SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 32
Como se faz uma Tese 
de Umberto Eco 
por André Camargo @ Academia de Escrita
Esclarecimento 
Este material é uma sistematização livre da obra de Umberto Eco. Não se 
propõe substituí-la; ao contrário, a leitura do texto completo é recomendada. 
Sobretudo a fim de certificar-se do que de fato afirma o autor, em suas 
palavras, remetemos o leitor à obra original. 
O objetivo desta apresentação é oferecer um guia prático, ou ainda um 
material de apoio, de fácil acesso, para quem está às voltas com um projeto 
acadêmico e pretende levá-lo a cabo com qualidade e uma boa dose de 
reflexão. 
Não se trata de pura reprodução, tampouco de invenção – procurei ser fiel ao 
‘espírito’ do texto. Faço votos de que seja útil para um grande número de 
pessoas. Que contribua para que pensem e escrevam melhor e, a partir daí, 
para que possam aproximar-se cada vez mais de seus objetivos. 
André Camargo 
ACADEMIA DE ESCRITA 
2
Fazer uma tese – reflexões iniciais 
Mais importante que o tema de sua tese é a experiência de 
realizá-la. 
Elaborar uma tese, uma dissertação ou monografia envolve 
aprender a organizar o pensamento, “aprender a pôr ordem 
nas próprias ideias e ordenar os dados”. 
É, portanto, familiarizar-se com um método. 
ACADEMIA DE ESCRITA 
3
Elaborar uma Tese (etapas): 
1. IDENTIFICAR um tema preciso 
2. PESQUISA: recolher documentação sobre ele 
3. Colocar em ORDEM estes documentos 
4. Reexaminar o tema em primeira mão à luz da documentação 
recolhida 
5. Dar forma orgânica a todas as reflexões precedentes 
6. Empenhar-se para que o leitor compreenda o que se quis dizer e 
possa, se for o caso, recorrer à mesma documentação a fim de 
retomar o tema por conta própria 
ACADEMIA DE ESCRITA 
4
Escolher um tema 
• Você deve buscar fazer uma tese que esteja à altura de fazer. Isso começa pela 
escolha do tema. 
• Talvez o principal erro que os pesquisadores inexperientes cometem seja 
escolher um tema amplo demais, querer dar conta de tudo. 
• Nossa tese não vai mudar o mundo. Não é definitiva; é apenas o começo de um 
caminho. Outros trabalhos acadêmicos seguramente virão. Precisamos de uma 
dose saudável de humildade. Para Umberto Eco, “uma tese muito panorâmica 
constitui sempre um ato de orgulho”. 
• Eis a melhor recomendação que se pode dar: quanto mais específico, 
recortado, estrito for seu campo de estudo, definido pela sua escolha do tema, 
menos infernal se tornará sua vida pelos meses (ou anos) seguintes. 
ACADEMIA DE ESCRITA 
5
ou, nas palavras de Umberto Eco: 
“Recordemos este princípio fundamental: quanto mais se 
restringe o campo, melhor e com mais segurança se trabalha. 
Uma tese monográfica é preferível a uma tese panorâmica. É 
melhor que a tese se assemelhe a um ensaio do que a uma 
história ou a uma enciclopédia. “ 
ACADEMIA DE ESCRITA 
6
Outro equívoco 
de pesquisadores principiantes: 
•Comparar-se aos autores pesquisados, gerando um exagerado 
respeito pela autoridade. Isso pode paralisá-lo. 
•Você deve usar os autores consagrados como ponto de apoio. 
Ainda que possamos nos sentir anões perto deles, podemos nos 
tornar “anões em ombros de gigantes”. Por apoiarmo-nos 
neles, tornamo-nos capazes de ver mais além. 
ACADEMIA DE ESCRITA 
7
Tempo! 
Quanto tempo é necessário para se fazer uma tese? 
•A redação definitiva pode levar por volta de um mês 
•Período entre o surgimento da ideia inicial e a apresentação do 
material final: 
No máximo três anos 
ACADEMIA DE ESCRITA 
8
Se este prazo não for suficiente: 
1.Escolhemos a tese errada (superior a nossas forças) 
OU 
2.“Somos do tipo incontentável, que deseja dizer tudo, e 
continuamos a martelar a tese por vinte anos, ao passo que um 
estudioso hábil deve ser capaz de ater-se a certos limites, embora 
modestos, e dentro deles produzir algo de definitivo.” 
OU 
3.“Fomos vítimas da ‘neurose da tese’: deixamo-la de lado, 
retomamo-la, sentimo-nos irrealizados, entramos num estado de 
depressão, valemo-nos da tese como álibi para muitas covardias, não 
nos formamos nunca.” 
ACADEMIA DE ESCRITA 
9
Características do estudo 
científico 
1. Elege como objeto um tema reconhecível, isto é, definido de 
modo a ser reconhecido por outros pesquisadores 
2. Deve dizer algo novo sobre este objeto, ou examiná-lo de 
um ponto de vista diferente do que já se disse sobre ele 
3. Deve ser útil. Os melhores estudos se tornam indispensáveis 
4. Deve fornecer elementos para a confirmação ou refutação 
de suas hipóteses 
ACADEMIA DE ESCRITA 
10
Colocando no papel 
1. Primeiro passo: escrever o título, a introdução e o índice 
final (ironicamente, tudo o que se costuma deixar para o 
fim). Todos deverão sofrer alterações à medida que a tese 
avança – portanto, nada de perfeccionismo! 
• Este título provisório deve relacionar-se claramente com a pergunta 
que seu estudo procura responder 
2. O índice como hipótese de trabalho 
• Redigir um índice provisório serve para definir o âmbito da tese 
• Sugestão: transformar o índice em um Sumário, que contenha um breve 
resumo para cada capítulo 
ACADEMIA DE ESCRITA 
11
Estrutura do índice 
1. Posicionar seu problema (contextualizar) 
