O documento discute os tipos e horizontes temporais apropriados para financiamentos de projetos de investimento. Ele argumenta que financiamentos de médio e longo prazo são necessários para coincidir com os fluxos de caixa projetados do projeto. Além disso, o plano de reembolso deve ser adaptado à capacidade de geração de fluxos de caixa do projeto para evitar o fracasso do projeto. Financiamentos inadequados podem inviabilizar projetos viáveis.
O tipo e o horizonte temporal dos financiamentos VI
1. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos
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O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos VI
PARTE VI Crédito de Médio e Longo Prazo I
Crédito ao Investimento
Salvo raríssimas excepções os investimentos devem ser financiado por crédito de
médio e longo prazo ( a partir daqui CMLP ).
A rentabilidade e libertação de fluxos financeiros para pagamento por norma dá-se
num horizonte plurianual, donde o horizonte temporal do financiamento deve ser
coincidente com os cash flows previsionais do projecto.
Dissemos que os financiamentos devem ser financiados por CMLP … além dos capitais
próprios adequados. E cremos que para capitais próprios adequados não existe um
rácio. Cada caso é um caso, mas na esmagadora maioria dos casos os investimentos
devem ter as duas componentes. Um investimento não deve ser feito só com capitais
próprios. Leva a uma imobilização desnecessária dos mesmos e perde-se o efeito fiscal
dos juros. Na mesma linha não deve ser feito só com capitais alheios; é muito difícil a
aprovação e aumenta o seu risco, também para o promotor.
Mas a principal questão nos investimentos e respectivo crédito é a correcta adequação
do plano de reembolso à capacidade de geração de fundos do projecto.
O plano de reembolso deve ser perfeitamente adaptado ao cash flow esperado do
projecto.
Após decidir que um projecto avança, ou seja que se acha que ele é rentável, há que
ter o máximo cuidado com o seu financiamento. O financiamento de um projecto faz
parte e é parte fundamental de um projecto. Muitos bons projectos já ficaram na
gaveta por falta de financiamento, mas também muitos bons projectos já falharam por
financiamento adequado. Não em termos de montante, mas de plano de reembolso.
Assim considerando que o financiamento é parte integrante do projecto, o projecto só
é bom se o financiamento for bom.
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Muitas vezes os promotores caem no erro fatal de aceitarem financiamentos
inadequados ao projecto. Os bancos preferem prazo o menos longos possíveis e os
promotores aceitam para não inviabilizar o projecto e inviabilizam-nos, com elevados
custos.
Não existem regras para qual a relação óptima entre os cash flow esperados de um
projecto e o plano de reembolso.
Mas avançamos com uma hipótese. Que o plano de reembolsos coincida com a análise
de sensibilidade pior que for efectuada. Assim, mesmo que ocorra o pior cenário
previsto, manter-se-á a capacidade de reembolso.
E se as coisas ainda correrem pior?
Bom, uma hipótese é ter reservado alguns capitais próprios para essa eventualidade,
Não se deixa degradar a situação, mantendo alguma posição negocial com o
financiador.
A outra é a renegociação, que deve ser feita atempadamente, antes de uma
degradação e de incumprimento. É fundamental a monitorização e a acção adequada.
E porque não ter condições de reembolso mais suaves que o cash flow do cenário mais
pessimista?
Em primeiro lugar o banco. Os bancos são avessos a prazos de reembolso demasiado
longos. E ao pedirmos um plano de reembolso inferior aos cash flow da hipótese mais
pessimista, estamos a transmitir que não acreditamos no projecto…
E para o promotor. Um plano mais longo encarece o projecto por via dos juros e se a
implementação correr bem existirá um excesso de liquidez que nem sempre é
benéfico…
Falámos da que consideramos a principal preocupação no crédito ao investimento.
Vamos abordar muito sumariamente mais dois temas.
Nos casos em que se possa aplicar, um prazo de utilização bem negociado, o mais
longo possível, poupa muito dinheiro em juros e dá espaço de manobra à empresa
para acertos que possam ser necessários efectuar, após por o processo em marcha.
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Para os bancos, o CMLP deve ter sempre garantias extra. O prazo é maior, aumenta a
incerteza, logo aumenta o risco e aí vem a “necessidade” de garantias adicionais. A
empresa deve sempre apresentar garantias adicionais num CMLP. Não tem de ser
reais, como se pensa no imediato. Muitas vezes existem outras possibilidades de
constituir e oferecer garantias, que melhoram a possibilidade de aprovação de um
crédito…