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O Cavaleiro da DinamarcaDe Sophia de Mello Breyner Andresen A história de Vanina (adaptação para banda desenhada por Mariana Pires Mendes, nº 19. 7ºB)
Aérea e leve, a cidade pousava sobre as águas verdes ao longo da sua própria imagem.
Certa noite, terminada a ceia, o Cavaleiro da Dinamarca e o Mercador Veneziano ficaram a conversar na varanda. Lá fora, sob a luz azul da lua, Veneza parecia suspensa no ar…
Que noite deslumbrante esta, aqui, em Veneza… O Cavaleiro estava maravilhado. Nunca imaginara tanta beleza e riqueza… Que bela a lua, redonda de luz gentil!...
Sim… Uma noite cheia de sonho. Quem mora ali, naquele belo palácio?
Aquele que se vê do outro lado da rua, com finas colunas esculpidas? Esse mesmo.
Agora ali só mora Jacob Orso, com os seus criados, mas antes também ali morou Vanina…
“ … que era a mais bela rapariga de Veneza.” “ Era orfã de pai e mãe, e Orso era o seu tutor.”
“Quando era apenas uma criança foi prometida em casamento a um parente do seu tutor, Arrigo.” Contrato de Casamento É neste contrato estabelecida a promessa de casamento de Vanina com Arrigo.  Arrigo e  Jacopo Orso
Agradeço-lhe a visita, assim como a atenção que me dedica, mas não quero vê-lo. Arrigo quer ver-te, Vanina. Nenhuma educação, por mais esmerada que fosse, me levaria a suportar um velho feio e maçador enquanto marido!
É o teu futuro marido que exige a tua companhia, como te atreves a recusá-la?!  Não te dei eu uma educação esmerada?
Nenhuma educação, por mais esmerada que fosse, me levaria a suportar um velho feio e maçador enquanto marido!
Olha para mim, olha para mim… Com dezoito anos, presa a um casamento que não desejo!  Deixa-me ser livre, feliz!...
“ Então, Vanina passou a suspirar, e até os seus suspiros eram prisioneiros daquele palácio.” “ Só tinha permissão para sair aos Domingos, na companhia do seu tutor, para ir à missa…” “ …E todos os dias da semana, embora rodeada e espiada pelas suas aias, sentia-se terrivelmente só e abandonada.”
“ … mas à noite, quando as aias e Orso adormeciam...” “ … Vanina refugiava-se na sua varanda, onde finalmente podia respirar libertamente, e penteava os seus lindos cabelos, muito loiros e compridos.”
“ Numa noite, a gôndola de Guidobaldo cortou as águas daquele canal.” De onde vem este delicioso perfume, que paira no ar?
Olhai, Capitão!
Mesmo que não seja a resposta, é um belo achado.
Um belo achado, sem dúvida! Aproximem o barco…
 Nunca no Rialto passeou tão belo navegador! Deve ser Guidobaldo, de que tanto falam… Para cabelos tão belos e tão perfumados era preciso um pente de oiro.
“ Na noite seguinte à mesma hora, o jovem capitão voltou a deslizar de gôndola ao longo do canal” Hoje não me posso pentear, pois não tenho pente… “ Então Guidobaldo depôs num cesto um pente, dizendo-lhe que mesmo feito de oiro, brilhava menos do que o seu cabelo.”
“ E daí em diante a rapariga mais bela de Veneza passou a ter um namorado.”
“ A notícia espalhou-se rapidamente pela cidade.” Guidobaldo!, estás louco? O que farás quando a notícia da tua paixão por Vanina chegar aos ouvidos de Jacob Orso? Para bem da tua saúde, afasta-te de Vanina. Pedirei a sua mão em casamento, obviamente. OBVIAMENTE?! Ele fez saber a toda a cidade que quem se aproximasse dela seria apunhalado pelos seus esbirros!
“ E assim, ao fim do mês, Guidobaldo foi bater à porta de Jacob Orso.” A mão de Vanina, senhor, e porque a amo profundamente. Que queres tu? Vanina está noiva de Arrigo e não há-de casar com mais ninguém.
“ E assim, ao fim do mês, Guidobaldo foi bater à porta de Jacob Orso.” Eu, reconsiderar? Pagarás caro o teu atrevimento! Espero que amanhã ao pôr do sol já estejas fora de Veneza, porque senão… Peço-lhe reconsidere…
“ …mandarei sete dos meus homens para te matar.”
“ Sai depressa de Veneza, Guidobaldo. Tens um e um só dia.”
“ Mas nessa noite, no silêncio da noite…” “ …a sua gôndola parou junto da varanda da casa de Orso.” “ Vanina desceu, ágil e leve, a escada de seda que foi atada à balaustrada. E nessa noite, no silêncio da noite, respiraram a liberdade.”
“ A partir daí e para sempre, foram livres de se amarem. Foram livres de serem livres”
Mas quando Jacob Orso, com Arrigo e os seus esbirros, chegou ao cais, apenas foi capaz de ouvir de  um velho marinheiro seu conhecido… Na manhã seguinte as aias descobriram a ausência de Vanina.. …que se tinham casado e partido.
“Não sei para onde; ninguém sabe, mas espero que rumo à felicidade.”
Também o espero de todo o coração.  Brindemos à saúde de Vanina e de Guidobaldo!

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A história de Vanina e Guidobaldo

  • 1. O Cavaleiro da DinamarcaDe Sophia de Mello Breyner Andresen A história de Vanina (adaptação para banda desenhada por Mariana Pires Mendes, nº 19. 7ºB)
  • 2. Aérea e leve, a cidade pousava sobre as águas verdes ao longo da sua própria imagem.
