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Fundamentos da
          Psicologia Social


         Teoria e Pesquisa em Psicologia Social


                     Marcos Emanoel Pereira


Departamento de Psicologia / Programa de Pós-Graduação em Psicologia
                   Universidade Federal da Bahia
Pressuposto básico
Pressuposto básico
Toda e qualquer disciplina depende de
uma clara definição de três elementos
Pressuposto básico
Toda e qualquer disciplina depende de
uma clara definição de três elementos


               Objeto
Pressuposto básico
Toda e qualquer disciplina depende de
uma clara definição de três elementos


               Objeto
              Métodos
Pressuposto básico
Toda e qualquer disciplina depende de
uma clara definição de três elementos


               Objeto
              Métodos
         Matrizes teóricas
Qual o lugar do
      ser humano?
Qual o lugar do
      ser humano?
  Concepção de ser humano
Qual o lugar do
      ser humano?
  Concepção de ser humano


    A antropologia filosófica
Qual o lugar do
      ser humano?
  Concepção de ser humano


     A antropologia filosófica



Ausência de um modelo hegemônico
Fragmentação
Fragmentação


Objeto
  de
estudo
Fragmentação


Objeto
  de
estudo
            Métodos de
           investigação
Fragmentação


Objeto                    Matrizes
  de                      teóricas
estudo
            Métodos de
           investigação
Alternativas
Alternativas

  Ecletismo
Alternativas

  Ecletismo

Reducionismo
Alternativas

   Ecletismo

  Reducionismo


Complementarismo
O reducionismo
O reducionismo
     social
O reducionismo
      social


    psicológico
O reducionismo
      social


    psicológico


    biológico
O reducionismo
      social


    psicológico


    biológico


      físico
Complementarismo
Complementarismo
    Metodológico
Complementarismo
           Metodológico




métodos             métodos

quantitativos        qualitativos
Complementarismo
           Metodológico




métodos             métodos

quantitativos        qualitativos
Complementarismo
           Metodológico




métodos             métodos

quantitativos        qualitativos
Complementarismo
                Metodológico




    métodos              métodos

     quantitativos        qualitativos

explicação
Complementarismo
                Metodológico




    métodos              métodos

     quantitativos        qualitativos

explicação                     compreensão
Complementarismo
O complementarismo conceitual
     de Rychlak (1986)
Complementarismo
O complementarismo conceitual
     de Rychlak (1986)




           physikos
Complementarismo
O complementarismo conceitual
     de Rychlak (1986)



                      bios


           physikos
Complementarismo
O complementarismo conceitual
     de Rychlak (1986)



  cogito              bios


           physikos
Complementarismo
O complementarismo conceitual
     de Rychlak (1986)

            socius


  cogito              bios


           physikos
Complementarismo
O complementarismo conceitual
     de Rychlak (1986)

            socius


  cogito              bios


           physikos
Complementarismo
O complementarismo conceitual
     de Rychlak (1986)

            socius


  cogito              bios


           physikos
Complementarismo
O complementarismo conceitual
     de Rychlak (1986)

            socius


  cogito              bios


           physikos
Complementarismo
O complementarismo conceitual
     de Rychlak (1986)

            socius


  cogito              bios


           physikos
Complementarismo
O perspectivismo de Doise (1986)




  nível intra-individual de análise
Complementarismo
O perspectivismo de Doise (1986)




  nível inter-individual de análise
Complementarismo
O perspectivismo de Doise (1986)




    nível intragrupal de análise
Complementarismo
O perspectivismo de Doise (1986)




    nível intergrupal de análise
Complementarismo
O perspectivismo de Doise (1986)




    nível posicional de análise
Complementarismo
O realismo crítico de Bashkar (1978)
Complementarismo
O realismo crítico de Bashkar (1978)

    Dimensão
   intransitiva
Complementarismo
O realismo crítico de Bashkar (1978)

     Dimensão
    intransitiva

     referente às
proposições a respeito
  do mundo e das
     coisas nele
    encontradas
Complementarismo
O realismo crítico de Bashkar (1978)

     Dimensão            Dimensão
    intransitiva         transitiva

     referente às
proposições a respeito
  do mundo e das
     coisas nele
    encontradas
Complementarismo
O realismo crítico de Bashkar (1978)

