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G.M., 22 anos, é admitida na Emergência após ter sido trazida pelo SAMU sem quaisquer acompanhantes após ter desmaiado no metrô.  À admissão não apresentava quaisquer respostas a estímulos verbais, táteis ou dolorosos.  Hipotônica, com hiporreflexia superficial. Miose isocórica fotorreagente.  Ausculta cardiopulmonar normal. Sinais vitais: FC = 66 bpm, PA = 110 x 65 mmHg, FR = 8 mrm, TA = 35,8ºC. Saturação de oxigênio (conforme oxímetro de pulso, em ar ambiente) = 97%.
 
O receptor GABA A  e seus ligantes
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Síndrome sedativo-hipnótica
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Síndrome sedativo-hipnótica
Um menino de 2 anos, previamente hígido, chega ao pronto-socorro com história de ter sido encontrado desacordado no seu quarto.  Próximo a ele foi achado um frasco vazio de um medicamento para tosse, que estava sendo usado pelo seu avô. Não houve liberação de esfíncteres. Ao exame físico, a criança encontra-se inconsciente (Glasgow 3), com respiração superficial (FR=9mrm) e apresenta pupilas puntiformes. RHA diminuídos. O restante do exame físico está inalterado.
- fentanil - heroína - meperidina - morfina - tramadol - codeína - loperamida - dextrometorfano - difenoxilato - oxicodona - hidrocodona  Síndrome opióide
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Síndrome opióide
Deivid, 1 ano, foi trazido pelos pais com um quadro de sonolência, sudorese, palidez, hipotermia (35oC) com extremidades frias, bradicardia (FC=52bpm), bradipnéia (FR=8mrpm), pupilas médias isocóricas e fotorreagentes, e PA=130x85mmHg. O paciente reage bem à estimulação tátil. Os pais negam que tenham administrado qualquer medicamento para a criança e Dorotéia quer solicitar um exame toxicológico. Faço uma hipótese diagnóstica e peço para Dorotéia pressionar os pais no sentido de investigar se não houve realmente a administração de nenhum medicamento à criança, visto que ela tinha diagnóstico de rinite e sinusite.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Síndromes simpatolíticas (I)
Dona Geralda, 51 anos, apresentava acrocianose (+/4) e SatO 2 =86%. Sua ventilação era espontânea, porém bradipnéica, com FR = 8 mrm. Os demais sinais vitais também estavam alterados: freqüência cardíaca (FC) = 38 bpm, pressão arterial (PA) = 70 x 40 mmHg e temperatura axilar (TA) = 35,5ºC. Glicemia capilar de 89 mg/dl.   Resposta verbal débil após estímulos dolorosos. Pupilas mióticas isocóricas, fotorreagentes. Apresentava hipotonia e reflexos superficiais diminuídos. Ausculta cardio pulmonar e abdome normais. Não houve melhora da PA com reexpansão volêmica e dopamina. A Sra. Regina, cuidadora da paciente, contou que apesar de administrar um “tranquilizante passado pelo médico” à noite, negou veementemente que a paciente possa ter sofrido uma superdosagem, pois refere “guardar muito bem” os medicamentos da paciente.
Bloqueio alfa-1  - fenotiazínicos (clorpromazina, levomepromazina, periciazina) - neurolépticos atípicos (quetiapina, olanzapina, risperidona)  - fentolamina, prazosina, doxazosina  Choque refratário à dopa: a dopamina têm predileção por receptores beta. A estimulação de receptores beta-2 provoca hipotensão. No bloqueio alfa-1 deve-se usar noradrenalina, cuja afinidade maior é sobre alfa, para que haja competição com o antagonista. Síndromes simpatolíticas (II)
Após uma briga com os pais, Mariana, 16 anos, tomou duas cartelas de comprimidos cujo nome é ignorado. A paciente foi admitida no PS em coma, com PA = 80x55mmHg, FC = 48bpm e FR=10mrm. Ausculta pulmonar com MV diminuído globalmente e sibilos difusos. Em pouco tempo evoluiu para convulsão tônico-clônica generalizada tratada com diazepam. Como houve rápida deterioração hemodinâmica, instituiu-se dopamina, noradrenalina e dobutamina, sem resposta. ECG com BAV de primeiro grau. Dextro = 39. Potássio = 5,6. O namorado, que a trouxe ao PS, sabia apenas informar que os comprimidos são usados pela mãe da paciente para tratar sua hipertensão arterial sistêmica e que sua namorada é asmática.
Antagonistas beta-adrenérgicos - propranolol, atenolol, carvedilol, labetalol, metoprolol - O propranolol mais está associado a casos graves e à convulsões, devido à lipossolubilidade - bradicardia, hipotensão e choque - ↑  PR com QRS normal – cuidado com BAV e assistolia - hipercalemia e hipoglicemia - Tratamento difícil: Opções antigas: atropina, aminofilina, bicarbonato de sódio, marcapasso. Opções modernas: glucagon, amrinona e terapia “insulina em alta dose-glicose-potássio-euglicemia” ( HDIDK  –  high-dose insuline, dextrose and potassium ). Opção promissora: intralipid Síndromes simpatolíticas (III)
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Síndromes tóxicas 2010 2 parte_3_sedativo_hipnótica_opióide_simpatolíticas

  • 1. G.M., 22 anos, é admitida na Emergência após ter sido trazida pelo SAMU sem quaisquer acompanhantes após ter desmaiado no metrô. À admissão não apresentava quaisquer respostas a estímulos verbais, táteis ou dolorosos. Hipotônica, com hiporreflexia superficial. Miose isocórica fotorreagente. Ausculta cardiopulmonar normal. Sinais vitais: FC = 66 bpm, PA = 110 x 65 mmHg, FR = 8 mrm, TA = 35,8ºC. Saturação de oxigênio (conforme oxímetro de pulso, em ar ambiente) = 97%.
  • 2.  
  • 3. O receptor GABA A e seus ligantes
  • 4.
  • 5.
  • 6. Um menino de 2 anos, previamente hígido, chega ao pronto-socorro com história de ter sido encontrado desacordado no seu quarto. Próximo a ele foi achado um frasco vazio de um medicamento para tosse, que estava sendo usado pelo seu avô. Não houve liberação de esfíncteres. Ao exame físico, a criança encontra-se inconsciente (Glasgow 3), com respiração superficial (FR=9mrm) e apresenta pupilas puntiformes. RHA diminuídos. O restante do exame físico está inalterado.
  • 7. - fentanil - heroína - meperidina - morfina - tramadol - codeína - loperamida - dextrometorfano - difenoxilato - oxicodona - hidrocodona Síndrome opióide
  • 8.
  • 9. Deivid, 1 ano, foi trazido pelos pais com um quadro de sonolência, sudorese, palidez, hipotermia (35oC) com extremidades frias, bradicardia (FC=52bpm), bradipnéia (FR=8mrpm), pupilas médias isocóricas e fotorreagentes, e PA=130x85mmHg. O paciente reage bem à estimulação tátil. Os pais negam que tenham administrado qualquer medicamento para a criança e Dorotéia quer solicitar um exame toxicológico. Faço uma hipótese diagnóstica e peço para Dorotéia pressionar os pais no sentido de investigar se não houve realmente a administração de nenhum medicamento à criança, visto que ela tinha diagnóstico de rinite e sinusite.
  • 10.
  • 11. Dona Geralda, 51 anos, apresentava acrocianose (+/4) e SatO 2 =86%. Sua ventilação era espontânea, porém bradipnéica, com FR = 8 mrm. Os demais sinais vitais também estavam alterados: freqüência cardíaca (FC) = 38 bpm, pressão arterial (PA) = 70 x 40 mmHg e temperatura axilar (TA) = 35,5ºC. Glicemia capilar de 89 mg/dl. Resposta verbal débil após estímulos dolorosos. Pupilas mióticas isocóricas, fotorreagentes. Apresentava hipotonia e reflexos superficiais diminuídos. Ausculta cardio pulmonar e abdome normais. Não houve melhora da PA com reexpansão volêmica e dopamina. A Sra. Regina, cuidadora da paciente, contou que apesar de administrar um “tranquilizante passado pelo médico” à noite, negou veementemente que a paciente possa ter sofrido uma superdosagem, pois refere “guardar muito bem” os medicamentos da paciente.
  • 12. Bloqueio alfa-1 - fenotiazínicos (clorpromazina, levomepromazina, periciazina) - neurolépticos atípicos (quetiapina, olanzapina, risperidona) - fentolamina, prazosina, doxazosina Choque refratário à dopa: a dopamina têm predileção por receptores beta. A estimulação de receptores beta-2 provoca hipotensão. No bloqueio alfa-1 deve-se usar noradrenalina, cuja afinidade maior é sobre alfa, para que haja competição com o antagonista. Síndromes simpatolíticas (II)
  • 13. Após uma briga com os pais, Mariana, 16 anos, tomou duas cartelas de comprimidos cujo nome é ignorado. A paciente foi admitida no PS em coma, com PA = 80x55mmHg, FC = 48bpm e FR=10mrm. Ausculta pulmonar com MV diminuído globalmente e sibilos difusos. Em pouco tempo evoluiu para convulsão tônico-clônica generalizada tratada com diazepam. Como houve rápida deterioração hemodinâmica, instituiu-se dopamina, noradrenalina e dobutamina, sem resposta. ECG com BAV de primeiro grau. Dextro = 39. Potássio = 5,6. O namorado, que a trouxe ao PS, sabia apenas informar que os comprimidos são usados pela mãe da paciente para tratar sua hipertensão arterial sistêmica e que sua namorada é asmática.
  • 14. Antagonistas beta-adrenérgicos - propranolol, atenolol, carvedilol, labetalol, metoprolol - O propranolol mais está associado a casos graves e à convulsões, devido à lipossolubilidade - bradicardia, hipotensão e choque - ↑ PR com QRS normal – cuidado com BAV e assistolia - hipercalemia e hipoglicemia - Tratamento difícil: Opções antigas: atropina, aminofilina, bicarbonato de sódio, marcapasso. Opções modernas: glucagon, amrinona e terapia “insulina em alta dose-glicose-potássio-euglicemia” ( HDIDK – high-dose insuline, dextrose and potassium ). Opção promissora: intralipid Síndromes simpatolíticas (III)
  • 15.