituição.
Esta cultura da avaliação ajuda a entender (não a justificar) as recusas freqüentes de
alguns professores de discutir suas práticas pedagógicas o que se confronta com o
discurso de trabalho coletivo presente na escola. A autonomia do docente não pode
ser confundida com autonomização. Não tem ele a prerrogativa de decidir, por si só,
algo que afeta o bem comum e marca o projeto pedagógico da escola. Certamente
22
23. esta aprendizagem necessita ser incluída desde logo nos processos de formação
docente para promover mudanças na cultura escolar, sobretudo no tocante á
avaliação (p.316).
Já Demo (2005), infere que essas resistências podem ser justificadas na prerrogativa da avaliação ao
mensurar os processos instituídos na IES, inclusive de ensino‐aprendizagem e práticas pedagógicas
executadas pelos docentes dentro de sala de aula.
Independente da posição dos autores, o fato é que a CPA da UniBAC busca suplantar os focos de
resistências para poder dar continuidade do processo avaliativo e as estratégias depende basicamente
do feedback obtido em cada ciclo avaliativo demandando tempo para que o fantasma da punição e da
meritocracia, que permeia a avaliação, seja banido da nossa atmosfera acadêmica.
1.3.4. Formas de acesso
Um processo avaliativo assemelha‐se a uma história que tem começo, meio e nunca tem fim devido seu
caráter permanente. E como toda boa história, ela precisa ser contada repetidas vezes, pois sempre terá
um novo ouvinte fazendo novos e, velhos questionamentos, sobre como começou, quem são os
principais personagens, quem são os vilões, os mocinhos, os neutros e assim por diante.
Trazendo a metáfora para o foco do relatório, notadamente a continuidade da avaliação institucional
depende de como ela é apresentada para o ouvinte/leitor. A comunidade acadêmica deve ter
elementos suficientes, para entender preliminarmente a história e seu enredo. (DIAS SOBRINHO E
RISTOFF, 2000). Cientes dessa pré‐condição a CPA da UniABC tem se esforçado, na medida do possível,
na prestação de contas de todas as suas atividades à comunidade acadêmica.
Para propiciar esse momento, a CPA recorre aos canais comunicativos da UniABC, tradicional ou não,
buscando fornecer esses elementos e estimular as discussões necessárias ao processo, pois considera
que a avaliação só se justifica se a comunidade acadêmica participar efetivamente de todas as etapas do
processo (KUNSCH, 2002).
Dias Sobrinho e Ristoff (2000) e Silva (2010) quando tratam da avaliação institucional, sugerem para as
instituições disponibilizar previamente os documentos e relatórios produzidos na avaliação institucional
para sua comunidade acadêmica, com vistas a estimular a discussão internamente e posteriormente
transcender os ‘muros’ da instituição.
24. Atualmente a CPA possui diversos mecanismos e ambientes de compartilhamento de informações com
a comunidade acadêmica da universidade, seja por canais tradicionais ou meios eletrônicos e,
geralmente, os resultados da avaliação institucional são tornados públicos em um desses formatos.
Tal postura justifica‐se, visto que a CPA entende que possibilitar o acesso da comunidade acadêmica às
informações e documentos (preliminares) sobre o processo avaliativo contribui, substancialmente, com
a construção da avaliação institucional, além de imprimir a conotação democrática e participativa (DIAS
SOBRINHO e BALZAN, 2008).
Para tanto coube a CPA debruçar‐se sobre a comunicação organizacional da UniABC, para verificar suas
possibilidades, entender seus fluxos comunicativos, conforme assinala Kunsch (2003), para utilizá‐los de
acordo com a estrutura e cultura organizacional dominante na universidade.
1.3.5. Construção de relatórios da avaliação
A atividade avaliativa desemboca naturalmente em relatórios, que podem ser impressos ou eletrônicos
cujo objetivo principal é comunicar os resultados da avaliação a grupos de interesse tais como:
avaliadores externos, alunos, professores, coordenadores, funcionários, dirigentes, sociedade,
comunidade, enfim todos aqueles que estabelecem alguma relação com a instituição de ensino (DIAS
SOBRINHO E RISTOFF, 2000).
