O documento discute os riscos da personalização excessiva de conteúdo e publicidade usando big data para segmentar consumidores. Isso pode enfraquecer a democracia ao isolar as pessoas em bolhas de informação personalizadas e ocultar as bases reais por trás da seleção de conteúdo.
2. Big data, segundo a Wikipedia
● Big Data é um termo amplo para conjuntos de dados muito grandes
ou complexos que aplicativos de processamento de dados
tradicionais são insuficientes.
● O Big Data é a quantidade enorme de informações existentes dentro
de servidores de bancos de dados que funcionam dentro de diversos
servidores de rede de computadores utilizando um sistema
operacional de rede, interligados entre si, que hoje em dia funcionam
dentro de um sistema operacional Cloud Computing, cujas
informações são acessadas pela internet por pessoas utilizando um
computador comum ou celular, para lêr essas informações ou para
incluir mais informações dentro do banco de dados via Cloud
Computing.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_data
6. Objetivo do texto
● Trabalhar as implicações para a democracia envolvendo
estas duas questões interconectadas:
– Segmentação dos consumidores para a publicidade por
comerciantes e da nova indústria de captura de dados
que lhes serve de suporte
– A transformação da abordagem dos anunciantes para
subsidiar a produção de conteúdo de mídia
7. Big data
● Entende-se big data na publicidade em termos de muitos
pontos acionáveis de informações sobre milhões de
indivíduos
● Possibilidade de conhecer melhor os consumidores
● Caminho para se chegar ao consumidor certo no
momento mais apropriado
● É necessário empenhar-se em coleta constante de dados
para ter os subsidios necessários a essas empreitadas
8. A preocupação dos autores
● A atividade de coleta constante de dados e produção de
mídia personalizada faz com que cada indivíduo seja
tratado de maneira única, dificultando (de acordo com
eles) a criação de elementos que conectem estes
indivíduos a um contexto amplo.
9. Nas palavras deles
Are we witnessing the birth of a new media logic—
personalization—whose dynamics will erode democracy
unless their hidden workings are made public and
contested broadly?
Os autores pretendem esclarecer o que está em jogo em
aceitar, ou não, a cultura emergente de uso da big data
que é cada vez mais dominante em dois setores culturais
principais: publicidade e mídia
10. Senta que la vem a história
O uso da indústria da publicidade de big data para incentivar
anúncios personalizados, preços, notícias, publicidade e definir
o entretenimento fornece as bases para uma personalização
profunda com conteúdo cuja seleção já foi decidida para os
cidadãos, com base em critérios desconhecidos para eles.
Este desenvolvimento não é o resultado de conspiração para
remover pessoas de experiências coletivas. Ao contrário, é um
efeito-colateral negativo uma externalidade; de como a
propaganda, big data e produção de conteúdo passaram a
coexistir nas últimas duas décadas.
11. Uma importante mudança
Importante mudança proporcionada pelo digital na publicidade e
mídia:
– Uma idéia que não estava clara no início do século: O lado
editorial de uma empresa de mídia deve ser independente da
parte de publicidade (comercial) do negócio.
A ascensão da mídia digital altera fundamentalmente a
capacidade das indústrias de mídia na definição dos termos do
subsídio a publicidade.
O coração da mudança é a competição sem precedentes para as
receitas que as empresas de mídia estão enfrentando.
12. As implicações
Os profissionais de marketing tem deixado claro que os editores têm que
lhes oferecer mais e mais dados sobre a audiência.
Isso leva a três dinâmicas de personalização:
1. Editores trabalham com anunciantes para personalizar as mensagens
comerciais que recebem em torno da matéria editorial.
2. „Native advertising“: Um anúncio nativo é textual, pictórico, e / ou
material audiovisual que apoia os objetivos de um anunciante (e é pago
pelo anunciante) enquanto ele imita o formato e estilo editorial da
editora que leva.
3.Editores irão começar a variar seu próprio material com base em seus
visitantes e no que eles sabem sobre os visitantes. Os anunciantes tem
há mais de uma década usado técnicas para testar se os anúncios com
determinadas características atraem cliques
13. O que isso significa?
Quando estas três dinâmicas trabalham em conjunto, não em um ano
ou dois, mas durante mais tempo, editores rotineiramente exibirão
diferentes construções da realidade para as pessoas. Crucialmente, as
pessoas não percebem que estão sendo tratadas de forma diferente.
Com efeito, a lógica de "esconder" o que é menos "relevante" esconde
automaticamente também o motor de sua operação.
O que está presente para nós no palco do mundo já terá sido ajustado
pela operação de portas laterais sobre as quais não sabemos nada. Os
profissionais de marketing e os editores vão tentar reduzir as tensões
sobre a situação através de o mantra da relevância e da aura de
atenção personalizada, e, depois de um tempo, as pessoas vão ter a
personalização como a lente através da qual entendem o mundo.
14. Conclusão do texto
A capacidade da mídia para divulgar material que constrói
conexões entre diversos grupos não ajudou, mas sim minou estas
conexões, em virtude das pressões em direção a personalização.
Ainda é difícil encontrar rotas eficazes para desafiar esta
personalização.
We may need to rethink the relations between media institutions,
society, and democracy in ways that are more explicit about not just
the direct effects of advertising messages on individuals but the
profound, if indirect, consequences of the advertising industries’
self-transformation for the whole public media environment.