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Critérios de estabilidade nas fraturas
das colunas torácica e lombar
Criteria of stability in thoracic and lumbar spine fractures

Silvio Carlos Ferreira, Flávia Maria Poletto, Gustavo
Ghedini, Carlos Alba
Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa da
Misericórdia de Santos e Faculdade de Ciências Médicas de Santos

Ferreira SC, Poletto FM, Ghedini G, Alba C. Criteria of stability in thoracic and
lumbar spine fractures. Acta Medica Misericordiæ 1(1):26-28, 1998

Resumo

Três pacientes com fraturas e instabilidade da coluna vertebral na
região tóraco-lombar foram tratados cirurgicamente
apresentando melhora do quadro clínico. Os critérios adotados
para avaliação de instabilidade e indicação cirúrgica são
discutidos.

Descritores: Fraturas da coluna vertebral. Fraturas da coluna
vertebral.

Summary

Three patients presenting fractures and instability of the spine in
the toraco-lumbar region were treated surgically showing
improvement in their clinical picture. The criteria adopted for
evaluation of the instability and indication for surgery are
discussed.

Key-words: Spinal fractures. Spinal fractures.

INTRODUÇÃO

Com o aumento do índice de acidentes de trânsito e quedas de
altura, temos visto elevado número de casos de lesão da coluna
vertebral, estando presente algum déficit neurológico em grande
porcentagem2. O diagnóstico é feito a partir da história, exame
físico geral e neurológico, além de radiografias adequadas10. O
prognóstico varia conforme a gravidade da lesão, do manuseio
inicial com o paciente e do diagnóstico precoce9,10.
Atualmente, o Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Santa
Casa de Santos conta com condutas padronizadas para avaliação
e tratamento, de urgência e definitivo, das lesões vertebrais. A
maior angústia dos pacientes e familiares é quanto ao
prognóstico e tipo de tratamento: cirúrgico ou conservador. No
entanto, essa ansiedade está presente na quase totalidade dos
médicos envolvidos, principalmente naqueles não habituados às
rotinas do atendimento ao lesado vertebral ou medular3,6,9,10.

O presente trabalho demonstra os bons resultados obtidos
através de nossa conduta, apoiada nos critérios de instabilidade
da coluna vertebral.

MATERIAL E MÉTODOS

A coluna vertebral é dividida, segundo a Teoria de Denis, em três
colunas: coluna anterior, média e posterior5. A coluna anterior
compreende o intervalo entre o ligamento longitudinal anterior e
o meio do corpo vertebral, já a coluna média situa-se a partir do
meio do corpo vertebral até o ligamento longitudinal posterior e a
coluna posterior compreende o canal vertebral com seu conteúdo
e os elementos posteriores do arco vertebral5,10.

Nosso conceito de instabilidade da coluna vertebral está de
acordo com White e Panjabi: Instabilidade espinhal é "a perda da
capacidade da coluna de, sob cargas fisiológicas, manter as
relações entre as vértebras de tal maneira que não haja nem
lesão nem irritação da medula espinhal ou de suas raízes
nervosas, e além disto não haja nenhum desenvolvimento de
deformidade ou dor incapacitantes"1,9.10.

Consideramos como critérios de instabilidade das colunas torácica
e lombar:

a) fraturas com lesão neurológica, excluindo-se aquelas lesões
neurológicas secundárias a traumatismos penetrantes;
b) perda maior ou igual a 50% da altura do corpo vertebral;
c) angulação maior que 20º na junção toracolombar;
d) falha em pelo menos duas colunas de Denis;
e) presença de fragmento ósseo ou discal comprometendo mais
de 50% do canal vertebral, mesmo sem compro-metimento
neurológico;
f) corpo estranho intracanal.
Quando o paciente se enquadra em um ou mais critérios de
instabilidade, faz-se a opção pelo tratamento cirúrgico.

