Este documento discute um modelo de treino tático para futebol. Apresenta futebol como um confronto entre sistemas caóticos determinísticos com organização fractal. Discute tendências de treino e defende que a dimensão tática deve coordenar o processo de treino. Propõe que o treino deve focar em padrões de ação individuais e coletivos para criar referências decisionais e transformá-los em hábitos.
2. O QUE É PARA NÓS UM JOGO DE FUTEBOL?
É um confronto entre sistemas
caóticos determinísticos com
organização fractal.
3. SISTEMAS CAÓTICOS
Sistemas complexos que se caracterizam por um conjunto
de agentes em interacção, que cooperam, com objectivos e
comportamentos comuns coordenados, fazendo emergir
uma certa ordem e estabilidade num contexto caótico, de
desordem e instabilidade permanente.
Stacey, 1995
4. FRACTAL
Um Fractal é a propriedade de fracturar e representar um
modelo caótico em sub modelos, existentes em várias
escalas, que sejam representativos desse modelo. Isto é,
um Fractal é uma parte invariante ou regular de um sistema
caótico que pela sua estrutura e funcionalidade consegue
representar o todo, independentemente da escala onde
possa ser encontrado.
Mandelbrot, 1991
5. SISTEMAS CAÓTICOS E FRACTAIS INTERAGEM PORQUE:
SISTEMAS
CAÓTICOS
FRACTAIS
PORQUE AMBOS TÊM COMO OBJECTIVO FORNECER E
RECONHECER ALGUMA PREVISIBILIDADE E ORDEM A
FENÓMENOS IMPREVISIVEIS E DESORDENADOS.
6. TENDÊNCIAS DO TREINO DE FUTEBOL
Martins (2003)
• Tendência originária do LESTE DA EUROPA
• Tendência originária do NORTE DA EUROPA E DA AMÉRICA DO NORTE
• Tendência originária DA AMÉRICA LATINA – TREINO INTEGRADO
7. Tendência originária do LESTE DA EUROPA
Promove a Dimensão Fisiológica como a de maior importância, tanto para
o jogador como para a equipa.
8. Tendência originária do
NORTE DA EUROPA E DA AMÉRICA DO NORTE
Promove a Dimensão Fisiológica como a de maior importância, tanto para
o jogador como para a equipa
Dimensão Fisiológica abordada tendo em consideração a Especificidade
da Modalidade
Reconhecimento da necessidade de relacionar a Dimensão Fisiológica
com as outras Dimensões
Importância da Individualização do Treino Físico, em função das
respectivas posições
Grande importância ao Esforço Específico da Modalidade e,
consequentemente, aos testes de condição física individual, para melhor
controlarem e direccionarem o processo de treino
9. Tendência originária da
AMÉRICA LATINA – TREINO INTEGRADO
Faz apologia a um processo que promova a Integração das diferentes
Dimensões que surgem em Jogo.
O denominado Treino Específico (que tem como referência a modalidade)
assume uma grande relevância.
Contudo, a Dimensão Fisiológica assume um papel determinante no
direccionar de todo o processo de periodização do treino a curto, médio e
longo prazos.
TREINA-SE O FÍSICO COM BOLA
10. Diferentes Tendências
Tendência do Leste da
Europa
Ten. do Norte da Europa
e da América do Norte
Ten. da América Latina
Treino Integrado
Assumem a Dimensão Fisíca como a
coordenadora de todo o processo
operacional de Treino.
11. Tradicionalmente considera-se que o jogo de
Futebol é constituído por 4 DIMENSÕES:
DIMENSÃO
DIMENSÃO
FÍSICA
FÍSICA
DIMENSÃO
TÁCTICA
DIMENSÃO
TÉCNICA
DIMENSÃO
PSICOLÓGICA
Todas niveladas no mesmo patamar de importância,
contudo, a Dimensão Física coordenadora dos
processos de Planificação e de Periodização.
