Apresentação realizada durante a Feira da Agricultura Familiar da Amazônia (FEPAM). Temas abordados, (1) o padrão de desmatamento na Amazônia; (2) o histórico das negociações internacionais desde a Eco-92; e (3) as ações que os governos estaduais e federal têm adotado quanto a implementação de políticas públicas relativas ao meio ambiente, inclusive: REDD+, PPCDAm e o Plano de Agricultura de Baixas Emissões de Carbono (Plano ABC).
Legal Frameworks for Sustainable Development: Legal Best Practices from the N...
Mudanças Climáticas na Amazônia: Contexto das Políticas Públicas, REDD+ e a perspectiva nacional e internacional
1. Mudanças Climáticas na
Amazônia: Contexto das
Políticas Públicas, REDD+ e a
perspectiva nacional e
internacional
XII Feira da Agricultura Familiar da
Amazônia – FEPAM
6 de julho 2012, Santarém - PA - Brasil
Bernhard J. Smid, Gerente de Políticas Públicas
Programa de Mudanças Climáticas, IPAM
eMail: BJSmid@ipam.org.br
Twitter: IPAM_Amazonia
Twitter: BSmid
2. Mudanças Climáticas na Amazônia
Negociações Internacionais e REDD+
A Posição Brasileira sobre as Questões Climáticas
3. Cobertura Florestal no Mundo
Florestas intactas – 21%
Em transição – 32%
Florestas perdidas – 47%
Fonte: World Resources Institute
4. A Amazônia tem a maior bacia hidrográfica do
mundo, com 7 milhões de km², incluindo Brasil e
países vizinhos. Cerca de 3,8 milhões de km²
estão no Brasil.
A umidade gerada na Amazônia é percebida não
só na Amazônia, mas também no sul do Brasil e
Argentina. Ela também reflete no clima dos
Estados Unidos (Flórida) e Europa (Espanha).
Este fenômeno é chamado de "rios voadores".
Detalhes Gerais sobre a Amazônia Brasileira
Area 5,217,423 Km2
Porcentagem 61% no Brasil
Municípios 807
Porcentagem 15% de todos os municípios
Total de habitantes 21,056,532 pessoas
Porcentagem 12.4% do total de brasileiros
Densidade 4.14 habitantes / Km2
5. Quais são os efeitos das mudanças
climáticas para vocês?
6. Riscos para a Saúde
Mudanças
Climáticas
Eventos climáticos Perda da biodiversidade
extremos
Degradação de terras Disponibilidade de água Menos Forestas
7. Anamã 2009
foto: Bernhard J Smid
Anamã 2009 – foto: Bernhard J Smid
Foto: UFMG Foto: UFMG Foto: UFMG
O Clima está mudando??
8. Causas das Mudanças Climáticas
Fontes de Emissões de CO2 do Brasil por Setor
5% 4% Mudança do uso do solo e florestas
5%
Queima de combustíveis fósseis - transporte
Queima de combustíveis fósseis - indústria
8%
Queima de combustíveis fósseis - outros setores
77% Processos Industriais
Emissões evasivas
Incineração de resíduos
Fonte:
Adaptado do MCT, 2010a. Segundo o comunicação do Governo Federal do Brasil à Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Brasília; MCT - Coordenação Geral
das Mudanças Global do Clima
9.
10.
11.
12.
13. Padrão de desmatamento: Contribuição das classes
de área dos polígonos vs Área Desmatada
< 25 ha – Tendência estável
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
14. Padrão de desmatamento: Contribuição das classes
de área dos polígonos vs Área Desmatada
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
15. Possível cenário de
desmatamento 2001
2011
2021
2031
Fonte: Soares Filho et al , Nature, 2006
17. Mudanças Climáticas na Amazônia
Negociações Internacionais e REDD+
A Posição Brasileira sobre as Questões Climáticas
18. O que fazem os países do mundo para solucionar o
problema das Mudanças Climáticas??
Em 1992, no Rio de Janeiro - Brasil, foi criada a
Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança
do Clima (UNFCCC é a sigla em inglês) para discutir
ações de prevenção e mitigação das mudanças
climáticas. Em 1994 a UNFCCC entrou em vigência.
Objetivo: reduzir as emissões de gases de efeito estufa para evitar as
mudanças climáticas e catástrofes.
Reconhecimento internacional de que é necessário o esforço de todos os
países para combater as mudanças climáticas.