Os relatórios devem ser construídos com foco nessa diversidade de grupos e leitores, portanto sua
clareza é fundamental na comunicação das informações e no caráter analítico e interpretativo dos
resultados obtidos. Além disso, é desejável que o relatório apresente sugestões para ações de natureza
administrativa, política, pedagógica e técnico‐científica a serem implementada (SINAES, 2004).
Segundo Dias Sobrinho e Ristoff (2000) o relatório, entre outras coisas, explicita os instrumentos
utilizados na coleta de dados, os métodos, as técnicas, os achados, as sugestões de melhorias, enfim os
pontos fortes e fracos da instituição avaliada, devendo expressar o resultado do processo de discussão,
de análise e interpretação dos dados advindos, principalmente, do processo de autoavaliação e ser
capaz de incorporar, quando estiverem disponíveis, os resultados da avaliação de cursos e de
desempenho de estudantes.
O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 2004), sugere em seus documentos
oficiais que os relatórios da avaliação institucional devem atender, minimamente, aos seguintes
requisitos:
24
25. a) Caracterização da instituição avaliada – onde se apresenta a instituição, seus
histórico, sua inserção na comunidade local e sua evolução no quadro social.
b) Apresentação da avaliação ‐ Relato do processo do trabalho desenvolvido,
destacando, a metodologia, os instrumentos utilizados para operacionalizar a
proposta de autoavaliação, as formas de análise e de tratamento dos dados, de
acordo com a missão e os objetivos da IES, a divulgação e seus possíveis
desdobramentos no âmbito institucional.
c) Desenvolvimento ‐ Explicitar as ações planejadas para a realização da avaliação
institucional; as ações realizadas pela IES no decorrer do processo avaliativo; os
resultados alcançados, destacando as fragilidades e as potencialidades; como são
incorporados estes resultados no planejamento da gestão acadêmico‐
administrativa.
d) Aderência ao SINAES – Sugere também que os relatórios devem conter a descrição
das ações e resultados relativos a cada uma das dez dimensões contidas na Lei que
institui o SINAES (2004).
A confecção de um relatório que trata da avaliação institucional exigiu da CPA um alto grau de
discernimento, pois as informações relacionados nesses documentos representam os anseios e
necessidades da comunidade acadêmica em relação à UniABC. Entendemos assim, que este documento
deve contribuir com a instituição em seu planejamento institucional e na priorização das ações técnicas,
pedagógicas e administrativas (FREITAS, 2003).
Michael Panton (apud; Dias Sobrinho e Ristoff, 2000) diz que os relatórios devem ter equilíbrio entre a
descrição e análise e complementa:
[...] ao considerar o que omitir, é preciso decidir quanta descrição deve ser incluída.
Descrição detalhada e citações são qualidades essenciais de relatórios qualitativos.
Descrições suficientes e citações diretas devem ser incluídas para permitir que os
leitores entendam plenamente um programa ou uma instituição bem como os
pensamentos das pessoas representadas no relatório [...](p.124).
Ademais, com a apresentação dos pré requisitos, devidamente justificados, nos parágrafos anteriores,
para a realização da avaliação institucional na UNIABC partilharemos de agora em diante um breve
histórico sobre as etapas macro da construção do processo no âmbito institucional.
26. 1.3.6. Construção da Autoavaliação na UNIABC.
A Universidade do Grande ABC realiza a avaliação institucional desde 2002 que, inicialmente, envolvia
apenas o corpo técnico‐administrativo, o docente e o discente. O processo consistia em realizar a
avaliação semestralmente, contando com a participação da totalidade de alunos da Instituição, que
avaliavam itens como a infraestrutura da Universidade, biblioteca, laboratórios, áreas de convivência,
bem como, o atendimento dos setores: financeiro, secretaria e protocolo.