APRESENTAÇÃO DOS CASOS

Caso 1. Paciente do sexo masculino, engenheiro, 26 anos, vítima
de atropelamento. À admissão, apresentava exame neurológico
normal. As radiografias demonstraram fratura explosão tipo A de
L4 (v. fig 1A) com discreta compressão do saco dural, e perda de
60% da altura do corpo vertebral. Satisfez dois critérios de
instabilidade: perda maior que 50% da altura do corpo vertebral
e falha das três colunas de Denis. Tratado cirurgicamente por via
posterior, com descompressão (laminectomia de L4 e
hemilaminectomia de L3) e estabilização com parafusos
pediculares L3-L5 (fig. 1B). Atualmente está com deambulação
normal e indolor, perda parcial da flexão do tronco, limitada a
80º. No 6º mês após a cirurgia, retornou às suas atividades
profissionais normais. Paciente do sexo masculino, engenheiro,
26 anos, vítima de atropelamento. À admissão, apresentava
exame neurológico normal. As radiografias demonstraram fratura
explosão tipo A de L4 (v. fig 1A) com discreta compressão do
saco dural, e perda de 60% da altura do corpo vertebral. Satisfez
dois critérios de instabilidade: perda maior que 50% da altura do
corpo vertebral e falha das três colunas de Denis. Tratado
cirurgicamente por via posterior, com descompressão
(laminectomia de L4 e hemilaminectomia de L3) e estabilização
com parafusos pediculares L3-L5 (fig. 1B). Atualmente está com
deambulação normal e indolor, perda parcial da flexão do tronco,
limitada a 80º. No 6º mês após a cirurgia, retornou às suas
atividades profissionais normais.
..........................




Fig. 1 A : Radiografia                                Fig. 1B: Radiografia
em perfil de coluna                                   em perfil no 4º mês
lombar demonstrando                                   PO demonstrando
perda importante                                      manutenção da altura
da altura do corpo                                    do corpo vertebral de
vertebral de L4.                                      L4 através da
                                                      utilização de
                                                      parafusos
                                                      transpediculares em
                                                      L3 e L5. Este caso
                                                      possui como melhor
                                                      indicação para síntese
                                                      os parafusos
                                                      utilizados.

Caso 2. Paciente do sexo masculino, 27 anos, pedreiro, vítima de
atropelamento com múltiplas fraturas de arcos costais,
hemopneumotórax à esquerda, fratura-luxação T12-L1 tipo D (v.
fig 2A). Apresentava perda de força motora em MMII, classificada
como Frankel D. Satisfez os seguintes critérios de instabilidade:
lesão neurológica, angulação maior que 20º e falha das três
colunas de Denis. Tratado cirurgicamente por via posterior, com
estabilização por retângulo de Hartshill e amarria "88" associado
a artrodese e descompressão (fig. 2B). Apresentou melhora da
força muscular no PO imediato e hiperestesia em face plantar dos
pés, com remissão no 5º PO. Paciente do sexo masculino, 27
anos, pedreiro, vítima de atropelamento com múltiplas fraturas
de arcos costais, hemopneumotórax à esquerda, fratura-luxação
T12-L1 tipo D (v. fig 2A). Apresentava perda de força motora em
MMII, classificada como Frankel D. Satisfez os seguintes critérios
de instabilidade: lesão neurológica, angulação maior que 20º e
falha das três colunas de Denis. Tratado cirurgicamente por via
posterior, com estabilização por retângulo de Hartshill e amarria
"88" associado a artrodese e descompressão (fig. 2B).
Apresentou melhora da força muscular no PO imediato e
hiperestesia em face plantar dos pés, com remissão no 5º PO.

                      ....................................
                      ..




Fig. 2 A :                                                   Fig. 2B:
Radiografia em                                               Radiografia em
ântero-posterior de                                          ântero-posterior da
transição                                                    transição
toracolombar                                                 toracolombar no
demonstrando                                                 23º dia PO, fixada
fraturas de                                                  com retângulo de
múltiplos arcos                                              Hartshill e fios de
costais à direita,                                           Luque – 1.0.
explosão de T12-                                             Observar material
L1, subluxação e                                             de enxerto disposto
encunhamento                                                 à direita de L1.
lateral. Observar
arcos costais
rudimentares em
L1.
Caso 3. Paciente do sexo feminino, 21 anos, estudante, sofreu
queda de 8 metros, com hiperestesia em face plantar dos pés e
força muscular, grau 4, para extensão e flexão dos pés,
classificada como Frankel D. Ao exame radiológico demonstrou-se
fratura-explosão de L1 tipo B (fig. 3A), com importante
encunhamento anterior. A tomografia demonstrou oclusão de
60% do canal vertebral. Este caso satisfez todos os critérios de
instabilidade, exceto corpo estranho intracanal, sendo de
indicação absoluta o tratamento operatório. Devido à necessidade
de distração, optamos pela técnica de Harrington "2X2",
cerclagem L2-L3 e artrodese, após descompressão
(fig. 3B).
                        ..........................




