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Alguns preconceitos à luz do Espiritismo
    Diferença, ignorância e xenofobia:
        raças e orientação sexual
Xenofobia

(do Gr. xénos, estrangeiro + phob, r. de phobein, medo)
medo que o ser humano normalmente tem ao que é diferente,
mascarado em forma de aversão ou ódio.
Nem todos os preconceitos têm origem na xenofobia. Existem outras
causas para o afastamento do que é diferente, como estereótipos
negativos de grupos minoritários, ou seja, desinformação e ignorância.
Racismo
O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em
que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas
distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que
alguns indivíduos e sua relação entre. A crença da existência de raças
superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a
escravidão, o domínio de determinados povos por outros e os
genocídios que ocorreram durante toda a História da Humanidade.
Quando contei até dez, a sua voz tornou-se mais baixa; lentamente, e
com grande esforço, contou a sua história:

J. — É um vale grande... a caverna é muito alta... estou só aqui.
Dr.ª. F.— Onde estava, antes de vir para a caverna?
J. [Evasivamente.]—Fui banido.
Dr.ª. F.— De onde?
J. — De tudo. [Com espanto.]
Dr.ª. F. — Como sucedeu isso?
J. — Sou um estranho e sou diferente. Há em mim coisas que não
estão certas.
Dr.ª. F. — De que modo é estranho ou diferente?
J. — Sei coisas... sei coisas. Estou aqui. Sou tão estranho.
Dr.ª. F. — Descreva-se.
J. — Sou peludo ... não por todo o corpo, mas o meu cabelo está
eriçado e é feio ... e não é um cabelo escuro ... [Suspiros.] ... mas os
meus olhos não pertencem... sei mais que os outros.
Dr.ª. F. — Parece-se com os outros?
J. — Não me consigo lembrar deles.
Dr.ª. F. — Em que sentido é que os seus olhos não pertencem?
J. —Os meus olhos não estão no ... os meus olhos sabem mais que o
homem que eu encarno ... mas estou dentro deste homem ... e é tudo.
Dr.ª. F. — E os outros também faziam desenhos?
J. — Não.
Dr.ª. F. — Como comunicavam eles?
J.— Eles são diferentes. Sou diferente... deles.
Dr.ª. F. — Fale-me mais acerca disso.
J. — São diferentes. São ... não compreendem. Estão a lutar...
[Profundo suspiro desalentado.} ... não vivem na caverna. Vivem no
vale.
Dr.ª. F. — Quando diz que sabe coisas, que pretende dizer??
J. — Sei... hum ... devo ensiná-los... e não posso ensiná-los.
Eles estão noutra ... estão noutro sítio e eu não posso alcançá-los e
eles não aprendem e eu uso os meus desenhos… eles são crianças.
Eu sou mais velho ... eles são crianças ... nesta vida... eu sei mais... e
não os posso ensinar, porque eles não me aceitam.
Dr.ª. F.— Quando fala em «crianças» quer dizer que são pessoas
crescidas; mas são infantis, em termos de desenvolvimento?
J. — São crianças, sim.
Dr.ª. F.— Que lhes quer ensinar?
J.— Tudo... tudo. Eles têm de saber. [Faz gestos amplos com as
mãos.]
Dr.ª. F.— Fale-me de algumas dessas coisas.
J. — Vida ... têm de saber da vida.
Dr.ª. F.. — Que gostaria de lhes ensinar acerca da vida?
J. — Educá-los ... tirá-los de onde estão.
Estão a viver horrivelmente... não estou melhor, mas eu sou diferente,
deles. Tenho olhos azuis...tenho olhos azuis, aqui está a
diferença! E os meus olhos... os meus olhos são mais... são
brilhantes... olhos brilhantes.
Eles são escuros e pretos... cabelo preto, oleosos e nus e eu não
estou nu e de onde vim eu? Não há ninguém ... de quem me consiga
lembrar, além daquelas pessoas ... e de mim…
 Eu sei que sou diferente.