12. BONS JOGADORES BOAS EQUIPAS
CARACTERIZAM-SE POR:
• Excelente qualidade técnica contextualizada
• Profundo conhecimento específico do jogo
• Decisões correctas sempre em função do que está a acontecer
• Focalização nos aspectos importantes do jogo
• Rapidez e precisão no reconhecimento dos padrões de jogo
• Antecipação das acções dos adversários
• Utilização eficiente das capacidades cognitivas em função da
automatização das habilidades fundamentais e de padrões contextuais
Williams, Davids et al. ,1999
ACTUALMENTE
13. TENDO EM CONSIDERAÇÃO O REFERIDO O QUE É QUE
DETERMINA A QUALIDADE ?
INTERACÇÃO
ORGANIZAÇÃO
DE JOGO
(TÁCTICA)
EXCELÊNCIA
TÉCNICA
(CONTEXTUALIZADA)
QUALIDADE
INDIVIDUAL
QUALIDADE
COLECTIVA
15. Então, na nossa forma de ver o jogo, a DIMENSÃO
TÁCTICA é que deve assumir a Coordenação de todo o
Processo de Operacional do Treino.
Só existe TÁCTICA – JOGO – se existir tomadas de decisão, que se
manifestam por habilidades técnicas, que fazem apelo a acções
físicas , suportadas por uma dimensão psicológica.
16. DIMENSÃO TÁCTICA
Dimensão
Física
Tomadas de
Decisão
Dimensão
Técnica
Dimensão
Psicológica
É uma Dimensão
Complexa, que se
manifesta pela
forma SINGULAR
de INTERACÇÃO
entre:
E não tem sentido se alguma delas não for
contemplada.
17. DIMENSÃO TÁCTICA
É uma Dimensão
Complexa, que se
constrói através de um
Contexto Referencial.
Evidencia uma
propriedade Emergente
É a Identidade de uma
Equipa. É uma
propriedade Singular.
Cada Equipo evidencia
uma Dimensão Táctica
Diferente
18. MUITOS
JOGOS
CONTEXTO
DO
FUTEBOL
MUITAS
Actualmente
COMPETIÇÕES
BOA
QUALIDADE
EXIBICIONAL
Não há tempo a perder. O que devemos TREINAR?
19. Serão os aspectos FÍSICOS do
Futebolista?
O que devemos treinar é
Ou será a CONJUGAÇÃO de
No nosso entender não é
o NOSSO
todos eles?
Serão os aspectos TÉCNICOS do
nenhuma destas
quatro propostas
MODELO DE Futebolista?
JOGO.
Serão os aspectos TÁCTICOS do
Futebolista?
20. A criação de um MODELO DE JOGO implica:
INTERACÇÃO
MOMENTOS DE
JOGO
CULTURA(S)
PAÍS / CLUBE
IDEIAS DE
JOGO DO
TREINADOR
ESTRUTURAS E
OBJECTIVOS DO
CLUBE
21. Momentos do Jogo
Tradicionalmente o jogo de Futebol é dividido em
duas fases:
- a fase ofensiva;
- a fase defensiva.
22. Momentos do Jogo
No entanto, para nós o Futebol evidencia quatro
momentos:
• o momento de organização ofensiva;
• o momento de transição ataque - defesa;
• o momento de organização defensiva;
• o momento de transição defesa - ataque;
23. ORG.
OFENSIVA
TRANS.
DEF. / AT.
TRANS.
AT. / DEF.
ORG.
DEFENSIVA
Momentos do Jogo
OS MOMENTOS DE JOGO DEVEM ASSUMIR UMA
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
24. A criação de um MODELO DE JOGO implica:
INTERACÇÃO
PRINCÍPIOS E
SUBPRINCÍPIOS
DE JOGO
MOMENTOS DE
JOGO
CULTURA(S)
PAÍS / CLUBE
IDEIAS DE
JOGO DO
TREINADOR
ESTRUTURAS E
OBJECTIVOS DO
CLUBE
25. Princípios e Sub-princípios de jogo
Padrões de comportamento tácticos colectivos,
inter-sectoriais, sectoriais e individuais que se
pretende que a equipa e os jogadores
evidenciem nos diferentes Momentos do Jogo.