2. Apresentação dos estudos precedentes relevantes 
3. Apresentar sua hipótese 
4. “Dados que estamos em condição de apresentar” 
5. Sua análise dos dados 
6. Demonstração da hipótese em relação aos dados obtidos 
7. Conclusões provisórias e referências para trabalhos 
posteriores 
ACADEMIA DE ESCRITA 
12
Esboço da introdução 
• Pode ser redigido como um comentário analítico do índice: 
“Com o presente trabalho, propomos demonstrar (uma 
determinada tese). Os estudos precedentes (tal e tal) 
deixaram em aberto inúmeros problemas (tais) e os dados 
recolhidos não bastam. No primeiro capítulo tentaremos 
estabelecer o ponto X; no segundo, abordaremos o problema 
Y. Concluindo, tentaremos provar (isto e aquilo). Deve-se ter 
presente que nos fixamos limites precisos, isto é, tais e tais. 
Dentro destes limites, o método que seguiremos é o 
seguinte... etc., etc.” 
ACADEMIA DE ESCRITA 
13
Observações 
• O esboço da introdução deve ser como um resumo do 
trabalho já feito (ainda que esteja apenas começando). 
• Um índice e uma introdução bem feitos lhe permitirão 
começar da parte sobre a qual se sente mais seguro, e não 
necessariamente do início. 
• Neste ponto, a primeira coisa a fazer será uma pesquisa 
bibliográfica com o objetivo de definir o núcleo (o foco) da 
tese. 
ACADEMIA DE ESCRITA 
14
Sobre a redação - recomendações 
• “Escreva o que lhe vier à cabeça, mas apenas no rascunho. 
Depois perceberá que o ímpeto lhe arrebatou a mão e o 
afastou do núcleo do tema. Elimine então as partes 
parentéticas e as divagações, colocando-as em nota ou em 
apêndice. A finalidade da tese é demonstrar uma hipótese 
que se elaborou inicialmente e não provar que se sabe tudo.” 
• Todos os termos técnicos usados como categorias-chave no 
nosso texto deverão ser definidos. 
• Defina sempre um termo ao introduzi-lo pela primeira vez. 
Não sabendo defini-lo, evite-o. 
ACADEMIA DE ESCRITA 
15
Continua – dicas de redação 
• A quem se dirige nosso discurso? À humanidade, e não ao 
examinador 
• Escreva como se fala. Nada de períodos longos. Se ocorrerem, 
registre-os e depois desmembre-os. Frases curtas e pontos finais. 
Não receie repetir duas vezes o mesmo sujeito. 
• Elimine o excesso de pronomes e de orações subordinadas 
• Abra parágrafos com frequência para arejar o texto. Quanto mais 
vezes, melhor. 
• Verifique se qualquer pessoa entende o que escreveu. Não se faça 
de gênio solitário 
ACADEMIA DE ESCRITA 
16
Continua – dicas de redação 
• “A linguagem da tese é uma metalinguagem, i.e., uma 
linguagem que fala de outras linguagens. Um psiquiatra que 
descreve doentes mentais não se exprime como os doentes 
mentais. Não quero dizer que seja errado exprimir-se como 
eles; pode-se, e razoavelmente, estar convencido de que os 
doentes mentais são os únicos a exprimir-se como deve ser. 
Mas então terá duas alternativas: ou não fazer uma tese e 
manifestar o desejo de ruptura recusando os títulos 
universitários e começando, por exemplo, a tocar guitarra; ou 
fazer a tese, mas explicando por que motivo a linguagem dos 
doentes mentais não é uma linguagem de “loucos”, e para tal 
precisará empregar uma metalinguagem crítica compreensível 
a todos. O pseudopoeta que faz sua tese em versos é um 
palerma (e com certeza um mau poeta).” 
ACADEMIA DE ESCRITA 
17
Continua – dicas de redação 
• O que você NÃO deve fazer: 
• Não use reticências ou pontos de exclamação nem faça 
ironias 
• Não comece a explicar onde fica Roma para depois não explicar 
onde fica Piraporinha do Bom Jesus (ou seja: Não forneça 
referências e fontes para noções de conhecimento geral) 
• Não atribua a um autor uma ideia que ele apresenta como de 
outro (para isso usamos o termo apud.) 
ACADEMIA DE ESCRITA 
18
Citações 
• Os textos objeto de análise interpretativa podem ser citados 
com razoável amplitude 
• Textos da literatura crítica (fontes secundárias) só são citados 
quando, com sua autoridade, corroboram ou confirmam 
afirmação nossa 
• Pressupõe-se que você concorda com o texto que cita, a 
menos que o trecho seja precedido e seguido de expressões 
críticas 
ACADEMIA DE ESCRITA 
19
Citações - continua 
• Toda citação deve permitir identificar de modo inequívoco o 
autor e a fonte 
• Com chamada e referência em nota, principalmente quando se 
trata de autor mencionado pela primeira vez 
• Com o nome do autor e a data de publicação da obra entre 
parênteses, após a citação 
• Com simples parênteses, onde se menciona o número da página 
quando o capítulo ou toda a tese tratam da mesma obra do 
mesmo autor 
ACADEMIA DE ESCRITA 
20
Citações - continua 
• Citações de fontes primárias  devem ser colhidas 
preferencialmente de edição crítica ou da edição mais 
conceituada 
• Citações de autores contemporâneos  no caso de haver 
várias edições: 
• Cita-se a primeira, se as sucessivas forem meras reimpressões 
• Cita-se a última caso a obra tenha sido revista, corrigida, 
refundida, ampliada ou atualizada 
• Em ambos os casos, especificar qual das edições está sendo 
citada 
ACADEMIA DE ESCRITA 
21
Citações - continua 
• Termos convencionalmente usados em notas e citações: 
• Ibidem  significa “no mesmo lugar”. Usado para indicar que se 