                                          in Já vivemos antes de Edith Fiore
O suposto racismo de Kardec

* Revista Espírita (Abril 1862): “Frenologia Espiritualista e Espírita
- Perfectibilidade da Raça Negra”
Relação entre Espiritismo e Frenologia: raça negra como raça inferior
pelo facto de abrigar espíritos imperfeitos; impossibilidade de a raça
negra atingir os níveis de perfeição moral da raça caucasiana.

* “Teoria da Beleza”, in Obras Póstumas:
raça negra - primitiva, imperfeita, feia e anti-estética. Muito aquém de
um ideal absoluto de beleza. Os brancos são mais belos e superiores
ao negro, cujos “traços grosseiros, os lábios grossos, acusam a
materialidade dos instintos. Podem perfeitamente exprimir as paixões
violentas, mas não se prestariam às nuances delicadas do sentimento
e à suavidade de um Espírito evoluído.” “Eis porque podemos, sem
fatuidade, julgarmo-nos mais belos que o negro e o hotentote.”
•O Livro dos Espíritos (1857)

Por que há selvagens e homens civilizados? Se tornardes uma criança
hotentote recém-nascida e a educardes nas melhores escolas
francesas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?
(…) dir-se-á, em dúvida, que o hotentote é de uma raça inferior; então
perguntaremos se o hotentote é um homem ou não. Se é um
homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios
concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, por que procura
fazê-lo cristão?
(L. II, Cap. V)
•A Génese (1868)

(…) é o próprio Espírito que modela o seu envoltório e o apropria às
suas novas necessidades; aperfeiçoa-o e lhe desenvolve e completa o
organismo à medida que experimenta a necessidade de manifestar
novas faculdades: numa palavra, talha-o de acordo com a sua
inteligência. É assim que as raças adiantadas têm um organismo ou,
se quiserem, um aperfeiçoamento cerebral mais aperfeiçoado do que
as raças primitivas.
(cap. XI, 11 – com remissão para RE Set. 1868)
O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as
raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras,
sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual,
vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro
lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso. Com efeito,
seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos
selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e
ainda menos aos europeus civilizados. Entretanto, os Espíritos dos
selvagens também fazem parte da humanidade e alcançarão um dia o
nível em que se acham seus irmãos mais velhos. Mas, sem dúvida,
não será em corpos da mesma raça física, impróprios, a um certo
desenvolvimento intelectual e moral. (…)
(Cap. XI, 32 – com remissão para RE Ab. 1862)
O Espiritismo não é uma doutrina racista

A diversidade das raças segundo a Doutrina Espírita

* O Livro dos Espíritos:

52 – De onde vêm as diferenças físicas e morais que distinguem as
variedades de raças humanas sobre a Terra?
- Do clima, da vida e dos costumes. O mesmo ocorre com dois filhos
da mesma mãe que, educados um longe do outro e
diferentemente, não se assemelham em nada quanto ao moral.
53 – O homem nasceu sobre diversos pontos do globo?
- Sim, e em épocas diversas, e isso é uma das causas da diversidade
de raças; depois os homens, em se dispersando sob diferentes climas
e aliando-se a outras raças, formaram os novos tipos.
- Essas diferenças constituem espécies distintas?
- Certamente que não, todos são da mesma família; as diferentes
variedades de um mesmo fruto impedem que pertençam à mesma
espécie?

54 – Se a espécie humana não procede de um só, os homens devem
deixar por isso de se reconhecerem como irmãos?
- Todos os homens são irmãos em Deus, porque são animados pelo
espírito e tendem ao mesmo fim. (…)

(L.I; cap. III)
273 – Um homem pertencente a uma raça civilizada, por expiação,
poderia encarnar numa raça selvagem?
- Sim, mas isso depende do género da expiação; um senhor que foi
duro para os seus escravos poderá vir a ser escravo, a seu turno, e
sofrer os maus tratos que fez suportar. Aquele que um dia comandou
pode, numa nova existência, obedecer àqueles mesmos que se
curvaram à sua vontade. É uma expiação se ele abusou do seu poder
e Deus a pode impor-lhe. Um bom Espírito pode, também, para ajudar-
lhes o progresso, escolher uma existência influente entre esses povos,
e então é uma missão.