OS PRINCIPIOS E SUB-PRINCIPIOS DE JOGO DEVEM ASSUMIR
UMA ORGANIZAÇÃO FRACTAL
26. Princípios y Sub-princípios de jogo
PRINCÍPIOS
Padrões de
Comportamento
Fronteiras do
Padrão
Criatividade
Abertura
Referencias
Contextuais
27. Princípios de Jogo
Existem 3 tipos de Princípios de Jogo:
• Princípios Fundamentais;
• Recusar a inferioridade numérica;
• Evitar a igualdade numérica;
• Criar superioridade numérica.
28. • Princípios Específicos ou Culturais;
Ofensivos:
1. Penetração;
2. Cobertura Ofensiva;
3. Mobilidade;
4. Espaço.
Defensivos:
1. Contenção;
2. Cobertura Defensiva;
3. Equilíbrio;
4. Concentração.
Princípios de Jogo
Existem 3 tipos de Princípios de Jogo:
• Princípios Fundamentais;
29. Princípios de Jogo
Existem 3 tipos de Princípios de Jogo:
• Princípios Fundamentais;
• Princípios Específicos ou Culturais;
• Princípios ESPECÍFICOS relacionados
com o Modelo de Jogo.
31. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
PRINCÍPIO: ZONA PRESSIONANTE
OBJECTIVO GERAL:
• Condicionar, direccionar e pressionar a equipa
adversária com o objectivo de provocar o erro e
ganhar a posse de bola.
32. TRANSIÇÃO DEFESA - ATAQUE
PRINCÍPIO: TIRAR BOLA DA ZONA DE PRESSÃO
OBJECTIVO GERAL:
• Tirar bola da zona de pressão aproveitando a
desorganização defensiva da equipa adversária
para: dar profundidade em segurança ou para
iniciar organização ofensiva.
33. ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
PRINCÍPIO: POSSE E CIRCULAÇÃO DA BOLA
OBJECTIVO GERAL:
• Desorganizar e desequilibrar a estrutura
defensiva do adversário com a finalidade de
aproveitar essa desorganização para marcar
golo.
34. TRANSIÇÃO ATAQUE - DEFESA
PRINCÍPIO: PRESSÃO AO PORTADOR DA BOLA E ESPAÇO
CIRCUNDANTE
OBJECTIVO GERAL:
• Aproveitar a desorganização “ofensiva” do
adversário para: ganhar a posse de bola ou para
nos organizarmos defensivamente.
35. A criação de um MODELO DE JOGO implica:
INTERACÇÃO
PRINCÍPIOS E
SUBPRINCÍPIOS
DE JOGO
MOMENTOS DE
JOGO
ORGANIZAÇÕES
ESTRUTURAIS
CULTURA(S)
PAÍS / CLUBE
IDEIAS DE
JOGO DO
TREINADOR
ESTRUTURAS E
OBJECTIVOS DO
CLUBE
40. A criação de um MODELO DE JOGO implica:
INTERACÇÃO
PRINCÍPIOS E
SUBPRINCÍPIOS
DE JOGO
MOMENTOS DE
JOGO
ORGANIZAÇÕES
ESTRUTURAIS
CULTURA(S)
PAÍS / CLUBE
IDEIAS DE
JOGO DO
TREINADOR
ESTRUTURAS E
OBJECTIVOS DO
CLUBE
CAP. E CARAC.
DOS
JOGADORES
43. Resumindo, o que devemos Treinar?
Padrões de Acção, individuais e colectivos
(nas diferentes escalas) com o objectivo
de criar um conjunto de referências
decisionais para que os jogadores saibam
o que fazer e possam ser criativos nas
diferentes situações do jogo.