está citando o mesmo texto e a mesma página (da citação 
imediatamente anterior) 
• Op. cit.  significa “obra já citada”. Expressão usada para citar o 
mesmo texto, mas outra página. Exemplo: Vásquez, op. cit., p. 
61. 
• Cf.  significa “confrontar”. Termo usado quando se quer 
remeter o leitor a um texto que de algum modo lança luz sobre o 
que se está afirmando 
ACADEMIA DE ESCRITA 
22
Citações - continua 
• Observações finais sobre a citação 
• Citações de até 2 ou 3 linhas podem ser incluídas no corpo do 
parágrafo, entre aspas. 
• As citações devem ser fieis. Toda alteração precisa ser 
claramente assinalada. Exemplos: 
• ...  assinala partes eliminadas 
• [ ]  inclui comentários ou esclarecimentos. Exemplos: 
• [grifo nosso] indica que o destaque (negrito, itálico ou sublinhado) não 
está no original; é de sua autoria 
• [sic] reproduz o erro de estilo ou informação do autor citado, ou seja, 
aquele erro não foi você que cometeu 
ACADEMIA DE ESCRITA 
23
[IMPORTANTE] 
PLÁGIO 
• Citações sem aspas 
• Apresentar um texto ou 
trechos de um texto como 
se fossem de sua autoria 
• Desonestidade intelectual 
PARÁFRASE 
• Reescrever: repetir com as 
próprias palavras o 
pensamento do autor 
• Não se deve preocupar-se 
doentiamente em nunca 
colocar as mesmas palavras, 
pois às vezes é inevitável e 
mesmo útil que certos termos 
permaneçam imutáveis. 
ACADEMIA DE ESCRITA 
24
Duas observações 
•Compreender um texto é ser capaz de parafraseá-lo com 
precisão sem tê-lo diante dos olhos, ou seja, conseguir 
reproduzir a ideia do outro nas nossas próprias palavras. 
•“A paráfrase quase textual evita o plágio pelo uso de aspas.” 
ACADEMIA DE ESCRITA 
25
Notas de rodapé 
• Para que servem? 
1. Indicar as fontes das citações 
2. Remissões internas e externas. Exemplo: Cf. (= confrontar) 
3. Acrescentar ao assunto discutido outras indicações 
bibliográficas de reforço. Exemplo: “Ver também, a esse 
respeito, a obra tal” 
4. Introduzir uma citação de reforço que, no texto, atrapalharia 
a leitura 
ACADEMIA DE ESCRITA 
26
Notas de rodapé - continua 
5. Ampliar as afirmações feitas no texto com observações que, 
embora importantes, são acessórias em relação ao tema ou 
apenas repetem sob um ponto de vista diferente o que já foi 
dito de maneira essencial 
6. Corrigir as afirmações do texto: você está seguro do que 
afirma, mas, ao mesmo tempo, consciente de que pode haver 
quem não esteja de acordo, ou considera que de um certo 
ponto de vista, se poderia fazer uma objeção à nossa assertiva. 
Seria então prova não só de lealdade científica, mas também 
de espírito crítico inserir uma nota explicativa 
ACADEMIA DE ESCRITA 
27
Notas de rodapé - continua 
7. Ampliar as afirmações feitas no texto com observações que, 
embora importantes, são acessórias em relação ao tema ou 
apenas repetem sob um ponto de vista diferente o que já foi 
dito de maneira essencial 
8. Dar a tradução de uma citação que era essencial fornecer em 
língua estrangeira 
9. Apresentar a versão original de uma citação que, por razões 
de fluência do discurso, era mais cômodo fazer em tradução 
ACADEMIA DE ESCRITA 
28
Notas de rodapé - continua 
10. Pagar dívidas: às vezes é necessário pagar dívidas cuja 
documentação não é fácil, e pode ser norma de correção 
científica advertir em nota, por exemplo, que uma série de 
ideias originais ora expostas jamais teria vindo à luz sem o 
estímulo recebido da leitura de determinada obra ou das 
conversações privadas com tal estudioso 
ACADEMIA DE ESCRITA 
29
Notas de rodapé – observações finais 
De que tamanho? 
• Uma nota nunca deve ser excessivamente longa, do 
contrário não será uma nota, mas um Apêndice 
que, como tal, deve aparecer no fim da obra, 
numerado 
Onde? 
• Devemos ser coerentes: ou todas as notas em 
rodapé, ou no fim do capítulo, ou breves notas em 
rodapé e apêndices no fim da obra 
ACADEMIA DE ESCRITA 
30
A Bibliografia final 
• A bibliografia final fornece, relativamente à nota, informações 
mais completas 
• Costuma-se citar em nota o autor pelo NOME e SOBRENOME, 
enquanto na bibliografia o encontraremos em ordem 
alfabética pelo sobrenome e nome 
• Uma nota pode abreviar certos dados, eliminar o subtítulo, 
omitir de quantas páginas é o volume, enquanto a bibliografia 
deve fornecer todas essas informações 
ACADEMIA DE ESCRITA 
31
E, para encerrar: O orgulho científico 
• Não existe nada mais irritante do que aquelas teses onde o autor 
adianta: “Não estamos à altura de afrontar tal assunto, mas 
arriscaremos a hipótese...” 
• Fazer uma tese sobre o tema X significa presumir que até então 
ninguém tivesse dito nada de tão completo e claro sobre o assunto. 
O presente livro lhe ensinou que deve ser cauteloso ao escolher o 
tema, ser suficientemente perspicaz para optar por algo limitado, 
talvez muito fácil, talvez ignobilmente setorial. Mas sobre o que 
escolheu, nem que tenha por título “Variações da venda de jornais 
na esquina da Avenida Ipiranga com a Avenida São João de 24 a 28 
de agosto de 1976”, você deve ser a máxima autoridade viva 
• Não seja choramingas e complexado. Isso aborrece 32 
ACADEMIA DE ESCRITA