Em 2004, com a promulgação da Lei 10.861/04 do SINAES, a UniABC criou sua primeira Comissão
Própria de Avaliação (CPA) composta com representantes dos segmentos que compõem sua
comunidade acadêmica (ver tabela abaixo) e com o propósito de elaborar seu projeto de avaliação
institucional, de acordo com os preceitos da lei em vigor.
Com a elaboração do projeto de avaliação institucional, a partir de 2005, a UniABC passou a fazer a
autoavaliação de forma sistemática, data em que também foi constituída sua segunda CPA. Deste ano
em diante, a Universidade passou a executar aprimorar o processo de coleta, análise e divulgação dos
resultados.
Em 2006, a CPA reformulou os instrumentos de coleta de dados e realizou a avaliação institucional,
visando à totalidade da Universidade, os relatórios desta avaliação foram encaminhados para a análise
dos dirigentes que, após análise, autorizaram a divulgação dos resultados nas reuniões de planejamento
para o segundo semestre daquele ano.
Em 2007/1, 2007/2 e 2008/1, o procedimento foi o mesmo, porém estas CPA’s não desenvolveram
atividades de acompanhamento das melhorias ou divulgação dos resultados para a comunidade
acadêmica. Saliente‐se que as referidas comissões alteraram as formas de coleta, análise e tratamento
dos dados. Após muitos questionamentos da comunidade acadêmica dos critérios, operacionalização,
legitimidade e divulgação dos resultados apurados, a UniABC procedeu à troca de coordenador e
membros da Comissão Própria de Avaliação.
A partir do segundo semestre de 2008, os trabalhos da CPA foram redimensionados visando a aprimorar
o processo autoavaliativo institucional, os procedimentos foram revistos com a comunidade acadêmica
e os instrumentos reformulados. Todos os resultados da pesquisa foram divulgados por meio impresso e
eletrônico.
Apesar de todos os esforços promovidos pelas comissões anteriores, a CPA de 2009 diagnosticou que,
ainda, havia ajustes para fazer e, novamente, conclamou a comunidade acadêmica da UniABC para
26
27. mensurar sugestões e ações de melhoria no processo de avaliação institucional, operacionalizados no
ano de 2009.
Sendo assim, em 2009 a comissão de avaliação no uso de suas prerrogativas promoveu uma série de
encontros, palestras e reuniões com os segmentos da comunidade acadêmica para validar as alterações
do processo avaliativo.
Como resultado desse esforço a CPA, desde então, passou a implementar paulatinamente ações que
pudessem convergir com as diretrizes do SINAES e ao mesmo tempo satisfazer a comunidade acadêmica
de modo geral.
Ao final do ciclo avaliativo de 2009 novamente a CPA deparou‐se com a necessidade de promover a
meta‐avaliação, pois identificou alguns gargalos que necessitavam de ajustes para que o ciclo avaliativo
posterior decorresse de modo satisfatório.
No processo de meta‐avaliação a Comissão de Avaliação deliberou que a Avaliação Institucional Global
da Universidade deveria ser realizada, ainda, no primeiro semestre do ano letivo para que a divulgação e
acompanhamento das ações corretivas pudessem ser verificadas in loco.
Sendo assim, no início de 2010 a CPA redefiniu seu cronograma de trabalho, prevendo duas avaliações
docentes e uma com a comunidade externa(empresas). Segue tabela contendo os membros das
comissões, as atividades, o tipo de estudo realizado no ano letivo e os cronogramas de atividades.
Tabela 2: Comissões e atividades realizadas em 2010.
Ano Comissão de Avaliação Atividades Tipo de estudo realizado
Coordenador: Claudemir Martins da Silva Avaliação dos Docentes da
Divulgação dos resultados Universidade.
Vice‐coordenador: Eneida Yuri Suda. Elaboração e publicação do
Secretária geral : Eleandra Ap. Lelli. relatório final da avaliação Levantamento das
Representantes Docentes: Odeir Rizo e institucional; fragilidades e
20101 Alexandre Manduca. Avaliação do corpo docente potencialidades
institucionais.