O Processo de Treino deve permitir que esses Padrões de
Acção se transformem em HÁBITOS.
44. Hábitos
Os Hábitos são atalhos criados pelo cérebro através de estruturas
especializadas, gânglios basais. Essas estruturas conseguem dar
respostas imediatas, perante determinadas situações, assim que
determinado tipo de sensações comecem a despertar essas
estruturas. Esta forma de funcionamento do cérebro, cujo objectivo
principal é poupar tempo, só funciona quando o cérebro já
experimentou essa ou semelhante situação e a gravou com Hábito.
McCrone, 2002
45. Hábitos
Os Hábitos resultam de conhecimentos que foram criados através das
experiências que ficaram gravadas nas memórias e que vão ser utilizadas
para se decidir e reagir rapidamente perante determinada situação (Damásio,
2000).
Os trabalhos de Haggard (2000) demonstram que o cérebro se prepara para
executar os movimentos muito antes de sentir conscientemente vontade de
executar o movimento.
Através dos hábitos o tempo de decisão e respectivas reacções podem ser
reduzidas de 500 para 200 milésimos de segundo (McCrone, 2002).
46. Hábitos
Como referem vários autores (Libet, 2000; Haggard, 2000; Gasaniga, 2000;
Damásio, 2000; Greenfield, 2000; McCrone, 2002) as acções e as decisões que
se tomam diariamente, que até parecem ser conscientes e instantâneas, são
na realidade o resultado de processos subconscientes ocorridos no cérebro.
47. Como OPERACIONALIZAR a criação desse
MODELO DE JOGO?
Através do cumprimento de alguns Princípios
Metodológicos em Interacção:
- Princípio da “Desmontagem” e Hierarquização dos
Princípios de Jogo;
- Princípio da Especificidade;
- Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade;
- Princípio da Progressão Complexa;
- Princípio das Propensões.
48. Como OPERACIONALIZAR a criação desse
MODELO DE JOGO?
Através do cumprimento de alguns Princípios
Metodológicos:
- Princípio da “Desmontagem” e Hierarquização dos
Princípios de Jogo;
- Princípio da Especificidade;
- Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade;
- Princípio da Progressão Complexa;
- Princípio das Propensões.
49. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
PRINCÍPIO: ZONA PRESSIONANTE
OBJECTIVO GERAL:
• Condicionar, direccionar e pressionar a equipa
adversária com o objectivo de provocar o erro e
ganhar a posse de bola.
50. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
PRINCÍPIO: ZONA PRESSIONANTE
OBJECTIVOS PARCELARES:
1. ORGANIZAR – Organização Posicional Colectiva:
• Fecho de espaços – fecho de linhas, tanto em largura
como em profundidade;
52. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
PRINCÍPIO: ZONA PRESSIONANTE
OBJECTIVOS PARCELARES:
1. ORGANIZAR – Organização Posicional Colectiva:
• Fecho de espaços – fecho de linhas, tanto em largura
como em profundidade;
• Jogo de posições – ocupação dos espaços perto e
longe da bola (coberturas perto e longe da bola).
54. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
PRINCÍPIO: ZONA PRESSIONANTE
OBJECTIVOS PARCELARES:
2. DIRECCIONAR – Organização Colectiva:
• Direccionar o Adversário a jogar por onde queremos:
Corredores Laterais ou Corredor Central.
55. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
PRINCÍPIO: ZONA PRESSIONANTE
OBJECTIVOS PARCELARES:
3. Pressionar – Organização Colectiva:
• Pressionar Colectivamente o Adversário para provocar
o erro e ganhar a bola.
56. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
PRINCÍPIO: ZONA PRESSIONANTE
OBJECTIVOS PARCELARES:
MOMENTOS DE PRESSÃO:
• Equipa Posicionada - Corredores Laterais (ou
Corredor Central);
• Passes Errados;
• Más Recepções;
• Passes em Trajectórias Aéreas;
• Adversários de Costas para o Jogo e sem Apoios;
• Bola no Interior da Equipa.
59. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
PRINCÍPIO: ZONA PRESSIONANTE
OBJECTIVOS PARCELARES:
Organização Defensiva Inter - Sectorial:
• Defesa – Meio Campo;
• Meio Campo – Ataque.
61. Princípio da “Desmontagem” e Hierarquização dos
Princípios de Jogo
DEVEM ASSUMIR UMA
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
TRANSVERSAL
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
PROFUNDIDADE
62. Como OPERACIONALIZAR a criação desse
MODELO DE JOGO?
Através do cumprimento de alguns Princípios
Metodológicos:
- Princípio da “Desmontagem” e Hierarquização dos
Princípios de Jogo;
- Princípio da Especificidade;
- Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade;
- Princípio da Progressão Complexa;
- Princípio das Propensões.
63. Princípio da Especificidade
Gibson (1979) define Especificidade como um conceito
qualificador de uma relação entre variáveis. Essas
variáveis representam a informação específica de
determinado contexto.
64. Princípio da Especificidade
Na Periodização Táctica a Especificidade é um princípio
metodológico que contextualiza tudo o que é feito. Só
se considera algo Específico quando está relacionado
com o Modelo de Jogo que se está a criar.
Desta forma, a Especificidade é sempre Substantiva.
65. A operacionalização do Princípio da Especificidade
deve assumir várias dimensões/escalas:
• Dimensão Colectiva;
• Dimensão Inter-Sectorial;
• Dimensão Sectorial
• Dimensão Grupal;
• Dimensão Individual.
66. O cumprimento do Princípio da Especificidade só é
realmente atingido se durante o treino:
• Os jogadores entenderem os objectivos e as
finalidades do exercício;
• Os jogadores mantiverem um elevado nível de
concentração durante o exercício;
• O treinador intervier adequada e atempadamente
perante o exercício.
OS EXERCÍCIOS APENAS SÃO POTENCIALMENTE ESPECÍFICOS
67. Estudo: American Sport Education Program
Alto
Médio
Baixo
Nada
Métodos de Ensino usados por Treinadores
Grau de Aprendizagem
Apenas
explicar
Explicar
e
Demonstrar
Explicar,
Demonstrar
e Orientar
Explicar e
Orientar
68. Princípio da ESPECIFICIDADE
DEVE ASSUMIR UMA
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
Os Exercícios devem ser Fractais do
Jogo que pretendemos.
69. Como OPERACIONALIZAR a criação desse
MODELO DE JOGO?
Através do cumprimento de alguns Princípios
Metodológicos:
- Princípio da “Desmontagem” e Hierarquização dos
Princípios de Jogo;
- Princípio da Especificidade;
- Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade;
- Princípio da Progressão Complexa;
- Princípio das Propensões.
70. Alternância Horizontal em Especificidade
Padrão Semanal: Jogo Domingo a Domingo
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
= + + + +
= +
71. Alternância Horizontal em Especificidade
Padrão Semanal: 3 Jogos por Semana
JOGO Rec. Activa JOGO Folga / Rec. Rec. Activa Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
= + + + +
= +
73. Alternância Horizontal em Especificidade
As Contracções Musculares podem caracterizar-se:
Tensão Duração Velocidade
Qualquer EXERCÍCIO tem a INTERACÇÃO das três características.
Duração
EXERCÍCIO
Velocidade Tensão
74. Alternância Horizontal em Especificidade
TIPO DE ESFORÇO EM CADA DIA
Tensão Duração Velocidade
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
75. Alternância Horizontal em Especificidade
4ª Feira
Tensão + + +
Duração -
Velocidade + +
DIA da Sub-Dinâmica – “Tensão”
CONTRACÇÕES MUSCULARES:
Descontínuo + + +
76. Alternância Horizontal em Especificidade
DIA da Sub-Dinâmica – “Tensão”
O que é que se treina?
