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Escola Estadual Gustavo Rodrigues da Silva




   Tosco em versos   Adaptação: 1º ano A - Ensino Médio - 2012
             Organização: Profª. Cilma Rosa de Oliveira Barbosa




             Paranaíba - MS
Apresentação

                                     Tauana Kely Q. de Souza


Tosco é um jovem comum,
Tem um jeito manipulador,
Reflete a condução da própria vida
E que todo mundo tem pavor.

Tosco parece sensível,
Mas sempre é agressivo,
Tem um jeito diferente
E é muito possessivo.

Às vezes tosco é brilhante
Outras, muito chato!
Nunca teve coragem
De assumir os próprios atos!

No final, Tosco aprende a pensar
E descobre,
Que para ser feliz
É preciso amar!
Capítulo 1

                                  Bruna Barbosa

Minha vida só tinha tristeza,
Meu pai vivia bebendo,
Minha mãe sempre me batendo
E eu sempre correndo.

Meus pais viviam brigando,
Ficava ali só olhando
Aqueles dois lutando
Quase se matando.

Ninguém me dava atenção,
Ficava ali sozinho,
Brincando com meu carrinho,
Pensando no meu cantinho.
Capítulo 2
                                         Cariéle O. Souza

Quando tinha nove anos,
Tinha fama por conseguir o que queria,
Gritava com minha mãe,
Mas não aguentava mais essa mulher.

Ela me batia,
Mas de raiva nem doía,
Mandava-me calar a boca,
E eu nem ouvia.

Não gostava de apelido,
Desaforo não levava,
Fui ganhando moral,
Comecei a me achar o tal.

Quando o professor me pedia silêncio,
Ficava muito bolado,
Sempre ia pra diretoria,
E fazia o maior barraco.

No final do terceiro ano,
Deveria ser aprovado,
Minha mãe foi até a escola
E começou a encher o saco.

Meu pai sempre tomava umas,
Pedia pra eu ir buscar,
Ele queria ir à escola sozinho,
Querendo com a professora falar.

Meu pai sumiu,
Virei o homem do casebre,
Mas foi por pouco tempo
Porque homem lá em casa era febre.

Odiava minha mãe estar namorando,
As poucas coisas que tinha eu ia quebrando,
Aumentava o volume do som,
Fazia coisa que chamava atenção.
Minha mãe, filho nunca quis ter.
Mas também nunca pedi pra nascer.
E nessa raiva bandida,
Ficava fulo da vida!
Capítulo 3
                                    Caroline Matias de Jesus

Escola, parque de diversões
bronca todo dia
professores só decepções
para mim, maravilha.

Samuel, único amigo
nele eu mandava
não brigava comigo
nunca reclamava.

Aprontar, meu prazer
estragava tudo
este é meu jeito de viver!
Escola, meu mundo!

Estava com dez anos,
andando com os manos,
minha mãe me viu fumando,
eu não estava nem ligando!

Com um rolo veio me bater,
dessa vez não tinha o que temer
segurei o rolo na mão
naquela noite estava sem noção.

Aos onze anos cheguei,
minha mãe, eu desafiava
já faz mais de mês
que comigo não se importava.
Capítulo 4
                                    Crisley Cássia B. Carvalho

Conheci o Pitbull
que me desafiou a fumar,
Na hora do intervalo
Meu primeiro cigarro de maconha
Comecei a tragar .

Meu amigo Samuel
era muito quietão,
um dia levou um soco
e caiu no chão,
Com o cara briguei
cuspi e humilhei!

Tomei meu primeiro porre,
mas um troféu pra coleção;
A escola era o meu palco,
Sempre chamava atenção!

A garota que todos pegavam
apareceu grávida...
Que era o pai?
Todos se perguntavam.
Capítulo 5
                                 Daiane Alexandre Alves


Era só zoação
fazer faculdade e ser doutor,
mas não era tão fácil
e nem tinha precisão!

O perigo era vacilar,
uma moto emprestada
minha mãe veio a perguntar,
com aquela cara, fingia acreditar!

Combinamos ir a uma festa,
convocamos a galera,
bebemos até cair,
bagunça nós fizemos,
briga até saiu.

Na escola ficou sinistro,
eu não escutava nada,
todos ficaram abismados,
até canivete arrumei
não consegui esquecer,
própria arma se quer
um revólver iria resolver.
Capítulo 6
                                     Caroline Matias de Jesus

O Samuel encontrei,
meio de longe olhei,
combinamos de ir a formatura,
mas eu era cabeça dura.