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Normas ABNT Apresentação de trabalhos acadêmicos
Normas ABNT Apresentação de trabalhos acadêmicosNormas ABNT Apresentação de trabalhos acadêmicos
Normas ABNT Apresentação de trabalhos acadêmicosPatrícia Éderson Dias
 
Passo a passo da resenha crítica
Passo a passo da resenha críticaPasso a passo da resenha crítica
Passo a passo da resenha críticaJazon Pereira
 
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundo
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundoLajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundo
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundomarcaocampos
 
Apresentacao de-tcc
Apresentacao de-tccApresentacao de-tcc
Apresentacao de-tccUnisinos
 
Resumo critico-2012
Resumo critico-2012Resumo critico-2012
Resumo critico-2012guuuhsousaa
 
Redação: Artigo de Opinião
Redação: Artigo de OpiniãoRedação: Artigo de Opinião
Redação: Artigo de Opinião7 de Setembro
 
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNT
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNTModelo de artigo científico básico - com normas ABNT
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNTRosineia Oliveira dos Santos
 
Modelo de-fichamento em word
Modelo de-fichamento em wordModelo de-fichamento em word
Modelo de-fichamento em wordMister B
 
Modelos de síntese
Modelos de sínteseModelos de síntese
Modelos de síntesedenisecgomes
 
Artigo cientifico (como fazer)
Artigo cientifico (como fazer)Artigo cientifico (como fazer)
Artigo cientifico (como fazer)Fernanda Câmara
 
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opiniãoDiferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opiniãoElaine Maia
 
Modelo de plano de aula
Modelo de plano de aulaModelo de plano de aula
Modelo de plano de aulaDenise
 

Was ist angesagt? (20)

Resenha crítica
Resenha crítica Resenha crítica
Resenha crítica
 
Normas ABNT Apresentação de trabalhos acadêmicos
Normas ABNT Apresentação de trabalhos acadêmicosNormas ABNT Apresentação de trabalhos acadêmicos
Normas ABNT Apresentação de trabalhos acadêmicos
 
Modelo de artigo cientifico
Modelo de artigo cientificoModelo de artigo cientifico
Modelo de artigo cientifico
 
Fichamento
FichamentoFichamento
Fichamento
 
Slide sobre artigo cientifico
Slide sobre artigo cientificoSlide sobre artigo cientifico
Slide sobre artigo cientifico
 
Passo a passo da resenha crítica
Passo a passo da resenha críticaPasso a passo da resenha crítica
Passo a passo da resenha crítica
 
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundo
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundoLajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundo
Lajolo, marisa do mundo da leitura para a leitura do mundo
 
Apresentacao de-tcc
Apresentacao de-tccApresentacao de-tcc
Apresentacao de-tcc
 
Podcast
PodcastPodcast
Podcast
 
Resumo critico-2012
Resumo critico-2012Resumo critico-2012
Resumo critico-2012
 
AULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTA
AULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTAAULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTA
AULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTA
 
Redação: Artigo de Opinião
Redação: Artigo de OpiniãoRedação: Artigo de Opinião
Redação: Artigo de Opinião
 
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNT
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNTModelo de artigo científico básico - com normas ABNT
Modelo de artigo científico básico - com normas ABNT
 
Modelo de-fichamento em word
Modelo de-fichamento em wordModelo de-fichamento em word
Modelo de-fichamento em word
 
Modelos de síntese
Modelos de sínteseModelos de síntese
Modelos de síntese
 
Artigo cientifico (como fazer)
Artigo cientifico (como fazer)Artigo cientifico (como fazer)
Artigo cientifico (como fazer)
 
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opiniãoDiferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
 
Modelo de plano de aula
Modelo de plano de aulaModelo de plano de aula
Modelo de plano de aula
 
Como se faz uma tese
Como se faz uma teseComo se faz uma tese
Como se faz uma tese
 
Conto
ContoConto
Conto
 

Andere mochten auch

Como Se Faz Uma Tese - Umberto Eco
Como Se Faz Uma Tese - Umberto EcoComo Se Faz Uma Tese - Umberto Eco
Como Se Faz Uma Tese - Umberto EcoMarcia Kaiser
 
Eco, Umberto. Como Se Faz Uma Tese Em CiêNcias Humanas
Eco, Umberto. Como Se Faz Uma Tese Em CiêNcias HumanasEco, Umberto. Como Se Faz Uma Tese Em CiêNcias Humanas
Eco, Umberto. Como Se Faz Uma Tese Em CiêNcias HumanasWanessa de Castro
 
Eco, umberto. '' como se faz uma tese ''
Eco, umberto. '' como se faz uma tese ''Eco, umberto. '' como se faz uma tese ''
Eco, umberto. '' como se faz uma tese ''Helena Simões Moraes
 
45845399 como-se-faz-uma-tese-umberto-eco
45845399 como-se-faz-uma-tese-umberto-eco45845399 como-se-faz-uma-tese-umberto-eco
45845399 como-se-faz-uma-tese-umberto-ecotrefazol
 
Apresentação defesa de dissertação
Apresentação defesa de dissertaçãoApresentação defesa de dissertação
Apresentação defesa de dissertaçãoLuciana Viter
 
Apresentação pré-projeto dez 2011
Apresentação pré-projeto dez 2011Apresentação pré-projeto dez 2011
Apresentação pré-projeto dez 2011João Piedade
 
Umberto eco como se faz uma tese
Umberto eco   como se faz uma teseUmberto eco   como se faz uma tese
Umberto eco como se faz uma teseMaracy Guimaraes
 
Como se faz uma tese
Como se faz uma teseComo se faz uma tese
Como se faz uma tesebiocleber
 
As pesquisas denominadas estado da arte
As pesquisas denominadas estado da arteAs pesquisas denominadas estado da arte
As pesquisas denominadas estado da arteJosiueg
 
O dialogo entre objeto e metodo reflex+áes sobre metodologia de pesquisa - ...
O dialogo entre objeto e metodo   reflex+áes sobre metodologia de pesquisa - ...O dialogo entre objeto e metodo   reflex+áes sobre metodologia de pesquisa - ...
O dialogo entre objeto e metodo reflex+áes sobre metodologia de pesquisa - ...Luciana Quaresma
 
Folha de pronomes – correção
Folha de pronomes – correçãoFolha de pronomes – correção
Folha de pronomes – correçãoDiego Prezia
 
Projeto metodologia da pesquisa -Ano 2010
Projeto metodologia da pesquisa -Ano 2010Projeto metodologia da pesquisa -Ano 2010
Projeto metodologia da pesquisa -Ano 2010Van Acosta
 
Pesquisa na graduacao
Pesquisa na graduacaoPesquisa na graduacao
Pesquisa na graduacaoben
 

Andere mochten auch (20)

Como Se Faz Uma Tese - Umberto Eco
Como Se Faz Uma Tese - Umberto EcoComo Se Faz Uma Tese - Umberto Eco
Como Se Faz Uma Tese - Umberto Eco
 
Eco, Umberto. Como Se Faz Uma Tese Em CiêNcias Humanas
Eco, Umberto. Como Se Faz Uma Tese Em CiêNcias HumanasEco, Umberto. Como Se Faz Uma Tese Em CiêNcias Humanas
Eco, Umberto. Como Se Faz Uma Tese Em CiêNcias Humanas
 