Sub-princípios e sub-princípios dos sub-princípios…
Exercícios (relacionados com o Modelo) que promovam:
Situações muito descontínuas, semelhantes ao jogo, que contemplem
uma grande densidade de: acelerações e travagens, mudanças de
direcção e velocidade, saltos e quedas, remates,... (sempre
relacionadas com os sub-princípios e os sub dos sub-princípios...).
Devem ser realizados em espaços curtos, com um número reduzido de
jogadores, e o tempo de exercitação do exercício também deve ser
reduzido.
77. Alternância Horizontal em Especificidade
TIPO DE ESFORÇO EM CADA DIA
Tensão Duração Velocidade
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
78. Alternância Horizontal em Especificidade
5ª Feira
Tensão + +
Duração +
Velocidade +
DIA da Sub-Dinâmica – “Duração”
CONTRACÇÕES MUSCULARES:
Descontínuo +
79. Alternância Horizontal em Especificidade
DIA da Sub-Dinâmica – “Duração”
O que é que se treina?
Grandes Princípios e Sub-princípios…
Exercícios (relacionados com o Modelo) que promovam:
Situações descontínuas, semelhantes ao jogo, que contemplem
uma grande densidade (principio da propensão) de
comportamentos relacionados com os princípios e sub-princípios
do Modelo.
Devem ser realizados em espaços grandes, com um número
elevado de jogadores e o tempo de exercitação do exercício deve
ser “longo”.
80. Alternância Horizontal em Especificidade
TIPO DE ESFORÇO EM CADA DIA
Tensão Duração Velocidade
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
81. Alternância Horizontal em Especificidade
6ª Feira
Tensão +
Duração - -
Velocidade + + +
DIA da Sub-Dinâmica – “Velocidade”
CONTRACÇÕES MUSCULARES:
Descontínuo + +
82. Alternância Horizontal em Especificidade
DIA da Sub-Dinâmica – “Velocidade”
O que é que se treina?
Sub-princípios e Sub-princípios dos Sub-princípios…
Exercícios (relacionados com o Modelo) que promovam:
Acções descontínuas, semelhantes ao jogo, que contemplem uma
grande densidade (princípio da propensão) de comportamentos
relacionados com os sub-princípios e os sub dos sub-princípios...
Os exercícios devem promover uma elevada velocidade de decisão
e de execução.
Devem ser realizados em espaços que permitam contemplar os
objectivos referidos. O tempo de duração dos exercícios deve ser
reduzido.
83. Alternância Horizontal em Especificidade
TIPO DE ESFORÇO EM CADA DIA
Tensão Rec. Activa Duração Velocidade
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
84. Alternância Horizontal em Especificidade
DIA da Sub-Dinâmica – Recuperação Activa (3ª Feira)
3ª Feira
Tensão - -
Duração - -
Velocidade - -
CONTRACÇÕES MUSCULARES:
Descontínuo +
85. Alternância Horizontal em Especificidade
DIA da Sub-Dinâmica – Recuperação Activa (3ª Feira)
O que é que se treina?
Sub-princípios e Sub-princípios dos Sub-princípios…
Exercícios (relacionados com o Modelo) que promovam:
Situações descontínuas, semelhantes ao jogo, mas com
densidades de “tensão”, “velocidade” e “duração” reduzidas das
contracções musculares, com o objectivo de se promover a
recuperação, fisiológica e emocional.
86. Alternância Horizontal em Especificidade
TIPO DE ESFORÇO EM CADA DIA
Tensão Rec. Activa Duração Velocidade Rec. Activa
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
87. Alternância Horizontal em Especificidade
DIA da Sub-Dinâmica – Recuperação Activa (Sábado)
Sábado
Tensão - / +
Duração - -
Velocidade - / +
CONTRACÇÕES MUSCULARES:
Descontínuo + +
88. Alternância Horizontal em Especificidade
DIA da Sub-Dinâmica – Recuperação Activa
O que é que se treina?
