4. Quando tudo começou?
n Não é a informática, mas a eletrônica
n Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz inventa o
controlador eletrônico musical, Helmholtz
Resonator, para analisar a combinações de tons
(1860)
n O americano Elisha Gray cria o The Musical
Telegraph (ou Harmonic Telegraph), que gerava
som a partir de um circuito eletromagnético com um
dispositivo de alto-falante para fazer suas notas
audíveis em linhas telegráficas.
7. O Theremin
n 1917, na Rússia, Lev Sergeivitch Termen cria o
Theremin (também chamado de Aetherophone -
som do éter).
n Theremin é um instrumento musical que usa
circuitos eletrônicos e produz tons audíveis,
controlado virtualmente pelos movimentos da mão
n O Theremin é uma invenção técnica; propunha
novos sons sintéticos; propunha uma nova forma de
produção e controle dos sons à distância
(virtualidade)
9. Caixa de fósforo é
instrumento musical?
n É interessante registrar que, em plena década de
20, a peça musical Ballet mécanique, do americano
– residente em Paris - George Antheil (1900-1959),
foi composta para ser tocada por instrumentos
como...
n ...3 xilofones, 4 tambores graves, 1 gongo, 2 pianos,
16 pianistas sincronizados, 1 sirene, 7 sinos
elétricos e 3 hélices de avião...
11. Os anos 30
n Compositores escreverem partituras para
esses instrumentos eletrônicos
n O compositor Paul Hindemith escreveu a
peça musical "Concertina for Trautonium and
Orchestra
13. Gravando, manipulando...
n E em 1935 é inventado o Magnetophone –
conhecido como o primeiro gravador de fita
magnética.
n Aqui aparece a primeira possibilidade de gravação e
um novo tipo de manipulação do som
n O francês Edgar Varèse ao utilizar esses recursos
mostra que máquinas interferem nos processos
criativos da música
15. Musique Concrète
n 1948, em Paris, o
pesquisador Pierre
Schaeffer chama
sua produção
sonora com
máquina de
Musique Concrète
n Efeitos de
gravações e
manipulação dos
sons
16. Na Alemanha (anos 50)
n Em 1952, em Koln (Colônia), pesquisadores
usam e desenvolvem um novo conceito de
som: a Eletroacústica
n Eletroacústica: misturando timbres (sons)
eletrônicos puros e timbres acústicos (não
produzidos por máquinas eletrônicas) e
manipulados (reprocessadas) por máquinas
n São jovens compositores, entre os quais
Karlheinz Stockhausen e Pierre Boulez
18. Informática
n 1950: a informática tinha acabado de ser
inventada. E os softwares também
começavam a surgir.
n 1957: o primeiro software musical: Music 1-V
& GROOVE (por Max Mathews, do Bell
Laboratories)
20. O sintetizador
n 1956: The RCA MKII synthesiser, criado no
Colombia-Princeton Electronic Music Center
n Invenção dos engenheiros Harry Olsen e
Hebert Bellas do RCA's Princeton
Laboratories
22. O Moog de Moog
n Robert Moog, que vinha desenvolvendo instrumentos musicais
desde 1961, cria seu sintetizador em fins de 1963
n Um sintetizador que gera alteração de timbres em tempo real,
com teclados e com circuitos eletrônicos.
23. 23
n Em 1964 o sintetizador Moog começa a
ser fabricado de forma massiva, a partir
da colaboração dos compositores
Herbert A. Deutsch e do Walter Carlos.
n Walter Carlos (hoje Wendy Carlos) foi
o produtor/a das trilhas sonoras do
filme Laranja Mecânica, de Stanley
Kubrick e do filme Tron, de Steven
Lisberger ).
24. n Moog:
n instrumento que
alimenta as
timbragens etéreas e
psicodélicas nos
anos 70, gerando
novas estéticas (rock
progressivo)
25. Grooves boxes (anos 70)
n Os djs, na Era Disco, prolongam os grooves com as
caixas de ritmo: musicnonstop
26. Sampleando nos anos 80
n Recortando e colando: remixando
n O primeiro sampler em módulo separado do
sintetizador foi o Mirage DMS-8 Digital Multi
Sampler Module, da Ensoniq, lançado em
1985
28. As TRs e a TB
n As caixas de ritmo: TR 808 e 909: a house
de Chicago, o techno de Detroit...