Eco, umberto. '' como se faz uma tese ''
Eco, umberto. '' como se faz uma tese ''Eco, umberto. '' como se faz uma tese ''
Eco, umberto. '' como se faz uma tese ''
 
Como escrever teses
Como escrever tesesComo escrever teses
Como escrever teses
 
45845399 como-se-faz-uma-tese-umberto-eco
45845399 como-se-faz-uma-tese-umberto-eco45845399 como-se-faz-uma-tese-umberto-eco
45845399 como-se-faz-uma-tese-umberto-eco
 
Guia para apresentação de uma Tese
Guia para apresentação de uma TeseGuia para apresentação de uma Tese
Guia para apresentação de uma Tese
 
Apresentação defesa de dissertação
Apresentação defesa de dissertaçãoApresentação defesa de dissertação
Apresentação defesa de dissertação
 
Guia pragmático para sua tese
Guia pragmático para sua tese Guia pragmático para sua tese
Guia pragmático para sua tese
 
Apresentação pré-projeto dez 2011
Apresentação pré-projeto dez 2011Apresentação pré-projeto dez 2011
Apresentação pré-projeto dez 2011
 
Umberto eco como se faz uma tese
Umberto eco   como se faz uma teseUmberto eco   como se faz uma tese
Umberto eco como se faz uma tese
 
Apostila
ApostilaApostila
Apostila
 
Tcco6
Tcco6Tcco6
Tcco6
 
Como se faz uma tese
Como se faz uma teseComo se faz uma tese
Como se faz uma tese
 
As pesquisas denominadas estado da arte
As pesquisas denominadas estado da arteAs pesquisas denominadas estado da arte
As pesquisas denominadas estado da arte
 
O dialogo entre objeto e metodo reflex+áes sobre metodologia de pesquisa - ...
O dialogo entre objeto e metodo   reflex+áes sobre metodologia de pesquisa - ...O dialogo entre objeto e metodo   reflex+áes sobre metodologia de pesquisa - ...
O dialogo entre objeto e metodo reflex+áes sobre metodologia de pesquisa - ...
 
Folha de pronomes – correção
Folha de pronomes – correçãoFolha de pronomes – correção
Folha de pronomes – correção
 
Projeto metodologia da pesquisa -Ano 2010
Projeto metodologia da pesquisa -Ano 2010Projeto metodologia da pesquisa -Ano 2010
Projeto metodologia da pesquisa -Ano 2010
 
Pesquisa na graduacao
Pesquisa na graduacaoPesquisa na graduacao
Pesquisa na graduacao
 
Metodologia
MetodologiaMetodologia
Metodologia
 
Thomas kuhn
Thomas kuhnThomas kuhn
Thomas kuhn
 

Ähnlich wie Como se faz uma tese :: Umberto Eco

"Como se faz uma Tese" - de Umberto Eco
"Como se faz uma Tese" - de Umberto Eco"Como se faz uma Tese" - de Umberto Eco
"Como se faz uma Tese" - de Umberto EcoAndré Camargo Costa
 
Estrutura+do+ensaio
Estrutura+do+ensaioEstrutura+do+ensaio
Estrutura+do+ensaioAdriele Leal
 
[Avançado] A produção de um texto científico.pptx
[Avançado] A produção de um texto científico.pptx[Avançado] A produção de um texto científico.pptx
[Avançado] A produção de um texto científico.pptxssuserd293d11
 
Como fazer um fichamento
Como fazer um fichamentoComo fazer um fichamento
Como fazer um fichamentoLxa Alx
 
Como fazer um fichamento
Como fazer um fichamentoComo fazer um fichamento
Como fazer um fichamentoLxa Alx
 
Tecnicas de estudo
Tecnicas de estudoTecnicas de estudo
Tecnicas de estudoDilene Matos
 
Tecnicas de estudo
Tecnicas de estudoTecnicas de estudo
Tecnicas de estudoUFJF
 
2 características da dissertação 9º ano 2009
2 características da dissertação    9º ano 20092 características da dissertação    9º ano 2009
2 características da dissertação 9º ano 2009Cristiane Paula Czepak Cris
 
Artur polónio como escrever um ensaio filosófico
Artur polónio   como escrever um ensaio filosóficoArtur polónio   como escrever um ensaio filosófico
Artur polónio como escrever um ensaio filosóficoRolando Almeida
 
Aula revisao simone_pertile
Aula revisao simone_pertileAula revisao simone_pertile
Aula revisao simone_pertileRosa Liane
 
aula artigo iquali.pptx
aula artigo iquali.pptxaula artigo iquali.pptx
aula artigo iquali.pptxZoraide6
 
Como fazer um artigo de opinião
Como fazer um artigo de opiniãoComo fazer um artigo de opinião
Como fazer um artigo de opiniãoStephane Rodrigues
 
Como fazer uma redação dissertativa argumentativa
Como fazer uma redação dissertativa argumentativaComo fazer uma redação dissertativa argumentativa
Como fazer uma redação dissertativa argumentativaAgassis Rodrigues
 
Curso de Redação - Parte 1/4
Curso de Redação - Parte 1/4Curso de Redação - Parte 1/4
Curso de Redação - Parte 1/4ABCursos OnLine
 
Dissertação argumentativa - TJ.pptx
Dissertação argumentativa - TJ.pptxDissertação argumentativa - TJ.pptx
Dissertação argumentativa - TJ.pptxBerlaPaiva
 
Como fazer uma redação dissertativa argumentativa
Como fazer uma redação dissertativa argumentativaComo fazer uma redação dissertativa argumentativa
Como fazer uma redação dissertativa argumentativaAgassis Rodrigues
 

Ähnlich wie Como se faz uma tese :: Umberto Eco (20)

"Como se faz uma Tese" - de Umberto Eco
"Como se faz uma Tese" - de Umberto Eco"Como se faz uma Tese" - de Umberto Eco
"Como se faz uma Tese" - de Umberto Eco
 
Estrutura+do+ensaio
Estrutura+do+ensaioEstrutura+do+ensaio
Estrutura+do+ensaio
 
[Avançado] A produção de um texto científico.pptx
[Avançado] A produção de um texto científico.pptx[Avançado] A produção de um texto científico.pptx
[Avançado] A produção de um texto científico.pptx
 
Como fazer um fichamento
Como fazer um fichamentoComo fazer um fichamento
Como fazer um fichamento
 
