SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Estudo das Religiões
1. Finalidade e Relevância do Estudo
2. Conceito e Origem das Religiões
3. Classificação das Religiões
4. Avaliando o Fenômeno Religioso
1. Finalidade e Relevância do Estudo
 A matéria Estudo das Religiões se propõe a uma
análise do fenômeno religioso em seu caráter geral e
em suas manifestações particulares, na tentativa de
compreendê-las.
 A religião esteve sempre presente na vida
humana, afetando-a em seus mais diversos
relacionamentos, por isso pode ser estudada sob
diferentes aspectos ou enfoques
(histórico, teológico, comparativo, etc.).
 A importância deste estudo está em permitir um
conhecimento mais apropriado das características de
cada religião (evitando generalizações) e de como
influenciaram os povos na formação de diferentes
visões do mundo material e espiritual.
2. Conceito e Origem das Religiões
 Etimologicamente, religião (lat. religio) pode significar
“fidelidade ao dever”, “o ato de retomar um
compromisso”, “religar-se a uma obrigação”.
 Em termos gerais, pode-se definir como uma relação
estabelecida entre o homem e uma realidade
superior, transcendente, suprema (Deus?) através de
uma obrigação.
“Conjunto de relações teóricas e práticas
estabelecidas entre os homens e uma potência
superior, à qual se rende culto, individual ou
coletivo, por seu caráter divino e sagrado.”
(Enciclopédia Britânica)
 Universalidade da Religião
 O sentimento religioso é um fenômeno
universal, sendo encontrado em todas as sociedades
humanas de que há registro na história.
 Trata-se de um elemento inerente à consciência
humana, que “desperta” e se desenvolve ora pelo
convívio com a comunidade, ora por uma experiência
pessoal com o sagrado.
 Os Fatos Religiosos
 Embora seja um fenômeno universal, a experiência
religiosa manifesta-se de formas variadas e
específicas, devendo ser estudada em seus próprios
termos.
 Contudo, podemos identificar certos elementos
essenciais comuns a toda religião, chamados de fatos
religiosos, os quais resumem a experiência religiosa:
Ser Supremo
A noção de uma realidade
superior, absoluta, transcendente, sagrada,
divina
Conhecimento O corpo intelectual ou filosófico, constituído
de mitos e símbolos
Rito Cerimônias, devoções e código de ética,
que proporcionam ao fiel, na vida em
comunidade ou individual, a experiência ou
o contato com o sagrado
 Origem das Religiões
 Desde o século XIX, teorias evolucionistas afirmavam
que, por meio de um processo longo e gradativo, o
homem teria adquirido sua consciência religiosa, a
princípio com idéias simples que evoluíram para
sistemas religiosos mais complexos.
Animismo Mitologia astral Culto ancestral
Politeísmo
Monoteísmo
Animismo: atribui uma realidade espiritual à natureza (animais, plantas, etc.)
Mitologia astral: atribui divindade aos astros (sol, lua, estrelas)
Culto ancestral: presta homenagem e culto aos antepassados
Politeísmo: crê na existência individual de vários deuses
Monoteísmo: crê na existência de um único Deus
 Em oposição às teorias evolucionistas sobre a origem
das religiões, formulou-se a teoria do monoteísmo
primitivo.
Entre povos de cultura “primitiva”, existem traços da
crença num ser supremo com atributos exclusivos de
Criador, Pai, Juiz, Legislador e Soberano, que ouve
orações e não pode ser representado visivelmente.
Essa crença convive lado a lado com formas religiosas
supostamente mais antigas (animismo, etc.).
Os dados fornecidos pela antropologia, arqueologia e
outras ciências que estudam as culturas primitivas se
explicam melhor sob esta visão.
Monoteísmo
Monoteísmo
Animismo Politeísmo