Trabalhar minha mãe mandou!
não adiantou,
não ia conseguir emprego,
ela não me dava sossego.

Vi o Samuel trabalhando,
eu fiquei invejando,
mas era meu amigo,
achava ele meio exibido.

Era aniversário da professora,
pra ela comprei uma vassoura,
era só brincadeira,
foi espalhado pela escola inteira.

Mais uma vez na diretoria,
me trocaram de escola,
ninguém me aceitaria,
eu era o chefe da sala.

Estava na nova escola,
ninguém me dava bola,
quase sempre dormia,
e comigo ninguém se metia.
Capítulo 7
                                       Maria Letícia R. Silva

Tosco estava ferrado,
Por ter dedurado a turma,
Quando foi capturado.

Passou a viver com medo,
Mas fazia parecer
que ainda era o mesmo.

Todas as tarefas questionava,
Os professores devolviam a pergunta,
Ele sempre apelava!

Nas aulas, gostava de se destacar
E também de criticar,
Em todos encontrava defeitos,
Com essa atitude fazia coro,
Vitimizando ele mesmo!

O Chicão o defendia,
Mas dizia que ele era mole,
Ás vezes o defendia,
Por ser um garoto pobre.

A casa era uma bagunça,
E também cheirava azedo,
Sua vida era confusa,
E dele todos tinham medo!
Capítulo 8
                                    Fabiana dos S. P. de Souza
Com muito medo, caderno velho
e caneta peguei.
Para a minha tristeza, na sala entrei.

Domingo, o Chico preso foi,
Estava armado,
E também ferrado
Pois tinha 18 anos.

Minha alegria voltou,
Pois só os capachos dele
Na escola ficou.
Papo com eles
Comecei a puxar,
Não demorou muito
Comecei a enturmar.

Briguei com o Salsicha,
Só não vesti o paletó de madeira nele
Pois não queria confusão
Com a polícia.

Vi uma menina que não era
Para o meu bico
Era linda,
Feita com pincel.

Um dia me jogou
Uma real,
Falou que eu não sabia
Nada de amor,
Só sabia me boicotar,
Era um tosco,
E outros que não
Vale a pena lembrar.

Senti um misto
De sentimento:
Era paz,
Vergonha,
e Raiva.
Leka tinha me descartado
Aí me senti incomodado
Vi o Samuel com a Leka,
Fiquei com raiva,
Pois não podia acreditar
E mais ainda mais
Quando vi a moto
Que tinha comprado.

No fim do ano
Fui reprovado,
Fiquei nervoso,
Irritado!
As férias chegaram
E a bronca da Leka
Não sai da minha cabeça.
Capítulo 9
                                    Fernanda C. Santos

Uma nova escola conheci,
Com muitas meninas e meninos por ali,
Havia gente de todos os tipos,
Com cabelos lisos e compridos.

Fiquei arrasado,
Pois não tinha ninguém do meu lado,
Embora isso nem importasse,
Depois do sufoco passado,
Eu estava matriculado.

Professor Jeferson se apresentou,
Assustado ele ficou,
As dores do professor tomei
E no maioral me transformei.

Finalmente tive uma ocupação,
Futebol era
A minha paixão!

Agora vou ter uma vida boa,
Com o professor Jeferson me ajudando
Eu não ser mais à toa!
Capítulo 10
                                        Karine Cavalcante

Para irmos à quadra
O professor nos convidou,
Montamos um time de futebol,
Foi aí que tudo começou.

Suas habilidades todos foram contando
E eu animado ia me lembrando
De quando era líder
Da turminha de alguns anos.

O time foi formado,
Comprometemo-nos a vencer,
Senti que era minha chance
De começar a crescer.

No fim do treino,
O professor quis conversar,
Queria conhecer a gente
Para saber no que ia dar.

Eu não queria falar,
Mas ele precisava de mim.
Falei tudo, não aguentei,
E depois me arrependi!

Nós recebemos tudo
Para poder jogar,
As meias e camisetas
Nem precisamos comprar.

Logo depois,
Pensei em desistir,
Chamei o professor
Disse que não daria,
Pois, disciplina eu não tinha.
Ele me pediu
Para cedo o outro dia
E encontrá-lo na secretaria.
Muito, eu pensei
E no horário combinado,
Eu cheguei.
O professor me entregou
Lápis, caderno, canetas e borracha.
Entregou-me também
Todos os livros do semestre,
Usados, porém!