(L. II; cap. VI)
918 – Por que sinais se pode reconhecer num homem o progresso real
que deve elevar o seu Espírito na hierarquia espírita?
- O Espírito prova a sua elevação quando todos os actos da sua vida
corporal são a prática da lei de Deus e quando compreende, por
antecipação, a vida espiritual.
O verdadeiro homem de bem (…) é bom e benevolente para com todos, porque vê
irmãos em todos os homens, sem excepção de raças nem de crenças. (…)

(L. III; cap. XII)
• A Génese:

Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de raças e de
castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou
pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou
escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra
as injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à
lei do mais forte nenhuma há que prime, em lógica, ao facto material
da reencarnação. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da
Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na
mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da
liberdade.

(Cap. I, 36)
Homofobia


(homo = igual, fobia = do Gr. φόβος quot;medoquot;)
ódio, aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais
ou homossexualidade ou, genericamente, e de modo
pejorativo, qualquer expressão de crítica ou questionamento ao
comportamento homossexual.
Homossexualismo (doença)


Homossexualidade não é uma doença nem uma opção. É uma forma
de SER e de ESTAR, uma CONDIÇÃO humana.
•Livro dos Espíritos

200 – Os Espíritos têm sexos?
- Não como o entendeis, pois , os sexos dependem do organismo.
Entre eles há amor e simpatia baseados na identidade de sentimentos.
(L. II; cap. IV)



O espírito que reencarna enquanto homossexual, assim como aquele
que reencarna como heterossexual, necessita aprender alguma coisa,
e também ensinar quem sabe. Dentro do seu contexto social e familiar,
a sua condição acarretar-lhe-á situações específicas que lhe
fortalecerão a alma e lhe ajudarão no seu desenvolvimento.
“O homossexualismo tanto quanto a bissexualidade ou bissexualismo
tanto como a sexualidade são condições da alma humana, não devem
ser interpretados como fenómenos espantosos, como fenómenos
atacáveis pelo ridículo da humanidade. Tanto quanto acontece com a
maioria que desfruta de uma sexualidade dita normal, aqueles que são
portadores de sentimentos de homossexualidade ou bissexualidade
são dignos do nosso maior respeito e acreditamos que o
comportamento sexual da humanidade sofrerá de futuro revisões muito
porque nós vamos catalogar do ponto de vista da ciência todos
aqueles que podem cooperar na procriação e todos aqueles que estão
numa condição de esterilidade. A criatura humana não é só chamada
à fecundidade física, mas também à fecundidade espiritual. Quando
geramos filhos, através da sexualidade dita normal, somos chamados
também à fecundidade espiritual transmitindo aos nossos filhos os
valores do espírito de que sejamos portadores.

                                                              …/…
…/…
Não nos referimos aqui aos problemas do desequilíbrio, nem aos
problemas da chamada viciação nas relações humanas. Estamos nos
referindo a condições da personalidade humana reencarnada muitas
vezes portadora de conflitos que dizem respeito seja à sua condição
de alma em prova ou à sua condição de criatura em tarefa específica,
de modo que o assunto merecerá muito estudo e poderemos voltar a
ele em qualquer tempo em que formos convidados.
Nós temos um problema em matéria de sexo na humanidade que
precisaríamos de considerar com bastante segurança e respeito
recíproco.
Vamos dizer: se as potências do homem na visão, na audição, nos
recursos imensos do cérebro, nos recursos gustativos, nas mãos, na
tactilidade que as mãos executam trabalhos manuais, nos pés, se
todas essas potências foram dadas ao Homem para a educação, para
o rendimento do Bem, isto é, potências consagradas ao Bem e à Luz,
em nome de Deus, seria o sexo, em suas várias manifestações,
sentenciado à trevas?!”
                                  Chico Xavier. Pinga Fogo. 1971

