O documento apresenta os principais conceitos da ecologia, incluindo definições de indivíduo, população, espécie, comunidade e ecossistema. Também descreve os componentes abióticos e bióticos de um ecossistema, as relações ecológicas entre os seres vivos, e conceitos como cadeia alimentar, pirâmide trófica e nicho ecológico.
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
Apostila resumo ecologia
1. Seres Vivos e o Meio Ambiente (PARTE I)
Ecologia
Oîkos: habitat; logos:ciência)
3 - Conceitos Básicos:
Indivíduo:
É a unidade da vida que se manifesta
em um determinado local.
Espécie
Conjunto de indivíduos semelhantes
que ao serem cruzados entre si produzem
novos indivíduos semelhantes e férteis.
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales
População
É o conjunto de indivíduos
pertencem à mesma espécie.
1 - Conceito:
É o ramo da biologia que estuda as
relações dos seres vivos entre si e destes com
o meio ambiente.
2 - Divisão
Auto-Ecologia
Estuda as relações entre uma única
espécie e o meio em que vive.
Sinecologia
Estuda as relações entre as várias
espécies de seres vivos e o meio em que vive.
Demoecologia (Dinâmica de populações)
Estuda as variações em números
dentro das diversas espécies, buscando as
causas e as conseqüências destas variações.
que
Comunidade ou Biocenose ou comunidade
Biótica
É o conjunto de populações, ou seja, é
um conjunto de indivíduos que pertencem a
espécies diferentes.
Biótopo
É o local onde vive uma comunidade.
Ecossistema ou Sistema Ecológico
É um conjunto formado por uma
comunidade e o seu meio ambiente havendo
troca de matéria e energia.
Biosfera
É
a
somatória
ecossistemas.
de
todos
os
Ipso Facto
É o artefato típico que determina
determinada espécie.
Habitat
É o local típico de se encontrar uma
espécie.
2. Nicho Ecológico
É o papel ou função que o ser vivo
desempenha no ecossistema.
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsáles
Ex: Aves e mamíferos.
Seres Estenotérmicos: Que não suportam
grande variação de temperatura.
Ex: Ex: Insetos, peixes, anfíbios,répteis,
orquídeas etc.
I
2-SALINIDADE:
Seres Estenoialinos: Que não suportam
grande variação de salinidade.
Ex. A maioria dos organismos aquáticos.
CATÁDROMOS (Enguia)
4-Componentes de um Ecossistema
Compõem os ecossistemas os fatores
Abióticos e os fatores Bióticos.
Fatores Abióticos
grande
RIO
MAR
ANÁDROMOS
(Salmão)
IPC2 :
PRINCÍPIO DE GAUSE OU PRINCÍPIO DA
EXCLUSÃO COMPETITIVA
“Duas ou mais espécies não podem
coexistir por longo tempo no mesmo habitat se
ambos desempenham o mesmo nicho
ecológico”
Seres Euralinos: Que suportam
variação de salinidade.
Ex. Tainha, salmão, enguia.
OBS: A Piracema é a migração de peixes com
a finalidade reprodutiva.
1-TEMPERATURA:
3-ÁGUA:
Seres Homeotérmicos ou Homotérmicos
(Vida constante)
Ex: Aves e mamíferos.
Seres Pecilotérmicos ou Heterotérmicos
(Vida Oscilante): Ex: Insetos, peixes,
anfíbios,répteis.
Vida Latente: Morte aparente observada em
estruturas.Ex: esporos e sementes
Hibernação: Diminuição da atividade vital
devido à diminuição da temperatura.Ex:
Morcegos, caracóis.
Estivação: Diminuição da atividade vital dos
organismo
devido
ao
aumento
da
temperatura.Esse fenômeno deve à escassez
de água.
Ex: Pirambóia (Peixe Pulmonado), alguns
moluscos e alguns anfíbios.
Seres Euritérmicos: Que suportam grande
variação de temperatura.