Eram usados, mas agradeci
Porque pela primeira vez
Livros eu teria!
Senti muita alegria
E também responsabilidade,
Decidi então:
Seria disciplinado e corresponderia!
Capítulo 11
                                      Kélita Ferreira da Silva

Tudo começou a ser diferente,
Estava mais quieto e presente,
Minha mãe desconfiava,
Mas nada ela falava.

Era diferente não ser notado,
Ser comum era confortável,
Continuava com dificuldade,
Tudo me distraia na verdade.

Precisava mostrar que outra pessoa,
Uma pessoa boa,
Tinha saudade de quem eu era,
Mas não podia ficar na espera.

A minha vida teria que mudar
O professor Jeferson não iria decepcionar
As aulas eram especiais,
E com certeza, essenciais!

Foi no aniversário da Carol
Que bêbado eu fiquei,
Nada vi, me empolguei!
Beijei todas as meninas que vi,
Acordei, com dor de cabeça fiquei.
Capítulo 12
                                     Larissa Miranda


Com a notícia,
Muito alegre fiquei,
O líder do grupo
Me tornei!


Felicidade e confiança,
Novos amigos encontrei,
Passei a sonhar e
Para sempre sonharei!


Jeferson me ajudando,
Meu coração foi se abrindo,
A minha professora auxiliei
E a felicidade fui sentindo.


Uma nova vida,
E um abraço
Que há muito tempo
Eu não sentia!
Capítulo 13
                                  Gabriel Batista Nogueira

Após as besteiras que fiz,
fiquei sem graça,
fiquei pensando,
que desgraça.

O time ficou mal
quando o professor falou
que a gente tinha se boicotado.
Ninguém estava feliz,
todos estavam desanimados.

Fiquei com esta palavra na cabeça,
não saia mais,
cheguei em casa e discuti com minha mãe,
só queria ficar em paz.
Capítulo 14
                                             Letícia Gonçalves
A escola faltei,
uma história para o professor Jeferson
inventei.

Ele disse
que um tosco eu era,
Um alguém mal acabado,
Não entendi direito,
Mais fiquei muito atordoado.

Passei a observar
Como as pessoas são agressivas
E foi no corredor que a algazarra começou.
Joseane não queria ir para sala,
e um problema se instalou.

Mandou a professora se catar.
Sua mal educada!
A professora falou,
Mas antes de terminar
uma pancada levou
Que no chão ela ficou.
Capítulo 15
                                   Letícia Nunes

De um pedido do professor
Um círculo se formou.
Mas, o que isso significou?
Uma discussão se instalou!

No debate que criou,
Ele me proporcionou
A entender o que eu fazia.
E seria isso que eu queria?

Foi então que escutei
E já me liguei,
Vou parar de ser tosco
Logo de uma vez!
Capítulo 16
                                 Maria Antonieta P. Lima Araújo

Tosco, “tosquinho”, “toscão”,
“Se liga”, seu cabeção.
Tosco menino inteligente,
Tosco vai seguir em frente.

A vida recomeça,
Um emprego é a nova era!
Tosco se diverte com a galera,
Jogador é o que quer ser,
A cada segundo
Sua vida está mudando,
Em um novo plano
Vai se encontrando.

Um emprego arrumou
E agora está feliz,
Com a grana que ganhou
Em casa agora ajudou.

É assim que tem que ser
Para uma vida mais feliz,
Ajudando sua mãe
Agora vai ser dono do seu nariz.
Capítulo 17
                              Maria Letícia R. Silva

Apesar de muito cansado,
Tosco na escola
Seu desempenho melhorou,
Estava trabalhando agora
No mercadinho
Onde Samuel já trabalhou!

Tosco achava humilhação
Estava orgulhoso do amigo
Pois no mercadinho
Estava o substituindo.

Tudo estava dando certo,
No time era o cara,
E até as notas melhoraram,
E orgulhosos todos ficaram.

Ganharam o jogo das interséries
E ficaram em segundo lugar na copa,

Em casa as brigas continuaram.
Para ele, não era mais novidade,
Ser um cara normal,

Voltou a faltar na escola,
E suas notas despencaram,
E todos ficaram indignados!
Pensaram que estava tudo acabado!

Jeferson o ajudou muito,
Mas com ele se identifica,
Foi usuário de drogas
E também trombadinha!