 Essa teoria se conforma com o testemunho bíblico, de
que o homem recebeu um conhecimento original
sobre o Deus único e verdadeiro, que após a queda se
degenerou no animismo, politeísmo, etc.
“... vos anunciamos que vos convertais dessas
vaidades ao Deus vivo ... O qual nos tempos
passados deixou andar todas as gentes em seus
próprios caminhos. E contudo, não se deixou a si
mesmo sem testemunho ...” (Atos 14.15-17)
“... tendo conhecido a Deus, não o glorificaram
como Deus ... antes em seus discursos se
desvaneceram ... e mudaram a glória do Deus
incorruptível em semelhança de homem corruptível
... Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e
honraram e serviram mais a criatura do que o
Criador” (Rm 1.21-25)
3. Classificação das Religiões
 As religiões podem ser classificadas de acordo com a
possibilidade de se comparar suas diferenças de
interpretação em torno de um tema comum.
 Para o nosso estudo, seguiremos uma classificação
histórica (cronológica) e cultural, de acordo com a sua
permanência e influência sobre a história humana (a
civilização):
Primitivas
Antigas
Vivas/Mundiais
 Religiões Primitivas:
tradicionais de povos nativos da África, América,
Ásia, ilhas da Oceania (algumas já extintas)
restritas a tribos, famílias ou clãs
pré-letradas (dependem da tradição oral)
animistas (totemismo, xamanismo, magia, etc.)
 Religiões Antigas:
cresceram e se extinguiram com os povos em que
surgiram: babilônios, egípcios, gregos, romanos,
fenícios, cananeus, persas, árabes, etc.
assimilavam elementos de outras religiões e culturas
(sincretismo), mas não faziam adeptos (proselitismo)
exaltavam a nação e a prosperidade de seu povo
conhecimento ritual e mitológico
cultuavam vários deuses (politeísmo)
 Religiões Vivas ou Mundiais:
no contexto da história mundial, contribuíram para o
desenvolvimento moral e intelectual da civilização
agrupam-se de acordo com uma continuidade histórica
e identidade existente entre si:
Indianas
Orientais
Abraâmicas
Judaísmo Cristianismo Islamismo
Iraniana
Surgidas no Oriente Próximo, monoteístas
Hinduísmo Budismo Jainismo
Têm em comum os conceitos de darma e karma
Sikhismo
Confucionismo Taoísmo Xintoísmo
Nativas do Leste Asiático, fazem uso do conceito de Tao
Zoroastrismo
Incluem elementos das religiões abraâmicas e indianas
Bahaísmo
4. Avaliando o Fenômeno Religioso
 Ante a necessidade de atender ao propósito para o qual
foi criado (Gn 1.26; At 17.26), a busca religiosa do
homem é legítima.
 A diversidade (e até mesmo a incompatibilidade) das
religiões se explica pelas circunstâncias
históricas, geográficas e culturais específicas, além das
limitações humanas naturais em que ocorre a
experiência religiosa.
 Pode-se dizer, então, que todas as religiões apresentam
elementos de verdade, remanescentes de uma revelação
original que, devido à condição decaída do homem, foi
aos poucos distorcida (Rm 1.21-25).
 Portanto, faz-se necessária uma revelação, por ato
soberano de Deus, pelo qual Ele se revele e instrua o
homem quanto ao modo correto de relacionar-se
conSigo (Gn 4.4-7; Hb 11.4).
 O Evangelho constitui a revelação de Deus suficiente e
definitiva para atender às demandas religiosas de todo
ser humano (Rm 1.16).
 Contudo, o conhecimento imparcial das religiões
possibilita a abordagem adequada e o levantamento dos
problemas que permitirá uma apresentação convincente
e compreensível da revelação de Deus em Cristo Jesus
(At 17.22-23):
“Varões atenienses, em tudo
vos vejo um tanto
supersticiosos; porque,
passando eu e vendo os
vossos santuários, achei
também um altar em que
estava escrito: AO DEUS
DESCONHECIDO. Esse pois
que vós honrais, não o
conhecendo, é o que eu vos
anuncio.”