Hidrófilos:
Organismo
que
vive
permanentemente na água.
Ex. Peixes, a maiorias dos moluscos e dos
crustáceos e plantas como a vitória-régia e o
aguapé.
Higrófilos: Seres que sobrevivem apenas em
ambientes muitos úmidos.
Ex.
musgos,
samambaias,
moluscos,
minhocas etc.
Mesófilos: Organismos
necessidade de água.
Ex: Plantas cultivadas
com
moderada
Xerófilos: Organismo que vive em ambientes
bastante secos.
Ex. alguns insetos, lagartos, ratos-cangurus,
cactos.
OBS: Lixiviação: Lavagem do solo pela água
da chuva.
3. 4-PRESSÃO:
Euríbaros: Que suportam grande variação de
Pressão.
Ex. As Baleias e alguns cefalópodos.
Estenóbaros: Que não suportam grande
variação de Pressão.
Ex. A grande maioria dos seres vivos.
Fatores Bióticos
1- PRODUTORES
São seres vivos capazes de absorver a
energia solar. Realizam a fotossíntese
produzindo a matéria orgânica com alto teor
energético ou transforma energia química
armazenando-a em compostos orgânicos.
2- CONSUMIDORES
5-LUZ:
Eurífotos: Que suportam grande variação de
luz.
Ex. Homem e seres clorofilados.
Estenófotos: Que não suportam grande
variação de luz.
Ex. Sapos e rãs.
São seres vivos que obtém matéria
energética através da alimentação de outros
seres vivos.
a) Herbívoros
b) Carnívoros
c) Onívoros
d) Dentritívos etc.
3- DECOMPOSITORES
Umbrófilos: São aqueles que vivem na
sombra.
Ex. Musgos, samambaias, caracóis e lesmas.
Heliófilos: Seres que procuram a luz.
Ex. Girassóis, moscas, cupins, mariposas.
Heliófobos: Seres que evitam a luz.
Ex. Ratos.
São
seres
vivos
capazes
de
mineralizar à matéria orgânica, ou seja,
capazes de transformar a matéria orgânica em
matéria inorgânica para o reaproveitamento
pelos produtores.
OBS: Cadeias Alimentares:
Ex.
6-SOLO:
Húmus: Constituído por matéria orgânica em
decomposição
é
extremamente
fértil
(encontrado muito nas florestas – aqui na
Amazônia tem muito)
OBS: Clima: é conjunto de fatores abióticos
(temperatura, pressão, umidade e chuvas).
Seres Euribiontes (Euriécios) - Que suportam
grande variação de clima.
Seres Estenobiontes (Estenoécios) - Que não
suportam grande variação de clima.
Benedito Cujo – Fernando Gonsales
Ex.
OBS: A matéria cíclica e o fluxo de energia
é unidirecional.
4. Nível Trófico (NT)
Quanto mais próximo o indivíduo estiver
do início da sua cadeia alimentar, maior o seu
teor energético.
Obs:
As substâncias não biodegradáveis
se acumulam em maior quantidade no
último nível trófico da cadeia alimentar.
Ex.
5- Pirâmides Ecológicas
5.1- Pirâmide de Energia – Representa a
energia acumulada em cada nível trófico.
Consumidor III
15Kcal
Consumidor II
EX.
150Kcal
1500Kcal
Consumidor I
15000Kcal
Produtor
Cara esta pirâmide nuca vai ser invertida!
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales
5.2- Pirâmide de Número – Representa a
quantidade de indivíduos em cada nível
trófico.
a- Produtor de pequeno porte.
onça
2
20
OBS: TEIA ALIMENTARE: A teia alimentar é
um complexo formado por mais de uma
cadeia alimentar.
Gato do mato
Ex.
capim
b- Produtor de grande Porte.
