1. Escola Estadual De Educação Profissional Mário Alencar
Intoxicação Exógena Por Carbamatos
Curso: Tec. Enfermagem
Orientador: Everton Lavor
Fortaleza, fevereiro de 2015
2. Equipe:
ANA CAROLINA DA SILVA RABELO
ANA KARINE DE SOUSA MATIAS
Intoxicação exógena Por Carbamatos
TRABALHO APRESENTADO AO CURSO TECNICO DE
ENFERMAGEM DA E.E.E.P Mário Alencar dedicado a conclusão
de curso.
Orientador: Everton Lavor
4. Estatísticas
Algumas estatísticas
95% dos episódios cursam com pequenas consequências ou
nenhuma.
92% dos casos são por ingestão aguda, e não crônica.
92% dos casos ocorrem por substância única.
85% dos casos ocorrem de modo não intencional.
59% dos casos ocorrem em indivíduos de 20 a 49 anos.
52% dos casos ocorrem em crianças menores de 6 anos.
47% dos casos envolvem farmacêuticos.
5. Estatísticas
Nos Estados Unidos (2004)
2-3 milhões de intoxicações agudas por ano
5-10% dos atendimentos de emergência
Mais de 5% das internações em UTI (adultos)
Aproximadamente 5% dos casos com internação
hospitalar
6. OBJETIVO
VERIFICAR AS COMPLICAÇÕES REFERENTES A INTOXICAÇÃO EXOGENA
POR CARBAMATOS DENOMINAR A FISIOLOGIA, PATOLOGIA E SUA
TERAPEUTICA VINCULADA A INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM.
7. Fundamentação teórica
Revisão Sistema Nervoso e Ação de
neurotransmissores
Fisiopatologia da intoxicação por Carbamatos
Sintomatologia
Terapêutica mais comum
17. Terapia medicamentosa
Classificação do Pct intoxicado
GRAU 0- Sem sintomatologia 2hrs após a ingestão.
Observação por 6 horas
GRAU 1- Um dos sinais menores até 2hrs após a ingestão.
Lavagem gástrica (LG) com 6 litros ou mais de SF a 0,9%(enquanto
sair o agente tóxico);
- Observação por 12 horas. Mantendo-se
assintomático, liberar o paciente. Caso
apresente sintomatologia, reclassificar e proceder à conduta.
18. Terapia medicamentosa
Classificação do Pct.
GRAU 2- Sinais menores, acompanhados de um sinal maior.
Lavagem gástrica (LG) com 6 litros ou mais de SF a 0,9% (enquanto sair o
agente toxico);
- Carvão ativado (CA) via sonda nasogástrica (SNG), por lavagem, em
dose única de 25g em 250ml de SF a 0,9% para adulto, e 0,5g/kg para
crianças.
- Catártico salino Hidróxido de magnésio - 30 ml via SNG 1 hora após CA;
- Atropina - 1mg, EV, de 15/15 min;
- Telerradiografia de tórax - quando houver suspeita de broncoaspiração;
- Reavaliação de 2/2 horas, com nova classificação, quando necessário;
- Observação por pelo menos 12 horas, após término da atropinização.
19. Terapia medicamentosa
Classificação do Pct.
GRAU 3- Sinais menores, acompanhados de dois sinais maiores com
comprometimento respiratório.
LG com 8 litros de SF a 0,9% ou mais;
- CA via SNG, de 6/6 horas, até 24 horas
- Catártico salino, 1 hora após cada dose do carvão;
- Atropina - 1,5mg, EV, de 15/15 min, para adultos e
0,03mg/kg/dose, de 15/15 min, para crianças;
- Telerradiografia de tórax;
- Medidas sintomáticas e de suporte;
- Reavaliação e nova classificação, se necessário, de 2/2 horas
- Observação por pelo menos 18 horas, após término da Atropinização.
- Cuidado com a Atropinização destes pacientes, pois ao mesmo tempo que
pode ter uma melhora rápida, devendo haver a diminuição da dose da atropina,
pode evoluir com comprometimento respiratório, necessitando aumentar a dose.
20. Terapia medicamentosa
Classificação do Pct.
GRAU 4- Sinais menores, acompanhados de três ou mais sinais maiores com
comprometimento respiratório.
LG com 10L de SF a 0,9% ou mais;
- Atropina - 2,0 mg, EV, de 10/10 min, em adultos, e 0,05mg/kg/dose, de
10/10 min,em crianças;
- CA, via SNG, de 6/6 horas, por 24 horas;
- Catártico salino;
- Telerradiografia de tórax;
- Monitorização cardíaca;
- Medidas sintomáticas e de suporte;
- Reavaliação de 1/1 hora
- Observação por no mínimo 24h após término da atropinização.
- Avaliar indicação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pelo risco de desenvolver
Insuficiência Respiratória.