Representante Coordenador: Patrícia Santiago da UniABC;
Improta. Reuniões setorizadas para 54% Alunos da UniABC
Representantes Discentes Graduações: Fabio acompanhamento das responderam
Luigi Di Credico (Mecatrônica), Marcio de ações corretivas nos níveis espontaneamente o
Menezes Alves (Logística), Tatiane Nery Martins acadêmicos e questionário de avaliação
28. (Vetrinária) e Sandra Lucia Bevevino (Direito). administrativos; docente.
Representante Discente Pós graduação: Fabio Publicização dos relatórios
Almeida Franco. da avaliação institucional; Estudo dos referenciais
teóricos que trata da
Representante Técnico Administrativo: Renato Reformulação do avaliação institucional.
César Parolin e Maria de Fátima Marques instrumento de coleta de
Batista. dados dos professores.
Representante Comunidade externa: Ceila
Regina Pereira Anhaia de Lemos.
Coordenador: Claudemir Martins da Silva
Vice‐Coordenador: Eneida Yuri Suda. Execução da Avaliação
Secretário Geral : Alexandre Manduca Docente; Avaliação dos Docentes da
Representantes Docentes: Lucirene Ap. Execução da Avaliação com Universidade.
Carignato e Danielle G. Lima a Comunidade externa
(empresas da região); Análise dos PPCs de cursos
Representante Coordenador: Ricardo C. de graduação.
Moreira Atualização das 10
dimensões do SINAES;
Representantes Discentes Graduações: Fabio Estudo dos referenciais
20102 Desenvolvimento de plano teóricos que trata da
Luigi Di Credico (Mecatrônica), Tatiane Nery
Martins (Veterinária) e Sandra Lucia Bevevino estratégico de avaliação institucional.
(Direito). comunicação;
Representante Discente Pós Graduação: Fabio Estruturação de grupo de 56% Alunos da UniABC
Almeida Franco. pesquisa da CPA; responderam
espontaneamente o
Representante Técnico Administrativo: Renato Avaliação dos PPCs de todos questionário de avaliação
César Parolin e Maria de Fátima Marques os cursos de graduação da
docente.
Batista. UniABC.
Representante Comunidade Externa: Ceila
Regina Pereira Anhaia de Lemos.
Fonte: Comissão Própria de Avaliação da UniABC, 2010.
28
29.
Tabela 3: Cronograma de atividades da CPA para 2010 (primeiro semestre)
ETAPAS FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
1. Formação da CPA.
2. Entrega dos resultados da pesquisa realizada
em 2009/2 para os dirigentes institucionais.
3. Definição das estratégias de divulgação dos
resultados da pesquisa realizada em 2009/2.
3.1. Elaboração do cronograma de
divulgação;
3.2. Elaboração do cronograma de reuniões.
4. Distribuição dos trabalhos entre os membros
da CPA.
5. Levantamento das informações pertinentes
as 10 dimensões previstas no SINAES e
executadas pela UniABC.
6. Elaboração dos relatórios parciais (discentes,
docentes e colaboradores).
7. Elaboração do relatório final da auto‐
avaliação do ano de 2009 para ser postado
no Inep. (prazo limite até 30/03/2010)
8. Reunião de revisão dos questionários da
pesquisa com a comunidade acadêmica.
8.1. Elaboração de cronograma de execução
9. Revisão das ferramentas de coletas de dados
com o CPD da UniABC.
10. Implementação da “oficina” renovação de
reconhecimento.
11. Organização do I Fórum das Comissões de
Avaliação do ABC.
12. Planejamento da CPA 2010/2.
30.
Tabela 4: Segundo Semestre de 2010
ETAPAS AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
1. Formação da CPA.
1.1. Planejamento e organização dos
trabalhos a serem executados no
decorrer do semestre letivo.
2. Distribuição dos trabalhos a serem
executados no decorrer do semestre
letivo, entre os membros.
3. Coleta de informações institucionais
para serem analisadas pela CPA.
