Apresentação feita no evento Zona Digital do Oi Futuro Flamengo no dia 30/11/2012. O conteúdo enfoca a situação atual do livro digital expandido (enhanced e-book) e as oportunidades e perigos que seu desenvolmento implica.
2. “Neste momento, os formatos de mídia digital ainda
tendem a copiar os atributos das publicações
impressas. Desenvolver novos modelos apropriados
ao potencial da mídia digital é urgente e necessário.
Este desafio deve ser aceito por meio de uma
colaboração de agentes da cadeia de valor (autores,
editores, bibliotecas, centros computação, provedores
etc.). Trata-se de uma oportunidade fantástica.”
Andreas Degkwitz
Diretor da Biblioteca da
Universidade Humboldt de Berlim
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5. O livro digital permitiu a
interatividade entre o leitor e o
conteúdo, mas é no livro
expandido ou transmídia que a
interação ganha um papel
revolucionário.
6. O livro digital trouxe a
midiabilidade social para a
leitura, mas é no livro
expandido ou transmídia que a
interação social se torna parte
da experiência de ler.
7. “Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que se
ainda não aprendi não foi por falta de prática.
Comecei cedo; minhas recordações de infância
estão ligadas a isso: a ouvir e contar histórias. Não
só histórias de personagens que me
emocionaram, me intrigaram, me encantaram, me
assustaram – o Saci-Pererê, o Negrinho de
Pastoreio, a Cuca, Hércules, Teseu, os Argonautas,
Mickey Mouse, Tarzan, os Macabeus, os piratas,
Emília, João Felpudo, Huck Finn –, mas também as
histórias que eu ouvia de meus pais, de parentes,
dos vizinhos, e aquelas que eu próprio inventava”.
8. “A história é feita de palavras. Palavras são
fundamentais para quem escreve, como a
madeira, a serra, o martelo, os pregos, para o
marceneiro. Esta comparação, no meu caso, é
mais do que adequada. Passei boa parte da minha
infância na oficina de móveis do meu tio. Como
não podia comprar brinquedos em lojas – eram
muito caros –, eu próprio os fabricava, utilizando a
madeira que sobrava dos móveis. Lembro destes
brinquedos com saudades. Ensinaram-me
também a usar a imaginação para com ela suprir
as deficiências dos objetos toscos.”
9. “Minha casa era precária – o assoalho cedia ao
passo, ratos disputavam corridas no forro –, e
minúscula. Havia uma saleta na frente (...) e, no
fundo, o pátio, onde o capim vicejava, selvagem:
mar. Neste mar, eu navegava rumo a países
distantes a bordo de meu navio (um caixote de
madeira). Piratas a bombordo! Monstros a
estibordo! Os perigos, eu os enfrentava
galhardamente, mas jamais desembarquei nas
míticas regiões que povoavam a minha
imaginação; de alguma maneira foi o que fiz
com a minha ficção”.
[O Texto, ou: a Vida, Record, 2007]
10. O uso da imaginação e o
desenvolvimento da capacidade
de abstração que a narrativa
provoca podem chegar perto da
extinção no livro transmídia.
11. “Não precisamos de livros (…). O que não podemos
viver sem são ideias. A vida na Terra seria
severamente diminuída sem obras escritas bem
elaboradas e bem pesquisadas capazes de comunicar
técnicas, insight e ideias criativas de um ser humano a
outro (…). O que seria terrivelmente assustador de se
perder não é o livro em si, mas a tradição de textos de
formato longo.”
Diane Wachtell
Diretora-executiva da
The New Press
12. “Um mundo sem livros onde as pessoas aprendem a
ler e pesquisar por meio de fragmentos, tags, notas e
conteúdo wiki será um mundo de pessoas que não só
serão incapazes de ler livros – mas também serão
incapazes de escrevê-los.”
John Donatich
Diretora-executivo da
Yale University Press
13. O consumo de conteúdo
cada vez mais fracionado,
caótico e transmidiático pode
ser uma ameaça, inclusive
econômica, aos textos
de longo formato.
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18. Carlo Carrenho
Fundador do PublishNews &
Consultor Editorial
Twitter: @carrenho
E-mail: carrenho @ gmail.com
Esta apresentação está disponível em:
www.slideshare.net/carrenho
www.publishnews.com.br