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Correntes teórico-
metodológicas
 1- FENOMENOLOGIA
 Ênfase no mundo da vida cotidiana. Volta ao
mundo da vida, no confronto com o mundo dos
valores;
 Husserl – fundador da fenomenologia moderna
(filosofia), escritor e filósofo de grande influência
sobre o existencialismo e as Ciências Sociais;
 Objeto de estudo são as coisas como se
apresentam na experiência, na consciência,
buscando seus verdadeiros significados (essência)
Fenomenologia Husserl
 O fenômeno integra a consciência e a realidade
 Para chegar no fenômeno deve-se observar como o
indivíduo o percebe, o experimenta e o constrói
 Método – abertura para compreender o fenômeno a
partir dos significados e vivências atribuídas pelo
sujeito
 Análise dos fenômenos subjetivos, o que tem
importância é a experiência vivida no cotidiano
 Volta-se à análise dos relatosdescrição dos sujeitos
que vivenciaram o fenômeno em questão
Fenomenologiamétodo
 Fenômeno tem um lado externo (objetivo e observável):
comportamentos e valores; lado interno(subjetivo): as
emoções, pensamentos, sensações, emoções,
significados;
 Apreensão do fenômeno de segunda mão, por meio do
relato do sujeito
 Descobrir os sentidos menos aparentes
 A redução fenomenológica visa à maior aproximação
possível da essência dos fenômenos investigados, na
apreensão da parcela invariável, da experiência vivida
comum a todos.
Fenomenologia apresenta:
A) uma critica radical ao objetivismo da ciência
e propõe a subjetividade como fundante do
sentido;
B) uma demonstração da subjetividade como
sendo constitutiva do ser social e inerente ao
âmbito da autocompreensão objetiva;
C) propõe a descrição fenomenológica como
tarefa da sociologia
Fenomenologia nas Ciências
Sociais
 Principal representantes Schutz
 Propõe como objeto de estudo o mundo da vida
cotidiana
 Espaço-tempo: presente e a relação face a face
 Método: primeiro nível é o mundo da cotidianidade, tal
como é experimentado pelo homem em “atitude natural”.
Se apresenta através de tipificações, tipos-ideiais
(construto de primeira ordeminterpretação)
 Segundo nível é o conhecimento científico – construto de
segunda ordem, uma reinterpretação (diferença pela
consistência lógica, coerência)
Fenomenologia nas Ciências
Sociais
 Categorias e princípios: intersubjetividade,
compreensão, intencionalidade, subjetividade,
cotidiano
 A compreensão do mundo vivido deve apreender
as coisas sociais como significativas;
 A racionalidade e interacionalidade: mundo
construído sempre por ações e interações que
obedecem a usos, costumes e regras.
Críticas ao positivismo
A) nas explicações totalizantes e
invariáveis;
B) separação fatos sociais e valores;
C) a pretensão de construir conhecimentos
objetivos e neutros;
D) à coerção da sociedade sobre o
indivíduo
Críticas à fenomenologia
Não inclui os fenômenos estruturais,
os conflitos de classes, discussão de
dominação, poder, correlação de
forças;
Atomiza a realidade social
Não considera a historicidade dos
fatos sociais
Marxismo
 Fundado por Karl Marx e Frederico Engels
 Três fontes do marxismo
A) A filosofia alemã
B) a economia política
C) o socialismo utópico
 Categorias principais: modo de produção,
formação social, alienação, trabalho, totalidade,
dentre outras
A) Filosofia Alemãidealismo
 Parte da crítica a Hegel e aos novos hegelianos
 Neles encontra a dialética de cabeça para baixo, onde as
idéias, os pensamento e os conceitos produzem,
determinam a vida real dos homens, seu mundo material,
suas relações reais;
 Base material como fundadora das condições de vida, da
consciência e da política;
 Diferenças entre ser e consciência. Não é a consciência
que determina a vida, mas a vida que determina a
consciência
 Ultrapassa o materialismo do século XVIII e XIX que não
pensa a atividade humana enquanto práxis e a
historicidade da vida social;
 Homens como sujeitos históricos e revolucionários;
b) A economia política clássica
 Parte das idéias de A. Smith e Ricardo do valor-
trabalho;
 Teoria da mais-valia, concorrência
intercapitalista, crises cíclicas do capitalismo (leis
do funcionamento do capitalismo);
 Demonstrou que o valor de toda mercadoria é
determinado pelo tempo de trabalho socialmente
necessário à sua produção;
 Onde os economistas burgueses viam relações
entre objetos, descobriu relações entre homens;
 Teoria da mais-valia – fonte dos lucros
c) Socialismo Utópico
 Socialismo da época era utópico
 Criticava a sociedade capitalista, condenava-a,
maldizia-a, sonha aboli-la, procurava persuadir os
ricos da imoralidade da exploração;
 Mas não tinha a saída, nem explicava a natureza das
desigualdades, nem conhecia as leis do
funcionamento do capitalismo, nem a força motriz
capaz de criar uma nova sociedade;
 Proletários como sujeito revolucionário (organização e
lutas)