     Dimensão               Dimensão
    intransitiva            transitiva

     referente às            esclarecer as
proposições a respeito   estratégias adotadas
  do mundo e das         pelos pesquisadores
     coisas nele           para o estudo do
    encontradas               mundo real
Complementarismo
           Dimensão intransitiva

  é essencial estabelecer uma separação entre o
mundo das aparências e uma série de mecanismos,
cuja prova de existência é difícil de ser estabelecida,
       mas cujos efeitos justificam e devem ser
necessariamente incluídos em qualquer tentativa de
explicação dos eventos que ocorrem no mundo físico
                       e social
Complementarismo
    Dimensão intransitiva

 Uma visão estratificada do mundo real
passa a ser uma conseqüência inevitável
 da aceitação que a realidade pode ser
   apreendida em diferentes níveis.
Complementarismo
         Dimensão intransitiva
                    “empirical”
o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
Complementarismo
         Dimensão intransitiva
                    “empirical”
o nível empírico dos eventos observados ordinariamente


                      “actual”
       nível dos fluxos tais como se apresentam
Complementarismo
         Dimensão intransitiva
                    “empirical”
o nível empírico dos eventos observados ordinariamente


                      “actual”
       nível dos fluxos tais como se apresentam

                        “real”
          o nível dos entes “realmente” reais
Complementarismo
                    empírico
corresponde à experiência usual das pessoas
              no seu dia a dia


    qualquer concepção de ciência que adote como
 objetivo último obter um conhecimento preciso deste
      nível de realidade encontra-se condenada à
     esterilidade, pois jamais chegará a alcançar a
inteligibilidade plena no trato do seu objeto de estudo
Complementarismo
                    actual
     se refere a um fluxo de acontecimento,
     geralmente produzido em condições de
laboratório, com a finalidade explícita de isolar
  e avaliar os mecanismos que se manifestam
                  no nível do real


         A experimentação como exemplo
Complementarismo
                    real

   se refere aos mecanismos, geralmente
ocultos, a serem identificados pelo cientista e
       considerados na explicação do
               comportamento
Complementarismo
                                           real
  Mecanismos            Componentes         Relações       Interações         Mudanças


     Social             Entes e grupos     Associações,   Comunicação         Influência,
                           sociais          afiliações
                                                                            decisão grupal

    Cognitivo          Representações      Associações,     Processos         Inferências
                          mentais          implicações    computacionais

     Neurais           Neurônios, grupos    Conexões        Excitação,     Atividade cerebral
                         de neurônios       sinápticas       inibição

    Molecular            Moléculas, tais   Conexões          Reações       Transformação de
                          como neuro-        físicas       bioquímicas        moléculas
                        transmissores e
                           proteínas


Fonte: Thagard, 2006
Complementarismo
      Dimensão transitiva

   procura enfrentar as discussões,
 introduzidas por algumas correntes
    atuais da filosofia da ciência, a
respeito do caráter histórico e social
      do conhecimento científico
Complementarismo
          Dimensão transitiva

O conhecimento, embora tenha por referência
   objetos que pré-existem e independem do
 estudioso, deve ser tratado como um produto
  social e uma vez que a ciência é uma prática
   social, o conhecimento resultante deve ser
entendido como algo intrinsecamente material,
embora apreendido sob a lógica desta prática.
Complementarismo
      O sistematismo de Bunge
    A caracterização de qualquer domínio de
conhecimento científico deve ser precedida pela
 discussão dos problemas relacionados com a
  questão ontológica, referente à natureza dos
  objetos submetidos a investigação, e com a
questão epistemológica, relativa aos princípios e
  procedimentos adotados pelo investigador.
Complementarismo
      O sistematismo de Bunge
A obra de Mario Bunge merece destaque no que
    concerne a esta discussão no âmbito das
ciências sociais, pois aponta para duas direções
divergentes de tratamento da questão, mostra as
  fragilidades destes modelos e apresenta uma
      síntese que representa bem a solução
  alternativa encontrada por muitos estudiosos
                  (Bunge, 1987)
Complementarismo
O sistematismo de Bunge
Complementarismo
O sistematismo de Bunge
        Atomismo
Complementarismo
O sistematismo de Bunge
        Atomismo