200
2000
coelho
Piolho
100
10
Preguiça
1
Árvore
Outro exemplo interessante:
Anú
Carrapato
10
500
1
Obs:
As substâncias não biodegradáveis se
acumulam em cada nível trófico da cadeia
alimentar.(MAGNIFICAÇÃO TRÓFICA)
Ex: DDT , Mercúrio e outros...
Boi
Capim
100
5. 5.3-Pirâmide de Biomassa: mede a
quantidade de matéria orgânica total num
dado instante. Os valores são expressos em
Kg/m2 ou em g/m2.
Ex:
onça
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales
2 Kg/m2
Gato do mato
20 Kg/m2
coelho
200 Kg/m2
capim
2000 Kg/m
Relações intraespecíficas:
2
Ex: Fitoplâncton e zooplâncton
Obs: No ambiente aquático a produção de
Fitoplâncton é intensa.
715 Kg/m2
Colônia
Os associados vivem unidos havendo
interdependência. Podem ser:
a)Homotípicas ou Homeomorfas: Indivíduos
são morfologicamente iguais.
Ex: Bactérias
b)Heterotípicas ou heteromorfas: Indivíduos
são morfologicamente diferentes.
Ex: As cracas, os corais e as esponjas,
caravelas
413 Kg/m2
6- Relações Ecológicas
ALELOBIOSE
colônias
Harmônicas
Sociedades
Intraespecíficas
competição
desarmônicas
Canibalismo
Coral
foresia
protocooperação
harmônicas
mutualismo
comensalismo
Interespecíficas
Caravela
Sociedade
Os associados vivem unidos não
interdependentes.
1-Sociedade Regular- Quando existe divisão
de trabalho e nem todos indivíduos tem
capacidade reprodutiva.
inquilinismo
competição
predatismo
desarmônicas
parasitismo
Amensalismo,antibiose
esclavagismo
Ex: Formigas, abelhas e Térmitas.
6. 2-Sociedade irregular- é aquela em que não
existe divisão de trabalho e todos possuem
capacidade reprodutiva.
Ex: gorilas
Obs: Nos diversos insetos sociais a
comunicação entre os diferentes indivíduos é
feita através dos ferormônios - substâncias
químicas que servem para a comunicação. Os
ferormônios são usados na demarcação de
territórios, atração sexual, transmissão de
alarme, localização de alimento e organização
social.
Competição
É uma relação intra ou interespecífica desarmônica na qual associados
lutam por espaço, alimentação e sexo.
Ex:
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales
que estão interagindo, extinção de uma delas
ou, ainda, especialização do nicho ecológico.
Canibalismo
É uma relação na qual um dos
associados mata o outro da mesma espécie
para lhe servir de alimento.
Ex: escorpiões, aranhas, peixes, planárias,
roedores, etc.
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsales
Obs: Na espécie humana, quando existe,
recebe o nome de antropofagia (do grego
anthropos, homem; phagein, comer).
Relações interespecíficas
Forésia
Um associado transporta o outro.
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsáles
Obs: Esse mecanismo pode determinar
controle da densidade das duas populações
7. Protocooperação
Ambos associados são beneficiados,
não havendo coexistência obrigatória.
Ex: Caramujo paguro(bernardo-eremita) e
actínias(anêmonas-do-mar), Pássaro-palito e
crocodilo, Anu e gado.
Mutualismo
Ambos associados são beneficiados
havendo coexistência obrigatória.
Ex: Os liquens, Cupins e protozoários,
Ruminates
e
microorganismos,
Bactérias(Rhizobium)e raízes de leguminosas,
Micorrizas(vegetal e o fungo, que é um
decompositor, fornece ao vegetal nitrogênio e
outros nutrientes)
Comensalismo
Um dos associados é chamado
COMENSAL
se
alimenta
de
restos
alimentares dos outros ou aproveita-se de seu
trabalho.
Ex: rêmora, peixe-piloto, Entamoeba coli
Inquilinismo
Um associado se aloja dentro do outro
ou sobre o outro.