3.1. Confecção do Relatório final do
ciclo avaliativo 2008‐2010.
4. Pré‐teste e validação do
questionário de avaliação docente.
5. Definição das estratégias de
sensibilização.
5.1. Colocar o Blog da CPA no “ar”.
6. Inicio da coleta de dados previsão
01/10/10.
7. Tabulação dos dados alunos,
professores, coordenadores,
funcionários, egressos e comunidade
externa.
8. Elaboração e entrega dos relatórios
parciais e finais para dirigentes e
coordenadores.
9. Entrega dos relatórios aos dirigentes
e coordenadores da universidade.
10. Planejamento das atividades da
CPA para 2011/1 e revisão de todos os
questionários da avaliação
institucional global a ser realizada em
2011.
Fonte: Comissão Própria de Avaliação, 2010.
30
31. Ressaltam‐se os prazos previstos para as etapas, que em ambos os cronogramas foram atendidos com o rigor
necessário para mensurar os indícios e indicadores que subsidiaram o relatório que ora se apresenta.
1.4. Sensibilização da Comunidade Acadêmica
Considerando que a Avaliação Institucional deve contemplar número expressivo da comunidade
acadêmica da UniABC para validar as percepções quantitativas e qualitativas das instâncias previstas nos
diversos instrumentos de coletas de dados.
A CPA adotou uma série de estratégias comunicativas, de forma que toda comunidade acadêmica
pudesse participar e se manifestar no decorrer do processo avaliativo. Segue exemplos das modalidades
comunicativas adotadas nos dois períodos:
Inserção dos relatórios e endereço eletrônico do
Inserção dos relatórios na Central do Professor. Blog da CPA na intranet da UniABC.
32. Divulgação dos resultados e ações da CPA na Área reservada para CPA no site institucional.
Central do Aluno da UniABC.
Blog da CPA onde são divulgadas todas as
Divulgação do Blog da CPA no site
ações realizadas pela CPA.
institucional.
32
33. Perfil criado da CPA na Rede Social Orkut para Perfil criado da CPA na Rede Social Facebook
estimular a participação de ex‐alunos da para compartilhar informações da UniABC.
UniABC.
Perfil criado da CPA na Rede Social Twitter para
Prestação de contas sobre a performance do
compartilhar informações da UniABC.
Blog da CPA.
34. TEXTO BOLETO BANCÁRIO
PREZADO ALUNO,
De 01/10 a 30/11/10, a CPA realizará a Avaliação dos Professores. Não deixe
de participar, basta acessar a Central do Aluno. A sua opinião é muito
importante para UNIABC aprimorar os serviços prestados a VOCÊ.
Contamos com sua participação!
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
www.cpauniabc.blogspot.com
Disponibilização do Relatório Final da UniABC em Informe tratando da Avaliação de Docentes,
ambientes colaborativos (Scribd, Slideshare entre afixados nos murais de cada sala de aula.
outros).
34
35. Interface da Avaliação Docente disposta na Interface da Avaliação Docente disposta na
Central do Aluno no período de coleta de Central do Aluno no período de coleta de
dados. dados.
Interface da Avaliação Docente disposta na Interface da Avaliação Docente disposta na
Central do Aluno no período de coleta de Central do Aluno no período de coleta de
dados. dados.
36. Além das estratégias mencionadas, a CPA da UniABC também adotou como estratégia de divulgação e
sensibilização as seguintes ações:
1. Inserção de textos antes, durante e depois da pesquisa no Comunicado Institucional, com
periodicidade semanal e são lidos pelos professores em salas de aula, no primeiro dia da
semana;
2. Publicação, em conjunto com departamento de marketing, um informativo, denominado
“Notícias no Campus”, divulgando a avaliação institucional;
3. Envio de‐mails segmentados para coordenadores de cursos, chefes de departamentos, parceiros
e egressos.
O esforço em divulgar a avaliação institucional justifica‐se na crença de que esta comissão tem no uso
dos canais de comunicação como mediador das relações e anseios da comunidade acadêmica.
