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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Física Experimental-II
Professor: Iuri Pepe
Alunos:
Mariana Cunha Costa
Osvaldo Coimbra da Silva Filho
Pablo Ramon S. de Carvalho
Pedro Antonio de Souza Matos




 Cordas
Vibrantes



                                 1
INTRODUÇÃO

Este experimento tem por objetivo obter as relações entre a freqüência das ondas
estacionárias, o número de ventres e os parâmetros que caracterizam a corda, sendo eles:
comprimento, densidade linear, tensão. Para isso iremos fazer quatro conjunto de medidas e
analisar a dependência entre as relações citadas.


MATERIAL UTILIZADO
   1.   Gerador de audiofreqüência (0–10³ Hz)
   2.   Alto falante usado como vibrador
   3.   Porta-peso
   4.   Massas aferidas de 10,50 e 100g
   5.   Cinco fios de nylon com diâmetros diferentes


PROCEDIMENTOS

Iniciamos o experimento calculando a densidade linear de massa das cinco cordas. Depois
prendemos uma das extremidades da corda de número (1) na haste de plástico preso no alto
falante e a outra extremidade no porta-peso. Fixamos esse comprimento (L = 1m) da corda,
a tensão (τ = 20g) determinada pelo peso colocado no porta-peso e a densidade linear (µ =1


). Variamos a freqüência do gerador de áudio até que observamos a formação de um ventre
(n = 1) provocada pelas vibrações no fio. Anotamos o valor da freqüência fundamental (f =1


0,023kHz) e continuamos a variar a freqüência até a formação de dois, três, quatro e cinco
ventres e anotá-las na tabela. Com isso obtemos a relação entre f e n.
Na segunda parte mantemos a configuração anterior do equipamento. Escolhemos o
segundo harmônico como referência e fixamos sua freqüência. Anotamos na tabela os
valores de n, τ, µ, f e L. Após ter feito isso variamos L deslocado a base até observarmos a
formação de um ventre. Anotamos esse comprimento. Depois continuamos a variar L até
formar três ventres. E anotamos esse comprimento também. Com esses dados obtemos a
relação entre f e L. Construímos o gráfico f x L e observamos a dependência entre f e L.
Na terceira etapa voltamos à configuração original do equipamento.Escolhemos como
referência o terceiro harmônico fixamos e anotamos os valores de n, µ, f e L.
Acrescentamos 100,0g no porta-peso fazendo variar τ e observamos a formação de dois
ventres. Voltamos a acrescentar mais 100,0g e agora vemos a formação de um ventre.
Construímos o gráfico f x τ na escala logarítmica com esses valores e observamos a
dependência de f e τ.
Nesta quarta parte ainda com a configuração original do equipamento. Escolhemos o
segundo harmônico como referência e fixamos sua freqüência. Anotamos na tabela os
valores de n, τ, µ, f e L na tabela. Após ter feito utilizamos os outros quatro fios com o



                                                                                             2
intuito de variar µ. Construímos o gráfico f x µ na escala logarítmica com esses dados e
         analisamos a dependência de f em relação à µ.


         TRATAMENTO DE DADOS
         • Tabela 1

           Corda Nº 1 ▬ µ = 1,214 g/cm³ ▬ L = 100 cm ▬ τ = 19566 g.cm/s²
                   Freqüência (f) (Hz)             Número de Ventres (n)
                          23,0                              1
                          46,0                              2
                          68,0                              3
                          94,0                              4
                         116,0                              5




         • Gráfico 1

                    Frequência X Nº de Ventres

         120
f (Hz)
         100


          80


          60


          40


          20

                1       2       3        4       5
                                             n



                                                                                               3
Esse gráfico nos diz que a dependência entre f e n é linear do tipo:

f = an + b

Pelo método dos mínimos quadrados encontramos os seguintes valores de a e b:

f = 23,4 n – 0,8

• Tabela 2

   Corda Nº 1 ▬ µ = 1,214 g/cm³ ▬ f = 46 Hz ▬ τ = 19566 g.cm/s²
      Comprimento (L) (cm)              Número de Ventres (n)
               50,0                              1
              100,0                              2
              150,0                              3