Os Países que assinaram a Convenção decidiram reunir-se anualmente para
discutir a implementação da Convenção:
Encontros anuais = COP = Conferência das Partes (Países)
19. • Os representantes oficiais dos países realizam as negociações
(definem o que cada país deve fazer).
• Para reduzir suas emissões, os países desenvolvidos pagam um preço
alto.
• Para tentar reduzir seus custos ou prolongar os prazos de redução de
emissões, os países fazem acordos.
20. Protocolo de Quioto
Tratado internacional com compromissos
para redução de emissões de gases do efeito estufa
• Países ricos (desenvolvidos) chamados Anexo1 tem a obrigação de reduzir
suas emissões entre 2008 e 2012 (primeiro período de compromisso) a um
nível 5.2% menor que as emissões de 1990.
• Países em desenvolvimento (como Brasil, México, China, Índia, África do
Sul) não receberam metas de redução de emissões (chamados de Países
Não Anexo-1)
• Os países do Anexo 1 são os ricos da Europa, mais os países do Leste
Europeu e a da antiga União Soviética.
• Para os países que não são do Anexo 1 (caso do Brasil e de seus vizinhos)
são mantidos os compromissos e acordos internacionais da Convenção, que
incluem programas nacionais para reduzir emissões.
REDD não faz parte do Protocolo de Quioto
22. REDD
PROPOSTA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA
CONTER O DESMATAMENTO E INCENTIVAR A
CONSEVAÇÃO FLORESTAL
23. O que é REDD+?
Reduções de Emissões de Desmatamento e Degradação Florestal,
Conservação, Manejo Florestal Sustentável e Aumento dos Estoques de
Carbono Florestal
• Conceito Básico: Compensar países (e estados) que reduzem as suas
emissões de CO2 de desmatamento e degradação florestal (exploração
madeireira)
O que REDD pode gerar?
• Contribuições voluntárias dos países tropicais para reduzir emissões globais
de gases estufa
• Transferência de recursos de países desenvolvidos aos países tropicais.
• Mudança do modelo econômico
• Distribuição de renda
• Redução do desmatamento
• Justiça social
• Direitos humanos e de propriedade
• Participação da sociedade civil
24. Conceito de REDD defendido pelo IPAM
• Não é a panaceia
• REDD e mercado de carbono são coisas distintas
• REDD não é bolsa floresta
• REDD também deve focar nas áreas já desmatadas (modelo de
baixas emissões de carbono no meio rural - redução da necessidade
de abertura de novas áreas, valorização das florestas e seus
produtos, e melhoria da qualidade de vida das populações rurais.
• A redução do desmatamento é o meio mais rápido de evitar a
mudança no clima. Um mecanismo de REDD pode e deve englobar
grandes áreas de floresta.
25. Ações dos Governos Estaduais Brasileiros
• ACRE: foi o primeiro estado a implementar uma legislação estadual que enfoca na
redução das emissões de carbono causadas pelo desmatamento (Lei 2.308/10). O
Acre também assinou um memorando de entendimentos com os governos da
Califórnia e de Chiapas para ampliar a cooperação entre eles;
• AMAPÁ: está elaborando a política estadual de mudanças climáticas do Estado
• AMAZONAS: foi o pioneiro, ao implementar uma legislação de mudanças climáticas
(lei 2.308/07), a implementação de uma agência específica (FAS) e um projeto
piloto (Juma). Atualmente o Estado está em fase de implementação de uma
Política Estadual de Serviços Ambientais (em desenvolvimento);
• MATO GROSSO: está em fase de aprovação a lei de REDD+ do Estado
• PARÁ: O processo está parado desde 2009, entretanto houveram ações
importantes, como o “Municípios Verdes”.
• TOCANTINS: está revendo a sua política de mudanças climáticas
26. Ações dos Governos Estaduais Brasileiros
Pará
• Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento do Estado
do Pará – Decreto 1.697/09;
• Até 2020, redução de 80% do desmatamento (média de 1996 a 2005 –
6.169,37 km²/ano);
• Regularização fundiária nos municípios críticos;
• Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais do Estado;
• REDD;
• Descentralização da gestão ambiental nos municípios;
• Municípios Verdes;
• Fórum Estadual de Mudanças Climáticas necessidade de ser retomado;
Programa “Florestania” apresentado na Rio+20
27. Força Tarefa dos Governadores do Clima e das Florestas - GCF
(Governors’ Climate and Forest Task Force - GCF)
O GCF possui um importante papel de recomendar aos governos nacionais
e internacionais sobre as ações prioritárias a nível subnacional.
