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O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos
Agregado Do Crédito de Médio e Longo Prazo e Final
CJA Business Consulting FEV 14
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carlos.jeronimo.augusto@cja-bc.com
TLM 911161776
AGREGADO DO CRÉDITO DE MÉDIO E LONGO PRAZO
Crédito de Médio e Longo Prazo I
Crédito ao Investimento
Salvo raríssimas excepções os investimentos devem ser financiado por crédito de
médio e longo prazo ( a partir daqui CMLP ).
A rentabilidade e libertação de fluxos financeiros para pagamento por norma dá-se
num horizonte plurianual, donde o horizonte temporal do financiamento deve ser
coincidente com os cash flows previsionais do projecto.
Dissemos que os financiamentos devem ser financiados por CMLP … além dos capitais
próprios adequados. E cremos que para capitais próprios adequados não existe um
rácio. Cada caso é um caso, mas na esmagadora maioria dos casos os investimentos
devem ter as duas componentes. Um investimento não deve ser feito só com capitais
próprios. Leva a uma imobilização desnecessária dos mesmos e perde-se o efeito fiscal
dos juros. Na mesma linha não deve ser feito só com capitais alheios; é muito difícil a
aprovação e aumenta o seu risco, também para o promotor.
Mas a principal questão nos investimentos e respectivo crédito é a correcta adequação
do plano de reembolso à capacidade de geração de fundos do projecto.
O plano de reembolso deve ser perfeitamente adaptado ao cash flow esperado do
projecto.
Após decidir que um projecto avança, ou seja que se acha que ele é rentável, há que
ter o máximo cuidado com o seu financiamento. O financiamento de um projecto faz
parte e é parte fundamental de um projecto. Muitos bons projectos já ficaram na
gaveta por falta de financiamento, mas também muitos bons projectos já falharam por
financiamento adequado. Não em termos de montante, mas de plano de reembolso.
Assim considerando que o financiamento é parte integrante do projecto, o projecto só
é bom se o financiamento for bom.
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Muitas vezes os promotores caem no erro fatal de aceitarem financiamentos
inadequados ao projecto. Os bancos preferem prazo o menos longos possíveis e os
promotores aceitam para não inviabilizar o projecto e inviabilizam-nos, com elevados
custos.
Não existem regras para qual a relação óptima entre os cash flow esperados de um
projecto e o plano de reembolso.
Mas avançamos com uma hipótese. Que o plano de reembolsos coincida com a análise
de sensibilidade pior que for efectuada. Assim, mesmo que ocorra o pior cenário
previsto, manter-se-á a capacidade de reembolso.
E se as coisas ainda correrem pior?
Bom, uma hipótese é ter reservado alguns capitais próprios para essa eventualidade,
Não se deixa degradar a situação, mantendo alguma posição negocial com o
financiador.
A outra é a renegociação, que deve ser feita atempadamente, antes de uma
degradação e de incumprimento. É fundamental a monitorização e a acção adequada.
E porque não ter condições de reembolso mais suaves que o cash flow do cenário mais
pessimista?
Em primeiro lugar o banco. Os bancos são avessos a prazos de reembolso demasiado
longos. E ao pedirmos um plano de reembolso inferior aos cash flow da hipótese mais
pessimista, estamos a transmitir que não acreditamos no projecto…
E para o promotor. Um plano mais longo encarece o projecto por via dos juros e se a
implementação correr bem existirá um excesso de liquidez que nem sempre é
benéfico…
Falámos da que consideramos a principal preocupação no crédito ao investimento.
Vamos abordar muito sumariamente mais dois temas.
Nos casos em que se possa aplicar, um prazo de utilização bem negociado, o mais
longo possível, poupa muito dinheiro em juros e dá espaço de manobra à empresa
para acertos que possam ser necessários efectuar, após por o processo em marcha.