1.5. A Avaliação Institucional quantitativa realizada em 2010
Por se tratar de uma avaliação exploratória quantitativa, indicial, de método dedutivo, tendo como
instrumento de coleta de dados questionários eletrônicos, definiram‐se os seguintes critérios para fins
de tratamento, análise e interpretação dos dados coletados, a saber:
A ‐ Validação de todos os questionários aplicados no decorrer da pesquisa para mensurar a
funcionalidade do sistema e o tempo médio que cada respondente levaria para completar o
questionário;
1. Alunos, de 7 a 15 minutos.
2. Professores, de 10 a 15 minutos.
3. Coordenadores, de 10 a 15 minutos.
4. Pós‐graduação, de 6 a 10 minutos.
5. Funcionários, de 10 a 15 minutos.
6. Egressos, de 6 a 10 minutos.
7. Comunidade, de 5 a 8 minutos.
B ‐ Exclusão dos questionários que apresentaram as seguintes características:
1. Não respondidos em sua completude;
2. Cujo respondente optou por atribuir apenas um conceito para todos os itens;
3. Respondidos em duplicidade;
4. Respondidos no tempo inferior a 6 minutos;
5. Cujo respondente optou por atribuir apenas 01 conceito para cada grupo.
36
37. C – Todos os dados foram compilados em MySQL e, posteriormente, tratados em Acess e Excel;
D – Todas as médias demonstradas estatisticamente utilizaram de aritmética simples, pois consideramos
os resultados da pesquisa como indiciais, devendo, portanto, o tomador de decisão de realizar as
inferências necessárias acerca dos dados.
Tais critérios foram adotados para minimizar os possíveis vieses que as pesquisas, naturalmente,
apresentariam no ato da coleta de dados, cujas variáveis, muitas vezes, extrapolam os trabalhos desta
comissão. O esforço desta ação justifica‐se em municiar os tomadores de decisão com dados legítimos,
o mais próximo possível de sua realidade.
Dessa forma, consideramos que as proporções foram geradas apenas com base nas respostas válidas
para cada questão, sendo definida a seguinte escala de valores para as questões: 1 Péssimo, 2 Ruim, 3
Regular, 4 Bom, 5 Ótimo e Sem Opinião, para aqueles que não quisessem se manifestar ou
desconhecessem o conteúdo da questão. Sendo este, último, desconsiderado no cálculo da média
aritmética. Exemplo de fórmula utilizada =((1*C5)+(2*D5)+(3*E5)+(4*F5)+(5*G5))/H5.
Para facilitar o entendimento dos respondentes, optou‐se por categorizar todos os instrumentos de
coleta de dados (questionários) em grupos de referência e considerou‐se, também, que alguns grupos
deveriam ser comuns a todos os públicos para fins do estabelecimento de comparativos com as
pesquisas vindouras e de auxiliar a Universidade no processo de avaliação institucional, a saber:
informações gerais; infraestrutura; avaliação do curso; atendimento; avaliação dos serviços
universidade; serviços e comunicação institucional.
Outras categorias foram utilizadas, visando a contemplar os aspectos específicos que circundam os
universos pesquisados e, ao final de cada grupo, foi disponibilizada uma questão aberta, de caráter
qualitativo, de modo que o respondente pudesse manifestar suas opiniões, críticas e/ou sugestões
acerca do processo ou do item avaliado.