O acordo se baseia na cooperação de inúmeros temas relacionados a
políticas climáticas, financiamento, transferência de tecnologia e pesquisa.
O GCF estabeleceu um fundo financeiro
Foi implementado um banco de dados por estado
Visite: www.gcftaskforce.org
28. Força Tarefa dos Governadores do Clima e das Florestas - GCF
(Governors’ Climate and Forest Task Force - GCF)
29. Força Tarefa dos Governadores do Clima e das Florestas - GCF
(Governors’ Climate and Forest Task Force - GCF)
31. Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento
Sustentável da Transamazônica e Xingu (CIDS)
• Envolvimento do público municipal;
• Realidades similares no municípios;
• Planejamento regional e não cada
município isolado;
• Visão integrada das ações;
• Descentralização da gestão ambiental;
• Aumento na eficiência e alcance das ações:
mesmos recursos humano e mesmos
recursos financeiros, com melhor
capacidade de gestão.
32. Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento
Sustentável da Transamazônica e Xingu (CIDS)
Objetivos do CIDS
• Promoção do desenvolvimento urbano e rural sustentável, visando à
redução do desmatamento e das queimadas e melhoria da qualidade de
vida na região circunscrita ao seu limite de atuação territorial.
• Protocolo de Intenções -> Ratificação por lei nas Câmaras Municipais ->
Contrato de consórcio público
Principais estratégias de atuação do Consórcio
• Promover o fortalecimento institucional das secretarias;
• Regularização fundiária e ambiental;
• Fortalecimento das cadeias produtivas:
gado, cacau, madeira, lavoura, extrativismo e pesca;
• Capacitação produtiva, assistência técnica e infraestrutura;
• Apoio a organizações locais para comercialização;
34. Projeto de Assentamentos Sustentáveis na Amazônia
• Brasil: 8.200 registros de assentamentos - 1.012.471 lotes - 88 mi há;
• Amazônia: 3.019 assentamentos – 655.325 lotes – 46,1 mi há;
• < 15% da população rural do país; > 55% dos lotes distribuídos pelo INCRA
(desde 2003, 64% do total);
• Principal região do país para reforma agrária: número de famílias
assentadas e área ocupada;
• “Resolver a questão do acesso à terra sem incomodar as elites rurais
consolidadas”;
• Oeste do Pará - 216 assentamentos - 108,3 mil famílias – 9,8 mi ha;
35. Projeto de Assentamentos Sustentáveis na Amazônia
Objetivos:
• Contribuir para a consolidação
de uma política de
assentamentos sustentáveis
para a Amazônia;
PA MOJU I E II PA BOM
JARDIM
• Novo modelo produtivo de baixa
pressão sobre a floresta: manejo
sustentável dos recursos naturais PA
CRISTALINO II
e melhoria da produtividade
agropecuária;
37. Como vão as negociações de REDD na esfera
internacional?
Ruim!
• O componente REDD está avançando, mas o tratado da ONU em si,
para o período pós-2012, está com problemas
Pode demorar muitos anos para ter um regime de REDD
internacional no tratado de clima ONU
Crise financeira: países ricos estão mais preocupados com suas
economias
38. Evolução das Negociações internacionais de REDD
2005 COP-11: Proposta de Papua Nova Guiné e Costa Rica - países
reconheceram o tema das emissões de desmatamento na UNFCCC
2006 COP-12: Proposta brasileira de incentivos positivos para redução do
desmatamento (Fundo Amazônia)
2007 COP-13: Plano de Ação de Bali: discutir metas de redução de
emissões do desmatamento e degradação (REDD) e sua relação com
povos indígenas e comunidades tradicionais
2008 COP-15: Acordo de Copenhagen: REDD tem importante destaque
• REDD é reconhecido como medida crucial para reduzir o
aquecimento global.
• Países em desenvolvimento ampliam seus esforços quanto a
implementação de políticas de REDD e ações de mitigação.
• É reconhecida a importância de utilizar mecanismos de mercado
(mercado de carbono).
39. Mapa dos países participantes de programas de
implementação de mecanismos de REDD
Atualmente, mais de 30 países estão desenvolvendo ações relativas a REDD+
Objetivos: redução das emissões, desenvolvimento sócio-econômico e
conservação ambiental
40. Aspectos Críticos
Inexistência de marco legal ou orientações normativas traz
incerteza, expectativas e vulnerabilidades aos atores
florestais (ex: indígenas e comunidades locais).