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Para os bancos, o CMLP deve ter sempre garantias extra. O prazo é maior, aumenta a
incerteza, logo aumenta o risco e aí vem a “necessidade” de garantias adicionais. A
empresa deve sempre apresentar garantias adicionais num CMLP. Não tem de ser
reais, como se pensa no imediato. Muitas vezes existem outras possibilidades de
constituir e oferecer garantias, que melhoram a possibilidade de aprovação de um
crédito…
Crédito de Médio e Longo Prazo II
Crédito Apoio ao Crescimento
O Crédito de Apoio ao Crescimento (CAC) é também um crédito ao investimento.
Então porquê uma abordagem não integrada no ponto anterior.
Duas razões fundamentais.
As necessidades de CAC não derivam de decisões de investimento. Não existe um
projecto de investimento. Derivam isso sim das necessidades inerentes ao normal
crescimento de um negócio.
A outra razão é a primordial para esta abordagem específica. Esta necessidade muitas
vezes não é diagnosticada. Sente-se o peso da necessidade sobre a tesouraria da
empresa, mas não a identificamos como uma necessidade de financiamento de MLP e
por isso muitas vezes não é devidamente financiada, com os custos inerentes.
E estamos a falar de?
Estamos a falar, por exemplo, do aumento das necessidades de fundo de maneio
inerente aos aumentos de actividade, dos trabalhos de desenvolvimento ou busca de
novos produtos ou dos trabalhos de prospecção de novos mercados.
Estes investimentos, que os são, não são geralmente abordados nessa óptica. São
acções ou necessidades criadas derivadas do normal desenvolvimento do negócio,
consumindo meios que a ele estão afectos. Em situações de negócios estruturalmente
com elevada liquidez é algo que não é grave. A liquidez excessiva está a ser investida e
ainda sobra liquidez.
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Mas a situação normal é os negócios serem curtos de liquidez. E quando um negócio é
curto de liquidez, desviá-la para necessidades ou actividades que não são na realidade
correntes, afecta o normal desenrolar da exploração. E pode trazer consequências
nefastas tanto nas empresas que estão em expansão, dado que lhes retira meios
essenciais a essa expansão, como nas empresas que estão com alguns problemas e
buscam novos caminhos, dado que os mesmos se agravarão com esta incorrecta
alocação de fundos.
É portanto essencial identificar atempadamente estas necessidades e financiá-las
adequadamente. Tentar financiá-las de outra maneira traz problemas e tentar
financiá-las após elas trazerem problemas, torna muito mais difícil a negociação com a
banca.
Tentando olhar as situações apontadas.
Uma empresa em saudável crescimento das vendas ( a bom preço e a bons riscos ) vê
forçosamente as suas necessidades de fundo de maneio crescerem. Face ao valor
acrescentado criado, mesmo sem degradação dos prazos médios de recebimento, as
necessidades crescem. O valor das facturas a clientes por receber, mesmo que não
vencidas é sempre superior ao crédito que se consegue de fornecedores.
E quanto melhor corre o negócio maior é o problema. Estas necessidades vão sendo
financiadas por apoios de tesouraria, mas os apoios de tesouraria, não só não são
ilimitados, como têm uma vertente de compromisso por parte da banca baixo. São
apoios de curto prazo renováveis… E a margem, mesmo que seja boa, libertada pelo
negócio, não consegue financiar este crescimento das necessidades de fundo de
maneio.
Em crescimento, uma parte fundamental das necessidades de fundo de maneio
tornam-se permanentes. Tornando-se permanentes, devem ser financiadas por meios
adequados. Capitais próprios ou CMLP.
Assim, quando a tesouraria começa a ser pressionada pelo aumento das necessidades
de fundo de maneio inerentes ao crescimento, deve-se não só conseguir um aumento
das facilidades de crédito de curto prazo, mas financiar no MLP parte dessas
necessidades.