Fig. 3A : Radiografia                    Fig. 3B: Radiografia
em perfil de transição                   em perfil ortostático de
toracolombar                             coluna toracolombar
demonstrando fratura                     demonstrando
explosão tipo B com                      recuperação da altura
fragmento ósseo                          do corpo vertebral de
importante intracanal                    L1 após distração com
e cifose localizada de                   instrumental de
30º.                                     Harrington. Observar a
                                         utilização de órtese de
                                         Jewtt.

Evoluiu com recuperação do quadro neurológico, passando a
Frankel E no 3º mês após a cirurgia.

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Todos os tipos de instrumentação utilizados para fixação da
coluna vertebral têm como referência o instrumental de
Harrington, isto é, qualquer material utilizado é comparado com a
eficácia daquele instrumental4,7,8. Desde 1997 o Serviço de
Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Santos vem
contando com as condutas preconizadas pela Sociedade Brasileira
de Patologias da Coluna Vertebral, onde se tem observado o
atendimento inicial através do treinamento constante dos
médicos assistentes e estagiários, o tratamento cirúrgico com
todos materiais de implante disponíveis atualmente, e o
acompanhamento pós-operatório em nosso ambulatório de
coluna.

É necessário observar que as fraturas toracolombares não têm
uma forma única de tratamento, porém sempre existe o melhor
método, que está baseado em conceitos de estabilidade,
biomecânicos e de prognóstico5,10. Em se tratando das fraturas
na região toracolombar pode-se então, a partir desta experiência,
indicar o tratamento cirúrgico para aqueles casos que satisfazem
pelo menos um dos critérios de instabilidade por nós adotados.
Em todos os casos por nós estudados, seguimos a orientação
mais atual da reabsorção do fragmento ósseo intracanal,
independente do seu volume, não sendo necessário a sua
retirada, desde que não haja comprometimento neurológico após
a estabilização vertebral7.

Finalmente, é necessário que todos os profissionais de saúde que
atuam junto a pacientes com possíveis lesões toracolombares,
particularmente os médicos, tenham domínio de suas principais
evidências, dos sinais clínicos e como pesquisá-los, lembrando-se
da piora do prognóstico em condutas inadequadas.

REFERÊNCIAS

  1.   Aebi M: Operative Behandlung von Wirbelsfrakturen- dorsale
       oder ventrale instrumentation. Op Journal 1996; 12: 182-
       187.
  2.   ASIA: American Spinal Injury Association: Versio 4Q GHC,
       1993.
  3.   Chow, GH, Nelson, BJ, Gebhard JS, et al: Functional
       outcome of thoracolumbar burst fracture managed with
       hiperextension casting or bracing and early mobilization.
       Spine 1996; 21:2170-2175.
  4.   Defino LA, Fuentes AER, Rejaili WA: Tratamento das fraturas
       toracolombares pelo método de Harms. Rev Bras Ortop
       1997; 32: 546-554.
  5.   Denis F: The three column spine and its significance e
       classification of acute thoracolumbar spinal injuries. Spine
       1993; 8: 818-831.
6.    Frankel HL, Hancock DO, Hyslop G, et al.: The value of
        postural reduction in the initial management of the closed
        injuries of the spine with paraplegia and tetraplegia.
        Paraplegia 1969; 7: 179-192.
  7.    Há KI, Han SH, Chung M, et al.: A clinical study of the
        natural remodeling or burst fracture of the lumbar spine.
        Clin Orthop 1996; 323: 210-214.
  8.    Harms J: Screw-threaded rod system in spinal fusion
        surgery. State of the art review. Spine 1992; 6: 541-577.
  9.    Puertas EB, Chueire AC: Tratamento cirúrgico das fraturas
        da coluna torácica e lombar pelas técnicas de Luque e
        Harrington associadas com as amarrias de Luque. Rev Bras
        Ortop 1995; 30: 115-119.
  10.   Zardo EA: Lesões da coluna toracolombar. In Hebert S, et
        al: Ortopedia e Traumatologia, 2ª edição, Porto Alegre:
        Editora Artes Médicas Sul 1998; 467-475.


OS AUTORES: S. C. Ferreira é médico assistente do Serviço de
Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Santos, membro
titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia,
membro efetivo da Soc. Bras. de Patologias da Coluna Vertebral,
pós-graduando em Ortopedia pela Santa Casa de São Paulo. F. M.
Poletto é médica assistente do Serviço de Ortopedia e
Traumatologia da Santa Casa de Santos, membro titular da
SBOT, especialista em Cirurgia da Mão e Microcirurgia e pós-
graduanda em Ortopedia pela Santa Casa de São Paulo. G.
Ghedini é médico estagiário do Serviço de Ortopedia e
Traumatologia. C. Alba é aluno da Faculdade de Ciências Médicas
de Santos.