  • 3. Certa noite, terminada a ceia, o Cavaleiro da Dinamarca e o Mercador Veneziano ficaram a conversar na varanda. Lá fora, sob a luz azul da lua, Veneza parecia suspensa no ar…
  • 4. Que noite deslumbrante esta, aqui, em Veneza… O Cavaleiro estava maravilhado. Nunca imaginara tanta beleza e riqueza… Que bela a lua, redonda de luz gentil!...
  • 5. Sim… Uma noite cheia de sonho. Quem mora ali, naquele belo palácio?
  • 6. Aquele que se vê do outro lado da rua, com finas colunas esculpidas? Esse mesmo.
  • 7. Agora ali só mora Jacob Orso, com os seus criados, mas antes também ali morou Vanina…
  • 8. “ … que era a mais bela rapariga de Veneza.” “ Era orfã de pai e mãe, e Orso era o seu tutor.”
  • 9. “Quando era apenas uma criança foi prometida em casamento a um parente do seu tutor, Arrigo.” Contrato de Casamento É neste contrato estabelecida a promessa de casamento de Vanina com Arrigo. Arrigo e Jacopo Orso
  • 10. Agradeço-lhe a visita, assim como a atenção que me dedica, mas não quero vê-lo. Arrigo quer ver-te, Vanina. Nenhuma educação, por mais esmerada que fosse, me levaria a suportar um velho feio e maçador enquanto marido!
  • 11. É o teu futuro marido que exige a tua companhia, como te atreves a recusá-la?! Não te dei eu uma educação esmerada?
  • 12. Nenhuma educação, por mais esmerada que fosse, me levaria a suportar um velho feio e maçador enquanto marido!
  • 13. Olha para mim, olha para mim… Com dezoito anos, presa a um casamento que não desejo! Deixa-me ser livre, feliz!...
  • 14. “ Então, Vanina passou a suspirar, e até os seus suspiros eram prisioneiros daquele palácio.” “ Só tinha permissão para sair aos Domingos, na companhia do seu tutor, para ir à missa…” “ …E todos os dias da semana, embora rodeada e espiada pelas suas aias, sentia-se terrivelmente só e abandonada.”
  • 15. “ … mas à noite, quando as aias e Orso adormeciam...” “ … Vanina refugiava-se na sua varanda, onde finalmente podia respirar libertamente, e penteava os seus lindos cabelos, muito loiros e compridos.”
  • 16. “ Numa noite, a gôndola de Guidobaldo cortou as águas daquele canal.” De onde vem este delicioso perfume, que paira no ar?
  • 18. Mesmo que não seja a resposta, é um belo achado.
  • 19. Um belo achado, sem dúvida! Aproximem o barco…
  • 20. Nunca no Rialto passeou tão belo navegador! Deve ser Guidobaldo, de que tanto falam… Para cabelos tão belos e tão perfumados era preciso um pente de oiro.
  • 21. “ Na noite seguinte à mesma hora, o jovem capitão voltou a deslizar de gôndola ao longo do canal” Hoje não me posso pentear, pois não tenho pente… “ Então Guidobaldo depôs num cesto um pente, dizendo-lhe que mesmo feito de oiro, brilhava menos do que o seu cabelo.”
  • 22. “ E daí em diante a rapariga mais bela de Veneza passou a ter um namorado.”
  • 23. “ A notícia espalhou-se rapidamente pela cidade.” Guidobaldo!, estás louco? O que farás quando a notícia da tua paixão por Vanina chegar aos ouvidos de Jacob Orso? Para bem da tua saúde, afasta-te de Vanina. Pedirei a sua mão em casamento, obviamente. OBVIAMENTE?! Ele fez saber a toda a cidade que quem se aproximasse dela seria apunhalado pelos seus esbirros!
  • 24. “ E assim, ao fim do mês, Guidobaldo foi bater à porta de Jacob Orso.” A mão de Vanina, senhor, e porque a amo profundamente. Que queres tu? Vanina está noiva de Arrigo e não há-de casar com mais ninguém.
  • 25. “ E assim, ao fim do mês, Guidobaldo foi bater à porta de Jacob Orso.” Eu, reconsiderar? Pagarás caro o teu atrevimento! Espero que amanhã ao pôr do sol já estejas fora de Veneza, porque senão… Peço-lhe reconsidere…
  • 26. “ …mandarei sete dos meus homens para te matar.”
  • 27. “ Sai depressa de Veneza, Guidobaldo. Tens um e um só dia.”
  • 28. “ Mas nessa noite, no silêncio da noite…” “ …a sua gôndola parou junto da varanda da casa de Orso.” “ Vanina desceu, ágil e leve, a escada de seda que foi atada à balaustrada. E nessa noite, no silêncio da noite, respiraram a liberdade.”
  • 29. “ A partir daí e para sempre, foram livres de se amarem. Foram livres de serem livres”
  • 30. Mas quando Jacob Orso, com Arrigo e os seus esbirros, chegou ao cais, apenas foi capaz de ouvir de um velho marinheiro seu conhecido… Na manhã seguinte as aias descobriram a ausência de Vanina.. …que se tinham casado e partido.
  • 31. “Não sei para onde; ninguém sabe, mas espero que rumo à felicidade.”
  • 32. Também o espero de todo o coração. Brindemos à saúde de Vanina e de Guidobaldo!