Jeferson o ajudou
A pensar e refletir,
Admirado ele ficou
Agora está feliz!
Capítulo 18
                          Tiago Ramos Valentim

Agora eu mudei,
Mudei pra melhor,
Melhor porque trabalho,
Trabalho feliz!

Porque eu mudei,
Tudo tem um motivo
Pra mudar,
Eu passei a ser melhor.

Agora sou o cara,
Aprendi a escutar,
Deixei meu orgulho pra lá
E agora eu sei até a trabalhar.

Transformei-me num homem
Num homem de verdade
Na loja aprendi
A tratar as pessoas melhor.

É conversando
Que se aprende a escutar,
Ninguém me escutava
Nem na escola e na minha casa.

Eu precisava aprender
A perceber do que eu precisava,
Aprendi a escutar
E as pessoas comecei a encantar.
Capítulo 19
                               Naiara Rodrigues

Num dia de chuva
poucos foram a escola
fizemos uma roda
e jogamos conversa fora.

Dalila contou sua história
e Esopeto reclamou.
Eu defendendo Dalila
continua que essa vai
ficar em minha memória.

Esperto conta sua história
moro com minha vó maluca
duas tias e um primo
que é meu truta.

A professora diz
que sua história
é bem parecida,
pois ela também
se sente excluída!
Capítulo 20
                                     Oélita R. Castro

No banheiro vi
Toscos agredir um emo
Recuado num canto,
Cena aquela
Que só meu passado,
Fez-me lembrar.

Por aí, não parou,
Na sala de aula,
A Pâmela a nota contestou
E com o professor gritou!

O professor se conteve com louvor!
Depois ele chamou,
Perto dele ela se sentou,
O professor uma proposta
A ela apresentou.

Três amigos ela chamou
Assim um semicírculo formou.
Generoso, não!
Justo! Ele indagou.

O pessoal concordou,
Nota por nota repassaram
E a uma conclusão,
Todos chegaram.

Ela era horrível,
Suas notas tão baixas...
Brasa, não puxaram!

Chateada se sentou!
Assim,
A aula começou.
Para o professor perguntas fizeram
Com verdade respondeu.

O recreio chegou,
Pâmela saiu,
No corredor
Com o professor esbarrou!
Reagiu como se nada tivesse acontecido
E no meio dos alunos sumiu.
Capítulo 21
                             Paulina Ferreira dos Santos Neta

O ensino médio estava chegando ao fim
Eu tinha dois grandes amigos:
O professor Jeferson e o ''Samuelzim''!

Embora sendo um vendedor,
Sabia que não iria enriquecer,
Mas um grande professor,
Eu queria ser.

Minha turma composta estava,
Por poucas pessoas,
Muitos ficaram pelo caminho,
Pois não aprenderam a pensar
Sobre o que estariam fazendo
Com a própria vida.

A formatura foi uma conquista,
Fiz questão de minha mãe comparecer
Dei a ela um vestido
Lindo de se ver.

Por essa eu não esperava!
Entrei para a faculdade
No primeiro vestibular,
Com a Laura sai para comemorar.
Capítulo 22
                                  Samuel Ferreira

Com meu esforço
comecei a batalhar
na sociedade,
pelo meu lugar.

Na faculdade
ia tudo numa boa,
mas o inglês
era o meu problema
porque agora
eu não era mais atoa.

Final de semana
eu trabalhava
e a felicidade
eu encontrava.

A Laura
era o meu presente
conversávamos demais
sempre muito contentes.

Minha mãe
não acreditou
mas uma moto comprei
e orgulhosa ela ficou.

Os anos se passaram
e na faculdade me formei.
Agora sou professor de Educação Física
pessoa boa me tornei!

Comprei um apartamento
e com Laura
eu vou morar,
agora sou pai de família
e feliz assim
sempre quero estar!
Epílogo
                                        Tamires Aparecida Messias

     Depois de tudo,
     Aprendi a viver
     E os meus pontos negativos
     Transformei em positivos,
     Agora eu sei que o que eu sou
     Ou serei eu construo a cada dia.

     Se eu fizer coisas boas,
     Vou ter uma recompensa boa,
     Do contrário vou sair prejudicado.
     Atenção nem sempre é tudo,
     Quero atenção pelo que sou,
     Não pelas coisas destrutivas, que posso fazer.

     Hoje tenho orgulho de ser o Tosco!!!
     Um cara que teve tudo para dar errado.
     Que fez tudo errado,
     Mas teve uma chance de fazer diferente.
     Mas só consegui isso com a ajuda de meu verdadeiro amigo,
     O professor Jeferson.