Endereço/address:

Dr. Silvio Carlos Ferreira
Serviço de Ortopedia e Traumatologia
Santa Casa da Misericórdia de Santos
Av. Dr. Claudio Luiz da Costa, 50
Santos, S.P., CEP 11075-900

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Fracturas

  • 1. Critérios de estabilidade nas fraturas das colunas torácica e lombar Criteria of stability in thoracic and lumbar spine fractures Silvio Carlos Ferreira, Flávia Maria Poletto, Gustavo Ghedini, Carlos Alba Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa da Misericórdia de Santos e Faculdade de Ciências Médicas de Santos Ferreira SC, Poletto FM, Ghedini G, Alba C. Criteria of stability in thoracic and lumbar spine fractures. Acta Medica Misericordiæ 1(1):26-28, 1998 Resumo Três pacientes com fraturas e instabilidade da coluna vertebral na região tóraco-lombar foram tratados cirurgicamente apresentando melhora do quadro clínico. Os critérios adotados para avaliação de instabilidade e indicação cirúrgica são discutidos. Descritores: Fraturas da coluna vertebral. Fraturas da coluna vertebral. Summary Three patients presenting fractures and instability of the spine in the toraco-lumbar region were treated surgically showing improvement in their clinical picture. The criteria adopted for evaluation of the instability and indication for surgery are discussed. Key-words: Spinal fractures. Spinal fractures. INTRODUÇÃO Com o aumento do índice de acidentes de trânsito e quedas de altura, temos visto elevado número de casos de lesão da coluna vertebral, estando presente algum déficit neurológico em grande porcentagem2. O diagnóstico é feito a partir da história, exame físico geral e neurológico, além de radiografias adequadas10. O prognóstico varia conforme a gravidade da lesão, do manuseio inicial com o paciente e do diagnóstico precoce9,10.
  • 2. Atualmente, o Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Santos conta com condutas padronizadas para avaliação e tratamento, de urgência e definitivo, das lesões vertebrais. A maior angústia dos pacientes e familiares é quanto ao prognóstico e tipo de tratamento: cirúrgico ou conservador. No entanto, essa ansiedade está presente na quase totalidade dos médicos envolvidos, principalmente naqueles não habituados às rotinas do atendimento ao lesado vertebral ou medular3,6,9,10. O presente trabalho demonstra os bons resultados obtidos através de nossa conduta, apoiada nos critérios de instabilidade da coluna vertebral. MATERIAL E MÉTODOS A coluna vertebral é dividida, segundo a Teoria de Denis, em três colunas: coluna anterior, média e posterior5. A coluna anterior compreende o intervalo entre o ligamento longitudinal anterior e o meio do corpo vertebral, já a coluna média situa-se a partir do meio do corpo vertebral até o ligamento longitudinal posterior e a coluna posterior compreende o canal vertebral com seu conteúdo e os elementos posteriores do arco vertebral5,10. Nosso conceito de instabilidade da coluna vertebral está de acordo com White e Panjabi: Instabilidade espinhal é "a perda da capacidade da coluna de, sob cargas fisiológicas, manter as relações entre as vértebras de tal maneira que não haja nem lesão nem irritação da medula espinhal ou de suas raízes nervosas, e além disto não haja nenhum desenvolvimento de deformidade ou dor incapacitantes"1,9.10. Consideramos como critérios de instabilidade das colunas torácica e lombar: a) fraturas com lesão neurológica, excluindo-se aquelas lesões neurológicas secundárias a traumatismos penetrantes; b) perda maior ou igual a 50% da altura do corpo vertebral; c) angulação maior que 20º na junção toracolombar; d) falha em pelo menos duas colunas de Denis; e) presença de fragmento ósseo ou discal comprometendo mais de 50% do canal vertebral, mesmo sem compro-metimento neurológico; f) corpo estranho intracanal.