Sub-princípios e Sub-princípios dos Sub-princípios…
Exercícios (relacionados com o Modelo) que promovam:
Situações muito descontínuas que possam contemplar tensão e
velocidade de contracções musculares altas, mas com reduzida
densidade e duração.
Os objectivos são promover a recuperação, fisiológica e emocional,
e “pré-activar” a equipa e os jogadores para o jogo do dia seguinte.
89. Alternância Horizontal em Especificidade
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
90. Alternância Horizontal em
Especificidade
Janeiro
Dom. 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Sab. Dom.
Dom. 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Sab. Dom.
Dom. 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Sab. Dom.
Dom. 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Sab. Dom.
Manutenção dos Padrões
Semanais em Profundidade
91. Alternância Horizontal em Especificidade
Janeiro Fevereiro Março
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
92. Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade
DEVE ASSUMIR UMA
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
TRANSVERSAL
ORGANIZAÇÃO FRACTAL
PROFUNDIDADE
93. Como OPERACIONALIZAR a criação desse
MODELO DE JOGO?
Através do cumprimento de alguns Princípios
Metodológicos:
- Princípio da “Desmontagem” e Hierarquização dos
Princípios de Jogo;
- Princípio da Especificidade;
- Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade;
- Princípio da Progressão Complexa;
- Princípio das Propensões.
94. Princípio da Progressão Complexa
“Montagem” e “Desmontagem” dos Princípios e dos Sub-princípios
e sua Hierarquização durante o Padrão
Semanal e ao longo dos Padrões Semanais, consoante a
evolução da equipa.
Periodização da
Dimensão Táctica.
95. Princípio da Progressão Complexa
Dois níveis de
Planificação e Periodização
distintos mas que interagem
Planificação e Periodização
JOGO A JOGO
(Curto Prazo)
Planificação e
Periodização
a Médio e Longo Prazo
MAIS IMPORTANTE
96. Princípio da Progressão Complexa
Padrão Semanal
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
DESGASTE EMOCIONAL
Conceito Complexo
97. Princípio da Progressão Complexa
DESGASTE EMOCIONAL
Complexidade
Táctica dos
Exercícios dos
Diferentes dias
Tipo de
Esforço
dos diferentes
dias
98. Princípio da Progressão Complexa
Desgaste Emocional
Princípios
Sub-Princípios
Sub-Sub-Princípios
Complexidade Táctica
dos Exercícios
propostos
Complexidade do ou dos Princípios
Complexidade da Dinâmica
Quantidade de Jogadores
Espaço de Jogo
Tempo de Duração do exercício
99. Princípio da Progressão Complexa
Padrão Semanal
JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO
Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
Desgaste Emocional
Muito
Alto
+ + +
Baixo
-
Mod.
+
Alto
+ +
Baixo
-
Baixo
- / +
Muito
Alto
+ + +
100. Como OPERACIONALIZAR a criação desse
MODELO DE JOGO?
Através do cumprimento de alguns Princípios
Metodológicos:
- Princípio da “Desmontagem” e Hierarquização dos
Princípios de Jogo;
- Princípio da Especificidade;
- Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade;
- Princípio da Progressão Complexa;
- Princípio das Propensões.
101. Princípio das Propensões
Densidade de Princípios, Sub-princípios e Sub dos Sub-princípios
que se pretende treinar e do tipo de
esforço/sub-dinâmicas requisitados em cada dia da
semana.
102. Princípio das Propensões
Dois Planos diferentes:
TÁCTICO E TÉCNICO
Quantidade de vezes
que determinado
comportamento
surge no exercício
FISIOLÓGICO
Sub-Dinâmica que
cada dia requisita
RELAÇÃO COM COMPORTAMENTOS
CERTOS / ERRADOS E HÁBITOS
103. Exemplo de um Padrão Semanal
Problemas da equipa:
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA - má circulação, essencialmente nos
sectores médio e atacante e consequentemente poucas
situações para finalizar;
TRANSIÇÃO ATAQUE-DEFESA - boa pressão ao portador da bola
mas não fechar espaços entre sectores;
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA - quando em bloco alto muito espaço
entre sectores;
TRANSIÇÃO DEFESA-ATQUE - não estamos a tirar bola da zona de
pressão.