n O baixo sintético: TB 303 (erro do mercado
musical e apropriação tecnológica da cena
de djs (final dos anos 80): a acid house
32. Objetos Sonoros e
Experiências
n Ao pensarmos música e tecnologia podemos
constatar que a música experimental - essa
que busca produzir novos timbres ou novas
formas de ordenação de ruídos - sempre
esteve, historicamente, associada à invenção
de objetos técnicos
37. Até Tchaikovsky?
n Peter Ilich Tchaikovsky (1840-93) incluiu em
sua sinfonia "1812" um tiro de canhão - som,
ou timbre, nada convencional saído de um
objeto - agora instrumento musical - também
nada convencional.
n Tchaikovsky aponta um caminho percorrido
pela música eletrônica: a busca de novos
timbres e o entendimento de que outros
objetos fazem música
42. O Disc Jockey
n A cultura do dj é anterior à Era Disco, nos anos 70.
n As origens da cultura do dj tem bases com os músicos e fans de
Jazz (desde os anos 50)
n Fãs de Jazz ouviam os discos coletivamente em espaços
particulares e com o passar do tempo essas audições chegaram
aos espaços públicos (bares, clubes de jazz), onde o dj tocava
nos intervalos dos shows das bandas.
n As bandas abrem espaço para o dj.
n A mixagem nonstop, no entanto, surge como técnica, apenas
na Era Disco, nos anos 70.
43. O Primeiro Dj do Brasil
n 1958: Osvaldo
Pereira construiu
um sistema de
som (com pouco
mais de 100
watts) e fez
vários bailes no
bairro de Vila
Guilherme (SP).
Em 1959 ele já
era residente do
Clube 220, aos
domingos.
Fundou a
Orquestra
Invisível Let´s
Dance. Aos 73
anos, em 2008,
voltou a tocar.
44. A Música Disco
n A Música Disco é o dance: tudo que era
possível dançar: Soul, funk, R&B
n Mas os djs foram, aos poucos, configurando
batidas retas (4x4) em +- 110 batidas por
minutos
n O som reto facilitava a mixagem nonstop
n Os timbres eletrônicos entram
definitivamente na Música Disco com Giorgio
Moroder
45. Giorgio Moroder
n Giorgio Moroder, produtor e compositor
musical italiano, inovou a chamada a Disco
com o uso de sintetizadores nos anos 70
n Donna Summer grava o hit de produzido por
MOroder I Feel Love, onde aparece a
estética do sequenciador
47. A Era Disco
n Os clubes não precisam de bandas.
n Os djs são pop-stars
n Os djs definem mercados fonográficos (selos
recorrem a eles para os lançamentos e
remixes), mais que as rádios
48. O remix remistura, refaz
n O pioneiro na produção
do remix foi o modelo e
produtor musical Tom
Moulton, também
inventor do
“breakdown”, na
música, e do Disco
Single de 7 e 12
polegadas, sob
influência do Jose
Rodriguez, engenheiro
de masterização. Surge
o disco para dj!
Moulton era o mais
desejado mixador entre
1974-77, auge da Disco.
49. Dj drogado perdeu emprego
n O dj Terry Noel tomou
um LSD em maio de 68
e terminou se atrasando
para o clube Salvation
Too, em Nova York.
Entra em cena,
substituindo Noel (que
foi despedido ao chegar
ao clube), o estreante
Francis Grasso
50. Dj Francis Grasso
n O pai do Beat
mixing (mixagem
pela batida),
gerando a
mixagem
nonstop. A ele
também é
atribuída a idéia
de construção do
Set. Achado
morto em 2001
ao lado de sua
gata Abbra e seu
cachorro, Dante.
51. Kraftwerk
n Na Alemanha, o grupo faz um som
prototechno, com uma feição pop, nos anos
70, levando para as rádios e público a
música experimental.
n A eletrônica se transforma música pop, numa
direção contrária à Eletroacústica dos anos
50.
53. A cena
n Cena: temporalidade e localidade
n EUA: Gays e negros fazem a house music
em 85 (os djs: Larry Heard, Frankie
Knuckles, Robert Owens, Ron Hardy, David
Morales...)
n Inglaterra: 87 e 88. Inspiração nas festas de
Ibiza (Espanha): festa ao ar livre: acid house
parties originam as raves
54. Flyer e outras low-
technologies tornam-
se as mídias da
cena, na busca de
autonomia em
relação às mídias
tradicionais
55. Em Detroit, o Techno
n 85: Juan Atkins, Kevin Saunderson e Derrick
May inventam a techno music: batidas mais
secas, sem os vocais da house
n Cria uma outra cena (selos, clubes,
produtores, dj...)
59. O Plur, desde NY
n 1992 - Peace, love,
unity and respect:
emocionado, o dj
Frankie Bones
defende esse lema
para a cena, em uma
de suas festas num
galpão abandonado.
60. Em torno da cultura do dj
n A cultura do segredo
n Line Up
n LJ
n VJ
n Dançando junto, porém só
n Live Act (ou live pa)
n Chill in/Chill out
n Lounge
n After-hours
n A estética da repetição na hipnose nos loops, samples e beats
n Underground, overground, experimental
n Dj-produtor
61. ARTE OU TÉCNICA?
n "Para mim tanto a discotecagem quanto as colagens
musicais são formas de arte. Você cria sons novos,
músicas novas, utilizando algo que já existe. É
preciso muita habilidade, talento e técnica para
fazer uma boa discotecagem. É quase como tocar
um instrumento. A música é uma forma de arte viva
que se expressa de diversas maneiras. Através de
uma guitarra ou de dois toca-discos, ela será arte de
uma forma ou de outra." – DJ Norman Jay
65. Ambient Music
n Seu crescimento acontece no inícios dos anos 90,
mas suas origens remetem a Brian Eno, no ano 70,
com sua música minimalista.
n Música basicamente de texturas, sem batidas, com
notas longas e etéreas e melodia lenta (quando
aparece algum ritmo está desaceleradíssimo), não
voltada para as pistas.
n Uma das características desse estilo é, às vezes, a
citação de sons do ambiente (vento, mar, barulhos
caseiros, vozes...).
n Há o Illbient que é a versão dark, negra, sombria, da
Ambient Music.
n O Illbient tem como local de referência Nova York e
como principal expoente o dj Spooky.
66. Big Beat
n Acelerando as batidas quebradas do hip hop
e as vezes fundindo com as do funk, esse
estilo pode incluir distorções de riffs de
guitarras, vocais.
n É o som mais acessível da eletrônica e se
assemelha ao rock. Pop. Em torno de 120
bpm. Prodigy.
67. Drum and Bass
n Saído dos guetos negros de Londres
(1991/92) esse estilo, antes chamado de
Hardcore e posteriormente Jungle, associa
os baixos potentes com batidas sincopadas.
n Pode se associar a outras estéticas, como o
Jazz, fazendo surgir o jazzy drum and bass.
160 bpms.
68. Dub
n Originado das experiências dos negros na Jamaica,
ainda nos anos 60, tendo à frente o produtor Lee
Perry, que destaca a montagem e a técnica como
fundamentais para o resultado da música.
n É a tecnologia definindo a estética. O dub eletrônico
utiliza timbres do reggae, com batidas lentas,
reverberadas e efeitos etéreos.
n O efeito delay (distorção que faz com que o som
ganhe uma textura de espacialidade, de
tridimensionalidade) é um elemento importante do
dub eletrônico. Pode ter vocal.
69. Electronica
n Estilo gerado pela eletrônica, mas sem uma
definição específica.
n Normalmente se refere a toda uma produção
de um grupo que prefere não se definir por
alguma vertente em particular.
70. Electro
n Estilo musical originado a partir de experiência do
Kraftwerk e difundido por Afrika Bambaataa.
n A música Numbers do Kraftwerk é o primeiro electro
n Em Detroit, sede e origem do Techno, o Eletro
passou também a ser intensamente produzido,
formando uma outra comunidade de produtores e
djs.
n O estilo quebrado da batida é a versão eletrônica do
funk (eletrofunk).
71. Gabba
n É o estilo mais hardcore (pesado e rápido) da
eletrônica.
n Baseado na batida house e techno, o gabba
chega a até mais de 200 bpm´s.
72. House
n Nascida em Chicago (EUA), em 1985/86, esse estilo saiu da
fusão, por parte do dj Frankie Knuckles, de elementos da soul
music com a disco e batidas das baterias eletrônicas.
n Surgem sub-gêneros como o garage (com bastante vocal
gospel), o deep house (o sub-gênero mais elegante do House,
com linhas melódicas, melancólicas e minimalistas acima das
batidas), o jazzy house (batidas com um instrumento solo -
quase sempre um sax virtuoso -), dentre outros (acid house,
disco house, tribal house, french house, minimal house).
n 110 a 128 bpms.
73. IDM (Intelligent Dance Music)
n Música cerebral. Texturas experimentais.
n Conceito que pode abarcar as vertentes da
ambient e illbient music. Musica para dançar
com o cérebro.