     Tenho saudades do Pitbull!!!
     Talvez ele não tivesse as mesmas, chances que eu tive,
     Ou teve e não soube aproveitá-las
     Ele poderia estar aqui vivo, feliz
     Mas não está,
     Ninguém nem sequer se lembra mais do Pitbull

     E também tem a Laura,
     Uma pessoa que sempre posso contar
     E a ela ofereço minha amizade, meu companheirismo, minha
paixão.
     Além de tudo tenho orgulho do meu trabalho,
     Continuo a aprender e compreender.
     Hoje estou muito feliz, descobri que vou ser pai.
Capa e ilustrações: Naiane Antunes

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A transformação de Tosco

  • 1. Escola Estadual Gustavo Rodrigues da Silva Tosco em versos Adaptação: 1º ano A - Ensino Médio - 2012 Organização: Profª. Cilma Rosa de Oliveira Barbosa Paranaíba - MS
  • 2.
  • 3. Apresentação Tauana Kely Q. de Souza Tosco é um jovem comum, Tem um jeito manipulador, Reflete a condução da própria vida E que todo mundo tem pavor. Tosco parece sensível, Mas sempre é agressivo, Tem um jeito diferente E é muito possessivo. Às vezes tosco é brilhante Outras, muito chato! Nunca teve coragem De assumir os próprios atos! No final, Tosco aprende a pensar E descobre, Que para ser feliz É preciso amar!
  • 4. Capítulo 1 Bruna Barbosa Minha vida só tinha tristeza, Meu pai vivia bebendo, Minha mãe sempre me batendo E eu sempre correndo. Meus pais viviam brigando, Ficava ali só olhando Aqueles dois lutando Quase se matando. Ninguém me dava atenção, Ficava ali sozinho, Brincando com meu carrinho, Pensando no meu cantinho.
  • 5. Capítulo 2 Cariéle O. Souza Quando tinha nove anos, Tinha fama por conseguir o que queria, Gritava com minha mãe, Mas não aguentava mais essa mulher. Ela me batia, Mas de raiva nem doía, Mandava-me calar a boca, E eu nem ouvia. Não gostava de apelido, Desaforo não levava, Fui ganhando moral, Comecei a me achar o tal. Quando o professor me pedia silêncio, Ficava muito bolado, Sempre ia pra diretoria, E fazia o maior barraco. No final do terceiro ano, Deveria ser aprovado, Minha mãe foi até a escola E começou a encher o saco. Meu pai sempre tomava umas, Pedia pra eu ir buscar, Ele queria ir à escola sozinho, Querendo com a professora falar. Meu pai sumiu, Virei o homem do casebre, Mas foi por pouco tempo Porque homem lá em casa era febre. Odiava minha mãe estar namorando, As poucas coisas que tinha eu ia quebrando, Aumentava o volume do som, Fazia coisa que chamava atenção.
  • 6. Minha mãe, filho nunca quis ter. Mas também nunca pedi pra nascer. E nessa raiva bandida, Ficava fulo da vida!
  • 7. Capítulo 3 Caroline Matias de Jesus Escola, parque de diversões bronca todo dia professores só decepções para mim, maravilha. Samuel, único amigo nele eu mandava não brigava comigo nunca reclamava. Aprontar, meu prazer estragava tudo este é meu jeito de viver! Escola, meu mundo! Estava com dez anos, andando com os manos, minha mãe me viu fumando, eu não estava nem ligando! Com um rolo veio me bater, dessa vez não tinha o que temer segurei o rolo na mão naquela noite estava sem noção. Aos onze anos cheguei, minha mãe, eu desafiava já faz mais de mês que comigo não se importava.
  • 8. Capítulo 4 Crisley Cássia B. Carvalho Conheci o Pitbull que me desafiou a fumar, Na hora do intervalo Meu primeiro cigarro de maconha Comecei a tragar . Meu amigo Samuel era muito quietão, um dia levou um soco e caiu no chão, Com o cara briguei cuspi e humilhei! Tomei meu primeiro porre, mas um troféu pra coleção; A escola era o meu palco, Sempre chamava atenção! A garota que todos pegavam apareceu grávida... Que era o pai? Todos se perguntavam.
  • 9. Capítulo 5 Daiane Alexandre Alves Era só zoação fazer faculdade e ser doutor, mas não era tão fácil e nem tinha precisão! O perigo era vacilar, uma moto emprestada minha mãe veio a perguntar, com aquela cara, fingia acreditar! Combinamos ir a uma festa, convocamos a galera, bebemos até cair, bagunça nós fizemos, briga até saiu. Na escola ficou sinistro, eu não escutava nada, todos ficaram abismados, até canivete arrumei não consegui esquecer, própria arma se quer um revólver iria resolver.