21. Terapia medicamentosa
Classificação do Pct.
GRAU 5- Quadro completo, com pelo menos um sinal de gravidade.
Atropina - 2mg, EV, de 10/10min, em adultos, e 0,05mg/kg/dose, de
10/10min, em crianças;
- Em casos muito graves pode ser aumentada a dose;
- Observação por 24 e 48h, no mínimo, após término da atropinização
- Indicação de UTI.
Contra-Indicações
Drogas que causam depressão do Sistema Nervoso Central, como Morfina,
Barbitúricos, Reserpina, Fenotiazínicos; Aminofilina, Teofilina; e Insulina. O
Contrathion está contra-indicado em intoxicação por Carbamatos, a não ser
quando:caso onde haja associação entre carbamato e OF.
22. Estudo de Caso
Histórico
• Anamnese
• Exame Físico(evolução)
Principais Diagnósticos de Enfermagem
Planejamento pretende
Implementação fazer
Avaliação
23. Histórico
Anamnese
14.01.2015 Pct A.S.S Id:24anos sexo:Feminino; Admitida na unidade de
tratamento urgente por intoxicação exógena pelo uso de carbamatos; SIC,
nega uso de drogas , medicações, e usou chumbinho para suicídio após
desilusão amorosa ; pct, Inconsciente , agitação psicomotora, sialorreia
intensa, bradicardia e brandpeia, SP02: 70%. FC:53bpm; PA:100x60mmhg;
Puncionado AVP em MSD para hidratação venosa rigorosa em uso de SRL;
Iniciado esquema de Atropinização com 15amp de atropina a 0,25mg/ml ;
iniciado analgesia com Fentanil 2ml EV; Realizado I.O.T tubo de n°7,5.
24. Histórico
exame físico
21.01.2015 ás 17:00 –Pct; A.S.S, Id: 24anos sexo: Feminino; 7°D.I.H por intoxicação exógena por
carbamatos, em sedoanalgesia, ECG2=o6t,pupilas(PIRF)T.O.T, em VM modo SIMV, VC(v) FR: 12 rpm,
Fio2:32%,Peep= 5 Sto2=99% ausculta normal MVU presentes e uniformes S/RA; tórax simétrico, expande
bilateralmente, ACV= Bradicardia. FC=52 bpm. BCNF com RCR em RT, hemodinamicamente estável,
mantendo PA=125x63mmhg,sem uso de DVA, TGI; em dieta com SNG em Aspiração, RG abundante de
aspecto escuro, realizado teste da catalase; resultado negativo; ausência de vômitos; abdome; plano,
flácido RHA positivo, sem massas ou VMG; SVD, diurese presente com aspecto turvo; Evacuações
presentes com aspecto pastoso e quantidade moderada; edemas na face e nos MMSS; AVP, em MSE,
ulceras por pressão de 1°grau; MID; calcâneo lateralizado exterior ,embalanço hídrico; uso de SRL 2000
ml; KCL 10% com 1 amp a cada soro de 500; vazão 100ml/h; Cefepine 2g iv 8/8 h dipirona 2ml+ 18AD
6/6h; hidrocortisona 100mg; NB:SF0,9% berotec 10mgotas + atrovent 30gotas; segue sobre cuidados de
enfermagem.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Ana Rabelo; Ana Karine.
25. Principais diagnósticos de enfermagem
Risco de integridade da pele prejudicada relacionado à:
(x) fragilidade da pele pela desidratação
( x) pressão sobre a pele
(x) infecção.
26. Principais diagnósticos de enfermagem
Risco de aspiração relacionado à:
(X)alimentação por sonda ( ) presença de TQT (X) nível de consciência reduzido.
27. Principais diagnósticos de enfermagem
Déficit no auto cuidado-banho e higiene relacionado
à: (X) fraqueza ( ) dor ( )fadiga, evidenciado por: (X) incapacidade de
fazer a própria higiene (X)intolerância a atividade.
28. Principais diagnósticos de enfermagem
Mobilidade física prejudicada relacionada à: ( )utilização de
equipamentos externos (X) força insuficiente para movimentar-
se ( ) fadiga ( )cirurgias, evidenciado à: ( ) pós-
operatórios ( X) restrições imposta ao movimento (X) capacidade motora
prejudicada.
29. Principais diagnósticos de enfermagem
Padrão respiratório ineficaz relacionado
à: ( ) ansiedade, evidenciado
por: (X) dispnéia ( ) tosse (X)saturação de O2 alterada.