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Psicologia da religião
Psicologia da religiãoPsicologia da religião
Psicologia da religião
 
Ética Cristã (Medieval)
Ética Cristã (Medieval)Ética Cristã (Medieval)
Ética Cristã (Medieval)
 
Religiões Comparadas
Religiões ComparadasReligiões Comparadas
Religiões Comparadas
 
O Estudo das Religiões: das primitivas às contemporâneas.
O Estudo das Religiões: das primitivas às contemporâneas.O Estudo das Religiões: das primitivas às contemporâneas.
O Estudo das Religiões: das primitivas às contemporâneas.
 
Reforma protestante e protestantismo brasileiro
Reforma protestante e protestantismo brasileiro   Reforma protestante e protestantismo brasileiro
Reforma protestante e protestantismo brasileiro
 
Seitas e heresias
Seitas e heresiasSeitas e heresias
Seitas e heresias
 
Batalha espiritual
Batalha espiritualBatalha espiritual
Batalha espiritual
 
Aula 1 teologia pentecostal
Aula 1 teologia pentecostalAula 1 teologia pentecostal
Aula 1 teologia pentecostal
 
Panteismo
PanteismoPanteismo
Panteismo
 
Filosofia Medieval
Filosofia MedievalFilosofia Medieval
Filosofia Medieval
 
Paulo vida e_obra
Paulo vida e_obraPaulo vida e_obra
Paulo vida e_obra
 
Religiao e religiosidade
Religiao e religiosidadeReligiao e religiosidade
Religiao e religiosidade
 
Introdução a teologia aula 1
Introdução a teologia  aula 1Introdução a teologia  aula 1
Introdução a teologia aula 1
 
Religiões Proféticas
Religiões ProféticasReligiões Proféticas
Religiões Proféticas
 
Atos dos Apostolos
Atos dos ApostolosAtos dos Apostolos
Atos dos Apostolos
 
Disciplina História do Cristianismo
Disciplina História do CristianismoDisciplina História do Cristianismo
Disciplina História do Cristianismo
 
A Ressurreição de Jesus e a esperança do crente
A Ressurreição de Jesus e a esperança do crenteA Ressurreição de Jesus e a esperança do crente
A Ressurreição de Jesus e a esperança do crente
 
Teontologia - AULA 01
Teontologia - AULA 01Teontologia - AULA 01
Teontologia - AULA 01
 
Espiritualidade e educação olhar do teólogo
Espiritualidade e educação olhar do teólogoEspiritualidade e educação olhar do teólogo
Espiritualidade e educação olhar do teólogo
 
ética cristã
ética cristãética cristã
ética cristã
 

Semelhante a Estudo das Religiões

Religiões, Seitas e Heresias - Aula 1
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 1Religiões, Seitas e Heresias - Aula 1
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 1
PIBJA
 
Antropologia, histótia e sociologia da religião
Antropologia, histótia e sociologia da religiãoAntropologia, histótia e sociologia da religião
Antropologia, histótia e sociologia da religião
Werkson Azeredo
 
Religioes da humanidade
Religioes da humanidadeReligioes da humanidade
Religioes da humanidade
Over Lane
 
Religioes da humanidade
Religioes da humanidade  Religioes da humanidade
Religioes da humanidade
Paulo Henrique
 
ensinoreligioso-141117180802-conversion-gate01.pptx
ensinoreligioso-141117180802-conversion-gate01.pptxensinoreligioso-141117180802-conversion-gate01.pptx
ensinoreligioso-141117180802-conversion-gate01.pptx
FrancimaraCerqueira
 
Microsoft word -_artigo_preconceito_religioso...._priscila_feldens_-_abnt
Microsoft word -_artigo_preconceito_religioso...._priscila_feldens_-_abntMicrosoft word -_artigo_preconceito_religioso...._priscila_feldens_-_abnt
Microsoft word -_artigo_preconceito_religioso...._priscila_feldens_-_abnt
Herick Braga
 

Semelhante a Estudo das Religiões (20)

Religiões, Seitas e Heresias - Aula 1
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 1Religiões, Seitas e Heresias - Aula 1
Religiões, Seitas e Heresias - Aula 1
 
Antropologia, histótia e sociologia da religião
Antropologia, histótia e sociologia da religiãoAntropologia, histótia e sociologia da religião
Antropologia, histótia e sociologia da religião
 
Religiões da humanidade.
Religiões da humanidade.Religiões da humanidade.
Religiões da humanidade.
 
Religioes da humanidade
Religioes da humanidadeReligioes da humanidade
Religioes da humanidade
 
Religioes da humanidade
Religioes da humanidade  Religioes da humanidade
Religioes da humanidade
 
Conhecimento Religioso
Conhecimento ReligiosoConhecimento Religioso
Conhecimento Religioso
 
ENSINO RELIGIOSO
ENSINO RELIGIOSOENSINO RELIGIOSO
ENSINO RELIGIOSO
 
Apostila de movimento religiosos
Apostila de movimento religiososApostila de movimento religiosos
Apostila de movimento religiosos
 
Para que serve a religião
Para que serve a religiãoPara que serve a religião
Para que serve a religião
 
Instituição religiosa
Instituição religiosaInstituição religiosa
Instituição religiosa
 
Ensino religioso
Ensino religiosoEnsino religioso
Ensino religioso
 
Slides da Disciplina de Filosofia da Religião
Slides da Disciplina de Filosofia da ReligiãoSlides da Disciplina de Filosofia da Religião
Slides da Disciplina de Filosofia da Religião
 