  • 3. Quando o paciente se enquadra em um ou mais critérios de instabilidade, faz-se a opção pelo tratamento cirúrgico. APRESENTAÇÃO DOS CASOS Caso 1. Paciente do sexo masculino, engenheiro, 26 anos, vítima de atropelamento. À admissão, apresentava exame neurológico normal. As radiografias demonstraram fratura explosão tipo A de L4 (v. fig 1A) com discreta compressão do saco dural, e perda de 60% da altura do corpo vertebral. Satisfez dois critérios de instabilidade: perda maior que 50% da altura do corpo vertebral e falha das três colunas de Denis. Tratado cirurgicamente por via posterior, com descompressão (laminectomia de L4 e hemilaminectomia de L3) e estabilização com parafusos pediculares L3-L5 (fig. 1B). Atualmente está com deambulação normal e indolor, perda parcial da flexão do tronco, limitada a 80º. No 6º mês após a cirurgia, retornou às suas atividades profissionais normais. Paciente do sexo masculino, engenheiro, 26 anos, vítima de atropelamento. À admissão, apresentava exame neurológico normal. As radiografias demonstraram fratura explosão tipo A de L4 (v. fig 1A) com discreta compressão do saco dural, e perda de 60% da altura do corpo vertebral. Satisfez dois critérios de instabilidade: perda maior que 50% da altura do corpo vertebral e falha das três colunas de Denis. Tratado cirurgicamente por via posterior, com descompressão (laminectomia de L4 e hemilaminectomia de L3) e estabilização com parafusos pediculares L3-L5 (fig. 1B). Atualmente está com deambulação normal e indolor, perda parcial da flexão do tronco, limitada a 80º. No 6º mês após a cirurgia, retornou às suas atividades profissionais normais.
  • 4. .......................... Fig. 1 A : Radiografia Fig. 1B: Radiografia em perfil de coluna em perfil no 4º mês lombar demonstrando PO demonstrando perda importante manutenção da altura da altura do corpo do corpo vertebral de vertebral de L4. L4 através da utilização de parafusos transpediculares em L3 e L5. Este caso possui como melhor indicação para síntese os parafusos utilizados. Caso 2. Paciente do sexo masculino, 27 anos, pedreiro, vítima de atropelamento com múltiplas fraturas de arcos costais, hemopneumotórax à esquerda, fratura-luxação T12-L1 tipo D (v. fig 2A). Apresentava perda de força motora em MMII, classificada como Frankel D. Satisfez os seguintes critérios de instabilidade: lesão neurológica, angulação maior que 20º e falha das três colunas de Denis. Tratado cirurgicamente por via posterior, com estabilização por retângulo de Hartshill e amarria "88" associado a artrodese e descompressão (fig. 2B). Apresentou melhora da força muscular no PO imediato e hiperestesia em face plantar dos pés, com remissão no 5º PO. Paciente do sexo masculino, 27 anos, pedreiro, vítima de atropelamento com múltiplas fraturas de arcos costais, hemopneumotórax à esquerda, fratura-luxação T12-L1 tipo D (v. fig 2A). Apresentava perda de força motora em MMII, classificada como Frankel D. Satisfez os seguintes critérios
  • 5. de instabilidade: lesão neurológica, angulação maior que 20º e falha das três colunas de Denis. Tratado cirurgicamente por via posterior, com estabilização por retângulo de Hartshill e amarria "88" associado a artrodese e descompressão (fig. 2B). Apresentou melhora da força muscular no PO imediato e hiperestesia em face plantar dos pés, com remissão no 5º PO. .................................... .. Fig. 2 A : Fig. 2B: Radiografia em Radiografia em ântero-posterior de ântero-posterior da transição transição toracolombar toracolombar no demonstrando 23º dia PO, fixada fraturas de com retângulo de múltiplos arcos Hartshill e fios de costais à direita, Luque – 1.0. explosão de T12- Observar material L1, subluxação e de enxerto disposto encunhamento à direita de L1. lateral. Observar arcos costais rudimentares em L1. Caso 3. Paciente do sexo feminino, 21 anos, estudante, sofreu queda de 8 metros, com hiperestesia em face plantar dos pés e força muscular, grau 4, para extensão e flexão dos pés, classificada como Frankel D. Ao exame radiológico demonstrou-se fratura-explosão de L1 tipo B (fig. 3A), com importante encunhamento anterior. A tomografia demonstrou oclusão de
