Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Psicologia Social
1. Fundamentos da
Psicologia Social
Teoria e Pesquisa em Psicologia Social
Marcos Emanoel Pereira
Departamento de Psicologia / Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Universidade Federal da Bahia
47. Complementarismo
O realismo crítico de Bashkar (1978)
Dimensão
intransitiva
referente às
proposições a respeito
do mundo e das
coisas nele
encontradas
48. Complementarismo
O realismo crítico de Bashkar (1978)
Dimensão Dimensão
intransitiva transitiva
referente às
proposições a respeito
do mundo e das
coisas nele
encontradas
49. Complementarismo
O realismo crítico de Bashkar (1978)
Dimensão Dimensão
intransitiva transitiva
referente às esclarecer as
proposições a respeito estratégias adotadas
do mundo e das pelos pesquisadores
coisas nele para o estudo do
encontradas mundo real
50. Complementarismo
Dimensão intransitiva
é essencial estabelecer uma separação entre o
mundo das aparências e uma série de mecanismos,
cuja prova de existência é difícil de ser estabelecida,
mas cujos efeitos justificam e devem ser
necessariamente incluídos em qualquer tentativa de
explicação dos eventos que ocorrem no mundo físico
e social
51. Complementarismo
Dimensão intransitiva
Uma visão estratificada do mundo real
passa a ser uma conseqüência inevitável
da aceitação que a realidade pode ser
apreendida em diferentes níveis.
52. Complementarismo
Dimensão intransitiva
“empirical”
o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
53. Complementarismo
Dimensão intransitiva
“empirical”
o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
“actual”
nível dos fluxos tais como se apresentam
54. Complementarismo
Dimensão intransitiva
“empirical”
o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
“actual”
nível dos fluxos tais como se apresentam
“real”
o nível dos entes “realmente” reais
55. Complementarismo
empírico
corresponde à experiência usual das pessoas
no seu dia a dia
qualquer concepção de ciência que adote como
objetivo último obter um conhecimento preciso deste
nível de realidade encontra-se condenada à
esterilidade, pois jamais chegará a alcançar a
inteligibilidade plena no trato do seu objeto de estudo
56. Complementarismo
actual
se refere a um fluxo de acontecimento,
geralmente produzido em condições de
laboratório, com a finalidade explícita de isolar
e avaliar os mecanismos que se manifestam
no nível do real
A experimentação como exemplo
57. Complementarismo
real
se refere aos mecanismos, geralmente
ocultos, a serem identificados pelo cientista e
considerados na explicação do
comportamento
58. Complementarismo
real
Mecanismos Componentes Relações Interações Mudanças
Social Entes e grupos Associações, Comunicação Influência,
sociais afiliações
decisão grupal
Cognitivo Representações Associações, Processos Inferências
mentais implicações computacionais
Neurais Neurônios, grupos Conexões Excitação, Atividade cerebral
de neurônios sinápticas inibição
Molecular Moléculas, tais Conexões Reações Transformação de
como neuro- físicas bioquímicas moléculas
transmissores e
proteínas
Fonte: Thagard, 2006
59. Complementarismo
Dimensão transitiva
procura enfrentar as discussões,
introduzidas por algumas correntes
atuais da filosofia da ciência, a
respeito do caráter histórico e social
do conhecimento científico
60. Complementarismo
Dimensão transitiva
O conhecimento, embora tenha por referência
objetos que pré-existem e independem do
estudioso, deve ser tratado como um produto
social e uma vez que a ciência é uma prática
social, o conhecimento resultante deve ser
entendido como algo intrinsecamente material,
embora apreendido sob a lógica desta prática.
61. Complementarismo
O sistematismo de Bunge
A caracterização de qualquer domínio de
conhecimento científico deve ser precedida pela
discussão dos problemas relacionados com a
questão ontológica, referente à natureza dos
objetos submetidos a investigação, e com a
questão epistemológica, relativa aos princípios e
procedimentos adotados pelo investigador.
62. Complementarismo
O sistematismo de Bunge
A obra de Mario Bunge merece destaque no que
concerne a esta discussão no âmbito das
ciências sociais, pois aponta para duas direções
divergentes de tratamento da questão, mostra as
fragilidades destes modelos e apresenta uma
síntese que representa bem a solução
alternativa encontrada por muitos estudiosos
(Bunge, 1987)
67. Pressupostos ontológicos
Característica Individualismo Holismo Sistematismo
a sociedade deve ser sociedade deveria ser um sistema concreto
pressupostos considerada uma coleção considerada como uma de indivíduos
ontológicos de indivíduos - qualquer totalidade que interconectados
supraindividualidade é uma transcende aos seus
ficção membros
existem propriedades
propriedades não existem, sendo que decorrem dos
emergentes ou existem irredutíveis aos agregados, assim
globais indivíduos como propriedades
emergentes
sociedade não pode
relações as relações entre duas atuar diretamente
entre as sociedades não podem sociedades envolvem sobre o indivíduos,
duas totalidades e as mas sim indiretamente,
indivíduos e agir diretamente sobre os
mudanças sociais são pois a ação individual é
sociedade grupos
supra-individuais determinada também
pela posição social do
indivíduo
68. Pressupostos metodológicos
Característica Individualismo Holismo Sistematismo
o estudo dos fatores
pressupostos o estudo dos estudo das socialmente relevantes dos
metodológicos indivíduos propriedades e indivíduos, bem como as
mudanças globais propriedades e mudanças dos
grupos sociais entendidos
como totalidades
em termos de unidades
levando em supra-individuais, tais interações entre
consideração como o Estado, ou de os indivíduos e
explicação
exclusivamente as forças supra- as totalidades
ações e intenções individuais, tais como a
individuais consciência coletiva ou
a organização social
teste das exclusivamente a não podem ser devem ser testadas
hipóteses e observação testadas ou, no a partir de observações
avaliação das de comportamentos máximo, contrastadas realizadas com indivíduos
teorias individuais com dados globais
69. Complementarismo
O sistematismo de Bunge
Atomismo
o estado de um sistema social é uma função dos estados dos componentes
individuais
70. Complementarismo
O sistematismo de Bunge
Atomismo
o estado de um sistema social é uma função dos estados dos componentes
individuais
Holismo
o estado de um indivíduo é uma função do estado da sociedade em que ele
vive
71. Complementarismo
O sistematismo de Bunge
Atomismo
o estado de um sistema social é uma função dos estados dos componentes
individuais
Holismo
o estado de um indivíduo é uma função do estado da sociedade em que ele
vive
Sistematismo
o estado de um sistema social é uma função das propriedades dos seus
componentes individuais, sendo o inverso igualmente verdadeiro
72. O sistematismo
A análise de um sistema deve levar em
consideração três elementos fundamentais
o contexto
a organização estrutural
os componentes
73. O sistematismo
A análise de um sistema deve levar em
consideração três elementos fundamentais
o contexto
a organização estrutural
os componentes
O modelo sistêmico incorpora estes três elementos; o
modelo atomista retira a importância da estrutura; o
modelo holista desconsidera os componentes do
sistema.
74. O sistematismo
(a) (b) (c) (d)
composição mesma composição composição
diferente, composição, diferente, diferente,
mesmo mesmo mesmo contextos
contexto, contexto, contexto, diferente,
mesma estruturas estruturas estruturas
estrutura diferentes diferentes diferentes
75. O sistematismo
Os conceitos oriundos das tradições
individualistas e holistas podem ser importantes
para a compreensão dos fenômenos sociais,
mas se o objetivo for extrapolar os limites da
compreensão e envolver a explicação, é
imprescindível que se leve em consideração
conceitos oriundos de uma perspectiva
relacional
Ritzer e Gindoff (1992)
77. O sistematismo
Três modalidades distintas de sistematismo
micro -> macro
concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser
identificado com a psicologia social psicológica
78. O sistematismo
Três modalidades distintas de sistematismo
micro -> macro
concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser
identificado com a psicologia social psicológica
macro -> micro
ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a
psicologia social sociológica
79. O sistematismo
Três modalidades distintas de sistematismo
micro -> macro
concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser
identificado com a psicologia social psicológica
macro -> micro
ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a
psicologia social sociológica
dialético
situado em um ponto médio, que não acentua qualquer uma das
perspectivas; pode ser identificado nas abordagens emergentes da
psicologia social e da sociologia
Alvaro e Garrido (2003)
80. Referências
Alvaro, J. e Garrido, A. (2003). Psicologia social: perspectivas psicologicas y
sociologicas. Mc-Graw-Hill/Interamericana de España
Bhasker, R. (1978). A realist theory of science. Hassocks, Sussex: Harvester Press
Bunge, M.(1980). Epistemologia - Curso de atualização. SP: T. A. Queiroz
Bunge, M. & Ardila, R. (2002). Filosofía de la psicología. México: Siglo Veintiuno
Editores
Doise, W. (1986). Levels of explanation in social psychology. Cambridge: Cambridge
University Press.
Ritzer, G. e Gindoff, P. (1992) Methodological relationalism: lessons for and from
social psychology. Social Psychology Quarterly, 55, 2, 128-140.
Rychlak, J. (1993). A suggested principle of complementarity for psychology.
American Psychologist, 48, 9, 933-942.
Thagard, P. (2006). Hot Thought. Mechanisms and Applications of Emotional
Cognition. Cambridge, Mass: MIT Press