2. Munique
• Em Munique ficamos hospedados no hotel Eurostars
e lá tivemos a primeira palestra.
• O Prof. Dr. Nazem Nascimento atua no Brasil e
mantém laços estreitos com a Alemanha. Conhece bem
o sistema de ensino alemão, tendo se doutorado nesse
país.
3. Universidade Técnica de Munique
(TUM)
• Dr. Stefan Marz
• Apresentou a TUM como uma universidade
empreendedora
4. Tipos de transferência de
tecnologia da TUM
PESSOAS
Conferências
Teses, monografias
COOPERAÇÃO COM EMPRESAS
Contratos de pesquisa
Projetos em cooperação
DIREITOS INTELECTUAIS DE PROPRIEDADE
Comercialização
Incubação
5. O que fomenta a inovação?
• Dr. Armin Pircher
• Desenvolveu a ideia de que a inovação ocorre
quando efetivamente se obtém um benefício
para a sociedade, com o desenvolvimento de
um produto, processo ou metodologia.
• Para Pircher, com base em uma revisão de
literatura, três pontos se destacam: Pessoas;
Trabalho e Equipe.
7. Conhecendo a Alemanha
•Dr. Peter J. Brener
• Trouxe-nos alguns problemas que hoje afligem a
Alemanha. As pessoas da antiga Alemanha Oriental
têm vindo para o lado ocidental, despovoando aquela
área.
• Imigrantes têm se fixado na Alemanha. Entretanto,
muitos acabam por não aprender a língua, tendo
dificuldade em se integrar. A maioria de imigrantes é de
turcos, e talvez seja o grupo com maior dificuldade de
integração. É comum, nas escolas, os meninos não
respeitarem professoras, em função de uma cultura
que desvaloriza o papel da mulher na sociedade.
8. Sistema Alemão
• No sistema educacional alemão, cada estado
tem autonomia sobre a legislação e diretrizes da
sua rede, mas em quase todo o país o ensino
primário termina na quarta série.
Escola Primária
• 6-10 anos
9. Sistema Dual
Escola Secundária
• 11-15 anos
As duas séries seguintes após a escola primária fazem
parte da escola secundária e são conhecidas como
"período de orientação". Durante esses dois anos, o
professor acompanha de perto o comportamento e as
notas de um estudante. Com base nisso, cabe a ele, no
final, recomendar para qual das três "áreas" do ensino
médio o aluno irá - as opções costumam não ter volta.
Os pais também tomam parte na decisão, porém têm
pouca influência.
10. •O Realschule é considerado uma educação
intermediária. Além das disciplinas comuns,
que têm conteúdos mais aprofundados, essa área
também costuma ter aulas de uma segunda língua
estrangeira e informática.
•Ela vai até o décimo ano e, após a conclusão,
o aluno precisa realizar um teste para ganhar
um certificado chamado Mittlere Reife,
que permite entrar em instituições de um
tipo de ensino profissionalizante, chamado
Fachoberschulen. Esse modelo também faz parte
da escola secundária e dura dois anos.
11. Já o Hauptschule é a área com o nível mais baixo.
Mesmo as disciplinas compulsórias têm um
conteúdo mais elementar.
Ele dura até o nono ano e o aluno o termina
com 15 anos, quando recebe o Hauptschulabschluss
(nesse caso é necessário fazer testes).
Além das disciplinas comuns, há também específicas
dessa área, como Arbeitslehre,
que dá aulas teóricas sobre o mercado de trabalho,
semelhante ao modelo de "career education“
da educação britânica.
12. O principal objetivo do Hauptschulen é preparar
somente para outro tipo de escolas
profissionalizantes de segundo grau:
as Berufsfachschulen.
Um detalhe importante: alunos das outras
áreas também podem se matricular nessas
instituições, ainda que não seja o costume.
13. Ginásio
• 15-18 anos
O Gymnasium é considerado o mais completo
e tem o objetivo de levar à universidade.
Na maioria dos estados, apenas os alunos com as
melhores notas entram em instituições desse tipo.
Mas há casos como o da cidade de Berlim,
em que 30% dessas vagas são sorteadas,
independentemente do desempenho do aluno.
15. •No sistema Dual o aluno estuda 12 semanas por ano e o
restante do tempo é na empresa (Aprender Fazendo).
•A forma como essas semanas ocorre varia. Pode ser
uma semana de aula e outra na empresa, ou um módulo
de 4 semanas, principalmente em áreas em que só há
uma escola e as empresas distantes.
•Ou ainda, uma aula por semana. Tudo isto ocorre com
um contrato assinado entre o aluno e a Câmara de
Indústria e Comércio, pois é esta que regula o contrato
do aluno com a empresa. No início, o aluno ganha cerca
de 300 euros, podendo chegar a 700 euros no final. Não
é obrigatório para o aluno ficar na empresa depois de
formado.
16.
17. CENTRAL DE ESTÁGIOS
•A Central de Estágios das IES têm de ganhar
outro caráter. Há que se buscar o caminho junto
às empresas para realimentar os conteúdos
escolares. A relação deve ser muito mais
intensa, buscando desenvolver a confiança entre
as partes.
•Os processos avaliativos devem ser também
desenvolvidos nas empresas com o apoio da
Central de Estágios.
18. Ensino técnico
•Nossa escola técnica deve buscar a criação de cursos com base
na necessidade das empresas. Há que se realizar encontros
diretos com as empresas e levantar as reais necessidades.
•O desenvolvimento da confiança e o trabalho cooperativo entre
a ETUS e as Empresas é fundamental para inovarmos nessa área.
•Várias profissões no Brasil são exercidas sem a preparação
desses profissionais em escolas técnicas. Desde as atividades
mais simples às mais complexas podem ser ancoradas em cursos
na Etus.
•Toda a área da Zona Oeste tem de ser estimulada a participar de
cursos tecnológicos, seja em nível superior ou médio.
•Há que se levantar o perfil desejado pelas empresas.
Encaminhar lista de competências e deixar espaço para que as
empresas insiram novas competências.
19. Ações
• Professores indo ao mercado para ver o que
está ocorrendo na prática, atuando junto aos
funcionários das empresas.
• Encaminhar carta às empresas para retificar ou
ratificar competências.
• Realizar fóruns com as empresas NA
DIMENSÃO DO ENSINO - PROJETO CONEXÃO
UNIVERSIDADE-EMPRESA
20. Ao completar o Gymnasium, o aluno realiza um
exame chamado Abitur, que permite a entrada
nas universidades alemãs. Nos cursos em que a
demanda pelas vagas é maior que a oferta, a
pontuação nesse exame é usada como critério
de admissão. A maioria das instituições de
ensino superior na Alemanha é pública, e em 10
dos 16 estados do país as universidades são
gratuitas. No restante, são pagas e custam em
média 500 euros por semestre.
•http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/170/
modelo-alemao-234959-1.asp
21. Abismo
• A maior parte dos estudantes da educação básica alemã está em
escolas públicas gratuitas - apenas 6% deles frequentam instituições
privadas. Segundo uma pesquisa realizada em 2008 pelo governo
federal, 20% dos estudantes frequentam escolas do tipo Hauptschule ,
27% estão em Realschulen, 6% nas instituições que reúnem essas duas
áreas e 35% no Gymnasium . Contudo, mesmo que a definição do
percurso de um aluno seja feita muito cedo, há maneiras de migrar
entre essas áreas. Alunos com as melhores notas do Hauptschulen
podem solicitar a admissão no décimo ano do Realschule . E os alunos
com as melhores notas no Realschule conseguem entrar em uma
instituição chamada Fachgymnasien, que oferece entre dois e três
anos do conteúdo ensinado no Gymnasium - o intuito é prepará-los
para o exame Abitur. A disparidade na qualidade de educação dessas
três áreas é grande. A edição de 2003 do Programa Internacional de
Avaliação de Alunos (Pisa) aponta que o aproveitamento médio dos
alunos do Hauptschule foi de 428 pontos. Já no Realschule essa média
chegou a 510 pontos, enquanto no Gymnasium foi de 587 pontos.
22. O ensino superior
• Universität - Universidades (Plenas ou
Clássicas) de Pesquisa
• Hochschule (Escolas de Ciências Aplicadas e
Técnicas)
• Escolas de Artes
23. Steinbeis - Hochschule
•Peter Dohm
•Esta é uma instituição diferente das outras
existentes na Alemanha. A nosso ver, a
capacidade empreendedora de seu criador,
Prof. Löhn, foi fundamental para que esta
instituição ganhasse espaço na Alemanha.
•Trata-se de uma escola de nível superior
(Hochshule), cuja sede fica em Baden.... e conta
com 50 polos.
http://www.steinbeis.de/de/experten/steinbeis-hochschule-berlin.html
24. Steinbeis - Hochsule
• Cada polo tem um Diretor, que é de fato um empresário.
Ele investe e se responsabiliza pela sustentabilidade do
negócio, remetendo à sede o percentual acordado.
• Este polo da Steinbeis tem 50 funcionários e 15
professores.
• Esta escola entrou num nicho na Alemanha. A média de
idade dos alunos era de 48 anos e hoje está na casa dos 38
anos. Isto significa que muitos desses alunos não tiveram
oportunidade de cursar o ensino superior quando jovens.
25. Steinbeis - Hochsule
• Esta unidade da Steinbeis fica em Berlim. Conforme a
informação da direção do polo, em Berlim, é mais fácil abrir
uma instituição de ensino.
• Cada estudante deste instituto tem um projeto na
empresa em que trabalha.
• O projeto é trabalhado de maneira contínua. De fato, este
aluno presta consultoria para a empresa junto à Steinbeis.
• Existem problemas a serem resolvidos, então, a empresa
define quem serão os alunos e paga para que eles façam a
faculdade.
• É UM PROJETO INTEGRADOR CONTÍNUO
26. Steinbeis - Hochsule
• Normalmente na Steinbeis são três dias de
aula, incluindo o sábado. Ou seja, é uma escola
superior para o aluno trabalhador, utilizando a
filosofia do sistema dual.
• Um exemplo interessante é a parceria com
uma equipe de futebol alemã. Os jogadores
fazem o curso superior e se preparam para
depois da carreira futebolística.
27. Steinbeis - Hochsule
• Prof. Löhn
• A palestra de Löhn destacou quatro aspectos: a
internacionalização, a tecnologia, a qualificação
e o financiamento.
• INTERNACIONALIZAÇÃO
As empresas têm de estar no mundo inteiro.
• FINANCIAMENTO
A dissociação entre o mundo das empresas e o
mundo do mercado de capitais está se
fortalecendo. A conscientização pela própria
empresa já não existe.
28. Steinbeis - Hochsule
• TECNOLOGIA
Antes havia um entendimento de que as high
tech seriam para as grandes empresas e as low
tech para as pequenas, isto não existe mais. A
computação vai mudar todas as empresas.
Quem vai ganhar? Aqueles que têm estrutura
de comunicação e indústria 4.0. Não se pode ter
grandes empresas apenas. As pequenas são
fundamentais no processo, mas elas necessitam
de inovação.
29. Steinbeis - Hochsule
• Um exemplo que poderíamos usar é o do
futebol. Se não houver clubes “pequenos” como
realizar um campeonato? No Rio ainda temos
quatro grandes, em São Paulo uns seis, mas o
que dizer dos outros estados. Os campeonatos
só existirão no nível estadual se os pequenos
inovarem a ponto de apresentarem grandes
equipes, inovadoras equipes. Isto faz com que
todos progridam.
30. Steinbeis - Hochsule
• QUALIFICAÇÃO
•As empresas necessitam de funcionários
qualificados.
“Não adianta ter professores inteligentes e isto
não ser aproveitado pela universidade”.
“Um país é idiota quando investe em ciência e
as empresas não se aproveitam disso”.
31. Princípios da Steinbeis
1. Atender ao cliente (Design Thinking);
2. Professores indo às empresas;
3. Independência financeira (sem subvenção
do governo);
4. Modelo descentralizado
32. Steinbeis
No modelo de Steinbeis não há hierarquia, de acordo
com o seu fundador. Para ele, hierarquia implica
“mandar e não fazer”. Em um modelo descentralizado
as Lideranças têm de “saber fazer”.
O aluno para estudar nesta escola têm de ter um
projeto para resolver um problema real da empresa
onde atua. Normalmente é a empresa que paga o
curso.
O palestrante deu um exemplo da AUDI, que pagou
o doutoramento de um aluno, para que um problema
da empresa fosse solucionado.
33. Universidade Livre de Berlin
e Humbolt Universität
A Universidade Livre de Berlim (em alemão: Freie Universität Berlin,
abreviatura corrente: "FU Berlin") é uma das mais prestigiadas
universidades da Alemanha e da Europa continental. Distingue-se pelo seu
caráter moderno e internacional. É a maior das quatro universidades de
Berlim. A pesquisa na universidade está focalizada nas Humanidades e
nas Ciências Sociais, assim como nas Ciências da Saúde e nas Ciências
Naturais.
Fundada em Berlim Ocidental durante o início da Guerra Fria, o seu nome
(Universidade Livre) refere-se ao fato de a Universidade Humboldt, mais
antiga, ter ficado em Berlim Oriental, parte da cidade controlada pelas
forças comunistas soviéticas.
A Humbolt foi inspiração para as modernas universidades, pois foi a
primeira a encarar a pesquisa e o ensino como indissociáveis. O autor
Henry Etzkowitz chama a isto de A Primeira Revolução Acadêmica.
34. Algumas percepções
A missão nos permitiu verificar a experiência que a
Alemanha tem na relação entre as escolas e as
empresas. Na Alemanha há uma diferenciação
clara entre Universidades e Escola Superiores
Técnicas.
Existe valorização pela sociedade alemã do ensino
técnico e uma grande confiança entre escolas e
empresas, isto não ocorre no Brasil.
35. Devemos não só valorizar a titulação. Há que se valorizar
também a qualificação. Por esta razão, as escolas deveriam
encontrar caminhos para ter em seus quadros: profissionais
com grande conhecimento do mercado de trabalho.
Há que se fortalecer a relação entre a universidade e a
empresa no Brasil. A ideia de o aluno de graduação ter um
projeto logo no início da formação merece ser apreciada. Se
no mestrado e no doutorado ele tem de ter um projeto, por
que não na graduação?
Levar os professores para contactar diretamente os
empresários. Verificar os problemas reais das empresas e
trazer para a universidade.
36. Há que se rever a legislação trabalhista no sentido de facilitar
a aprendizagem em conjunto com o trabalho, protegendo
tanto as empresas, as universidades, alunos aprendizes e os
trabalhadores.
Intensificar a credibilidade e integração entre a Academia e a
Empresa, onde ambos abram suas portas um para o outro.
Focalizar essa relação na dimensão da responsabilidade
social das empresas, diminuindo-se as restrições e regras
para o envolvimento do jovem aprendiz.
37. Desburocratizar as relações entre o aprendiz, a
universidade e a empresa.
As universidades devem se aproximar das empresas cuja
missão esteja em consonância com sua missão.
Definir como política a contratação de professores com
experiência de mercado.