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UNIFESSP
A
Tópicos Especiais em Psicologia IV:
Introdução à Filosofia da Mente
Aula 2:
O dualismo de
propriedade
UNIFESSP
A
As críticas ao dualismo cartesiano e
o problema mente-corpo
●
Dualismo cartesiano: Mente e corpo são
substâncias diferentes e separadas
– Res extensa
– Res cogitans
●
Problema mente-corpo: Como podem duas
substâncias com naturezas completamente
diferentes interagir causalmente?
●
Física contemporânea: A matéria não é
mais caracterizada como res extensa (ex.,
partículas-pontuais)
UNIFESSP
A
Dualismo ‘popular’
● “teoria de que uma pessoa é literalmente um ‘fantasma na máquina’, onde a
máquina é o corpo humano, e o fantasma é uma substância espiritual, de
constituição interna absolutamente diferente da matéria física, mas, mesmo assim,
plenamente dotada de propriedades espaciais” (Churchland, M&C)
● Não é uma “teoria” no sentido científico ou filosófico (i.e., não é formalizada)
● Se matéria é energia, a mente poderia ser algum tipo de energia, e a interação
entre as duas substâncias ocorreria como uma “troca recíproca de energia de um
tipo que nossa ciência até agora não tenha identificado ou compreendido” (Idem
ibid.)
CHURCHLAND, P. M. Matéria e consciência. Uma introdução contemporânea à filosofia da mente. São Paulo: Editora
UNESP, 1998.
UNIFESSP
A
Dualismo de predicado
● Forma mais branda e frágil do dualismo; base do funcionalismo
e da teoria da identidade
● Teoria de que predicados psicológicos / mentalistas são
– Essenciais para uma descrição completa do mundo
– Irredutíveis a predicados fisicalistas
● Para que um predicado mental seja redutível, devem existir leis
conectando tipos de estados psicológicos a tipos de estados
físicos de forma que o uso de um predicado mental não
contenha informação que não poderia ser expressada sem ele
UNIFESSP
A
Dualismo de predicado
Donald Davidson Jerry Fodor
UNIFESSP
A
Dualismo de predicado
● Ex. de redução: água ⇔ H2
O; se substituímos a palavra ‘água’
por ‘H2
O’, não há perda de informação
● Nem todo termo tem essa estrutura constitutiva; esses estados
são definidos mais por aquilo que fazem (i.e., função) do que
por sua composição ou estrutura
– P. ex.: infecção pode ser de fungo, bactéria, vírus, etc; não existe uma
descrição, usando os termos da física ou da química, que provenha a
mesma função da palavra “infecção”
UNIFESSP
A
Dualismos de propriedades
● Enquanto o dualismo de predicado afirma que existem dois tipos essenciais de
predicados em nossa linguagem, os dualismos de propriedade afirmam que
existem dois tipos essenciais de propriedades no mundo.
● Propriedades não são substâncias; só há matéria/corpo/cérebro, e ele é dotado
de um conjunto especial de propriedades não-físicas
● Propriedades mentais (i.e., proposicionais) – “sentir dor, a de ter a sensação de
vermelho, a de pensar que P, a de desejar que Q, e assim por diante”
(Churchland, M&C)
● São não-físicas no sentido de que “jamais podem ser reduzidas ou explicadas
exclusivamente em termos dos conceitos das ciências físicas habituais”
(Churchland, M&C) – afirmação ontológica, não semântica
UNIFESSP
A
Paralelismo psicofísico
● Leibniz (1646-1716): Deus criou uma
harmonia pré-estabelecida, de forma
que se aparenta que eventos físicos
e mentais sejam causados uns pelos
outros
● Na realidade, causas mentais só tem
efeitos mentais, e causas físicas só
tem efeitos físicos
Gottfried Wilhelm von Leibniz
UNIFESSP
A
Paralelismo psicofísico
F1 F2
M1 M2
UNIFESSP
A
Epifenomenalismo
● Epifenomenalismo: Eventos mentais são
causados por eventos físicos, mas não tem
influência causal sobre eventos físicos
F1 F2
M1 M2
UNIFESSP
A
Epifenomenalismo
● “embora os fenômenos mentais sejam causados pelas diversas
aividades do cérebro, eles, por sua vez, não têm quaisquer efeitos
causais (…). Isso significa que a convicção universal de que nossas
ações são determinadas por nossos desejos, decisões e volições é
uma falsa convicção!” (Churchland, M&C)
● O evento mental “decidir pegar um objeto” (M1) é causado pelo
disparo de neurônios específicos no cérebro (F1); entretanto, quando
o braço move-se para pegar o objeto (F2), a causa é somente F1, e
não M1.