Proliferação de projetos de REDD+ com o uso de
metodologias e linhas de referência diversas traz
crescente dificuldade de identificar o real impacto do
projeto e potencial de remuneração.
41. Atualmente,
A principal pergunta é:
REDD vai realizar o seu potencial como um
novo paradigma de desenvolvimento rural??
42. Como prosseguir?
Um “Plano B” para REDD
1. Aproveitar o financiamento público de REDD que existe
atualmente
2. Consolidar e ampliar as relações de REDD entre Califórnia
e estados tropicais (GCF Task Force)
3. Vincular REDD com commodities agrícolas
4. Novo modelo de desenvolvimento rural: alinhamento de
políticas públicas entre a agricultura, meio ambiente,
mineração e infraestrutura
43. Aproveitar o financiamento público que existe hoje
Créditos de $ Fundo REDD
Carbono
$
Beneficios para
Redução de
Manutencao de
Desmatamento
Florestas
Fonte: D. Nepstad, IPAM
44. Aproveitar o financiamento público que existe hoje
Financiamento
Público REDD
Inicia o “Ciclo
Virtuoso”
Créditos de $ Fundo REDD
Carbono
$
Beneficios para
Redução de
Manutenção de
Desmatamento
Florestas
Fonte: D. Nepstad, IPAM
45. 2. Consolidar e crescer o mercado mandatório de REDD
entre Califórnia e estados tropicais
Empresas
Arquitectura REDD: Califórnia-Acre
na
Financiamento
Califórnia $ Público REDD
Inicia o “Ciclo
Virtuoso”
Créditos de
Fundo REDD
Carbono
$
Beneficios para
Redução de
Manutenção de
Desmatamento
Florestas: povos
Indigenas,
agricultores
Fonte: D. Nepstad, IPAM
46. 3. Vincular REDD com mercados de commodities
agrícolas
Empresas Compradores
Arquitectura REDD: Califórnia-Acre
na $ de Commodities
Financiamento
Califórnia
Público REDD
$ Inicia o “Ciclo
$ Virtuoso”
Créditos de
Fundo REDD
Carbono
$
Beneficios para
Redução de
Manutenção de
Desmatamento
Florestas: povos
Indigenas,
agricultores
Fonte: D. Nepstad, IPAM
47. REDD:
As oportunidades para a Amazônia e o país
O mecanismos de REDD é um veículo para a mudança da lógica econômica
vigente na Amazônia.
Estratégia de REDD para a Amazônia
Programas locais ou subnacionais de larga escala, incluídos num regime
nacional operando sob regulamentação central que garanta que as emissões
sejam mensuráveis, verificáveis e reportáveis e as possíveis compensações
sejam distribuídas com equidade.
Desenvolvimento rural de baixa emissão de carbono
48. O futuro do REDD no Brasil: para onde vamos?
Retomada da Força Tarefa dos Estados amazônicos;
Troca de informações e busca de convergência nas
abordagens;
Trabalho em conjunto com o governo federal na
construção do Regime Nacional
50. REDD no Brasil: um enfoque amazônico
Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia
(IPAM)
Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência
da República (SAE)
Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos (CGEE)
O livro está disponível no site
www.ipam.org.br, também em inglês.
52. Mudanças Climáticas na Amazônia
Negociações Internacionais e REDD+
A Posição Brasileira sobre as Questões Climáticas
53. Principais Iniciativas Políticas: Nível Nacional e Estadual
2003: Plano de Ação para Proteção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm)
2007: Anúncio do Gov. Federal da criação do Fundo Amazônia. Somente foi estabelecido em 2008;
2008: Criação do GCF Task Force. Forte articulação entre os estados da Amazônia Legal;
2009: O Governo Federal começa a enfocar no tema REDD+;
É aprovada a Lei Nacional de Mudanças Climáticas (Lei 12.187), e regulamentada pelo
decreto 7.390/2010.
Meta de reduzir 36,1% a 38,9% das emissões projetadas para 2020 = redução de 1.2 G
Ton CO2 até 2020, com a linha base de 2005.
Instituição de 12 instrumentos de política, entre eles: PPCDAm e o Plano ABC.