104. Exemplo de um Padrão Semanal
Características da equipa adversária:
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA - jogo muito directo, procuram sempre
profundidade nas costas dos laterais. Não saem a jogar, Gr bate
sempre, tentam ganhar 1ª e 2ª bolas;
TRANSIÇÃO ATAQUE-DEFESA - não tentam ganhar bola, só se
preocupam em recuar a equipa e fechar espaços;
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA - bloco muito baixo e uma grande
densidade de jogadores perto da bola;
TRANSIÇÃO DEFESA-ATAQUE - tentam de imediato dar
profundidade para aproveitar possível desorganização defensiva.
105. Exemplo de um Padrão Semanal
Objectivos da Semana:
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA – posse e circulação com grande
intensidade em toda a largura para desorganizar, entrada nos
espaços e finalização;
TRANSIÇÃO ATAQUE-DEFESA – muita pressão ao portador da bola
para não permitir lançar e encurtamento de sectores;
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA – começa com Bloco Intermédio para
ganho de 1ª e 2ª bolas do Gr e depois Bloco Alto;
TRANSIÇÃO DEFESA-ATAQUE – tirar bola de zona de pressão devido
à grande densidade de jogadores que vamos encontrar
106. 3ª Feira
2 x 2’
2 x 2’
Exercícios de passe específicos (em losango)
107. 3ª Feira
2 x 3’
Exercícios de passe intersectores (Meio-Campo e Ataque)
108. 3ª Feira
2x5’
Org. ofensiva colectiva – circulação da bola colectiva
109. 3ª Feira
10’
Linhas de finalização e timing de entrada e técnica de finalização
110. Transições: Ataque / Defesa e Defesa / Ataque
2
2
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
4ª Feira
4 x 1,5’ – cada equipa
111. 4ª Feira
4 x 2’
Organização defensiva inter-sectores (meio-campo e ataque) com
transições (Bloco Alto)
112. 4ª Feira
6 x 2’
Circulação no meio-campo para entrada e finalização no ataque
113. 4ª Feira
20’
Organização defensiva e ofensiva inter-sectorial (Def. / MC // MC / At)
com transições
114. 5ª Feira
6’
Exercícios de passe intersectores (MC / Ataque e Def. / MC)
115. 5ª Feira
6’
Sair a jogar a partir do guarda-redes – saídas curtas e longas
116. 5ª Feira
2x6’
Organização defensiva e ofensiva colectiva com transições
117. 5ª Feira
10’
Organização defensiva e ofensiva colectiva, com adversário sai a jogar
longo, com transições
118. 5ª Feira
2 x 10’
Jogo direccionado: organização defensiva e ofensiva colectiva com transições
119. 2 toques obrigatórios com
trocas posicionais
1 toque com trocas
posicionais
6ª Feira
4 x 2’
120. 6ª Feira
4 x 3’
Organização defensiva e ofensiva colectiva com transições – com grande pressão
121. 6ª Feira
15’
Movimentações ofensivas com finalização – com 2ª e 3ª bolas
122. 6ª Feira
4 x 2’
Circulação no meio-campo e ataque para criar espaços, entradas e
finalização.
125. Linhas de finalização e timing de entrada
Sábado
Movimentações pelos corredores
laterais – “jogo” posicional
5’ + 5’
126. Sábado
6’
Situações estratégicas (...) – relembrar local de posicionamento da equipa
para ganhos de 1ºª e 2ª bolas e transição defesa / ataque (tirar bola da zona
de pressão e abertura da equipa)