3. Contextualização
• Laudos do SAAE / Gov. Valadares (nov/2011)
• Demanda do CBH-Doce (fev/2012)
– Rio de domínio da União
– Formação de grupo de trabalho
– Análises de dados de monitoramento disponíveis na bacia
4. Contextualização
• Atuação da ANA
Lei nº 9.984 de 2000, Art. 4º - “A atuação da ANA obedecerá aos
fundamentos, objetivos, diretrizes e instrumentos da Política Nacional de
Recursos Hídricos e será desenvolvida em articulação com órgãos e
entidades públicas e privadas integrantes do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos”
Inciso XI - promover a elaboração de estudos para subsidiar a aplicação de recursos
financeiros da União em obras e serviços de regularização de cursos de água (...) e
de controle da poluição hídrica, em consonância com o estabelecido nos planos de
recursos hídricos.
6. Cianobactérias
• Organismos microscópicos
• Naturalmente encontrados nos ambientes aquáticos;
• Autótrofos fotossintetizantes Clorofila (cor esverdeada)
Cianobactérias – microfotografia Cianobactérias – alteração na cor da água
7. Cianobactérias
• Algumas espécies podem produzir as substâncias:
Geosmina Cheiro de “mofo” e “terra molhada”
2 - Metilsorboneol Não tóxicos
Não removidos nos tratamentos convencionais da água
CIANOTOXINAS
Microcistina
Saxitoxina Efeitos neurotóxicos, hepatotóxicos e dermatotóxicos
Não removidos nos tratamentos convencionais de água
Cilindrospermopsina
Anatoxina - a
8. Florações de cianobactérias
• São intensas proliferações
• Ocorrem quando o ambiente reúne condições ideais, como:
– Baixas turbulências – formação de remansos;
– Altas temperaturas;
– pH levemente alcalino (7 – 9);
– Intensa luminosidade;
– Baixa turbidez;
– Disponibilidade de nutrientes (nitrogênio e fósforo) na água.
FATOR LIMITANTE
10. Florações - Consequências
• Impacto da fauna aquática Mortalidade de espécies;
Bioacumulação
• Restrições ao uso Atenção à presença de cianotoxinas na água de
abastecimento urbano
Riscos para a dessedentação de animais
Riscos à balneabilidade
Impacto na vida aquática Riscos para as criações
11. Aporte de nutrientes nos corpos hídricos
• Fontes naturais
– Chuvas;
– Enxurradas;
– Lixiviação;
– Erosão
Erosão da margem
Enxurrada carreando material para o rio
12. Aporte de nutrientes nos corpos hídricos
• Fontes antrópicas
Pontuais: localizada em determinado “ponto”
fácil localização e identificação
(ex: esgoto urbano e industrial)
13. Aporte de nutrientes nos corpos hídricos
• Fontes antrópicas
Difusas: localizada em determinada “área”
difícil localização e identificação
Atividade agropecuária Lixões
16. Obtenção de dados
Órgãos que atualmente realizam monitoramento de
cianobactérias na bacia:
• IGAM – 15 pontos (2008-11: trimestral)
• SAAE – 02 pontos (2008-11: mensal)
• COPASA – 04 pontos (2005-11: mensal)
• CESAN – 15 pontos (2011-12: mensal)
18. Análise dos dados
• Agrupamentos de estações: curso hídrico / sub-bacia
• Distribuição dos dados em base mensal
• Seleção dos maiores valores dentro dos agrupamentos, em
cada mês
• Estabelecimento de código cromático:
Cor Densidade máxima de cianobactérias
Até 1.000 céls/mL
Até 10.000 céls/mL
Acima de 10.000 céls/mL
19. AGRUPAMENTOS: 1. Sub-bacia Piranga; 2. Rio Doce/Piranga; 3. Sub-bacia Piracicaba; 4. Rio Doce/Piracicaba; 5. Rio Doce/Santo
Antônio; 6. Rio Doce/Suaçuí; 7. Sub-bacia Caratinga; 8. Rio Doce/Caratinga; 9. Sub-bacia Manhuaçu; 10. Rio Doce/Manhuaçu; 11. Sub-
bacia Guandu; 12. Sub-bacia Santa Maria e 13. Sub-bacia São José.