• Gráficos

                         Comprimento da Corda X N° de Ventres
                   160


                   140
         L (cm)
                   120


                   100


                    80


                    60


                    40
                          1,0        1,5        2,0         2,5        3,0
                                                           n



                                                                               4
Frequência X Comprimento                                     Frequência X Comprimento
                                                                        60
                                  Log-log
                 51                                               f (Hz) 58
Log [ f (Hz) ]
                                                                        56
                 50
                                                                        54
                 49
                           Analisando esses gráficos, podemos           52        sugerir uma dependência do tipo:
                 48                                                     50

                 47
                           f = c.L , passamos o logaritmo para          48        linearizar a expressão:
                                                                        46
                 46
                                                                        44                                  Log(f)= Log(c)
                 45        + d.Log(L)   I                               42

                 44
                      10                          100                         0   20   40   60   80 100 120 140 160 180 200 220
                                                                O
                                             Log[ L (cm) ]
                 gráfico      desta                        função é uma reta e d representa o                         L (cm)
                 coeficiente angular e Log(c) representa o coeficiente linear.
                       Para determinar d fazemos [Log(f 2) – Log(f 1)]/ [ Log(L 2) – Log(L 1)]. Substituindo
                 por pontos conhecidos, temos:
                           d =[Log (46) – Log(46)]/ [ Log(100) – Log(50)]
                           d = 0.
                           Para achar o coeficiente linear é só substituir na equação I, pontos conhecidos.


                           Log (46) = Log(c) + 0.Log(50)
                           Log (46) = Log(c)
                           c= 46.

                 • Tabela 3




                                                                                                                           5
Corda Nº 1 ▬ µ = 1,214 g/cm³ ▬ L = 100 cm ▬ f = 68 Hz
           Tensão (τ) (g.cm/s²)           Número de Ventres (n)
                 19566                             3
                117396                             2
                215226                             1




  • Gráficos

                       Frequência X Tensão
  •Ta      1000
                              Log-log
                                             bela 4
Log[ f (Hz) ]




            100




      τ = 19566 g.cm/s²      ▬        L = 100 cm       ▬     f = 23 Hz
     Densidade (µ) (g/cm³)       Nº de Ventres (n)    Freqüência Real (Hz)
           10
               1,274                      1                    23
               1,237
              10                      100 1                    25
               1,234                      1
                                       Log[ τ (g) ]            29
               1,231                      1                    32
               1,214                      1                    55




                                                                             6
Frequência X Densidade do fio                                                      Frequência X Densidade do fio
         60                                                                             60                      Log-log
                                                                                        55
f (Hz)   55
                                                                            Log[f] (Hz) 50
         50                                                                             45

         45                                                                             40


         40                                                                             35


         35                                                                             30

         30
                                                                                        25
         25


         20                                                                             20
              1,21     1,22   1,23   1,24   1,25   1,26   1,27       1,28                 1,21   1,22     1,23   1,24   1,25     1,26   1,27       1,28

                                                   3                                                                                           3
                                            µ (g/cm )                                                                          Log[µ ] (g/cm )


              Analisando esses gráficos, podemos sugerir uma dependência do tipo:

              f = g.µ , passamos o logaritmo para linearizar a expressão:
                      Log(f)= Log(g) + h.Log(µ)                  I
                    O gráfico desta função é uma reta e h representa o coeficiente angular e Log(g)
              representa o coeficiente linear.
                    Para determinar h fazemos [Log(f 2) – Log(f 1)]/ [ Log(µ 2) – Log(µ 1)]. Substituindo
              por pontos conhecidos, temos:
                      h =[Log (25) – Log(23)]/ [ Log(1,237) – Log(1,274)]
                      h ≈ - 2,829.
                      Para achar o coeficiente linear é só substituir na equação I, pontos conhecidos.


                      Log (25) = Log(g) – 2,829.Log (1,237)
                      Log(g) = Log (25) + 2,829.Log (1,237)
                      Log(g) ≈ 1,3979 + 0,0924
                      g ≈ 1,4903.




              CONCLUSÃO
                 Quando forçadas a oscilar em sua freqüência de ressonância, cordas com extremidades
              fixas tendem a vibrar com amplitude máxima através de ondas harmônicas estacionárias;
              esse foi o fato mais observado nesse experimento. Quando foram variadas as freqüências de
              oscilação da corda, foi notado que, em outras circunstâncias, a amplitude possuía outros
              máximos além do acréscimo de ventres, que, posteriormente, foi entendido como sendo


                                                                                                                                          7
fruto dos diferentes modos normais de vibração que uma corda vibrante possui. Analisando
as relações entre a freqüência e os parâmetros que caracterizam cada corda, é possível obter
uma equação que explica as diferentes freqüências para um mesmo sistema. A equação que
obteríamos com os resultados deste experimento, no entanto, não corresponde à equação
esperada, por conta dos erros no decorrer do experimento.

Esperávamos obter as relações:

fαn
fατ
f α 1/L
f α 1/µ

REFERÊNCIA:

NUSSENZVEIG, H.M. Curso de física básica. São Paulo: Edgard Blücher, c
1981. 2v.




                                                                                          8
fruto dos diferentes modos normais de vibração que uma corda vibrante possui. Analisando
as relações entre a freqüência e os parâmetros que caracterizam cada corda, é possível obter
uma equação que explica as diferentes freqüências para um mesmo sistema. A equação que
obteríamos com os resultados deste experimento, no entanto, não corresponde à equação
esperada, por conta dos erros no decorrer do experimento.

Esperávamos obter as relações:

fαn
fατ
f α 1/L
f α 1/µ

REFERÊNCIA:

NUSSENZVEIG, H.M. Curso de física básica. São Paulo: Edgard Blücher, c
1981. 2v.




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fruto dos diferentes modos normais de vibração que uma corda vibrante possui. Analisando
as relações entre a freqüência e os parâmetros que caracterizam cada corda, é possível obter
uma equação que explica as diferentes freqüências para um mesmo sistema. A equação que
obteríamos com os resultados deste experimento, no entanto, não corresponde à equação
esperada, por conta dos erros no decorrer do experimento.

Esperávamos obter as relações:

fαn
fατ
f α 1/L
f α 1/µ

REFERÊNCIA:

NUSSENZVEIG, H.M. Curso de física básica. São Paulo: Edgard Blücher, c
1981. 2v.




                                                                                          8

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Cordas vibrantes

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Física Experimental-II Professor: Iuri Pepe Alunos: Mariana Cunha Costa Osvaldo Coimbra da Silva Filho Pablo Ramon S. de Carvalho Pedro Antonio de Souza Matos Cordas Vibrantes 1
  • 2. INTRODUÇÃO Este experimento tem por objetivo obter as relações entre a freqüência das ondas estacionárias, o número de ventres e os parâmetros que caracterizam a corda, sendo eles: comprimento, densidade linear, tensão. Para isso iremos fazer quatro conjunto de medidas e analisar a dependência entre as relações citadas. MATERIAL UTILIZADO 1. Gerador de audiofreqüência (0–10³ Hz) 2. Alto falante usado como vibrador 3. Porta-peso 4. Massas aferidas de 10,50 e 100g 5. Cinco fios de nylon com diâmetros diferentes PROCEDIMENTOS Iniciamos o experimento calculando a densidade linear de massa das cinco cordas. Depois prendemos uma das extremidades da corda de número (1) na haste de plástico preso no alto falante e a outra extremidade no porta-peso. Fixamos esse comprimento (L = 1m) da corda, a tensão (τ = 20g) determinada pelo peso colocado no porta-peso e a densidade linear (µ =1 ). Variamos a freqüência do gerador de áudio até que observamos a formação de um ventre (n = 1) provocada pelas vibrações no fio. Anotamos o valor da freqüência fundamental (f =1 0,023kHz) e continuamos a variar a freqüência até a formação de dois, três, quatro e cinco ventres e anotá-las na tabela. Com isso obtemos a relação entre f e n. Na segunda parte mantemos a configuração anterior do equipamento. Escolhemos o segundo harmônico como referência e fixamos sua freqüência. Anotamos na tabela os valores de n, τ, µ, f e L. Após ter feito isso variamos L deslocado a base até observarmos a formação de um ventre. Anotamos esse comprimento. Depois continuamos a variar L até formar três ventres. E anotamos esse comprimento também. Com esses dados obtemos a relação entre f e L. Construímos o gráfico f x L e observamos a dependência entre f e L. Na terceira etapa voltamos à configuração original do equipamento.Escolhemos como referência o terceiro harmônico fixamos e anotamos os valores de n, µ, f e L. Acrescentamos 100,0g no porta-peso fazendo variar τ e observamos a formação de dois ventres. Voltamos a acrescentar mais 100,0g e agora vemos a formação de um ventre. Construímos o gráfico f x τ na escala logarítmica com esses valores e observamos a dependência de f e τ. Nesta quarta parte ainda com a configuração original do equipamento. Escolhemos o segundo harmônico como referência e fixamos sua freqüência. Anotamos na tabela os valores de n, τ, µ, f e L na tabela. Após ter feito utilizamos os outros quatro fios com o 2
  • 3. intuito de variar µ. Construímos o gráfico f x µ na escala logarítmica com esses dados e analisamos a dependência de f em relação à µ. TRATAMENTO DE DADOS • Tabela 1 Corda Nº 1 ▬ µ = 1,214 g/cm³ ▬ L = 100 cm ▬ τ = 19566 g.cm/s² Freqüência (f) (Hz) Número de Ventres (n) 23,0 1 46,0 2 68,0 3 94,0 4 116,0 5 • Gráfico 1 Frequência X Nº de Ventres 120 f (Hz) 100 80 60 40 20 1 2 3 4 5 n 3
  • 4. Esse gráfico nos diz que a dependência entre f e n é linear do tipo: f = an + b Pelo método dos mínimos quadrados encontramos os seguintes valores de a e b: f = 23,4 n – 0,8 • Tabela 2 Corda Nº 1 ▬ µ = 1,214 g/cm³ ▬ f = 46 Hz ▬ τ = 19566 g.cm/s² Comprimento (L) (cm) Número de Ventres (n) 50,0 1 100,0 2 150,0 3 • Gráficos Comprimento da Corda X N° de Ventres 160 140 L (cm) 120 100 80 60 40 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 n 4
  • 5. Frequência X Comprimento Frequência X Comprimento 60 Log-log 51 f (Hz) 58 Log [ f (Hz) ] 56 50 54 49 Analisando esses gráficos, podemos 52 sugerir uma dependência do tipo: 48 50 47 f = c.L , passamos o logaritmo para 48 linearizar a expressão: 46 46 44 Log(f)= Log(c) 45 + d.Log(L) I 42 44 10 100 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 O Log[ L (cm) ] gráfico desta função é uma reta e d representa o L (cm) coeficiente angular e Log(c) representa o coeficiente linear. Para determinar d fazemos [Log(f 2) – Log(f 1)]/ [ Log(L 2) – Log(L 1)]. Substituindo por pontos conhecidos, temos: d =[Log (46) – Log(46)]/ [ Log(100) – Log(50)] d = 0. Para achar o coeficiente linear é só substituir na equação I, pontos conhecidos. Log (46) = Log(c) + 0.Log(50) Log (46) = Log(c) c= 46. • Tabela 3 5
  • 6. Corda Nº 1 ▬ µ = 1,214 g/cm³ ▬ L = 100 cm ▬ f = 68 Hz Tensão (τ) (g.cm/s²) Número de Ventres (n) 19566 3 117396 2 215226 1 • Gráficos Frequência X Tensão •Ta 1000 Log-log bela 4 Log[ f (Hz) ] 100 τ = 19566 g.cm/s² ▬ L = 100 cm ▬ f = 23 Hz Densidade (µ) (g/cm³) Nº de Ventres (n) Freqüência Real (Hz) 10 1,274 1 23 1,237 10 100 1 25 1,234 1 Log[ τ (g) ] 29 1,231 1 32 1,214 1 55 6
  • 7. Frequência X Densidade do fio Frequência X Densidade do fio 60 60 Log-log 55 f (Hz) 55 Log[f] (Hz) 50 50 45 45 40 40 35 35 30 30 25 25 20 20 1,21 1,22 1,23 1,24 1,25 1,26 1,27 1,28 1,21 1,22 1,23 1,24 1,25 1,26 1,27 1,28 3 3 µ (g/cm ) Log[µ ] (g/cm ) Analisando esses gráficos, podemos sugerir uma dependência do tipo: f = g.µ , passamos o logaritmo para linearizar a expressão: Log(f)= Log(g) + h.Log(µ) I O gráfico desta função é uma reta e h representa o coeficiente angular e Log(g) representa o coeficiente linear. Para determinar h fazemos [Log(f 2) – Log(f 1)]/ [ Log(µ 2) – Log(µ 1)]. Substituindo por pontos conhecidos, temos: h =[Log (25) – Log(23)]/ [ Log(1,237) – Log(1,274)] h ≈ - 2,829. Para achar o coeficiente linear é só substituir na equação I, pontos conhecidos. Log (25) = Log(g) – 2,829.Log (1,237) Log(g) = Log (25) + 2,829.Log (1,237) Log(g) ≈ 1,3979 + 0,0924 g ≈ 1,4903. CONCLUSÃO Quando forçadas a oscilar em sua freqüência de ressonância, cordas com extremidades fixas tendem a vibrar com amplitude máxima através de ondas harmônicas estacionárias; esse foi o fato mais observado nesse experimento. Quando foram variadas as freqüências de oscilação da corda, foi notado que, em outras circunstâncias, a amplitude possuía outros máximos além do acréscimo de ventres, que, posteriormente, foi entendido como sendo 7
  • 8. fruto dos diferentes modos normais de vibração que uma corda vibrante possui. Analisando as relações entre a freqüência e os parâmetros que caracterizam cada corda, é possível obter uma equação que explica as diferentes freqüências para um mesmo sistema. A equação que obteríamos com os resultados deste experimento, no entanto, não corresponde à equação esperada, por conta dos erros no decorrer do experimento. Esperávamos obter as relações: fαn fατ f α 1/L f α 1/µ REFERÊNCIA: NUSSENZVEIG, H.M. Curso de física básica. São Paulo: Edgard Blücher, c 1981. 2v. 8
  • 9. fruto dos diferentes modos normais de vibração que uma corda vibrante possui. Analisando as relações entre a freqüência e os parâmetros que caracterizam cada corda, é possível obter uma equação que explica as diferentes freqüências para um mesmo sistema. A equação que obteríamos com os resultados deste experimento, no entanto, não corresponde à equação esperada, por conta dos erros no decorrer do experimento. Esperávamos obter as relações: fαn fατ f α 1/L f α 1/µ REFERÊNCIA: NUSSENZVEIG, H.M. Curso de física básica. São Paulo: Edgard Blücher, c 1981. 2v. 8
  • 10. fruto dos diferentes modos normais de vibração que uma corda vibrante possui. Analisando as relações entre a freqüência e os parâmetros que caracterizam cada corda, é possível obter uma equação que explica as diferentes freqüências para um mesmo sistema. A equação que obteríamos com os resultados deste experimento, no entanto, não corresponde à equação esperada, por conta dos erros no decorrer do experimento. Esperávamos obter as relações: fαn fατ f α 1/L f α 1/µ REFERÊNCIA: NUSSENZVEIG, H.M. Curso de física básica. São Paulo: Edgard Blücher, c 1981. 2v. 8