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Alguns preconceitos à luz do Espiritismo: diferença, ignorância e xenofobia (raças e orientação sexual)

  • 1. Alguns preconceitos à luz do Espiritismo Diferença, ignorância e xenofobia: raças e orientação sexual
  • 2. Xenofobia (do Gr. xénos, estrangeiro + phob, r. de phobein, medo) medo que o ser humano normalmente tem ao que é diferente, mascarado em forma de aversão ou ódio. Nem todos os preconceitos têm origem na xenofobia. Existem outras causas para o afastamento do que é diferente, como estereótipos negativos de grupos minoritários, ou seja, desinformação e ignorância.
  • 3. Racismo O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros e os genocídios que ocorreram durante toda a História da Humanidade.
  • 4. Quando contei até dez, a sua voz tornou-se mais baixa; lentamente, e com grande esforço, contou a sua história: J. — É um vale grande... a caverna é muito alta... estou só aqui. Dr.ª. F.— Onde estava, antes de vir para a caverna? J. [Evasivamente.]—Fui banido. Dr.ª. F.— De onde? J. — De tudo. [Com espanto.] Dr.ª. F. — Como sucedeu isso? J. — Sou um estranho e sou diferente. Há em mim coisas que não estão certas. Dr.ª. F. — De que modo é estranho ou diferente? J. — Sei coisas... sei coisas. Estou aqui. Sou tão estranho. Dr.ª. F. — Descreva-se. J. — Sou peludo ... não por todo o corpo, mas o meu cabelo está eriçado e é feio ... e não é um cabelo escuro ... [Suspiros.] ... mas os meus olhos não pertencem... sei mais que os outros.
  • 5. Dr.ª. F. — Parece-se com os outros? J. — Não me consigo lembrar deles. Dr.ª. F. — Em que sentido é que os seus olhos não pertencem? J. —Os meus olhos não estão no ... os meus olhos sabem mais que o homem que eu encarno ... mas estou dentro deste homem ... e é tudo. Dr.ª. F. — E os outros também faziam desenhos? J. — Não. Dr.ª. F. — Como comunicavam eles? J.— Eles são diferentes. Sou diferente... deles. Dr.ª. F. — Fale-me mais acerca disso. J. — São diferentes. São ... não compreendem. Estão a lutar... [Profundo suspiro desalentado.} ... não vivem na caverna. Vivem no vale. Dr.ª. F. — Quando diz que sabe coisas, que pretende dizer??
  • 6. J. — Sei... hum ... devo ensiná-los... e não posso ensiná-los. Eles estão noutra ... estão noutro sítio e eu não posso alcançá-los e eles não aprendem e eu uso os meus desenhos… eles são crianças. Eu sou mais velho ... eles são crianças ... nesta vida... eu sei mais... e não os posso ensinar, porque eles não me aceitam. Dr.ª. F.— Quando fala em «crianças» quer dizer que são pessoas crescidas; mas são infantis, em termos de desenvolvimento? J. — São crianças, sim. Dr.ª. F.— Que lhes quer ensinar? J.— Tudo... tudo. Eles têm de saber. [Faz gestos amplos com as mãos.]
  • 7. Dr.ª. F.— Fale-me de algumas dessas coisas. J. — Vida ... têm de saber da vida. Dr.ª. F.. — Que gostaria de lhes ensinar acerca da vida? J. — Educá-los ... tirá-los de onde estão. Estão a viver horrivelmente... não estou melhor, mas eu sou diferente, deles. Tenho olhos azuis...tenho olhos azuis, aqui está a diferença! E os meus olhos... os meus olhos são mais... são brilhantes... olhos brilhantes. Eles são escuros e pretos... cabelo preto, oleosos e nus e eu não estou nu e de onde vim eu? Não há ninguém ... de quem me consiga lembrar, além daquelas pessoas ... e de mim… Eu sei que sou diferente. in Já vivemos antes de Edith Fiore