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Financiar com um financiamento que tenha um plano de reembolso adequado à
libertação de fundos provenientes do crescimento das vendas. Assim o crescimento
estará financiado e o financiamento será liquidado à medida que o negócio vá
libertando margem. E se as necessidades de fundo de maneio diminuírem e esse
financiamento ainda estiver activo é fácil; diminui-se o recurso ao financiamento de
curto prazo.
Ao adoptar estratégias de financiamento adequadas baixa-se de forma significativa o
risco da empresa, neste caso os riscos inerentes a um crescimento não controlado.
As outras situações abordadas (novos produtos, novos mercados) são normalmente
financiadas, porque realizadas, com os meios normais da empresa. Estamos a retirar
meios, financeiros e humanos, onde eles serão necessários e aos estarem em dupla
afectação a realização não será a que seria possível.
Encarar estas situações como investimentos e dotá-las dos meios humanos e
financeiros adequados é mais de meio caminho para terem sucesso.
Crédito de Médio e Longo Prazo III
Crédito de Reestruturação ou Consolidação
O Crédito de Reestruturação ou Consolidação (CRC) surge porque algo não correu
bem. Portanto a primeira fase de um crédito deste tipo, não tem a ver com o crédito…
Se a iniciativa é da empresa, há que antes de mais, analisar muito bem o que correu
menos bem ( o nível de actividade, o tipo de financiamento que existe, as previsões de
retorno de um investimento, ou qualquer outro factor ou factores ).
Após conclusões sólidas do análise, implementar as correcções ou adaptações
necessárias e só depois de pode avançar para uma proposta de CRO.
Avançar sem tratar muito bem esta fase baixa as possibilidades de obter um CRO nas
condições adequadas e baixa muitíssimo a possibilidade de cumprimento,
independentemente da solução que seja encontrada ao nível do financiamento.
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Já com a análise efectuada e os devidos acertos tratados, existe uma perspectiva de
como a actividade irá decorrer nos tempos vindouros. É com base nesse trabalho
previsional que deve ser negociada a renegociação.
Caso a iniciativa do CRC seja do banco, a análise é similar, mas eventualmente mais
simples, porque refere essencialmente a parte financeira pura.
Na negociação, entre a posição típica do banco, que perante um alerta quer ver
reembolsado o mais rápido possível o seu capital e a posição típica da empresa que
quer o menor esforço de tesouraria possível, há que encontrar um meio termo.
Um meio termo que respeite a capacidade previsional de libertação de fundos da
empresa e que apresente um prazo de reembolso não demasiado extenso para o
banco. Existem diversos instrumentos na montagem operacional de CRC que permitem
atingir estes objectivos.
Mas há que os atingir. Para a empresa, principalmente, mas também para o banco,
aceitar um CRC com condições que à partida tenham uma baixa probabilidade de
serem cumpridas, é pôr-se numa situação pior que a situação de partida. Passa mais
tempo e perde uma oportunidade de se viabilizar, Quando o problema ressurgir, por
exemplo após um período de carência, a situação está mais degradada e a negociação
será muito mais difícil.
São portanto factores fundamentais neste tipo de crédito conseguir transmitir muito
bem ao banco a visão da empresa sobre a solução e manter uma posição negocial
flexível, mas consciente e assertiva de modo a conseguir um acordo cumprível.
Não abordámos na primeira parte do texto sobre CRC, mas nestas situações, a
primeira pergunta do banco é:
Tem garantias reais para dar?
É natural que o banco queira reforçar garantias. Os bancos querem sempre reforçar
garantias! E aproveitam todas as oportunidades. Aqui, sobretudo perante um pedido
de renegociação por parte do cliente, sentem uma legitimidade maior para essa
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posição. Determinados fundos tinham sido disponibilizados, com determinado plano
de reembolso. Se a empresa não consegue reembolsar como previu e pede ajuda ao
banco, então ele pede algo em troca.
Se não existirem garantias, não existem. Resolvido. Há que negociar sem elas.
Se existirem, a empresa passa a ter uma posição negocial mais favorável, que deve
conscientemente utilizar.
Um reforço de garantias é para o banco algo de essencial. Então pela parte da empresa
há também que conseguir o que lhe é essencial. Dá, mas pede algo em troca.
Um plano de reembolso adequado e uma melhoria nas taxas e comissões. E se o valor
da garantia o suportar ( se for folgadamente superior ao valor do crédito ) e a empresa
necessitar, um acréscimo ao crédito, que bem aplicado poderá melhorar as condições
de exploração da empresa e ser reembolsado em condições favoráveis.
Numa situação de CRC, por iniciativa do banco ou da empresa, a empresa está por
norma numa situação de fragilidade. Mas esta situação de fragilidade não deve levar a
aceitação de condições, sobretudo ao nível do plano de reembolso, que não sejam as
adequadas. Há sobretudo que ter e transmitir a consciência que uma boa solução é
boa para ambas as partes. E deve aproveitar para tentar melhorar as condições; pelo
menos fazer tudo para conseguir as melhores condições possíveis.
É uma situação de fragilidade, mas que não deve ser pontualmente ultrapassada a
qualquer preço.
Conclusão Crédito de Médio e Longo Prazo
De novo algumas notas a título de resumo:
- há que adequar sempre o plano de reembolso à capacidade de geração de fundos.
Não respeitar este princípio é um erro gravíssimo.
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- a existência de garantias é essencial no CMLP. Há que existir disponibilidade, mas
também imaginação
- o tratamento de um CMLP é um momento por excelência para parar e olhar para a
empresa, que não deve ser desperdiçado
- muitas vezes os problemas que surgem na montagem de um CMLP, quer no pedido
quer na aprovação, são ultrapassáveis com soluções fora do mainstream, adaptadas a
cada caso. Pela “personalização” inerente não cabe neste âmbito elencá-las. Mas que
quase sempre existem é uma verdade…
- um CMLP, deve ser sempre atempadamente tratado. Evitam-se decisões menos
boas forçadas pelo factor tempo ou evita-se tratar a solicitação já numa posição frágil
Final
Um agradecimento pelo interesse que revelaram os nossos leitores ao acompanharem
estas publicações.
Um desejo de que as mesmas tenham sido interessantes e que tenham contribuído
para alguma reflexão útil.
Mais um agradecimento pelo feed back que temos recebido, que nos tem permitido
análises diferentes e que enriquecem a nossa visão deste e de outros temas.
Uma certeza de que a melhor compreensão recíproca entre as empresas e a banca
será muito positiva pata ambas as partes.
Uma disponibilização a dar a contribuição da CJA BUSINESS CONSULTING, na certeza
que podemos aportar valor acrescentado às empresas nossas clientes.
OBRIGADO

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Agregado Crédito Médio e Longo Prazo

  • 1. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos Agregado Do Crédito de Médio e Longo Prazo e Final CJA Business Consulting FEV 14 http://www.linkedin.com/pub/carlos-jeronimo-augusto/66/279/758 www.facebook.com/pages/CJA-Business-Consulting/308092695989242 www.cja-bc.com carlos.jeronimo.augusto@cja-bc.com TLM 911161776 AGREGADO DO CRÉDITO DE MÉDIO E LONGO PRAZO Crédito de Médio e Longo Prazo I Crédito ao Investimento Salvo raríssimas excepções os investimentos devem ser financiado por crédito de médio e longo prazo ( a partir daqui CMLP ). A rentabilidade e libertação de fluxos financeiros para pagamento por norma dá-se num horizonte plurianual, donde o horizonte temporal do financiamento deve ser coincidente com os cash flows previsionais do projecto. Dissemos que os financiamentos devem ser financiados por CMLP … além dos capitais próprios adequados. E cremos que para capitais próprios adequados não existe um rácio. Cada caso é um caso, mas na esmagadora maioria dos casos os investimentos devem ter as duas componentes. Um investimento não deve ser feito só com capitais próprios. Leva a uma imobilização desnecessária dos mesmos e perde-se o efeito fiscal dos juros. Na mesma linha não deve ser feito só com capitais alheios; é muito difícil a aprovação e aumenta o seu risco, também para o promotor. Mas a principal questão nos investimentos e respectivo crédito é a correcta adequação do plano de reembolso à capacidade de geração de fundos do projecto. O plano de reembolso deve ser perfeitamente adaptado ao cash flow esperado do projecto. Após decidir que um projecto avança, ou seja que se acha que ele é rentável, há que ter o máximo cuidado com o seu financiamento. O financiamento de um projecto faz parte e é parte fundamental de um projecto. Muitos bons projectos já ficaram na gaveta por falta de financiamento, mas também muitos bons projectos já falharam por financiamento adequado. Não em termos de montante, mas de plano de reembolso. Assim considerando que o financiamento é parte integrante do projecto, o projecto só é bom se o financiamento for bom.
  • 2. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos Agregado Do Crédito de Médio e Longo Prazo e Final CJA Business Consulting FEV 14 http://www.linkedin.com/pub/carlos-jeronimo-augusto/66/279/758 www.facebook.com/pages/CJA-Business-Consulting/308092695989242 www.cja-bc.com carlos.jeronimo.augusto@cja-bc.com TLM 911161776 Muitas vezes os promotores caem no erro fatal de aceitarem financiamentos inadequados ao projecto. Os bancos preferem prazo o menos longos possíveis e os promotores aceitam para não inviabilizar o projecto e inviabilizam-nos, com elevados custos. Não existem regras para qual a relação óptima entre os cash flow esperados de um projecto e o plano de reembolso. Mas avançamos com uma hipótese. Que o plano de reembolsos coincida com a análise de sensibilidade pior que for efectuada. Assim, mesmo que ocorra o pior cenário previsto, manter-se-á a capacidade de reembolso. E se as coisas ainda correrem pior? Bom, uma hipótese é ter reservado alguns capitais próprios para essa eventualidade, Não se deixa degradar a situação, mantendo alguma posição negocial com o financiador. A outra é a renegociação, que deve ser feita atempadamente, antes de uma degradação e de incumprimento. É fundamental a monitorização e a acção adequada. E porque não ter condições de reembolso mais suaves que o cash flow do cenário mais pessimista? Em primeiro lugar o banco. Os bancos são avessos a prazos de reembolso demasiado longos. E ao pedirmos um plano de reembolso inferior aos cash flow da hipótese mais pessimista, estamos a transmitir que não acreditamos no projecto… E para o promotor. Um plano mais longo encarece o projecto por via dos juros e se a implementação correr bem existirá um excesso de liquidez que nem sempre é benéfico… Falámos da que consideramos a principal preocupação no crédito ao investimento. Vamos abordar muito sumariamente mais dois temas. Nos casos em que se possa aplicar, um prazo de utilização bem negociado, o mais longo possível, poupa muito dinheiro em juros e dá espaço de manobra à empresa para acertos que possam ser necessários efectuar, após por o processo em marcha.
  • 3. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos Agregado Do Crédito de Médio e Longo Prazo e Final CJA Business Consulting FEV 14 http://www.linkedin.com/pub/carlos-jeronimo-augusto/66/279/758 www.facebook.com/pages/CJA-Business-Consulting/308092695989242 www.cja-bc.com carlos.jeronimo.augusto@cja-bc.com TLM 911161776 Para os bancos, o CMLP deve ter sempre garantias extra. O prazo é maior, aumenta a incerteza, logo aumenta o risco e aí vem a “necessidade” de garantias adicionais. A empresa deve sempre apresentar garantias adicionais num CMLP. Não tem de ser reais, como se pensa no imediato. Muitas vezes existem outras possibilidades de constituir e oferecer garantias, que melhoram a possibilidade de aprovação de um crédito… Crédito de Médio e Longo Prazo II Crédito Apoio ao Crescimento O Crédito de Apoio ao Crescimento (CAC) é também um crédito ao investimento. Então porquê uma abordagem não integrada no ponto anterior. Duas razões fundamentais. As necessidades de CAC não derivam de decisões de investimento. Não existe um projecto de investimento. Derivam isso sim das necessidades inerentes ao normal crescimento de um negócio. A outra razão é a primordial para esta abordagem específica. Esta necessidade muitas vezes não é diagnosticada. Sente-se o peso da necessidade sobre a tesouraria da empresa, mas não a identificamos como uma necessidade de financiamento de MLP e por isso muitas vezes não é devidamente financiada, com os custos inerentes. E estamos a falar de? Estamos a falar, por exemplo, do aumento das necessidades de fundo de maneio inerente aos aumentos de actividade, dos trabalhos de desenvolvimento ou busca de novos produtos ou dos trabalhos de prospecção de novos mercados. Estes investimentos, que os são, não são geralmente abordados nessa óptica. São acções ou necessidades criadas derivadas do normal desenvolvimento do negócio, consumindo meios que a ele estão afectos. Em situações de negócios estruturalmente com elevada liquidez é algo que não é grave. A liquidez excessiva está a ser investida e ainda sobra liquidez.
  • 4. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos Agregado Do Crédito de Médio e Longo Prazo e Final CJA Business Consulting FEV 14 http://www.linkedin.com/pub/carlos-jeronimo-augusto/66/279/758 www.facebook.com/pages/CJA-Business-Consulting/308092695989242 www.cja-bc.com carlos.jeronimo.augusto@cja-bc.com TLM 911161776 Mas a situação normal é os negócios serem curtos de liquidez. E quando um negócio é curto de liquidez, desviá-la para necessidades ou actividades que não são na realidade correntes, afecta o normal desenrolar da exploração. E pode trazer consequências nefastas tanto nas empresas que estão em expansão, dado que lhes retira meios essenciais a essa expansão, como nas empresas que estão com alguns problemas e buscam novos caminhos, dado que os mesmos se agravarão com esta incorrecta alocação de fundos. É portanto essencial identificar atempadamente estas necessidades e financiá-las adequadamente. Tentar financiá-las de outra maneira traz problemas e tentar financiá-las após elas trazerem problemas, torna muito mais difícil a negociação com a banca. Tentando olhar as situações apontadas. Uma empresa em saudável crescimento das vendas ( a bom preço e a bons riscos ) vê forçosamente as suas necessidades de fundo de maneio crescerem. Face ao valor acrescentado criado, mesmo sem degradação dos prazos médios de recebimento, as necessidades crescem. O valor das facturas a clientes por receber, mesmo que não vencidas é sempre superior ao crédito que se consegue de fornecedores. E quanto melhor corre o negócio maior é o problema. Estas necessidades vão sendo financiadas por apoios de tesouraria, mas os apoios de tesouraria, não só não são ilimitados, como têm uma vertente de compromisso por parte da banca baixo. São apoios de curto prazo renováveis… E a margem, mesmo que seja boa, libertada pelo negócio, não consegue financiar este crescimento das necessidades de fundo de maneio. Em crescimento, uma parte fundamental das necessidades de fundo de maneio tornam-se permanentes. Tornando-se permanentes, devem ser financiadas por meios adequados. Capitais próprios ou CMLP. Assim, quando a tesouraria começa a ser pressionada pelo aumento das necessidades de fundo de maneio inerentes ao crescimento, deve-se não só conseguir um aumento das facilidades de crédito de curto prazo, mas financiar no MLP parte dessas necessidades.