1.6. Critérios adotados para a análise dos resultados quantitativos
Com o propósito de melhorar o entendimento de todos, a comissão adotou os seguintes critérios para
analisar os resultados da pesquisa:
I. Classificou como POTENCIALIDADE as perguntas que obtiveram incidências superiores a 70% na
somatória dos conceitos BONS e ÓTIMOS, pois entendemos que existe um alto grau de
satisfação em relação ao quesito;
38. II. Considerou satisfatórios os quesitos cujas incidências oscilaram entre 45% e 69%, na somatória
dos conceitos BONS e ÓTIMOS, portanto não caracterizando POTENCIALIDADE ou
FRAGILIDADE;
III. Considerou frágeis os quesitos que obtiveram índices superiores a 40% na somatória dos
conceitos PÉSSIMO, RUIM e REGULAR, visto que os aspectos encontram‐se no limiar da
satisfação e insatisfação;
IV. Omitiu nomes de professores, coordenadores ou funcionários técnico‐administrativos para
preservar os profissionais e para fins de publicação dos relatórios, pois consideramos que estes
recebem a devolutiva da avaliação de suas respectivas chefias imediatas;
V. Desconsiderou a resposta SEM OPINIÃO, pois para fins da análise, em alguns quesitos,
entendemos que quem optou por esta resposta desconhecia o assunto ou simplesmente quis
abster‐se do questionamento;
VI. Formatou todos os dados quantitativos e os apresentou gráfica e descritivamente.
1.7. Critérios adotados para a análise dos resultados qualitativos
Considerando que a análise qualitativa demanda um olhar apurado sobre as áreas, a CPA no uso de suas
atribuições, definiu os seguintes procedimentos para fazer suas objeções:
I. Compilação do instrumento de ações preventivas e, ou corretivas, preenchidos pelos
departamentos e coordenadores de curso a partir da ciência de seu desempenho na avaliação
institucional.
II. Exercício realizado junto aos coordenadores que foram submetidos a processos de renovação de
reconhecimento e reconhecimento pelo mec.
III. Visitação às empresas parceiras da universidade afim de mensurar a aderência dos cursos
oferecidos pela universidade a sua comunidade de origem.
IV. Participação nas reuniões setoriais com coordenadores, dirigentes, colaboradores e discentes,
para sensibilizá‐los quanto à importância dos processos de avaliação institucional.
V. Acompanhamento das ações institucionais de cunho acadêmico tais como: eventos, simpósios e
semanas de cursos.
VI. Ao final de cada grupo de questões nos instrumentos de pesquisas, disponibilizou algumas
questões abertas para que alunos, professores, coordenadores, colaboradores, egressos e
comunidade externa pudessem manifestar suas opiniões.
38
39. VII. Analise todos os projetos pedagógicos de curso com o propósito de verificar sua aderência as
diretrizes institucionais e SINAES.
VIII. Criação de diversos ‘espaços virtuais’ em ambientes colaborativos para aferir o impacto das
ações institucionais sobre a comunidade acadêmica em geral.
Portanto, o resultado demonstrado neste relatório configura todos os esforços já descritos, pois a
proposta dos trabalhos realizados pela CPA sempre foi e será a de auxiliar a Universidade a atingir os
requisitos de qualidade exigidos pelos órgãos reguladores do ensino superior, pela sua comunidade
acadêmica e pelo mercado de trabalho.
Ressalta‐se que no decorrer ciclo avaliativo 2010, outras atividades forma realizadas, buscando
estimular a comunidade acadêmica ao autoconhecimento e acreditando ter obtido significativos
avanços, tendo contado com o apoio incondicional dos dirigentes e de profissionais que atuam em
diversos departamentos da Universidade, dentre eles: CPD, Núcleo de Estágio, Marketing, Reitoria, Vice‐
Reitoria acadêmica e adjunta, Segurança, entre outros.
O desafio de pensar mecanismos para promover uma avaliação dessa envergadura exigiu esforços,
ética, maturidade e concessões de todos os envolvidos seja na condição de avaliadores ou de avaliados.
Sendo assim, é legitimo afirmar que a cultura avaliativa na UniABC consolidou‐se, pois toda comunidade
acadêmica percebeu sua importância na melhoria nos aspectos acadêmicos e administrativos da
universidade.
Destarte, segue a compilação dos resultados (quantitativos e qualitativos) apurados a partir das
pesquisas, acompanhamentos e análises realizadas pela CPA da UniABC, no decorrer do ano letivo de
2010.