Ex: Peixe-agulha e holotúria
Epifitísmo: Quando um vegetal vive sobre o
outro.
Ex. Bromélias e orquídeas.
Predatismo
Um associado mata o outro para lhe
servir de alimento.
8. NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsáles
Parasitismo
Um dos associados retira substância do
outro o prejudicando.
Homem com elefantíase
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS PARASITAS
Endoparasitas
PARASITA VEGETAL
Hemiparasita: erva-de-passarinho
Holoparasita: cipó chumbo
Amensalismo ou Antibiose
Um associado produz substâncias que
impedem o crescimento e o desenvolvimento
do outro.
Ex: Penicillium notatum eliminam a penicilina,
antibiótico que impede que as bactérias se
reproduzam.
As
substâncias
secretadas
por
dinoflagelados Gonyaulax, responsáveis pelo
fenômeno
"maré
vermelha",
podem
determinar a morte da fauna marinha.
Ectoparasitas
Obs: A secreção e a eliminação de
substâncias tóxicas pelas raízes de certas
plantas impede o crescimento de outras
espécies no local.
9. Esclavagismo
Um associado torno outro escravo.
Ex: pulgões são mantidos cativos
dentro do formigueiro.Não obstante, pode-se
considerar uma relação harmônica, pois os
pulgões também são beneficiados pela
facilidade de encontrar alimentos e até mesmo
pelos bons tratos a eles dispensados pelas
formigas (transporte, proteção, etc). Essa
associação é considerada harmônica e um
caso especial de protocooperação por
muitos autores, pois a união não é obrigatória
à sobrevivência.
NÍQUEL E NÁUSEA – Fernando Gonsáles
Notas Finais:
Nota1: Camuflagem: Quando o ser apresenta
semelhança de coloração com o meio
ambiente.
Ex: gato maracajá e a onça, lagartos (por
exemplo, camaleão),urso polar.
Nota2- Mimetismo: existem basicamente de
dois tipos:
-Müllerianoquando
existe
extrema
semelhança de forma e coloração.
-Batesiano: Quando algumas espécies se
assemelham a outras para afugentar seus
predadores.
Ex: cobra falsa-coral, mariposas que se
assemelham a vespas, e mariposas cujo
colorido lembra a feição de uma coruja com
olhos grandes e brilhantes.
10. Seres Vivos e o Meio Ambiente (PARTE II)
OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES EM ECOLOGIA
1- PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA BRUTA
Nos ecossistemas, a produtividade refere-se à quantidade de matéria orgânica
produzida em certa área, em determinado intervalo de tempo, isso corresponde ao conceito de
Produtividade Primária Bruta ou PPB.
Descontando, do total de matéria orgânica produzida pela fotossíntese (PPB), a parcela
consumida na respiração celular dos produtores, temos a Produtividade Primária Líquida
(PPL).
2- ECÓTONO
O habitat criado pela justa posição de habitats distintamente diferentes; um habitat de fronteira;
uma zona de transição entre tipos diferentes de habitats.
3- BIODIVERSIDADE
Uma medida da diversidade de organismo numa área local ou região, freqüentemente
incluindo a variação genética, a unicidade taxonômica e o endemismo.
4- BIOMA
Um tipo grande de comunidade biológica
5- CONTROLE BIOLÓGICO
O uso de inimigos naturais, especialmente insetos parasitóides, bactérias e vírus para
controlar organismos de praga.
6- DEMANDA BIOLÓGICA DE OXIGÊNIO (BOD)
Quantidade de oxigênio exigida para oxidar o material orgânico numa amostra de água;
altos valores em habitats aquáticos freqüentemente indicam poluição por esgoto e outras
fontes de rejeitos orgânicos, ou a sobre-produção de material vegetal resultante do
sobreenriquecimento por nutrientes minerais.
7- EXTINÇÃO
Desaparecimento por completo de uma espécie ou de outros táxons de uma região ou
biota.
SUCESSÃO ECOLÓGICA
São sucessivas modificações ou transformações que ocorrem no desenvolvimento de uma
comunidade.
3.1- Etapas de uma sucessão
Ecesis
Serie
Clímax
11. Ecesis -Esta etapa é marcada pelo estabelecimento de espécies pioneiras.
Serie – Uma série de estágios de mudança da comunidade numa detrminada área que conduz
em direção a um estado estável.
OBS: A Comunidade pioneira (ECESE) é constituída por poucas espécies que formam uma
cadeia alimentar simples e, por isto, muito vulnerável, instável.
OBS: As Comunidades em transição (SÉRIES) surgem à medida que novas espécies passam
a fazer parte da comunidade pioneira, aumentando a diversidade e a biomassa.
Clímax – O ponto final de uma seqüência sucecessional ou sere; uma comunidade que atingiu
um estado estacionário sob um conjunto denominado de condições ambientais.
OBS: A Comunidade clímax se estabelece quando ocorre equilíbrio dinâmico natural
(HOMEOSTASE) entre todas as populações e o ambiente. Ou seja: tudo que é produzido, é
consumido. Nada sobra, nada falta. Onde as cadeias alimentares complexas tornam estável o
sistema.
Sucessão Primária- é aquela que ocorre em área não habitada anteriomente.
Ex.: afloramentos rochosos, exposição de camadas profundas de solo, depósitos de areia, lava
vulcânica recém solidificada)
12. Sucessão Secundária- é aquela que ocorre em área anteriomente habitada.
Ex: clareiras, áreas desmatadas, fundos expostos de corpos de água.
13. Ciclos Biogeoquímicos
O transporte de matéria nos ecossistemas reside na existência de circuitos nos quais os
diversos elementos são constantemente reciclados. Em relação à energia, há uma diferença
fundamental, pois esta é degradada sob forma de calor e perdida sem ser jamais reutilizada.
Os seres vivos têm necessidade de mais ou menos 40 elementos para fazer a síntese de seu
protoplasma. Os mais importantes são o carbono, o nitrogênio, o hidrogênio, o oxigênio, o
fósforo e o enxofre. E esses elementos principais acrescentam-se outros, necessários em
quantidades menores, como o cálcio, ferro, potássio, magnésio, sódio, etc.
Esses elementos passam alternativamente da matéria viva à matéria orgânica, percorrendo
ciclos, chamados biogeoquímicos.
O Ciclo da Água
Um dos fundamentos para a existência de
vida em um planeta é a existência de água. Na
Terra ela existe sob forma de vapor na
atmosfera que, ao se condensar, cai como
chuva, neve ou gelo. Quando se precipita pode
cair diretamente no mar ou sobre a superfície da
terra, chegando aos oceanos através de rios ou
lençóis freáticos (rios subterrâneos). Neste
percurso, uma parte da égua é devolvida à
atmosfera pela evaporação. As plantas a retiram
do solo, enquanto que quase todos os animais a
ingerem. A água absorvida pelas plantas serve
para transportar várias substâncias minerais e
participar da fotossíntese. Os organismos
contêm água, pois é nesta que se realizam a
maioria dos processos vitais. Tanto animais
como vegetais perdem água diretamente para a
atmosfera. Os vegetais e animais pela
transpiração; ao animais pela evaporação
pulmonar, pela filtragem renal e pelo aparelho
digestivo. Todos, quando morrem, fazem
retornar sua parcela de água ao ambiente.
Assim, a água que as raízes das plantas tirarem
do solo, ou que os animais beberem, volta para
a atmosfera.
O Ciclo do Carbono
Na fotossíntese os organismos absorvem o carbono, que entra na composição de um
número grande de compostos, que por sua vez, se recombinam e formam os mais diversos
componentes orgânicos.
