1. Práticas e Modelos de Avaliação…
2ª parte da tarefa
Comentário ao contributo da colega Manuela Feiteira
de
Santa Maria da Feira
O que me levou a seleccionar a tua tarefa foi o facto de no fórum
café ter lido uma mensagem tua que dizia o seguinte: «Estou”cheiinha “
de dúvidas» e, também por estares numa escola perto da minha o que
permitirá encontrarmo-nos, com mais facilidade no futuro e, podermos
assim estender no tempo a colaboração iniciada nesta Formação.
Achas que nós estamos como? Vamos lá levantar o astral, pois, ao
ler o teu trabalho pareceu-me adivinhar o porquê do teu SOS.
É a primeira vez, este ano, que coordenas uma BE/CRE e, por isso,
quero dizer-te que és muito corajosa pois, eu já coordeno a da minha
escola há cerca de dez anos e continuo com muitas dúvidas mas… já
espantei os medos!!!
Vais precisar de muito mais tempo para convencer os «cépticos»
que te rodeiam. Eu ainda não os convenci todos mas vou insistindo.
Não desanimes! Dos fracos não reza a História.
Agora vou tentar comentar o teu trabalho provavelmente sem conseguir
e, colocarei algumas questões sobre coisas que eu não entendi muito
bem.
No 1º item em relação aos aspectos críticos que a literatura
identifica acho bastante exaustivo o teu levantamento comparativamente
2. com o vivido por ti na BE/CRE que coordenas. Sou mais pela prática do
que pela teoria. Eu seria mais sintética, mas tudo bem.
Não me parece que a insegurança seja uma notória fraqueza, a não
ser pelo facto de seres «novíssima» no cargo. Vais ultrapassar dentro em
breve. O tempo, a vontade e a prática ajudarão.
Em relação às ameaças parece-me consensual que num universo de
pessoas, como é o da escola actual, a desmotivação de muitos é uma
realidade mas, nós «cativando» alguns faremos que, com o tempo, outros
se lhe juntarão. Não podemos, é desistir da BE nem dos meninos!
A minha experiência profissional, de 39 anos, ensinou-me que
nunca conseguiremos endireitar o mundo, mas poderemos ajudar a que
ele melhore um «bocadinho» através dos nossos alunos.
No 2º item insistes na falta de recursos humanos «envolvidos e
motivados» e eu acho que tu deves ir insistindo em «cativar» alguns e
verás que atrás desses outros virão. As acções e desafios que te propões
implementar parecem-me ambiciosos e tu como Bibliotecária estás, em
minha opinião, a caminhar a passos largos para o sucesso.
No 3º ponto - Gestão da Colecção acho que se pensares um pouco
mais vais encontrar um ponto forte, pois, pela leitura verifico que o
problema reside na falta de apoio e, pelo facto de a BE/CRE não ser ainda
vista como um local prioritário na escola. O problema maior é de quem
não consegue ver isso. Mostra-lhes essa importância e, terás aí um ponto
forte.
Referirei agora duas dúvidas minhas no teu trabalho: Nas
oportunidades do 4º ponto dizes: «há reuniões sobrepostas dos diferentes
anos de escolaridade». Não percebo o que queres dizer…
Também para mim não foi claro o Desafio desse ponto «Encontrar
espaços de encontro que já existiam…»
Podemos esclarecer estes pontos com um café tomado no Conde
Ferreira em Espinho. O que achas?
3. Provavelmente melhor do que a minha, mas criticar os outros é
sempre mais fácil.
Parece-me que todos temos de ter bem claro que, a BE/CRE deve estar
bem integrada na escola e no processo ensino-aprendizagem e é nesse
caminho, que me parece certo, que tu estás.
Este trabalho no moodle é para mim muito solitário, pois eu aprecio
muito uma boa conversa olhos nos olhos e, só através da mensagem
escrita e à distância é-me muito difícil emitir opiniões e partilhar trabalho
e angústias.
Parece-me estares, no fundo, a fazer um bom trabalho como todos
nós. Parabéns pela tua 1ª tarefa.
Eu sou por natureza optimista e lutadora em questões de trabalho.
Quando choro é em privado.
Vou fazer-te uma confidência: Os computadores são o meu
calcanhar de Aquiles e sofro muito frente a eles. Mas vou sempre à luta e
cá estou eu um domingo á tarde a fazer esta 2ª parte da tarefa proposta
pelas nossas Formadoras.
Um abraço
Cândida Ribeiro
,