UNIFESSP
A
Tipos de epifenomenalismo
(McLaughlin)
● Epifenomenalismo de evento ou de ocorrência (“token”) -
Eventos físicos concretos são causas, mas eventos mentais não
podem causar nada (Huxley)
● Epifenomenalismo de propriedade ou de tipo – Um evento é
uma casa devido a suas propriedades físicas, mas não em
virtude de suas propriedades mentais
– Um evento pode ser uma instância tanto de um tipo mental (estado
psicológico) quanto de um tipo físico (estado neurofisiológico)
McLAUGHLIN, B. (1989). Type epiphenomenalism, type dualism, and the causal priority of the physical. Philosophical
Perspectives, 3, 109-135.
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A
Dualismo interacionista /
Emergentismo
● “O interacionista afirma, sem dúvida, que as propriedades
mentais têm efeitos causais sobre o cérebro e, dessa
forma, sobre o comportamento. As propriedades mentais
do cérebro são parte integrante do embate causal geral e
estão em interação sistemática com as propriedades
físicas do cérebro” (Churchland, M&C)
● Propriedades emergentes: aquelas que dependem da
organização da matéria física em um sistema complexo o
suficiente
UNIFESSP
A
Lógica modal
● Lógica da possibilidade e da necessidade
● Permite apresentar um sistema formal que
possibilita estabelecer distinções entre verdades
necessárias e verdades contingentes
– Verdade necessária: Não poderia ser de outra forma;
“verdadeira em todos os mundos possíveis”
– Verdade contingente: Negação pode ser possível ou
consistente; “verdadeira apenas no mundo real”
UNIFESSP
A
Superveniência
●
Jaegwon Kim, 1984: três tipos de superveniência:
– Fraca: A superveem fracamente de B se, necessariamente, para cada mundo m e para cada indivíduo
x e y pertencentes a esse mundo, se x e y têm as mesmas propriedades-B em m, então x e y têm as
mesmas propriedades-A em m.
●
Não há diferenças nas propriedades mentais sem haver também diferenças nas propriedades físicas
– Forte: A superveem fortemente de B se, necessariamente, em qualquer mundo m ou z e para cada
indivíduo x e y, se x tem as propriedades-B em m e y tem as propriedades-B em z, então
necessariamente x tem em m as mesmas propriedades-A que y tem em z.
– Global: A superveem globalmente de B se, necessariamente, dois mundos possíveis m e z
indiscerníveis em B também forem indiscerníveis em A.
KIM, J. (1984). Concepts of supervenience. Philosophy and Phenomenology Research, 45, 153-176
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A
Superveniência no fisicalismo
● Zilio (2010): Uma propriedade mental M
superveem de uma propriedade física F se,
necessariamente, todos os mundos possíveis
reais indiscerníveis em F também forem
indiscerníveis em M.
ZILIO, D. (2010). Fisicalismo na filosofia da mente: Definição, estratégias e problemas. Ciências & Cognição, 15, 217-
240
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A
O argumento dos zumbis
1. De acordo com o fisicalismo, tudo o que existe no nosso mundo é físico
(incluindo a consciência)
2. Assim, se o fisicalismo é verdadeiro, um mundo metafisicamente possível
no qual todos os fatos físicos são idênticos aos do nosso mundo deve conter
tudo o que existe nele (incluindo a consciência)
3.Na verdade, podemos conceber um mundo que seja fisicamente
indistinguível do nosso, mas no qual não haja consciência (mundo zumbi)
4.Portanto, o fisicalismo é falso (modus tollens)
CHALMERS, D. The Conscious Mind: In Search of a Fundamental Theory, Nova Iorque: Oxford University Press,
1996
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A
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A
Freud
●
“A relação entre a cadeia de processos fisiológicos que se dá no sistema nervoso e os processos psíquicos
provavelmente não é de causalidade. Os processos fisiológicos não cessam quando estes começam; tendem a
continuar, porém, a partir de certo momento, um fenômeno psíquico corresponde a cada parte da cadeia ou a várias
partes. O psíquico é, portanto, um fenômeno paralelo ao fisiológico (um concomitante dependente)” (Freud, 1891)
●
“Muitos, situados tanto dentro como fora da ciência, se conformam em adotar o suposto de que a consciência é, só
ela, o psíquico, e então, não resta a fazer, na psicologia, nada mais que distinguir, no interior da fenomenologia
psíquica, entre percepções, sentimentos, processos cognitivos e atos de vontade. Contudo, há acordo geral de que
esses processos conscientes não formam séries sem lacunas, fechadas em si mesmas, de modo que não haveria
outra alternativa a não ser adotar a suposição de uns processos físicos ou somáticos, concomitantes do psíquico,
aos quais parece ser preciso atribuir uma perfeição maior do que às séries psíquicas, pois alguns deles têm
processos conscientes paralelos, e outros não. Isto sugere, de uma maneira natural, pôr o acento na psicologia sobre
esses processos somáticos, reconhecer neles o psíquico genuíno e buscar uma apreciação diversa para os
processos conscientes” (Freud, 1938)
FREUD, S. Sobre a concepção das afasias, 1891.
FREUD, S. Esboço de psicanálise, 1938
UNIFESSP
A
http://existentialcomics.com/comic/5
9
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Dualismos e teorias da mente-corpo

  • 1. UNIFESSP A Tópicos Especiais em Psicologia IV: Introdução à Filosofia da Mente Aula 2: O dualismo de propriedade
  • 2. UNIFESSP A As críticas ao dualismo cartesiano e o problema mente-corpo ● Dualismo cartesiano: Mente e corpo são substâncias diferentes e separadas – Res extensa – Res cogitans ● Problema mente-corpo: Como podem duas substâncias com naturezas completamente diferentes interagir causalmente? ● Física contemporânea: A matéria não é mais caracterizada como res extensa (ex., partículas-pontuais)
  • 3. UNIFESSP A Dualismo ‘popular’ ● “teoria de que uma pessoa é literalmente um ‘fantasma na máquina’, onde a máquina é o corpo humano, e o fantasma é uma substância espiritual, de constituição interna absolutamente diferente da matéria física, mas, mesmo assim, plenamente dotada de propriedades espaciais” (Churchland, M&C) ● Não é uma “teoria” no sentido científico ou filosófico (i.e., não é formalizada) ● Se matéria é energia, a mente poderia ser algum tipo de energia, e a interação entre as duas substâncias ocorreria como uma “troca recíproca de energia de um tipo que nossa ciência até agora não tenha identificado ou compreendido” (Idem ibid.) CHURCHLAND, P. M. Matéria e consciência. Uma introdução contemporânea à filosofia da mente. São Paulo: Editora UNESP, 1998.
  • 4. UNIFESSP A Dualismo de predicado ● Forma mais branda e frágil do dualismo; base do funcionalismo e da teoria da identidade ● Teoria de que predicados psicológicos / mentalistas são – Essenciais para uma descrição completa do mundo – Irredutíveis a predicados fisicalistas ● Para que um predicado mental seja redutível, devem existir leis conectando tipos de estados psicológicos a tipos de estados físicos de forma que o uso de um predicado mental não contenha informação que não poderia ser expressada sem ele
  • 6. UNIFESSP A Dualismo de predicado ● Ex. de redução: água ⇔ H2 O; se substituímos a palavra ‘água’ por ‘H2 O’, não há perda de informação ● Nem todo termo tem essa estrutura constitutiva; esses estados são definidos mais por aquilo que fazem (i.e., função) do que por sua composição ou estrutura – P. ex.: infecção pode ser de fungo, bactéria, vírus, etc; não existe uma descrição, usando os termos da física ou da química, que provenha a mesma função da palavra “infecção”
  • 7. UNIFESSP A Dualismos de propriedades ● Enquanto o dualismo de predicado afirma que existem dois tipos essenciais de predicados em nossa linguagem, os dualismos de propriedade afirmam que existem dois tipos essenciais de propriedades no mundo. ● Propriedades não são substâncias; só há matéria/corpo/cérebro, e ele é dotado de um conjunto especial de propriedades não-físicas ● Propriedades mentais (i.e., proposicionais) – “sentir dor, a de ter a sensação de vermelho, a de pensar que P, a de desejar que Q, e assim por diante” (Churchland, M&C) ● São não-físicas no sentido de que “jamais podem ser reduzidas ou explicadas exclusivamente em termos dos conceitos das ciências físicas habituais” (Churchland, M&C) – afirmação ontológica, não semântica
  • 8. UNIFESSP A Paralelismo psicofísico ● Leibniz (1646-1716): Deus criou uma harmonia pré-estabelecida, de forma que se aparenta que eventos físicos e mentais sejam causados uns pelos outros ● Na realidade, causas mentais só tem efeitos mentais, e causas físicas só tem efeitos físicos Gottfried Wilhelm von Leibniz
  • 10. UNIFESSP A Epifenomenalismo ● Epifenomenalismo: Eventos mentais são causados por eventos físicos, mas não tem influência causal sobre eventos físicos F1 F2 M1 M2
  • 11. UNIFESSP A Epifenomenalismo ● “embora os fenômenos mentais sejam causados pelas diversas aividades do cérebro, eles, por sua vez, não têm quaisquer efeitos causais (…). Isso significa que a convicção universal de que nossas ações são determinadas por nossos desejos, decisões e volições é uma falsa convicção!” (Churchland, M&C) ● O evento mental “decidir pegar um objeto” (M1) é causado pelo disparo de neurônios específicos no cérebro (F1); entretanto, quando o braço move-se para pegar o objeto (F2), a causa é somente F1, e não M1.
  • 12. UNIFESSP A Tipos de epifenomenalismo (McLaughlin) ● Epifenomenalismo de evento ou de ocorrência (“token”) - Eventos físicos concretos são causas, mas eventos mentais não podem causar nada (Huxley) ● Epifenomenalismo de propriedade ou de tipo – Um evento é uma casa devido a suas propriedades físicas, mas não em virtude de suas propriedades mentais – Um evento pode ser uma instância tanto de um tipo mental (estado psicológico) quanto de um tipo físico (estado neurofisiológico) McLAUGHLIN, B. (1989). Type epiphenomenalism, type dualism, and the causal priority of the physical. Philosophical Perspectives, 3, 109-135.
  • 13. UNIFESSP A Dualismo interacionista / Emergentismo ● “O interacionista afirma, sem dúvida, que as propriedades mentais têm efeitos causais sobre o cérebro e, dessa forma, sobre o comportamento. As propriedades mentais do cérebro são parte integrante do embate causal geral e estão em interação sistemática com as propriedades físicas do cérebro” (Churchland, M&C) ● Propriedades emergentes: aquelas que dependem da organização da matéria física em um sistema complexo o suficiente
  • 14. UNIFESSP A Lógica modal ● Lógica da possibilidade e da necessidade ● Permite apresentar um sistema formal que possibilita estabelecer distinções entre verdades necessárias e verdades contingentes – Verdade necessária: Não poderia ser de outra forma; “verdadeira em todos os mundos possíveis” – Verdade contingente: Negação pode ser possível ou consistente; “verdadeira apenas no mundo real”
  • 15. UNIFESSP A Superveniência ● Jaegwon Kim, 1984: três tipos de superveniência: – Fraca: A superveem fracamente de B se, necessariamente, para cada mundo m e para cada indivíduo x e y pertencentes a esse mundo, se x e y têm as mesmas propriedades-B em m, então x e y têm as mesmas propriedades-A em m. ● Não há diferenças nas propriedades mentais sem haver também diferenças nas propriedades físicas – Forte: A superveem fortemente de B se, necessariamente, em qualquer mundo m ou z e para cada indivíduo x e y, se x tem as propriedades-B em m e y tem as propriedades-B em z, então necessariamente x tem em m as mesmas propriedades-A que y tem em z. – Global: A superveem globalmente de B se, necessariamente, dois mundos possíveis m e z indiscerníveis em B também forem indiscerníveis em A. KIM, J. (1984). Concepts of supervenience. Philosophy and Phenomenology Research, 45, 153-176
  • 16. UNIFESSP A Superveniência no fisicalismo ● Zilio (2010): Uma propriedade mental M superveem de uma propriedade física F se, necessariamente, todos os mundos possíveis reais indiscerníveis em F também forem indiscerníveis em M. ZILIO, D. (2010). Fisicalismo na filosofia da mente: Definição, estratégias e problemas. Ciências & Cognição, 15, 217- 240
  • 17. UNIFESSP A O argumento dos zumbis 1. De acordo com o fisicalismo, tudo o que existe no nosso mundo é físico (incluindo a consciência) 2. Assim, se o fisicalismo é verdadeiro, um mundo metafisicamente possível no qual todos os fatos físicos são idênticos aos do nosso mundo deve conter tudo o que existe nele (incluindo a consciência) 3.Na verdade, podemos conceber um mundo que seja fisicamente indistinguível do nosso, mas no qual não haja consciência (mundo zumbi) 4.Portanto, o fisicalismo é falso (modus tollens) CHALMERS, D. The Conscious Mind: In Search of a Fundamental Theory, Nova Iorque: Oxford University Press, 1996
  • 19. UNIFESSP A Freud ● “A relação entre a cadeia de processos fisiológicos que se dá no sistema nervoso e os processos psíquicos provavelmente não é de causalidade. Os processos fisiológicos não cessam quando estes começam; tendem a continuar, porém, a partir de certo momento, um fenômeno psíquico corresponde a cada parte da cadeia ou a várias partes. O psíquico é, portanto, um fenômeno paralelo ao fisiológico (um concomitante dependente)” (Freud, 1891) ● “Muitos, situados tanto dentro como fora da ciência, se conformam em adotar o suposto de que a consciência é, só ela, o psíquico, e então, não resta a fazer, na psicologia, nada mais que distinguir, no interior da fenomenologia psíquica, entre percepções, sentimentos, processos cognitivos e atos de vontade. Contudo, há acordo geral de que esses processos conscientes não formam séries sem lacunas, fechadas em si mesmas, de modo que não haveria outra alternativa a não ser adotar a suposição de uns processos físicos ou somáticos, concomitantes do psíquico, aos quais parece ser preciso atribuir uma perfeição maior do que às séries psíquicas, pois alguns deles têm processos conscientes paralelos, e outros não. Isto sugere, de uma maneira natural, pôr o acento na psicologia sobre esses processos somáticos, reconhecer neles o psíquico genuíno e buscar uma apreciação diversa para os processos conscientes” (Freud, 1938) FREUD, S. Sobre a concepção das afasias, 1891. FREUD, S. Esboço de psicanálise, 1938