         Holismo
Complementarismo
O sistematismo de Bunge
        Atomismo


         Holismo


       Sistematismo
Pressupostos ontológicos
Característica        Individualismo                Holismo                Sistematismo


                    a sociedade deve ser       sociedade deveria ser    um sistema concreto
pressupostos      considerada uma coleção     considerada como uma         de indivíduos
 ontológicos       de indivíduos - qualquer         totalidade que       interconectados
                 supraindividualidade é uma     transcende aos seus
                            ficção                    membros

                                                                       existem propriedades
propriedades               não                   existem, sendo         que decorrem dos
emergentes ou             existem                irredutíveis aos        agregados, assim
   globais                                          indivíduos          como propriedades
                                                                            emergentes

                                                                        sociedade não pode
   relações                                   as relações entre duas      atuar diretamente
     entre       as sociedades não podem      sociedades envolvem        sobre o indivíduos,
                                               duas totalidades e as   mas sim indiretamente,
 indivíduos e    agir diretamente sobre os
                                              mudanças sociais são     pois a ação individual é
  sociedade                grupos
                                                 supra-individuais      determinada também
                                                                       pela posição social do
                                                                              indivíduo
Pressupostos metodológicos
Característica     Individualismo            Holismo                   Sistematismo


                                                                      o estudo dos fatores
pressupostos        o estudo dos           estudo das             socialmente relevantes dos
metodológicos        indivíduos          propriedades e             indivíduos, bem como as
                                        mudanças globais         propriedades e mudanças dos
                                                                   grupos sociais entendidos
                                                                        como totalidades

                                      em termos de unidades
                     levando em        supra-individuais, tais   interações entre
                    consideração       como o Estado, ou de            os indivíduos e
 explicação
                  exclusivamente as         forças supra-               as totalidades
                  ações e intenções   individuais, tais como a
                     individuais      consciência coletiva ou
                                       a organização social

  teste das        exclusivamente a      não podem ser                devem ser testadas
 hipóteses e         observação          testadas ou, no            a partir de observações
avaliação das    de comportamentos    máximo, contrastadas        realizadas com indivíduos
   teorias            individuais      com dados globais
Complementarismo
         O sistematismo de Bunge
                           Atomismo
o estado de um sistema social é uma função dos estados dos componentes
                               individuais
Complementarismo
         O sistematismo de Bunge
                           Atomismo
o estado de um sistema social é uma função dos estados dos componentes
                               individuais


                             Holismo
o estado de um indivíduo é uma função do estado da sociedade em que ele
                                 vive
Complementarismo
         O sistematismo de Bunge
                           Atomismo
o estado de um sistema social é uma função dos estados dos componentes
                               individuais


                             Holismo
o estado de um indivíduo é uma função do estado da sociedade em que ele
                                 vive


                         Sistematismo
 o estado de um sistema social é uma função das propriedades dos seus
    componentes individuais, sendo o inverso igualmente verdadeiro
O sistematismo
  A análise de um sistema deve levar em
consideração três elementos fundamentais
                o contexto
         a organização estrutural
             os componentes
O sistematismo
   A análise de um sistema deve levar em
 consideração três elementos fundamentais
                    o contexto
            a organização estrutural
                 os componentes


O modelo sistêmico incorpora estes três elementos; o
 modelo atomista retira a importância da estrutura; o
  modelo holista desconsidera os componentes do
                      sistema.
O sistematismo




     (a)            (b)           (c)           (d)
composição        mesma      composição    composição
 diferente,    composição,    diferente,    diferente,
  mesmo           mesmo        mesmo        contextos
 contexto,       contexto,    contexto,     diferente,
  mesma         estruturas    estruturas    estruturas
 estrutura      diferentes    diferentes    diferentes
O sistematismo
      Os conceitos oriundos das tradições
individualistas e holistas podem ser importantes
  para a compreensão dos fenômenos sociais,
  mas se o objetivo for extrapolar os limites da
    compreensão e envolver a explicação, é
  imprescindível que se leve em consideração
     conceitos oriundos de uma perspectiva
                    relacional


                Ritzer e Gindoff (1992)
O sistematismo
Três modalidades distintas de sistematismo
O sistematismo
Três modalidades distintas de sistematismo
                        micro -> macro
 concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser
        identificado com a psicologia social psicológica
O sistematismo
 Três modalidades distintas de sistematismo
                           micro -> macro
   concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser
          identificado com a psicologia social psicológica

                           macro -> micro
ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a
                    psicologia social sociológica
O sistematismo
 Três modalidades distintas de sistematismo
                           micro -> macro
   concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser
          identificado com a psicologia social psicológica

                           macro -> micro
ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a
                    psicologia social sociológica

                              dialético
   situado em um ponto médio, que não acentua qualquer uma das
  perspectivas; pode ser identificado nas abordagens emergentes da
                  psicologia social e da sociologia


                          Alvaro e Garrido (2003)
Referências
   Alvaro, J. e Garrido, A. (2003). Psicologia social: perspectivas psicologicas y
                sociologicas. Mc-Graw-Hill/Interamericana de España

Bhasker, R. (1978). A realist theory of science. Hassocks, Sussex: Harvester Press

     Bunge, M.(1980). Epistemologia - Curso de atualização. SP: T. A. Queiroz

  Bunge, M. & Ardila, R. (2002). Filosofía de la psicología. México: Siglo Veintiuno
                                      Editores

Doise, W. (1986). Levels of explanation in social psychology. Cambridge: Cambridge
                                  University Press.

 Ritzer, G. e Gindoff, P. (1992) Methodological relationalism: lessons for and from
          social psychology. Social Psychology Quarterly, 55, 2, 128-140.

   Rychlak, J. (1993). A suggested principle of complementarity for psychology.
                       American Psychologist, 48, 9, 933-942.

   Thagard, P. (2006). Hot Thought. Mechanisms and Applications of Emotional
                     Cognition. Cambridge, Mass: MIT Press