  • 10. Capítulo 6 Caroline Matias de Jesus O Samuel encontrei, meio de longe olhei, combinamos de ir a formatura, mas eu era cabeça dura. Trabalhar minha mãe mandou! não adiantou, não ia conseguir emprego, ela não me dava sossego. Vi o Samuel trabalhando, eu fiquei invejando, mas era meu amigo, achava ele meio exibido. Era aniversário da professora, pra ela comprei uma vassoura, era só brincadeira, foi espalhado pela escola inteira. Mais uma vez na diretoria, me trocaram de escola, ninguém me aceitaria, eu era o chefe da sala. Estava na nova escola, ninguém me dava bola, quase sempre dormia, e comigo ninguém se metia.
  • 11. Capítulo 7 Maria Letícia R. Silva Tosco estava ferrado, Por ter dedurado a turma, Quando foi capturado. Passou a viver com medo, Mas fazia parecer que ainda era o mesmo. Todas as tarefas questionava, Os professores devolviam a pergunta, Ele sempre apelava! Nas aulas, gostava de se destacar E também de criticar, Em todos encontrava defeitos, Com essa atitude fazia coro, Vitimizando ele mesmo! O Chicão o defendia, Mas dizia que ele era mole, Ás vezes o defendia, Por ser um garoto pobre. A casa era uma bagunça, E também cheirava azedo, Sua vida era confusa, E dele todos tinham medo!
  • 12. Capítulo 8 Fabiana dos S. P. de Souza Com muito medo, caderno velho e caneta peguei. Para a minha tristeza, na sala entrei. Domingo, o Chico preso foi, Estava armado, E também ferrado Pois tinha 18 anos. Minha alegria voltou, Pois só os capachos dele Na escola ficou. Papo com eles Comecei a puxar, Não demorou muito Comecei a enturmar. Briguei com o Salsicha, Só não vesti o paletó de madeira nele Pois não queria confusão Com a polícia. Vi uma menina que não era Para o meu bico Era linda, Feita com pincel. Um dia me jogou Uma real, Falou que eu não sabia Nada de amor, Só sabia me boicotar, Era um tosco, E outros que não Vale a pena lembrar. Senti um misto De sentimento: Era paz, Vergonha, e Raiva. Leka tinha me descartado
  • 13. Aí me senti incomodado Vi o Samuel com a Leka, Fiquei com raiva, Pois não podia acreditar E mais ainda mais Quando vi a moto Que tinha comprado. No fim do ano Fui reprovado, Fiquei nervoso, Irritado! As férias chegaram E a bronca da Leka Não sai da minha cabeça.
  • 14. Capítulo 9 Fernanda C. Santos Uma nova escola conheci, Com muitas meninas e meninos por ali, Havia gente de todos os tipos, Com cabelos lisos e compridos. Fiquei arrasado, Pois não tinha ninguém do meu lado, Embora isso nem importasse, Depois do sufoco passado, Eu estava matriculado. Professor Jeferson se apresentou, Assustado ele ficou, As dores do professor tomei E no maioral me transformei. Finalmente tive uma ocupação, Futebol era A minha paixão! Agora vou ter uma vida boa, Com o professor Jeferson me ajudando Eu não ser mais à toa!
  • 15. Capítulo 10 Karine Cavalcante Para irmos à quadra O professor nos convidou, Montamos um time de futebol, Foi aí que tudo começou. Suas habilidades todos foram contando E eu animado ia me lembrando De quando era líder Da turminha de alguns anos. O time foi formado, Comprometemo-nos a vencer, Senti que era minha chance De começar a crescer. No fim do treino, O professor quis conversar, Queria conhecer a gente Para saber no que ia dar. Eu não queria falar, Mas ele precisava de mim. Falei tudo, não aguentei, E depois me arrependi! Nós recebemos tudo Para poder jogar, As meias e camisetas Nem precisamos comprar. Logo depois, Pensei em desistir, Chamei o professor Disse que não daria, Pois, disciplina eu não tinha. Ele me pediu Para cedo o outro dia E encontrá-lo na secretaria.