  • 8. O suposto racismo de Kardec * Revista Espírita (Abril 1862): “Frenologia Espiritualista e Espírita - Perfectibilidade da Raça Negra” Relação entre Espiritismo e Frenologia: raça negra como raça inferior pelo facto de abrigar espíritos imperfeitos; impossibilidade de a raça negra atingir os níveis de perfeição moral da raça caucasiana. * “Teoria da Beleza”, in Obras Póstumas: raça negra - primitiva, imperfeita, feia e anti-estética. Muito aquém de um ideal absoluto de beleza. Os brancos são mais belos e superiores ao negro, cujos “traços grosseiros, os lábios grossos, acusam a materialidade dos instintos. Podem perfeitamente exprimir as paixões violentas, mas não se prestariam às nuances delicadas do sentimento e à suavidade de um Espírito evoluído.” “Eis porque podemos, sem fatuidade, julgarmo-nos mais belos que o negro e o hotentote.”
  • 9. •O Livro dos Espíritos (1857) Por que há selvagens e homens civilizados? Se tornardes uma criança hotentote recém-nascida e a educardes nas melhores escolas francesas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton? (…) dir-se-á, em dúvida, que o hotentote é de uma raça inferior; então perguntaremos se o hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, por que procura fazê-lo cristão? (L. II, Cap. V)
  • 10. •A Génese (1868) (…) é o próprio Espírito que modela o seu envoltório e o apropria às suas novas necessidades; aperfeiçoa-o e lhe desenvolve e completa o organismo à medida que experimenta a necessidade de manifestar novas faculdades: numa palavra, talha-o de acordo com a sua inteligência. É assim que as raças adiantadas têm um organismo ou, se quiserem, um aperfeiçoamento cerebral mais aperfeiçoado do que as raças primitivas. (cap. XI, 11 – com remissão para RE Set. 1868)
  • 11. O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso. Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados. Entretanto, os Espíritos dos selvagens também fazem parte da humanidade e alcançarão um dia o nível em que se acham seus irmãos mais velhos. Mas, sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física, impróprios, a um certo desenvolvimento intelectual e moral. (…) (Cap. XI, 32 – com remissão para RE Ab. 1862)
  • 12. O Espiritismo não é uma doutrina racista A diversidade das raças segundo a Doutrina Espírita * O Livro dos Espíritos: 52 – De onde vêm as diferenças físicas e morais que distinguem as variedades de raças humanas sobre a Terra? - Do clima, da vida e dos costumes. O mesmo ocorre com dois filhos da mesma mãe que, educados um longe do outro e diferentemente, não se assemelham em nada quanto ao moral.
  • 13. 53 – O homem nasceu sobre diversos pontos do globo? - Sim, e em épocas diversas, e isso é uma das causas da diversidade de raças; depois os homens, em se dispersando sob diferentes climas e aliando-se a outras raças, formaram os novos tipos. - Essas diferenças constituem espécies distintas? - Certamente que não, todos são da mesma família; as diferentes variedades de um mesmo fruto impedem que pertençam à mesma espécie? 54 – Se a espécie humana não procede de um só, os homens devem deixar por isso de se reconhecerem como irmãos? - Todos os homens são irmãos em Deus, porque são animados pelo espírito e tendem ao mesmo fim. (…) (L.I; cap. III)
  • 14. 273 – Um homem pertencente a uma raça civilizada, por expiação, poderia encarnar numa raça selvagem? - Sim, mas isso depende do género da expiação; um senhor que foi duro para os seus escravos poderá vir a ser escravo, a seu turno, e sofrer os maus tratos que fez suportar. Aquele que um dia comandou pode, numa nova existência, obedecer àqueles mesmos que se curvaram à sua vontade. É uma expiação se ele abusou do seu poder e Deus a pode impor-lhe. Um bom Espírito pode, também, para ajudar- lhes o progresso, escolher uma existência influente entre esses povos, e então é uma missão. (L. II; cap. VI)