As plantas, quando servem de alimento para os consumidores, transferem a matéria
orgânica, que é metabolizada em cada nível trófico seguinte. Pela respiração de cada
organismo, forma-se gás carbônico, que é devolvido ao ambiente. Quando morrem, animais e
plantas, são decompostos por fungos e bactérias que liberam CO2 à água ou à atmosfera.
Algumas vezes o processo de decomposição é extremamente lento. É o caso dos compostos
de carbono que não foram totalmente atacados pelos decompositores e permanecem
armazenados no subsolo sob forma de turfa, carvão e petróleo. Também as rochas formadas
por conchas e esqueletos contêm compostos carbonados.
14. O Ciclo do Nitrogênio
O nitrogênio, mesmo ocorrendo em grande quantidade na atmosfera (78%), não pode
ser aproveitado diretamente pelos vegetais e animais. Entretanto, algumas bactérias e alguns
azuis (cianofíceas) podem fixar e utilizar o nitrogênio atmosférico nos solos e na água. Nas
raízes das leguminosas, por exemplo, encontramos nódulos que abrigam um número imenso
destas bactérias que vivem em simbiose com a hospedeira.
Assim, estas bactérias (Nitrobacter e Nitrosomonas) denominadas "fixadoras de nitrogênio"
utilizam o N2 atmosférico e o transformam em nitratos (NO3) que se acumulam no solo ou na
água, de onde são absorvidos pelas plantas. Estas os aproveitam na síntese de proteínas,
aminoácidos, ácidos nucleicos, bases nitrogenadas, etc., que passam para os consumidores
dos níveis tróficos seguintes.
Tanto animais e plantas, quando morrem, são decompostos e o nitrogênio é eliminado
sob a forma de amônia (NH3). Outras bactérias, "as desnitrificantes" liberam o nitrogênio da
amônia para a atmosfera na forma de N2, fechando o ciclo.
NOTA: O nitrogênio atmosférico é oxidado a nitritos e nitratos durante as tempestades com
relâmpagos.
15. O Ciclo do Fósforo
O fósforo é um elemento essencial por participar das moléculas de DNA e RNA
responsáveis pela transmissão das características genéticas, além de serem os compostos de
fósforo os principais manipuladores de energia nas células vivas. Os principais reservatórios
são as rochas de fosfato, depósitos de guano (excremento de aves marinhas) e depósitos de
animais fossilizados. O fósforo é liberado destes reservatórios por erosão natural e filtração, e
através da mineração e do uso como adubo pelo homem. Parte do fósforo é aproveitado pelas
plantas na forma de fosfatos no solo, entrando, assim, na parte viva do ecossistema. Pode
passar através de vários níveis tróficos antes de retornar ao solo por decomposição. Grande
parte do fosfato carregado pela água ou escavado dos depósitos na rocha é eventualmente
levado pelo mar - o homem e suas atividades mineradoras e distributivas aceleram este
processo. Uma vez no mar, pode ser utilizado em ecossistemas marinhos ou depositado em
sedimentos marinhos rasos ou profundos. Embora parte deste possa ser devolvida por corrente
de ressurgência, grande parte se perde quase que permanentemente. Pode ser devolvido por
processos geológicos de elevação de sedimentos, e, segundo Ehrlich, parece improvável que
no futuro estes serão suficientes para contrabalançar a perda.
Ciclo do Oxigênio
A atmosfera contém 21% de oxigênio, usado pelas plantas e pelos animais durante a
respiração. Além disso, fungos e muitas bactérias utilizam oxigênio quando decompõe plantas
e animais mortos. Queimar madeira e outros combustíveis também exige oxigênio.As plantas
devolvem oxigênio para o ar durante a fotossíntese.
Os ciclos do oxigênio e do carbono estão ligados: a fotossíntese consome dióxido de
carbono e produz oxigênio, a respiração por sua vez, consome o oxigênio e produz dióxido de
carbono. Pela figura abaixo, é mais fácil compreender como se dá o ciclo do oxigênio: