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(Ladd, P., 2013)
As Raízes da Cultura Surda: escolas residenciais
Docente: Mestre Marta Morgado
Mestranda: Cláudia Romão Pereira
N.º 193713018
2013 / 2014
2013/2014
MESTRADO EM LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA E EDUCAÇÃO DE SURDOS
UC 3 | Estudos de Cultura e Comunidade Surda
Escola = Educação formal + Primeiro ‘local cultural’
Identidade e Comunidade formadas e desenvolvidas na Escola.
O Significado das Escolas Residenciais para Surdos
‘Oralismo’
- ‘Integração’
- Respeito pelos ouvintes,
que dão ordens
- Inferioridade dos Surdos
em relação aos ouvintes
‘Gestualismo’
- ‘Internatos’
- Os ouvintes não dão
ordens
- Os Surdos têm
capacidade para lutar pelos
seus direitos
Oralism vs. Manualism, Nancy Rourke
Encontro com os semelhantes.
Experiência e afirmação da normalidade.
Desenvolvimento da Língua e da Comunidade.
«A Comunidade surda portuguesa juntou-se pela primeira vez em 1823, quando surgiu a primeira escola de
surdos; foi a partir daí que se construiu a comunidade surda portuguesa e com ela nasceu a língua gestual.»
(Morgado, 2012: 9)
Second Home, Nancy Rourke
Família biológica
VS
‘Família principal’
Os alunos Surdos sentem-se em casa
nas escolas de Surdos!
+ + +
INDEPENDÊNCIA , AUTONOMIA, COMUNICAÇÃO
A Escola – Família de “Identificação”
You and Me Deaf Same, Nancy Rourke
«(…) Sou surda! (…) Compreendi que sou surda. É uma frase positiva
e determinante. Na minha mente, admito que sou surda, compreendo-o,
analiso-o, porque me deram uma língua que me permite fazê-lo. (…)
Pertenço a uma comunidade, tenho uma verdadeira identidade. Tenho
compatriotas.» (Laborit, 2000: 71)
Identidade Individual e Identidade Colectiva
Quem sou Eu?
-A Identidade constrói-se através da
diferença e não da homogeneidade.
A que grupo pertenço?
- A Identidade constrói-se pelo sentimento de pertença - COMUNIDADE
Who Am I, Nancy Rourke
Humilhação
Abuso
Proibição de GESTUAR
Friends In Deafhood, Nancy Rourke
Mas…
+ Estratégias para comunicar
+ Narração de histórias
+ Humor
+ Alegria de gestuar
+ Resistência e liderança
+ A UNIÃO ultrapassa a
negatividade
+ Experiência Surda positiva
+ Liberdade
Experiências sob o ORALISMO
Língua Gestual
Comunidade Surda
Cultura Surda
Deafhood Journey, Nancy Rourke
A ‘mentalidade Surda’ – ‘Surdidade’
Deafhood, Nancy Rourke
- A Língua desenvolve-se
‘das entranhas para a mente’
e vice-versa.
- Experiência que vem do
interior.
Língua
Gestual
Comunidade
Comunicação
e
Pensamento
Identidade
Cultura
HandEye Tree, Nancy Rourke
A CULTURA SURDA é como
uma árvore…
… e as suas RAÍZES são a
LÍNGUA GESTUAL…
… que é adquirida e
desenvolvida onde?
Na ESCOLA de Surdos!
(CARMO, H., Estanqueiro, P., Martins, M., & Morgado, M., 2007: 9)
«É importante salvaguardar que qualquer língua está impreterivelmente ligada a uma cultura e que
por esse motivo não seria possível tratar a língua gestual sem abordar a Cultura Surda com
especial atenção. A Cultura Surda manifesta-se em toda a envolvência da língua gestual, desde a
sua natureza visuo-espacial, às regras implícitas na interacção, à lógica visual que motiva a sua
estruturação gramatical e a todos os conteúdos veiculados entre os seus falantes.»
A Importância da LÍNGUA GESTUAL
Literacy and ASL, Nancy Rourke
Comunicação
Pensamento
Conhecimento do Mundo
Literacia
Identidade
Comunidade / Cultura
Referência Bibliográfica
LADD, P. (2013). As Raízes da Cultura Surda: escolas residenciais. Em LADD, P.,
Em Busca da Surdidade 1 – Colonização dos Surdos (pp. 91 – 109). Lisboa:
Surd’Universo.
Capa da Obra. Paddy Ladd, Nancy Rourke
Outras Referências Bibliográficas
AFONSO, C. (2008). Reflexões sobre a surdez – A Educação de Surdos. Vila Nova de Gaia: Gailivro.
BAPTISTA, J. (2008). Os surdos na escola: A Exclusão pela Inclusão. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel
Leão.
BISPO, M. et alii. (2006). O Gesto e a Palavra I. Lisboa: Caminho.
BISPO, M. et alii. (2009). O Gesto e a Palavra 2. Lisboa: Caminho.
CARMO, H., Estanqueiro, P., Martins, M., & Morgado, M. (2007). Programa Curricular de Língua Gestual
Portuguesa – Educação Pré-Escolar e Ensino Básico. Lisboa: Ministério da Educação.
CARVALHO, P. (2007). Breve História dos Surdos – no Mundo e em Portugal. Lisboa: Surd’Universo.
LABORIT, E. (2000). O Grito da Gaivota. Lisboa: Caminho.
LUCHESI, M. (2003). Educação de pessoas surdas: Experiências vividas, histórias narradas. São Paulo:
Papirus.
MORGADO, M. (2012). Estudos Surdos II. Lisboa: Universidade Católica Editora.
SIM-SIM, I. et alii. (2005). A Criança Surda: Contributos Para a Sua Educação. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian.

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As raízes da cultura surda: escolas residenciais

  • 1. (Ladd, P., 2013) As Raízes da Cultura Surda: escolas residenciais Docente: Mestre Marta Morgado Mestranda: Cláudia Romão Pereira N.º 193713018 2013 / 2014 2013/2014 MESTRADO EM LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA E EDUCAÇÃO DE SURDOS UC 3 | Estudos de Cultura e Comunidade Surda
  • 2. Escola = Educação formal + Primeiro ‘local cultural’ Identidade e Comunidade formadas e desenvolvidas na Escola. O Significado das Escolas Residenciais para Surdos ‘Oralismo’ - ‘Integração’ - Respeito pelos ouvintes, que dão ordens - Inferioridade dos Surdos em relação aos ouvintes ‘Gestualismo’ - ‘Internatos’ - Os ouvintes não dão ordens - Os Surdos têm capacidade para lutar pelos seus direitos Oralism vs. Manualism, Nancy Rourke
  • 3. Encontro com os semelhantes. Experiência e afirmação da normalidade. Desenvolvimento da Língua e da Comunidade. «A Comunidade surda portuguesa juntou-se pela primeira vez em 1823, quando surgiu a primeira escola de surdos; foi a partir daí que se construiu a comunidade surda portuguesa e com ela nasceu a língua gestual.» (Morgado, 2012: 9) Second Home, Nancy Rourke Família biológica VS ‘Família principal’ Os alunos Surdos sentem-se em casa nas escolas de Surdos! + + + INDEPENDÊNCIA , AUTONOMIA, COMUNICAÇÃO
  • 4. A Escola – Família de “Identificação” You and Me Deaf Same, Nancy Rourke
  • 5. «(…) Sou surda! (…) Compreendi que sou surda. É uma frase positiva e determinante. Na minha mente, admito que sou surda, compreendo-o, analiso-o, porque me deram uma língua que me permite fazê-lo. (…) Pertenço a uma comunidade, tenho uma verdadeira identidade. Tenho compatriotas.» (Laborit, 2000: 71) Identidade Individual e Identidade Colectiva Quem sou Eu? -A Identidade constrói-se através da diferença e não da homogeneidade. A que grupo pertenço? - A Identidade constrói-se pelo sentimento de pertença - COMUNIDADE Who Am I, Nancy Rourke
  • 6. Humilhação Abuso Proibição de GESTUAR Friends In Deafhood, Nancy Rourke Mas… + Estratégias para comunicar + Narração de histórias + Humor + Alegria de gestuar + Resistência e liderança + A UNIÃO ultrapassa a negatividade + Experiência Surda positiva + Liberdade Experiências sob o ORALISMO
  • 7. Língua Gestual Comunidade Surda Cultura Surda Deafhood Journey, Nancy Rourke
  • 8. A ‘mentalidade Surda’ – ‘Surdidade’ Deafhood, Nancy Rourke - A Língua desenvolve-se ‘das entranhas para a mente’ e vice-versa. - Experiência que vem do interior.
  • 10. HandEye Tree, Nancy Rourke A CULTURA SURDA é como uma árvore… … e as suas RAÍZES são a LÍNGUA GESTUAL… … que é adquirida e desenvolvida onde? Na ESCOLA de Surdos!
  • 11. (CARMO, H., Estanqueiro, P., Martins, M., & Morgado, M., 2007: 9) «É importante salvaguardar que qualquer língua está impreterivelmente ligada a uma cultura e que por esse motivo não seria possível tratar a língua gestual sem abordar a Cultura Surda com especial atenção. A Cultura Surda manifesta-se em toda a envolvência da língua gestual, desde a sua natureza visuo-espacial, às regras implícitas na interacção, à lógica visual que motiva a sua estruturação gramatical e a todos os conteúdos veiculados entre os seus falantes.» A Importância da LÍNGUA GESTUAL Literacy and ASL, Nancy Rourke Comunicação Pensamento Conhecimento do Mundo Literacia Identidade Comunidade / Cultura
  • 12. Referência Bibliográfica LADD, P. (2013). As Raízes da Cultura Surda: escolas residenciais. Em LADD, P., Em Busca da Surdidade 1 – Colonização dos Surdos (pp. 91 – 109). Lisboa: Surd’Universo. Capa da Obra. Paddy Ladd, Nancy Rourke
  • 13. Outras Referências Bibliográficas AFONSO, C. (2008). Reflexões sobre a surdez – A Educação de Surdos. Vila Nova de Gaia: Gailivro. BAPTISTA, J. (2008). Os surdos na escola: A Exclusão pela Inclusão. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão. BISPO, M. et alii. (2006). O Gesto e a Palavra I. Lisboa: Caminho. BISPO, M. et alii. (2009). O Gesto e a Palavra 2. Lisboa: Caminho. CARMO, H., Estanqueiro, P., Martins, M., & Morgado, M. (2007). Programa Curricular de Língua Gestual Portuguesa – Educação Pré-Escolar e Ensino Básico. Lisboa: Ministério da Educação. CARVALHO, P. (2007). Breve História dos Surdos – no Mundo e em Portugal. Lisboa: Surd’Universo. LABORIT, E. (2000). O Grito da Gaivota. Lisboa: Caminho. LUCHESI, M. (2003). Educação de pessoas surdas: Experiências vividas, histórias narradas. São Paulo: Papirus. MORGADO, M. (2012). Estudos Surdos II. Lisboa: Universidade Católica Editora. SIM-SIM, I. et alii. (2005). A Criança Surda: Contributos Para a Sua Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.