  • 15. 918 – Por que sinais se pode reconhecer num homem o progresso real que deve elevar o seu Espírito na hierarquia espírita? - O Espírito prova a sua elevação quando todos os actos da sua vida corporal são a prática da lei de Deus e quando compreende, por antecipação, a vida espiritual. O verdadeiro homem de bem (…) é bom e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem excepção de raças nem de crenças. (…) (L. III; cap. XII)
  • 16. • A Génese: Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra as injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte nenhuma há que prime, em lógica, ao facto material da reencarnação. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade. (Cap. I, 36)
  • 17. Homofobia (homo = igual, fobia = do Gr. φόβος quot;medoquot;) ódio, aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais ou homossexualidade ou, genericamente, e de modo pejorativo, qualquer expressão de crítica ou questionamento ao comportamento homossexual.
  • 18. Homossexualismo (doença) Homossexualidade não é uma doença nem uma opção. É uma forma de SER e de ESTAR, uma CONDIÇÃO humana.
  • 19. •Livro dos Espíritos 200 – Os Espíritos têm sexos? - Não como o entendeis, pois , os sexos dependem do organismo. Entre eles há amor e simpatia baseados na identidade de sentimentos. (L. II; cap. IV) O espírito que reencarna enquanto homossexual, assim como aquele que reencarna como heterossexual, necessita aprender alguma coisa, e também ensinar quem sabe. Dentro do seu contexto social e familiar, a sua condição acarretar-lhe-á situações específicas que lhe fortalecerão a alma e lhe ajudarão no seu desenvolvimento.
  • 20. “O homossexualismo tanto quanto a bissexualidade ou bissexualismo tanto como a sexualidade são condições da alma humana, não devem ser interpretados como fenómenos espantosos, como fenómenos atacáveis pelo ridículo da humanidade. Tanto quanto acontece com a maioria que desfruta de uma sexualidade dita normal, aqueles que são portadores de sentimentos de homossexualidade ou bissexualidade são dignos do nosso maior respeito e acreditamos que o comportamento sexual da humanidade sofrerá de futuro revisões muito porque nós vamos catalogar do ponto de vista da ciência todos aqueles que podem cooperar na procriação e todos aqueles que estão numa condição de esterilidade. A criatura humana não é só chamada à fecundidade física, mas também à fecundidade espiritual. Quando geramos filhos, através da sexualidade dita normal, somos chamados também à fecundidade espiritual transmitindo aos nossos filhos os valores do espírito de que sejamos portadores. …/…
  • 21. …/… Não nos referimos aqui aos problemas do desequilíbrio, nem aos problemas da chamada viciação nas relações humanas. Estamos nos referindo a condições da personalidade humana reencarnada muitas vezes portadora de conflitos que dizem respeito seja à sua condição de alma em prova ou à sua condição de criatura em tarefa específica, de modo que o assunto merecerá muito estudo e poderemos voltar a ele em qualquer tempo em que formos convidados. Nós temos um problema em matéria de sexo na humanidade que precisaríamos de considerar com bastante segurança e respeito recíproco. Vamos dizer: se as potências do homem na visão, na audição, nos recursos imensos do cérebro, nos recursos gustativos, nas mãos, na tactilidade que as mãos executam trabalhos manuais, nos pés, se todas essas potências foram dadas ao Homem para a educação, para o rendimento do Bem, isto é, potências consagradas ao Bem e à Luz, em nome de Deus, seria o sexo, em suas várias manifestações, sentenciado à trevas?!” Chico Xavier. Pinga Fogo. 1971