Como fazer um fichamento
Como fazer um fichamentoComo fazer um fichamento
Como fazer um fichamento
 
Tecnicas de estudo
Tecnicas de estudoTecnicas de estudo
Tecnicas de estudo
 
Tecnicas de estudo
Tecnicas de estudoTecnicas de estudo
Tecnicas de estudo
 
Tecnicas de estudo
Tecnicas de estudoTecnicas de estudo
Tecnicas de estudo
 
2 características da dissertação 9º ano 2009
2 características da dissertação    9º ano 20092 características da dissertação    9º ano 2009
2 características da dissertação 9º ano 2009
 
Artur polónio como escrever um ensaio filosófico
Artur polónio   como escrever um ensaio filosóficoArtur polónio   como escrever um ensaio filosófico
Artur polónio como escrever um ensaio filosófico
 
Ensaio
EnsaioEnsaio
Ensaio
 
Aula revisao simone_pertile
Aula revisao simone_pertileAula revisao simone_pertile
Aula revisao simone_pertile
 
aula artigo iquali.pptx
aula artigo iquali.pptxaula artigo iquali.pptx
aula artigo iquali.pptx
 
Como fazer um artigo de opinião
Como fazer um artigo de opiniãoComo fazer um artigo de opinião
Como fazer um artigo de opinião
 
Dissertaçao
DissertaçaoDissertaçao
Dissertaçao
 
Como fazer uma redação dissertativa argumentativa
Como fazer uma redação dissertativa argumentativaComo fazer uma redação dissertativa argumentativa
Como fazer uma redação dissertativa argumentativa
 
Como realizar o fichamento
Como realizar o fichamentoComo realizar o fichamento
Como realizar o fichamento
 
Curso de Redação - Parte 1/4
Curso de Redação - Parte 1/4Curso de Redação - Parte 1/4
Curso de Redação - Parte 1/4
 
Dissertação argumentativa - TJ.pptx
Dissertação argumentativa - TJ.pptxDissertação argumentativa - TJ.pptx
Dissertação argumentativa - TJ.pptx
 
Como fazer uma redação dissertativa argumentativa
Como fazer uma redação dissertativa argumentativaComo fazer uma redação dissertativa argumentativa
Como fazer uma redação dissertativa argumentativa
 

Kürzlich hochgeladen

TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 

Kürzlich hochgeladen (20)

TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 

Como se faz uma tese :: Umberto Eco

  • 1. Como se faz uma Tese de Umberto Eco por André Camargo @ Academia de Escrita
  • 2. Esclarecimento Este material é uma sistematização livre da obra de Umberto Eco. Não se propõe substituí-la; ao contrário, a leitura do texto completo é recomendada. Sobretudo a fim de certificar-se do que de fato afirma o autor, em suas palavras, remetemos o leitor à obra original. O objetivo desta apresentação é oferecer um guia prático, ou ainda um material de apoio, de fácil acesso, para quem está às voltas com um projeto acadêmico e pretende levá-lo a cabo com qualidade e uma boa dose de reflexão. Não se trata de pura reprodução, tampouco de invenção – procurei ser fiel ao ‘espírito’ do texto. Faço votos de que seja útil para um grande número de pessoas. Que contribua para que pensem e escrevam melhor e, a partir daí, para que possam aproximar-se cada vez mais de seus objetivos. André Camargo ACADEMIA DE ESCRITA 2
  • 3. Fazer uma tese – reflexões iniciais Mais importante que o tema de sua tese é a experiência de realizá-la. Elaborar uma tese, uma dissertação ou monografia envolve aprender a organizar o pensamento, “aprender a pôr ordem nas próprias ideias e ordenar os dados”. É, portanto, familiarizar-se com um método. ACADEMIA DE ESCRITA 3
  • 4. Elaborar uma Tese (etapas): 1. IDENTIFICAR um tema preciso 2. PESQUISA: recolher documentação sobre ele 3. Colocar em ORDEM estes documentos 4. Reexaminar o tema em primeira mão à luz da documentação recolhida 5. Dar forma orgânica a todas as reflexões precedentes 6. Empenhar-se para que o leitor compreenda o que se quis dizer e possa, se for o caso, recorrer à mesma documentação a fim de retomar o tema por conta própria ACADEMIA DE ESCRITA 4
  • 5. Escolher um tema • Você deve buscar fazer uma tese que esteja à altura de fazer. Isso começa pela escolha do tema. • Talvez o principal erro que os pesquisadores inexperientes cometem seja escolher um tema amplo demais, querer dar conta de tudo. • Nossa tese não vai mudar o mundo. Não é definitiva; é apenas o começo de um caminho. Outros trabalhos acadêmicos seguramente virão. Precisamos de uma dose saudável de humildade. Para Umberto Eco, “uma tese muito panorâmica constitui sempre um ato de orgulho”. • Eis a melhor recomendação que se pode dar: quanto mais específico, recortado, estrito for seu campo de estudo, definido pela sua escolha do tema, menos infernal se tornará sua vida pelos meses (ou anos) seguintes. ACADEMIA DE ESCRITA 5
  • 6. ou, nas palavras de Umberto Eco: “Recordemos este princípio fundamental: quanto mais se restringe o campo, melhor e com mais segurança se trabalha. Uma tese monográfica é preferível a uma tese panorâmica. É melhor que a tese se assemelhe a um ensaio do que a uma história ou a uma enciclopédia. “ ACADEMIA DE ESCRITA 6
  • 7. Outro equívoco de pesquisadores principiantes: •Comparar-se aos autores pesquisados, gerando um exagerado respeito pela autoridade. Isso pode paralisá-lo. •Você deve usar os autores consagrados como ponto de apoio. Ainda que possamos nos sentir anões perto deles, podemos nos tornar “anões em ombros de gigantes”. Por apoiarmo-nos neles, tornamo-nos capazes de ver mais além. ACADEMIA DE ESCRITA 7
  • 8. Tempo! Quanto tempo é necessário para se fazer uma tese? •A redação definitiva pode levar por volta de um mês •Período entre o surgimento da ideia inicial e a apresentação do material final: No máximo três anos ACADEMIA DE ESCRITA 8
  • 9. Se este prazo não for suficiente: 1.Escolhemos a tese errada (superior a nossas forças) OU 2.“Somos do tipo incontentável, que deseja dizer tudo, e continuamos a martelar a tese por vinte anos, ao passo que um estudioso hábil deve ser capaz de ater-se a certos limites, embora modestos, e dentro deles produzir algo de definitivo.” OU 3.“Fomos vítimas da ‘neurose da tese’: deixamo-la de lado, retomamo-la, sentimo-nos irrealizados, entramos num estado de depressão, valemo-nos da tese como álibi para muitas covardias, não nos formamos nunca.” ACADEMIA DE ESCRITA 9
  • 10. Características do estudo científico 1. Elege como objeto um tema reconhecível, isto é, definido de modo a ser reconhecido por outros pesquisadores 2. Deve dizer algo novo sobre este objeto, ou examiná-lo de um ponto de vista diferente do que já se disse sobre ele 3. Deve ser útil. Os melhores estudos se tornam indispensáveis 4. Deve fornecer elementos para a confirmação ou refutação de suas hipóteses ACADEMIA DE ESCRITA 10
  • 11. Colocando no papel 1. Primeiro passo: escrever o título, a introdução e o índice final (ironicamente, tudo o que se costuma deixar para o fim). Todos deverão sofrer alterações à medida que a tese avança – portanto, nada de perfeccionismo! • Este título provisório deve relacionar-se claramente com a pergunta que seu estudo procura responder 2. O índice como hipótese de trabalho • Redigir um índice provisório serve para definir o âmbito da tese • Sugestão: transformar o índice em um Sumário, que contenha um breve resumo para cada capítulo ACADEMIA DE ESCRITA 11
  • 12. Estrutura do índice 1. Posicionar seu problema (contextualizar) 2. Apresentação dos estudos precedentes relevantes 3. Apresentar sua hipótese 4. “Dados que estamos em condição de apresentar” 5. Sua análise dos dados 6. Demonstração da hipótese em relação aos dados obtidos 7. Conclusões provisórias e referências para trabalhos posteriores ACADEMIA DE ESCRITA 12
  • 13. Esboço da introdução • Pode ser redigido como um comentário analítico do índice: “Com o presente trabalho, propomos demonstrar (uma determinada tese). Os estudos precedentes (tal e tal) deixaram em aberto inúmeros problemas (tais) e os dados recolhidos não bastam. No primeiro capítulo tentaremos estabelecer o ponto X; no segundo, abordaremos o problema Y. Concluindo, tentaremos provar (isto e aquilo). Deve-se ter presente que nos fixamos limites precisos, isto é, tais e tais. Dentro destes limites, o método que seguiremos é o seguinte... etc., etc.” ACADEMIA DE ESCRITA 13
  • 14. Observações • O esboço da introdução deve ser como um resumo do trabalho já feito (ainda que esteja apenas começando). • Um índice e uma introdução bem feitos lhe permitirão começar da parte sobre a qual se sente mais seguro, e não necessariamente do início. • Neste ponto, a primeira coisa a fazer será uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de definir o núcleo (o foco) da tese. ACADEMIA DE ESCRITA 14
  • 15. Sobre a redação - recomendações • “Escreva o que lhe vier à cabeça, mas apenas no rascunho. Depois perceberá que o ímpeto lhe arrebatou a mão e o afastou do núcleo do tema. Elimine então as partes parentéticas e as divagações, colocando-as em nota ou em apêndice. A finalidade da tese é demonstrar uma hipótese que se elaborou inicialmente e não provar que se sabe tudo.” • Todos os termos técnicos usados como categorias-chave no nosso texto deverão ser definidos. • Defina sempre um termo ao introduzi-lo pela primeira vez. Não sabendo defini-lo, evite-o. ACADEMIA DE ESCRITA 15
  • 16. Continua – dicas de redação • A quem se dirige nosso discurso? À humanidade, e não ao examinador • Escreva como se fala. Nada de períodos longos. Se ocorrerem, registre-os e depois desmembre-os. Frases curtas e pontos finais. Não receie repetir duas vezes o mesmo sujeito. • Elimine o excesso de pronomes e de orações subordinadas • Abra parágrafos com frequência para arejar o texto. Quanto mais vezes, melhor. • Verifique se qualquer pessoa entende o que escreveu. Não se faça de gênio solitário ACADEMIA DE ESCRITA 16