 Sociedade dos produtores associados
Materialismo histórico-
dialético
 Compreensão da realidade na sua dimensão
histórica (dinamicidade, provisoriedade e
transformação);
 A dialética exprime o movimento contraditório do
real e suas tendências de negatividade e
transformação
 Realidade como uma totalidade de fenômenos
econômicos, políticos e sociais inter-relacionados
(modo de produção)
 Totalidade é uma unidade de contrários
 Consciência como produto das condições materiais;
Materialismo histórico-
dialético
 Enquanto o materialismo histórico representa o
caminho teórico que aponta a dinâmica do real na
sociedade, a dialética refere-se ao método de
abordagem deste real, é a lógica do real, do seu
movimento
 Realidade como criação dos homens sob condições
determinadas realidade tem seu movimento
contraditório e dialético
 Homens enquanto classe podem promover
mudanças nas condições de produção, e na
superestrutura
Materialismo histórico-
dialético
 Concepção dialética e materialista da realidade (materialismo
dialético);
 Interpretação da história a partir das relações sociais de
produção e da luta de classe (materialismo histórico);
 Superestrutura deriva da infraestrutura econômico-social;
 Teoria da práxis como modelo da atuação humana;
 Valor supremo do trabalhoprotoforma da práxis e sua alienação
no capitalismo;
 Triunfo final do proletariadoRevolução radical
 Ditadura do proletariado (socialismo)
 Fim das alienações e do Estado (comunismo)
 Propriedade coletiva dos meios de produção
Marxismo
 Método – visa através da perspectiva histórica
captar a gênese e a estrutura do objeto; cercar o
objeto de conhecimento através de todas as suas
mediações e correlações;
 Objeto existe fora e independente do sujeito que
pesquisa;
 Processo de pesquisa visa a explicação do
particular no geral e vice-versa
(singularparticulargeral);
 Estudo de totalidades parciais buscando suas
conexões orgânicas, determinações essenciais e as
condições e efeitos de suas manifestações
Relação dialética entre:
 Fenômenos e sua essência;
 imaginação e a razão;
 Base material e consciência;
 Teoria e prática
 Objetivo e subjetivo
 Indução e dedução

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Correntes teórico metodológicas do Serviço Social

  • 1. Correntes teórico- metodológicas  1- FENOMENOLOGIA  Ênfase no mundo da vida cotidiana. Volta ao mundo da vida, no confronto com o mundo dos valores;  Husserl – fundador da fenomenologia moderna (filosofia), escritor e filósofo de grande influência sobre o existencialismo e as Ciências Sociais;  Objeto de estudo são as coisas como se apresentam na experiência, na consciência, buscando seus verdadeiros significados (essência)
  • 2. Fenomenologia Husserl  O fenômeno integra a consciência e a realidade  Para chegar no fenômeno deve-se observar como o indivíduo o percebe, o experimenta e o constrói  Método – abertura para compreender o fenômeno a partir dos significados e vivências atribuídas pelo sujeito  Análise dos fenômenos subjetivos, o que tem importância é a experiência vivida no cotidiano  Volta-se à análise dos relatosdescrição dos sujeitos que vivenciaram o fenômeno em questão
  • 3. Fenomenologiamétodo  Fenômeno tem um lado externo (objetivo e observável): comportamentos e valores; lado interno(subjetivo): as emoções, pensamentos, sensações, emoções, significados;  Apreensão do fenômeno de segunda mão, por meio do relato do sujeito  Descobrir os sentidos menos aparentes  A redução fenomenológica visa à maior aproximação possível da essência dos fenômenos investigados, na apreensão da parcela invariável, da experiência vivida comum a todos.
  • 4. Fenomenologia apresenta: A) uma critica radical ao objetivismo da ciência e propõe a subjetividade como fundante do sentido; B) uma demonstração da subjetividade como sendo constitutiva do ser social e inerente ao âmbito da autocompreensão objetiva; C) propõe a descrição fenomenológica como tarefa da sociologia
  • 5. Fenomenologia nas Ciências Sociais  Principal representantes Schutz  Propõe como objeto de estudo o mundo da vida cotidiana  Espaço-tempo: presente e a relação face a face  Método: primeiro nível é o mundo da cotidianidade, tal como é experimentado pelo homem em “atitude natural”. Se apresenta através de tipificações, tipos-ideiais (construto de primeira ordeminterpretação)  Segundo nível é o conhecimento científico – construto de segunda ordem, uma reinterpretação (diferença pela consistência lógica, coerência)
  • 6. Fenomenologia nas Ciências Sociais  Categorias e princípios: intersubjetividade, compreensão, intencionalidade, subjetividade, cotidiano  A compreensão do mundo vivido deve apreender as coisas sociais como significativas;  A racionalidade e interacionalidade: mundo construído sempre por ações e interações que obedecem a usos, costumes e regras.