  • 16. Muito, eu pensei E no horário combinado, Eu cheguei. O professor me entregou Lápis, caderno, canetas e borracha. Entregou-me também Todos os livros do semestre, Usados, porém! Eram usados, mas agradeci Porque pela primeira vez Livros eu teria! Senti muita alegria E também responsabilidade, Decidi então: Seria disciplinado e corresponderia!
  • 17. Capítulo 11 Kélita Ferreira da Silva Tudo começou a ser diferente, Estava mais quieto e presente, Minha mãe desconfiava, Mas nada ela falava. Era diferente não ser notado, Ser comum era confortável, Continuava com dificuldade, Tudo me distraia na verdade. Precisava mostrar que outra pessoa, Uma pessoa boa, Tinha saudade de quem eu era, Mas não podia ficar na espera. A minha vida teria que mudar O professor Jeferson não iria decepcionar As aulas eram especiais, E com certeza, essenciais! Foi no aniversário da Carol Que bêbado eu fiquei, Nada vi, me empolguei! Beijei todas as meninas que vi, Acordei, com dor de cabeça fiquei.
  • 18. Capítulo 12 Larissa Miranda Com a notícia, Muito alegre fiquei, O líder do grupo Me tornei! Felicidade e confiança, Novos amigos encontrei, Passei a sonhar e Para sempre sonharei! Jeferson me ajudando, Meu coração foi se abrindo, A minha professora auxiliei E a felicidade fui sentindo. Uma nova vida, E um abraço Que há muito tempo Eu não sentia!
  • 19. Capítulo 13 Gabriel Batista Nogueira Após as besteiras que fiz, fiquei sem graça, fiquei pensando, que desgraça. O time ficou mal quando o professor falou que a gente tinha se boicotado. Ninguém estava feliz, todos estavam desanimados. Fiquei com esta palavra na cabeça, não saia mais, cheguei em casa e discuti com minha mãe, só queria ficar em paz.
  • 20. Capítulo 14 Letícia Gonçalves A escola faltei, uma história para o professor Jeferson inventei. Ele disse que um tosco eu era, Um alguém mal acabado, Não entendi direito, Mais fiquei muito atordoado. Passei a observar Como as pessoas são agressivas E foi no corredor que a algazarra começou. Joseane não queria ir para sala, e um problema se instalou. Mandou a professora se catar. Sua mal educada! A professora falou, Mas antes de terminar uma pancada levou Que no chão ela ficou.
  • 21. Capítulo 15 Letícia Nunes De um pedido do professor Um círculo se formou. Mas, o que isso significou? Uma discussão se instalou! No debate que criou, Ele me proporcionou A entender o que eu fazia. E seria isso que eu queria? Foi então que escutei E já me liguei, Vou parar de ser tosco Logo de uma vez!
  • 22. Capítulo 16 Maria Antonieta P. Lima Araújo Tosco, “tosquinho”, “toscão”, “Se liga”, seu cabeção. Tosco menino inteligente, Tosco vai seguir em frente. A vida recomeça, Um emprego é a nova era! Tosco se diverte com a galera, Jogador é o que quer ser, A cada segundo Sua vida está mudando, Em um novo plano Vai se encontrando. Um emprego arrumou E agora está feliz, Com a grana que ganhou Em casa agora ajudou. É assim que tem que ser Para uma vida mais feliz, Ajudando sua mãe Agora vai ser dono do seu nariz.
  • 23. Capítulo 17 Maria Letícia R. Silva Apesar de muito cansado, Tosco na escola Seu desempenho melhorou, Estava trabalhando agora No mercadinho Onde Samuel já trabalhou! Tosco achava humilhação Estava orgulhoso do amigo Pois no mercadinho Estava o substituindo. Tudo estava dando certo, No time era o cara, E até as notas melhoraram, E orgulhosos todos ficaram. Ganharam o jogo das interséries E ficaram em segundo lugar na copa, Em casa as brigas continuaram. Para ele, não era mais novidade, Ser um cara normal, Voltou a faltar na escola, E suas notas despencaram, E todos ficaram indignados! Pensaram que estava tudo acabado! Jeferson o ajudou muito, Mas com ele se identifica, Foi usuário de drogas E também trombadinha! Jeferson o ajudou A pensar e refletir, Admirado ele ficou Agora está feliz!