40. 2. Avaliação Institucional à luz do SINAES
2.1. Dimensão I ‐ Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional
Grupos de indicadores Fontes de consultas
1. Organização didático pedagógica.
2. Coerência entre objetivos, diretrizes e formação profissional.
PDI, PPC, Regimento geral da
3. Integração do ensino com a pesquisa e a extensão. Universidade e resultados da
4. Interdisciplinaridade. Avaliação Institucional.
5. Flexibilidade curricular.
2.1.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
Para realizar a análise desta dimensão a CPA utilizou como fonte de consulta os seguintes documentos:
PDI, PPCs, Regimento Geral da UniABC e os resultados qualitativos apurados na Avaliação Institucional.
Os documentos institucionais (PDI e PPI) apresentam‐se devidamente articulados, como já descrito no
relatório avaliativo do ciclo de 2009‐2010, porém com a finitude do atual PDI (2007‐2011) recomenda‐se
que as comissões vindouras promovam o acareamento desses documentos quando publicados.
De qualquer forma procedeu à avaliação dos referidos documentos e os resultados forma compilados
em tabelas, visando facilitar o entendimento do público e categorizados de acordo com a realidade da
universidade.
Os objetivos gerais da Universidade, traçados para o quinquênio 2007‐ 2011, constituem uma parte
integrante tanto do PPI quanto do PDI e estão categorizados nas seguintes instâncias: I. Ensino; II.
Pesquisa e Pós Graduação; III. Extensão; IV Administração; V Corpo Discente; VI Recursos Humanos.
Em consulta aos documentos pertinentes do indicador mencionado, verifica‐se a articulação unilateral
entre o PDI, PPI, Regimento Geral da Universidade e PPC, a conversão das ações no que tange às
Políticas de Ensino para graduação, pesquisa e extensão estão em conformidade com os preceitos legais
propostos pelo MEC e SINAES.
40
41. Tanto o PDI como o PPI da UniABC convergem, em seus objetivos fundamentais, na formação e no
oferecimento do ensino superior em suas diferentes instâncias. Ambos os documentos demonstram a
preocupação e o esforço da UniABC em legitimar a tríade ensino, pesquisa e extensão.
Neste sentido, a Universidade vem desenvolvendo mecanismos para incentivar seu corpo docente e
discente no engajamento de projetos de pesquisa proposto, em seu PDI e PPI. Seguem as políticas
institucionais para extensão.
I. Consolidar o Programa de Extensão da UniABC atrelado ao Plano Nacional de Extensão
Universitária.
II. Desenvolver e consolidar o incentivo às atividades de extensão, de cultura, de desporto e de
atendimento estudantil, integrados ao ensino e à pesquisa.
III. Aprimorar os serviços de atendimento prestados à comunidade pelo Centro Policlínico,
Assistência Jurídica e Empresa Júnior da UniABC.
IV. Aprimorar o atendimento psicopedagógico para o corpo docente, discente e técnico‐
administrativo da UniABC.
Esta comissão entende que tanto o PDI como o PPI institucional estão alinhados com a gestão
acadêmica da Universidade, uma vez que esta implanta, desde sua concepção, Conselhos Deliberativos
e Consultivos como o CONSUN e CONSEPE, além de Colegiados de Cursos, Comitê de Ética, Núcleos
Estruturantes e Comissão de Autoavaliação. As articulações desses mecanismos promovem um processo
tácito, consubstanciando às diretrizes institucionais de gestão e responsabilidades no ensino superior.
Os objetivos e metas propostos no PDI institucional são operacionalizados de acordo com a realidade
institucional e contemplam as seguintes áreas da instituição: ensino, pesquisa, pós‐graduação e
extensão, corpo docente, recursos humanos e administração. Para cada instância contemplada, foram
definidos os objetivos a serem implantados obedecendo ao cronograma abaixo:
Tabela 5: Cronograma de execução do PDI da UniABC
2007 2008 2009 2010 2011
X X X X
Fonte: PDI da UniABC.
Dimensões contempladas no planejamento da Universidade que têm sido operacionalizadas cada qual a
seu tempo e acompanhadas pela CPA. Conforme tabela abaixo: