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Biomecânica,
Cinesiologia e sua Relação com
Podopatias
Professora Glaucia
Alunas: Cíntia Luna,
Carolina Rezende,
Marluce de Lima,
Vanessa da Silva e
Alessandra
Rio de Janeiro
2013
Introdução.
A postura ideal para o bom funcionamento do corpo consiste em um complexo processo
que, exige de todos uma consciência integral de seu corpo, de seus imites e de sua
localização correta no espaço.
A postura interfere na regulação da circulação, na pressão arterial e do ritmo cardíaco.
Patologias dos Pés Que influenciam na
Biomecânica e Cinesiologia
Aprendemos que o mau funcionamento da estrutura harmônica do corpo interfere,
diretamente, nos pés e em suas principais patologias. Mas, descobrimos também, que
várias ações fisiológicas e psíquicas interferem diretamente nesta harmonia corporal
formando assim uma reação em cadeia.
As patologias do pé e tornozelo podem ser enquadradas nas seguintes categorias:
- Adquiridas por utilização de calçado inadequado, stress físico, ou pequenas alterações
mecânicas no próprio pé.
- Patologia artrítica, que tipicamente envolve uma ou mais articulações.
- Patologias congénitas do pé, que ocorrem à nascença e são geralmente herdadas.
- Patologias infecciosas do pé, causadas por bactérias, vírus, ou fungos.
- Neoplasias, também conhecidas como tumores, que resultam do crescimento anormal
de tecido em qualquer local do pé e podem ser benignas ou malignas.
- Traumatismos, associados ao pé e tornozelo, tais como as fraturas.
Com base no conhecimento adquirido sobre Biomecânica e Cinesiologia, preenchemos
uma ficha de anamnese de duas mulheres com perfis bem diferentes, porém ambas
possuem patologias bem específicas de ordem biomecânica e fisiológica.
Paciente 1
Marluce de Lima, idade 42 anos, trabalha sentada exercendo a profissão de manicure,
caminha 3 x na semana e não pratica nenhum esporte.
Não é tabagista, não bebe, está com obesidade grau I apresentando IMC de 33,75. É
hipertensa e compensada. Reclama de muitas dores nas costas que são intermitentes.
Uso de calçados e meias
Usa meias de algodão e calça 37. Faz maior uso de tênis e esporadicamente de Anabela.
Inspeção
Na inspeção dos pés, não foram localizados nenhuma LED. Coloração normal.
Testes Biomecânicos e Podo posturais
Digito Pressão:2”
Pulso Pedioso: Normal
Medida Cicatriz umbilical x Crista Ilíaca:
Medida Cicatriz umbilical x Maléolo Medial:
Análise estática: 5º dedo de ambos pés são levemente valgos, a patela direita é
levemente varo.
Tipo de Pé: Pé Regular e cavo
Supinação/pronação: Supinação
Valgismo ou Varismo: conforme a cima
Circunferência dos membros inferiores:
TID TIE TMD TME TSD TSE
PERNA 24,5 25 37 36 38,5 37
COXA 50,5 48 61 60 64 64
Paciente 2
Vanessa da Silva Alves, idade 32 anos, trabalha sentada exercendo a profissão de
manicure, pratica atividade física 3 x na semana e não pratica nenhum esporte.
Não é tabagista, não bebe, está com obesidade grau I apresentando IMC de 30,78.
Uso de calçados e meias
Usa meias de algodão e calça 35. Faz maior uso de tênis e esporadicamente de demais
calçados
Inspeção
Pele dos pés hidratada, não apresenta fissuras, pés apresentaram coloração cianótica
(segundo a cliente devido à baixa temperatura local). Apresenta edema em ambos os pés
e em sua totalidade não sendo possível auferir o pulso pedioso. Apresenta uma Led por
alteração de espessura na região társica medial do pé esquerdo podendo ser nódulo ou
alteração óssea do osso cuneiforme (relata que ao caminhar por longos períodos sente
dor neste pé). No pé esquerdo, possui o segundo dedo com leve sobreposição ao terceiro
e terceiro e quarto dedos valgos. Pé direito não apresenta alterações.
Testes Biomecânicos e Podo posturais
Digito Pressão: Superior a 5”
Pulso Pedioso: Não foi possível auferir
Medida Cicatriz umbilical x Crista Ilíaca:20 cm ambos os lados
Medida Cicatriz umbilical x Maléolo Medial: 87,5 esquerdo e 88 o direito
Análise estática: Arco medial normal, sem alterações nas patelas e pés ou tornozelos.
Tipo de Pé: Retangular
Supinação/Pronação: Supinação em ambos os pés, porém mais acentuada no direito.
Valgismo ou Varismo: Não apresenta nos pés e patelas
Circunferência dos membros inferiores:
TID TIE TMD TME TSD TSE
PERNA 29,5 28,5 41,5 40,5 38,5 40,5
COXA 55 57 64 65 67,5 68
Observações Gerais Paciente 1
Paciente apresenta escoliose lombar, desnível pélvico estando o lado direito mais
elevado que o esquerdo 8 mm. Apresenta lordose lombar, comprovados exame
panorâmico da coluna. Também apresenta comprometimento das vertebras: L2 a L5,
acusando problemas discais e artrose. Faz quadro de dor lombar e, devido a isto,
permanece em posição antálgica. Paciente possui esporão de calcâneo que não vem
apresentando dores devido ao uso correto de palmilha e calçado.
Devido a todas as alterações de ordem biomecânica nesta paciente, podemos notar uma
mudança acentuada em sua marcha e nas alterações de seus pés, podendo notar o grande
desgastes em seus calçados, principalmente no pé direito onde nota-se uma acentuada
Supinação. Paciente vem utilizando tênis apropriado há aproximadamente 01 ano, e
relata que teve uma enorme melhora no alinhamento dos membros inferiores,
especialmente os pés.
Observações Gerais Paciente 2
Paciente faz uso de medicamentos contínuos devido a tratamento neoplásico. Não
apresenta patologias confirmadas em seus pés, pernas ou quadris. Apenas relata dores
em longas caminhadas na parte dorsal do pé esquerdo (pé em que foi notada uma
alteração de espessura na direção do cuneiforme) e na região cervical e ombro direito,
justamente no lado onde o pé apresenta maior supinação e desgaste no solado de seus
sapatos. Notamos também que, segundo a medida Cicatriz umbilical x Maléolo medial
existe uma diferença de meio centímetro a mais para perna direita, provavelmente
devido à supinação deste pé.
Paciente relata possuir Doença de Raynaud o que acarreta na cianose dos pés e
dormência nas extremidades.
Na análise da marcha, apresenta uma leve supinação no pé esquerdo e maior no direito.
Apesar de o paciente apresentar muitas informações de patologias, não existem
podopatias relevantes no ponto de vista da biomecânica que comprometa sua
cinesiologia.
Conclusão final
Apesar das duas modelos apresentarem diversas alterações biomecânicas que afetam sua
cinesiologia, isto não é um fator determinante para surgimento de podopatias, pois
apenas uma apresentapés com alguma patologia/podopatia relacionado diretamente com
aspectos biomecânicos (esporão de calcâneo e pé cavo), no demais ambas apresentam
pés sem fissuras calcâneas e sem calosidades. Somente a primeira apresenta
deformidades decorrentes, especificamente, de problemas de ordem muscular, articular
ou óssea.
Glossário de Patologias
A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um
formato de "S" ou "C". É um desvio da coluna no plano frontal acompanhado de uma rotação e
de uma gibosidade (corresponde a uma látero-flexão vertebral).
Lordose é um transtorno devido a uma curvatura excessiva da coluna para dentro. Ela difere das
curvas normais da coluna nas regiões cervical, torácica e lombar, as quais são, até certo grau,
cifóticas ou lordóticas.
A artrose na coluna é uma doença degenerativa que afeta as articulações que formam a coluna,
sendo mais frequente nos idosos, mas pode ocorrer em qualquer idade. Ela gera sintomas como
dor na coluna, no pescoço ou no quadril e seu tratamento pode incluir a necessidade de cirurgia.
A artrose pode afetar toda a coluna ou somente um seguimento, e por isso o indivíduo pode ser
diagnosticado com: artrose na coluna cervical, artrose na coluna dorsal ou artrose na coluna
lombar dependendo dos locais afetados pela doença.
Doença de Raynaud (Reinô) é uma condição que afeta o fluxo [sangue sanguíneo] nas
extremidades do corpo humano — mãos e pés, assim como os dedos, nariz, lóbulos das orelhas
— quando submetidos a uma mudança de temperatura inferior ou estresse. Foi nomeada
por Maurice Raynaud(1843-1881), médico francês que descreveu tal enfermidade pela primeira
vez em 1862.
Bibliografia
Podologia, bases clínicas e anatômicas/Organização de Armando Bega e Paulo
Ricardo RonconiLoroza. – São Paulo: Martinari, 2010.
Podologia, blog. Site: http://podologiaperfil.blogspot.com.br/2011/11/biomecanica-dos-
pes.html - acessado em 25/09/2013.
Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
– acessado em 26/09/2013

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Cifose de Scheuermann
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Biomecânica e Cinesiologia Aplicados a Podologia

  • 1. Biomecânica, Cinesiologia e sua Relação com Podopatias Professora Glaucia Alunas: Cíntia Luna, Carolina Rezende, Marluce de Lima, Vanessa da Silva e Alessandra Rio de Janeiro 2013
  • 2. Introdução. A postura ideal para o bom funcionamento do corpo consiste em um complexo processo que, exige de todos uma consciência integral de seu corpo, de seus imites e de sua localização correta no espaço. A postura interfere na regulação da circulação, na pressão arterial e do ritmo cardíaco. Patologias dos Pés Que influenciam na Biomecânica e Cinesiologia Aprendemos que o mau funcionamento da estrutura harmônica do corpo interfere, diretamente, nos pés e em suas principais patologias. Mas, descobrimos também, que várias ações fisiológicas e psíquicas interferem diretamente nesta harmonia corporal formando assim uma reação em cadeia. As patologias do pé e tornozelo podem ser enquadradas nas seguintes categorias: - Adquiridas por utilização de calçado inadequado, stress físico, ou pequenas alterações mecânicas no próprio pé. - Patologia artrítica, que tipicamente envolve uma ou mais articulações. - Patologias congénitas do pé, que ocorrem à nascença e são geralmente herdadas. - Patologias infecciosas do pé, causadas por bactérias, vírus, ou fungos. - Neoplasias, também conhecidas como tumores, que resultam do crescimento anormal de tecido em qualquer local do pé e podem ser benignas ou malignas. - Traumatismos, associados ao pé e tornozelo, tais como as fraturas.
  • 3. Com base no conhecimento adquirido sobre Biomecânica e Cinesiologia, preenchemos uma ficha de anamnese de duas mulheres com perfis bem diferentes, porém ambas possuem patologias bem específicas de ordem biomecânica e fisiológica. Paciente 1 Marluce de Lima, idade 42 anos, trabalha sentada exercendo a profissão de manicure, caminha 3 x na semana e não pratica nenhum esporte. Não é tabagista, não bebe, está com obesidade grau I apresentando IMC de 33,75. É hipertensa e compensada. Reclama de muitas dores nas costas que são intermitentes. Uso de calçados e meias Usa meias de algodão e calça 37. Faz maior uso de tênis e esporadicamente de Anabela. Inspeção Na inspeção dos pés, não foram localizados nenhuma LED. Coloração normal. Testes Biomecânicos e Podo posturais Digito Pressão:2” Pulso Pedioso: Normal Medida Cicatriz umbilical x Crista Ilíaca: Medida Cicatriz umbilical x Maléolo Medial: Análise estática: 5º dedo de ambos pés são levemente valgos, a patela direita é levemente varo. Tipo de Pé: Pé Regular e cavo Supinação/pronação: Supinação Valgismo ou Varismo: conforme a cima Circunferência dos membros inferiores: TID TIE TMD TME TSD TSE PERNA 24,5 25 37 36 38,5 37 COXA 50,5 48 61 60 64 64
  • 4. Paciente 2 Vanessa da Silva Alves, idade 32 anos, trabalha sentada exercendo a profissão de manicure, pratica atividade física 3 x na semana e não pratica nenhum esporte. Não é tabagista, não bebe, está com obesidade grau I apresentando IMC de 30,78. Uso de calçados e meias Usa meias de algodão e calça 35. Faz maior uso de tênis e esporadicamente de demais calçados Inspeção Pele dos pés hidratada, não apresenta fissuras, pés apresentaram coloração cianótica (segundo a cliente devido à baixa temperatura local). Apresenta edema em ambos os pés e em sua totalidade não sendo possível auferir o pulso pedioso. Apresenta uma Led por alteração de espessura na região társica medial do pé esquerdo podendo ser nódulo ou alteração óssea do osso cuneiforme (relata que ao caminhar por longos períodos sente dor neste pé). No pé esquerdo, possui o segundo dedo com leve sobreposição ao terceiro e terceiro e quarto dedos valgos. Pé direito não apresenta alterações. Testes Biomecânicos e Podo posturais Digito Pressão: Superior a 5” Pulso Pedioso: Não foi possível auferir Medida Cicatriz umbilical x Crista Ilíaca:20 cm ambos os lados Medida Cicatriz umbilical x Maléolo Medial: 87,5 esquerdo e 88 o direito Análise estática: Arco medial normal, sem alterações nas patelas e pés ou tornozelos. Tipo de Pé: Retangular Supinação/Pronação: Supinação em ambos os pés, porém mais acentuada no direito. Valgismo ou Varismo: Não apresenta nos pés e patelas Circunferência dos membros inferiores: TID TIE TMD TME TSD TSE PERNA 29,5 28,5 41,5 40,5 38,5 40,5 COXA 55 57 64 65 67,5 68
  • 5. Observações Gerais Paciente 1 Paciente apresenta escoliose lombar, desnível pélvico estando o lado direito mais elevado que o esquerdo 8 mm. Apresenta lordose lombar, comprovados exame panorâmico da coluna. Também apresenta comprometimento das vertebras: L2 a L5, acusando problemas discais e artrose. Faz quadro de dor lombar e, devido a isto, permanece em posição antálgica. Paciente possui esporão de calcâneo que não vem apresentando dores devido ao uso correto de palmilha e calçado. Devido a todas as alterações de ordem biomecânica nesta paciente, podemos notar uma mudança acentuada em sua marcha e nas alterações de seus pés, podendo notar o grande desgastes em seus calçados, principalmente no pé direito onde nota-se uma acentuada Supinação. Paciente vem utilizando tênis apropriado há aproximadamente 01 ano, e relata que teve uma enorme melhora no alinhamento dos membros inferiores, especialmente os pés. Observações Gerais Paciente 2 Paciente faz uso de medicamentos contínuos devido a tratamento neoplásico. Não apresenta patologias confirmadas em seus pés, pernas ou quadris. Apenas relata dores em longas caminhadas na parte dorsal do pé esquerdo (pé em que foi notada uma alteração de espessura na direção do cuneiforme) e na região cervical e ombro direito, justamente no lado onde o pé apresenta maior supinação e desgaste no solado de seus sapatos. Notamos também que, segundo a medida Cicatriz umbilical x Maléolo medial existe uma diferença de meio centímetro a mais para perna direita, provavelmente devido à supinação deste pé. Paciente relata possuir Doença de Raynaud o que acarreta na cianose dos pés e dormência nas extremidades. Na análise da marcha, apresenta uma leve supinação no pé esquerdo e maior no direito. Apesar de o paciente apresentar muitas informações de patologias, não existem podopatias relevantes no ponto de vista da biomecânica que comprometa sua cinesiologia. Conclusão final Apesar das duas modelos apresentarem diversas alterações biomecânicas que afetam sua cinesiologia, isto não é um fator determinante para surgimento de podopatias, pois apenas uma apresentapés com alguma patologia/podopatia relacionado diretamente com aspectos biomecânicos (esporão de calcâneo e pé cavo), no demais ambas apresentam pés sem fissuras calcâneas e sem calosidades. Somente a primeira apresenta deformidades decorrentes, especificamente, de problemas de ordem muscular, articular ou óssea.
  • 6. Glossário de Patologias A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de "S" ou "C". É um desvio da coluna no plano frontal acompanhado de uma rotação e de uma gibosidade (corresponde a uma látero-flexão vertebral). Lordose é um transtorno devido a uma curvatura excessiva da coluna para dentro. Ela difere das curvas normais da coluna nas regiões cervical, torácica e lombar, as quais são, até certo grau, cifóticas ou lordóticas. A artrose na coluna é uma doença degenerativa que afeta as articulações que formam a coluna, sendo mais frequente nos idosos, mas pode ocorrer em qualquer idade. Ela gera sintomas como dor na coluna, no pescoço ou no quadril e seu tratamento pode incluir a necessidade de cirurgia. A artrose pode afetar toda a coluna ou somente um seguimento, e por isso o indivíduo pode ser diagnosticado com: artrose na coluna cervical, artrose na coluna dorsal ou artrose na coluna lombar dependendo dos locais afetados pela doença. Doença de Raynaud (Reinô) é uma condição que afeta o fluxo [sangue sanguíneo] nas extremidades do corpo humano — mãos e pés, assim como os dedos, nariz, lóbulos das orelhas — quando submetidos a uma mudança de temperatura inferior ou estresse. Foi nomeada por Maurice Raynaud(1843-1881), médico francês que descreveu tal enfermidade pela primeira vez em 1862. Bibliografia Podologia, bases clínicas e anatômicas/Organização de Armando Bega e Paulo Ricardo RonconiLoroza. – São Paulo: Martinari, 2010. Podologia, blog. Site: http://podologiaperfil.blogspot.com.br/2011/11/biomecanica-dos- pes.html - acessado em 25/09/2013. Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal – acessado em 26/09/2013