  • 24. Capítulo 18 Tiago Ramos Valentim Agora eu mudei, Mudei pra melhor, Melhor porque trabalho, Trabalho feliz! Porque eu mudei, Tudo tem um motivo Pra mudar, Eu passei a ser melhor. Agora sou o cara, Aprendi a escutar, Deixei meu orgulho pra lá E agora eu sei até a trabalhar. Transformei-me num homem Num homem de verdade Na loja aprendi A tratar as pessoas melhor. É conversando Que se aprende a escutar, Ninguém me escutava Nem na escola e na minha casa. Eu precisava aprender A perceber do que eu precisava, Aprendi a escutar E as pessoas comecei a encantar.
  • 25. Capítulo 19 Naiara Rodrigues Num dia de chuva poucos foram a escola fizemos uma roda e jogamos conversa fora. Dalila contou sua história e Esopeto reclamou. Eu defendendo Dalila continua que essa vai ficar em minha memória. Esperto conta sua história moro com minha vó maluca duas tias e um primo que é meu truta. A professora diz que sua história é bem parecida, pois ela também se sente excluída!
  • 26. Capítulo 20 Oélita R. Castro No banheiro vi Toscos agredir um emo Recuado num canto, Cena aquela Que só meu passado, Fez-me lembrar. Por aí, não parou, Na sala de aula, A Pâmela a nota contestou E com o professor gritou! O professor se conteve com louvor! Depois ele chamou, Perto dele ela se sentou, O professor uma proposta A ela apresentou. Três amigos ela chamou Assim um semicírculo formou. Generoso, não! Justo! Ele indagou. O pessoal concordou, Nota por nota repassaram E a uma conclusão, Todos chegaram. Ela era horrível, Suas notas tão baixas... Brasa, não puxaram! Chateada se sentou! Assim, A aula começou. Para o professor perguntas fizeram Com verdade respondeu. O recreio chegou, Pâmela saiu,
  • 27. No corredor Com o professor esbarrou! Reagiu como se nada tivesse acontecido E no meio dos alunos sumiu.
  • 28. Capítulo 21 Paulina Ferreira dos Santos Neta O ensino médio estava chegando ao fim Eu tinha dois grandes amigos: O professor Jeferson e o ''Samuelzim''! Embora sendo um vendedor, Sabia que não iria enriquecer, Mas um grande professor, Eu queria ser. Minha turma composta estava, Por poucas pessoas, Muitos ficaram pelo caminho, Pois não aprenderam a pensar Sobre o que estariam fazendo Com a própria vida. A formatura foi uma conquista, Fiz questão de minha mãe comparecer Dei a ela um vestido Lindo de se ver. Por essa eu não esperava! Entrei para a faculdade No primeiro vestibular, Com a Laura sai para comemorar.
  • 29. Capítulo 22 Samuel Ferreira Com meu esforço comecei a batalhar na sociedade, pelo meu lugar. Na faculdade ia tudo numa boa, mas o inglês era o meu problema porque agora eu não era mais atoa. Final de semana eu trabalhava e a felicidade eu encontrava. A Laura era o meu presente conversávamos demais sempre muito contentes. Minha mãe não acreditou mas uma moto comprei e orgulhosa ela ficou. Os anos se passaram e na faculdade me formei. Agora sou professor de Educação Física pessoa boa me tornei! Comprei um apartamento e com Laura eu vou morar, agora sou pai de família e feliz assim sempre quero estar!
  • 30. Epílogo Tamires Aparecida Messias Depois de tudo, Aprendi a viver E os meus pontos negativos Transformei em positivos, Agora eu sei que o que eu sou Ou serei eu construo a cada dia. Se eu fizer coisas boas, Vou ter uma recompensa boa, Do contrário vou sair prejudicado. Atenção nem sempre é tudo, Quero atenção pelo que sou, Não pelas coisas destrutivas, que posso fazer. Hoje tenho orgulho de ser o Tosco!!! Um cara que teve tudo para dar errado. Que fez tudo errado, Mas teve uma chance de fazer diferente. Mas só consegui isso com a ajuda de meu verdadeiro amigo, O professor Jeferson. Tenho saudades do Pitbull!!! Talvez ele não tivesse as mesmas, chances que eu tive, Ou teve e não soube aproveitá-las Ele poderia estar aqui vivo, feliz Mas não está, Ninguém nem sequer se lembra mais do Pitbull E também tem a Laura, Uma pessoa que sempre posso contar E a ela ofereço minha amizade, meu companheirismo, minha paixão. Além de tudo tenho orgulho do meu trabalho, Continuo a aprender e compreender. Hoje estou muito feliz, descobri que vou ser pai.
  • 31. Capa e ilustrações: Naiane Antunes