  • 5. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos Agregado Do Crédito de Médio e Longo Prazo e Final CJA Business Consulting FEV 14 http://www.linkedin.com/pub/carlos-jeronimo-augusto/66/279/758 www.facebook.com/pages/CJA-Business-Consulting/308092695989242 www.cja-bc.com carlos.jeronimo.augusto@cja-bc.com TLM 911161776 Financiar com um financiamento que tenha um plano de reembolso adequado à libertação de fundos provenientes do crescimento das vendas. Assim o crescimento estará financiado e o financiamento será liquidado à medida que o negócio vá libertando margem. E se as necessidades de fundo de maneio diminuírem e esse financiamento ainda estiver activo é fácil; diminui-se o recurso ao financiamento de curto prazo. Ao adoptar estratégias de financiamento adequadas baixa-se de forma significativa o risco da empresa, neste caso os riscos inerentes a um crescimento não controlado. As outras situações abordadas (novos produtos, novos mercados) são normalmente financiadas, porque realizadas, com os meios normais da empresa. Estamos a retirar meios, financeiros e humanos, onde eles serão necessários e aos estarem em dupla afectação a realização não será a que seria possível. Encarar estas situações como investimentos e dotá-las dos meios humanos e financeiros adequados é mais de meio caminho para terem sucesso. Crédito de Médio e Longo Prazo III Crédito de Reestruturação ou Consolidação O Crédito de Reestruturação ou Consolidação (CRC) surge porque algo não correu bem. Portanto a primeira fase de um crédito deste tipo, não tem a ver com o crédito… Se a iniciativa é da empresa, há que antes de mais, analisar muito bem o que correu menos bem ( o nível de actividade, o tipo de financiamento que existe, as previsões de retorno de um investimento, ou qualquer outro factor ou factores ). Após conclusões sólidas do análise, implementar as correcções ou adaptações necessárias e só depois de pode avançar para uma proposta de CRO. Avançar sem tratar muito bem esta fase baixa as possibilidades de obter um CRO nas condições adequadas e baixa muitíssimo a possibilidade de cumprimento, independentemente da solução que seja encontrada ao nível do financiamento.
  • 6. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos Agregado Do Crédito de Médio e Longo Prazo e Final CJA Business Consulting FEV 14 http://www.linkedin.com/pub/carlos-jeronimo-augusto/66/279/758 www.facebook.com/pages/CJA-Business-Consulting/308092695989242 www.cja-bc.com carlos.jeronimo.augusto@cja-bc.com TLM 911161776 Já com a análise efectuada e os devidos acertos tratados, existe uma perspectiva de como a actividade irá decorrer nos tempos vindouros. É com base nesse trabalho previsional que deve ser negociada a renegociação. Caso a iniciativa do CRC seja do banco, a análise é similar, mas eventualmente mais simples, porque refere essencialmente a parte financeira pura. Na negociação, entre a posição típica do banco, que perante um alerta quer ver reembolsado o mais rápido possível o seu capital e a posição típica da empresa que quer o menor esforço de tesouraria possível, há que encontrar um meio termo. Um meio termo que respeite a capacidade previsional de libertação de fundos da empresa e que apresente um prazo de reembolso não demasiado extenso para o banco. Existem diversos instrumentos na montagem operacional de CRC que permitem atingir estes objectivos. Mas há que os atingir. Para a empresa, principalmente, mas também para o banco, aceitar um CRC com condições que à partida tenham uma baixa probabilidade de serem cumpridas, é pôr-se numa situação pior que a situação de partida. Passa mais tempo e perde uma oportunidade de se viabilizar, Quando o problema ressurgir, por exemplo após um período de carência, a situação está mais degradada e a negociação será muito mais difícil. São portanto factores fundamentais neste tipo de crédito conseguir transmitir muito bem ao banco a visão da empresa sobre a solução e manter uma posição negocial flexível, mas consciente e assertiva de modo a conseguir um acordo cumprível. Não abordámos na primeira parte do texto sobre CRC, mas nestas situações, a primeira pergunta do banco é: Tem garantias reais para dar? É natural que o banco queira reforçar garantias. Os bancos querem sempre reforçar garantias! E aproveitam todas as oportunidades. Aqui, sobretudo perante um pedido de renegociação por parte do cliente, sentem uma legitimidade maior para essa