74. Minimal
n Apesar do boom recente, trazido pela house
(minimal house), o Minimal sempre existiu. É
uma música mais limpa , com poucos
elementos e com timbres sintéticos, numa
resposta aos formatos progressives cheios
de adendos e camadas ou aos formatos com
muita percussão, vocais etc.
75. Nu-Disco
n Ou Cosmic Disco Ou Space Disco –
Produção atual de disco music, com vocais
ou não e bpm baixas (110 a 120) e timbres
sintéticos e de sequeciadores
76. Techno
n Originado em Detroit (EUA), no início dos anos 80.
Derrick May, Kevin Saunderson e Juan Atkins fazem
uma fusão entre o som de Kraftwerk e batidas funks
de George Clinton.
n As grooves boxes sãos os instrumentos musicais
n O resultado é uma batidas seca, repetitiva, 4 por 4,
sem vocais.
n O Kraftwerk é considerado um grupo Prototechno,
por ser referência à produção da Techno Music.
n Acima de 128 bpms.
77. Trance
n Criado na Alemanha, já é uma derivação do techno.
Texturas se sobrepõem às batidas e o baixo tem
timbre bastante sintetizado e menos seco. Som
viajante.
n O Hard trance acelera as batidas para e o Goa
trance aumenta as camadas de texturas e efeitos
sonoros e mistura com trechos de sons étnicos.
n O Progressive trance é o som mais pop do trance.
n O Psytrance é o mais psicodélico e experimental.
n Bpms variantes (pode usar o tempo da house -
110/128 ao hardtechno - 140/150).
78. Trip Hop
n É o blues da eletrônica. Melodias tristes,
com batidas desaceleradas, geralmente
cantadas. Efeitos lisérgicos Trip, viajadão) e
às vezes até de distorção. A voz, masculina
ou feminina, pode ser processada por filtros
e parecer mecanizada. Sua origem é Bristol
(Reino Unido) em 1991. 65 a 85 bpms.
79. Techno pop
n Som baseado nos anos 80 e que teve como
expoente o Depeche Mode e o New Order.
Música com letras (início, meio, fim e refrão),
numa referência à canção tradicional.
n Pop: guitarras, teclados, batidas marcadas.
80. 80
A música eletrônica eletro-periférica
n Funk Carioca (Brasil)
n Champeta (Colombia)
n Kuduro (Angola)
n TecnoBrega (Brasil)
n Kwaito (Johanesburgo)
n Cumbia Villera (Argentina)
n Bubblin (e a dança Boeke) (Suriname/Holanda)
n Dubstep/Grime (Inglaterra)
n Coupé Decalé (Imigrantes da Costa do Marfim/
França)
81. A música eletrônica eletro-periférica +
n Purple hip hop
n Ghetto zouk (Luanda)
n Zouk bass
n Bahia bass
n Trap
n Moombahton
n Twerk
n Festival trap
n Glitch hop
81
Juke (Chicago)
Footwork (Eua)
Tarraxo (Tarraxo bass)
Tarraxinha (Luanda)
Afrohouse (Lisboa)
Queer Hop (Eua)
Homo hop (Eua)
Rasterinha (Brasil, do
Funk Carioca)
Proibidão (Brasil, do
Funk Carioca)
82. Cada estilo é uma cena
n Cena da e-music
n Cena clubber
n Cena rave
96. O ritmo
n Bumbos (marcação virtual das batidas ímpares). É
nele que existe a primeira batida do compasso
n Pratos (marcação virtual da batida intermediária
entre o bumbo e a caixa)
n Caixas (marcação virtual das batidas pares)
n BPM (Batida por minuto)
n Compasso (Partes marcadas por viradas. 16 ou 32
batidas)
n Desenho (Sub-partes marcadas por repetições
contínuas. 8 e 4 batidas)
97.
98.
99. Técnicas
n Beat - Batida, a junção do bumbo e caixa (pedal), a base do
ritmo.
n Back spin - Técnica do dj em voltar rapidamente o disco.
n Back to back - Técnica do dj em voltar dois discos em diferentes
"pratos"dos toca-discos, buscando a fusão de batidas ou
texturas desses dois discos de forma sincronizada. O back to
back pode ser entendido também como a apresentação conjunta
de dois djs em revezamento de uma a duas música para cada
um.
n BPM - Batidas por minuto, a velocidade do ritmo.
n Loop – Repetição infinita de um trecho sonoro
n Mixar – Misturar
n Remixar – Recriar uma música em novo estilo ou tempo.
n Sample – Amostra de som recortado
n Scratch – Ato de arranhar o disco movimentando o mesmo
para frente e para trás na direção dos sulcos. No ritmo da
música.