  • 17. Continua – dicas de redação • “A linguagem da tese é uma metalinguagem, i.e., uma linguagem que fala de outras linguagens. Um psiquiatra que descreve doentes mentais não se exprime como os doentes mentais. Não quero dizer que seja errado exprimir-se como eles; pode-se, e razoavelmente, estar convencido de que os doentes mentais são os únicos a exprimir-se como deve ser. Mas então terá duas alternativas: ou não fazer uma tese e manifestar o desejo de ruptura recusando os títulos universitários e começando, por exemplo, a tocar guitarra; ou fazer a tese, mas explicando por que motivo a linguagem dos doentes mentais não é uma linguagem de “loucos”, e para tal precisará empregar uma metalinguagem crítica compreensível a todos. O pseudopoeta que faz sua tese em versos é um palerma (e com certeza um mau poeta).” ACADEMIA DE ESCRITA 17
  • 18. Continua – dicas de redação • O que você NÃO deve fazer: • Não use reticências ou pontos de exclamação nem faça ironias • Não comece a explicar onde fica Roma para depois não explicar onde fica Piraporinha do Bom Jesus (ou seja: Não forneça referências e fontes para noções de conhecimento geral) • Não atribua a um autor uma ideia que ele apresenta como de outro (para isso usamos o termo apud.) ACADEMIA DE ESCRITA 18
  • 19. Citações • Os textos objeto de análise interpretativa podem ser citados com razoável amplitude • Textos da literatura crítica (fontes secundárias) só são citados quando, com sua autoridade, corroboram ou confirmam afirmação nossa • Pressupõe-se que você concorda com o texto que cita, a menos que o trecho seja precedido e seguido de expressões críticas ACADEMIA DE ESCRITA 19
  • 20. Citações - continua • Toda citação deve permitir identificar de modo inequívoco o autor e a fonte • Com chamada e referência em nota, principalmente quando se trata de autor mencionado pela primeira vez • Com o nome do autor e a data de publicação da obra entre parênteses, após a citação • Com simples parênteses, onde se menciona o número da página quando o capítulo ou toda a tese tratam da mesma obra do mesmo autor ACADEMIA DE ESCRITA 20
  • 21. Citações - continua • Citações de fontes primárias  devem ser colhidas preferencialmente de edição crítica ou da edição mais conceituada • Citações de autores contemporâneos  no caso de haver várias edições: • Cita-se a primeira, se as sucessivas forem meras reimpressões • Cita-se a última caso a obra tenha sido revista, corrigida, refundida, ampliada ou atualizada • Em ambos os casos, especificar qual das edições está sendo citada ACADEMIA DE ESCRITA 21
  • 22. Citações - continua • Termos convencionalmente usados em notas e citações: • Ibidem  significa “no mesmo lugar”. Usado para indicar que se está citando o mesmo texto e a mesma página (da citação imediatamente anterior) • Op. cit.  significa “obra já citada”. Expressão usada para citar o mesmo texto, mas outra página. Exemplo: Vásquez, op. cit., p. 61. • Cf.  significa “confrontar”. Termo usado quando se quer remeter o leitor a um texto que de algum modo lança luz sobre o que se está afirmando ACADEMIA DE ESCRITA 22
  • 23. Citações - continua • Observações finais sobre a citação • Citações de até 2 ou 3 linhas podem ser incluídas no corpo do parágrafo, entre aspas. • As citações devem ser fieis. Toda alteração precisa ser claramente assinalada. Exemplos: • ...  assinala partes eliminadas • [ ]  inclui comentários ou esclarecimentos. Exemplos: • [grifo nosso] indica que o destaque (negrito, itálico ou sublinhado) não está no original; é de sua autoria • [sic] reproduz o erro de estilo ou informação do autor citado, ou seja, aquele erro não foi você que cometeu ACADEMIA DE ESCRITA 23
  • 24. [IMPORTANTE] PLÁGIO • Citações sem aspas • Apresentar um texto ou trechos de um texto como se fossem de sua autoria • Desonestidade intelectual PARÁFRASE • Reescrever: repetir com as próprias palavras o pensamento do autor • Não se deve preocupar-se doentiamente em nunca colocar as mesmas palavras, pois às vezes é inevitável e mesmo útil que certos termos permaneçam imutáveis. ACADEMIA DE ESCRITA 24
  • 25. Duas observações •Compreender um texto é ser capaz de parafraseá-lo com precisão sem tê-lo diante dos olhos, ou seja, conseguir reproduzir a ideia do outro nas nossas próprias palavras. •“A paráfrase quase textual evita o plágio pelo uso de aspas.” ACADEMIA DE ESCRITA 25
  • 26. Notas de rodapé • Para que servem? 1. Indicar as fontes das citações 2. Remissões internas e externas. Exemplo: Cf. (= confrontar) 3. Acrescentar ao assunto discutido outras indicações bibliográficas de reforço. Exemplo: “Ver também, a esse respeito, a obra tal” 4. Introduzir uma citação de reforço que, no texto, atrapalharia a leitura ACADEMIA DE ESCRITA 26
  • 27. Notas de rodapé - continua 5. Ampliar as afirmações feitas no texto com observações que, embora importantes, são acessórias em relação ao tema ou apenas repetem sob um ponto de vista diferente o que já foi dito de maneira essencial 6. Corrigir as afirmações do texto: você está seguro do que afirma, mas, ao mesmo tempo, consciente de que pode haver quem não esteja de acordo, ou considera que de um certo ponto de vista, se poderia fazer uma objeção à nossa assertiva. Seria então prova não só de lealdade científica, mas também de espírito crítico inserir uma nota explicativa ACADEMIA DE ESCRITA 27
  • 28. Notas de rodapé - continua 7. Ampliar as afirmações feitas no texto com observações que, embora importantes, são acessórias em relação ao tema ou apenas repetem sob um ponto de vista diferente o que já foi dito de maneira essencial 8. Dar a tradução de uma citação que era essencial fornecer em língua estrangeira 9. Apresentar a versão original de uma citação que, por razões de fluência do discurso, era mais cômodo fazer em tradução ACADEMIA DE ESCRITA 28
  • 29. Notas de rodapé - continua 10. Pagar dívidas: às vezes é necessário pagar dívidas cuja documentação não é fácil, e pode ser norma de correção científica advertir em nota, por exemplo, que uma série de ideias originais ora expostas jamais teria vindo à luz sem o estímulo recebido da leitura de determinada obra ou das conversações privadas com tal estudioso ACADEMIA DE ESCRITA 29
  • 30. Notas de rodapé – observações finais De que tamanho? • Uma nota nunca deve ser excessivamente longa, do contrário não será uma nota, mas um Apêndice que, como tal, deve aparecer no fim da obra, numerado Onde? • Devemos ser coerentes: ou todas as notas em rodapé, ou no fim do capítulo, ou breves notas em rodapé e apêndices no fim da obra ACADEMIA DE ESCRITA 30
  • 31. A Bibliografia final • A bibliografia final fornece, relativamente à nota, informações mais completas • Costuma-se citar em nota o autor pelo NOME e SOBRENOME, enquanto na bibliografia o encontraremos em ordem alfabética pelo sobrenome e nome • Uma nota pode abreviar certos dados, eliminar o subtítulo, omitir de quantas páginas é o volume, enquanto a bibliografia deve fornecer todas essas informações ACADEMIA DE ESCRITA 31
  • 32. E, para encerrar: O orgulho científico • Não existe nada mais irritante do que aquelas teses onde o autor adianta: “Não estamos à altura de afrontar tal assunto, mas arriscaremos a hipótese...” • Fazer uma tese sobre o tema X significa presumir que até então ninguém tivesse dito nada de tão completo e claro sobre o assunto. O presente livro lhe ensinou que deve ser cauteloso ao escolher o tema, ser suficientemente perspicaz para optar por algo limitado, talvez muito fácil, talvez ignobilmente setorial. Mas sobre o que escolheu, nem que tenha por título “Variações da venda de jornais na esquina da Avenida Ipiranga com a Avenida São João de 24 a 28 de agosto de 1976”, você deve ser a máxima autoridade viva • Não seja choramingas e complexado. Isso aborrece 32 ACADEMIA DE ESCRITA