2010:
• Governo do Acre: Implementação do SISA (Sistema de Serviços Ambientais) e acordo de
entendimentos com a Califórnia (EUA) e Chiapas (MX);
2011 / 2012:
• Código Florestal ainda uma incógnita..
• Outros governos estaduais: Amazonas e Mato Grosso realizaram consultas públicas para a
implementação de uma política estadual de REDD e de serviços ambientais;
• Política Nacional de REDD: ainda inexistente.. Propostas em análise no Senado e na Câmara
dos Deputados. O MMA gostaria de consolidar os esforços para a
implementação de uma política nacional. Ainda sem uma definição..
55. Fórum Brasileiro
Lei 12.187 e de Mudanças
Climáticas
Casa Civil, Decreto 7.390 (PNMC)
(FBMC)
Ministérios e
Sociedade
Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação
Desmatamento Desmatamento Agricultura Eficiência Carvão na Outros Planos
Amazônia Cerrado Energética Siderurgia Setoriais
OEPAs
1.Recuperação de Pastagens Degradadas
ATER
Universidades 2.Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)
3.Sistema de Plantio Direto (SPD)
4.Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN)
Tecnologias,
Serviços e 5.Florestas Plantadas
Produtos 6.Tratamento de Resíduos Animais
56. Objetivos Específicos do Plano ABC
• Contribuir com a meta de redução da emissão de GEE assumidos pelo Brasil na COP15;
• Garantir o aperfeiçoamento contínuo e sustentado das práticas de manejo que
reduzam a emissão dos GEE e que aumentem a fixação atmosférica de CO2 na
vegetação e no solo dos setores da agricultura brasileira;
• Incentivar a adoção de Sistemas de Produção Sustentáveis que reduzam emissões de
GEE e ao mesmo tempo elevem a renda dos produtores, sobretudo com a expansão
das seguintes tecnologias:
1. Recuperação de Pastagens Degradadas;
2. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs);
3. Sistema Plantio Direto (SPD);
4. Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN); e,
5. Florestas Plantadas;
• Incentivar o Tratamento de Dejetos Animais para geração de energia e compostagem;
• Incentivar os estudos e aplicação de técnicas de adaptação de plantas, de sistemas
produtivos e de comunidades rurais aos novos cenários de aquecimento
atmosférico, em especial aquelas de maior vulnerabilidade;
• Promover esforços para reduzir o desmatamento de florestas nos
Biomas Amazônia e Cerrado devido aos avanços da pecuária e outros.
57. Compromissos do Plano ABC
Tecnologias de Baixa Emissão de Compromisso Potencial estimado de
Carbono (aumento de Mitigação
área/uso) (milhões Mg CO2 eq)
Recuperação de Pastagens Degradadas1 15,0 milhões ha 83 a 104
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta2 4,0 milhões ha 18 a 22
Sistema Plantio Direto 8,0 milhões ha 16 a 20
Fixação Biológica de Nitrogênio 5,5 milhões ha 10
Florestas Plantadas3 3,0 milhões ha -
Tratamento de Dejetos Animais 4,4 milhões m3 6,9
Total 133,9 a 162,9
1 Por meio do manejo adequado e adubação. Base de cálculo foi de 3,79 Mg de CO2 eq.ha-1. ano-1.
2 Incluindo Sistemas Agroflorestais (SAFs) = 2,76 milhões de hectares. Base de cálculo foi de 3,79 Mg de CO2 eq.ha-1ano-1.
3 Base de cálculo foi de 1,83 Mg de CO eq.ha-1.ano-1.
2
4 Base de cálculo foi de 1,83 Mg de CO eq.ha-1.ano-1.
2
5 Não está computado o compromisso brasileiro relativo ao setor da siderurgia; e, não foi contabilizado o potencial de mitigação
de emissão de GEE.
6 Base de cálculo foi de 1,56 Mg de CO eq.m-3.
2
58. Estratégia de Implementação do Plano ABC
CIM / Gex
C.Civil/PR e 17 Ministérios Comissão Executiva Nacional
Nível Nacional Estratégico Nível Nacional Tático
Grupo Gestor Estadual Seminário de
Nível Estadual Operacional Sensibilização
Reuniões Estaduais
Oficinas de Trabalho
Plano Estadual ABC
59. Fórum Brasileiro
Lei 12.187 e de Mudanças
Climáticas
Casa Civil, Decreto 7.390 (PNMC)
(FBMC)
Ministérios e
Sociedade
Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação
Desmatamento Desmatamento Agricultura Eficiência Carvão na Outros Planos
Amazônia Cerrado Energética Siderurgia Setoriais
Três eixos de atuação:
1. Fomento das Atividades Produtivas
2. Ordenamento Territorial
3. Monitoramento e Controle
60. Plano de Ação para Proteção e Controle do
Desmatamento na Amazônia (PPCDAm)
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
61. Plano de Ação para Proteção e Controle do
Desmatamento na Amazônia (PPCDAm)
Cronograma de implementação da Teceira Fase do PPCDAm (2012 – 2015)
1 – Elaboração da Árvore de Problemas
2 – Reunião dos 3 sub-grupos:
• Fomeno das Atividades Produtivas
• Ordenamento Territorial
• Monitoramento e Controle
3 – Reuniões com a Sociedade Civil e os governos estaduais
4 – Encontros regionais / workshops nos estados
5 – Consolidação do documento final do PPCDAm
62. Plano de Ação para Proteção e Controle do
Desmatamento na Amazônia (PPCDAm)
Terceira Fase do PPCDAM: Árvore de Problemas
Fomento das Atividades Produtivas Ordenamento Territorial Monitoramento e Controle
63. PARÁ: PPCD aprovado em 2009. AMAPÁ: PPCD aprovado em 2010.
Redução do desmatamento em 80% com a linha de Compromissos não foram estabelecidos
base de 1996-2005
TOCANTINS:
AMAZONAS: PPCD aprovado em
PPCD aprovado em 2008. 2009.
Redução de 38% até Redução do
2010, considerando a média desmatamento ilegal
de 1996-2005 (870 entre 2009 e 2014;
Km2), redução de 400 Km2 redução entre 75 e 80%
em 2012 do desmatamento até
e, posteriormente, a 3013 (bioma Amazônia)
manutenção da taxa de e 40% até 2020 do
desmatamento até 2020. Cerrado
ACRE: MATO GROSSO:
PPCD aprovado em 2009. PPCD aprovado em 2009.
Redução do desmatamento Redução de 89% até
em 82% com a linha de base 2020, com base média de
de 1996-2005 até 2020, 1996-2005. Redução das
equivalente a uma taxa de áreas desmatadas a zero
desmatamento de 105 km até 2012
RONDÔNIA: PPCD approved in 2009.
Reduction of the deforestation gradually until
zero deforestation by 2015, starting from 2010
65. A Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (“UNCSD” ou “CONUDS”) -- Rio+20 -- foi focada em dois temas:
• Economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e
erradicação da pobreza
• Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável
A realização da Rio+20 foi uma proposta feita pelo Presidente Lula, para que
as nações avaliassem o que foi feito desde a ECO 92, que ocorreu no Rio de
Janeiro.
O IPAM participou ativamente da Rio+20. Detalhes estão no site:
http://ipam.org.br/ipam/ipam-na-rio20
66. Isso é suficiente?
Finalmente
chegamos a um
acordo
internacional para
reduzir os gases de
efeito estufa!!
67. Obrigado.
Bernhard J. Smid
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM
www.IPAM.org.br
Twitter: IPAM_Amazonia
BJSmid@ipam.org.br
Twitter: Bsmid
68. Links importantes:
Banco Mundial www.worldbank.org
Carbon Fix Standard www.carbonfix.info
CCB Standard www.climate-standards.org
Chicago Climate Exchange www.chicagoclimatex.com
IPAM www.ipam.org.br
FIP (Banco Mundial) www.climateinvestmentfunds.org
FCPF (Banco Mundial) www.forestcarbonpartnership.org
Fundo Amazônia www.fundoamazonia.gov.br
Governors’ Global Climate and Forest Task Force (GCF) www.gcftaskforce.org
IPCCC www.ipccc.int
Site geral das Nações Unidas: www.un.org
UNFCCC www.unfccc.org
UNDP www.undp.org
UNEP www.unep.org
UN-REDD www.unredd.org
VCS www.c-v-s.org
Plano Nacional de Mudanças Climáticas
http://www.senado.gov.br/sf/comissoes/CMMC/AP/AP20090519_PNMC_MMA.pdf
http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/02/05/pagar-para-conservar-florestas-reduziria-a-
extincao-de-plantas-e-animais/
Hinweis der Redaktion
“Compradores de commodities que ja assumiram umcompromisso de reduzir as suas proprias emissões, como Unilver, Mars, Coca Cola, Danone, Nutreco