O documento discute crédito de reestruturação ou consolidação (CRC), notando que uma análise cuidadosa das causas dos problemas é essencial antes de solicitar um CRC. Também destaca a importância de negociar um plano de reembolso adequado à capacidade financeira da empresa e obter as melhores condições possíveis do banco.
O tipo e o horizonte temporal dos financiamentos III
Financiamentos de Reestruturação: Análise e Negociação
1. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos
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O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos VIII
PARTE VI Crédito de Médio e Longo Prazo III
Crédito de Reestruturação ou Consolidação
O Crédito de Reestruturação ou Consolidação (CRC) surge porque algo não correu
bem. Portanto a primeira fase de um crédito deste tipo, não tem a ver com o crédito…
Se a iniciativa é da empresa, há que antes de mais, analisar muito bem o que correu
menos bem ( o nível de actividade, o tipo de financiamento que existe, as previsões de
retorno de um investimento, ou qualquer outro factor ou factores ).
Após conclusões sólidas do análise, implementar as correcções ou adaptações
necessárias e só depois de pode avançar para uma proposta de CRO.
Avançar sem tratar muito bem esta fase baixa as possibilidades de obter um CRO nas
condições adequadas e baixa muitíssimo a possibilidade de cumprimento,
independentemente da solução que seja encontrada ao nível do financiamento.
Já com a análise efectuada e os devidos acertos tratados, existe uma perspectiva de
como a actividade irá decorrer nos tempos vindouros. É com base nesse trabalho
previsional que deve ser negociada a renegociação.
Caso a iniciativa do CRC seja do banco, a análise é similar, mas eventualmente mais
simples, porque refere essencialmente a parte financeira pura.
Na negociação, entre a posição típica do banco, que perante um alerta quer ver
reembolsado o mais rápido possível o seu capital e a posição típica da empresa que
quer o menor esforço de tesouraria possível, há que encontrar um meio termo.
Um meio termo que respeite a capacidade previsional de libertação de fundos da
empresa e que apresente um prazo de reembolso não demasiado extenso para o
banco. Existem diversos instrumentos na montagem operacional de CRC que permitem
atingir estes objectivos.
Mas há que os atingir. Para a empresa, principalmente, mas também para o banco,
aceitar um CRC com condições que à partida tenham uma baixa probabilidade de
serem cumpridas, é pôr-se numa situação pior que a situação de partida. Passa mais
tempo e perde uma oportunidade de se viabilizar.
2. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos
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Quando o problema ressurgir, por exemplo após um período de carência, a situação
está mais degradada e a negociação será muito mais difícil.
São portanto factores fundamentais neste tipo de crédito conseguir transmitir muito
bem ao banco a visão da empresa sobre a solução e manter uma posição negocial
flexível, mas consciente e assertiva de modo a conseguir um acordo cumprível.
Não abordámos na primeira parte do texto sobre CRC, mas nestas situações, a
primeira pergunta do banco é:
Tem garantias reais para dar?
É natural que o banco queira reforçar garantias. Os bancos querem sempre reforçar
garantias! E aproveitam todas as oportunidades. Aqui, sobretudo perante um pedido
de renegociação por parte do cliente, sentem uma legitimidade maior para essa
posição. Determinados fundos tinham sido disponibilizados, com determinado plano
de reembolso. Se a empresa não consegue reembolsar como previu e pede ajuda ao
banco, então ele pede algo em troca.
Se não existirem garantias, não existem. Resolvido. Há que negociar sem elas.
Se existirem, a empresa passa a ter uma posição negocial mais favorável, que deve
conscientemente utilizar.
Um reforço de garantias é para o banco algo de essencial. Então pela parte da empresa
há também que conseguir o que lhe é essencial. Dá, mas pede algo em troca.
Um plano de reembolso adequado e uma melhoria nas taxas e comissões. E se o valor
da garantia o suportar ( se for folgadamente superior ao valor do crédito ) e a empresa
necessitar, um acréscimo ao crédito, que bem aplicado poderá melhorar as condições
de exploração da empresa e ser reembolsado em condições favoráveis.
Numa situação de CRC, por iniciativa do banco ou da empresa, a empresa está por
norma numa situação de fragilidade. Mas esta situação de fragilidade não deve levar a
aceitação de condições, sobretudo ao nível do plano de reembolso, que não sejam as
adequadas. Há sobretudo que ter e transmitir a consciência que uma boa solução é
boa para ambas as partes.
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E deve aproveitar para tentar melhorar as condições; pelo menos fazer tudo para
conseguir as melhores condições possíveis.
É uma situação de fragilidade, mas que não deve ser pontualmente ultrapassada a
qualquer preço.
Conclusão Crédito de Médio e Longo Prazo
De novo algumas notas a título de resumo:
- há que adequar sempre o plano de reembolso à capacidade de geração de fundos.
Não respeitar este princípio é um erro gravíssimo.
- a existência de garantias e essencial no CMLP. Há que existir disponibilidade, mas
também imaginação
- o tratamento de um CMLP é um momento por excelência para parar e olhar para a
empresa, que não deve ser desperdiçado
- muitas vezes os problemas que surgem na montagem de um CMLP, quer no pedido
quer na aprovação, são ultrapassáveis com soluções fora do mainstream, adaptadas a
cada caso. Pela “personalização” inerente não cabe neste âmbito elencá-las. Mas que
quase sempre existem é uma verdade…
- um CMLP, deve ser sempre atempadamente tratado. Evitam-se decisões menos
boas forçadas pelo factor tempo ou evita-se tratar a solicitação já numa posição frágil
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Final
Um agradecimento pelo interesse que revelaram os nossos leitores ao acompanharem
estas publicações.
Um desejo de que as mesmas tenham sido interessantes e que tenham contribuído
para alguma reflexão útil.
Mais um agradecimento pelo feed back que temos recebido, que nos tem permitido
análises diferentes e que enriquecem a nossa visão deste e de outros temas.
Uma certeza de que a melhor compreensão recíproca entre as empresas e a banca
será muito positiva pata ambas as partes.
Uma disponibilização a dar a contribuição da CJA BUSINESS CONSULTING, na certeza
que podemos aportar valor acrescentado às empresas nossas clientes.
OBRIGADO