22. Temporalidade das ocorrências
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Piranga
Piracicaba
Caratinga
Sub-Bacias Manhuaçu
Guandu
2005
Sta. Maria
São José
Piranga
Piracicaba
Sto Antonio
Rio Doce
Suaçui
Caratinga
Manhuaçu
23. Temporalidade das ocorrências
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Piranga
Piracicaba
Caratinga
Sub-Bacias Manhuaçu
Guandu
2006
Sta. Maria
São José
Piranga
Piracicaba
Sto Antonio
Rio Doce
Suaçui
Caratinga
Manhuaçu
24. Temporalidade das ocorrências
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Piranga
Piracicaba
Caratinga
Sub-Bacias Manhuaçu
Guandu
2007
Sta. Maria
São José
Piranga
Piracicaba
Sto Antonio
Rio Doce
Suaçui
Caratinga
Manhuaçu
25. Temporalidade das ocorrências
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Piranga
Piracicaba
Caratinga
Sub-Bacias Manhuaçu
Guandu
2008
Sta. Maria
São José
Piranga
Piracicaba
Sto Antonio
Rio Doce
Suaçui
Caratinga
Manhuaçu
26. Temporalidade das ocorrências
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Piranga
Piracicaba
Caratinga
Sub-Bacias Manhuaçu
Guandu
2009
Sta. Maria
São José
Piranga
Piracicaba
Sto Antonio
Rio Doce
Suaçui
Caratinga
Manhuaçu
27. Temporalidade das ocorrências
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Piranga
Piracicaba
Caratinga
Sub-Bacias Manhuaçu
Guandu
2010
Sta. Maria
São José
Piranga
Piracicaba
Sto Antonio
Rio Doce
Suaçui
Caratinga
Manhuaçu
28. Temporalidade das ocorrências
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Piranga
Piracicaba
Caratinga
Sub-Bacias Manhuaçu
Guandu
2011
Sta. Maria
São José
Piranga
Piracicaba
Sto Antonio
Rio Doce
Suaçui
Caratinga
Manhuaçu
29. Temporalidade das ocorrências
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Piranga
Piracicaba
Caratinga
Sub-Bacias Manhuaçu
Guandu
2012
Sta. Maria
São José
Piranga
Piracicaba
Sto Antonio
Rio Doce
Suaçui
Caratinga
Manhuaçu
32. • Processos recorrentes na bacia
– Períodos críticos para florações:
• Sub-bacias no ES todo o ano
• Trechos do rio Doce julho a novembro
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
33. • Monitoramento atual não permite:
– a identificação de onde os processos se iniciam;
– a determinação da duração das florações;
– a identificação de fatores que desencadeam as florações;
– a tomada de medidas específicas e direcionadas para o
controle das cianobactérias.
35. • Monitoramento nas ETAs de acordo com a portaria MS
nº 2.914/2011
– Testes quantitativos e qualitativos do fitoplâncton
– Determinações semanais de clorofila-a na água bruta
– Análises de densidade de cianobactérias na água bruta
• abaixo de 10.000 céls/mL mensal
• acima de 10.000 céls/mL ou aumento na clorofila-a semanal
• acima de 20.000 céls/mL determinação semanal de cianotoxinas
na água tratada
– Incluir detecção de anatoxina – a nos protocolos
36. • Monitoramento nas ETAs de acordo com a portaria MS
nº 2.914/2011
- Art. 13. Compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva
de abastecimento de água para consumo humano
VIII - comunicar aos órgãos ambientais, aos gestores de recursos hídricos e ao
órgão de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
qualquer alteração da qualidade da água no ponto de captação que
comprometa a tratabilidade da água para consumo humano;
37. • Preparação das ETAs para os eventos de floração
– Tratamento específico para a remoção de cianotoxinas;
– Buscar captações alternativas;
– Adequações nos pontos de captação (mudança no
ponto de adução, barreira física, etc);
38. • Campanhas de conscientização da população
– O que são as cianobactérias
– Riscos a saúde
– Evitar atividades náuticas/recreativas
– Riscos às criações
– Informativos atualizados da qualidade da água durante
os eventos de floração
39. • Criação de Central de Informações
– Reunir informações sobre as proliferações na bacia
– Canal para comunicação com a população (0800)
– Atendimento a todos os municípios da bacia
– Emissão de boletins frequentes durante os episódios de
florações
40. • Estruturação de programa de monitoramento
1. Definição dos objetivos, metas, fases, avaliações,
articulações, análises, produções bibliográficas e etc...
2. Desenho da rede de monitoramento
3. Seleção dos parâmetros analisados
4. Definição das periodicidades das análises
5. Adoção de padronização de procedimentos e métodos
6. Monitoramento em tempo real
7. Padronização de procedimentos de coleta e análise
41. Obrigado!
Francisco Romeiro
Especialista em Recursos Hídricos
francisco.romeiro@ana.gov.br | (+55) (61) 2109 –5139
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