  • 7. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos Agregado Do Crédito de Médio e Longo Prazo e Final CJA Business Consulting FEV 14 http://www.linkedin.com/pub/carlos-jeronimo-augusto/66/279/758 www.facebook.com/pages/CJA-Business-Consulting/308092695989242 www.cja-bc.com carlos.jeronimo.augusto@cja-bc.com TLM 911161776 posição. Determinados fundos tinham sido disponibilizados, com determinado plano de reembolso. Se a empresa não consegue reembolsar como previu e pede ajuda ao banco, então ele pede algo em troca. Se não existirem garantias, não existem. Resolvido. Há que negociar sem elas. Se existirem, a empresa passa a ter uma posição negocial mais favorável, que deve conscientemente utilizar. Um reforço de garantias é para o banco algo de essencial. Então pela parte da empresa há também que conseguir o que lhe é essencial. Dá, mas pede algo em troca. Um plano de reembolso adequado e uma melhoria nas taxas e comissões. E se o valor da garantia o suportar ( se for folgadamente superior ao valor do crédito ) e a empresa necessitar, um acréscimo ao crédito, que bem aplicado poderá melhorar as condições de exploração da empresa e ser reembolsado em condições favoráveis. Numa situação de CRC, por iniciativa do banco ou da empresa, a empresa está por norma numa situação de fragilidade. Mas esta situação de fragilidade não deve levar a aceitação de condições, sobretudo ao nível do plano de reembolso, que não sejam as adequadas. Há sobretudo que ter e transmitir a consciência que uma boa solução é boa para ambas as partes. E deve aproveitar para tentar melhorar as condições; pelo menos fazer tudo para conseguir as melhores condições possíveis. É uma situação de fragilidade, mas que não deve ser pontualmente ultrapassada a qualquer preço. Conclusão Crédito de Médio e Longo Prazo De novo algumas notas a título de resumo: - há que adequar sempre o plano de reembolso à capacidade de geração de fundos. Não respeitar este princípio é um erro gravíssimo.
  • 8. O Tipo e o Horizonte Temporal dos Financiamentos Agregado Do Crédito de Médio e Longo Prazo e Final CJA Business Consulting FEV 14 http://www.linkedin.com/pub/carlos-jeronimo-augusto/66/279/758 www.facebook.com/pages/CJA-Business-Consulting/308092695989242 www.cja-bc.com carlos.jeronimo.augusto@cja-bc.com TLM 911161776 - a existência de garantias é essencial no CMLP. Há que existir disponibilidade, mas também imaginação - o tratamento de um CMLP é um momento por excelência para parar e olhar para a empresa, que não deve ser desperdiçado - muitas vezes os problemas que surgem na montagem de um CMLP, quer no pedido quer na aprovação, são ultrapassáveis com soluções fora do mainstream, adaptadas a cada caso. Pela “personalização” inerente não cabe neste âmbito elencá-las. Mas que quase sempre existem é uma verdade… - um CMLP, deve ser sempre atempadamente tratado. Evitam-se decisões menos boas forçadas pelo factor tempo ou evita-se tratar a solicitação já numa posição frágil Final Um agradecimento pelo interesse que revelaram os nossos leitores ao acompanharem estas publicações. Um desejo de que as mesmas tenham sido interessantes e que tenham contribuído para alguma reflexão útil. Mais um agradecimento pelo feed back que temos recebido, que nos tem permitido análises diferentes e que enriquecem a nossa visão deste e de outros temas. Uma certeza de que a melhor compreensão recíproca entre as empresas e a banca será muito positiva pata ambas as partes. Uma disponibilização a dar a contribuição da CJA BUSINESS CONSULTING, na certeza que podemos aportar valor acrescentado às empresas nossas clientes. OBRIGADO