Introdução ao pensamento religioso
Introdução ao pensamento religiosoIntrodução ao pensamento religioso
Introdução ao pensamento religioso
 
Religião e a ciência universal
Religião e a ciência universalReligião e a ciência universal
Religião e a ciência universal
 
ensinoreligioso-141117180802-conversion-gate01.pptx
ensinoreligioso-141117180802-conversion-gate01.pptxensinoreligioso-141117180802-conversion-gate01.pptx
ensinoreligioso-141117180802-conversion-gate01.pptx
 
Lição 08- O relacionamento com pessoas de uma fé diferente
Lição 08- O relacionamento com pessoas de uma fé diferenteLição 08- O relacionamento com pessoas de uma fé diferente
Lição 08- O relacionamento com pessoas de uma fé diferente
 
Lei de Adoração evolução espiritual do ser
Lei de  Adoração evolução espiritual do  ser Lei de  Adoração evolução espiritual do  ser
Lei de Adoração evolução espiritual do ser
 
Vida cristã 2
Vida cristã 2Vida cristã 2
Vida cristã 2
 
Microsoft word -_artigo_preconceito_religioso...._priscila_feldens_-_abnt
Microsoft word -_artigo_preconceito_religioso...._priscila_feldens_-_abntMicrosoft word -_artigo_preconceito_religioso...._priscila_feldens_-_abnt
Microsoft word -_artigo_preconceito_religioso...._priscila_feldens_-_abnt
 
Instituição religiosa
Instituição religiosaInstituição religiosa
Instituição religiosa
 

Último

Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 

Último (20)

TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 

Estudo das Religiões

  • 1. Estudo das Religiões 1. Finalidade e Relevância do Estudo 2. Conceito e Origem das Religiões 3. Classificação das Religiões 4. Avaliando o Fenômeno Religioso
  • 2. 1. Finalidade e Relevância do Estudo  A matéria Estudo das Religiões se propõe a uma análise do fenômeno religioso em seu caráter geral e em suas manifestações particulares, na tentativa de compreendê-las.  A religião esteve sempre presente na vida humana, afetando-a em seus mais diversos relacionamentos, por isso pode ser estudada sob diferentes aspectos ou enfoques (histórico, teológico, comparativo, etc.).  A importância deste estudo está em permitir um conhecimento mais apropriado das características de cada religião (evitando generalizações) e de como influenciaram os povos na formação de diferentes visões do mundo material e espiritual.
  • 3. 2. Conceito e Origem das Religiões  Etimologicamente, religião (lat. religio) pode significar “fidelidade ao dever”, “o ato de retomar um compromisso”, “religar-se a uma obrigação”.  Em termos gerais, pode-se definir como uma relação estabelecida entre o homem e uma realidade superior, transcendente, suprema (Deus?) através de uma obrigação. “Conjunto de relações teóricas e práticas estabelecidas entre os homens e uma potência superior, à qual se rende culto, individual ou coletivo, por seu caráter divino e sagrado.” (Enciclopédia Britânica)
  • 4.  Universalidade da Religião  O sentimento religioso é um fenômeno universal, sendo encontrado em todas as sociedades humanas de que há registro na história.  Trata-se de um elemento inerente à consciência humana, que “desperta” e se desenvolve ora pelo convívio com a comunidade, ora por uma experiência pessoal com o sagrado.
  • 5.  Os Fatos Religiosos  Embora seja um fenômeno universal, a experiência religiosa manifesta-se de formas variadas e específicas, devendo ser estudada em seus próprios termos.  Contudo, podemos identificar certos elementos essenciais comuns a toda religião, chamados de fatos religiosos, os quais resumem a experiência religiosa: Ser Supremo A noção de uma realidade superior, absoluta, transcendente, sagrada, divina Conhecimento O corpo intelectual ou filosófico, constituído de mitos e símbolos Rito Cerimônias, devoções e código de ética, que proporcionam ao fiel, na vida em comunidade ou individual, a experiência ou o contato com o sagrado
  • 6.  Origem das Religiões  Desde o século XIX, teorias evolucionistas afirmavam que, por meio de um processo longo e gradativo, o homem teria adquirido sua consciência religiosa, a princípio com idéias simples que evoluíram para sistemas religiosos mais complexos. Animismo Mitologia astral Culto ancestral Politeísmo Monoteísmo Animismo: atribui uma realidade espiritual à natureza (animais, plantas, etc.) Mitologia astral: atribui divindade aos astros (sol, lua, estrelas) Culto ancestral: presta homenagem e culto aos antepassados Politeísmo: crê na existência individual de vários deuses Monoteísmo: crê na existência de um único Deus
  • 7.  Em oposição às teorias evolucionistas sobre a origem das religiões, formulou-se a teoria do monoteísmo primitivo. Entre povos de cultura “primitiva”, existem traços da crença num ser supremo com atributos exclusivos de Criador, Pai, Juiz, Legislador e Soberano, que ouve orações e não pode ser representado visivelmente. Essa crença convive lado a lado com formas religiosas supostamente mais antigas (animismo, etc.). Os dados fornecidos pela antropologia, arqueologia e outras ciências que estudam as culturas primitivas se explicam melhor sob esta visão. Monoteísmo Monoteísmo Animismo Politeísmo
  • 8.  Essa teoria se conforma com o testemunho bíblico, de que o homem recebeu um conhecimento original sobre o Deus único e verdadeiro, que após a queda se degenerou no animismo, politeísmo, etc. “... vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo ... O qual nos tempos passados deixou andar todas as gentes em seus próprios caminhos. E contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho ...” (Atos 14.15-17) “... tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus ... antes em seus discursos se desvaneceram ... e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança de homem corruptível ... Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador” (Rm 1.21-25)
  • 9. 3. Classificação das Religiões  As religiões podem ser classificadas de acordo com a possibilidade de se comparar suas diferenças de interpretação em torno de um tema comum.  Para o nosso estudo, seguiremos uma classificação histórica (cronológica) e cultural, de acordo com a sua permanência e influência sobre a história humana (a civilização): Primitivas Antigas Vivas/Mundiais
  • 10.  Religiões Primitivas: tradicionais de povos nativos da África, América, Ásia, ilhas da Oceania (algumas já extintas) restritas a tribos, famílias ou clãs pré-letradas (dependem da tradição oral) animistas (totemismo, xamanismo, magia, etc.)
  • 11.  Religiões Antigas: cresceram e se extinguiram com os povos em que surgiram: babilônios, egípcios, gregos, romanos, fenícios, cananeus, persas, árabes, etc. assimilavam elementos de outras religiões e culturas (sincretismo), mas não faziam adeptos (proselitismo) exaltavam a nação e a prosperidade de seu povo conhecimento ritual e mitológico cultuavam vários deuses (politeísmo)
  • 12.
  • 13.
  • 14.  Religiões Vivas ou Mundiais: no contexto da história mundial, contribuíram para o desenvolvimento moral e intelectual da civilização agrupam-se de acordo com uma continuidade histórica e identidade existente entre si: Indianas Orientais Abraâmicas Judaísmo Cristianismo Islamismo Iraniana Surgidas no Oriente Próximo, monoteístas Hinduísmo Budismo Jainismo Têm em comum os conceitos de darma e karma Sikhismo Confucionismo Taoísmo Xintoísmo Nativas do Leste Asiático, fazem uso do conceito de Tao Zoroastrismo Incluem elementos das religiões abraâmicas e indianas Bahaísmo
  • 15.
  • 16. 4. Avaliando o Fenômeno Religioso  Ante a necessidade de atender ao propósito para o qual foi criado (Gn 1.26; At 17.26), a busca religiosa do homem é legítima.  A diversidade (e até mesmo a incompatibilidade) das religiões se explica pelas circunstâncias históricas, geográficas e culturais específicas, além das limitações humanas naturais em que ocorre a experiência religiosa.  Pode-se dizer, então, que todas as religiões apresentam elementos de verdade, remanescentes de uma revelação original que, devido à condição decaída do homem, foi aos poucos distorcida (Rm 1.21-25).  Portanto, faz-se necessária uma revelação, por ato soberano de Deus, pelo qual Ele se revele e instrua o homem quanto ao modo correto de relacionar-se conSigo (Gn 4.4-7; Hb 11.4).
  • 17.  O Evangelho constitui a revelação de Deus suficiente e definitiva para atender às demandas religiosas de todo ser humano (Rm 1.16).  Contudo, o conhecimento imparcial das religiões possibilita a abordagem adequada e o levantamento dos problemas que permitirá uma apresentação convincente e compreensível da revelação de Deus em Cristo Jesus (At 17.22-23): “Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse pois que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.”