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Psicologia Social

  • 1. Fundamentos da Psicologia Social Teoria e Pesquisa em Psicologia Social Marcos Emanoel Pereira Departamento de Psicologia / Programa de Pós-Graduação em Psicologia Universidade Federal da Bahia
  • 3. Pressuposto básico Toda e qualquer disciplina depende de uma clara definição de três elementos
  • 4. Pressuposto básico Toda e qualquer disciplina depende de uma clara definição de três elementos Objeto
  • 5. Pressuposto básico Toda e qualquer disciplina depende de uma clara definição de três elementos Objeto Métodos
  • 6. Pressuposto básico Toda e qualquer disciplina depende de uma clara definição de três elementos Objeto Métodos Matrizes teóricas
  • 7. Qual o lugar do ser humano?
  • 8. Qual o lugar do ser humano? Concepção de ser humano
  • 9. Qual o lugar do ser humano? Concepção de ser humano A antropologia filosófica
  • 10. Qual o lugar do ser humano? Concepção de ser humano A antropologia filosófica Ausência de um modelo hegemônico
  • 13. Fragmentação Objeto de estudo Métodos de investigação
  • 14. Fragmentação Objeto Matrizes de teóricas estudo Métodos de investigação
  • 18. Alternativas Ecletismo Reducionismo Complementarismo
  • 20. O reducionismo social
  • 21. O reducionismo social psicológico
  • 22. O reducionismo social psicológico biológico
  • 23. O reducionismo social psicológico biológico físico
  • 25. Complementarismo Metodológico
  • 26. Complementarismo Metodológico métodos métodos quantitativos qualitativos
  • 27. Complementarismo Metodológico métodos métodos quantitativos qualitativos
  • 28. Complementarismo Metodológico métodos métodos quantitativos qualitativos
  • 29. Complementarismo Metodológico métodos métodos quantitativos qualitativos explicação
  • 30. Complementarismo Metodológico métodos métodos quantitativos qualitativos explicação compreensão
  • 33. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) bios physikos
  • 34. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) cogito bios physikos
  • 35. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) socius cogito bios physikos
  • 36. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) socius cogito bios physikos
  • 37. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) socius cogito bios physikos
  • 38. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) socius cogito bios physikos
  • 39. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) socius cogito bios physikos
  • 40. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível intra-individual de análise
  • 41. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível inter-individual de análise
  • 42. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível intragrupal de análise
  • 43. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível intergrupal de análise
  • 44. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível posicional de análise
  • 46. Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão intransitiva
  • 47. Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão intransitiva referente às proposições a respeito do mundo e das coisas nele encontradas
  • 48. Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão Dimensão intransitiva transitiva referente às proposições a respeito do mundo e das coisas nele encontradas
  • 49. Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão Dimensão intransitiva transitiva referente às esclarecer as proposições a respeito estratégias adotadas do mundo e das pelos pesquisadores coisas nele para o estudo do encontradas mundo real
  • 50. Complementarismo Dimensão intransitiva é essencial estabelecer uma separação entre o mundo das aparências e uma série de mecanismos, cuja prova de existência é difícil de ser estabelecida, mas cujos efeitos justificam e devem ser necessariamente incluídos em qualquer tentativa de explicação dos eventos que ocorrem no mundo físico e social
  • 51. Complementarismo Dimensão intransitiva Uma visão estratificada do mundo real passa a ser uma conseqüência inevitável da aceitação que a realidade pode ser apreendida em diferentes níveis.
  • 52. Complementarismo Dimensão intransitiva “empirical” o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
  • 53. Complementarismo Dimensão intransitiva “empirical” o nível empírico dos eventos observados ordinariamente “actual” nível dos fluxos tais como se apresentam
  • 54. Complementarismo Dimensão intransitiva “empirical” o nível empírico dos eventos observados ordinariamente “actual” nível dos fluxos tais como se apresentam “real” o nível dos entes “realmente” reais
  • 55. Complementarismo empírico corresponde à experiência usual das pessoas no seu dia a dia qualquer concepção de ciência que adote como objetivo último obter um conhecimento preciso deste nível de realidade encontra-se condenada à esterilidade, pois jamais chegará a alcançar a inteligibilidade plena no trato do seu objeto de estudo
  • 56. Complementarismo actual se refere a um fluxo de acontecimento, geralmente produzido em condições de laboratório, com a finalidade explícita de isolar e avaliar os mecanismos que se manifestam no nível do real A experimentação como exemplo
  • 57. Complementarismo real se refere aos mecanismos, geralmente ocultos, a serem identificados pelo cientista e considerados na explicação do comportamento
  • 58. Complementarismo real Mecanismos Componentes Relações Interações Mudanças Social Entes e grupos Associações, Comunicação Influência, sociais afiliações decisão grupal Cognitivo Representações Associações, Processos Inferências mentais implicações computacionais Neurais Neurônios, grupos Conexões Excitação, Atividade cerebral de neurônios sinápticas inibição Molecular Moléculas, tais Conexões Reações Transformação de como neuro- físicas bioquímicas moléculas transmissores e proteínas Fonte: Thagard, 2006
  • 59. Complementarismo Dimensão transitiva procura enfrentar as discussões, introduzidas por algumas correntes atuais da filosofia da ciência, a respeito do caráter histórico e social do conhecimento científico
  • 60. Complementarismo Dimensão transitiva O conhecimento, embora tenha por referência objetos que pré-existem e independem do estudioso, deve ser tratado como um produto social e uma vez que a ciência é uma prática social, o conhecimento resultante deve ser entendido como algo intrinsecamente material, embora apreendido sob a lógica desta prática.
  • 61. Complementarismo O sistematismo de Bunge A caracterização de qualquer domínio de conhecimento científico deve ser precedida pela discussão dos problemas relacionados com a questão ontológica, referente à natureza dos objetos submetidos a investigação, e com a questão epistemológica, relativa aos princípios e procedimentos adotados pelo investigador.
  • 62. Complementarismo O sistematismo de Bunge A obra de Mario Bunge merece destaque no que concerne a esta discussão no âmbito das ciências sociais, pois aponta para duas direções divergentes de tratamento da questão, mostra as fragilidades destes modelos e apresenta uma síntese que representa bem a solução alternativa encontrada por muitos estudiosos (Bunge, 1987)
  • 65. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo Holismo
  • 66. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo Holismo Sistematismo
  • 67. Pressupostos ontológicos Característica Individualismo Holismo Sistematismo a sociedade deve ser sociedade deveria ser um sistema concreto pressupostos considerada uma coleção considerada como uma de indivíduos ontológicos de indivíduos - qualquer totalidade que interconectados supraindividualidade é uma transcende aos seus ficção membros existem propriedades propriedades não existem, sendo que decorrem dos emergentes ou existem irredutíveis aos agregados, assim globais indivíduos como propriedades emergentes sociedade não pode relações as relações entre duas atuar diretamente entre as sociedades não podem sociedades envolvem sobre o indivíduos, duas totalidades e as mas sim indiretamente, indivíduos e agir diretamente sobre os mudanças sociais são pois a ação individual é sociedade grupos supra-individuais determinada também pela posição social do indivíduo
  • 68. Pressupostos metodológicos Característica Individualismo Holismo Sistematismo o estudo dos fatores pressupostos o estudo dos estudo das socialmente relevantes dos metodológicos indivíduos propriedades e indivíduos, bem como as mudanças globais propriedades e mudanças dos grupos sociais entendidos como totalidades em termos de unidades levando em supra-individuais, tais interações entre consideração como o Estado, ou de os indivíduos e explicação exclusivamente as forças supra- as totalidades ações e intenções individuais, tais como a individuais consciência coletiva ou a organização social teste das exclusivamente a não podem ser devem ser testadas hipóteses e observação testadas ou, no a partir de observações avaliação das de comportamentos máximo, contrastadas realizadas com indivíduos teorias individuais com dados globais
  • 69. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo o estado de um sistema social é uma função dos estados dos componentes individuais
  • 70. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo o estado de um sistema social é uma função dos estados dos componentes individuais Holismo o estado de um indivíduo é uma função do estado da sociedade em que ele vive
  • 71. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo o estado de um sistema social é uma função dos estados dos componentes individuais Holismo o estado de um indivíduo é uma função do estado da sociedade em que ele vive Sistematismo o estado de um sistema social é uma função das propriedades dos seus componentes individuais, sendo o inverso igualmente verdadeiro
  • 72. O sistematismo A análise de um sistema deve levar em consideração três elementos fundamentais o contexto a organização estrutural os componentes
  • 73. O sistematismo A análise de um sistema deve levar em consideração três elementos fundamentais o contexto a organização estrutural os componentes O modelo sistêmico incorpora estes três elementos; o modelo atomista retira a importância da estrutura; o modelo holista desconsidera os componentes do sistema.
  • 74. O sistematismo (a) (b) (c) (d) composição mesma composição composição diferente, composição, diferente, diferente, mesmo mesmo mesmo contextos contexto, contexto, contexto, diferente, mesma estruturas estruturas estruturas estrutura diferentes diferentes diferentes
  • 75. O sistematismo Os conceitos oriundos das tradições individualistas e holistas podem ser importantes para a compreensão dos fenômenos sociais, mas se o objetivo for extrapolar os limites da compreensão e envolver a explicação, é imprescindível que se leve em consideração conceitos oriundos de uma perspectiva relacional Ritzer e Gindoff (1992)
  • 76. O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo
  • 77. O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo micro -> macro concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser identificado com a psicologia social psicológica
  • 78. O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo micro -> macro concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser identificado com a psicologia social psicológica macro -> micro ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a psicologia social sociológica
  • 79. O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo micro -> macro concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser identificado com a psicologia social psicológica macro -> micro ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a psicologia social sociológica dialético situado em um ponto médio, que não acentua qualquer uma das perspectivas; pode ser identificado nas abordagens emergentes da psicologia social e da sociologia Alvaro e Garrido (2003)
  • 80. Referências Alvaro, J. e Garrido, A. (2003). Psicologia social: perspectivas psicologicas y sociologicas. Mc-Graw-Hill/Interamericana de España Bhasker, R. (1978). A realist theory of science. Hassocks, Sussex: Harvester Press Bunge, M.(1980). Epistemologia - Curso de atualização. SP: T. A. Queiroz Bunge, M. & Ardila, R. (2002). Filosofía de la psicología. México: Siglo Veintiuno Editores Doise, W. (1986). Levels of explanation in social psychology. Cambridge: Cambridge University Press. Ritzer, G. e Gindoff, P. (1992) Methodological relationalism: lessons for and from social psychology. Social Psychology Quarterly, 55, 2, 128-140. Rychlak, J. (1993). A suggested principle of complementarity for psychology. American Psychologist, 48, 9, 933-942. Thagard, P. (2006). Hot Thought. Mechanisms and Applications of Emotional Cognition. Cambridge, Mass: MIT Press