Dia 2 - Estratégias de politicas públicas para uma maior adoção de sistemas a...
Dia 4 - SAFs na perspectiva da Agroecologia - Extensão rural e SAFs na perspectiva agroecologica - Cassio Trovatto
1. VIII Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais
“Sistemas Agroflorestais na Paisagem Florestal: Desafios Científicos,
Tecnológicos e de Políticas para Integrar Benefícios Locais e Globais ”
Sessão Temática: SAFs na perspectiva da
Agroecologia
Cássio Trovatto
Consultor Dater/SAF/MDA
2. Assistência Técnica e Extensão Rural e Sistemas
Agroflorestais na perspectiva agroecológica
Sustentabilidade na Agricultura
Necessidade de repensar relações
entre os seres humanos e o meio ambiente
entre os seres humanos
Necessidade de repensar o modelo de
desenvolvimento rural
3.
4. O poder de dominação no campo
• Metodologia difusionista
• Pesquisa massificando tecnologias
inapropriadas
• Formação de profissionais acríticos
ao modelo
Concentração de terra e renda;
prática da monocultura;
diferenciação e exclusão social;
luta de classes;
Paradigma do mercado;
Corporações industriais passam a
comandar a direção.
5. Necessidade de repensar o modelo de
desenvolvimento rural
As Multidimensões da Sustentabilidade
Ética
Cultural Política
Ecológico
Social
Econômico
7. A Agroecologia é um campo de conhecimentos construído à
partir de várias disciplinas, que apresenta uma série de
princípios, conceitos e metodologias que
possibilitam analisar e atuar sobre
a atividade produtiva,
seja ela agropecuária, extrativa
vegetal ou animal,
sob uma
perspectiva
ecológica.
9. Sistemas Simplificado
procura estabelecer consórcios agro-florestais
Busca a maximização do uso da terra
segue a lógica da competição entre plantas e animais
totalmente dependente de insumos químicos
alicerçado puramente na economia de mercado
10. Sistemas Diversificados - biodiversos
superávit de balanço energético, de vida e de recursos naturais
busca otimizar o uso dos recursos naturais
alto grau de resiliência
manutenção dos conhecimentos e da biodiversidade
auto-suficiência, com equidade, justiça social e econômica
11. “A Agrofloresta é uma ciência e a arte da integração de
árvores em estabelecimentos agrícolas e na paisagem rural”
(Agroforestry Today 9 (1):5, 1996) .
“Quem me criticava, hoje me elogia e
me pede explicações....”
Manuel Vieira
Agricultor de Rurópolis
12. “Diálogo não significa invadir, manipular ou fazer slogans.
Trata-se, sim, de um devotamento permanente à causa da
transformação da realidade(...)A educação é comunicação,
é diálogo, na medida em que não é a transferência de
saber, mas encontro de sujeitos interlocutores que buscam
a significação dos significados”.
Paulo Freire
14. “...eu já observo que muitas vezes, depois que os
insetos têm feito uma poda muito drástica, elas rebrotam
com mais força. Então, muitas vezes é a natureza se manifestando
pra fazer o trabalho dela e a gente que muitas vezes
não compreende......aí, a gente vai matando tudo que a natureza
estava tentando nos dar.... Eu nem acho mais que esses insetos
sejam praga. Já não faço isso”.
Francisco Tadeu Barros Silveira
Agricultor de Quixadá, Sertão Central cearense.
15. A Extensão Rural como instrumento para a construção
de novo paradigma
• Participar na promoção e animação de processos capazes de contribuir
para a construção e execução de estratégias de desenvolvimento rural
sustentável.
• A construção do conhecimento através do diálogo horizontal, da troca
de conhecimentos e experiências, valorizando o conhecimento já
adquirido na trajetória de vida de cada um, adaptando à realidade e às
necessidades concretas.
• O técnico/pesquisador/professor é um catalisador do processo de
aprendizagem.
16. • Adotar uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, estimulando a
adoção de enfoques metodológicos participativos e de um paradigma
tecnológico baseado nos princípios da Agroecologia;
• Adoção de processos educativos permanentes e continuados
A partir de um enfoque dialético, humanista e construtivista
contribuindo para formação de competências, mudanças de atitudes e
procedimentos.
Processo pedagógico dinâmico e interativo
Pesquisa participativa
Aliar teoria e prática
Aprender fazendo
Ferramentas didáticas facilitada ao universo do educando
Aprendizado a partir da resolução de problemas
17. Construção coletiva do conhecimento
em Sistemas Agroflorestais a partir de diálogo de saberes
• Diagnóstico Rural Participativo
(sócio-econômico, ambiental e cultural,
Político)
18. • Definição e priorização
de problemas
• Construção coletiva do
conhecimento em
Agroecologia
Fotos Sabiá
19. • Capacitação de
técnicos e agricultores
em Sistemas Agroflorestais
•Implantação de unidades
de experimentação
participativa
20. • Definição de indicadores
de monitoramento
participativo de
Acompanhamento dos SAFs
• Sistematização dos
conhecimentos construídos
a partir das práticas
agroflorestais
21. Construção coletiva do conhecimento
•Intercâmbio
de experiências
(agricultor – agricultor)
• Favorecimento das
trocas e intercâmbios
da biodiversidade
22. “Se a gente for visitar projeto por projeto, a gente vai ver
implantações bem diferenciadas em cada propriedade. E isso é
um enriquecimento dessa metodologia no meu ponto de vista.
Uns plantaram só pimenta, outros plantaram só cacau, outros
diversificaram. Eu, por exemplo, fiz uma salada na minha
propriedade.”
Antônio Rodrigues
Agricultor de Altamira, Pará
23. Caminhos para iniciar o diálogo sobre SAFs
Falta de proteção de nascentes e mananciais de água
Baixa cobertura do solo Baixa fertilidade do solo
Aumento da erosão Baixa sustentabilidade aos sistemas agrícolas
Pouca diversificação da produção
Aumento da escassez de água
Diminuição da biodiversidade local
Baixa diversificação da alimentação
familiar
Falta de produtos florestais
Insegurança alimentar
Renda concentrada
Riscos climáticos da produção
Áreas alteradas ou degradadas
24. Finalizando
É fundamental a formação continuada dos profissionais
da Ater
que leve os educandos a problematizar a realidade agrícola
socioeconômica e ambiental em que estão inseridos os
agricultores familiares com quem trabalham e a buscar
transformações sustentáveis para esta realidade.
os conteúdos devem ser trabalhados prevalecendo
o diálogo e a participação, estabelecendo relações
horizontais entre educandos e educadores na busca
da resolução de situações-problemas vivenciadas pelos
mesmos.
25. Valorizar os conhecimentos dos técnicos,
desenvolvendo os conteúdos de forma participativa
e contextualizada.
Caráter processual, objetivando provocar e criar condições
para que os educandos desenvolvam uma atitude de
reflexão crítica e comprometida com a ação.
Estreita relação entre a teoria e a prática.