  • 7. Críticas ao positivismo A) nas explicações totalizantes e invariáveis; B) separação fatos sociais e valores; C) a pretensão de construir conhecimentos objetivos e neutros; D) à coerção da sociedade sobre o indivíduo
  • 8. Críticas à fenomenologia Não inclui os fenômenos estruturais, os conflitos de classes, discussão de dominação, poder, correlação de forças; Atomiza a realidade social Não considera a historicidade dos fatos sociais
  • 9. Marxismo  Fundado por Karl Marx e Frederico Engels  Três fontes do marxismo A) A filosofia alemã B) a economia política C) o socialismo utópico  Categorias principais: modo de produção, formação social, alienação, trabalho, totalidade, dentre outras
  • 10. A) Filosofia Alemãidealismo  Parte da crítica a Hegel e aos novos hegelianos  Neles encontra a dialética de cabeça para baixo, onde as idéias, os pensamento e os conceitos produzem, determinam a vida real dos homens, seu mundo material, suas relações reais;  Base material como fundadora das condições de vida, da consciência e da política;  Diferenças entre ser e consciência. Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência  Ultrapassa o materialismo do século XVIII e XIX que não pensa a atividade humana enquanto práxis e a historicidade da vida social;  Homens como sujeitos históricos e revolucionários;
  • 11. b) A economia política clássica  Parte das idéias de A. Smith e Ricardo do valor- trabalho;  Teoria da mais-valia, concorrência intercapitalista, crises cíclicas do capitalismo (leis do funcionamento do capitalismo);  Demonstrou que o valor de toda mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção;  Onde os economistas burgueses viam relações entre objetos, descobriu relações entre homens;  Teoria da mais-valia – fonte dos lucros
  • 12. c) Socialismo Utópico  Socialismo da época era utópico  Criticava a sociedade capitalista, condenava-a, maldizia-a, sonha aboli-la, procurava persuadir os ricos da imoralidade da exploração;  Mas não tinha a saída, nem explicava a natureza das desigualdades, nem conhecia as leis do funcionamento do capitalismo, nem a força motriz capaz de criar uma nova sociedade;  Proletários como sujeito revolucionário (organização e lutas)  Sociedade dos produtores associados
  • 13. Materialismo histórico- dialético  Compreensão da realidade na sua dimensão histórica (dinamicidade, provisoriedade e transformação);  A dialética exprime o movimento contraditório do real e suas tendências de negatividade e transformação  Realidade como uma totalidade de fenômenos econômicos, políticos e sociais inter-relacionados (modo de produção)  Totalidade é uma unidade de contrários  Consciência como produto das condições materiais;
  • 14. Materialismo histórico- dialético  Enquanto o materialismo histórico representa o caminho teórico que aponta a dinâmica do real na sociedade, a dialética refere-se ao método de abordagem deste real, é a lógica do real, do seu movimento  Realidade como criação dos homens sob condições determinadas realidade tem seu movimento contraditório e dialético  Homens enquanto classe podem promover mudanças nas condições de produção, e na superestrutura
  • 15. Materialismo histórico- dialético  Concepção dialética e materialista da realidade (materialismo dialético);  Interpretação da história a partir das relações sociais de produção e da luta de classe (materialismo histórico);  Superestrutura deriva da infraestrutura econômico-social;  Teoria da práxis como modelo da atuação humana;  Valor supremo do trabalhoprotoforma da práxis e sua alienação no capitalismo;  Triunfo final do proletariadoRevolução radical  Ditadura do proletariado (socialismo)  Fim das alienações e do Estado (comunismo)  Propriedade coletiva dos meios de produção
  • 16. Marxismo  Método – visa através da perspectiva histórica captar a gênese e a estrutura do objeto; cercar o objeto de conhecimento através de todas as suas mediações e correlações;  Objeto existe fora e independente do sujeito que pesquisa;  Processo de pesquisa visa a explicação do particular no geral e vice-versa (singularparticulargeral);  Estudo de totalidades parciais buscando suas conexões orgânicas, determinações essenciais e as condições e efeitos de suas manifestações
  • 17. Relação dialética entre:  Fenômenos e sua essência;  imaginação e a razão;  Base material e consciência;  Teoria e prática  Objetivo e subjetivo  Indução e dedução