30. Planejamento
Risco de integridade da pele prejudicada
Aplicar compressas frias ou mornas;
- Realizar mudança de decúbito;
- Supervisionar a pele;
Passar óleo de milho
creme, após o banho;
- Colocar coxins em proeminências ósseas; manter
colchão piramidal;
- Hidratar região perianal com Creme para assaduras
após troca de fraldas;
- Observar e anotar edemas;
- Observar e anotar estado de consciência;
Implementação
Aplicar compressas ( ) frias ( ) mornas;
- Realizar mudança de decúbito; (X)
- Supervisionar a pele (X)
- Passar (X) óleo de milho ( ) creme, após o banho;
- Colocar coxins em proeminências ósseas;
- ( ) Instalar ( ) manter colchão piramidal;
- Hidratar região perianal com creme para assaduras
após troca de fraldas;
- Observar e anotar edemas (X)
- Observar e anotar estado de consciência(X)
AVALIAÇÂO
31. Planejamento
Risco de aspiração
Manter cabeceira elevada;
- Aspirar secreções;
- Orientar -auxiliar -realizar higiene oral;
- Estimular -oferecer -auxiliar na ingesta
oral;
- Observar e anotar estado de consciência;
Implementação
- Manter cabeceira elevada (X)
- Aspirar secreções (X)
- ( ) Orientar ( ) auxiliar ( ) realizar
higiene oral;
- ( ) Estimular ( ) oferecer ( ) auxiliar
na ingesta oral;
-Observar e anotar estado de consciência (X)
AVALIAÇÃO
32. Planejamento
Déficit no auto cuidado-banho e
higiene
relacionado
- Encaminha -auxiliar-realizar banho;
-Orientar-auxiliar-realizar higiene oral;
- Realizar tricotomia na região;
- Realizar e anotar troca de fraldas;
- Hidratar região perianal com creme para
assaduras após troca de fraldas;
- Observar e anotar estado de consciência;
Implementação
( ) Encaminhar ( ) auxiliar (X) realizar
banho;
- ( ) Orientar ( ) auxiliar (X) realizar
higiene oral;
- Realizar tricotomia na região;
- Realizar e anotar troca de fraldas;
- Hidratar região perianal com creme para
assaduras após troca de fraldas;
- Observar e anotar estado de consciência(X)
AVALIAÇÃO
33. Planejamento
Mobilidade física prejudicada
Realizar mudança de decúbito;
- Estimular paciente a sentar na poltrona;
- Estimular-auxiliar -supervisionar a
deambulação;
- Encaminhar-auxiliar-realizar banho;
- Observar e anotar edemas;
- Observar e anotar estado de consciência;
Implementação
- Realizar mudança de decúbito(X)
- Estimular paciente a sentar na poltrona;
- ( ) Estimular ( ) auxiliar ( ) supervisionar
a deambulação;
-
( ) Encaminhar ( ) auxiliar ( X)realizar
banho;
- Observar e anotar edemas(X)
- Observar e anotar estado de consciência(X)
AVALIAÇÃO
34. Planejamento
Padrão respiratório ineficaz
Manter cabeceira elevada;
- Verificar saturação de O2;
- Incentivar paciente a tossir;
- Observar e anotar padrão
respiratório: -tosse-expectoração-
dispneia;
- Atentar para presença de -cianose
periférica- perioral;
- Observar e anotar estado de
consciência;
Implementação
- Manter cabeceira elevada(X)
- Verificar saturação de O2(X)
- Incentivar paciente a tossir;
- Observar e anotar padrão
respiratório: ( ) tosse ( )
expectoração (X) dispnéia;
- Atentar para presença de (X) cianose
periférica ( ) perioral;
- Observar e anotar estado de
consciência(X)
AVALIAÇÂO
35. Atento Para Medicamentos Em uso.
SRL 2000 ml; KCL 10% com 1 amp a cada soro de 500; vazão 100ml/h;
Cefepine 2g iv 8/8 h - antibiótico
dipirona 2ml+ 18AD 6/6h;- analgésico e antitérmico
hidrocortisona 100mg;- anti-inflamatório
NB:SF0,9% berotec 10mgotas + atrovent 30gotas;- bronco dilatador
Sedoanalgesia-Fentanil e dormonid
37. Considerações Finais
Este trabalho é de suma importância para esclarecimento dos futuros
profissionais de enfermagem e dos ouvintes presentes sobre o tema abordado, e
dos perigos que os carbamatos ocasiona na sociedade se mal manuseado, assim
podemos realizar a promoção e prevenção da saúde.
38. Referências
1.Snell RS. Neuroanatomia Clínica.7th ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;
2010.
2.Machado ABM. Neuroanatomia Funcional. 2nd ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
3. Baehr M, Frotscher M. Duus Diagnóstico Topográfico em Neurologia,4th ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008.
4.Netter FH.Atlas de Anatomia Humana 5th ed.rio de janeiro: elsevier; 2011.
5.Rubin M, Safdieh JE. Netter Neuroanatomia Essencial. 1st ed.Rio de Janeiro:
Elsevier;2008