  • 6. 60% do canal vertebral. Este caso satisfez todos os critérios de instabilidade, exceto corpo estranho intracanal, sendo de indicação absoluta o tratamento operatório. Devido à necessidade de distração, optamos pela técnica de Harrington "2X2", cerclagem L2-L3 e artrodese, após descompressão (fig. 3B). .......................... Fig. 3A : Radiografia Fig. 3B: Radiografia em perfil de transição em perfil ortostático de toracolombar coluna toracolombar demonstrando fratura demonstrando explosão tipo B com recuperação da altura fragmento ósseo do corpo vertebral de importante intracanal L1 após distração com e cifose localizada de instrumental de 30º. Harrington. Observar a utilização de órtese de Jewtt. Evoluiu com recuperação do quadro neurológico, passando a Frankel E no 3º mês após a cirurgia. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Todos os tipos de instrumentação utilizados para fixação da coluna vertebral têm como referência o instrumental de Harrington, isto é, qualquer material utilizado é comparado com a eficácia daquele instrumental4,7,8. Desde 1997 o Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Santos vem contando com as condutas preconizadas pela Sociedade Brasileira de Patologias da Coluna Vertebral, onde se tem observado o
  • 7. atendimento inicial através do treinamento constante dos médicos assistentes e estagiários, o tratamento cirúrgico com todos materiais de implante disponíveis atualmente, e o acompanhamento pós-operatório em nosso ambulatório de coluna. É necessário observar que as fraturas toracolombares não têm uma forma única de tratamento, porém sempre existe o melhor método, que está baseado em conceitos de estabilidade, biomecânicos e de prognóstico5,10. Em se tratando das fraturas na região toracolombar pode-se então, a partir desta experiência, indicar o tratamento cirúrgico para aqueles casos que satisfazem pelo menos um dos critérios de instabilidade por nós adotados. Em todos os casos por nós estudados, seguimos a orientação mais atual da reabsorção do fragmento ósseo intracanal, independente do seu volume, não sendo necessário a sua retirada, desde que não haja comprometimento neurológico após a estabilização vertebral7. Finalmente, é necessário que todos os profissionais de saúde que atuam junto a pacientes com possíveis lesões toracolombares, particularmente os médicos, tenham domínio de suas principais evidências, dos sinais clínicos e como pesquisá-los, lembrando-se da piora do prognóstico em condutas inadequadas. REFERÊNCIAS 1. Aebi M: Operative Behandlung von Wirbelsfrakturen- dorsale oder ventrale instrumentation. Op Journal 1996; 12: 182- 187. 2. ASIA: American Spinal Injury Association: Versio 4Q GHC, 1993. 3. Chow, GH, Nelson, BJ, Gebhard JS, et al: Functional outcome of thoracolumbar burst fracture managed with hiperextension casting or bracing and early mobilization. Spine 1996; 21:2170-2175. 4. Defino LA, Fuentes AER, Rejaili WA: Tratamento das fraturas toracolombares pelo método de Harms. Rev Bras Ortop 1997; 32: 546-554. 5. Denis F: The three column spine and its significance e classification of acute thoracolumbar spinal injuries. Spine 1993; 8: 818-831.
  • 8. 6. Frankel HL, Hancock DO, Hyslop G, et al.: The value of postural reduction in the initial management of the closed injuries of the spine with paraplegia and tetraplegia. Paraplegia 1969; 7: 179-192. 7. Há KI, Han SH, Chung M, et al.: A clinical study of the natural remodeling or burst fracture of the lumbar spine. Clin Orthop 1996; 323: 210-214. 8. Harms J: Screw-threaded rod system in spinal fusion surgery. State of the art review. Spine 1992; 6: 541-577. 9. Puertas EB, Chueire AC: Tratamento cirúrgico das fraturas da coluna torácica e lombar pelas técnicas de Luque e Harrington associadas com as amarrias de Luque. Rev Bras Ortop 1995; 30: 115-119. 10. Zardo EA: Lesões da coluna toracolombar. In Hebert S, et al: Ortopedia e Traumatologia, 2ª edição, Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul 1998; 467-475. OS AUTORES: S. C. Ferreira é médico assistente do Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Santos, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, membro efetivo da Soc. Bras. de Patologias da Coluna Vertebral, pós-graduando em Ortopedia pela Santa Casa de São Paulo. F. M. Poletto é médica assistente do Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Santos, membro titular da SBOT, especialista em Cirurgia da Mão e Microcirurgia e pós- graduanda em Ortopedia pela Santa Casa de São Paulo. G. Ghedini é médico estagiário do Serviço de Ortopedia e Traumatologia. C. Alba é aluno da Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Endereço/address: Dr. Silvio Carlos Ferreira Serviço de Ortopedia e Traumatologia Santa Casa da Misericórdia de Santos Av. Dr. Claudio Luiz da Costa, 50 Santos, S.P., CEP 11075-900 PDF file: